Arquivos Algomais Saúde - Página 107 de 159 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Algomais Saúde

Sintomas da chikungunya podem persistir muito tempo

Três anos e meio após o auge da epidemia de chikungunya em Pernambuco, os pacientes infectados pela doença seguem frequentando os consultórios médicos. Se as dores agudas eram o motivo que levava os pernambucanos aos serviços de saúde, hoje são seus sintomas crônicos que preocupam. Os especialistas destacam que a ciência avançou no conhecimento de informações sobre esse vírus, mas ainda há a necessidade de encontrar uma vacina para sua prevenção e que suas consequências ainda têm desdobramentos sendo descobertos pela academia. “As sequelas articulares a longo prazo continuam sendo atendidas nos ambulatórios e consultórios reumatológicos”, destaca a reumatologista do Imip e do Hospital da Mulher Renata Menezes. Ela explica que alguns fatores contribuem para que a doença se torne crônica. As ocorrências são mais frequentes em pessoas com idade mais avançada e mais comuns nas mulheres do que nos homens. Os pacientes que já eram portadores de doenças crônicas como diabetes, artrite reumatoide e osteoartrite também estão nesse grupo de maior risco de apresentar a cronicidade da chikungunya. . . A cozinheira Vilma Soares, 64 anos, já tinha artrose e artrite antes de ser acometida da chikungunya. Após três anos da fase aguda do vírus, as dores pioraram. “Levantar todos os dias é um sacrifício. Tenho inchaços, fortes dores nos joelhos, formigamentos nos braços. Tem dias que tomo remédios para dormir”, relata. Ela já passou por várias tratamentos medicamentosos, mas disse que há uma melhora inicial, mas os sintomas voltam a piorar em seguida. O quadro de Vilma, que oferece já comprometimentos na sua atividade laboral, não é algo incomum nessa fase da doença. “Esse quadro de dor crônica apresenta restrições de movimentos de muitas articulações. Algumas pessoas não voltam a lavar pratos, varrer a casa ou fazer trabalhos manuais. O fato de não voltar ao trabalho devido a esse incômodo traz uma repercussão social muito ruim”, informa Raphael dos Anjos, infectologista do Hospital Jayme da Fonte. “Isso gera uma relação com a dor emocional e alguns pacientes começam a apresentar também transtornos de comportamento e até quadros depressivos. São pessoas que estão reaprendendo a viver após a doença”. O infectologista informa ainda que outro fator de risco que aumenta as chances de tornar a doença crônica é a demora em iniciar o tratamento em sua fase aguda. “Isso é percebido em especial quando atendemos a população mais carente, pois a intervenção mais precoce medicamentosa poderia evitar casos crônicos. Diante da vulnerabilidade social da população de baixa renda, há uma maior incidência nos casos”. . . Como não há um remédio específico para a chikungunya, quando as dores se prolongam, o tratamento deve ser individualizado e depende do grau de inflamação da doença. “No comprometimento muscular mecânico sem artrite ou inflamação (como dores articulares, tendinite, rigidez e fasciíte, inflamação das fáscia, um tecido fibroso que recobre músculos e ossos), deve-se usar analgésico, fisioterapia e atividade física para amenizar a dor e a rigidez nas articulações”, explica Renata Menezes. Já para os casos que envolvem um quadro de reumatismo inflamatório crônico, ela orienta que devem ser acrescentados medicações imunossupressoras ou imunomoduladoras (substâncias que atuam no sistema imunológico para diminuir a resposta orgânica contra o vírus) como corticoide ou eventualmente imunobiológicos. Sempre com prescrição médica. "Além dos analgésicos, atividade física e fisioterapia são importantes na melhora da dor, rigidez e mobilidade das articulações. O retorno precoce às atividades físicas contribui para uma melhor evolução do paciente. Superar o desânimo acarretado pelas dores pode ser difícil, mas os exercícios evitam o agravamento da condição e ajudam na recuperação da massa muscular, evitando o círculo vicioso de inatividade, instabilidade articular e outras lesões que piorem a dor, além da melhora na auto-estima do paciente. Quanto maior o período de inatividade, maior a perda do condicionamento físico e muscular anterior", afirmou a reumatologista Renata Menezes. PESQUISAS Recente estudo científico realizado no Hospital da Restauração indicou que os vírus da chikungunya, dengue e da zika podem ser o gatilho para o acidente vascular cerebral. Entre 160 pacientes acometidos com a doença provocada pelas arboviroses, a pesquisa mapeou 20 casos que apresentaram AVC. A médica Maria Lúcia Brito, que é chefe do Serviço de Neurologia do HR apontou ainda que podem estar relacionadas à infecção por arboviroses a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a esclerose múltipla e as crises convulsivas. A Fiocruz, que é uma das referências nos estudos sobre a chikungunya, relaciona a doença com alterações no sistema nervoso central. Em paralelo ao crescimento da chikungunya no Brasil, por exemplo, foi identificado um aumento em paralelo de casos de meningite e encefalite. Outro estudo coordenado pela pesquisadora Soniza Alves-Leon, que é professora de neurologia da UFRJ e da Unirio, apontou que mesmo quando não apresenta sintomas, as arboviroses podem desencadear doenças neurológicas. A boa notícia é que a Fiocruz comprovou neste ano a eficácia do medicamento sofosbuvir, para o combate a chikungunya. A pesquisa realizou testes em camundongos infectados com o vírus. A meta era confirmar se o tratamento seria eficaz em seres vivos. Segundo o pesquisador Thiago Moreno, esse é o primeiro estudo a comprovar, em células vivas, que o sofosbuvir inibe a replicação do vírus. “A pesquisa é importante para que o medicamento seja, num futuro próximo, opção terapêutica para tratar a doença”, afirmou. *Por Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

Sintomas da chikungunya podem persistir muito tempo Read More »

CAM 60 dias dá a largada

Sessenta dias. 2 meses. 8 semanas. Esse é o período de tempo proposto pelo desafio CAM 60 Dias para uma mudança na qualidade de vida de quatro participantes. Lançado na última quarta (28), num café da manhã saudável realizado no Tulasi Mercado Orgânico, patrocinador do evento, o processo parte de quatro pilares fundamentais: alimentação, exercício físico, equilíbrio emocional e a autoestima e estética. Thiago Araujo, Rivaldo Neto, Ana Cristina Xavier e Mariana Barros vão entrar num programa de atividades físicas, nutrição e de apoio psicológico para reduzirem o peso em dois meses. O CAM 60 Dias faz parte do projeto CAM Bem-Estar, realizado pela Algomais em conjunto com a CBN Recife, com o apoio do Carrefour, laboratório Boris Berenstein, dos Hotéis Pernambuco, da Lucky Viagens e do Shopping RioMar. Em 28 de outubro será realizado o CAM Bem-Estar no Teatro do RioMar, que vai trazer palestras e os resultados do CAM 60 Dias. Thiago Araújo, coordenador de RH, tem 28 anos e aceitou participar do Desafio CAM 60 Dias com o intuito principal de organizar seus hábitos alimentares. “Hoje em dia, eu ainda sou muito desorganizado, como muita besteira, e esse é o meu grande objetivo, melhorar meus hábitos. Já a outra participante, a consultora de beleza e imagem Ana Cristina, 36 anos, pretende, ao longo do projeto, trabalhar melhor seu aspecto emocional. “Por causa da ansiedade, eu fico com vontade de comer, mesmo sem fome, e isso atrapalha muito os meus hábitos alimentares, porque eu tendo a procurar consolo nas ‘porcarias’. Então o meu objetivo maior é aprender a reeducação alimentar e manter, a longo prazo, esse estilo de vida” declarou entusiasmada. A busca por uma mudança de vida é a meta de Mariana Barros, 29 anos. “Eu estou em busca de hábitos mais saudáveis, tanto na alimentação quanto no exercício físico, então peguei esse desafio como um start pra começar com uma transformação para o resto da vida”, planejou a jornalista. Na mesma linha, Rivaldo Neto, designer gráfico de 47 anos, afirma que para ele o maior desafio do projeto é criar, dentro de seu atribulado cotidiano, uma rotina alimentar mais regrada e organizada. “Mas, tenho o interesse em manter, para depois do fim desse projeto, o que será conquistado aqui, e com isso melhorar meu sono, minha saúde e, consequentemente, conquistar a longevidade”, programa-se Rivaldo. Para acompanhar os participantes durante o tempo de desafio, foi selecionada uma equipe de profissionais especialistas, reunindo peritos da área de medicina, psicologia e nutrição, para contemplar cada uma dessas áreas basilares do projeto.  Raíssa Lyra é endocrinologista e espera possibilitar uma mudança de vida concreta aos participantes. “A minha expectativa é fazer um projeto que traga, não só em curto prazo, mas à longo prazo mesmo, uma perspectiva de vida saudável e, lógico, unindo a estética à saúde quando possível” destacou a profissional. Já a psicóloga Tássia Queiroz aponta a busca do bem-estar mental e emocional como um dos diferenciais do desafio. “Meu objetivo maior é promover um conforto psíquico a essas pessoas, que elas possam identificar pensamentos que estão causando ansiedade e aprender a responder a esses pensamentos de uma forma mais funcional e que aumente a qualidade de vida deles” pontuou a especialista. A dermatologista Karina Passos atesta que o cuidado com a estética influencia até na autoestima dos participantes. “Interfere muito. Na questão do sobrepeso e da obesidade, que é o que vamos tratar mais aqui, existem muitas doenças de pele que o responsável é o sobrepeso”, explicou a profissional. A nutricionista Débora Wagner realça a importância dos participantes entenderem o desafio como uma mudança de vida para o pleno sucesso da iniciativa. “O maior desafio, na verdade, é encarar esse processo não só como um período de dieta ou de manutenção curta desse peso, mas conceber esse processo como uma mudança no estilo de vida, como uma educação para o autocuidado em que esses hábitos sejam mantidos ao longo da vida. É a construção da saúde como estilo de vida”, defendeu a profissional. O CAM Bem-Estar  faz parte do projeto CAM – Cidades Algomais, que tem como objetivo discutir soluções inovadoras para o bem-estar de quem vive nos grandes centros urbanos. Focada na temática da saúde e bem-estar, o evento traz grandes especialistas para compartilhar e discutir cases sobre a vida saudável e tratar temáticas como nutrição sustentável, atividade física, habilidades socioemocionais e autoestima. Os ingressos estão à venda no site: cidadesalgomais.com 

CAM 60 dias dá a largada Read More »

Sarampo: como descobrir e tratar a doença?

São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná são apenas alguns dos estados brasileiros que já apresentaram casos de sarampo em 2019. A doença infecciosa, transmitida por vírus, teve um surto registrado por especialistas, contabilizando mais de 10 mil casos no país só no ano de 2018. Os dados preocupam as autoridades de saúde uma vez que eles representam a diminuição dos níveis de cobertura vacinal entre os brasileiros. O sarampo é uma doença considerada de contágio fácil, similar ao da gripe, com a transmissão feita por meio de tosse, fala ou contato íntimo. Outro fator que agrava as chances de epidemia é que um paciente contaminado pode transmitir o vírus para, em média, 18 pessoas. Entre os principais sintomas do sarampo estão manchas vermelhas na pele, tosse persistente, manchas brancas na parte interna da bochecha e irritação nos olhos. “As vacinas são consideradas um dos grandes avanços da medicina e salvam vidas todos os dias há mais de 200 anos. Doenças como o sarampo, já vencidas, retornam em surtos por conceitos equivocados de ‘movimentos antivacinas’, gerando um retrocesso na saúde”, explica o Dr. Aier Adriano Costa, clínico geral e coordenador médico da Docway. A doença pode ocasionar febre, convulsões, infecções, conjuntivite, perda de apetite, diarreia e, em casos mais graves, até lesão cerebral e infecções no encéfalo. A enfermidade é considerada de maior risco para crianças menores de 5 anos, podendo causar meningite, encefalite e pneumonia. “Em casos mais graves, o sarampo pode ocasionar até a morte do paciente. Em locais onde a vacinação ainda não está implantada nos sistemas de saúde, a doença está entre as principais causas de morte de crianças de até 5 anos de idade”, afirma o médico. Sem um tratamento específico, a única prevenção garantida é a vacinação. “A doença pode ser prevenida por meio da vacina tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola. Uma dose gera imunidade em aproximadamente 93% dos vacinados. O emprego de duas doses possui eficácia de proteção em torno de 97%”, explica Deivis Junior Paludo do grupo Diagnósticos do Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização e o Ministério da Saúde, a primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de vida e a segunda aos 15 meses, que pode ser substituída pela vacina tetravalente. “A vacina contra o sarampo é altamente efetiva e com certeza a melhor forma de prevenir a doença”, confirma o Dr. Aier. Apesar de, na maioria dos casos, o diagnóstico do sarampo ser feito por meio de avaliação clínica, o especialista do Diagnósticos do Brasil ressalta que está disponível no mercado nacional o exame que identifica a doença. “Ele é realizado por meio da sorologia, que detecta a presença de anticorpos IgM e IgG específicos, com resultados em até 10 dias úteis”, explica Deivis. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde, mas o título foi retirado em fevereiro deste ano após a verificação do surto ocorrido em 2018. O motivo da epidemia da doença é extremamente preocupante, pois se resume à redução da cobertura vacinal, proporcionando um ambiente populacional menos protegido ao vírus. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a cobertura vacinal chegou a ser em torno de 100%, em 2014, mas caiu para 90% no ano passado. “A vacina contra o sarampo integra o calendário nacional de vacinação, e é de extrema importância que a população retome seus cuidados em segui-lo à risca. Afinal, esta é a única maneira comprovada de se prevenir contra essa e muitas outras doenças que podem ter consequências graves”, reforça Deivis. O Ministério da Saúde indica que crianças de seis meses a um ano de idade, que vão se deslocar para municípios que apresentem surto ativo de sarampo, devem ser vacinadas contra a doença pelo menos 15 dias antes da data da viagem. Adultos que ainda não foram imunizados contra o sarampo, também devem seguir as indicações das autoridades: pessoas de até 29 anos devem receber duas doses para a imunização. “Para a população entre 30 e 49 anos, o indicado é que recebam uma dose da vacina tríplice viral. A exceção fica para pessoas imunodeprimidas, acima 50 anos ou mulheres grávidas, que não devem tomá-la”, completa o Dr. Aier.

Sarampo: como descobrir e tratar a doença? Read More »

É possível recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa do país até 2030, indica relatório

Elton Alisson – O Brasil perdeu 71 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 30 anos – área maior que a ocupada pela Amazônia – em decorrência de desmatamento e queimadas, entre outros fatores, apontam dados do MapBiomas. Como esse desmatamento ocorreu sem planejamento ambiental e agrícola, boa parte dessas áreas tornaram-se abandonadas, mal utilizadas ou entraram em processo de erosão, ficando impróprias para produção de alimentos ou qualquer outra atividade econômica. A restauração florestal pode diminuir parte desse prejuízo ao possibilitar a recuperação estratégica  de 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todo o país até 2030, conforme estabelecido no Plano Nacional de Restauração Ecológica. Dessa forma, seria possível sequestrar 1,39 megatonelada (Mt) de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, interligar fragmentos naturais na paisagem e ainda aumentar em 200% a conservação da biodiversidade. As estimativas constam no sumário para tomadores de decisão do relatório temático “Restauração de Paisagens e Ecossistemas”, lançado na sexta-feira (23/08), no Museu do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. O documento é resultado de uma parceria entre a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês), apoiada pelo programa BIOTA-FAPESP, e o Instituto Internacional de Sustentabilidade (ISS), e foi elaborado por um grupo de 45 pesquisadores, de 25 instituições do país. “O sumário mostra que as questões ambientais [conservação e restauração ecológica] e a produção agrícola são interdependentes e podem caminhar juntas, sem prejuízo para nenhum dos lados. Pelo contrário, ela só traz benefícios diretos, como a diponibilização de polinizadores para as culturas agrícolas, a conservação da água e do solo e, principalmente, a possibilidade de certificação ambiental da produção, permitindo agregar valor”, disse à Agência FAPESP Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um dos autores do documento. O sumário destaca que o Brasil tem grandes oportunidades para impulsionar a restauração e a recuperação da vegetação e, com isso, aumentar a geração de benefícios socioeconômicos e ambientais, minimizar a competição de florestas com áreas agrícolas e contribuir para combater as mudanças climáticas. No entanto, para que as oportuni¬dades se tornem realidade, o país não pode retroceder em suas políticas ambientais de redução do desmatamento, conservação da biodiversidade e impulsionamento da recuperação e da restauração da vegetação nativa em larga escala, ponderam os autores. O fim da obrigatoriedade da Reserva Legal, as reduções das alternativas de conversão de multas e a extinção dos fóruns de colaboração e coordenação entre atores governamentais e da sociedade seriam perdas irreparáveis para uma política de adequação ambiental, afirmam. Os autores também ponderam que Brasil tem assumido o papel de líder em negociações ambientais internacionais e qualquer ruptura desse caminho, além de afastar oportunidades, vai afugentar mercados internacionais consumidores de produtos agrícolas. Isso porque, cada vez mais, esses agentes se pautam pela produção e pelo consumo sustentáveis, incluindo políticas de não consumo de produtos provenientes de áreas desmatadas. “O Brasil não deveria ter nenhuma dificuldade de colocar seus produtos agrícolas no mercado internacional, pois o diferencial poderia ser uma agricultura sustentável praticada em ambientes de elevada diversidade natural. Isso é um ativo que nenhum outro país tem”, avaliou Rodrigues. Aumento de produtividade De acordo com o documento, a intensificação sustentável da pecuária brasileira é um processo-chave para aumentar a produtividade do setor e liberar as áreas agrícolas de menor produtividade para o cumprimento de leis e metas ambientais. O aumento da produtividade média da pecuária brasileira de 4,4 para 9 arrobas por hectare por ano permitiria não só a atingir a meta brasileira de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030, como também zerar o desmatamento ilegal e liberar 30 milhões de hectares para a agricultura. “Três quartos da área agrícola brasileira são ocupados hoje pela pecuária, com baixíssima produtividade média. Se tivéssemos uma boa política agrícola, voltada à tecnificação da pecuária, seria possível aumentar a produtividade da atividade e, assim, liberar pelo menos 32 milhões de hectares de pastagem para outras culturas, mantendo a mesma quantidade de cabeças de gado atual”, disse Rodrigues. O aumento da produtividade das pastagens nos próximos 30 anos seria suficiente, considerando o Brasil como um todo, para garantir o cumprimento de leis e metas ambientais, como pode ser confirmado nos resultados regionais, afirmam os pesquisadores. Na Amazônia, por exemplo, para atender a todas as metas de produção agrícola e florestal, de desmatamento ilegal zero e de recuperação da vegetação nativa – visando legalizar ambientalmente as propriedades rurais e ainda potencializar os serviços ecossistêmicos –, seria preciso ampliar a produtividade das pastagens do nível atual de 46% para 63-75% do seu potencial sustentável, em 15 anos. Na Mata Atlântica, esse mesmo processo necessita de um aumento dos atuais 24% para 30-34% do seu potencial, sendo que tal incremento é possível apenas aplicando o conhecimento básico de manejo de pastagens. No Cerrado, bastaria sair dos 35% vigentes para 65% do seu potencial sustentável até 2050 para harmonizar expansão agrícola sustentável, restauração em áreas prioritárias e desmatamento ilegal zero “Não há nenhuma justificativa para o desmatamento que está acontecendo na Amazônia e no Cerrado agora, porque estamos gerando ainda mais pecuária de baixa produtividade”, afirmou Rodrigues. Segundo o documento, o aumento da produtividade nas áreas já agrícolas e a adoção de modelos econômicos alternativos nas áreas com menor potencial agrícola – como aquelas com restrições à produção mecanizada, as ocupadas por vegetação nativa, florestas nativas com aproveitamento econômico sustentável e sistemas agroflorestais biodiversos – também são essenciais para alavancar os benefícios financeiros diretos e indiretos em curto prazo. Somando a exploração econômica das áreas marginais restauradas com fins comerciais, como sistemas agroflorestais biodiversos, e o ganho proporcionado pelo uso destas áreas para compensação de Reserva Legal de propriedades rurais com débito ambiental, torna-se financeiramente viável a reconversão de áreas agrícolas marginais para vegetação nativa. Em Paragominas, no Pará, em apenas quatro anos, propriedades de pecuária irregulares ambientalmente e de baixa produtividade regularizaram suas exigências ambientais legais e aumentaram

É possível recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa do país até 2030, indica relatório Read More »

Aumenta número de casos de câncer em jovens

Especialistas alertam para o aumento do número de casos de câncer na população entre 20 e 49 anos. Foi constatado aumento de incidência por ano do câncer de tireoide (elevação de 8,8%), próstata (5,5%) e o de cólon e reto (3,4%). Os dados foram discutidos no Observatório de Oncologia, em 2019. A oncologista da Multihemo, Ana Carolina Branco, explica que os hábitos de vida das pessoas podem estar relacionados ao aumento do número de casos de câncer em indivíduos mais jovens. “O consumo de álcool e cigarros, aliados a uma alimentação não saudável e à falta de exercícios físicos, são fatores que podem estar por trás desse cenário”, afirma Ana. Devido a isso, a especialista vem percebendo um aumento no número de jovens adultos nos consultórios de oncologistas buscando informações e prevenção. “Precisamos planejar a nossa terceira idade enquanto somos jovens”, explica. Mesmo com esse cenário, a estimativa do número de pessoas que morrerão devido a algum tipo de câncer, para o biênio 2019/ 2020, é maior nas regiões Norte e Nordeste do que no Sul e Sudeste, mesmo que o número de casos na região Sul e Sudeste sejam maiores. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam, na previsão feita para o ano de 2018, que tenham ocorrido 58.770 casos de cânceres no Nordeste e, no Norte, 11.590. No Sul, as patologias previstas para o ano passado foram de 72.560 e no Sudeste, 135.590. “As principais razões para o maior número de mortes no Nordeste é a falta de um diagnóstico precoce e dificuldade de acesso aos tratamentos adequados”, afirma Ana Carolina.

Aumenta número de casos de câncer em jovens Read More »

10 dúvidas sobre balão intragástrico

Você já ouviu falar de balão intragástrico? Confira abaixo o ping pong com o Dr. Eduardo Grecco sobre essa alternativa que está sendo usada para no tratamento para emagrecimento. No Brasil, atualmente a obesidade afeta mais da metade (54%), segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a previsão é de que em 2025 haja aproximadamente 700 milhões de adultos com obesidade no mundo. Como ele é colocado? O artefato é introduzido por via oral através de uma endoscopia que é feita em ambiente hospitalar com o paciente sedado. Por isso, não são necessários cortes e ela não deixa nenhuma cicatriz. Todo o procedimento dura cerca de 20 minutos. Qualquer pessoa que esteja acima do peso pode se submeter a esse método? Não. Ela precisar ser maior de idade ou, no caso de adolescentes após avaliação endócrino pediatra e liberação dos pais, e ter o seu índice de massa corporal, o IMC, maior que 27. Também é muito importante que o caso seja avaliado individualmente, para que o especialista possa ponderar os riscos e os benefícios que o tratamento pode oferecer. Por que ele promove o emagrecimento? Depois de colocado dentro do estômago, o balão é inflado, fazendo com que haja uma redução no espaço vazio dentro do órgão. Com isso, a pessoa precisa ingerir menos alimentos para se sentir satisfeita. Quais são os efeitos colaterais do uso do balão? Nas primeiras 72 horas após a colocação é muito comum que o indivíduo tenha dores abdominais, enjoos e vômitos. Quando isso acontece, o médico lança mão de medicamentos que amenizam o mal-estar. Ele fica para sempre dentro do corpo? Não. Existem versões do balão indicadas para 6 e 12 meses. No segundo caso ele é chamado de longa permanência e é mais indicado para quem tem IMC acima de 35 ou mais dificuldade para perder peso. De acordo com estudos, esse tipo oferece mais eficácia no tratamento, fazendo com que haja mais peso e mais tempo para a adaptação dos novos hábitos, que são orientados por uma equipe multidisciplinar, formada por nutricionistas, professores de educação física e psicólogos, além do médico, e garantem a manutenção do peso depois que o balão for retirado. Além disso, ele pode ter seu tamanho reajustado para diminuir os efeitos colaterais e aumentar a saciedade em longo prazo, já que por volta do sexto mês o organismo se adapta ao dispositivo e ele não oferece o mesmo efeito. Com isso, ele proporciona uma perda de peso estimada em 15 e 20% do total. É verdade que ele pode provocar obstrução intestinal? Sim. Mas segundo o Dr. Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista, esse não é um quadro comum. Ele acontece quando há um esvaziamento espontâneo do balão e ele migra em direção ao intestino. “Nesse caso o paciente costuma notar que seu abdômen está muito distendido, sente desconforto e apresenta vômitos. Isso independe da qualidade do material ou da forma como o sua colocação foi realizada”, relata o especialista. Também se fala sobre a possibilidade da presença de fungos ao seu redor. Isso é fato? Uma vez que o balão é colocado dentro do organismo, ele deixa de ser um objeto estéril e, por essa razão, pode ser contaminado por esse tipo de micro-organismo. Esse é mais um quadro incomum e ocorre por alteração no pH do estômago pelo uso de protetores por tempo prolongado, deixando o ambiente menos ácido, o que favorece o crescimento desses fungos que facilmente se grudam no balão, levando a alterações na sua estrutura e à necessidade da sua retirada precoce. Após a retirada do balão, o paciente permanecerá magro? Isso depende do quanto ele se adequou aos novos hábitos e entendeu que, se retomar a vida que tinha antes, voltará a engordar. Eu já fiz cirurgia bariátrica, mas ganhei um pouco de peso. Posso colocar o balão? Não. Qualquer operação realizada no esôfago ou no estômago inviabiliza a sua utilização. Como é feita a retirada do balão no final do período estipulado? Ela é similar à colocação. Ou seja, com a ajuda de uma endoscopia e a presença de um anestesiologista, o profissional esvazia o artefato e o retira de dentro do corpo. O Dr. Eduardo Grecco é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC (SP), possui residência médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência de São Paulo e é especializado em Endoscopia Digestiva Alta pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.

10 dúvidas sobre balão intragástrico Read More »

Consumo de vegetais diminui riscos de câncer de cabeça e pescoço

Tumores de cabeça e pescoço são o nono tipo de câncer mais comum no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma das aliadas para a prevenção é a alimentação, como já era divulgado há bastante tempo pelos órgãos e profissionais de saúde. Mas um estudo realizado em Goiânia, São Paulo e Vitória, pelo Centro de Câncer do Hospital AC Camargo, em São Paulo, relacionou o hábito de consumir alimentos minimamente processados e o risco de tumores de boca, laringe, orofaringe e hipofaringe, conseguindo, inclusive, especificar que vegetais são melhores para certas áreas. Segundo os pesquisadores, tomates e frutas cítricas ajudam na prevenção de câncer de boca. Já a maçã e a pera, protegem a boca e laringe. Couve, brócolis e repolho são bons para laringe e faringe; e cenoura, frutas cítricas e banana contribuem para evitar câncer na faringe. De acordo com o Dr. Cleydson Oliveira, cirurgião de cabeça e pescoço e otorrinolaringologista, que atende no Hospital Agamenon Magalhães e no IRO (Instituto Rezende Oliveira), ambos no Recife, os vegetais e frutas estudados são compostos de elementos protetores, como o licopeno, por exemplo: “A prática já demonstrava e a pesquisa confirmou que quanto maior o consumo desses alimentos minimamente processados, menor será o risco de câncer na boca. Quem consome estes alimentos, pelo menos 3 vezes por semana, reduz significativamente a chance de câncer de cabeça e pescoço.” - explica. “Mas é preciso lembrar que fatores de risco como cigarro e álcool são os grandes vilões em se tratando de câncer de cabeça e pescoço. Evitar esses hábitos é fundamental para manter a saúde de uma forma geral” - reforça o especialista. NÚMEROS - A pesquisa, foi publicada no Brasil e por revista do ministério da saúde dos Estados Unidos, dá conta de que quem consumiu tomate todos os dias, diminuiu a chance de câncer de cavidade oral em 72%. Já quem se alimentou diariamente de brócolis, repolho e couve, diminuiu o risco de desenvolver câncer de laringe em 80%. Os que comeram esses três alimentos de uma a duas vezes por semana reduziram a chance de ter câncer hipofaríngeo em 69%. O consumo de cenoura, também de uma a duas vezes por semana, reduziu a probabilidade desse tumor em 86%.

Consumo de vegetais diminui riscos de câncer de cabeça e pescoço Read More »

Benefícios do vinagre

Usado na medicina popular há séculos, o vinagre é um alimento versátil produzido por meio da fermentação do álcool, que pode fazer bem à saúde de diversas formas diferentes. Além de ser utilizado nas mais variadas receitas culinárias, o ingrediente também atua no combate a algumas doenças, como hipertensão e diabetes. Existem também aqueles que o consomem com o objetivo da manutenção ou perda de peso. É importante destacar, no entanto, que se usado de maneira equivocada pode ocasionar sérios problemas para a saúde. Segundo a supervisora de nutrição do Hospital São Marcos, Gabriela Tabosa, existem diversos tipos de vinagre, porém, o de maçã é o mais indicado. “O ideal mesmo é que o vinagre seja orgânico, ou seja, livre de agrotóxicos, e com uma maior concentração de componentes provenientes da macieira, pois estes não são filtrados e por isso possuem uma maior quantidade de pectina em sua composição. Essa substância é um poderoso antioxidante, que também estimula enzimas que ajudam na digestão”. Mas será que o vinagre funciona mesmo na batalha contra a balança? Há indícios de que sim. Um estudo realizado na Universidade do Arizona, segundo Gabriela, mostrou que indivíduos com hábitos alimentares saudáveis que fizeram o consumo do vinagre duas vezes ao dia, diluído em água, conseguiram emagrecer em média 2kg em um mês. Porém, para desfrutar desse efeito benéfico não basta apenas consumi-lo. “Não existe fórmula milagrosa. O vinagre faz parte de um conjunto de hábitos saudáveis, composto por atividade física e dieta”, ressalva a nutricionista. Portanto, é melhor “cair na real”: não adianta ter uma alimentação constituída de alimentos gordurosos e cheios de açúcares e consumir o tempero. “Caso o paciente tenha uma dieta altamente inflamatória, composta, por exemplo, por fast foods, o uso do vinagre pode até ser prejudicial, agravando algumas doenças. Por isso é importante que haja o acompanhamento médico e nutricional”. Caso prescrito por um especialista, o vinagre pode ser altamente benéfico para diversos problemas de saúde. Estudos recentes comprovam que ele desempenha uma importante função na prevenção do diabetes tipo 2, aquele que pode ser desenvolvido ao longo da vida. De acordo com Gabriela, o ingrediente auxilia no controle do açúcar no sangue. “Melhora a sensibilidade à insulina, o que facilita a sua ação, evitando assim os picos glicêmicos que podem levar à falência do pâncreas, e consequentemente o desenvolvimento do diabetes tipo 2”, detalha Gabriela. O vinagre também é bastante rico em potássio e, devido a isso, ele acaba competindo com o sódio, que, em excesso, pode desencadear a hipertensão. “O consumo de uma quantidade equilibrada de potássio tem o efeito positivo de redução da pressão arterial”. Porém, é preciso ter muito cuidado. O consumo isolado do vinagre não é sinônimo de cura. “Os hipertensos têm que estar bastante atentos. Para fazer o uso é necessário um acompanhamento periódico tanto cardiológico, como nutricional. A conduta será aplicada ao paciente de forma individualizada”, alertou a especialista. Além de contribuir para o combate de doenças, o vinagre, apesar de atuar como coadjuvante, tem um papel muito importante na perda ou manutenção da massa corporal. “Estudos comprovam que se ingerido uma hora antes das refeições pode inibir a absorção de amido, provocando uma melhora na saciedade. É dessa maneira que ele atua no emagrecimento”, afirmou Gabriela. Segundo ela, uma ou duas colheres uma hora antes do almoço e jantar é o mais indicado. É importante destacar que a ingestão do ingrediente necessita acontecer anteriormente à refeição para surtir efeito. A ação inibidora permite que o corpo esteja saciado por mais tempo. Mas nem tudo é benefício. O alto teor de ácido acético, principal componente do vinagre, pode causar problemas digestivos após o seu consumo. “Não é indicado para aqueles que sofrem de problemas como o refluxo, gastrite e úlcera. Pacientes renais são descompensados de substâncias como o potássio. O consumo do vinagre pode exacerbar a doença”, advertiu Gabriela. O consumo também é contraindicado para pacientes que fazem o uso de medicamentos neurológicos. “Existem estudos que comprovam que o vinagre pode intensificar a frequência de epilepsias”. O ingrediente também é capaz de comprometer o esmalte dentário. Por se tratar de um ingrediente ácido, o vinagre é apontado pela sabedoria popular como um componente fundamental para fazer a higienização de frutas e verduras. A ação, no entanto, não é indicada por Gabriela, que não enxerga o método com bons olhos, pois não é capaz de eliminar os agrotóxicos. “A minha dica é que as pessoas façam o uso de produtos orgânicos”, orienta. Também é comum encontrar na internet, dicas de beleza envolvendo o tempero. “Muitas blogueiras, inclusive, estão usando-o para tornar o cabelo mais forte e brilhoso, mas não existem estudos suficientes que comprovem esses efeitos”, rebate a especialista. A grande dica de Gabriela Tabosa é que haja, sempre, o acompanhamento médico e com um profissional nutricionista, para, então, fazer o uso do vinagre. “É um ingrediente muito rico, mas que exige cuidado”, completou.

Benefícios do vinagre Read More »

Estudantes de Olinda são orientados na luta contra as arboviroses

Estudantes do ensino fundamental I do Núcleo Educacional Positivo, no bairro de Ouro Preto, Olinda, receberam nesta quarta-feira (21.08) orientações sobre arboviroses e dicas de como combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Equipes do Centro de Vigilância Ambiental de Olinda (CEVAO) repassaram informações, de forma lúdica, para as crianças de como evitar focos do transmissor da zika, dengue e chikungunya. Os técnicos estão desenvolvendo o mesmo trabalho em várias outras unidades de ensino da cidade. Os agentes, além de entregar panfletos e passar videos educativos, levaram maquetes e materiais lúdicos para atrair a atenção da garotada e atingir o público infantil. "O nosso objetivo é com todas as gerações. Nós estamos preocupados com controle das arboviroses e isso é um trabalho coletivo não só dos adultos, mas de todas as pessoas. É uma demanda não só de casa, mas de todos os espaços", destacou a gerente do CEVAO, Kalina Siqueira. As equipes abordaram também a questão da reutilização de materiais, reciclagem, descarte correto do lixo, evitar água parada e outros conhecimentos da Educação Ambiental.

Estudantes de Olinda são orientados na luta contra as arboviroses Read More »

PCR promove 18ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência

18º edição da Semana da Pessoa com Deficiência do Recife, promovida pela Prefeitura do Recife, traz a intersetorialidade de várias secretarias – Desenvolvimento Social, Saúde, Educação -, que ofertam diversos serviços para esse público. A programação abre às 8h, desta quarta-feira (21) de agosto, no Recife Praia Hotel (Av. Boa Viagem, 09, bairro do Pina), com a realização da V Conferência Municipal da Pessoa com Deficiência. Participam delegados eleitos na Pré-conferência, realizada em junho passado, com pessoas com deficiência, profissionais, entidades e representantes da sociedade civil. As atividades da Semana seguem até o dia 28, quando serão realizadas ações – palestras, exposição, serviço de saúde, oficinas, entre outras - coordenadas pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência COMUD/Recife e Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas Sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPDDH), para chamar a atenção para a melhoria da qualidade de vida desse grupo. Na sexta-feira (23), das 18h às 21h, será promovido o IV Luau Praia Sem Barreiras, para os freqüentadores do Projeto e convidados, na Praia de Boa Viagem, posto 07, na altura da rua Bruno Veloso. No sábado a programação traz o Seminário Sobre Educação Inclusiva: Rompendo Barreiras, realizado em parceria com a Incluipe e Universidade Uninassau, para professores, alunos e convidados do curso de Pedagogia. O evento será realizado, das 9h às 17h, no auditório da Uninassau – Bloco B – Rua Guilherme Pinto, nº 400. Já nos dias 26 e 27, das 8h às 12, na Estação Central do Metrô, pessoas com deficiência mostram sua arte na Exposição de Produtos Confeccionados por Artistas com Deficiência (Eficiart). Ainda no dia 28, alunos com deficiência e frequentadores do Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, promovem atividades lúdicas, - oficinas de Origami, Soroban e Exposição das Práticas Pedagógicas de Crianças com a Síndrome Congênita do Zika. Semana – De acordo com a Lei n. 18.246/2016, que institui a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência do Recife, tem entre seus objetivos conscientizar a população sobre assuntos voltados para a deficiência; conscientizar a sociedade sobre a igualdade de oportunidades, comemorar as conquistas desse segmento e pensar a sua inclusão na sociedade. De acordo com o censo/2010 do IBIGE, 431.359 (28,05%) é o número da população total do Recife com algum tipo de deficiência – visual, auditiva, motora e mental ou intelectual. DIREITOS HUMANOS DA PESSOA COM DEFICÊNCIA - A Gerência da Pessoa com Deficiência do Recife atendeu a mais de 4,8 mil pessoas em cerca de 176 oficinas sobre os direitos das pessoas com deficiência, desde 2013. A Gerência também apoia as ações de outras secretarias da Prefeitura do Recife, para a promoção de ações como a requalificação e desobstrução de calçadas, efetivação da Política Municipal de Saúde Integral das Pessoas com Deficiência e os serviços de saúde adaptados para as necessidades desse público, as atividades na área de educação inclusiva, além da realização dos Jogos Paralímpicos do Recife e os mutirões de empregabilidade. Uma das principais ações executadas pela PCR para as Pessoas com Deficiência é o Projeto Praia sem Barreiras, que proporcionou banho de mar assistido a mais de 9,8 mil pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, além de seus familiares e cuidadores, desde março de 2013. O Praia sem Barreiras é um dos projetos que integram o programa Turismo Acessível, da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), que é executado na capital pernambucana pela Prefeitura do Recife, por meio da SDSJPSDDH em parceria com a Universidade Maurício de Nassau (Uninassau). O projeto oferece semanalmente banho de mar assistido com a utilização de cadeiras de rodas anfíbias e esteiras removíveis que garantem o acesso à faixa de areia das pessoas com deficiência, de sexta a domingo e nos feriados, das 8h às 13h. Tudo é acompanhado por monitores e uma equipe técnica especializada, formada por fisioterapeutas, psicólogos e cuidadores. O acesso à área do projeto, localizada na altura da Rua Bruno Veloso, do posto 7. Para garantir a autonomia de quem quer participar das atividades, as calçadas são acessíveis e foram instalados semáforos sonoros no entorno da arena do projeto. A Prefeitura do Recife lançou, em 2018, a campanha Taxista Acessível, com o objetivo de sensibilizar os taxistas em relação às necessidades dos passageiros com deficiência, sobretudo dos usuários de cadeiras de rodas e dos cegos que são acompanhados por cão-guia. Mais de 414 condutores foram capacitados. A campanha é uma parceria da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife (SDSJPDDH), com apoio do Shopping Recife, do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sindtáxi), da Cooperativa Metropolitana de Taxistas (Metrotáxi) e da Cooperativa dos Taxistas do Shopping Recife. Saúde A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife promoverá diversas ações de promoção e prevenção à saúde das pessoas com deficiência em todos os distritos sanitários da cidade, até o fim deste mês. A programação inclui exames de acuidade visual, atividades físicas com Profissionais da Academia da Cidade, palestras sobre direitos das pessoas com deficiência e alimentação saudável, rodas de diálogos sobre aleitamento materno e prevenção das deficiências da gestação ao puerpério, além de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B. Além disso, o mamógrafo móvel adaptado com rampa de acesso passará por dez comunidades, distribuindo 800 fichas para as pacientes com idade entre 50 e 69 anos, priorizando as mulheres com deficiência. Para ser atendida, basta levar documento de identificação, cartão do SUS e comprovante de que é moradora do Recife. O resultado é entregue em até 20 dias na unidade onde o caminhão ficou estacionado ou na que fica mais próximo ao local da ação. Um dos destaques da programação da Sesau Recife na Semana da Pessoa com Deficiência é uma ação de prevenção e identificação precoce da deficiência visual através de exames de acuidade visual, na manhã do próximo dia 28, no Compaz do Alto Santa Terezinha, zona norte do Recife. Cerca de 100 alunos das escolas municipais próximas ao Compaz farão o exame que avalia a capacidade da

PCR promove 18ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência Read More »