Arquivos Algomais Saúde - Página 118 de 159 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Algomais Saúde

Proteja-se da chuva: inverno chuvoso favorece asma, gripes e resfriados

A chegada do inverno chuvoso, característico da Região Metropolitana do Recife e da Zona da Mata Pernambucana, acende o sinal de alerta para os que sofrem de doenças respiratórias. Além de aumentar o número de casos de gripes e resfriados, a chuva frequente desencadeia crises de rinite e asma – doenças crônicas que provocam irritabilidade na região nasal e dificuldade para respirar. Tudo isso porque o excesso de umidade favorece o surgimento de ácaros, animais da mesma família das aranhas, invisíveis a olho nu, que são agentes desencadeadores dos problemas respiratórios. “As alergias formam um grande grupo de doenças, que comumente se exacerbam neste período devido ao frio”, justificou Guilherme Costa, pneumologista e broncoscopista do Hospital Jayme da Fonte. No Recife, o ambiente é ainda mais favorável à multiplicação dos ácaros. “A nossa região tem muitos mangues e isso eleva bastante a umidade, principalmente nos dias de chuva”, afirmou. As pessoas alérgicas têm uma reação anormal quando seu organismo entra em contato com determinadas substâncias, como o ácaro. Dentro do nariz, ele e seus excrementos entram em contato com um tipo de célula de defesa do nosso organismo que libera uma substância chamada histamina. Tal processo provoca a crise alérgica, caracterizada por uma irritação nas terminações nervosas, que desencadeia a coceira, estimula a produção de catarro e os espirros. As crises podem surgir pelo contato com partículas de inseto, poeira (onde vivem os ácaros), poluição e fumaça. E, falando em fumaça, o inverno pernambucano também é época de São João, de fogueiras e de fogos. Um verdadeiro martírio para os alérgicos. “É durante as festas juninas que aumenta a exposição à fumaça, desencadeando várias consequências respiratórias e a propensão ao desenvolvimento de doenças infecciosas ou alérgicas”, explica Costa. Portanto, todo o cuidado é pouco nesta estação, principalmente para evitar o agravamento de doenças respiratórias agudas (uma infecção viral, como uma gripe por exemplo) ou crônicas (alergia). “O processo inflamatório dessas doenças pode provocar a quebra das barreiras da defesa do organismo, o que favorece o surgimento de doenças respiratórias infecciosas e bacterianas, como otites, sinusites e pneumonias, dependendo das condições clínicas do paciente”, explica o pneumologista. Crianças, idosos, gestantes, diabéticos e fumantes requerem atenção especial, além daqueles que sofrem de comorbidades (existência de duas ou mais doenças) graves. “O cuidado precisa ser redobrado, pois esses pacientes normalmente apresentam alterações imunológicas”, alerta o médico pediatra do Imip e presidente da Sopepe (Sociedade de Pediatria de Pernambuco), Eduardo Jorge da Fonseca. A dica de ouro é manter o acompanhamento periódico com um especialista. De preferência, que ele seja intensificado nos meses que antecedem a estação. “Muitas situações podem ser devidamente combatidas previamente com medicamentos e cuidados. Basta haver o acompanhamento”, recomenda Costa. Segundo Eduardo Jorge, que também atua como professor da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), existem alguns cuidados que podem contribuir para um inverno tranquilo. “É preciso ter uma boa alimentação, higiene, evitar o tabagismo, inclusive o passivo, e grandes aglomerações”. Outro problema que pode acarretar na piora do quadro da asma e rinite é o refluxo gastroesofágico. “Pacientes asmáticos que têm refluxo podem ter dificuldades para controlar a asma”, destaca Costa. A professora aposentada Carmem Virgínia, 76 anos, que desde 2013 sofre com asma, desenvolveu a doença quando voltou a morar na capital pernambucana. “Nasci no Recife, mas morei em vários Estados do País, por causa do trabalho do meu marido. Após a aposentadoria, voltamos a morar aqui e foi justamente nesta época do ano que eu desenvolvi a doença. Tive uma crise muito forte”, revelou Carmem, acrescentando que a asma é hereditária na sua família. Para levar uma vida longe dos sintomas da doença, Carmem necessita tomar certos cuidados para evitar as crises. “Não posso ter contato com fumaça ou ácaro”, afirmou. Existem alguns sinais que a ajudam a se prevenir. “Quando o nariz começa a corizar, eu já sei. É o primeiro sintoma. A moleza e o cansaço são muito fortes”. Ela também não se descuida nas temperaturas frias, nem é relapsa com a alimentação. “Sempre uso roupas mais quentes para me proteger, bebo muita água e como com frequência frutas e verduras. Se eu não tomar esses cuidados, posso até desmaiar”, alerta. A higiene ambiental é outro fator muito importante. “Minha casa está sempre limpa para evitar poeira. E, quando a minha secretária faz a limpeza, eu saio porque os produtos desencadeiam a crise”. Carmem ainda se dedica à prática da natação. “Sempre gostei muito de nadar e há seis anos, quando descobri a doença, resolvi voltar para melhorar a minha condição física e a saúde do meu pulmão. Quando não nado, devido ao tempo, vou para o pilates”. Na verdade, a atividade física é um importante reforço no combate às chamadas doenças de inverno. No entanto, segundo Guilherme Costa, é preciso cautela. “É necessário que haja um acompanhamento médico, pois alguns pacientes podem apresentar problemas relacionados ao exercício, o que pode aumentar a probabilidade das crises asmáticas”. A partir de uma avaliação especializada, os exercícios podem, sim, contribuir para a qualidade de vida. “É uma medida isolada em saúde de grande impacto na prevenção das doenças”, assegura Eduardo Jorge. *Por Marcelo Bandeira

Proteja-se da chuva: inverno chuvoso favorece asma, gripes e resfriados Read More »

Mito ou verdade: Bicarbonato elimina agrotóxicos de alimentos?

Mais ou menos. O bicarbonato de sódio remove todo o resíduo existente em folhas e cascas. Porém, ele não consegue eliminar a parcela de agrotóxico que penetrou nos alimentos. “Alguns estudos indicam que de 5% a 20% do pesticida consegue transpassar a superfície dos alimentos. Ou seja, mesmo que a pessoa higienize, por exemplo, a casca de uma fruta com bicarbonato, ela ainda está suscetível aos riscos do agrotóxico que penetrou nela”, adverte Karla Conolly, nutricionista do Hospital Jayme da Fonte. Para retirar as toxinas da superfície dos alimentos basta colocá-los de molho, por 15 minutos, em um recipiente com uma colher de sopa de bicarbonato para cada litro de água. “Vale ressaltar também que o bicarbonato não elimina os germes. Por isso, é essencial que todos os alimentos sejam clorados e lavados em água corrente”, orienta a nutricionista.

Mito ou verdade: Bicarbonato elimina agrotóxicos de alimentos? Read More »

Câncer: consumo de cigarro light, eletrônico ou narguilé também são responsáveis pela doença

Hoje, dia 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial sem Fumo. Com mais de 21 milhões de fumantes no Brasil, o tabagismo é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de muitas pesquisas levantarem os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Cigarro light Cientistas da Ohio State University, nos Estados Unidos, apontaram que o cigarro do tipo light pode ser a razão do aumento de um câncer chamado adenocarcinoma pulmonar, muito comum entre fumantes, bastante agressivo e de difícil remoção cirúrgica. Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que o consumo excessivo desses cigarros pode estar diretamente ligado ao aumento dos casos nos últimos 50 anos. Isso porque os cigarros do tipo light foram desenvolvidos com filtros minúsculos. Os furos de ventilação do filtro permitem que os fumantes inalem mais fumaça, responsável por aumentar os níveis de produtos químicos e outras toxinas no organismo. Considerada uma opção menos agressiva que os demais cigarros comercializados no mercado, hoje essa ideia já é contestada por toda a comunidade médica. Segundo o oncologista Felipe Marinho, da Multihemo, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, comenta. Cigarro eletrônico Um estudo publicado na revista científica Thorax, realizado pela Universidade de Birmingham, revelou que o vapor inalado através do cigarro eletrônico pode debilitar as células que protegem os tecidos pulmonares. Os macrófagos alveolares – importantes células que promovem o controle de elementos estranhos no corpo – que foram expostos ao vapor apresentaram danos maiores em relação à exposição apenas ao líquido do dispositivo. Essa não foi a primeira pesquisa que evidenciou os perigos do cigarro eletrônico. Outro estudo elaborado por pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Nova York relacionou o uso do o cigarro eletrônico ao aumento do risco de câncer e doenças cardíacas. Silvia Fontan, oncologista da Oncoclínica Recife, conta que, apesar de conter menos substâncias cancerígenas que os cigarros convencionais, o cigarro eletrônico, principalmente após o uso prolongado, ainda apresenta riscos e não deve ser considerado uma opção segura. Narguilé O Narguilé é um cachimbo que traz um fumo feito de tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes. Por conter água e um mecanismo de filtragem, difundiu-se a ideia de que o seu consumo pode ser menos prejudicial à saúde, mas na realidade, ele pode ser tão ruim quanto os cigarros tradicionais. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé, que dura em média de 20 a 80 minutos, equivale a fumar cerca de cem cigarros. Os oncologistas ainda afirmam que as outras formas de consumo de tabaco (como narguilé, charuto, cachimbo e cigarros eletrônicos) são responsáveis por ampliarem em cerca de 20 vezes o risco de surgimento do câncer de pulmão e de quatro a dez vezes mais chances de desenvolver ao menos 13 outros tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia.

Câncer: consumo de cigarro light, eletrônico ou narguilé também são responsáveis pela doença Read More »

Acupuntura para a cura da depressão

A Acupuntura é um conjunto de práticas terapêuticas baseadas na Medicina Tradicional Chinesa, que consiste, principalmente, na inserção de agulhas para a estimulação de regiões anatômicas sobre a pele, chamados de Pontos de Acupuntura. De acordo com a medicina ocidental, é um método que estimula a liberação de substâncias químicas, que atuam sobre o sistema nervoso, promovendo o equilíbrio do organismo. Atualmente, a técnica da acupuntura busca ajudar os canais energéticos do corpo (meridianos), de acordo com o equilíbrio de Yin e Yang e, consequentemente, a normalização de funções alteradas, reforço do sistema imunológico e controle da dor. Ela pode ser utilizada em vários tratamentos, podendo obter diferentes tipos de resultados. De acordo com a fisioterapeuta, especialista em estética, Gabriela Laubé, a acupuntura pode aliviar muitos problemas, dentre eles a depressão. A depressão é uma disfunção que faz parte dos chamados transtornos afetivos e do humor, atingindo 16% da população mundial. As pessoas que sofrem deste problema, podem contar com o auxílio de remédios ou até mesmo com terapias alternativas, como a acupuntura. “A inserção de agulhas provoca uma série de reações que liberam neurotransmissores, como serotobina e dopamina, que geram sensação de prazer e bem-estar, tendo o mesmo efeito de alguns medicamentos antidepressivos. A acupuntura tem inúmeros benefícios, mas a maior vantagem é que ela enxerga e trata o corpo como um todo, proporcionando uma melhora geral e não possui efeitos colaterais, como os remédios” – afirma Gabriela. A acupuntura estimula terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos, atingindo neurotransmissores responsáveis pelo controle do humor e das emoções. O estímulo das agulhas desencadeia muitos efeitos importantes, como analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular e sobre os sistemas endócrino e imunológico. Laubé conclui: “Ao inserirmos agulhas de acupuntura em pontos específicos do corpo de pacientes que sofrem com a depressão é possível liberar substâncias neuromoduladoras, que normalizam funções motores sensoriais, autonômicas, neuroendócrinas, de controle de expressão emocional, por isso o paciente se sente melhor”. Esta terapia alternativa é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e quem opta por este tratamento consegue vencer a doença por si próprio. As agulhas são descartáveis e nunca devem ser reutilizadas.

Acupuntura para a cura da depressão Read More »

Síndrome de burnout é incluída na nova Classificação Internacional de Doenças

O aumento de jornadas exaustivas, imposição de metas abusivas, falta de reconhecimento e autonomia no ambiente de trabalho são algumas das possíveis causas de transtornos associados à atividade laboral, como a síndrome de burnout.                                     Ueliton Pereira A Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu a síndrome de burnout na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Definida como “estresse crônico”, a patologia está relacionada com o esgotamento laboral. A decisão da OMS ocorreu durante a assembleia mundial da organização, que ocorre desde 20 de maio, em Genebra. A inclusão oficialmente começa a valer em 2022 A lista é feita com base nas avaliações de especialistas de todo o mundo e utilizada para estabelecer tendências e estatísticas de saúde. Para o psicólogo da Holiste Psiquiatria, Ueliton Pereira, o aumento de jornadas exaustivas, imposição de metas abusivas, falta de reconhecimento e autonomia no ambiente de trabalho são algumas das possíveis causas de transtornos associados à atividade laboral, como a síndrome de burnout. O conceito mais usado para a patologia, segundo Ueliton, é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, que resulta do acúmulo excessivo em situações de trabalho emocionalmente exigentes e principalmente estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. “A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Geralmente começa com uma crise de ansiedade ou pânico, para depois se desenrolar como a Burnout”, completa o psicólogo. Ele destaca ainda que a doença laboral se caracteriza quando os sintomas surgem decorrentes da rotina do trabalho e envolvem o ambiente e qualquer assunto referente à atividade. Os pacientes podem sentir crises de ansiedade e pânico no momento que têm que sair para ir trabalhar, ou o coração dispara quando fala do chefe ou de alguma situação que remete ao trabalho. “Quando o desânimo começa no final de semana, ao lembrar que no dia seguinte retomará a rotina e isso começa a aumentar a ponto de os sintomas começarem a um ou dois dias antes é um sinal. Muitos pacientes relatam que sonham, só falam no trabalho e sentem todos os incômodos possíveis, a ponto de começar a gerar faltas e outros. Cansaço excessivo - físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite e no sono, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança e negatividade constante são possíveis sintomas de adoecimento”, sublinha. A CID-11 também terá outras atualizações, uma delas relacionada à saúde sexual, que passa a abranger a incongruência de gênero, até então citadas na seção sobre enfermidades mentais. Já o transtorno provocado por jogos eletrônicos foi incluído no capítulo sobre dependências.

Síndrome de burnout é incluída na nova Classificação Internacional de Doenças Read More »

Estudo aponta que Pilates diminui sintomas depressivos e ansiosos

Nos últimos anos, diversos estudos comprovaram os benefícios do Pilates para a saúde física. Mas, será que o Pilates também pode melhorar a saúde mental? A resposta é sim! Uma meta-análise, que acaba de ser publicada no jornal Complementary Therapies in Medicine, mostrou que os benefícios de praticar o Pilates se estendem para a saúde mental. Os pesquisadores revisaram oito estudos clínicos, realizados com pessoas que faziam Pilates e com grupos controles (que praticavam outras modalidades esportivas ou eram sedentárias). A conclusão, baseada nas evidências, foi que o Pilates melhora, de forma significativa, a depressão, com redução de até 81% dos sintomas depressivos. A ansiedade também entrou na conta, com redução de até 46% das manifestações ansiosas. O método ainda reduz a fadiga (cansaço), aumenta a energia e alivia o estresse. E tem mais: os benefícios funcionam em diferentes populações, como idosos, universitários e pessoas com doenças crônicas. Opinião da especialista Para a fisioterapeuta e especialista em Pilates, Walkíria Brunetti, não há dúvidas de que o Pilates trabalha o paciente de uma forma global, ou seja, atua tanto na saúde física como na mental. E isso hoje é fundamental. “O aumento da longevidade já é uma realidade, temos pessoas que vivem até 100 anos de idade, graças aos cuidados com a saúde física, sejam eles preventivos ou curativos, por meio de novas tecnologias, como medicamentos, exames, entre outros”, reflete Walkíria. “Por outro lado, quem padece para que vivamos mais tempo é a nossa saúde mental. Vivemos hiperconectados, trabalhamos mais do que deveríamos, usamos o celular o tempo todo e temos hoje altos índices de estresse por conta desta rotina. Portanto, não adianta apenas cuidar do físico, é imprescindível promover práticas que atuem na nossa saúde mental”, E isto já é uma forte tendência dentro das empresas, por exemplo. Recente pesquisa feita por uma rede de academias mostrou que a atividade física é o foco dos programas de qualidade de vida oferecidos pelas corporações, sendo o Pilates uma das atividades mais procuradas. A pesquisa apontou uma tendência de troca de práticas como a musculação, por exemplo, pelo Pilates. Por que o Pilates é um aliado do cérebro? Para Walkíria, há vários fatores que explicam os benefícios do Pilates para a saúde mental. “Um deles é a interação social, principalmente quando olhamos para a população idosa. O momento do Pilates é especial, pois obriga o idoso a ir até a clínica e lá ele acaba encontrando pessoas, conversa e se exercita. Estes fatores, aliados à liberação dos neurotransmissores, como a serotonina, acabam melhorando o bem-estar de uma forma geral”, reforça. Walkíria diz ainda que esta hipótese é válida também para pessoas com depressão, de uma forma geral, uma vez que o isolamento social pode agravar os sintomas depressivos. “Já para os estressados e ansiosos, a respiração profunda e diafragmática acaba causando um efeito muito relaxante, além do fato da necessidade de focar no momento presente durante os exercícios. Este aspecto do Pilates ajuda a desacelerar os pensamentos, se desligar do mundo, dos problemas e, como consequência, diminui o estresse e os sintomas ansiosos, explica a fisioterapeuta. Pilates para todos O estudo também apontou que por ser um método de baixo impacto, pode ser feito por pessoas com doenças que possuem contraindicações ou ainda com limitações para outras práticas, como musculação ou exercícios aeróbicos. “Neste grupo, além dos idosos, podemos citar gestantes, mulheres no pós-parto e pessoas com problemas mais graves na coluna. Lembrando que para estas populações é indicado o Pilates Studio, aplicado por um fisioterapeuta especialista no método”, encerra Walkíria.

Estudo aponta que Pilates diminui sintomas depressivos e ansiosos Read More »

O café pode inibir o sono?

O consumo de café faz parte do hábito dos brasileiros a qualquer hora do dia. Segundo projeção da Euromonitor Internacional o Brasil lidera a demanda global com uma média anual de 817 xícaras por pessoa. Mas afinal, o café pode inibir o sono ou isso é um mito? Um estudo realizado pelo Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, na Inglaterra, e publicado na Science Translation Medicine, revelou que a cafeína pode alterar o ciclo circadiano, pois age como indutora do período da vigília e libera neurotransmissores que estimulam as células cerebrais. Outra pesquisa, feita pela Universidade Wayne State, de Michigan, mostrou que o consumo da bebida até cinco horas antes de dormir pode reduzir em uma hora o período de descanso. Isso porque a substância adia a produção de picos de melatonina, hormônio produzido nos períodos não luminosos e que indicam o início do sono. “A cafeína é uma substância estimulante do sistema nervoso central. Em doses moderadas, produz ótimo rendimento físico e intelectual, com aumento da capacidade de concentração e agilidade nos estímulos sensoriais. Por outro lado, doses elevadas podem causar ansiedade, nervosismo, tremores musculares, taquicardia, zumbido e aumento do estado de vigília, comprometendo o sono”, explica a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi. Há pessoas, no entanto, que acabam ficando condicionadas e tolerantes aos efeitos da cafeína, como explica a especialista. “Nestes casos, mesmo que a pessoa acredite que ela não interfira no tempo de sono, a substância pode atrapalhar a sua qualidade, pois aumenta o número de despertares durante a noite”, alerta. Mas, o que fazer para consumir o tão adorado cafezinho e ainda garantir um sono relaxante? Renata explica que, como tudo em excesso faz mal, é recomendável moderar a dosagem de café por dia e evitar o consumo horas antes de dormir. “Para ter uma noção, a cafeína permanece no organismo por até oito horas, seja do café, ou qualquer outra bebida estimulante, como refrigerantes e alguns chás”, orienta. “Além disso, alguns cuidados podem ser seguidos para melhorar as noites de sono. Tente dormir ao menos oito horas por noite, utilize travesseiros e colchões adequados para manter a disciplina postural, tome um banho morno antes de dormir para relaxar, evite o uso de aparelhos eletrônicos, mantenha o ambiente arejado, silencioso e o mais escuro possível e faça refeições leves antes de deitar”, completa a consultora da Duoflex.

O café pode inibir o sono? Read More »

Congresso discute inteligência artificial a serviço da genética e da reprodução assistida

O Recife vai sediar, amanhã (28), um evento com especialistas conceituados internacionalmente na área de genética e reprodução assistida, para trocar informações e apresentar novidades de como a inteligência artificial pode contribuir para a área de reprodução humana. Organizado pelo Grupo Geare, o International Fertility Talks vai acontecer no Arcádia Boa Viagem, a partir das 8h. Os temas escolhidos mostram a visão de futuro, em que a genética deixa de ser um assunto a tratar apenas quando se esgotam as possibilidades de diagnóstico, uma vez que os pacientes precisam de respostas detalhadas para tomar decisões em conjunto com o médico. Os mais recentes avanços para o tratamento da infertilidade estão, em grande parte, associados à genética. Nesse sentido, a inteligência artificial se junta à capacidade médica para auxiliar nas taxas de sucesso da gestação e da fertilização in vitro. Outro ponto importante que será discutido é o congelamento de óvulos para preservar a fertilidade. Para otimização dos resultados dos tratamentos de reprodução assistida, o congelamento de gametas e embriões é uma mudança sem volta na sociedade. Estudos e pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que um em cada cinco casais enfrentam dificuldade para engravidar e necessitam de ajuda especializada para ter um filho. No Brasil, a quantidade de casais inférteis é de cerca de oito milhões. Destacamos algumas situações que todo casal deve saber sobre infertilidade: 1) A conduta sexual precisa ser consciente. Cerca de 35% dos casos de infertilidade da mulher são decorrentes de problemas tubários. E as infecções pélvicas são as principais responsáveis pela obstrução das trompas, que pode ocorrer também por causa da endometriose e das aderências após cirurgias. Para evitar essas infecções, ele aconselha que se use preservativo em toda relação sexual, quando não se pretende engravidar. 2) Nem sempre a gravidez não ocorre por causa da mulher. Em geral, as causas da infertilidade de um casal estão distribuídas igualmente entre homens e mulheres (por volta de 35% cada), além de um percentual referente à infertilidade sem causa aparente. Apesar de raro, também pode acontecer de não haver nenhum problema com a mulher nem com o homem, e sim com eles como casal. 3) Muitas mulheres não dividem seu problema com ninguém. Passam anos tentando engravidar e sofrendo caladas, pois se julgam culpadas. 4) É importante, também, que a mulher saiba qual é a sua chance de engravidar. Dos 20 aos 29 anos, ela é de 20% a 25% a cada mês. Dos 30 aos 34, cai para 15%. Depois dos 35, é de apenas 10%. Independentemente desses números, a mulher que quer engravidar deve prestar atenção ao seu período menstrual e às datas de sua ovulação, quando suas chances de sucesso aumentam bastante.

Congresso discute inteligência artificial a serviço da genética e da reprodução assistida Read More »

Glaucoma avança no Brasil

Principal causa de perda irreversível da visão, o glaucoma afetará 80 milhões de pessoas em 2020 e 111,5 milhões em 2040, segundo projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, houve um crescimento de 900 mil casos em 2010 para 2,5 milhões no ano passado. Neste domingo, 26 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. O aumento da expectativa de vida da população ajuda a entendermos esses números, pois a idade avançada eleva os riscos. No geral, a incidência aumenta a partir dos 40 anos, chegando a 7,5% aos 80, assim como o uso de colírios com corticóide de forma indiscriminada e sem acompanhamento médico, já que eles podem causar aumento da pressão intraocular. . . A doença ocorre por conta da pressão intraocular associada a neuropatia óptica, que causa um dano no nervo – parte do olho que leva a informação visual até o cérebro, ocasionando perda progressiva e irreversível da visão. Ele provoca um estreitamento do campo visual, fazendo com que a pessoa perca progressivamente a visão periférica. Mas, ela tem cura? Quais são as causas? É possível prevenir? A oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, tira dúvidas sobre o problema. Causas “As causas do aumento da pressão dos olhos são desconhecidas, porém colírios dilatadores, drenagem restrita ou bloqueada, uso de corticoides, má circulação ou redução sanguínea no nervo óptico e pressão arterial alta são algumas situações que influenciam”. Hereditário “Pessoas que têm casos na família têm mais chances de desenvolvê-la. Nessa situação, a chance de ter a doença é seis vezes maior que uma pessoa sem histórico familiar. Pessoas com diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, negros e idosos também têm mais probabilidades”. Tipos de glaucoma “São quatro: primário de ângulo aberto ou crônico (mais comum); de ângulo fechado ou agudo (mais emergencial); congênito (atinge os bebês logo em seu nascimento) e secundário (causada por complicações médicas)”. Tem cura? “Não, porém a doença pode ser controlada. É necessário que o paciente mantenha a continuidade do tratamento para reduzir a pressão intraocular e evitar a perda de visão. Quanto mais rápido, menor será a perda”. Prevenção “Alimentação saudável, praticar exercícios, usar óculos de sol quando possível, reduzir nível de estresse, moderar no consumo de álcool, não abusar de medicamentos e, claro, consultar um oftalmologista, no mínimo, uma vez por ano para um check-up geral”.

Glaucoma avança no Brasil Read More »

Brasileiros sofrem com Osteoporose na terceira idade

A grande vilã da terceira idade tem nome, causas e consequências. Conhecida pela perda acelerada de massa óssea que ocorre durante o envelhecimento, a osteoporose é uma doença que provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio. A cada quatro pacientes, três serão do sexo feminino e a cada cinco, um será do sexo masculino após os cinquenta anos de idade. Isso significa que 33% das mulheres e 20% dos homens correrão sério risco de fraturas ao entrar na terceira idade. Para que isso aconteça, alguns fatores contribuem para o quadro: o primeiro é que o Brasil deixou de ser um país jovem e começa a entrar na terceira idade e o segundo é que a expectativa de vida aumentou e mais pessoas chegam à velhice. “O grande motivo do surgimento da Osteoporose é a ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que ocasiona o maior número de quedas em idosos. Por isso, as mulheres são as que mais sofrem com a doença por causa da fase pós-menopausa”, comenta o ortopedista, Dr. Rui Eduardo. Para amenizar essa patologia, uma melhor alimentação, as vacinações e intervenções na saúde física trazem para os idosos motivos mais que suficiente para ter uma boa vida na terceira idade. A boa aparência também é fundamental, porém a saúde osteoarticular e músculoesquelética é quem garantem nossa capacidade para continuar a praticar esportes e curtir algumas viagens, por exemplo. Ainda de acordo com o Dr. Rui, para evitar a tão temida perda de massa óssea estrutural é preciso conhecer a causa da Osteoporose que pode ser a falta de exercícios físicos, o tabagismo, a diminuição do estrogênio após a menopausa, o alcoolismo ou algumas doenças renais. Porém cada fator desses pode ser rebatido, combatido e evitado. “A prevenção é a melhor moeda para combater a doença. A prática de esportes, alimentação saudável, reposição hormonal e evitar o excesso de álcool e tabagismo são os melhores caminhos”, explica. Do ponto de vista clínico, a principal prevenção é a reposição hormonal e os tratamentos dos alendronatos e risendronatos, semanalmente, por períodos prolongados. A detecção da osteoporose pode ser feita pela radiografia, porém seu diagnóstico e a quantificação são feitas pela densitometria óssea.

Brasileiros sofrem com Osteoporose na terceira idade Read More »