Algomais Saúde - Página: 129 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Medidas preventivas reduzem em até 90% os riscos de doenças cardiovasculares

O mesmo órgão que mantém milhares de pessoas vivas é também o mais letal. As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. De acordo com levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas vão a óbito por conta de problemas no coração. Deste total, 7,4 milhões devido à doença cardíaca coronária. No Brasil, em média 300 mil pessoas morrem anualmente devido aos problemas cardiovasculares. Em 2017, o cardiômetro, indicador criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, estimou 383.961 mortes no país. A adoção de hábitos saudáveis e a conscientização para os fatores de risco para doenças coronarianas tornam-se ainda mais relevantes no Dia Mundial do Coração (29/9). Para lembrar a data e alertar a população, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz iluminará sua fachada de vermelho no dia 29 de setembro. A abordagem dos fatores de risco, como diabetes, obesidade, hipertensão, estresse, sedentarismo, tabagismo e colesterol alto reduzem em 80% as ocorrências de doenças associadas ao coração. O InterHeart, famoso estudo publicado em 2004 no The Lancet, que avaliou a importância dos fatores de risco para o infarto do miocárdio ao redor do mundo em 262 centros de 52 países, aponta que cerca de 30% do risco cardiovascular pode ser atribuído à obesidade. De 2006 a 2016, o número de pessoas com excesso de peso aumentou 26,3%. Passou de 42,6% para 53,8%, segundo dados do Vigitel 2016. Os homens respondem pela maior incidência (57,7%), enquanto que 50,5% das mulheres estão com sobrepeso. O crescimento da obesidade foi ainda mais expressivo, pois aumentou 60% em dez anos. A prevalência é levemente mais expressiva nas mulheres. Atinge 19,6% da população feminina e 18,1% da população masculina. Medidas preventivas custam menos à saúde da população e ao governo. Globalmente a obesidade custa aos cofres públicos US$ 2 trilhões a cada ano, de acordo com estudo da consultoria McKinsey. O Sistema Único de Saúde (SUS) despende R$ 458 milhões anualmente com problemas decorrentes da obesidade. Segundo levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base em dados do sistema público e privado de saúde os custos estimados por doença cardiovascular aumentaram 17% no país entre 2010 a 2015. O consumo de alimentos processados e o sedentarismo reforçado pela facilidade das novas tecnologias são alguns dos fatores que desencadeiam a obesidade e consequentes problemas cardíacos. Como medida de prevenção e adoção de hábitos saudáveis, o Dr. Fabio Lario, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, indica que a maior parte da prevenção de problemas cardíacos depende de hábitos saudáveis, que podem ser integrados a vida diária sem maior dificuldade: "Começamos a combater os problemas cardiovasculares a partir do momento que nos movimentamos. Estudos científicos mostram que podemos incorporar diversos momentos breves de atividade física em nossa rotina diária, com grande benefício para prevenção de doenças cardíacas. Esta é uma estratégia que tem maior chance de ser incorporada em nossas rotinas, por demandar menos tempo e mudanças menos radicais no dia-a-dia", afirma o especialista. O médico aponta que a prática de 150 minutos de atividade semanal moderada oferece 98% dos benefícios para o coração. Esse tempo pode ser distribuído ao longo dos dias, como sessões de 10 minutos a 30 minutos, por exemplo. Atividades moderadas como uma caminhada rápida, e afazeres cotidianos como ir a pé ao trabalho ou ao transporte público, ou ainda priorização do uso de escadas em relação aos elevadores podem ser facilmente incorporados à rotina diária e podem fazer grande diferença na saúde do indivíduo. Soma-se à atividade física, a alimentação saudável. "Devemos evitar alimentos processados e dar preferência a alimentos reais, como carnes magras, cereais, frutas, verduras e legumes. Se buscarmos a prática diária de hábitos e alimentação saudáveis, que dependem principalmente de mudanças de atitude e estilo de vida, além do controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares (colesterol alto, hipertensão, tabagismo, diabete, obesidade, sedentarismo e estresse) sob orientação profissional, teremos trilhado 80 a 90% do caminho da prevenção das doenças do coração". Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 120 anos em 2017. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, por meio do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

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Brasil participa do Dia Mundial da Paralisia Cerebral

No próximo dia 6 de Outubro, o Brasil junta-se a outros 64 países em uma campanha de conscientização de grande importância. Trata-se do Dia Mundial da Paralisia Cerebral, que foi instituído por pessoas com essa condição, suas famílias, e por organizações que lhes oferecem suporte em todo o mundo. No Brasil, o movimento é coordenado pela ONG Nossa Casa, primeira plataforma nacional destinada a traduzir o conhecimento científico sobre a Paralisia Cerebral e o AVC Infantil. Como esclarece Marina Junqueira Airoldi, da Nossa Casa, “a paralisia cerebral é a deficiência física mais comum na infância e, também, uma das menos compreendidas. Hoje, existem mais de 17 milhões de pessoas no mundo com essa condição e aproximadamente 350 milhões de familiares, amigos e apoiadores que estão envolvidos em seu apoio e suporte. Mesmo assim, em muitos casos, as pessoas com paralisia cerebral parecem invisíveis: elas estão fora do alcance da visão da maioria do público em geral, fora de suas preocupações e, por isso, sem opções”.  Mas a boa notícia é que, mesmo assim, existem muitas histórias de sucesso. São várias as organizações pelo mundo – no Brasil, a Nossa Casa – que estão realmente fazendo a diferença em suas comunidades e que querem utilizar o dia 6 de Outubro para compartilhar suas experiências, destacar suas necessidades e encorajar o público em geral a enxergar a paralisia cerebral com outros olhos e incentivar novas atitudes. A Paralisia Cerebral (PC) é uma condição para toda a vida e que pode ou não estar associada a outras condições, como déficit visual, de aprendizado, de comportamento e epilepsia, entre outras. Divide-se em cinco níveis diferentes, de acordo com a função motora, podendo interferir na criança em sua capacidade de correr, andar e pular e até se estender a limitações maiores, em que o auxílio é necessário para praticamente todas as atividades.   Mas o mais desafiador para essas crianças e suas famílias, talvez, seja o desconhecimento e a falta de informação que, em muitos casos, cria e alimenta mitos e preconceitos, levando à exclusão quando muitos poderiam estar vivendo uma vida completamente diferente - de integração e contribuição para a sociedade. O Dia Mundial da Paralisia Cerebral existe exatamente para isso. São famílias, pessoas com PC, organizações e ativistas, que se unem para que todas as pessoas com PC tenham as oportunidades que merecem, o apoio da comunidade e os mesmos direitos de todo cidadão. Para mais informações sobre a Paralisia Cerebral e sobre o 6 de Outubro, Dia Mundial da Paralisia Cerebral, visite www.nossacasa.org.br e worldcpday.org.

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Cinco sinais de que seu coração não anda bem

Setembro Vermelho é o mês para lembrar de que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes em todo o mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, a cada 300 mil brasileiros morrem a cada ano por doenças cardiovasculares. "Muitas pessoas ainda acreditam que as cardiopatias são uma fatalidade, o que é um equívoco. Elas são doenças crônicas, que poderiam ser evitadas se todos aderissem ao tratamento recomendado pelos médicos", explica Dr. Marcelo Sampaio, cardiologista e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL). Conscientizar a população de que as doenças cardíacas demandam cuidados constantes é um dos objetivos da campanha Siga seu Coração - O movimento não pode parar em 2018. Realizada pelo LAL, a ação pretende também alertar a população para o fato de que as enfermidades do coração são silenciosas e é fundamental ter conhecimento de suas causas e sintomas para mantê-las sob controle. Além disso, o reconhecimento rápido dos sinais de um episódio isquêmico e a procura por atendimento médico podem reduzir o risco de morte e de sequelas. Dr. Sampaio lista quais são os principais sintomas: Palpitações A sensação de que o coração está batendo fora do ritmo, muito rápido ou muito forte, pode ser um sinal de arritmia cardíaca. As palpitações podem ocorrer naturalmente, desencadeadas pelo estresse ou fortes emoções, durante atividade, ou até mesmo quando a pessoa estiver sentada ou deitada. Caso se torne recorrente, pode ser um sintoma de problemas graves, como falência cardíaca e fibrilação. É importante consultar um médico para averiguar o problema. Desconforto ou dor no peito Dor ou sensação de aperto e desconforto no peito são sintomas clássicos de ataques cardíacos, mas não necessariamente indicam este problema. Muitas vezes podem significar problemas menos graves. De qualquer forma, é importante investigar. A dor de uma isquemia cardíaca costuma ser localizada à esquerda e é descrita como uma "pressão", "um peso forte no peito". No caso de mulheres, pode se assemelhar a uma queimação e se estender para pescoço e mandíbula. Geralmente, vem acompanhada de suor e falta de ar e ocorre após esforço físico. Falta de fôlego A fadiga depois de um esforço, como subir uma escada, é comum, principalmente se a pessoa for sedentária. Mas é importante distinguir esse cansaço. Caso trate-se de dificuldade para respirar ou falta de fôlego, pode ser um sinal de insuficiência cardíaca. Quando a falta de ar (dispneia) é recorrente, ou acontece após pequenos esforços, deve ser vista com preocupação. Tontura ou desmaio Esse sinal pode estar ligado a uma queda súbita de pressão, que indica fluxo insuficiente de sangue no cérebro. Também pode ser resultado de problemas como estreitamento da válvula aórtica, que dificulta a passagem de sangue para o coração, arritmias e coração grande (ou cardiomegalia). Dor nas pernas Dores nas pernas podem ser decorrentes de diversos problemas. Quando é recorrente, pode indicar problemas nos vasos sanguíneos, como doença arterial periférica. Além da dor intensa, as extremidades (dedos dos pés) vão ficando com pouco oxigênio e nutrientes, tornando-se rapidamente frias e azuladas. É importante, nestes casos, procurar atendimento médico imediato. Nos eventos crônicos, com a obstrução gradativa, há dor nas pernas quando se caminha pequenas distâncias. A doença arterial periférica aumenta o risco de infarto ou AVC. ___________________________________________________________ O Instituto Lado a Lado pela Vida tem a missão de ampliar o acesso às novas tecnologias e humanizar a saúde de norte a sul do Brasil através do diálogo, do acolhimento e da promoção do bem-estar físico e emocional. Para isso, a equipe do Instituto percorres o país propagando a importância da prevenção, do autocuidado e da autoestima, levando para homens, mulheres e crianças essa conscientização de que a saúde é o bem mais valioso e merece atenção especial. Saiba mais e faça parte desse desafio e dessa nobre missão. www.ladoaladopelavida.org.br   

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Campanha conscientiza a população de Recife sobre riscos das doenças cardíacas

Quantas vezes você já ouviu a história de alguém cujo coração parou “do nada”? Embora as doenças do coração representem a primeira causa de morte no Brasil e também de incapacitação para o trabalho, elas ainda são encaradas como fatalidade. “Esse é um mito! Infelizmente, as coisas não são bem assim. As doenças cardíacas são crônicas e possuem diversos fatores de risco muitas vezes ignorados pelos cidadãos”, afirma Dr. Marcelo Sampaio, cardiologista e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL). Conscientizar a população de que as doenças cardíacas demandam cuidados constantes é um dos objetivos da campanha Siga seu Coração 2018 – O movimento não pode parar. Parte das ações do Setembro Vermelho, criado em 2014 pelo Instituto, a campanha deste ano alerta os brasileiros para o fato de que as enfermidades do coração são silenciosas e que é fundamental ter conhecimento de suas causas e sintomas para mantê-las sob controle. “Estamos em nossa quarta edição. A cada ano, ampliamos o alcance do movimento Siga Seu Coração e intensificamos as ações, realizando uma extensa programação por todo o Brasil”, conta Marlene Oliveira, presidente do LAL. Segundo ela, a mobilização ocorre durante o ano inteiro, mas ganha força no Setembro Vermelho, com ações de prevenção, dedicadas à conscientização da gravidade das doenças e a importância de adotar hábitos mais saudáveis. Siga seu coração 2018 em Recife Este ano, o Instituto selou várias parcerias para realizar as ações da Campanha. Uma delas foi estabelecida com o Colégio Fazer Crescer, no Recife (PE), para uma semana de atividades para a conscientização de pais e alunos para as doenças cardíacas. Durante a semana do dia 10, a partir das 8 horas, as crianças e adolescentes do 5° ao 2° ano dos Ensinos Fundamental e Médio contarão com a presença dos estudantes de Medicina da UPE (Projeto Conhecimento Salva Vidas) para esclarecerem dúvidas e ressaltarem a importância de reconhecer os sintonas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou de uma parada respiratória. “Eles estão aprendendo inclusive como realizar os primeiros socorros com objetivo de minimizar possíveis sequelas dessas doenças”, afirma Denise Paranhos, coordenadora dos projetos sustentáveis do CFC. As crianças também serão estimuladas a desenhar situações de prevenção às doenças do coração. Além disso, haverá a distribuição de newsletters com informações sobre os fatores de risco e tipos de doenças e, também, para a publicação de posts nas redes sociais, falando sobre o tema. As ações continuam ao longo do mês de setembro com atividades em escolas públicas da Capital Paulista. Haverá oficinas de desenho e pintura para as crianças; palestras e distribuição de folderes informativos para os pais, além de quatro personagens em formato de coração que estimularão a prática de atividades físicas regulares, não importa qual – seja pular corda, passear com o cachorro, correr ou pedalar. "Os fatores de risco para as doenças cardiovasculares são amplamente conhecidos e, em geral, são os mesmos para as doenças cardiovasculares. Isso significa que, ao adotar um estilo de vida saudável, o indivíduo está tomando providências para prevenir todas as cardiopatias, como insuficiência cardíaca, hipertensão, infarto, arritmia cardíaca, entre outras", destaca Dr. Sampaio. "Ressaltamos, ainda, que o portador de doença cardíaca precisa seguir as recomendações médicas e não suspender o tratamento, mesmo que tenha a sensação de que está se sentindo bem, sem sintomas", revela o cardiologista. Nas palestras e atividades de prevenção da campanha Siga Seu Coração 2018 – O Movimento não pode parar são reforçadas as mensagens de que muitos indivíduos que realizam um procedimento cirúrgico acreditam que o coração está livre de um novo evento. Por isso, o Instituto Lado a lado pela Vida, neste ano, reforçará a mensagem sobre a importância da adesão ao tratamento. “Incluir bons hábitos no dia a dia é o segredo para melhorar sua qualidade de vida e a longevidade. Porém, muitas pessoas hesitam em reconhecer que possuem uma doença crônica e não tomam uma atitude para mudar seu estilo de vida. É isso que queremos mudar”, finaliza o Dr. Sampaio.

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Campanha Nacional: "Escute Seu Pulmão"

Asma leve, moderada e grave e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), são doenças respiratórias que matam diariamente centenas de brasileiros5. A Campanha Escute seu Pulmão é uma iniciativa da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) com o apoio da GSK para alertar a população brasileira sobre a importância de reconhecer e tratar corretamente essas doenças respiratórias.2 Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas sofram com a asma no Brasil e cerca de 300 milhões de pessoas no mundo todo2. Desse total, aproximadamente 20% enfrentam a forma grave da doença, sendo que, em 5% dos casos, ela não está controlada.2 “A asma e a DPOC são exemplos de doenças crônicas frequentes nos consultórios dos pneumologistas. Elas interferem no cotidiano e podem levar a óbito se não tratadas corretamente”, explica Dr. Fernando Luiz Cavalcanti Lundgren, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Enquanto a asma leve e moderada prevalece entre as crianças, a asma grave e a DPOC são mais frequentes na vida adulta, impactando diretamente na qualidade de vida dos pacientes, provocando repetidas visitas ao pronto-socorro e internações. A DPOC, por sua vez, é uma das principais causas de morbidade crônica e de mortalidade no mundo, e essa situação tende a piorar, sem a devida atenção e conhecimento da doença.4 Escute seu Pulmão A campanha tem como objetivo central aumentar a educação e a conscientização do público leigo, pacientes, profissionais de saúde e a sociedade civil sobre a importância de buscar tratamento ao primeiro sinal de uma doença pulmonar persistente e conscientizar sobre os impactos negativos na qualidade de vida dos portadores de asma (em seus diversos graus) e DPOC. A asma pode ser classificada quanto à gravidade em intermitente e persistente leve, moderada e grave. Estima-se que 60% dos casos de asma sejam intermitentes ou persistentes leves, 25% a 30% moderados e 5% a 10% graves. Os asmáticos graves são a minoria, mas representam a parcela maior em utilização de recursos. As internações devido a asma custam anualmente cerca de R$ 600 milhões ao SUS. A mobilização e educação de pacientes e profissionais de saúde podem mudar o cenário nacional e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.A asma e a DPOC, são doenças pulmonares crônicas e é preciso garantir o reconhecimento dos sintomas dessas doenças pelos pacientes e seus familiares. O diagnóstico correto das enfermidades pelos especialistas garante o controle efetivo das doenças pulmonares. “Um dos maiores problemas em torno das doenças respiratórias crônicas está na falta de reconhecimento da doença pelo próprio paciente. Ele não vê a doença como algo crônico e acredita que ela se manifesta apenas durante uma crise, o que não é verdade”, ressalta Dr. Lundgren. Escute seu Pulmão é um projeto educacional que permitirá a população brasileira adquirir conhecimentos sobre as doenças crônicas pulmonares, proporcionando esclarecimento sobre os principais sintomas e tornando-se multiplicadores de informação. A campanha iniciou no dia 1º de maio, dia mundial da prevenção e combate à asma e encerrará ao fim de setembro de 2018. Por meio de uma plataforma de informação online, www.sbpt.org.br/escuteseupulmão a população poderá obter informação e orientação sobre asma, asma grave e DPOC, bem como enviar suas principais dúvidas via o canal exclusivo da campanha. A população brasileira também poderá acompanhar a campanha pelas mídias sociais (@escuteseupulmao), com diversos conteúdos semanais exclusivos, com dicas e informações relevantes. Asma leve e moderada A Enfermidade é responsável por mais de 100 mil internações ao ano no SUS. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 300 milhões de pessoas no mundo, incluindo crianças, sofrem com a asma. Seu sintoma é caracterizado, principalmente, por dificuldade respiratória (falta de ar), tosse seca, chiado ou ruído no peito e ansiedade. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas11, que se tornam estreitas e com muco, comprometendo a entrada e a saída do ar dos pulmões. O grau da doença pode variar entre asma leve, intermitente e grave. Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais. Para os fatores genéticos, destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite, além da obesidade. Asma grave O paciente com asma grave, caracteriza-se por uma asma não controlada, com exacerbações (episódios agudos), exigindo intensificação do tratamento [15], hospitalizações e provocando limitações de atividades. A asma grave, quando comparada com a asma, provoca 20 vezes mais hospitalizações16 e 5 vezes mais chances de episódios de exarcebação. A asma quando está bem controlada, o paciente consegue evitar incômodos durante o dia e a noite, baixas doses de medicamento, uma vida fisicamente produtiva, uma função pulmonar quase normal, bem como evita exacerbações e crises mais severas. DPOC Caracterizada pela bronquite crônica, enfisema pulmonar ou ambos os problemas, a DPOC acarreta na obstrução do fluxo de ar que interfere na respiração do indivíduo. Hoje, a doença atinge 7 milhões de brasileiros e mais de 210 milhões de pessoas no mundo inteiro — sendo que essa deverá ser a terceira principal causa de morte no planeta, até 2030, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. Ainda muito desconhecida pela população e muitas vezes confundida com a Asma, a DPOC tem como principal fator de risco o tabagismo. Atinge pessoas majoritariamente após os 40 anos de idade, quando os primeiros sintomas começam a aparecer. Diagnóstico da DPOC A tosse é o sintoma mais encontrado, pode ser diária ou intermitente e pode preceder a falta de ar ou aparecer simultaneamente a ela. O aparecimento da tosse no fumante é tão frequente que muitos pacientes não a percebem como sintomas de doença, considerando-a como o “pigarro do fumante”. A tosse produtiva ocorre em aproximadamente 50% dos fumantes. A falta de ar é o principal sintoma associado à incapacidade, redução da qualidade de vida e pior prognóstico. É geralmente progressiva com a evolução da doença. Muitos pacientes só referem a falta de

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Atividade aquática como aliada no desenvolvimento psicomotor das crianças

As atividades aquáticas na infância podem ser muito divertidas para muitas crianças e as atraem pela possibilidade de brincar dentro da água. Além do bem-estar, praticar exercícios físicos em ambiente aquático ajuda no desenvolvimento físico e psicomotor dos pequenos, proporcionando um crescimento saudável e maiores chances de se tornar um adulto sadio, pois o estímulo motor nesse meio influencia na percepção motriz, contribuindo para o ajuste, controle e consciência corporal. “Hoje, você possui um esquema corporal a partir de uma sensação plantar, com os pés no chão. Por ser um ambiente do dia a dia, talvez não lhe exija o que chamamos de ‘propriocepção’, que seria a volta para si próprio, no intuito de perceber os componentes corporais, os planos, eixos e temporizações. Então, as atividades aquáticas são ferramentas que nos ajudaram a alcançar esses conteúdos”, explica o educador físico e professor da pós-graduação em natação e atividades aquáticas do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) Sérgio Abreu. Quanto mais cedo a criança começar a praticar exercícios físicos, melhor será para a sua formação cognitiva e os seus benefícios poderão ser percebidos na vida adulta, “pois, além podermos contar com uma memória motora, esta irá contribuir para nossa formação cognitiva, social e psicológica”, esclarece o docente. Segundo o profissional de Educação Física, as crianças podem frequentar escolas de natação ou aulas em clubes a partir do sétimo mês de vida, quando encerra o segundo ciclo de vacinação dos recém-nascidos. Natação ou qualquer outra atividade que tenha contato com a água são muitos indicadas, porém é preciso ficar atento e procurar orientação de um profissional de medicina. “É um ambiente bastante estimulante e prazeroso. No entanto, devemos ter uma atenção especial para alguns casos especiais, como epilepsia e convulsão a alguma insuficiência, que deve haver avaliação médica e do profissional de Educação antes da sua prática”, adverte o professor da pós-graduação em natação e atividades aquáticas do IDE Sérgio Abreu. PALESTRA Para debater o assunto, o Instituto de desenvolvimento Educacional (IDE) promove no próximo dia 14 (sexta-feira), das 15h às 18h, na sede da instituição (Pina, Recife), mais uma edição do Café com especialistas com o tema “A importância das atividades aquáticas para o desenvolvimento psicomotor de crianças”. Com inscrições gratuitas, feitas através do site do IDE, a palestra será ministrada pelo professor da pós-graduação de natação e atividades aquáticas do IDE Sérgio Abreu. O evento abordará o histórico da relação do homem com a água, princípios físicos da água e as atividades aquáticas, desenvolvimento motor e seus períodos e a água e a psicomotricidade. “Tentarei mostrar não só a importância da atividade aquática, mas a importância da água em sua história, suas propriedades físicas e mecânicas e a relação com a formação psicomotora através basicamente da natação”, conta o palestrante. Podem participar da conversa estudantes de graduação em educação física, profissionais das áreas de educação física e interessados no tema. Após o evento, o público recebe certificado online com carga horária de três horas. No local, os participantes poderão doar alimento não perecível. A sede do Instituto de desenvolvimento Educacional fica na Rua Manuel de brito, nº 311, no bairro do Pina (Recife, PE). Mais informações pelos telefones 0800 081 3256 e (81) 3465-0002 ou no www.idecursos.com.br/eventos. * O professor da pós-graduação em natação e atividades aquáticas do IDE Sérgio Abreu tem mestrado em Ciência da Educação pela Universidade Lusófona (Lisboa), especialização em bases teóricas da avaliação e prescrição do exercício físico pelo IDE/UniRedentor e especialização em fisiologia do exercício pela Universidade Veiga de Almeida. É também coordenador de esporte e professor de natação do Colégio Grande Passo e da Escola Primeiro Passo, além de coordenador do Circuito Estadual de Natação (Troféu União das Águas). SOBRE O IDE O Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), desde 2006, é uma instituição especializada em cursos de extensão e pós-graduação na área de saúde, com mais de 120 cursos nas áreas de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, educação física, psicologia e fonoaudiologia. Com matriz no Recife e atuação no interior de Pernambuco, como Caruaru, Garanhuns e Petrolina, tem unidades também espalhas por vários estados do Norte e Nordeste, como Ceará, Bahia, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pará. Já formou mais de 5 mil alunos, sendo a maior estrutura física, administrativa e pedagógica do Nordeste voltada exclusivamente para cursos de pós-graduação em saúde. SERVIÇO | CAFÉ COM ESPECIALISTAS Palestra: A importância das atividades aquáticas para o desenvolvimento psicomotor de crianças Quando: sexta-feira, 14 de setembro de 2018 Horário: das 15h às 18h Onde: na sede do IDE – Rua Manuel de brito, nº 31, no bairro do Pina (Recife-PE) Mais informações: (81) 3465.0002, 0800 081 3256 e www.idecursos.com.br/eventos

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Coordenador Nacional do Setembro Amarelo participa de palestra e caminhada no Recife

Nesta sexta, dia 14, às 9h, o Coordenador Nacional da Campanha Setembro Amarelo, Dr. Antônio Geraldo da Silva, ministra a palestra Desafios sobre a Prevenção do Comportamento Suicida no III Simpósio sobre Suicídio da UFPE. O evento acontece no Auditório Jorge Lobo, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (Av. Prof. Moraes Rego, 1235 – Cidade Universitária – Recife). No sábado, a partir das 10h, Dr. Antônio Geraldo, que também é Superintendente Técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria, participa da Caminhada Pró-Vida, na Praça da Jaqueira, evento de conscientização aberto ao público. SOBRE O SETEMBRO AMARELO O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. 17% dos brasileiros já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. No mundo, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e, a cada três segundos, uma pessoa atenta contra a própria vida. São números alarmantes sobre um tema que ainda é um tabu. Afinal, o suicídio e as doenças mentais não escolhem gênero, idade ou classe social. Para conscientizar os brasileiros sobre a prevenção do suicídio, desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina se unem para trazer ao Brasil a campanha mundial Setembro Amarelo, desenvolvendo, em parceria com várias instituições nacionais, ações de conscientização da sociedade. “Precisamos ajudar a população com prevenção, informar que é fundamental tratar todas as doenças mentais, principalmente as que possuem aumento de risco de atentado contra a própria vida”, alerta o Coordenador Nacional da Campanha Setembro Amarelo, Dr. Antônio Geraldo da Silva. Quase 100% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, em sua maioria não diagnosticados, tratados de forma inadequada ou não tratados de maneira alguma. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias. Dos que morrem por suicídio, cerca de 50% a 60% nunca se consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida. Além disso, metade dos que morrem por suicídio foram a uma consulta médica em algum momento do período de seis meses que antecederam a morte, mas 80% foram ao médico não psiquiatra no mês anterior ao atentado contra a própria vida. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a terceira principal causa de morte nesta faixa etária no Brasil. “Notamos ainda um aumento considerável, no País e no mundo, do comportamento suicida entre jovens e adolescentes, com motivações complexas, podendo incluir humor depressivo, uso de substâncias psicoativas, rejeição familiar, negligência, entre outros”, comenta Dr. Antônio. O suicídio é uma grande questão de saúde pública em todos os países. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2014), é possível preveni-lo, desde que, entre outras medidas, os profissionais de saúde, de todos os níveis de atenção, estejam aptos a reconhecerem os fatores de risco presentes, a fim de determinarem medidas para reduzir tal risco. “O suicídio é uma emergência médica e, por isso, é fundamental o papel de todos nós nessa campanha, com ações efetivas de orientação sobre o risco, de informação sobre como preveni-lo e também no atendimento emergencial”, reforça o psiquiatra. Durante todo esse mês, a Associação Brasileira de Psiquiatria vai trabalhar com foco na campanha Setembro Amarelo, com ações específicas em todo o Brasil.

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Compostos sintetizados na USP são testados na fase aguda da doença de Chagas

Karina Toledo/via Agência FAPESP Três novos compostos químicos sintetizados por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos foram testados com sucesso em camundongos no tratamento da fase aguda da doença de Chagas. Testes preliminares em fase crônica confirmam os resultados positivos. As três substâncias têm em comum a capacidade de inibir a atividade da cruzipaína, enzima essencial para a sobrevivência do parasita Trypanosoma cruzi, causador da enfermidade, em todas as etapas do seu ciclo de vida. Ao testar os compostos em associação com o fármaco de referência benzonidazol, os pesquisadores alcançaram uma taxa de sobrevivência dos animais que variou de 60% a 100%, muito superior aos 10% observados quando o benzonidazol foi administrado isoladamente na fase aguda. “Agora estamos iniciando os testes de farmacocinética, que ajudam a entender como as substâncias são metabolizadas no organismo e permitem determinar a dose ideal e o regime de administração. Essa informação vai guiar os estudos que deverão levar ao avanço nos ensaios pré-clínicos”, contou Carlos Alberto Montanari, coordenador do Grupo de Química Medicinal do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP). A pesquisa liderada por Montanari é realizada com apoio da FAPESP desde 2005 – dentro de um programa dedicado à gênese planejada de fármacos. Desde 2014, o grupo tem sido financiado pelo Projeto Temático “Planejamento, síntese e atividade tripanossomicida de inibidores covalentes reversíveis da enzima cruzaína”. O grupo multidisciplinar é também integrado pelos pesquisadores Andrei Leitão (IQSC-USP), Sérgio de Albuquerque (Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP), Antonio Burtoloso (IQSC-USP), Carolina Borsoi Moraes (Universidade Federal de São Paulo) e Lúcio Freitas Júnior (Instituto de Ciências Biomédicas da USP). “Tudo começou com a descoberta do alvo biomacromolecular: a cruzipaína. Essa enzima tem duas funções importantes. Primeiro ela ajuda o parasita a reconhecer, aderir e invadir a célula do hospedeiro. Após esse processo, ela passa a exercer um segundo efeito: a digestão das proteínas da célula hospedeira”, explicou Montanari à Agência FAPESP. Inicialmente, o grupo do IQSC-USP trabalhou no desenvolvimento de uma versão recombinante da cruzipaína, que recebeu o nome de cruzaína. Para isso, os cientistas modificaram geneticamente bactérias da espécie Escherichia coli para que passassem a expressar a cruzaína em grandes quantidades nas culturas mantidas em laboratório. Feito isso, foi possível iniciar a busca por compostos químicos capazes de inibir a atividade da enzima e realizar os primeiros testes de interação entre as moléculas. “Analisamos virtualmente mais de 100 milhões de substâncias químicas incluídas em diferentes bibliotecas de moléculas de diversas partes do mundo, o que só foi possível graças a ferramentas de inteligência artificial do tipo machine learning [aprendizado de máquinas], que permitem analisar uma grande quantidade de dados por métodos em quiminformática, de modo a encontrar padrões de reconhecimento molecular que possibilitem fazer predições”, disse Montanari. Munidos de ferramentas computacionais e de informações previamente obtidas sobre a estrutura tridimensional das moléculas, os pesquisadores selecionaram as substâncias mais promissoras para interagir com a cruzaína e inibir sua função biológica por meio de um processo chamado docagem molecular, que prediz como seria o complexo formado pela enzima e seu potencial inibidor. Após essa triagem inicial, cerca de 250 pequenos compostos químicos foram selecionados e sintetizados pelo grupo do IQSC-USP ao longo de vários anos para os ensaios de interação in vitro. “Empregamos as informações obtidas pelas ferramentas de machine learning em conjunto com os dados da estrutura tridimensional da cruzaína obtidos por cristalografia de raios X. Juntando essas duas informações podemos ‘decorar’ a estrutura da molécula a ser sintetizada de modo a aumentar as chances de sucesso em inibir a enzima”, explicou Montanari. Inicialmente, os compostos sintetizados foram testados in vitro contra a enzima recombinante. O objetivo foi comprovar que atuavam de fato pelo mecanismo de interação estudado pelos pesquisadores. Os candidatos mais bem-sucedidos foram, em seguida, testados diretamente contra o parasita, também in vitro. Dos 250 compostos inicialmente triados, cerca de seis chegaram a ser testados em animais. De acordo com Montanari, somente os que se mostraram eficazes em concentrações muito baixas avançaram para a etapa de ensaios in vivo. “Na prática, vamos fazendo a síntese das moléculas seguindo o conceito de planejamento baseado em hipótese. Ou seja, após testar um composto em nosso sistema bioquímico in vitro, usamos os resultados para planejar e aperfeiçoar a próxima molécula a ser sintetizada. Mais recentemente, com base nos resultados prévios, conseguimos nos aproximar da estrutura molecular ideal e selecionamos 12 substâncias químicas com potencial para serem trabalhadas em fase pré-clínica visando alcançar os testes em humanos posteriormente”, disse o pesquisador. Ensaios in vivo O primeiro composto testado isoladamente em roedores não se mostrou muito eficaz em promover a sobrevida, então os cientistas decidiram dar continuidade aos ensaios combinando os inibidores da cruzipaína com o benzonidazol, fármaco padrão para o tratamento da doença de Chagas. “Embora funcione bem na fase aguda, o benzonidazol não tem muita eficácia contra o parasita durante a fase crônica, que pode se manifestar muitos anos após o paciente ser infectado pelo T. cruzi. Além disso, ele é muito tóxico, causa muitos efeitos colaterais e, com a terapia combinada, podemos diminuir as doses e os efeitos adversos”, disse Montanari. Como explicou o pesquisador, passada a fase aguda, o parasita pode passar anos em latência no organismo humano sem causar sintomas ou ser detectado em testes laboratoriais. Somente quando surgem as complicações da fase crônica, como o alargamento dos ventrículos do coração (condição que afeta cerca de 30% dos pacientes e costuma levar à insuficiência cardíaca), a dilatação do esôfago ou o alargamento do cólon (que acomete até 10% dos infectados e pode levar à perda dos movimentos peristálticos e à dificuldade de funcionamento dos esfíncteres), os médicos conseguem fazer o diagnóstico. “É nessa fase da doença, quando já é possível detectar novamente o parasita no organismo, que pretendemos testar nossos candidatos a fármaco. Hoje não há opção terapêutica eficaz para a fase crônica. Por isso idealizamos a terapia combinada”, disse o pesquisador. Os testes foram feitos com camundongos infectados pela cepa Y do parasita, considerada

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Pesquisadores desenvolvem composto que inibe crescimento de células do melanoma

Uma equipe internacional de pesquisadores de cinco universidades desenvolveu um novo composto que é uma esperança para tratamento do melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. “Segundo o estudo, o composto Corin inibe com sucesso o crescimento de células de melanoma ao direcionar proteínas modificadoras epigenéticas específicas dessas células”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. A pesquisa, anunciada no começo desse ano, teve colaboração de um time internacional de pesquisadores das instituições: Boston University School of Medicine, Johns Hopkins University, Università di Pavia, Harvard Medical School e University of Leicester. No corpo humano, as células ligam e desligam os genes por meio de modificações químicas que alteram o DNA e as proteínas relacionadas. “Essas mudanças epigenéticas são contínuas e estão no centro de como as células saudáveis se transformam em células cancerígenas. Essas modificações contribuem para a capacidade do tumor de crescer indefinidamente, além de tornar as células tumorais resistentes a drogas e capazes de sobreviver a tratamentos”, afirma a médica. Mas, segundo a pesquisa, Corin visa especificamente essas alterações epigenéticas nas células e poderia, portanto, fornecer melhorias significativas em pacientes sem os efeitos colaterais indesejados. “A pesquisa destaca que esse composto atua especificamente para inibir a atividade desmetilase e desacetilase nas células, dessa forma, Corin é particularmente atraente como um inibidor de modificações epigenéticas”, diz. De acordo com a pesquisa, atualmente, existem poucos medicamentos epigenéticos em uso clínico, incluindo inibidores da histona desacetilase (HDAC 1), que são usados para tratar alguns linfomas, e inibidores da histona desmetilase (LSD1) que são usados para tratar algumas leucemias. Estes reagentes não têm sido mais amplamente úteis em canceres devido à janela terapêutica limitada e efeitos secundários indesejáveis. Segundo um dos autores, o médico dermatologista Rhoda Alani, da Universidade de Boston, a expectativa é a de que “este novo composto terá eficácia significativa em melanomas humanos e outros tipos de câncer, seja como terapia autônoma ou em combinação com outras terapias direcionadas ou baseadas no sistema imunológico", explicou. A pesquisa Para avaliar a eficácia deste novo composto, os pesquisadores primeiro testaram usando um sistema de cultura celular para avaliar a biologia celular do melanoma in vitro e descobriram que vários processos associados ao câncer foram afetados, incluindo crescimento celular, diferenciação e migração. O composto foi então testado num modelo experimental para o melanoma e descobriu-se que inibe significativamente o crescimento de células tumorais sem toxicidades apreciáveis. Os pesquisadores acreditam que existem outras entidades patológicas, além de cânceres, que podem ser significativamente afetadas por terapias epigenéticas direcionadas. Mais notavelmente, espera-se que as doenças mediadas pelo sistema imunológico sejam significativamente influenciadas por tais reagentes, uma vez que as mudanças epigenéticas têm sido amplamente notadas como influenciando o sistema imunológico. Dados Melanoma é o tipo de câncer de pele com o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), apesar de não ser o mais frequente câncer de pele, no ano de 2018 são estimados 2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres. Com relação ao câncer de pele não-melanoma, estimam-se 85.170 casos novos de câncer de pele entre homens e 80.410 nas mulheres para o ano de 2018. É por isso que você deve ficar atento aos sinais que aparecem no seu corpo. De acordo com a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, embora a principal causa do melanoma seja genética, a exposição solar também influencia no aparecimento da doença — principalmente com os elevados índices de radiação que atingem níveis considerados potencialmente cancerígenos, onde ocorre exposição à radiação UVA/UVB E IR (infravermelho). "O filtro solar deve ser usado diariamente independentemente da estação do ano e se está num dia nublado, chuvoso ou encoberto; a radiação UV mesmo em um dia 100% encoberto, ela só é barrada em 30% e 70% dessa radiação passa", alerta a dermatologista. Esta fotoexposição, ao longo dos anos, pode gerar lesões novas ou modificar aquelas que já existiam previamente na pele de qualquer pessoa. Com uma exposição solar frequente, seja por lazer ou ocupacional, muitas vezes, as pessoas não percebem a medida da exposição ao sol silencioso no trabalho de campo, no dirigir ou andar na rua. Diagnóstico Precoce Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença, segundo a SBD. "Por isso, a realização do autoexame dermatológico é necessária", explica a Dra. Claudia Marçal. Autoexame O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, aquelas que possuem antecedentes familiares de câncer de pele, têm mais de 50 pintas, tomaram muito sol antes dos trinta anos e sofreram queimaduras. Quem tem lesões em áreas de atrito, como área da peça íntima, soutien, palma das mãos, planta dos pés e área do couro cabeludo, também deve seguir as instruções. A indicação também vale para as pessoas que apresentam muitas sardas e manchas por exposição solar anterior, já retiraram pintas com diagnóstico de atípicas, não se bronzeiam ao sol, e consequentemente acabam adquirindo a cor vermelha com facilidade e apresentam qualquer lesão que esteja se modificando. "Podemos realizar este procedimento com certa regularidade, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar o surgimento de alguma mancha, relevo ou ferida que não cicatriza", indica a Dra. Claudia Marçal. As dicas para o autoexame são: • Examine seu rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas. • Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém. • Preste atenção nas mãos, também entre os dedos. • Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade. • Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios

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Novos medicamentos devem evitar mortes por Influenza

A reemergência de outras doenças neste ano no Brasil, como a febre amarela e o sarampo, pode ter feito o brasileiro esquecer os perigos do vírus Influenza, principalmente no público-alvo: gestantes , idosos e crianças até 5 anos. Muita gente confunde a Influenza com uma gripe qualquer, mas ela pode até mesmo levar à morte. A vacinação é uma forma de prevenir, mas é preciso recurso mais imediato no manejo de pacientes mais graves, por meio do uso de medicamentos. Uma nova droga antiviral, já aprovada no Japão, está prestes a ser liberada nos Estados Unidos: o Baloxavir marboxil, segundo a coordenadora da Comissão Científica de Influenza e Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei, que chega ao Recife nesta quarta-feira (5), para participar do Congresso Medtrop. O objetivo do laboratório Genetech (ROCHE) é obter a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) nos EUA ainda este ano e começar a vender, já em 2019, o medicamento, que promete a cura em uma única dose. No Brasil, desde 2000, está liberado para o tratamento da Influenza A apenas o antiviral Tamiflu ® (Ostamivir), com seu custo-benefício questionado anos atrás em casos ambulatoriais. Para mostrar a ação eficaz deste medicamento em grupos de risco, Nancy Bellei apresentará no Medtrop pesquisa de intervenção precoce da droga no cuidado hospitalar. “Posso dizer que minha própria experiência, com casos crônicos de H1N1 e H3N2 hospitalizados, comprovaram que o uso do Tamiflu nestes pacientes graves é a única opção terapêutica. Além disso, a introdução do remédio, logo que identificados os sintomas, reduz ainda o tempo de internação e o período em UTI”, explica Nancy. Além dos dados de Nancy, existem outros estudos observacionais, pós-pandemia de 2009, feitos com grupos de pesquisadores de diversos países e com mais de 20 mil pacientes. Segundo ela há evidências de que os pacientes tiveram boa recuperação, consequentemente, a taxa de mortalidade foi reduzida ao introduzir precocemente o remédio em grupos de risco que apresentaram os sintomas. NÚMEROS As estimativas atuais indicam que, a cada ano, a gripe sazonal afeta de 5% a 10% da população mundial, causando de 250 mil a 500 mil mortes por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Traz também consequências econômicas significativas. Dados do Ministério da Saúde (MS) contabilizam, até o mês de julho, 839 mortes por influenza. Se comparado com os 285 óbitos do mesmo período de 2017, observa-se um aumento de 194,4% no número de mortalidade pela doença no Brasil. A campanha de vacinação, realizada de 23 de abril a 1 de junho, atingiu 90% do público-alvo, ou seja, cerca de 51 mihões de brasileiros. Os Estados que não atingiram a meta foram Acre, Roraima e Rio de Janeiro. INFLUENZA Doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar a óbito, a influenza é comumente associada, erroneamente, ao termo gripe, o que faz com que ela se confunda com outras doenças relacionadas a vírus respiratórios. O quadro clínico não permite, entretanto, distinguir entre os diferentes tipos de Influenza B e A (o vírus A inclui os subtipos A H3N2 e A H1N1). Na vigência de febre elevada, persistente, acompanhada de sintomas gerais como cefaleia, fadiga e mialgia, além de sintomas respiratórios que surgem em até 24 horas, é mais provável o diagnóstico de influenza, segundo defende Bellei. Serviço: Mesa: Influenza no mundo e no Brasil - Coordenação: Francisco José de Paula Júnior (SVS) • Panorama mundial e a preparação para uma pandemia - Roberta Andraghetti (PAHO/WDC) • Influenza e o impacto global na carga de doenças - Eduardo Azziz-Baumgartner (CDC) • Cenário Epidemiológico da Vigilância da Influenza - Walquiria Aparecida de Almeida (SVS) • Manejo clínico e tratamento: o que temos de novo? - Nancy Bellei (Unifesp) Quando: 5 de setembro, das 9h40 às 11h20 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop) 2018 De 2 a 5 de setembro, das 8h30 às 18h, no Centro de Convenções, (Av. Prof. Andrade Bezerra, s/nº, Salgadinho, Olinda); cursos no Mar Hotel Conventions (R. Barão de Souza Leão, Boa Viagem, Recife), além de outros locais onde serão os eventos paralelos, cursos e oficinas. Programação completa no www.medtrop.com.br

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