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Compostos sintetizados na USP são testados na fase aguda da doença de Chagas

Karina Toledo/via Agência FAPESP Três novos compostos químicos sintetizados por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos foram testados com sucesso em camundongos no tratamento da fase aguda da doença de Chagas. Testes preliminares em fase crônica confirmam os resultados positivos. As três substâncias têm em comum a capacidade de inibir a atividade da cruzipaína, enzima essencial para a sobrevivência do parasita Trypanosoma cruzi, causador da enfermidade, em todas as etapas do seu ciclo de vida. Ao testar os compostos em associação com o fármaco de referência benzonidazol, os pesquisadores alcançaram uma taxa de sobrevivência dos animais que variou de 60% a 100%, muito superior aos 10% observados quando o benzonidazol foi administrado isoladamente na fase aguda. “Agora estamos iniciando os testes de farmacocinética, que ajudam a entender como as substâncias são metabolizadas no organismo e permitem determinar a dose ideal e o regime de administração. Essa informação vai guiar os estudos que deverão levar ao avanço nos ensaios pré-clínicos”, contou Carlos Alberto Montanari, coordenador do Grupo de Química Medicinal do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP). A pesquisa liderada por Montanari é realizada com apoio da FAPESP desde 2005 – dentro de um programa dedicado à gênese planejada de fármacos. Desde 2014, o grupo tem sido financiado pelo Projeto Temático “Planejamento, síntese e atividade tripanossomicida de inibidores covalentes reversíveis da enzima cruzaína”. O grupo multidisciplinar é também integrado pelos pesquisadores Andrei Leitão (IQSC-USP), Sérgio de Albuquerque (Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP), Antonio Burtoloso (IQSC-USP), Carolina Borsoi Moraes (Universidade Federal de São Paulo) e Lúcio Freitas Júnior (Instituto de Ciências Biomédicas da USP). “Tudo começou com a descoberta do alvo biomacromolecular: a cruzipaína. Essa enzima tem duas funções importantes. Primeiro ela ajuda o parasita a reconhecer, aderir e invadir a célula do hospedeiro. Após esse processo, ela passa a exercer um segundo efeito: a digestão das proteínas da célula hospedeira”, explicou Montanari à Agência FAPESP. Inicialmente, o grupo do IQSC-USP trabalhou no desenvolvimento de uma versão recombinante da cruzipaína, que recebeu o nome de cruzaína. Para isso, os cientistas modificaram geneticamente bactérias da espécie Escherichia coli para que passassem a expressar a cruzaína em grandes quantidades nas culturas mantidas em laboratório. Feito isso, foi possível iniciar a busca por compostos químicos capazes de inibir a atividade da enzima e realizar os primeiros testes de interação entre as moléculas. “Analisamos virtualmente mais de 100 milhões de substâncias químicas incluídas em diferentes bibliotecas de moléculas de diversas partes do mundo, o que só foi possível graças a ferramentas de inteligência artificial do tipo machine learning [aprendizado de máquinas], que permitem analisar uma grande quantidade de dados por métodos em quiminformática, de modo a encontrar padrões de reconhecimento molecular que possibilitem fazer predições”, disse Montanari. Munidos de ferramentas computacionais e de informações previamente obtidas sobre a estrutura tridimensional das moléculas, os pesquisadores selecionaram as substâncias mais promissoras para interagir com a cruzaína e inibir sua função biológica por meio de um processo chamado docagem molecular, que prediz como seria o complexo formado pela enzima e seu potencial inibidor. Após essa triagem inicial, cerca de 250 pequenos compostos químicos foram selecionados e sintetizados pelo grupo do IQSC-USP ao longo de vários anos para os ensaios de interação in vitro. “Empregamos as informações obtidas pelas ferramentas de machine learning em conjunto com os dados da estrutura tridimensional da cruzaína obtidos por cristalografia de raios X. Juntando essas duas informações podemos ‘decorar’ a estrutura da molécula a ser sintetizada de modo a aumentar as chances de sucesso em inibir a enzima”, explicou Montanari. Inicialmente, os compostos sintetizados foram testados in vitro contra a enzima recombinante. O objetivo foi comprovar que atuavam de fato pelo mecanismo de interação estudado pelos pesquisadores. Os candidatos mais bem-sucedidos foram, em seguida, testados diretamente contra o parasita, também in vitro. Dos 250 compostos inicialmente triados, cerca de seis chegaram a ser testados em animais. De acordo com Montanari, somente os que se mostraram eficazes em concentrações muito baixas avançaram para a etapa de ensaios in vivo. “Na prática, vamos fazendo a síntese das moléculas seguindo o conceito de planejamento baseado em hipótese. Ou seja, após testar um composto em nosso sistema bioquímico in vitro, usamos os resultados para planejar e aperfeiçoar a próxima molécula a ser sintetizada. Mais recentemente, com base nos resultados prévios, conseguimos nos aproximar da estrutura molecular ideal e selecionamos 12 substâncias químicas com potencial para serem trabalhadas em fase pré-clínica visando alcançar os testes em humanos posteriormente”, disse o pesquisador. Ensaios in vivo O primeiro composto testado isoladamente em roedores não se mostrou muito eficaz em promover a sobrevida, então os cientistas decidiram dar continuidade aos ensaios combinando os inibidores da cruzipaína com o benzonidazol, fármaco padrão para o tratamento da doença de Chagas. “Embora funcione bem na fase aguda, o benzonidazol não tem muita eficácia contra o parasita durante a fase crônica, que pode se manifestar muitos anos após o paciente ser infectado pelo T. cruzi. Além disso, ele é muito tóxico, causa muitos efeitos colaterais e, com a terapia combinada, podemos diminuir as doses e os efeitos adversos”, disse Montanari. Como explicou o pesquisador, passada a fase aguda, o parasita pode passar anos em latência no organismo humano sem causar sintomas ou ser detectado em testes laboratoriais. Somente quando surgem as complicações da fase crônica, como o alargamento dos ventrículos do coração (condição que afeta cerca de 30% dos pacientes e costuma levar à insuficiência cardíaca), a dilatação do esôfago ou o alargamento do cólon (que acomete até 10% dos infectados e pode levar à perda dos movimentos peristálticos e à dificuldade de funcionamento dos esfíncteres), os médicos conseguem fazer o diagnóstico. “É nessa fase da doença, quando já é possível detectar novamente o parasita no organismo, que pretendemos testar nossos candidatos a fármaco. Hoje não há opção terapêutica eficaz para a fase crônica. Por isso idealizamos a terapia combinada”, disse o pesquisador. Os testes foram feitos com camundongos infectados pela cepa Y do parasita, considerada

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Pesquisadores desenvolvem composto que inibe crescimento de células do melanoma

Uma equipe internacional de pesquisadores de cinco universidades desenvolveu um novo composto que é uma esperança para tratamento do melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. “Segundo o estudo, o composto Corin inibe com sucesso o crescimento de células de melanoma ao direcionar proteínas modificadoras epigenéticas específicas dessas células”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. A pesquisa, anunciada no começo desse ano, teve colaboração de um time internacional de pesquisadores das instituições: Boston University School of Medicine, Johns Hopkins University, Università di Pavia, Harvard Medical School e University of Leicester. No corpo humano, as células ligam e desligam os genes por meio de modificações químicas que alteram o DNA e as proteínas relacionadas. “Essas mudanças epigenéticas são contínuas e estão no centro de como as células saudáveis se transformam em células cancerígenas. Essas modificações contribuem para a capacidade do tumor de crescer indefinidamente, além de tornar as células tumorais resistentes a drogas e capazes de sobreviver a tratamentos”, afirma a médica. Mas, segundo a pesquisa, Corin visa especificamente essas alterações epigenéticas nas células e poderia, portanto, fornecer melhorias significativas em pacientes sem os efeitos colaterais indesejados. “A pesquisa destaca que esse composto atua especificamente para inibir a atividade desmetilase e desacetilase nas células, dessa forma, Corin é particularmente atraente como um inibidor de modificações epigenéticas”, diz. De acordo com a pesquisa, atualmente, existem poucos medicamentos epigenéticos em uso clínico, incluindo inibidores da histona desacetilase (HDAC 1), que são usados para tratar alguns linfomas, e inibidores da histona desmetilase (LSD1) que são usados para tratar algumas leucemias. Estes reagentes não têm sido mais amplamente úteis em canceres devido à janela terapêutica limitada e efeitos secundários indesejáveis. Segundo um dos autores, o médico dermatologista Rhoda Alani, da Universidade de Boston, a expectativa é a de que “este novo composto terá eficácia significativa em melanomas humanos e outros tipos de câncer, seja como terapia autônoma ou em combinação com outras terapias direcionadas ou baseadas no sistema imunológico", explicou. A pesquisa Para avaliar a eficácia deste novo composto, os pesquisadores primeiro testaram usando um sistema de cultura celular para avaliar a biologia celular do melanoma in vitro e descobriram que vários processos associados ao câncer foram afetados, incluindo crescimento celular, diferenciação e migração. O composto foi então testado num modelo experimental para o melanoma e descobriu-se que inibe significativamente o crescimento de células tumorais sem toxicidades apreciáveis. Os pesquisadores acreditam que existem outras entidades patológicas, além de cânceres, que podem ser significativamente afetadas por terapias epigenéticas direcionadas. Mais notavelmente, espera-se que as doenças mediadas pelo sistema imunológico sejam significativamente influenciadas por tais reagentes, uma vez que as mudanças epigenéticas têm sido amplamente notadas como influenciando o sistema imunológico. Dados Melanoma é o tipo de câncer de pele com o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), apesar de não ser o mais frequente câncer de pele, no ano de 2018 são estimados 2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres. Com relação ao câncer de pele não-melanoma, estimam-se 85.170 casos novos de câncer de pele entre homens e 80.410 nas mulheres para o ano de 2018. É por isso que você deve ficar atento aos sinais que aparecem no seu corpo. De acordo com a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, embora a principal causa do melanoma seja genética, a exposição solar também influencia no aparecimento da doença — principalmente com os elevados índices de radiação que atingem níveis considerados potencialmente cancerígenos, onde ocorre exposição à radiação UVA/UVB E IR (infravermelho). "O filtro solar deve ser usado diariamente independentemente da estação do ano e se está num dia nublado, chuvoso ou encoberto; a radiação UV mesmo em um dia 100% encoberto, ela só é barrada em 30% e 70% dessa radiação passa", alerta a dermatologista. Esta fotoexposição, ao longo dos anos, pode gerar lesões novas ou modificar aquelas que já existiam previamente na pele de qualquer pessoa. Com uma exposição solar frequente, seja por lazer ou ocupacional, muitas vezes, as pessoas não percebem a medida da exposição ao sol silencioso no trabalho de campo, no dirigir ou andar na rua. Diagnóstico Precoce Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença, segundo a SBD. "Por isso, a realização do autoexame dermatológico é necessária", explica a Dra. Claudia Marçal. Autoexame O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, aquelas que possuem antecedentes familiares de câncer de pele, têm mais de 50 pintas, tomaram muito sol antes dos trinta anos e sofreram queimaduras. Quem tem lesões em áreas de atrito, como área da peça íntima, soutien, palma das mãos, planta dos pés e área do couro cabeludo, também deve seguir as instruções. A indicação também vale para as pessoas que apresentam muitas sardas e manchas por exposição solar anterior, já retiraram pintas com diagnóstico de atípicas, não se bronzeiam ao sol, e consequentemente acabam adquirindo a cor vermelha com facilidade e apresentam qualquer lesão que esteja se modificando. "Podemos realizar este procedimento com certa regularidade, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar o surgimento de alguma mancha, relevo ou ferida que não cicatriza", indica a Dra. Claudia Marçal. As dicas para o autoexame são: • Examine seu rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas. • Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém. • Preste atenção nas mãos, também entre os dedos. • Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade. • Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios

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Novos medicamentos devem evitar mortes por Influenza

A reemergência de outras doenças neste ano no Brasil, como a febre amarela e o sarampo, pode ter feito o brasileiro esquecer os perigos do vírus Influenza, principalmente no público-alvo: gestantes , idosos e crianças até 5 anos. Muita gente confunde a Influenza com uma gripe qualquer, mas ela pode até mesmo levar à morte. A vacinação é uma forma de prevenir, mas é preciso recurso mais imediato no manejo de pacientes mais graves, por meio do uso de medicamentos. Uma nova droga antiviral, já aprovada no Japão, está prestes a ser liberada nos Estados Unidos: o Baloxavir marboxil, segundo a coordenadora da Comissão Científica de Influenza e Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei, que chega ao Recife nesta quarta-feira (5), para participar do Congresso Medtrop. O objetivo do laboratório Genetech (ROCHE) é obter a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) nos EUA ainda este ano e começar a vender, já em 2019, o medicamento, que promete a cura em uma única dose. No Brasil, desde 2000, está liberado para o tratamento da Influenza A apenas o antiviral Tamiflu ® (Ostamivir), com seu custo-benefício questionado anos atrás em casos ambulatoriais. Para mostrar a ação eficaz deste medicamento em grupos de risco, Nancy Bellei apresentará no Medtrop pesquisa de intervenção precoce da droga no cuidado hospitalar. “Posso dizer que minha própria experiência, com casos crônicos de H1N1 e H3N2 hospitalizados, comprovaram que o uso do Tamiflu nestes pacientes graves é a única opção terapêutica. Além disso, a introdução do remédio, logo que identificados os sintomas, reduz ainda o tempo de internação e o período em UTI”, explica Nancy. Além dos dados de Nancy, existem outros estudos observacionais, pós-pandemia de 2009, feitos com grupos de pesquisadores de diversos países e com mais de 20 mil pacientes. Segundo ela há evidências de que os pacientes tiveram boa recuperação, consequentemente, a taxa de mortalidade foi reduzida ao introduzir precocemente o remédio em grupos de risco que apresentaram os sintomas. NÚMEROS As estimativas atuais indicam que, a cada ano, a gripe sazonal afeta de 5% a 10% da população mundial, causando de 250 mil a 500 mil mortes por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Traz também consequências econômicas significativas. Dados do Ministério da Saúde (MS) contabilizam, até o mês de julho, 839 mortes por influenza. Se comparado com os 285 óbitos do mesmo período de 2017, observa-se um aumento de 194,4% no número de mortalidade pela doença no Brasil. A campanha de vacinação, realizada de 23 de abril a 1 de junho, atingiu 90% do público-alvo, ou seja, cerca de 51 mihões de brasileiros. Os Estados que não atingiram a meta foram Acre, Roraima e Rio de Janeiro. INFLUENZA Doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar a óbito, a influenza é comumente associada, erroneamente, ao termo gripe, o que faz com que ela se confunda com outras doenças relacionadas a vírus respiratórios. O quadro clínico não permite, entretanto, distinguir entre os diferentes tipos de Influenza B e A (o vírus A inclui os subtipos A H3N2 e A H1N1). Na vigência de febre elevada, persistente, acompanhada de sintomas gerais como cefaleia, fadiga e mialgia, além de sintomas respiratórios que surgem em até 24 horas, é mais provável o diagnóstico de influenza, segundo defende Bellei. Serviço: Mesa: Influenza no mundo e no Brasil - Coordenação: Francisco José de Paula Júnior (SVS) • Panorama mundial e a preparação para uma pandemia - Roberta Andraghetti (PAHO/WDC) • Influenza e o impacto global na carga de doenças - Eduardo Azziz-Baumgartner (CDC) • Cenário Epidemiológico da Vigilância da Influenza - Walquiria Aparecida de Almeida (SVS) • Manejo clínico e tratamento: o que temos de novo? - Nancy Bellei (Unifesp) Quando: 5 de setembro, das 9h40 às 11h20 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop) 2018 De 2 a 5 de setembro, das 8h30 às 18h, no Centro de Convenções, (Av. Prof. Andrade Bezerra, s/nº, Salgadinho, Olinda); cursos no Mar Hotel Conventions (R. Barão de Souza Leão, Boa Viagem, Recife), além de outros locais onde serão os eventos paralelos, cursos e oficinas. Programação completa no www.medtrop.com.br

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Mais da metade da população brasileira é sedentária

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada em maio de 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 62,1% dos brasileiros com 15 anos ou mais não praticam atividades físicas. Ou seja, 100,5 milhões de pessoas de um total de 161,8 milhões que estão nessa faixa etária não fazem exercícios físicos. Para as mulheres, a ausência da prática de exercícios físicos é mais comum: duas em cada três não se exercitam (66,6%). Entre os homens, esse percentual foi de 57,3%, de acordo com o IBGE. O principal motivo relatado pelos entrevistados que não se dedicam a este tipo de atividade é a falta de tempo livre (38,2%). O Dia do Educador Físico é comemorado no dia 1º de setembro e a data serve como reflexão para a importância de praticar exercícios físicos regularmente. “A prática de exercícios é recomendada para todas as idades e traz inúmeros benefícios, como o aumento da produção de endorfina, redução da tensão muscular e do hormônio do estresse, além da manutenção da saúde do coração”, explica a professora do Centro Universitário Internacional Uninter, Fabiana Kadota Pereira. A especialista projeta um crescimento na demanda por esse profissional nos próximos anos. “O aumento de crianças sedentárias e acima do peso, além de pessoas com uma estimativa de vida acima dos 70 anos, aliado ao uso compulsivo de celulares, tablets, computadores, games, bem como doenças por repetição de movimento, serão responsáveis pelo aumento da busca pelo profissional de Educação Física”, avalia.

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Como evitar a dor na lateral da barriga quando eu corro

Você tem dificuldade de treinar corrida porque sempre no meio do percurso começa a sentir aquela dor na lateral da barriga e não consegue continuar. Esse é um dos motivos que muitas pessoas acabam desistindo dessa modalidade como atividade física. Mas, segundo a professora da Smart Fit, Maria Carolina Pimenta, esse incômodo pode ser evitado de forma simples. O principal fator é respirar sempre pelo nariz durante a corrida. É normal ouvirmos que a pessoa está respirando errado. A educadora física explica que a dor acontece quando respiramos pela boca. "Isso gera a má oxigenação do sangue no diafragma, que é o principal músculo responsável pela respiração. Quando o ritmo da corrida está intenso, o atleta não consegue suprir à quantidade de oxigênio que o diafragma necessita, ocorrendo a produção de ácido lático, que causa a dor lateral", explica. Pessoas que estão iniciando na atividade física ou são sedentárias têm mais chances de sentirem a dor, pois uma atividade intensa demanda mais condicionamento aeróbico. Por isso, o treino diário, ou pelo menos três vezes na semana, também é um fator que vai evitar esse incômodo, pois o condicionamento físico vai melhorar e a dor de lado não aparecerá mais. Se a dor veio durante a corrida, é quase impossível dar continuidade ao treino. A recomendação da Carolina, então, é parar a atividade, respirar profundamente pelo nariz, enchendo bem os pulmões e soltar o ar profundamente pela boca. "Repita essa ação várias vezes até a dor passar. Isso fará com que o fluxo sanguíneo volte ao normal e você poderá dar continuidade ao exercício. E lembre-se, alimentar-se de maneira leve e saudável, principalmente antes do treino, vai permitir que o seu desempenho seja muito melhor na corrida, consequentemente, evitar que você sinta a dor". Sobre a Smart Fit Com 9 anos de atividades, a rede de academias Smart Fit conta com mais de 480 unidades distribuídas em mais de 25 estados brasileiros e Distrito Federal, além de presença no México, Chile, República Dominicana, Peru, Colômbia e Equador, além de mais de 1,6 milhão de clientes. Com uma proposta de democratizar o fitness de alto padrão, a Smart Fit conta com mensalidades a partir de R$ 59,90. A marca faz parte do Grupo Bio Ritmo, a 4ª rede que mais cresceu em unidades nos últimos cinco anos e a 5º no ranking das marcas que mais evoluíram em faturamento no mesmo período, segundo o relatório global 2017 da IHRSA. Mais informações em www.smartfit.com.br.

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Casarão do Chalé.92 de cara nova

Com uma pegada mais modernista, mas com inspirações da arquitetura europeia, o Chalé.92 reabriu suas portas após 40 dias de reforma. O casarão centenário, tombado pela Prefeitura do Recife como Imóvel Especial de Preservação foi erguido no número 92 na Rua das Pernambucanas, no bairro das Graças. A ideia da reforma foi oferecer diferentes ambientações em um mesmo espaço. Dividido em nove ambientes – com música em todos eles –, o cliente pode passear pelo verde das florestas brasileiras, com o Salão Brasilidade, ou apreciar um local que remete à atmosfera francesa, no Salão Paris. Para festas ou reuniões mais privativas, o casarão apresenta áreas com bar e banheiros exclusivos, na Gruta e Loft Chalé, além de dispor de uma máquina karaokê que fica disponível para o público que quiser se divertir nos vocais. Ainda dispostos para os clientes estão os Salões Modernidade e Inglês, o Quintal Chalé, com área ao ar livre; espaço kids, com brinquedoteca e recreadores; e para os apreciadores de vinho, uma adega com cerca de 660 garrafas. A diversidade da ambientação também está presente no cardápio em que prevalece a cozinha contemporânea. “Temos prato regional, como o nosso carro-chefe que é o Trio Chalé (R$ 42), com macaxeira e carne de charque, mas a gente tem também um ótimo bacalhau, da cozinha portuguesa. É uma cozinha brasileira que não é regionalizada, mas que tem um pouquinho de tudo e com qualidade”, explica Simone Guerra, gerente administrativa e financeira. Durante o almoço, a casa funciona em sistemas self service (R$ 69,90 o kg) e à la carte com opções de saladas, massas, carnes e sobremesas, que variam entre R$ 22 e R$ 70. “A ideia é ter um custo benefício e que seja viável para todo mundo. A gente tem um cardápio hoje com opções para que qualquer pessoa que tenha um salário básico possa ter um momento aqui, consumindo”, complementa Simone. O Chalé.92 funciona de domingo a domingo no horário do almoço e, das quartas aos sábados, a partir das 17h, com música ao vivo nas sextas-feiras (MPB), sábados (pop rock) e domingos (samba). Há 5 anos, quando o proprietário do restaurante viu que o antigo casarão das Graças estava à venda, percebeu naquele momento a oportunidade de concretizar o seu interesse pela gastronomia. De início, o restaurante se chamaria Quintal Comedoria, e tudo estava praticamente pronto para ser divulgado e inaugurado, quando durante uma conversa com a ex-proprietária, um nome mais característico surgiu: “as pessoas conhecem aqui como chalé 92, por causa da numeração e do estilo do casarão”. Daí, o então nome do restaurante. Serviço: Chalé.92 – Bar e Restaurante, Rua das Pernambucanas, 92, Graças, Recife. Horário de funcionamento: domingo a domingo das 11h30 às 15h30 (almoço), quarta a sábado, das 17h às 00h, domingo, das 17h às 22h. Telefone: (81) 3034-3191. Reservas: reservas@chale92.com.br. *Por Laís Arcanjo (redacao@algomais.com)

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Praticar Pilates melhora o desempenho em esportes como golfe, vôlei, tênis, equitação, corrida e futebol

Estar bem preparado fisicamente é fundamental para apresentar um bom desempenho durante treinos e competições. Apropriado para praticantes de todas as modalidades desportivas a partir dos 10 anos de idade, os exercícios do Pilates têm o objetivo de melhorar a flexibilidade, o condicionamento físico, a força, a resistência, a coordenação motora e corporal, além do equilíbrio, e podem trazer inúmeros benefícios tanto para atletas de alta performance quanto amadores de diversas modalidades. “Para atletas com uma rotina intensa de treinos e jogos, o Método Pilates é trabalhado coordenado com a preparação física, técnica e tática. Assim, pode-se acompanhar as necessidades e objetivos de cada fase da chamada periodização - que vai do pré ao pós prova ou jogo, quando é feita a recuperação”, diz Adriana Batista de Oliveira, educadora física e instrutora e diretora da Unidade Kansas da rede The Pilates Studio Brasil. A profissional esclarece que o Autêntico Pilates é um Método de Condicionamento Físico que trabalha o corpo de forma global, tanto nos músculos superiores quanto nos inferiores, e uniforme, sempre a partir e através de seu centro. Essa região central, chamada de Power House ou Core, envolve músculos abdominais, assoalho pélvico (responsável pela sustentação dos órgãos do sistema reprodutor) e musculatura das costas. “O trabalho foca em toda musculatura estrutural e estabilizadora, ou seja, os músculos que sustentam as articulações do corpo, inclusive as camadas profundas que dão sustentação à coluna vertebral”, explica Adriana. Desta forma, o Método melhora a qualidade da eficiência motora, respiração, mobilidade, flexibilidade, estabilização e consciência corporal e dos movimentos, além de fortalecer a musculatura, prevenir lesões musculares e articulares e auxiliar na conquista de melhores resultados esportivos. Os riscos que atletas esporádicos correm por não se preparar adequadamente são, principalmente, os de lesão por impacto ou por torção. Isto porque a musculatura estrutural e estabilizadora não está preparada para a solicitação exigida pelo movimento específico da atividade. E a prática do Autêntico Método Pilates também pode minimizar esses problemas. Antes do início das aulas de Pilates, é preciso uma avaliação individual, para que os exercícios sejam focados tanto nas necessidades do aluno quanto da modalidade que pratica. “Alguns exercícios são mais indicados para a prática de esportes que exigem mais torções de tronco, como é o caso do golfe e do tênis, por exemplo, tanto para fortalecimento como para a compensação dos movimentos”, explica Adriana. E complementa: “Para a Equitação, há exercícios que simulam a prática da montagem, enquanto para corrida e futebol são feitos treinos para articulações, tendões e ligamentos de tornozelo, joelho e quadril, que são muito solicitados. Para eles há algumas sequências específicas, como Foot work's (realizada em vários aparelhos), acessórios como o Foot Corrector e o Magic Circle, além dos famosos exercícios chamados Pré-Pilates que preparam estas estruturas para o forte impacto promovido nestes esportes”. Agora engana-se quem pensa que o Pilates é benéfico apenas para a parte física do atleta – o trabalho do Pilates é também mental. O Método atua não só em relação aos músculos, a força, a flexibilidade, a resistência, ao alinhamento e ao corpo físico no geral. Ele trabalha a parte psicológica do atleta, sua intuição e seu centro emocional. “Para ganhar uma atividade esportiva, seja ela praticada de forma amadora ou profissional, é essencial ter controle mental e emocional. Você pode ter a mesma condição física, técnica e tática da equipe adversária, mas o diferencial do ganhador é seu nível de controle mental e emocional. Portanto, inteligência emocional é o que separa o atleta campeão do restante dos competidores. Isso é, definitivamente, o que faz a diferença”, explica a especialista Inelia Garcia, diretora técnica da rede The Pilates Studio Brasil. The Pilates Studio® Brasil Inelia Garcia iniciou o método Pilates no Brasil sob orientação de Romana Kryzanowska em 1994 e, dois anos depois, implantou o primeiro studio da The Pilates Studio® Brasil (www.pilates.com.br) em Guarulhos (SP). O sistema de franchising foi implantado em 2000 e a rede conta hoje com 47 unidades franqueadas no Brasil, 7 studios parceiros em Portugal e 2 no Chile. Na linha de frente, já são mais de 800 profissionais formados. "O Autêntico Método Pilates muda o corpo e a vida dos praticantes por meio de um sistema complexo de movimentos seguros e eficazes que ajuda a ter um corpo mais forte, flexível, resistente e saudável. Trabalhamos para que cada vez mais pessoas possam vivenciar nosso método, que é referência no mercado, e seus benefícios", destaca a diretora técnica da rede.

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Mais de 50 doenças crônicas são causadas pelo cigarro

Todo ano, mais de 150 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência do consumo do cigarro. No mundo, esse número chega a 6 milhões. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta. Causado pela dependência à nicotina, o tabagismo está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. Somente no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 28 mil novos casos de tumores pulmonares ao ano. Além dos dados alarmantes sobre a incidências de cânceres em fumantes, o consumo do cigarro é, também, um dos principais fatores de risco para doenças crônicas. Dados do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco, ligado ao INCA, apontam que só em 2015, o tabagismo foi responsável por 12,6% do total de mortes anuais, 43% dos infartos agudos do miocárdio e outros eventos cardiovasculares, 34% de todos os casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e 5% dos casos de AVC. Ainda segundo dados do Observatório, cerca de 46,6 mil casos novos de câncer são diagnosticados anualmente devido ao tabagismo. "O tabagismo é causador de enfisema pulmonar, bronquite crônica e doenças cardiovasculares, por exemplo. Mais de 50 doenças crônicas são causadas pelo consumo do cigarro", afirma o pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Elie Fiss. A OMS, estima que em 2030 o número de mortes decorrentes do tabagismo chegue a 8 milhões. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece atendimento completo, individualizado e multidisciplinar para quem deseja parar de fumar. "É preciso não ter medo de parar. É uma mudança de hábito, rotina. Mas o caminho não é tão tortuoso como se teme", afirma Fiss. O especialista comenta ainda que o Hospital oferece tratamentos específicos para a necessidade de cada paciente, com psiquiatras, pneumologistas e terapeutas que podem traçar as melhores saídas ao tabagismo. Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 120 anos em 2017. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde. Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br

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Pesquisa investiga uso de canabidiol para reduzir sintomas de depressão

Peter Moon/via Agência FAPESP Os antidepressivos comerciais costumam demorar de duas a quatro semanas para promover efeitos significativos em pacientes deprimidos. Além disso, tais drogas são ineficazes em boa parte dos casos. Encontrar novos antidepressivos de ação rápida e duradoura é o objetivo de uma investigação colaborativa conduzida por cientistas do Estado de São Paulo e da Dinamarca. Eles observaram em estudo que uma única aplicação de canabidiol em ratos com sintomas depressivos apresentou efeitos muito significativos, com remissão de sintomas de depressão no mesmo dia e a manutenção dos efeitos benéficos por uma semana. O trabalho reforça estudos anteriores de que o canabidiol, um componente da maconha (Cannabis sativa), tem potencial terapêutico promissor no tratamento da depressão de amplo espectro em modelos pré-clínicos e humanos. Resultados foram publicados em artigo na revista Molecular Neurobiology por pesquisadores do grupo liderado por Sâmia Regiane Lourenço Joca, professora na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP). A pesquisa, que teve como primeira autora Amanda Juliana Sales, bolsista de doutorado da FAPESP, também contou com o apoio da Fundação por meio de um Projeto Temático, do CNPq e da dinamarquesa Aarhus University Research Foundation. As pesquisas com canabidiol estão ligadas ao grupo do professor Francisco Silveira Guimarães, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Participa ainda Gregers Wegener, professor no Departamento de Clínica Médica da Aarhus University. "O Brasil é pioneiro no estudo do canabidiol e hoje é muito diferente do que há 30 anos, quando começamos a investigar essa substância. Na época, enfrentávamos preconceito por causa da associação com a maconha", disse Guimarães à Agência FAPESP. Apesar de extraído da maconha, Guimarães ressalta que o canabidiol não produz dependência nem efeitos psicotrópicos. “A substância na maconha responsável por tais efeitos é o tetraidrocanabinol (THC) e com o canabidiol ocorre o oposto, ele exerce ação bloqueadora sobre alguns efeitos do THC”, disse. A investigação dos efeitos do canabidiol visa encontrar fármacos com potencial antidepressivo que atuem mais rapidamente no tratamento, diminuindo o período de latência observado nos antidepressivos convencionais. Guimarães observa que os antidepressivos disponíveis obtêm resultados em cerca de 60% dos pacientes, de modo que cerca de 40% dos pacientes permanecem sem receber o tratamento adequado, mesmo após tentarem diversas opções por vários meses. “Isso revela a necessidade de encontrarmos novos tratamentos, com melhor potencial terapêutico”, disse. O experimento foi feito com linhagens de ratos e camundongos selecionadas por cruzamento para desenvolver sintomas de depressão. Foram feitos testes e analisado o comportamento de 367 animais. “Submetemos os animais a situações de estresse, como o teste de nado forçado”, disse Joca, que também é professora visitante na Aarhus University. Antes do teste, uma parte dos animais recebeu uma injeção de canabidiol (com dosagens de 7, 10 e 30 mg/kg) em solução salina, enquanto outra parte dos animais, o grupo de controle, recebeu apenas a solução salina. Após 30 minutos, os animais foram colocados por 5 minutos em cilindros (25 cm de altura por 17 cm de diâmetro) com 30 cm de água (no caso dos ratos) ou 10 cm de água (camundongos). “Essas alturas impedem que eles apoiem a cauda no chão, forçando-os a nadar. No entanto, os animais aprendem a boiar após um tempo de nado e não se afogam. Quando estão boiando, os movimentos são mínimos, apenas para manter a cabeça fora da água e garantir que não se afoguem. É justamente isso que consideramos imobilidade, ou seja, quando param de nadar e boiam”, disse Joca. “O teste de nado forçado é utilizado para avaliar o efeito de drogas antidepressivas, uma vez que todos os antidepressivos conhecidos diminuem o tempo de imobilidade durante o teste (aumentam o tempo de nado). Portanto, a diminuição do tempo de imobilidade nesse teste é interpretada como efeito ‘tipo antidepressivo’”, disse. Os cientistas constataram que o canabidiol induziu efeitos semelhantes a antidepressivos agudos e sustentados nos camundongos submetidos ao teste de nado forçado. "No entanto, de modo a assegurar que esse resultado não seria decorrente apenas do aumento da atividade locomotora devido a um efeito psicoestimulante que levaria, por exemplo, os animais a nadarem mais, tivemos que realizar um controle de atividade locomotora”, disse Joca. "Fizemos o teste do campo aberto, que consiste em colocar o animal para explorar livremente um ambiente novo, enquanto registramos sua atividade locomotora e exploratória. Para dizer que uma droga tem potencial efeito antidepressivo, ela deve ser capaz de reduzir o tempo de imobilidade (aumentar o tempo de nado) no teste do nado forçado, sem aumentar a atividade locomotora no campo aberto, pois isso indicaria que os efeitos no teste do nado forçado não seriam secundários a alterações inespecíficas de atividade locomotora”, disse. Recuperação de circuitos neurais A conclusão do trabalho foi que o tratamento com canabidiol induz efeitos rápidos e sustentados, que permanecem por até sete dias após uma única administração, em animais submetidos a diferentes modelos de depressão (incluindo modelos de estresse e modelos de susceptibilidade genética). Os dados encontrados foram reproduzidos em três modelos animais diferentes, em laboratórios na FCFRP, na FMRP, ambos na USP, e na Aarhus University. "Ao estudar os mecanismos envolvidos nesses efeitos, observamos que o tratamento com canabidiol induz rápido aumento dos níveis de BDNF [fator neurotrófico derivado do cérebro], uma neurotrofina importante para a sobrevivência neuronal e neurogênese, que é o processo de formação de novos neurônios no cérebro. Também foi observado no córtex pré-frontal dos animais o aumento da sinaptogênese, que é o processo de formação de sinapses entre os neurônios do sistema nervoso central”, disse Sâmia Joca. Sete dias após o tratamento, foi possível observar aumento do número de proteínas sinápticas no córtex pré-frontal, que está intimamente relacionado à depressão em humanos. "Diante disso, acreditamos que o canabidiol inicie rapidamente mecanismos neuroplásticos que contribuem para recuperar circuitos neurais que estão prejudicados na depressão”, disse. Mas a atuação benéfica do canabidiol não se restringe ao córtex pré-frontal. "Em outro trabalho, demonstramos que o efeito do canabidiol também envolve mecanismos neuroplásticos que ocorrem no hipocampo, outra estrutura envolvida na neurobiologia da depressão”,

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Hospital das Clínicas de Recife atenderá pacientes da fila de espera em Mutirão Vascular

No próximo dia 31 de agosto, das 7 às 17 horas, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e a Regional Pernambuco (SBACV-PE) realizam o Circulando Saúde no Hospital das Clínicas da UFPE, em Recife (PE). A ação, que tem o apoio da FQM Farma e do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas de Pernambuco, faz parte de um projeto nacional da Sociedade que busca diminuir a fila de espera de pacientes com problemas vasculares por consultas e exames. Em Pernambuco, há casos de pessoas que aguardam atendimento há mais de três anos. A estimativa é reduzir esse tempo em mais da metade. O público-alvo da ação são aqueles que estão na fila de espera para atendimento vascular no hospital e que tenham problemas de má circulação nas pernas e pés como varizes, dores, desconforto e inchaço. Será feita uma pré-seleção de 400 pacientes da fila de espera. Aproximadamente, 20 médicos especialistas em Cirurgia Vascular, residentes de cirurgia vascular e estudantes realizarão os atendimentos. Os profissionais orientarão o público quanto aos sinais e sintomas das principais doenças vasculares, chamando atenção para os perigos de alguns comportamentos de risco, as devidas medidas de precaução a serem adotadas e a importância de realizar o tratamento correto, sempre com um médico vascular. O atendimento inclui a realização de exame Doppler nos pacientes que apresentarem alguma alteração após a avaliação clínica. O Circulando Saúde também possui cunho educativo. Por isso, enquanto aguardam o atendimento, nos períodos da manhã e da tarde, pacientes e seus familiares poderão participar de três palestras, com os temas: Conhecendo a doença venosa, suas complicações e como evitá-las; As principais doenças que afetam a circulação (HAS, DM, dislipidemia, obesidade, IRC): como diminuir os danos causados?; e Tratando a doença venosa – uma abordagem multidisciplinar: do profissional (médico, fisioterapeuta, enfermeiro) ao paciente e familiares. "O objetivo do Circulando Saúde é aproximar a nossa especialidade da população, possibilitar que os cidadãos conheçam os fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças vasculares e oferecer atendimento com angiologistas e cirurgiões vasculares a uma parcela da população que tem difícil acesso ao especialista. Nesta segunda edição do projeto vamos ajudar a diminuir a fila de pacientes que aguardam há bastante tempo. É nosso papel enquanto instituição promover a saúde. Folhetos informativos sobre as doenças vasculares e seus cuidados também estarão disponíveis ao público", afirma o presidente da SBACV, Dr. Roberto Sacilotto. A primeira edição do Circulando Saúde ocorreu em São Luís (MA), em maio. A FQM Farma é parceira da Sociedade no projeto, apoia o mutirão de atendimento e fornece medicamentos e produtos, como Fletop, Flebon e Fledoid, dando assim o suporte necessário para a realização do evento. Dicas simples para evitar problemas vasculares Atualmente, aproximadamente 30% da população mundial apresenta varizes, alteração funcional da circulação venosa do organismo. Dores, sensação de peso e inchaço nas pernas são alguns dos sinais que podem indicar essa e outras doenças venosas. Algumas mudanças simples no dia a dia podem evitar esses problemas, como ingerir bastante líquido durante o dia (de preferência água), não passar muito tempo na mesma posição (sentado ou em pé), vestir roupas e sapatos confortáveis e, dependendo do caso, usar meias de compressão para ajudar a circulação. Mutirão do Hospital das Clínicas da UFPE Data: 31 de agosto Horário: das 7 às 17 horas Local: Hospital das Clínicas da UFPE Endereço: Av. Prof. Moraes Rego, 1.235 - Cidade Universitária, Recife (PE) Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) Fundada em 1952, a SBACV promove a educação continuada dos especialistas na área e é responsável pela concessão de título de especialista em Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular. A entidade reúne aproximadamente 3 mil especialistas. A SBACV também realiza ações de esclarecimento da população sobre as principais doenças vasculares, tais como varizes, trombose venosa profunda (formação de coágulos dentro das veias), prevenção ao AVC e doença arterial periférica (estreitamento das artérias que alimentam pernas e braços levando à diminuição da circulação), entre outros. Mais informações: www.sbacv.org.br.

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