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Dieta pobre em proteína durante gestação aumenta o risco de câncer de próstata nos filhos

Karina Toledo/via Agência FAPESP  Filhos de mães alimentadas com uma dieta pobre em proteínas durante o período de gestação e lactação correm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de próstata ao envelhecer. Foi o que constatou um estudo feito com ratos no Instituto de Biociências (IBB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. Os resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram divulgados no The Journals of Gerontology. “Observamos em estudo anterior que a exposição intrauterina à dieta hipoproteica prejudica o desenvolvimento da próstata. Agora, comprovamos que esse efeito registrado no pós-natal aumenta a incidência de doenças prostáticas quando esses indivíduos envelhecem”, disse Luis Antonio Justulin Junior, professor do IBB-Unesp e coordenador do estudo. O modelo usado no laboratório de Justulin consiste em alimentar fêmeas prenhes com uma ração contendo apenas 6% de proteína. O alimento normalmente oferecido a ratos de laboratório tem entre 17% e 23% desse nutriente. “Dados da literatura indicam que o porcentual mínimo necessário para a rata levar a gestação sem problemas é 12%”, disse Justulin. As fêmeas prenhes incluídas na pesquisa foram divididas em três grupos. O controle recebeu a ração padrão, com pelo menos 17% de proteína, durante toda a gestação e 21 dias após o nascimento – período de lactação. A partir do desmame, os filhotes também foram alimentados com a dieta padrão. Na avaliação feita quando a prole completou 540 dias de vida, quando já são considerados ratos velhos, os pesquisadores não observaram nenhum caso de tumor prostático. O segundo grupo de fêmeas recebeu a ração com 6% de proteína durante a gestação apenas. Após o nascimento, passou a se alimentar com a dieta padrão, assim como os filhotes depois do desmame. Na avaliação dos 540 dias, 33% dos descendentes machos haviam desenvolvido câncer de próstata. No grupo três, exposto à dieta hipoproteica durante todo o período de gestação e também de lactação, o índice de descendentes afetados por tumores na próstata foi de 50%. “Fizemos a análise histopatológica nas glândulas desses animais e, em todos os grupos, encontramos alterações pré-neoplásicas que podem interferir na função glandular, como hiperplasia, atrofia epitelial e neoplasia interepitelial – esta última com potencial para se tornar um carcinoma, segundo dados da literatura científica. Mas somente nos animais expostos à dieta hipoproteica na vida intrauterina observamos o desenvolvimento do câncer propriamente dito”, disse Justulin à Agência FAPESP. Desequilíbrio hormonal Em trabalho anterior, publicado em 2017 na revista General and Comparative Endocrinology, o grupo do IBB-Unesp detalhou alguns dos prejuízos que a dieta hipoproteica materna induz na prole. Análises feitas no décimo e no vigésimo primeiro dia após o nascimento mostraram que, nos filhotes de mães submetidas à restrição proteica, a próstata cresce menos e apresenta células epiteliais menos diferenciadas – características que mostram atraso no desenvolvimento. A glândula também apresenta prejuízos funcionais, pois produz uma quantidade menor de secreção e conta com menos espaço para armazená-la. Vale lembrar que a função da próstata é produzir o fluido que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido. “Esses animais, de maneira geral, apresentam baixo peso no nascimento, órgãos menos desenvolvidos e alteração nos níveis hormonais. Mas, por volta do vigésimo primeiro dia após o nascimento, começamos a observar um crescimento acelerado para tentar compensar o déficit”, disse Justulin. No trabalho mais recente, os pesquisadores coletaram sangue dos filhotes machos no dia pós-natal 21 e 540. Observaram que, em comparação ao grupo controle, havia um desequilíbrio na relação entre os níveis de hormônio feminino e masculino. Enquanto o macho controle apresentava 15 picogramas (pg) de estrógeno no dia 21, o macho submetido à restrição proteica durante a gestação e lactação apresentava 20 pg. Já no dia 540, a diferença foi ainda maior: 14 pg no controle contra 35 pg no restrito. Além disso, no dia 540, a alta no hormônio feminino estava associada a uma baixa na testosterona, o principal hormônio masculino. Enquanto o grupo controle tinha 5 nanogramas (ng), o grupo restrito tinha somente 0,8 (ng). De acordo com Justulin, no dia 21 não foi observada baixa na testosterona no grupo restrito, pois era justamente a fase em que os animais passavam pelo pico de crescimento acelerado. “Nossos trabalhos anteriores mostraram que os filhotes submetidos à restrição proteica intrauterina nascem pequenos, mas quando se tornam adultos jovens já não apresentam diferenças em relação aos indivíduos do grupo controle – tanto em tamanho quanto em volume da próstata e nos níveis hormonais. Agora estamos percebendo que, quando os animais envelhecem, as diferenças voltam a aparecer. É como se o envelhecimento funcionasse como um segundo insulto ao organismo, considerando que o primeiro foi a dieta hipoproteica na fase inicial de desenvolvimento”, disse. A hipótese que os pesquisadores agora tentam comprovar é que a exposição desse animal de idade avançada aos níveis hormonais alterados favorece a carcinogênese, ou seja, o desenvolvimento tumoral. “Nós observamos isso na próstata, mas há outros estudos mostrando correlação entre o baixo peso no nascimento induzido por restrição nutricional intrauterina e alterações nos níveis de insulina, maior incidência de síndrome metabólica e doenças cardíacas”, disse Justulin à Agência FAPESP. Atualmente, o grupo do IBB-Unesp investiga as vias de síntese dos hormônios sexuais com o objetivo de entender de que modo a dieta hipoproteica altera o equilíbrio entre estrógeno e testosterona. Outro objetivo é demonstrar o mecanismo pelo qual esse desequilíbrio hormonal favorece o desenvolvimento do câncer de próstata. Resultados preliminares da pesquisa indicam que, no dia 21 pós-natal, os animais restritos apresentam um conjunto de RNAs mensageiros e microRNAs desregulados. “Encontramos vários RNAs mensageiros e microRNAs que estão desregulados tanto nos animais de 21 dias, como nos de 540 dias que desenvolvem câncer. Interessante é que algumas destas moléculas também estão alteradas em pacientes humanos com tumores de próstata, conforme observamos em bancos públicos de dados genômicos, com o auxílio de ferramentas de bioinformática”, disse Justulin. O artigo Maternal Low-Protein Diet Impairs Prostate Growth in Young Rat Offspring and Induces Prostate Carcinogenesis With Aging, de Sergio A. A. Santos, Ana C. Camargo, Flávia B. Constantino,

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Retinopatia diabética: conheça a doença que atinge 150 mil brasileiros por ano

A diabetes se caracteriza pela alta taxa de glicose no sangue (hiperglicemia), gerando alterações cardiovasculares em várias partes do corpo. O que pouca gente sabe, no entanto, é que a doença pode afetar um dos principais sentidos do ser humano: a visão. Isso porque a retina – aquele tecido da parte traseira do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro – é uma área bastante vulnerável, já que é constituída por vasos sanguíneos muito finos. Essa complicação da diabetes se chama “retinopatia diabética”, que atinge 150 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que pessoas que sofrem de diabetes têm um risco 25 vezes maior de perda da visão. Além disso, cerca de 40% dos diabéticos sofrem algum estágio da retinopatia diabética, embora metade deles não esteja ciente disso. "As primeiras alterações são silenciosas e o paciente não apresenta queixas. Muitos só procuram o oftalmologista quando percebem uma baixa na visão e, às vezes, as alterações são irreversíveis. Se não for tratado, pode levar à cegueira”, alerta a médica Manoela Gondim, do Serviço Oftalmológico de Pernambuco (Seope). A retinopatia diabética está relacionada ao tempo da diabetes e ao descontrole da glicemia, causando a hiperglicemia. Neste estágio, há várias alterações no organismo que acabam gerando disfunção nos vasos da retina, que ficam danificados e liberam sangue na cavidade vítrea. Com o avanço da doença, a visão escurece e há o risco de edema macular – acumulação de líquido na mácula, zona mais importante da retina. O distúrbio é classificado de duas formas: retinopatia diabética não proliferativa (estágio menos avançado, com vasos sanguíneos obstruídos) e proliferativa (estágio mais avançado, com risco de rompimento dos vasos e cegueira). Alguns cuidados com alimentação e a realização frequente de exames de mapeamento da retina são recomendações importantes para que a doença não evolua. Hoje, com o avanço da tecnologia, há formas eficazes de tratamento. “Fotocoagulação a laser, injeções intraoculares e cirurgias vitreorretinianas são opções disponíveis. Contudo, a prevenção da retinopatia e o controle glicêmico são primordiais para reduzirmos os casos de cegueira pela diabete”, comenta Manoela Gondim.

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Relato de sonhos pode ajudar a diagnosticar esquizofrenia

lton Alisson, de Maceió (AL)/via Agência FAPESP Pacientes esquizofrênicos podem apresentar psicose, a perda de contato com a realidade que provoca delírios, alucinações e fala incoerente, entre outros sintomas. O diagnóstico desses pacientes, contudo, pode levar seis meses para ser fechado e pode ser revisto diversas vezes ao longo de suas vidas, por diferentes especialistas, uma vez que não há biomarcadores para atestar esse distúrbio mental. “O que se mede hoje para diagnosticar esquizofrenia são as respostas dos pacientes em um questionário. Apesar de importante, esse método é altamente subjetivo. Por isso, os pacientes com esquizofrenia são tratados de diversas maneiras, por múltiplos métodos e, geralmente, com combinações de remédios”, explicou Sidarta Ribeiro, neurocientista e diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Nos últimos 10 anos, o pesquisador, em colaboração com colegas de seu laboratório e de outras instituições no Brasil e no exterior, tem realizado uma série de estudos com o objetivo de analisar matematicamente o discurso de pacientes com esquizofrenia e tentar correlacioná-lo com os sintomas que apresentam. Alguns dos resultados dos estudos foram apresentados por Ribeiro em palestra no dia 26 de julho durante a 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na semana passada na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). “A ideia desses estudos é possibilitar fazer o diagnóstico de pacientes com esquizofrenia mais precocemente e possibilitar que eles possam receber o tratamento adequado mais rapidamente, porque os prejuízos dos surtos psicóticos são acumulativos”, disse Ribeiro. “Uma pessoa, quando tem o primeiro surto psicótico, tem alguns prejuízos cognitivos. Em um segundo surto, há mais outros danos e assim sucessivamente. O tratamento não adequado desses pacientes pode fazer com que continuem com seus problemas atuais e desenvolvam outros”, disse. De acordo com o pesquisador, os sintomas de pacientes com psicose são bastante evidentes. Em casos crônicos, em que apresentam uma série de surtos psicóticos, se não forem adequadamente tratados podem chegar a um quadro de fala incoerente, chamado “salada de palavras”, caracterizado pela aleatoriedade do discurso. Por meio de grafos – uma forma matemática de estudar diferentes objetos de um determinado grupo e suas relações e conexões –, os pesquisadores têm analisado o discurso especificamente sobre o sonho de pacientes diagnosticados com sintomas psicóticos para tentar aumentar a precisão do diagnóstico de transtornos mentais. Classificado por Sigmund Freud (1856-1939) no livro A intepretação dos sonhos, de 1899, como “a estrada real para o inconsciente”, o sonho, que é a chave para a psicanálise, também tem se revelado útil na psiquiatria, no diagnóstico clínico de esquizofrenia, segundo Ribeiro. “Temos visto que, de fato, o relato do sonho é um conteúdo particularmente muito útil na clínica psiquiátrica”, disse. Diferença de relatos Em um estudo realizado em colaboração com colegas do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática (NeuroMat) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP –, os pesquisadores gravaram, com o consentimento dos envolvidos, os relatos dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Alguns dos pacientes já tinham recebido o diagnóstico de esquizofrenia, outros de bipolaridade e os demais, que formaram o grupo de controle, não apresentavam sintomas de transtornos mentais. Os relatos dos sonhos dos pacientes foram transcritos. As frases dos discursos dos pacientes foram transformadas por um software desenvolvido por pesquisadores do Instituto do Cérebro em grafos. Ao analisar os grafos dos relatos dos sonhos dos três grupos de pacientes observaram-se diferenças muito claras entre eles. O tamanho, em termos de quantidade de arestas ou links, e a conectividade (relação) entre os nós dos grafos dos pacientes diagnosticados com esquizofrenia, bipolaridade ou sem transtornos mentais apresentaram variações. “O relato dos sonhos dos esquizofrênicos é extremamente lacônico, enquanto o do bipolar é mais desconexo e do grupo controle é cronológico e mais coeso. Isso pode ser uma forma de mapear a mente desses pacientes com palavras”, disse Ribeiro. Em outro estudo, a ser publicado, os pesquisadores gravaram os relatos de sonhos e de memórias passadas positivas, negativas, neutras, do dia anterior e mais antigas de adolescentes que apresentaram um primeiro surto psicótico para verificar qual tinha maior capacidade de prever o diagnóstico de esquizofrenia seis meses depois. O relato do sonho apresentou melhor desempenho. “Pensamos que a memória muito antiga talvez tivesse o mesmo caráter do sonho e não foi isso o que constatamos. O sonho classifica melhor os pacientes esquizofrênicos e teve maior capacidade de predizer o diagnóstico por esquizofrenia seis meses depois”, afirmou Ribeiro.

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Nicette Bruno e Beth Goulart participam do ‘Movimento Para Sobreviver’, que alerta sobre a relação do diabetes e riscos cardiovasculares

As atrizes Nicette Bruno e Beth Goulart são as estrelas que dão voz ao “Movimento Para Sobreviver”, que vai alertar a população sobre a relação do diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares. Nicette, que hoje está com 85 anos, foi diagnosticada há quatro anos com diabetes tipo 2 e endossa a campanha com conhecimento de causa.  Beth, no papel de filha, reforça a importância do cuidado com os idosos. Os dados são alarmantes: de cada 10 pessoas com mais de 65 anos e com a doença, sete morrem em decorrência de problemas no coração¹. Doenças cardiovasculares em pessoas com diabetes tipo 2 matam mais que HIV, tuberculose e câncer de mama². A campanha Para Sobreviver foi criada por uma coalizão formada por ONGs, sociedades médicas e laboratórios com o objetivo de debater a importância do acesso a tratamentos que proporcionem a sobrevivência do idoso com diabetes tipo 2. Saiba mais em www.movimentoparasobreviver.com.br.

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HPV é um dos principais fatores do câncer de boca e garganta entre jovens

Julho é o mês reservado para o combate ao câncer de cabeça e pescoço. Entre os dez tipos de câncer de maior ocorrência no Brasil, o tumor orofaríngeo – localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amídalas e paredes laterais – é um dos tumores mais incidentes entre os jovens brasileiros de até 40 anos de idade. “O HPV possui alta associação com este cenário precoce, em conjunto com outros fatores como o tabagismo e o etilismo”, alerta Dr. Marcelo Salgado, oncologista da Multihemo – unidade do Grupo Oncoclínicas em Recife. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de casos relacionados à infecção pelo vírus vem aumentando em homens e mulheres e a sua transmissão ocorre por meio da prática sexual sem proteção, principalmente por intermédio do sexo oral. “O risco do desenvolvimento do tumor maligno entre jovens é grande por conta da liberdade sexual adquirida nos últimos anos”, explica o especialista. Ainda segundo Dr. Marcelo, o vírus atinge de forma massiva a população feminina. Cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus ocorre na faixa dos 25 anos. Primeiros sinais Os primeiros sinais do tumor orofaríngeo podem surgir por meio de feridas que não cicatrizam na boca nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. “Estes fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista”, diz o oncologista. Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala. Principais fatores Infecções Virais A geração de jovens e adultos com menos de 40 anos preza e valoriza muito a liberdade sexual. Trata-se de um grupo que nasceu após o “boom” do HIV e, apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, apresenta índices elevados de contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV. “Além disso, a hepatite B e C também são fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço, são infecções virais que podem ser transmitidas em relações sexuais não seguras. Vale lembrar sempre da importância do uso de preservativos para a preservação da saúde”, finaliza o médico. Tabagismo Segundo o oncologista, o câncer de cabeça e pescoço apresenta maior incidência entre os jovens e pouco mais de um terço é causado por maus hábitos. “O principal e o mais importante de ser combatido é o tabagismo”, revela Dr. Marcelo. Antigamente, o hábito de fumar era visto com elegância e glamour, sendo incentivado até pelas propagandas que mostravam atores famosos tragando seus cigarros, o que estimulava esse costume entre as pessoas mais jovens. O uso frequente do cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. Álcool Houve um tempo em que o cigarro era liberado nos restaurantes e até em sala de aula. Hoje, isso não é mais permitido. Contudo, o uso do tabaco persiste e, na maioria das vezes, vem acompanhando de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 75% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. O álcool pode agir como um solvente e facilitar a penetração de carcinógenos nos tecidos-alvos. Além disso, aumenta o índice de quebras no material genético e a peroxidação de lipídios e, consequentemente, a produção de radicais livres. Vários estudos epidemiológicos demonstram que o consumo combinado de álcool e fumo constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

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Inverno com Saúde oferece exames gratuitos para a população

Promover a conscientização ambiental, o bem-estar e os cuidados preventivos com a saúde humana: esses são os objetivos do Inverno com Saúde, ação promovida pelo Hospital Santa Joana Recife. Este ano, o estande móvel do projeto – que iniciou no dia 21 de julho e vai até 12 de agosto – estará no Recife e em Gravatá, oferecendo exames gratuitos para a população. No último final de semana, o primeiro da ação, os moradores de Gravatá e Recife já puderam ter contato com as orientações e os cuidados em saúde disponibilizados. Dando continuidade à sua programação, o Inverno com Saúde estará atendendo no próximo sábado, 28 de julho, no Hotel Portal de Gravatá (das 9h às 12h) e na Praça da Matriz (das 14h às 18h). A ação voltará ao Recife no domingo, 5 de agosto (das 9h às 16h), no Segundo Jardim de Boa Viagem. Além disso, o estande também será montado no Parque da Jaqueira, nos dias 29 de julho (das 9h às 16h) e 12 de agosto (das 8h às 13h). Com o mote “Faça chuva ou faça sol, a dica é se cuidar”, o Inverno com Saúde vai oferecer, gratuitamente, aferição de pressão e testes de glicemia e anemia, além de informações sobre responsabilidade socioambiental e panfletos com dicas de saúde para o período do inverno. No ano passado, foram cerca de 1.500 pessoas atendidas e quase 4.500 exames realizados. “O Inverno com Saúde chega ao seu 12º ano já consolidado como um importante projeto para a população das cidades de Gravatá e Recife. Por meio dele, nos empenhamos para levar à comunidade ações como o oferecimento gratuito de exames básicos, que mostram indicadores importantes para o direcionamento dos cuidados com a saúde de cada indivíduo”, afirma Marcelo Vieira, diretor administrativo do Hospital Santa Joana Recife.

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Estudo mostra que o Brasil terá mais de 29 mil novos casos de câncer relacionados ao excesso de peso e as mulheres são as mais atingidas

Que a obesidade é um dos grandes vilões da saúde, todo mundo já sabe. Porém, cada dia mais, surgem estudos e pesquisas com números alarmantes que relacionam o excesso de peso como um dos principais fatores para o aumento de casos de doenças graves como as cardiovasculares, insuficiência cardíaca, apneia do sono e vários tipos de câncer. Segundo o estudo desenvolvido pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em colaboração com a Harvard University, nos Estados Unidos, mais de 15 mil casos de câncer, por ano, poderiam ter sido evitados no país se não fosse a obesidade da população. A pesquisa feita por cientistas brasileiros, americanos e franceses, possuem estimativas ainda piores para o futuro. Até 2025, o Brasil terá mais de 29 mil novos casos de câncer relacionados ao excesso de peso. As mulheres são as mais atingidas, não apenas por serem o público com maior índice de IMC elevado, mas também por serem as mais afetadas pelos tumores de ovário, útero e câncer de mama, que também tem ligação com o sobrepeso. Apesar de todos os problemas físicos, emocionais e sociais que a obesidade pode trazer para a vida de uma pessoa, um em cada cinco brasileiros são atingidos por ela. Para a psicoterapeuta Sorella Mendes, é preciso que as pessoas encarem obesidade como uma doença que necessita de tratamento, só assim será possível mudar esse cenário preocupante. “Uma das principais queixas que escuto de minhas pacientes que enfrentam uma batalha diária para tentar eliminar peso é sobre a necessidade que sentem de comer, sem realmente estarem com fome. Na psicoterapia, tratamos essa fome como uma compulsão alimentar e a chamamos de fome emocional”, afirma Sorella, que idealizou o Projeto Mente Magra. De acordo com Sorella, existem quatro tipos de fome, a fisiológica, a social, a específica ou vontade e, por fim, a emocional. É importante identificar qual fome atinge cada pessoa para assim conseguir tratar o transtorno alimentar. Fome fisiológica x fome psicológica A fome fisiológica é a fome celular, aquela que organismo precisa receber alimentos para sobreviver. A fome real do corpo que não exige um alimento específico, mas que é saciada por qualquer alimento. Quando estamos realmente com fome, o corpo avisa dando sinais como aquele vazio ou dor no estômago, dores de cabeça e até mesmo irritação. Você sabe que precisa comer, para não passar mal ou ficar indisposta. Já as outras três fomes existentes são de fundo emocional, que podem sabotar a mente humana fazendo com que o indivíduo coma por emoção, por momento ou por desejo. Sem o autocontrole, essas fomes emocionais podem levar a compulsão alimentar, uma das principais causas da obesidade ou do sobrepeso. A primeira, e sem grandes problemas quando a pessoa já desenvolveu o autocontrole alimentar, é a fome social. Aquela despertada em eventos e comemorações. Momentos agradáveis em que nos reunimos com amigos e familiares para jogar conversar fora e comer os alimentos disponíveis no momento. Apesar de as vezes exageramos, quando é algo esporádico ou planejado, não chega a prejudicar. A segunda é a fome específica ou vontade, aquela relacionada ao prazer que desperta a vontade de beber ou comer algo específico como, por exemplo, um refrigerante ou um bolo de chocolate. Ela está ligada ao emocional podendo ser despertada por lembranças de infância ou estímulos externos como uma propaganda na televisão. A orientação da psicoterapeuta para esses casos é que o paciente ingira o tal alimento desejado, respeitando sempre os sinais de fome e saciedade, pois a vontade não assumida pode desencadear uma futura compulsão alimentar. “A ingestão dos alimentos considerados proibidos, em pequenas porções, faz com que o indivíduo passe a ter uma alimentação mais equilibrada. Quando entendemos que esses alimentos estarão a nossa disposição, conseguimos fazer escolhas melhores a longo prazo, sem focarmos apenas no prazer momentâneo”, afirma Sorella. Já a terceira, e mais preocupante, é a fome emocional. Essa já é considerada um transtorno alimentar a ser tratado, pois a pessoa come de forma compulsiva, não se sente saciada com pequenas porções, sente uma urgência em comer, come rápido e muitas vezes até escondido. A fome emocional pode ser gerada por um acúmulo de sinais, tanto de fome quanto de saciedade, que não foram respeitados. Longos períodos de restrição alimentar e de mentalidade de dietas, faz com que as pessoas se distanciem do que necessitam dentro de sua individualidade, ou até mesmo, como forma de se desconectar de seus medos, angústias e ansiedades. As emoções que não aprendemos a entrar em contato de forma saudável, geram fugas externas que muitas vezes são descontadas na comida. “A luta contra a obesidade precisa ser olhada com o verdadeiro respeito e cuidado que merece. O paciente obeso sofre com suas próprias limitações, com os problemas de saúde causado pelo excesso de peso, com os transtornos psicológicos que todo o processo causa e ainda é obrigado a enfrentar o preconceito das pessoas que o julgam por estar fora dos padrões considerados “normais” pela sociedade”, declara Sorella.

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Problemas na articulação da mandíbula podem causar dores de cabeça e ouvido

O nome é complicado e pode ser a origem de vários problemas como cefaleia, dor no ouvido, nos músculos do pescoço, no ombro e dificuldade para mastigar. A DTM, sigla para Disfunção Temporomandibular, é um conjunto de sinais e sintomas que afeta a musculatura da mastigação, da cabeça, do pescoço e a própria articulação temporomandibular, também chamada de ATM. Essa disfunção tem levado muitos pacientes aos consultórios dentários. Na avaliação da dentista Maria Paula Borghi, especialista em DTM e dores orofaciais, o aumento do número de pessoas vítimas do problema pode estar relacionado ao aumento da ansiedade e do estresse. "Entendemos que não existe um fator único e isolado para o surgimento das disfunções. Há um conjunto de fatores por trás da DTM, por isso ela é considerada multifatorial. Entre as possíveis causas, podemos relacionar, os traumas na face, a mordida incorreta, o apertamento ou o hábito de ranger os dentes, algumas medicações, alterações musculares e doenças degenerativas das articulações", explica. A maior incidência acontece em mulheres, na faixa etária é de 21 a 40 anos. As queixas mais frequentes são dificuldade de abrir a boca e para mastigar, estalidos, zumbido e dores que podem atingir a cabeça, a face, o ouvido e os músculos do pescoço e dos ombros. Maria Paula afirma que a disfunção pode estar relacionada a algumas doenças como a fibromialgia e pode acometer pacientes que apresentam o bruxismo (ato de ranger ou apertar os dentes durante o sono ou mesmo quando a pessoa está acordada). A especialista explica que o bruxismo pode estar associado ao uso de medicamentos antidepressivos, principalmente os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (como, por exemplo, a fluoxetina e a sertralina) ou os do tipo dual (venlafaxina) que podem causar o chamado bruxismo secundário. É importante destacar que o diagnóstico só pode ser realizado por um dentista que fará um exame clínico detalhado completo e avaliará alguns hábitos comuns no dia a dia do paciente. "O profissional avalia os músculos, as articulações, os dentes, a língua, a mucosa oral, os movimentos mandibulares, além de questioná-lo sobre a qualidade de sono, as medicações que usa, além de conhecer seus hábitos parafuncionais. Exames complementares como radiografias, tomografias e ressonância das articulações podem ser solicitados para verificar as possíveis causas e o tratamento mais indicado", esclarece Maria Paula. O tratamento aplicado é diferente para cada paciente e pode incluir o uso de placas protetoras, ajustes na oclusão, medicações, orientações e mudanças comportamentais para melhorar a qualidade do sono, laserterapia, acupuntura, fisioterapia e acompanhamento psicológico. A especialista afirma que "cada paciente é único e não existe uma forma única de tratamento. Infelizmente não podemos afirmar que teremos uma cura completa, principalmente em pacientes crônicos, o que podemos garantir é que, com o tratamento é possível reduzir os sintomas dolorosos com grande melhora na qualidade de vida." Sobre a Dental Cremer A Dental Cremer é líder nacional em venda de produtos odontológicos, sendo a primeira one stop shop da odontologia brasileira, disponibilizando tudo que o dentista precisa em um só lugar, por meio da sua central de vendas e loja virtual. Desenvolver soluções inovadoras e garantir praticidade à rotina dos dentistas têm sido os diferenciais da Dental Cremer. A empresa atende 70 mil profissionais, de todas as regiões do país, e oferece mais de 50 mil itens entre produtos e serviços para todas as especialidades.

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Movimento Brasil Sem Parasitose chegará à Recife

A população de Recife receberá, nos dias 1 a 3 de agosto, o Movimento Brasil Sem Parasitose (MSPB). A ação tem como objetivo atender, informar e orientar gratuitamente a população sobre tratamentos e cuidados para reduzir a ocorrência das doenças parasitológicas e suas consequências. A unidade móvel ficará estacionada no pátio da Basílica Nossa Senhora do Carmo. O MBSP é realizado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) com apoio da FQM Farma. Médicos gastroenterologistas e pediatras realizarão os atendimentos em uma carreta de 52 m², adaptada com três consultórios e capacidade para cerca de 200 atendimentos por dia, os quais serão realizados por meio de entrega de senhas. Na primeira etapa, o paciente responderá um questionário sobre os padrões de saneamento básico, higiene pessoal e familiar, hábitos de vida e o histórico clínico. Em seguida passará por uma triagem realizada por enfermeiros e, depois do atendimento com os médicos, será direcionado para uma sala temática educativa, onde receberá orientações práticas sobre hábitos de higiene pessoal e doméstica, dadas por uma equipe de agentes de saúde. "As parasitoses são doenças simples e fáceis de serem tratadas, mas são pouco valorizadas, mesmo com grande incidência na população de um modo geral. É um problema de saúde pública e um dos mais graves que temos no mundo. Essa ação serve para valorizar e lembrar o médico da importância delas e aplicar um tratamento maciço”, explica o presidente da FBG, Dr. Flávio Quilici. Os principais temas abordados serão a importância de hábitos de higiene pessoal e doméstico para evitar a transmissão de parasitas e a importância do tratamento antiparasitário realizado por médicos. O Movimento também apresentará à população quais são as patologias tratadas pelo médico gastroenterologista e que acometem o sistema digestório (boca, estômago, esôfago e intestinos), tais como refluxo esofágico, gastrite, úlceras, prisão de ventre, diarreias, infecções intestinais, entre outras. Em sua terceira edição, Recife (PE) será a terceira cidade a receber o MBSP, que já passou por Guarulhos (SP) e está em Belo Horizonte (MG). A ação, que tem duração de 17 dias, ainda irá para Salvador (BA), nos dias 7 a 9 de agosto e Rio de Janeiro, nos dias 16, 17 e 21 a 23 de agosto. Problema mundial De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as parasitoses são as doenças mais comuns do mundo. No Brasil, elas afetam em torno de 36% da população, no caso das crianças, esse número sobe para 55%. O Movimento permite à população brasileira adquirir conhecimento sobre essas doenças, tornando-a agente na resolução dos problemas de saúde comunitária a partir de simples mudanças de hábitos de higiene pessoal e da comunidade. Além de desmistificar que as parasitoses são doenças exclusivas de pessoas que vivem em áreas críticas de saneamento básico. Em 2016 e 2017, mais de 300 médicos e profissionais da saúde, entre eles nutricionistas, assistentes sociais e enfermeiros, participaram do projeto e atenderam cerca de 20 mil pacientes nas 21 cidades percorridas As principais queixas relatadas pelos pacientes foram: 48% dores abdominais e cólicas; • 43% azia; 38% barriga constantemente inchada; • 31% diarreia, entre outros sintomas. Cuidados, sintomas e tratamento das parasitoses intestinais Embora mais prevalentes em regiões carentes de saneamento básico, as parasitoses atingem todas as camadas socioeconômicas da população, nas diversas faixas etárias. Pessoas com hábitos adequados de higiene pessoal e domiciliar, fora de regiões mais expostas, também podem se infectar, seja na rua, em casa, no trabalho, etc. Os sintomas mais frequentes das parasitoses intestinais são: dores abdominais, diarreia, gases, falta de apetite, perda de peso, náuseas e vômitos, tosse, febre, falta de ar, anemia, coceira no ânus, vontade de comer coisas diferentes como terra, areia e tijolo. Os riscos à saúde provocados se estendem além dos intestinos, dependendo do tipo de cada parasita, e pode causar anemia, desnutrição, doenças pulmonares, hepáticas, ginecológicas, neurológicas, pancreáticas, etc. O tratamento é feito por medicamentos específicos, além de orientação para a prevenção e mudança de hábitos oferecidos pelo médico especialista. A prevenção, o tratamento e o controle de verminoses podem ser feitos a partir da adoção de medidas simples no cotidiano familiar e domiciliar, como o hábito de lavar as mãos frequentemente, higienizar adequadamente os alimentos antes do consumo e evitar andar descalço, principalmente em regiões com esgoto e lixo a céu aberto. Movimento Brasil Sem Parasitose em Recife Data: 1 a 3 de agosto Horário: das 8h às 17h Local: Pátio da Basílica Nossa Senhora do Carmo Endereço: Avenida Dantas Barreto S/N, Bairro de Santo Antônio – Recife (PE) Informações: brasilsemparasitose.com.br   Sobre o Movimento Brasil Sem Parasitose Alinhado às diretrizes da OMS de controle de parasitoses intestinais, o Movimento Brasil sem Parasitose é um projeto social e educacional realizado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) com apoio da FQM Farma. A ação leva orientação à população através do site e redes sociais, além de realizar atendimento gratuito à população na Unidade Móvel de Saúde. A equipe de atendimento é formada por cerca de 20 profissionais da saúde, entre médicos gastroenterologistas, enfermeiros e agentes de saúde que auxiliam no trabalho de orientação e prevenção das parasitoses.   Sobre a FQM Farma A FQM Farma é uma indústria farmacêutica especializada em medicamentos vendidos sob prescrição médica. Sua linha de produtos está presente em farmácias de todos os Estados do Brasil. A fábrica está localizada no Rio de Janeiro e possui a certificação de boas práticas, emitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A sua missão é promover a saúde e o bem-estar, colocando à disposição da classe médica e profissionais de saúde, soluções terapêuticas modernas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida.

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Pesquisa aponta que apenas 1 em cada 4 brasileiros considera o diabetes uma doença grave e causa de morte

Embora esteja ligado à principal causa de morte em todo o mundo e à quinta em maior incidência no país – as doenças cardiovasculares¹ – o diabetes ainda é motivo de dúvidas para os brasileiros. A maioria da população ainda desconhece conceitos básicos sobre a doença, especialmente relacionados às complicações cardiovasculares. É o que aponta a pesquisa inédita “Diabetes: o que os brasileiros sabem e não sabem sobre a doença”², realizada pela Abril Inteligência com apoio da AstraZeneca e do Curso Endodebate. O levantamento mostra que a população, no geral, relaciona o diabetes principalmente a problemas de visão e amputação, sendo que doenças cardiovasculares são condições muito mais graves e que podem levar à morte. Apenas 43% dos diabéticos e 27% dos não diabéticos acreditam que o diabetes pode ter relações com a incidência de um acidente vascular cerebral (AVC). A pesquisa mostra ainda que alguns mitos associados à doença são vistos como corretos por boa parte dos entrevistados: 50% dos diabéticos acreditam que o diabetes é hereditário, e 35% acreditam que o diabetes é uma doença emocional, ligada ao estresse. O mito de que diabéticos nunca mais podem comer açúcar é considerado verdadeiro para 31% dos diabéticos e para 26% dos não diabéticos, o que mostra o desconhecimento de grande parte dos diabéticos sobre cuidados com a doença. Para o Dr. Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista pesquisador da USP e médico responsável pela pesquisa, os dados relevam resultados preocupantes. “O desconhecimento do paciente com relação às complicações da doença é real e precisa ser combatido em diversas frentes. Possibilitar que o paciente alcance a meta glicêmica ideal, o mais rápido possível, após o diagnóstico é essencial para diminuir o risco de complicações futuras, e para isso o paciente precisa estar empoderado e informado sobre os impactos do diabetes mal controlado”. O levantamento também mostrou que o brasileiro entende a importância da adoção de hábitos saudáveis para o controle do diabetes. Mas, do conhecimento a uma atitude, há um longo percurso. Apenas 58% dos diabéticos afirmam ter uma alimentação balanceada, e apenas 23% afirmaram praticar atividade física de três a quatro vezes por semana. Para 35% dos diabéticos, a restrição alimentar é o que mais incomoda no tratamento. Já quando o assunto é a realização de exames, 46% dos diabéticos não realizam check-ups a cada seis meses, período considerado ideal pela classe médica. Ainda segundo os dados, pouco mais da metade dos diabéticos (56%) já realizaram o exame para medir a curva glicêmica, um teste oral que mede a tolerância a glicose e é utilizado para investigação do diagnóstico do diabetes. Já o exame de hemoglobina glicada, que avalia a média glicêmica do paciente, é bem mais popular entre os diabéticos: 91% afirmaram já terem realizado o exame ao longo da vida, ainda que 24% deles não saibam definir qual a função do exame. Para o Dr. Barra Couri, a chave para o bom controle da doença está na descoberta e adesão precoce ao tratamento. “É comprovado que o tempo dispendido entre o diagnóstico e o início do tratamento terá relação direta com uma melhor ou pior qualidade de vida do paciente diabético”, finaliza o especialista. A pesquisa “Diabetes: o que os brasileiros sabem e não sabem sobre a doença” foi realizada de forma online nas cinco regiões brasileiras, entre os dias 23 de março e 19 de abril de 2018, com participação de 1050 entrevistados, sendo 387 diabéticos (53% mulheres) e 663 não diabéticos (52% homens), e contemplou as classes A, B e C.   Referências: OMS: http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cardiovascular-diseases-(cvds) Pesquisa “Diabetes: o que os brasileiros sabem e não sabem sobre a doença” realizada pela Abril Inteligência, com apoio da AstraZeneca, entre os dias 23 de março e 19 de abril de 2018. Coleta de dados via web com 1050 respondentes, sendo 387 diabéticos e 663 não diabéticos.   Sobre a AstraZeneca A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, voltada para inovação, com foco principal na descoberta, desenvolvimento e na comercialização de medicamentos de prescrição, principalmente para o tratamento de doenças em três principais linhas terapêuticas - Oncologia, Doenças Cardiovasculares, Renais & Metabólicas e Respiratória. A companhia também atua nas áreas de autoimunidade e neurociência. A AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo. Para mais informações acesse: www.astrazeneca.com.br

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