Arquivos Algomais Saúde - Página 24 de 160 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Algomais Saúde

Luciana Silveira hemobras

"Transformar a doação de sangue num comércio seria péssimo"

Entre meados de setembro e outubro, está prevista a inauguração da unidade da fábrica da Hemobrás que vai produzir o Fator VIII Recombinante, obtido por meio de biotecnologia e destinado ao tratamento da hemofilia. Um investimento de R$ 1,2 bilhão. Será o primeiro medicamento a ser fabricado na estatal, que em 2016 teve sua construção interrompida em razão de irregularidades no contrato com a empreiteira responsável pelas obras. “A notícia boa é que esse passado ficou para trás. É passado”, garante a diretora de administração e finanças da empresa Luciana Souza da Silveira. Realmente a evolução da obra é uma notícia alvissareira em razão da importância da Hemobrás para os usuários do SUS, que terão mais acesso não só ao Fator VIII Recombinante mas, também, aos hemoderivados, produzidos a partir do plasma sanguíneo que hoje são importados. A previsão é de que em 2025, a estatal comece a fabricar esses medicamentos. A unidade terá a capacidade máxima de fracionar 500 mil litros de plasma por ano. Pernambuco também sai beneficiado, devido à geração de emprego, à entrada de fornecedores locais na cadeia produtiva da Hemobrás e à formação de capital humano com alto nível de capacitação para atuar na empresa. A única nota dissonante é a PEC 10/2022 que visa alterar a Constituição para autorizar a coleta e o processamento de plasma humano pela iniciativa privada. “A Hemobrás já se manifestou totalmente contrária a isso porque mudaria a lógica da saúde pública”, rechaça Luciana. Nesta entrevista a Cláudia Santos, a diretora da estatal fala sobre o andamento das obras da fábrica em Goiana, do impacto da empresa em Pernambuco e dos potenciais danos causados pela PEC. Qual a importância de a Hemobrás ter recebido o selo de Empresa Estratégica de Defesa, concedido pelo Ministério da Defesa? Isso significa muito para nós. Esse selo contribui para o fortalecimento da imagem da Hemobrás como uma empresa fundamental para a soberania nacional. Ela vai permitir que o Brasil se torne autossuficiente na produção de medicamentos importantíssimos. E o que isso tem a ver com a Defesa? Esses medicamentos são muito preciosos no caso de guerras e pandemias. Para você ter uma ideia, na época da Covid-19 faltou imunoglobulina no mundo inteiro. Se tivéssemos, naquela época, produzindo esse hemoderivado, não teríamos tanta dificuldade em conseguir esse medicamento porque, quando há uma pandemia ou uma guerra, os produtores se fecham e começam a vender apenas para o mercado interno deles e nós ficamos reféns do mercado internacional. Vamos produzir esses medicamentos e ampliar o acesso para pacientes do SUS, porque no nosso conceito de empresa nós temos que atendê-los prioritariamente. O Ministério da Defesa reconheceu isso e nos transformou em empresa estratégica. Um ponto a esclarecer é que somos a primeira e única empresa farmacêutica credenciada com esse selo no rol de empresas estratégicas. Isso é importante para Pernambuco e é importante para o País. Existem apenas 10 empresas no mundo que produzem hemoderivados como a imunoglobulina; seremos a décima primeira do mundo a produzi-los. E, dessas empresas, somos a única da América Latina pois elas só existem em países de primeiro mundo. Então, é muito importante para nós esse título. Em termos econômicos, qual a economia com importação de hemoderivados que a Hemobrás permitirá quando estiver produzindo? Quais os benefícios para a economia pernambucana? É possível desenvolver-se no Estado uma cadeia produtiva da Hemobrás? Em relação a quanto a gente vai economizar, nós temos uma estimativa hoje de que, quando a fábrica estiver pronta, teremos uma economia em torno de 30% do que se gasta hoje com esses medicamentos, porque hoje todos são importados. Isso representa em torno de R$ 400 milhões é muito dinheiro. Quanto a Pernambuco, a Hemobrás paga impostos para o município de Goiana e para o Estado. Esses impostos são oriundos da operação, dos investimentos e das importações que são realizadas pelo Porto de Suape e pelo Aeroporto do Recife. O outro ponto da pergunta foi sobre a cadeia produtiva. Fazemos parte do polo industrial em Goiana, onde antes havia canaviais e hoje está repleto de empresas. Fazemos parte da associação do polo de Pernambuco e da Paraíba porque fica bem na divisa de ambos os Estados. Há a geração de empregos indiretos na região para sustentar nossas operações nas áreas de transporte, logística, manutenção fabril, segurança, serviços gerais, obras, dentre outros serviços necessários. Isso porque recorremos aos fornecedores locais. A lavagem das roupas dos funcionários (que chamamos de EPI), por exemplo, é feita por uma lavanderia local. Então aquela lavanderia cresce porque ela vai ter mais demanda. Sem contar que há uma coisa importantíssima: essa tecnologia não existe no País. Estamos investindo no capital intelectual, teremos empregados trabalhando na nossa fábrica com conhecimento que não há em nenhum lugar do Brasil, ou seja, pessoas de Pernambuco que terão conhecimento que pessoas de São Paulo, por exemplo, que tem uma capacidade econômica enorme, não possuem. Estamos desenvolvendo a região empregando pessoas para atuar em uma fábrica com alta tecnologia, o que exige capacitação, incentivando as universidades e escolas técnicas do Estado. Como a empresa tem realizado a transferência tecnológica? Temos dois transferidores de tecnologia porque são dois projetos distintos. A Hemobrás é uma Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologias, então temos um projeto para hemoderivados e outro para biotecnologia. No que diz respeito a hemoderivados temos os parceiros LFB, uma empresa francesa, e a Octapharma, empresa suíça, que faz toda a parte de fracionamento. O que é esse fracionamento? Ao obtermos do sangue o plasma humano (que é o insumo bruto), ele é fracionado, dividido em frações para ser transformado em medicamento. O outro produto que é o medicamento Fator VIII Recombinante, que é biotecnológico, não é oriundo do plasma humano, ele é feito por modificação genética. A empresa parceira que está realizando a transferência de tecnologia é a Takeda, com sede no Japão. A transferência de tecnologia está em curso tanto na unidade de Fator VIII Recombinante quanto na de hemoderivados. Existem comissões multidisciplinares de incorporação de processos

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cancer de garganta

HPV causa câncer de garganta? Oncologistas apontam risco para sexo oral sem proteção

 Estudos sugerem que incidência da neoplasia pelo Papilomavírus Humano pode ultrapassar casos de tumores induzidos pelo tabagismo Uma pesquisa divulgada pela Universidade de São Paulo (USP), em que foram analisados dados de 15.391 pacientes do Registro de Câncer de Base Populacional do município de São Paulo (RCBP-SP), contabilizados no período de 1997 a 2013, mostrou que o risco de câncer de boca e orofaringe (principalmente) associados ao Papilomavírus Humano (HPV) aumentou entre homens e mulheres jovens com idade até 39 anos. As estruturas que compõem a orofaringe são a base da língua, o palato mole, as amígdalas e paredes laterais e posterior da faringe. Principalmente a base da língua e as amígdalas são os locais mais acometidos pela doença HPV relacionada. No Brasil, mesmo depois de dez anos em que os dados foram apurados, o cenário atual ainda preocupa: para cada ano do triênio 2023-2025 o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 15.100 casos de câncer da cavidade oral e orofaringe, sendo um risco estimado de 6,99 por 100 mil habitantes. Essa incidência vem aumentando no país, assim como ocorre em outros países desenvolvidos. Estima-se que entre 2030 e 2040, o vírus HPV seja responsável por cerca de 50% dos tumores de orofaringe, sendo a outra metade relacionada ao tabagismo. O risco de contato com o vírus HPV aumenta quanto maior é o número de parceiros sexuais ao longo da vida, principalmente quando falamos do sexo oral. Dados indicam que ter acima de seis parceiros durante a vida aumenta em 8,5 vezes o risco de desenvolver a neoplasia do que pessoas que não praticam sexo oral. Contudo, vale lembrar que os tumores não surgem pelo ato em si, mas sim pela infecção pelo HPV - um grupo com mais de 200 subtipos do vírus que podem infectar a pele e a mucosa genital, oral e anal tanto de homens, quanto mulheres. “O uso de preservativos e a vacinação, oferecida gratuitamente pelo SUS para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, são medidas importantes de prevenção que devem ser colocadas em prática. Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo também são cuidados que merecem atenção”, comenta o Dr. Pedro De Marchi, oncologista clínico especialista em tumores de cabeça, pescoço e tórax do Grupo Oncoclínicas. É estimado que 85% da população entre em contato com o vírus HPV em algum momento da vida, contudo, isso não significa que o câncer irá de fato se desenvolver. "Após o contato com o vírus, a maior parte das pessoas consegue eliminá-lo através do seu sistema imune, No entanto, eventualmente, o vírus não é eliminado e uma infecção crônica se desenvolve. Essa infecção pode persistir por muitos anos e não causar nenhum tipo de sintoma, o que não impede que o vírus seja transmitido para outra pessoa. Além do sexo oral, a transmissão do vírus também pode ocorrer por meio de relações sexuais vaginais ou anais, causando outras neoplasias, como câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis e anus”, acrescenta o médico. Sintomas podem ser confundidos com problemas de saúde Outro ponto que chama a atenção, segundo o especialista, são os sintomas - bastante inespecíficos nas fases iniciais da doença. “O paciente pode ter um desconforto ou dor para engolir, sentir o alimentar “trancar” ao deglutir, notar um aumento de ínguas no pescoço ou alguma ferida na região da orofaringe que pode eventualmente levar a um sangramento. A dica mais importante aqui é a questão da duração dos sintomas. Havendo persistência por mais de 2 ou 3 semanas um médico especialista deve ser procurado”, indica o Dr. Pedro De Marchi. “Após uma avaliação clínica, exames como tomografia e a biópsia da lesão suspeita deverão ser realizados pra confirmação diagnóstica e programação do tratamento oncológico”, explica o oncologista Eduardo Inojosa, da Multihemo Oncoclínicas. A importância do diagnóstico precoce Diferente do câncer de colo de útero, não existe uma estratégia de rastreamento para o câncer de orofaringe relacionado ao HPV. Assim, é fundamental a busca por atendimento especializado caso haja persistência de sintomas na região da garganta. Isso é ainda mais relevante para os indivíduos tabagistas que têm um risco ainda maior de desenvolver câncer nessa região. O diagnóstico precoce é fundamental para um maior sucesso do tratamento”, comenta o oncologista do Grupo Oncoclínicas.  Após a confirmação da doença realizada através de uma biópsia, o próximo passo é fazer o estadiamento do tumor, ou seja, entender o quanto ele está avançado. Para isso são utilizados métodos radiológicos como: ●     Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do pescoço: traz informações quanto ao tamanho e extensão do tumor em relação às estruturas adjacentes. Também demonstra se há comprometimento de linfonodos do pescoço (primeiras estruturas acometidas quando a doença começa a se “espalhar”). ●     Tomografia computadorizada do tórax: solicitada para avaliar se há lesões relacionadas à doença (metástases) nos pulmões. ●     PET/CT: realizado em alguns casos para avaliar se há lesões relacionadas à doença em outros órgãos (metástases); ●     Exames de sangue: os exames de sangue são solicitados para avaliar o estado de saúde geral do paciente, especialmente antes do tratamento; e ●     Exame odontológico: antes de um eventual tratamento radioterápico, é imprescindível que seja realizado um inventário odontológico. Nesse momento pode ser necessária a remoção de dentes. Existe tratamento? “Existe tratamento tanto para lesões iniciais quanto para aquelas mais avançadas. Vários fatores são levados em consideração além do estadiamento da doença para se definir a melhor estratégia terapêutica, e, idealmente, essa definição deve ser feita por uma equipe multidisciplinar, em conjunto com o paciente”, enfatiza o especialista.  O tratamento pode incluir: ●     Radioterapia IMRT: é um tipo de radioterapia que tem maior precisão na hora de tratar o tumor. Com isso, o paciente apresenta menos efeitos colaterais e os resultados são mais expressivos; ●     Quimioterapia: são medicamentos utilizados na maioria das vezes por via endovenosa (na veia) que atrapalhar a replicação das células, inclusive as células tumorais, levando elas à morte. O principal quimioterápico utilizado é chamado cisplatina é pode fazer parte do tratamento tanto doenças mais inicias quanto da doença metastática. ●     Terapia-alvo: são drogas atuam de forma diferente da quimioterapia padrão, apresentando também efeitos colaterais distintos. Em linhas gerais elas impedem que a célula tumoral se multiplique, retardando ou

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País deve ter 17 mil novos casos de câncer no colo do útero até 2025

(Da Agência Brasil) O câncer no colo do útero foi responsável por 6.627 mortes no Brasil, em 2020. A estimativa do Ministério da Saúde é que, de 2023 a 2025, cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV). Esse vírus é facilmente transmitido na relação sexual; isso porque apenas o contato com a pele infectada já é o suficiente para a contaminação. “Estima-se que em torno de 70% a 80% da população, em geral, já teve algum contato com o vírus. Existem inúmeros tipos de vírus, mais de 50 tipos de cepas diferentes do vírus e não são todos eles que vão causar o câncer. Tem alguns que causam só verruga e outros que nem vão se manifestar”, explica a ginecologista Charbele Diniz. A Campanha Julho Verde-Escuro chama a atenção para a importância de exames preventivos e do diagnóstico precoce dos chamados cânceres ginecológicos – aqueles que afetam um ou mais órgãos do aparelho reprodutor feminino. As ocorrências mais frequentes desse tipo de câncer no Brasil são de tumores no colo do útero, no corpo do útero e no ovário. Diretrizes da OMS De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é possível, no futuro, erradicar tumores malignos no colo do útero no Brasil. Para isso, é necessário que a população siga as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). As mulheres entre 25 e 35 anos devem fazer os exames preventivos e as pacientes que forem diagnosticadas com alterações devem receber o tratamento correto. As meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade devem se vacinar contra o HPV. Para aumentar a imunização, o ideal é que a vacina seja tomada antes da primeira relação sexual. Desde 2014, o governo disponibiliza a vacina quadrivalente contra o HPV. Hoje, meninas e meninos entre 9 e 14 anos podem receber o imunizante no Sistema Único de Saúde. Além dos adolescentes, pessoas imunossuprimidas com até 45 anos também podem se vacinar na rede pública. Apesar de a vacina estar disponível gratuitamente, muitos pais não levam seus filhos adolescentes para se vacinarem por uma falsa crença de que vão estimular uma iniciação sexual precoce. “A gente tem a vacina disponível, é uma vacina cara, é uma vacina que está aí, mas que não está sendo utilizada. São vários tabus, de o povo brasileiro achar que você está expondo a questão sexual para a filha adolescente. Mas é mais uma vacina comum como outra qualquer”, explica o chefe do Departamento de Ginecologia Oncológica do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Gustavo Guitmann. A psicóloga Andreia Medeiros trabalha com adolescentes e tem uma filha de 15 anos, a estudante Sofia van Chaijk, que tomou a vacina contra o HPV, orientada pela mãe. “É um mito [a ideia]  que vai estimular [a iniciação sexual precoce]. Não falar sobre o assunto vai prevenir? É o contrário”, diz a psicóloga. “Ter consciência dos benefícios, dessa prevenção e do contrário também, do risco que eles correm, é uma forma de cuidado”, acrescenta. “Eu agradeço minha mãe também por ter me vacinado contra HPV porque a gente conhece uma pessoa que infelizmente faleceu de câncer no útero por conta de HPV. Então ela nem precisou me convencer muito também. Ela já sabia das consequências”, completa Sofia.

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Dia do Chocolate

Chocolate reduz a depressão, alivia sintomas da ansiedade e melhora o humor

Nesta sexta, dia 7 de julho comemora-se o Dia Mundial do Chocolate. Especialistas explicam os benefícios proporcionados pelo doce O chocolate é um dos alimentos mais populares do mundo, tanto que tem uma data específica só para ele, o dia 7 de julho (sexta-feira). O que muitos não sabem é que o seu consumo está relacionado a diversos benefícios para a saúde mental das pessoas, envolvendo, inclusive, a redução dos sintomas da depressão e da ansiedade. Porém, a psicóloga e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Eniana Pacheco, afirma que os benefícios só estão relacionados aos chocolates amargos e meio amargos (acima de 40% de cacau na composição ou mais) consumidos com moderação e não devem passar de 25 gramas por dia. “Essa proporção se limita a três ou quatro quadradinhos de chocolate”, pontua. Segundo estudo publicado na revista Depression & Anxiety, as pessoas que consumiram chocolate amargo durante dois períodos de 24 horas tiveram 70% menos probabilidade de relatar sintomas de depressão do que os que não comeram chocolate. A psicóloga explica que o efeito positivo se dá porque o cacau é rico em triptofano. “É um aminoácido que ajuda o sistema nervoso central a equalizar a produção de serotonina, que é um neurotransmissor responsável pela regulação do humor, do sono, da libido, da ansiedade, apetite e até da temperatura corporal. Pessoas acometidas por depressão tem uma desregulação nesses neurotransmissores. A professora do curso de Nutrição e Gastronomia da Wyden, Geórgia Galvão, também pontuou que o chocolate amargo pode ser benéfico para a saúde do coração. “Diversos estudos mostram que o consumo moderado do chocolate amargo contribui para a saúde cardiovascular, reduzindo o risco de doenças do coração. Além disso, o chocolate é uma rica fonte de minerais, como magnésio, ferro e zinco, e de antioxidantes, que são conhecidos por combaterem os radicais livres e ajudarem a proteger o nosso organismo contra danos celulares”, disse. Mais benefíciosAlém da serotonina, o chocolate também é um alimento rico em polifenóis, um tipo de antioxidante e sua ação ajuda pode proporcionar um efeito calmante e relaxante promovendo uma sensação de bem-estar, aliviando os sintomas da ansiedade e até melhorando o humor. O especialista, no entanto, destaca que apesar dos benefícios do chocolate, ele não deve ser considerado como a solução definitiva para os distúrbios. “Tanto a depressão quanto à ansiedade devem ser tratadas em diversas frentes como psicoterapia, alimentação balanceada e saudável, exercícios físicos, apoio interpessoal-afetivo e, em alguns casos, com medicamentos”, complementa Eniana Pacheco. Além dos benefícios à saúde mental, o consumo de chocolate amargo (70% de cacau) também leva a melhorias de curto e longo prazo na atenção, na memória e na concentração. Também possui efeito antioxidante e anti-inflamatório devido a alta concentração de flavonoides. Estudos apontam, ainda, a sua capacidade de melhorar a saúde dos vasos sanguíneos e até de reduzir a pressão arterial. Consumir chocolate amargo também é uma maneira de aumentar a ingestão de ferro na dieta já que 30 gramas contém de 2 a 3 miligramas de ferro.

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parada cardiorrespiratoria cardiaca

Parada cardiorrespiratória: Como agir em casos de emergência e salvar vidas?

A parada cardiorrespiratória (PCR) é um evento súbito que interrompe a circulação sanguínea e a oxigenação dos órgãos, podendo levar à morte em poucos minutos. Segundo dados do Ministério da Saúde estima-se que ocorram mais de 300 mil casos de parada cardiorrespiratória por ano no Brasil, sendo a principal causa de morte súbita no país. Diante da gravidade do problema, a presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), Fátima Dumas Cintra, ressalta a importância de a população estar ciente das ações imediatas que podem ser tomadas em casos de PCR, aumentando as chances de sobrevivência das vítimas.“Em caso de suspeita de parada cardiorrespiratória, o primeiro passo é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo telefone 192, informando detalhadamente a situação e o local do incidente. Enquanto o socorro especializado não chega, a realização de manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) por pessoas próximas à vítima pode ser crucial”, explica Fátima. A RCP consiste em compressões torácicas e ventilação boca a boca, seguindo as recomendações internacionais: Nos últimos anos, o Brasil tem se empenhado na luta contra as mortes por parada cardiorrespiratória (PCR), principal causa de morte súbita no país. Campanhas educativas e treinamentos em técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) têm sido promovidos por instituições governamentais e não governamentais, com o objetivo de disseminar conhecimento e preparar a população para agir em casos de emergência. A taxa de sobrevivência em casos de parada cardiorrespiratória fora do ambiente hospitalar no Brasil ainda é baixa. No entanto, acredita-se que o aumento da conscientização e o treinamento em RCP possam elevar esse índice, salvando milhares de vidas a cada ano. “O enfrentamento das mortes por parada cardiorrespiratória é um desafio que depende do engajamento e esforço conjunto de toda a sociedade. Através da disseminação de conhecimentos, da capacitação dos cidadãos e da implementação de políticas públicas, o Brasil caminha para diminuir a incidência desse grave problema de saúde pública”, disse a presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Ciente da gravidade do problema, é fundamental que a sociedade esteja preparada para agir em casos como este. O conhecimento e a prática das manobras de ressuscitação podem fazer a diferença entre a vida e a morte. A SOBRAC promove ações de conscientização em prol da população, através da campanha Coração na Batida Certa. O objetivo dessas ações é levar ao público leigo informações consistentes sobre as arritmias cardíacas, suas causas e consequências, entre elas a morte súbita cardíaca.

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biossensor

Startup cria biossesor para facilitar diagnóstico de câncer de próstata e dengue

A startup DiagÁgil, incubada no Polo Tec (Polo Tecnológico e Criativo) da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), desenvolveu dois biossensores portáteis que podem agilizar o diagnóstico de câncer de próstata e dengue, com aplicação da nanotecnologia. Um biossensor é um dispositivo que combina componentes biológicos, como enzimas ou anticorpos, com um sensor eletrônico para detectar e quantificar a presença de diversas substâncias. Eles são amplamente utilizados em áreas como diagnóstico médico, monitoramento ambiental e controle de processos industriais, permitindo a detecção rápida e sensível de biomarcadores, patógenos e toxinas. O Dengue Sensor Teste é um biossensor que detecta quantitativamente a proteína NS1 do vírus da dengue, em amostras de sangue total, plasma ou soro humano. “A detecção da NS1 tem alto valor preditivo e está sempre presente quando o vírus circula”, afirma o diretor-executivo da DiagÁgil, Gabriel Lins. “O teste é rápido e fácil de usar. Consiste em uma tira reagente que captura a proteína NS1 e um sistema de leitura. Após a aplicação da amostra na tira reagente, um sinal elétrico é enviado para o leitor, que processa e analisa os dados, exibindo o resultado em um visor ou display. O tempo de processamento é de, aproximadamente, cinco minutos”, especifica Lins. Já o Biossensor para Detecção de PSA é um dispositivo desenvolvido para auxiliar no diagnóstico e monitoramento de doenças relacionadas à próstata. “O PSA é uma proteína produzida pelas células da glândula, e seus níveis podem estar elevados em condições como a hiperplasia prostática benigna ou o câncer de próstata. As principais características do biossensor são alta sensibilidade para detectar baixas concentrações de PSA, especificidade, evitando resultados falsos, rapidez, portabilidade, possibilitando o uso em diversos ambientes, e facilidade de uso, tanto na coleta quanto na interpretação dos resultados”, detalha o diretor-executivo. No momento, a DiagÁgil concluiu o depósito de patente dos dois biossensores e a sua equipe busca desenvolver processos que permitam produzir suas criações em maior escala. Além disso, os pesquisadores se organizam para receber visitas de possíveis investidores, empresas privadas com histórico de investir em empreendimentos disruptivos na área de saúde.

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homem saude atividade fisica

Pesquisa revela que metade dos brasileiros não faz atividade física

A Pesquisa Saúde e Trabalho, feita pelo Sesi (Serviço Social da Indústria), concluiu que 52% dos brasileiros raramente ou nun - ca praticam atividades físicas. Entre os que fazem atividades físicas, 22% se exercitam diariamente, 13% pelo menos três vezes por semana e 8% pelo menos duas vezes semanais. O levantamento foi realizado en - tre 10 e 14 de março de 2023. Em todos os estados, foram entre - vistadas 2.021 pessoas com mais de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. O estudo levantou a associação entre a prática de atividade física e o adoe - cimento. Segundo o levantamento do Sesi, 72% das pessoas que praticam exercícios com frequência não tiveram problemas de saúde nos últimos 12 me - ses. Porém, entre os que nunca praticam atividades físicas, 42% sofreram problemas de saúde em 2022. A relação entre trabalho e qualidade de vida também foi abordada pela pesquisa do Sesi. Nesse aspecto, 94% concordaram que um profissional com a saúde física e mental em dia é mais produtivo no seu trabalho. A pesquisa também apontou que 12% dos entre - vistados têm hábito de realizar consultas regula - res com psicólogo.

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mudancas climaticas

Mudanças climáticas deixam brasileiros mais ansiosos

Pesquisa da Veolia com a Elabe posiciona o Brasil entre os 10 países que se sentem mais fragilizados em relação ao meio ambiente, com 84% dos brasileiros expressando um “sentimento de vulnerabilidade ecológica e climática”, ante 71% da média mundial. Foram entrevistadas 25 mil pessoas em 25 países dos cinco continentes (cerca de 1.000 por país), considerando peso demográfico e impacto nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Quinto maior emissor mundial, o Brasil elevou em 12,2% suas emissões no ano passado, em comparação com 2021, com o desmatamento respondendo por metade do lançamento de CO2 na atmosfera. O cenário de degradação ambiental aguçada nos últimos anos refletiu nas respostas dos entrevistados: 87% dos brasileiros se dizem preocupados com o desaparecimento de flora e fauna, contra 74% da média dos outros países. Além disso, um a cada três brasileiros está muito preocupado e ansioso com o futuro a ponto de desistir de projetos de longo prazo, como ter filhos, constata o levantamento.

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hospital saude

Pesquisa da PwC indica como serão os hospitais do futuro

De acordo com o estudo "Futuro da Saúde" conduzido pela PwC, espera-se que a área da saúde se torne ainda mais personalizada, digitalizada e impulsionada pela inteligência artificial (IA) até o final desta década. Essa transformação trará soluções integradas à rotina diária dos pacientes, promovendo avanços significativos na forma como recebemos cuidados médicos. Os sistemas de saúde enfrentam o desafio de adaptar sua infraestrutura e evitar a obsolescência. Apesar dos esforços para atender às expectativas dos consumidores e integrar inovações tecnológicas, a tecnologia antiga, modelos de negócios desatualizados e infraestrutura desgastada dificultam a transformação da experiência do paciente e do médico. Além disso, a persistente inflação, escassez de mão de obra, êxodo de talentos e problemas na cadeia de suprimentos contribuem para o aumento dos custos e a redução dos lucros. Bruno Porto, sócio da PwC e líder do setor de saúde na empresa, conta que o hospital do futuro será composto por um ecossistema conectado, capaz de oferecer atendimento de qualidade além das suas fronteiras tradicionais. "Ele deverá ser uma rede de ativos de entrega física e virtual conectada por um único sistema e recursos digitais, que permitirá a prestação de atendimento em comunidades, em casa, empresas ou em estabelecimentos, de acordo com a necessidade dos médicos e a preferência dos pacientes".Os consumidores querem assistência com conveniência O estudo indica que os sistemas de saúde precisam repensar seu modelo atual e buscar uma mudança transformadora para se prepararem para o futuro. Caso contrário, corre-se o risco de serem interrompidos por agentes inovadores em tecnologia e saúde, que oferecem atendimento conveniente e econômico, atendendo às necessidades dos consumidores. Princípios-chave para o hospital do futuro Os sistemas de saúde precisam adaptar os modelos atuais e redesenhá-los pensando no futuro. Para tanto, devem atualizar, reaproveitar e (re)projetar espaços para permitir a prestação de cuidados, além das paredes físicas, de desafiar os usos convencionais do espaço, criar áreas flexíveis que podem ser reaproveitadas ao longo de décadas e, ainda, criar um ambiente de colaboração equipado com tecnologia, 5G, nuvem e ferramentas de colaboração, para apoiar as equipes híbridas de atendimento.  "Os sistemas de saúde devem repensar seus investimentos de capital e fazer investimentos programáticos para avançar em direção ao hospital do futuro", prevê Porto.

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Leucemia

Onze mil casos de leucemia são diagnosticados por ano no Brasil

Segundo o Inca, o Brasil registra anualmente 11 mil novos casos de leucemia. Em Pernambuco, são esperados 540 casos apenas neste ano de 2023. A campanha Junho Laranja visa conscientizar sobre essa doença que afeta a produção de células sanguíneas na medula óssea, liberando glóbulos brancos doentes na corrente sanguínea. As leucemias são cânceres que comprometem a fábrica do sangue (medula óssea), que passa a liberar os glóbulos brancos (leucócitos) doentes na corrente sanguínea, sejam eles muito jovens (blastos), quando falamos em leucemias agudas; ou já maduros e bem diferenciados, quando falamos em leucemias crônicas. “Em qualquer das situações há um defeito genético que originou a doença. Sua causa é desconhecida e pode-se dizer que na maioria das vezes é multifatorial”, explica a hematologista Lorena Costa, da Multihemo Oncoclínicas.  Segundo a especialista, há uma diferença entre a leucemia aguda e crônica. “Na primeira, há dificuldade de produzir células saudáveis, já na segunda não há perda na capacidade de formar novas células, mas há alterações do funcionamento das células já maduras”. Nas leucemias agudas, geralmente ocorre a multiplicação das células tumorais de maneira rápida, enquanto que nas leucemias crônicas, o aumento das células tumorais é mais lento e o paciente pode não apresentar sintomas. Lorena alerta ainda para os principais sintomas: anemia, cansaço, falta de ar, palidez e manchas roxas. Há formas diversas de tratamento para os diferentes tipos de leucemias, havendo possibilidades com quimioterapia, drogas alvo, transplante de medula, medicamentos e até mesmo, observação clínica. “Recentemente, tivemos muitos avanços quando se fala em tratamento da leucemia. A terapia com Car-T CELL é um exemplo disso. Nessa opção, os linfócitos do tipo T são tratados em laboratório para que eles possam reconhecer e atacar as células cancerosas. Mas nem sempre ela pode ser a primeira opção de escolha, depende do caso”, acrescenta Lorena. 

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