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Pé diabético: uma simples ferida pode levar a sérias complicações

Um milhão de indivíduos com diabetes mellitus (DM) sofre uma amputação em todo mundo. Isso pode ser traduzido em três por minuto. Uma das complicações mais comuns da glicemia alta em países em desenvolvimento é a úlcera de pés diabéticos (UPD), que, em 85% dos casos, precede a amputação. Esse quadro atinge pacientes com DM descompensada, ou seja, que não está seguindo o tratamento. Dados do estudo Eurodiale (European Study Group on Diabetes and the Lower Extremity) apontaram que 77% das UPD cicatrizaram em um ano e que o retardo se deveu a comorbidades (insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal terminal em diálise) e inabilidade para caminhar de forma independente. Além disso, eles também tinham um mau controle glicêmico, ou seja, não estavam fazendo o controle da DM. No Brasil, o estudo multicêntrico BRAZUPA (Baseline characteristics and risk factors for ulcer, amputation and severe neuropathy in diabetic foot at risk) mostrou que a doença arterial periférica (DAP) foi um fator de risco frequente de amputação. A Dra. Denise Franco, endocrinologista do Instituto Correndo Pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão da pessoa com diabetes, explica que o pé diabético progride de forma silenciosa. Em alguns casos, o paciente sente um formigamento. “No exame físico é possível perceber pele seca, rachaduras, unha encravada, com micose, calos, machucados, ausência de pelos, entre outros. É a causa mais comum de internações prolongadas e com custos elevados. Grande proporção dos leitos hospitalares em emergências e enfermarias, nos países em desenvolvimento, é ocupada por pacientes com UPD. Aqui no País, o conhecimento dos profissionais de saúde sobre pé diabético é crítico, e a resolução é muito baixa, sobretudo quanto à revascularização. Isso leva ao quadro de amputação e 30% desses casos têm como desfecho a morte”, alerta a especialista. Mas por que isso acontece? Por que o paciente com DM descompensado pode ter feridas nos pés? O diabetes, quando não tratado, pode reduzir a sensibilidade à dor e temperatura nas extremidades do corpo, por causa da hiperglicemia, que impede uma boa circulação sanguínea. Sem a oxigenação correta dos vasos naquela região, a resposta inflamatória fica comprometida, sendo assim, uma simples topada ou um calo de um sapato apertado não se regeneram e a ferida aumenta cada vez mais. Prevenção: É possível levar uma vida sem medo dessas complicações, de acordo com Bruno Helman, Fundador e CEO do Instituto Correndo Pelo Diabetes. “Manter alimentação saudável e equilibrada, seguir o tratamento orientado pelo especialista e a prática diária de atividade física são as principais formas para prevenir a evolução do diabetes e todas as consequências que a doença pode trazer”, explica Helman, diagnosticado com a diabetes aos 18 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, outros itens indispensáveis à prevenção de UPD são: educação sobre o assunto tanto de pacientes como de seus cuidadores e até mesmo de equipes médicas; exames anuais para identificar indivíduos em risco de ulceração; cuidados podiátricos e uso de calçados apropriados; tratamento efetivo e imediato quando houver qualquer complicação nos pés; estruturação do serviço, com o objetivo de atender às necessidades do paciente com relação a um cuidado crônico, em vez de buscar apenas a intervenção de problemas agudos, de urgência. Estima-se que 40% dos pacientes com histórico de UPD apresentem recidiva em um ano; 60%, em dois anos; 65% em até cinco anos. Assim, é importante estimular a adesão do paciente por meio de processo educativo, motivar o autocuidado e consultas regulares para avaliação por equipe especializada.

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Entenda o que causa o mau hálito e como se livrar dele

Incômodo e constrangedor, o mau hálito requer uma grande atenção. Nesses casos, é muito importante procurar um especialista para investigar as razões do odor ruim na boca. Entre as mais comuns estão as doenças gastrointestinais, mas é preciso ficar atento pois problemas odontológicos pioram a halitose. Cárie, gengivite, periodontite e outros quadros do tipo também favorecem o mau hálito. Em situações como essas, a melhor estratégia é visitar um dentista para lidar com essas questões, além de fazer uma boa higiene bucal. Limpar bem a língua com instrumentos apropriados é especialmente importante para conter o odor desagradável. De acordo com a cirurgiã-dentista da clínica Maxi Dente, Dra. Cláudia Albuquerque a boca seca também contribui para o mau hálito. Isso porque a saliva protege essa região, logo sua carência leva a uma descamação. ‘’ Essas células que descamam podem se depositar sobre o dorso da língua e isso provoca o mau hálito’’, explica. Ainda segundo a cirurgiã-dentista, a falta higiene bucal é um agravante para o problema, pois permite que restos de alimentos se acumulem entre os dentes, na língua e na gengiva. ‘’Essa concentração e acúmulos de resíduos faz com que as bactérias que já existem naturalmente na boca dissolvam as partículas de alimentos e, assim, liberem substâncias com forte odor causando o mau hálito’’, enfatiza a Dra. Cláudia. Formas de prevenir Apesar da grande quantidade de causas, o mau hálito pode ser evitado. Alimentação de três em três horas ajudam, pois o jejum prolongado tende a gerar um odor bucal ruim. Cuidados com a alimentação também são válidos. Além disso, evitar álcool e cigarro são fundamentais porque eles contribuem para um ressecamento bucal. ‘’Os cuidados com sua boca ajudarão a limitar o acúmulo de resíduos alimentares e placa e reduzirão o risco de desenvolvimento de cárie e doença periodontal. É escovar os dentes três vezes ao dia com creme dental contendo flúor é fundamental. Escove a língua, também, para remover bactérias que contribuem com os odores bucais, especialmente na parte posterior, onde se encontram a maioria das bactérias’’, conclui a Dra. Cláudia.

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Comprovante de vacinação será obrigatório em estabelecimentos públicos

Do Governo de Pernambuco A partir do dia 1º de dezembro, o acesso aos estabelecimentos públicos em Pernambuco só será possível com a apresentação do comprovante de vacinação com esquema completo contra a Covid-19. O decreto com todas as regras para cumprimento da norma será publicado nos próximos dias no Diário Oficial do Estado. O secretário estadual de Saúde, André Longo, explicou a nova medida durante coletiva de imprensa ontem. “Apesar da estabilidade no cenário epidemiológico da Covid-19, registrada no Estado nas últimas semanas, não podemos ter a falsa sensação de que a pandemia acabou. A iniciativa tem como objetivo proteger a população e incentivar a vacinação de todos contra a doença”, ressaltou Longo. Também participou da coletiva o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, que apresentou novas regras para o setor de eventos e para o funcionamento dos estabelecimentos de alimentação, válidas a partir da próxima segunda-feira, dia 29. “Os eventos passam a receber um público de até 7.500 pessoas, ou 50% da capacidade do espaço. Lembrando que continua sendo necessária a apresentação da comprovação do ciclo vacinal completo em locais acima de 300 pessoas. Bares e restaurantes poderão aumentar a capacidade das mesas para até 50 pessoas”, disse Rebêlo. VACINAÇÃO – André Longo reforçou ainda a importância da imunização para evitar novas ondas da doença, como registram, atualmente, países do continente europeu. “Dados divulgados pelo Centro Europeu de Controle de Doenças apontam que os locais com maiores índices de vacinados estão registrando menos mortes, comprovando que as vacinas, além de seguras salvam vidas. O cenário que temos hoje é de uma pandemia em pessoas não totalmente vacinadas”, pontuou o secretário. Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), 590.103 pernambucanos estão com a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus em atraso, o que preocupa os especialistas. “Uma única dose não é o suficiente para garantir uma proteção robusta contra o vírus. Aqui em Pernambuco, por exemplo, 20% das pessoas internadas com a forma grave da Covid-19 estavam vacinadas com apenas uma dose. Além disso, 17% dos pacientes que vieram a óbito também se encontravam nas mesmas condições”, detalhou André Longo. O secretário de Saúde convocou a população para tomar a dose de reforço. “As evidências apontam que, especialmente nas pessoas com idade mais avançada, o organismo vai perdendo a memória imunológica ao longo do tempo, o que diminui a proteção ao passar dos meses. É preciso reforçar o sistema. Nós já atingimos percentuais acima de 90% na segunda dose na população acima dos 60 anos. Agora, precisamos fazer o chamado para que essas pessoas aumentem a sua proteção com a dose de reforço”, explicou. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – O cenário epidemiológico da Covid-19 em Pernambuco continua estável. Em relação aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), o Estado registrou, na Semana Epidemiológica 46, 391 notificações, o que representa oito ocorrências a mais que o registrado na Semana 45 e 21 a mais que o total notificado na SE 44. Já nas solicitações por vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a Central Estadual de Regulação de Leitos registrou 262 pedidos na Semana 46, três a mais do que o total solicitado na semana anterior.

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Descoberta nova variante do coronavírus com grande número de mutações

Da Agência Brasil Os cientistas alertam que a variante B.1.1.529, descoberta pela primeira vez em Botsuana e com seis casos de infecção confirmados na África do Sul, tem um "número extremamente alto" de mutações, o que pode levar a novas ondas de covid-19. Foram confirmados dez casos em três países (Botsuana, África do Sul e Hong Kong) por sequenciamento genético, mas a nova variante causou grandes preocupações aos pesquisadores porque algumas das mutações podem ajudar o vírus a escapar à imunidade.Os primeiros casos da variante foram descobertos no Botsuana, em 11 de novembro, e os primeiros na África do Sul três dias depois. O caso encontrado em Hong Kong foi de um homem de 36 anos que teve um teste PCR negativo antes de voar de Hong Kong para a África do Sul, onde permaneceu de 22 de outubro a 11 de novembro. O teste foi negativo no regresso a Hong Kong, mas deu positivo em 13 de novembro quando estava em quarentena. A variante B.1.1.529 tem 32 mutações na proteína spike, a parte do vírus que a maioria das vacinas usa para preparar o sistema imunológico contra a covid-19. As mutações na proteína spike podem afetar a capacidade do vírus de infectar células e se espalhar, mas também dificultar o ataque das células do sistema imunológico sobre o patógeno. O virologista do Imperial College London Tom Peacock revelou vários detalhes da nova variante, afirmando que “a quantidade incrivelmente alta de mutações de pico sugere que isso pode ser uma preocupação real”. Na rede social Twitter, ele defendeu que “deve ser muito, muito, monitorado devido a esse perfil horrível de picos”, acrescentando que pode acabar por ser um “aglomerado estranho” que não é muito transmissível. “Espero que seja esse o caso”. A médica Meera Chand, microbiologista e diretora da UK Health Security Agency, afirmou que, em parceria com órgãos científicos de todo o mundo, a agência monitora constantemente a situação das variantes de SARS-Cov-2 em nível mundial, à medida que vão surgindo e se desenvolvem. “Como é da natureza do vírus sofrer mutações frequentes e aleatórias, não é incomum que surjam pequenos números de casos apresentando novas mutações. Quaisquer variantes que apresentem evidências de propagação são avaliadas rapidamente”, acrescentou ao The Guardian. Os cientistas observam a nova variante, em busca de qualquer sinal de que esteja a ganhar força e acabe por se espalhar amplamente. Alguns virologistas da África do Sul já estão preocupados, especialmente devido ao recente aumento de casos em Gauteng, uma área urbana que inclui Pretória e Joanesburgo, onde já foram detectados casos com a variante B.1.1.529. Ravi Gupta, professor microbiologista da Universidade de Cambridge, afirmou que o seu trabalho em laboratório revelou duas mutações na B.1.1.529 que aumentam a infecção e reduzem o reconhecimento de anticorpos. “Parece certamente uma preocupação significativa com base nas mutações presentes”, disse. “Contudo, uma prioridade chave do vírus desconhecida é a infecciosidade, pois é isso que parece ter impulsionado principalmente a variante Delta. A fuga imune é apenas uma parte da imagem do que pode acontecer”, acrescentou Gupta. Já o professor François Balloux, diretor do Instituto de Genética do University College London, considera que o grande número de mutações na variante, aparentemente acumuladas num “único surto”, sugere que pode ter evoluído durante uma infecção crônica em uma pessoa com o sistema imunológico enfraquecido, possivelmente um doente com aids não tratada. “É difícil prever o quão transmissível pode ser nesta fase. Por enquanto, deve ser acompanhado de perto e analisado, mas não há razão para demasiada preocupação, a menos que comece a subir de frequência num futuro próximo”, afirmou Balloux.

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Covid-19: pesquisa associa casos graves a desgaste do sistema imune

Da Agência Brasil Estudo publicado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontou que casos graves de covid-19 estão relacionados a um processo de envelhecimento do sistema imunológico que ocorre durante a doença. A pesquisa está disponível na revista científica Journal of Infectious Diseases e foi divulgada pela Agência Fiocruz de Notícias. Os pesquisadores avaliaram amostras de sangue de 22 pacientes hospitalizados com covid-19 e compararam com pessoas saudáveis, o que permitiu detectar sinais de que as células de defesa conhecidas como linfócitos T auxiliares passaram por um processo de hiperatividade, exaustão e envelhecimento no caso dos infectados pelo novo coronavírus. A função dessas células é reconhecer as proteínas virais e ativar as células responsáveis por combater o vírus e produzir anticorpos. Com o desgaste, elas perdem a capacidade de se multiplicar e liderar essa resposta, explicam os pesquisadores. Esse quadro de queda na imunidade também deixa os indivíduos mais vulneráveis a contrair infecções hospitalares e ajuda a explicar o fato de as reinfecções por covid-19 em pacientes que haviam se recuperado de um caso grave ocorrerem em uma frequência maior do que era esperado por cientistas. Os pesquisadores encontraram ainda altos níveis de substâncias inflamatórias liberadas pelos linfócitos T auxiliares no sangue dos pacientes com covid-19. Coordenador do estudo, pesquisador do Laboratório de Imunoparasitologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, Alexandre Morrot relaciona esse processo à hiperativação dessas células de defesa. "Tudo isso reforça a importância de terapias anti-inflamatórias, voltadas para controlar a resposta imune exagerada, que é uma vilã na xovid-19", disse ele à Agência Fiocruz de Notícias. Apesar de a pesquisa ter detectado o envelhecimento dos linfócitos T auxiliares, as conclusões não permitem apontar possíveis prejuízos para o sistema imunológico dos pacientes no longo prazo. Também participaram do estudo o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), o Hospital Naval Marcílio Dias, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A publicação foi dedicada à pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz Juliana de Meis, vítima da covid-19 em julho deste ano.

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Confira os 10 países que mais vacinaram no mundo

Com o avanço da vacinação no mundo, passamos a contabilizar os Países que lideram a vacinação completa (duas doses ou uma dose no caso da Janssen). O ranking abaixo foi elaborado a partir das informações do Our World in Data (https://ourworldindata.org), que faz o acompanhamento dos dados oficiais de imunização pelo mundo. A iniciativa tem apoio da Universidade de Oxford. A primeira lista abaixo é um cálculo do percentual da população de cada País que completou o ciclo de vacinação até a data de 20 de novembro. Consideramos no ranking Países com populações a partir de 1 milhão de habitantes. Ranking dos 10 países com maior percentual população completamente vacinada 1 - Singapura (91,9%) 2 - Emirados Árabes Unidos (88,4%) 3 - Portugal (87,78%) 4 - Chile (82,52%) 5 - Espanha (80,26%) 6 - Cuba (79,45%) 7 - Coreia do Sul (78,45%) 8 - Camboja (78,09%) 9 - Dinamarca (76,31%) 10 - Japão (76,21%) *Consideramos neste ranking os países com uma população de ao menos 1 milhão de habitantes **Esse é o cálculo do percentual da população que recebeu as duas doses ou uma dose da Janssen ***Nesses critérios, a China tem 74,53%, os Estados Unidos tem 57,87% da população vacinada e o Brasil 60,04%   LEIA TAMBÉM . . O número abaixo é de aplicações de doses da vacina. Ranking dos 10 países com maior número absoluto de doses aplicadas 1 - China - 2,43 bilhões 2 - Índia -  1,16 bilhão 3 - Estados Unidos - 449,96 milhões 4 - Brasil - 297,96 milhões 5 - Indonésia - 222,79 milhões 6 - Japão - 195,49 milhões 7 - México - 130,79 milhões 8 - Paquistão - 120,45 milhões 9 - Rússia 119,76 milhões 10 - Turquia 119,27 milhões É possível ver esses dados em gráficos e outros números da vacinação no site: https://ourworldindata.org . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Covid-19: Pernambuco amplia público para dose de reforço

Do Governo de Pernambuco Os municípios pernambucanos já estão autorizados a iniciar a aplicação da dose de reforço (3ª dose) contra a Covid-19 no público de 18 a 54 anos. Essa população poderá receber a imunização de reforço 5 meses após a finalização do esquema vacinal com duas doses. A medida foi analisada e recomendada pelos representantes do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e pactuada com os gestores municipais em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Ainda por decisão da Comissão, o intervalo de 4 meses, pactuado anteriormente, permanecerá para os trabalhadores de saúde e pessoas acima dos 55 anos. Também não há modificação para as pessoas com alto grau de imunossupressão, que será mantido em 28 dias após a última dose do esquema básico. Além disso, a partir de agora, as pessoas que receberam o imunizante da Janssen precisam tomar uma segunda dose como parte do esquema primário de proteção. A medida foi anunciada na última terça-feira (16/11) pelo Ministério da Saúde, que que irá encaminhar aos Estados, ainda essa semana, novos quantitativos de doses da Janssen para que os municípios iniciem as aplicações de segunda dose. “Nós vamos garantir a segunda dose de Janssen para quem tomou a primeira. São 173 mil pernambucanos que, após 60 dias, com essa nova definição, precisam tomar a segunda dose. Nossa expectativa é de distribuir para os municípios, neste final de semana, as doses necessárias para fazer essa segunda dose”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo. As pessoas que possuem o esquema completo heterólogo (dose de Janssen somado à dose de reforço) devem procurar os pontos de vacinação a partir dos 5 meses desta última dose para recebimento de nova dose de imunobiológico (reforço), que será da Pfizer. Com as novas recomendações, a segunda dose da Janssen será aplicada com intervalo mínimo de oito semanas (2 meses) após a primeira. Para o público em geral, acima de 18 anos, a orientação do Ministério da Saúde para aplicação de dose adicional é que esta seja realizada, preferencialmente, com a Pfizer ou, de maneira alternativa, Janssen ou Astrazeneca. O Programa Estadual de Imunizações (PEI-PE) está realizando levantamento junto aos municípios do Estado sobre a necessidade do envio de novas doses de acordo com a população a ser vacinada, estoques e capacidade de armazenamento de cada território. “Para as pessoas acima de 18 anos, os municípios já estão autorizados a partir de hoje a programar a vacinação, seja através das ferramentas de agendamento, seja nos postos de saúde, a depender obviamente dos estoques de cada um”. O Comitê ainda orientou que as cidades do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, que realizaram ampliações em suas campanhas de reforço (a partir dos 50 anos), devem manter suas estratégias visando à vacinação do público já agendado e garantir que este receba a proteção em tempo oportuno. CAMPANHA - Ainda na reunião de pactuação com os municípios, o secretário salientou a necessidade da realização de ações que envolvam o chamamento da população para finalização de seus esquemas vacinais. “Pernambuco vai participar ativamente da Campanha de Mega Vacinação, que foi anunciada ontem pelo Ministério da Saúde, com foco nas 600 mil pessoas que hoje estão com a segunda dose atrasada, e também na intensificação da dose de reforço. Essa Campanha vai acontecer de 20 a 26 de novembro e todos os municípios estarão mobilizados para garantir a oferta da segunda dose, especialmente para quem está com a dose em atraso, e para dose de reforço. Temos que atacar os bolsões de não vacinados com segunda dose antes do nosso período de sazonalidade, previsto para os primeiros meses de 2022. É o momento de mobilizar as Unidades de Saúde da Família e agentes comunitários para ir em busca dessas pessoas”, finalizou André Longo.

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Para não morrer na praia

Felizmente a observação dos números da pandemia no Brasil parece indicar que, na disputa entre as vacinas e as variantes, as vacinas estão levando vantagem, inclusive sobre a temida variante Delta. Se for isto mesmo, trata-se de uma notável vitória da ciência (no desenvolvimento de vacinas eficazes em tempo recorde) e da capacidade instalada de décadas do SUS na administração vacinal. Tudo isso, com uma característica notável demonstrada pela população brasileira que é a determinação de se vacinar. As pesquisas mais recentes dão conta de que mais de 94% da população afirma que tomou ou tomará a vacina contra o novo coronavírus. Muito diferente, por exemplo, do que acontece nos EUA onde as pesquisas dão conta de que cerca de 40% dos norte-americanos dizem que não vão se vacinar de jeito nenhum. Resultado: lá a epidemia está grassando na parcela dos não imunizados. Mais de 90% das internações e óbitos são de não vacinados. Na predominância do bem-vindo cenário de controle, há um risco de considerarmos que o perigo passou e, como se diz popularmente, muita gente querer “meter o pé na jaca”. Ou seja, fazer de conta de que o perigo desapareceu e relaxar, antes do tempo, as medidas preventivas. Embora seja uma atitude esperada da natureza humana e até previsível diante do tanto de provação e sofrimento que todos nós passamos, ela traz associada o risco de abrir espaço para novas artimanhas de um vírus que já se mostrou suficientemente traiçoeiro para ser subestimado. A imagem que me vem à cabeça e a do náufrago que dispendeu enorme esforço para chegar na praia e, assim que a avista, relaxa e se afoga antes de pisar em terra firme. Diante da feliz possibilidade de estarmos chegando ao fim do terrível estorvo da epidemia, cabe a nós não baixar a guarda de jeito nenhum, mesmo quando vacinados até três vezes, já que está provado que vacinados podem se contaminar também, ainda que com reduzidas chances de desenvolvimento das formas mais graves da doença. Máscaras são incômodas, sim! Distanciamento é desagradável, sim! Aglomerar com pessoas queridas ou até mesmo em eventos coletivos é bom, sim! Todavia, como o seguro morreu de velho, o mais indicado e sensato é concentrar a mente e os esforços necessários para chegar são e salvo na areia e ficar longe das ondas assassinas. Com mais um pouco de sorte e cuidado breve estaremos em segurança sanitária real. Até lá, é manter toda a atenção para não morrer na beira da praia.

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Cientistas aproveitam o pequi como anti-inflamatório e protetor solar

Da Agência Brasil Muitos cosméticos são produzidos a partir de matérias-primas naturais, que estão disponíveis a baixo custo e sem agredir o meio ambiente. E ainda ajudam a movimentar a economia e ajudar pequenos produtores. É o caso do pequi, muito utilizado na culinária no cerrado brasileiro, principalmente pela população de Goiás. Além da alimentação, o óleo de pequi, extraído da polpa e da amêndoa do fruto, já é utilizado na indústria farmacêutica e de cosméticos. Mas, o que sobra do pequi após esse processo, equivalente a 90% do fruto, geralmente é descartado, gerando um desperdício de centenas de toneladas por ano. Isso, no entanto, pode mudar. Pesquisadores da unidade de Assis da Universidade Estadual Paulista (Unesp), encontraram uma forma criativa, sustentável e barata de aproveitar essa matéria-prima natural. Em estudos que começaram em 2016, os cientistas desenvolveram dois novos produtos a partir dos resíduos da fruta: um creme anti-inflamatório e um protetor solar com propriedades antioxidantes, capazes de retardar o envelhecimento da pele. A professora da Unesp em Assis, Lucinéia dos Santos, cita as vantagens dessa descoberta e destaca benefícios que o aproveitamento das sobras do pequi vai proporcionar. Segundo ela, além dos benefícios no campo da cosmética, a economia social das famílias que dependem do fruto também pode melhorar com o aproveitamento desse material de forma sustentável. Ainda segundo a pesquisadora, os produtos desenvolvidos com o resíduo do fruto apresentaram resultados promissores em testes farmacológicos. As novidades já foram patenteadas pela Agência Unesp de Inovação e aguardam aprovação da Anvisa para serem comercializadas.

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Recife amplia público da dose de reforço da vacina e reduz intervalo de aplicação

A partir de hoje (10), a Prefeitura do Recife passa a aplicar a dose de reforço da vacina anticovid em pessoas com 50 anos ou mais. Além disso, a gestão municipal também reduz o intervalo da dose complementar para quatro meses (120 dias) após a conclusão do esquema vacinal. Com isso, 124.769 pessoas estão aptas a receber o imunizante na capital. O intervalo para os imunossuprimidos continua sendo de 28 dias após a segunda dose. O agendamento para receber a dose complementar já pode ser feito por meio do Conecta Recife. A decisão de redução do intervalo de 180 para 120 dias foi apresentada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), na última segunda-feira (8), após avaliação do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e pactuação junto aos municípios pernambucanos. Os trabalhadores da saúde também estão contemplados com esta mudança. “A gente segue avançando na vacinação e hoje com abertura de novo grupo para dose de reforço: as pessoas de 50 anos ou mais. A gente também vai fazer uma alteração no tempo necessário para a dose de reforço. Anteriormente era de seis meses, depois da segunda dose, e agora passa a ser de quatro meses, após a segunda dose”, anunciou o prefeito João Campos. “Enquanto durar o estoque, também vamos reduzir o tempo da segunda dose da vacinação com a Astrazeneca, que era de 90 dias e passa a ser de 60 dias. Agora eu queria pedir a você que conhece ou sabe de alguém que ainda não se vacinou, lembra essa pessoa que é fundamental se vacinar. A gente só vai vencer a pandemia vacinando todo mundo. Os nossos centros estão prontos para receber, é só agendar no Conecta Recife. E quem se enquadra em algum desses grupos pode tomar já a segunda dose, dose de reforço e também lembrar que já está aberta para toda população adulta, ou com 12 anos ou mais, a vacinação para a primeira dose”, acrescentou. Da mesma forma como é feita nas doses anteriores, é necessário realizar agendamento no site (http://conectarecife.recife.pe.gov.br) ou aplicativo do Conecta Recife. No dia escolhido para a vacinação, é preciso apresentar documento de identificação, além de um comprovante de que já completou o ciclo vacinal, para agilizar o atendimento. Serão aceitos tanto o cartão de vacinação como o Certificado Digital de Vacinação, disponível no Conecta Recife. Conforme orientação do Ministério da Saúde, a dose de reforço será feita, preferencialmente, com o imunizante da Pfizer, independentemente da vacina aplicada na primeira e segunda doses. A combinação das vacinas é recomendada pelo órgão federal após estudos, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), comprovarem que a resposta imunológica contra a covid-19 não é comprometida pela intercambialidade dos imunizantes. A aplicação da dose de reforço, no Recife, teve início no dia 9 de setembro com a vacinação dos idosos com 60 anos ou mais que vivem em Instituições de Longa Permanência. Desde então, 129.135 pessoas já foram vacinadas com dose complementar. A Prefeitura do Recife disponibiliza 26 locais de vacinação, que funcionam de domingo a domingo, das 7h30 às 18h30. Desse total, 12 funcionam com salas de vacinação e 14 no esquema drive-thru. ASTRAZENECA - Como forma de acelerar o processo de vacinação contra a covid-19 na cidade, a Prefeitura do Recife voltou a antecipar o prazo de aplicação da segunda dose do imunizante da Astrazeneca/Fiocruz. Com isso, a partir desta quarta-feira (10), os moradores do Recife que já tiverem tomado a primeira dose dessa vacina há, pelo menos, 60 dias terão a possibilidade de completar o seu esquema vacinal em um período mais curto. Na capital pernambucana, aproximadamente 30.458 pessoas já estão aptas a receber a dose nesse prazo. De acordo com a Fiocruz, que produz a vacina Astrazeneca no Brasil, a segunda dose do imunizante pode ser administrada em um intervalo de quatro a 12 semanas (entre 30 e 90 dias) após a primeira dose. Sendo assim, a antecipação da dose de reforço para 60 dias não compromete a eficácia da vacina. É importante salientar que essa antecipação está condicionada à disponibilidade do imunizante no estoque da Prefeitura. Quem estiver apto a receber a segunda dose do imunizante a partir dos 60 dias, no Recife, receberá uma mensagem de texto ou e-mail com alerta para agendar a dose pelo site ou aplicativo do Conecta Recife. O agendamento já estará aberto 21 dias antes da data que marca os sessenta dias da aplicação da primeira dose, permitindo que os munícipes possam escolher datas e locais com antecedência e tranquilidade.

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