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Estudo defende a inclusão de pacientes oncológicos nos grupos prioritários da vacinação

Logo após o anúncio do Ministério da Saúde confirmando o plano de imunização nacional contra a Covid-19, uma questão se coloca entre os pacientes oncológicos do Brasil: afinal, quem tem câncer deve ser priorizado entre os grupos que irão receber as primeiras doses da vacina? Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o país conta com mais de 1,5 milhão de pessoas que dependem de tratamento oncológico, número que tende a aumentar de acordo com a previsão do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de novos 625 mil novos diagnósticos para 2021. Segundo o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, de maneira geral, o novo coronavírus não tem um impacto diferenciado em pessoas com câncer sem outras comorbidades. “Todavia, as sequelas que a contaminação pelo vírus pode trazer a esse público implicam não apenas no andamento das condutas de combate ao tumor maligno durante o período de controle da infecção pelo vírus, como pode gerar um comprometimento severo à saúde de pacientes imunossuprimidos - categoria na qual se enquadra uma parcela considerável das pessoas em tratamento ativo contra o câncer”, diz. O médico destaca ainda que com o avanço no conhecimento sobre o novo coronavírus, fatores determinantes para as chances de mortalidade entre a população em geral se tornaram mais claros, mas há limitações no acesso a dados específicos sobre pacientes oncológicos. Levando isso em conta, um time de especialistas do Grupo Oncoclínicas realizou uma pesquisa detalhada sobre o prognóstico dessa parcela de brasileiros que contraíram a COVID-19, com base na análise de informações obtidas nos primeiros meses da pandemia no Brasil, entre final de março e início de julho de 2020. Os resultados, publicados pelo periódico científico Journal of Clinical Oncology (JCO)*, apontam, entre outros fatores, que idade, hábitos de vida pouco saudáveis - especialmente o tabagismo - , estadiamento do câncer e a linha terapêutica de controle do tumor adotada foram prioritariamente determinantes para o desfecho dos pacientes oncológicos que apresentaram sintomas do vírus. “Em linhas gerais, dos 198 participantes avaliados, provenientes de quatro regiões do país - Sul, Sudeste, Nordeste e Centro Oeste - o pior prognóstico em decorrência da Covid-19 esteve associado ao câncer ativo, progressivo ou metastático em comparação àqueles que demonstram um câncer estável ou bem controlado, por exemplo. Além disso, pacientes com leucemia e outros tumores hematológicos se mostram mais suscetíveis à infecção pelo coronavírus, enquanto os que possuem câncer de pulmão têm um grave aumento no risco de morte. A faixa etária mais avançada e o histórico de consumo de cigarros também figuraram como complicadores em pacientes oncológicos acometidos pelo novo vírus”, explica Bruno Ferrari, primeiro autor do estudo. “Sabe-se que o tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão em todo o mundo. Em 79% dos casos dessa neoplasia, as pessoas são fumantes, ou ex-fumantes, por isso, precisamos ter um cuidado especial com pacientes oncológicos que estão em tratamento de câncer de pulmão”, explica Felipe Marinho, oncologista da Multihemo Oncoclínicas. Dados reforçam defesa de vacinação prioritária em casos de câncer Dos pesquisados, 167 (84%) tinham tumores sólidos e 31 (16%) neoplasias hematológicas. A maioria dos pacientes estava em terapia sistêmica ativa ou radioterapia (77%), principalmente no ambiente não curativo (64%). A mortalidade geral foi de 16,7% - seis vezes mais alta na comparação com o índice global de letalidade pelo novo vírus, que está em 2,4%. Em modelos univariados, os fatores associados à morte após o diagnóstico de COVID-19 foram tratamento em um ambiente não curativo, idade superior a 60 anos, tabagismo atual ou anterior, comorbidades coexistentes e câncer do trato respiratório. A constatação reforça a percepção de outros estudos realizados pela comunidade científica ao redor do mundo, entre eles uma análise recente feita por membros da Sociedade Alemã de Hematologia e Oncologia (DGHO) a partir de informações de pessoas com perfis de origem de diversos países. Para Bruno Ferrari, tais dados podem contribuir para a defesa por um programa de imunização prioritário dedicado a pacientes oncológicos. “A análise endossa as recomendações para termos ações que contribuam para minimizar os riscos de infecção pelo chamado SARS-CoV-2 entre o grupo de pacientes com câncer”, afirma. Respostas mais concretas sobre a segurança da vacinação contra o coronavírus para esta parcela da população dependem ainda de estudos específicos. Mas levando em conta a experiência na aplicação de outros imunizantes, a contra-indicação para pacientes oncológicos que estejam com a imunidade comprometida se refere ao uso de vacinas produzidas a partir de vírus vivo. “Já imunizantes produzidos com vírus inativado ou fragmentado, como a da gripe, são inclusive recomendados para pacientes oncológicos. A imunização é aliada valiosa que ajuda a salvar muitas vidas”, ressalta o especialista. Entre as vacinas desenvolvidas para a COVID-19 há opções com vírus inativados e também fragmentados, que podem ser consideradas como opção viável para pessoas com câncer. “Estamos aguardando os detalhes sobre a quantidade de vacinas a serem liberadas em cada fase. As informações ainda são pouco claras no momento para analisarmos as possibilidades. Mas o que podemos adiantar é que defendemos uma separação entre os grupos de risco que beneficie os pacientes oncológicos, para que estes tenham um tratamento mais favorável contra o câncer, que por si só já demanda muito deles. Uma infecção mais grave é um exemplo do que pode vir a ocorrer com uma pessoa em tratamento de câncer que contraia o novo coronavírus e esse é um risco que pode ser evitado”, defende Bruno Ferrari. De toda forma, o fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas lembra: mesmo que haja priorização no calendário de vacinação para pacientes com câncer, até a publicação de dados consistentes de vacinação nesta parcela da população, caberá à equipe assistencial responsável pela linha de cuidado avaliar o risco de contágio, tipo de tratamento e grau de imunossupressão no momento de orientar cada indivíduo sobre tomar ou não o imunizante. Segundo artigo publicado em janeiro na revista Blood Cancer Discovery, ainda serão necessários estudos detalhados de vacinação em

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Pernambuco já vacinou 92% dos idosos a partir dos 85 anos

Do Governo de Pernambuco Vinte dias após iniciar a imunização dos pernambucanos a partir dos 85 anos de idade, em todos os municípios, o Estado alcançou, nesta segunda-feira (15/02), a marca de 69.098 idosos dessa faixa etária que já foram vacinados com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O número corresponde a 92% do total dessa população em Pernambuco (75.159 pessoas). A imunização deste público ocorreu após a chegada, no último dia 26 de janeiro, das 84 mil doses da vacina da farmacêutica AstraZeneca e da Universidade de Oxford, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e produzidas pelo Instituto Serum, na Índia. A orientação do Ministério da Saúde (MS) foi utilizar todo o quantitativo relativo à primeira dosagem deste insumo, já que a recomendação é um intervalo de 3 meses entre primeira e segunda dose desta vacina. A estratégia de distribuição e de uso das doses foi pactuada com o Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19 e Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que garantiu às gestões municipais o recebimento, de forma equânime, do quantitativo para a aplicação neste público em cada uma das cidades. BALANÇO VACINAÇÃO - Pernambuco já aplicou 264.238 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 227.385 foram primeiras doses. Além dos quase 70 mil idosos acima dos 85 anos, também foram feitas a primeira dose em 128.476 trabalhadores de saúde, o que corresponde a 72,8% dos 176.457 contemplados com o quantitativo recebido até o momento. Além disso, já foram imunizados com a primeira dose 23.617 (88,3%)indígenas aldeados; 5.469 (222%) idosos em Instituições de Longa Permanência; e 725 (557,6%) pessoas com deficiência institucionalizadas. A distribuição das vacinas aos Estados é feita de forma proporcional levando em consideração o Censo do IBGE de 2010 e a Campanha de Imunização contra a Influenza de 2020. Em relação à segunda dose, já foram beneficiados 24.064 trabalhadores de saúde; 10.643 povos indígenas aldeados; 2.050 idosos institucionalizados e 96 pessoas com deficiência institucionalizadas; totalizando 36.853 pessoas que já finalizaram o esquema.

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Pioneiro na vacinação: como está a campanha no Reino Unido?

O mundo parou no dia 8 de dezembro para assistir a primeira pessoa a ser vacinada no mundo, a idosa Margaret Keenan, no Reino Unido. Além do pioneirismo, a terra da rainha tem uma série de outras contribuições no combate à pandemia. Até o fechamento desta reportagem, o País já havia ultrapassado a marca do 23% de imunizados, ficando atrás apenas de Israel e dos Emirados Árabes e de nações pequenas como Gibraltar, Seychelles e Ilhas Apesar de sair na frente da vacinação, o Reino Unido é também o País europeu que registrou mais mortes por Covid-19, ultrapassando 115 mil óbitos. "Estamos avançando em nossa meta de oferecer a primeira dose da vacina para todas as pessoas de nossos grupos prioritários até meados de fevereiro. De acordo com as recomendações do nosso Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em Inglês), esses grupos incluem idosos vivendo em instituições de longa permanência e funcionários, pessoas com mais de 80 anos e profissionais de saúde. Depois disso, vacinaremos a população em ordem de idade e condições de risco, incluindo as pessoas em situação clínica extremamente vulnerável", explicou o cônsul britânico Graham Tiday. . . Mais de 15,6 milhões de pessoas já receberam a vacina no Reino Unido. O número absoluto já é aproximadamente uma vez e meia a população total de Pernambuco. Pelo menos meio milhão já recebeu a segunda dose dos imunizantes. Desde o início do ano, a média de novos casos vem numa queda, conforme o gráfico abaixo. Estão em uso no Reino Unido no momento a vacina de Oxford-Astrazeneca e a vacina da Pfizer-BioNTech.   O empresário pernambucano Luiz Cláudio Guimarães, 50 anos, mora em Londres e vive a expectativa de ser vacinado. Ele chegou em solo inglês para fazer mestrado, mas decidiu permanecer no País. Pelo cronograma do País, que tem dividido a população de acordo com a vulnerabilidade à Covid-19, ele tem a previsão de ser vacinado em março. “A campanha está muito bem estruturada, com operação de logística de distribuição exemplar. A comunicação é precisa e diária quanto a evolução da vacinação. O Sistema Público de Saúde envia carta pelo correio e com a carta fazemos o agendamento no sistema online e depois é só ir a um dos mais de 1000 locais de vacinação”. Luiz Cláudio explica que o País acelerou a vacinação, imunizando uma média de 500 mil pessoas por dia. Atualmente pessoas acima des 65 anos estão recebendo as vacinas. Além da vacinação, o País agiu em outras frentes para conter o coronavírus, como a manutenção de um lockdown para conter a nova e mais contagiosa variante do vírus. "No momento, a quarentena está sendo seguida em todo o país. As pessoas só devem sair de casa para situações indispensáveis, como comprar itens de necessidades básicas, trabalhar (quando o trabalho remoto não for possível), e buscar tratamento médico", conta o cônsul. Para quem deseja furar o isolamento em festas clandestinas, por exemplo, o governo impôs recentemente multas que podem chegar a R$ 47 mil. Para garantir os lockdowns, o governo inglês criou programas robustos de suporte financeiro eficientes tanto para os trabalhadores, como para as empresas. Para se ter ideia do tombo econômico do País, o PIB do Reino Unido encolheu 9,9% em 2020. A expectativa de uma retomada maior da economia, segundo o empreendedor pernambucano, é apenas a partir do segundo semestre. Para além do seu enfrentamento do vírus, o Reino Unido tem colaborado com o financiamento do programa global de imunização. "O Reino Unido é um dos maiores financiadores da iniciativa COVAX, um consórcio internacional para permitir acesso às vacinas para os países de baixa e média renda. Já contribuímos com £548 milhões para garantir o fornecimento de 1 bilhão de doses das vacinas para 92 países ainda neste ano. Além disso, ajudamos a arrecadar quase US$1 bilhão através da mobilização de outros doadores internacionais", afirmou Graham Tiday. . . O país que é uma das referências também em testagem e monitoramento da pandemia foi o primeiro a identificar uma variante do novo coronavírus. Além da vacinação e do lockdown, no País estão em testes científicos alguns fármacos para reduzir a mortalidade em pacientes mais graves. Um estudo clínico realizado na terra da rainha apontou, por exemplo que o tocilizumabe, uma medicação usada para artrite, reduziu em 4% a taxa de morte de pacientes graves. Quando esse medicamento foi utilizado junto com o dexametasona, o índice de óbitos foi reduzida em 50% das pessoas com infecções mais avançadas de Covid-19. . . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com  

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Volta às aulas exige cuidados oftalmológicos

Aulas à distância por videochamada, presenciais ou híbridas, alternando os formatos. Com a pandemia da COVID-19 e o consequente distanciamento social, estudantes e escolas tiveram – e ainda estão tendo – que se adaptar a novas formas de ensino. O que não muda é a importância do check-up oftalmológico, especialmente nesta volta às aulas, diferente dos anos anteriores. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que até 10% dos brasileiros de 7 a 10 anos precisam usar óculos. De acordo com o Ministério da Saúde, 30% das crianças em idade escolar no Brasil apresentam problemas de visão, que, quando não diagnosticados, afetam o aprendizado e podem até ser causa de evasão escolar. Esses dados demonstram a necessidade do check-up oftalmológico antes da volta às aulas. “A importância da consulta oftalmológica é que seja realmente averiguado se a criança apresenta algum tipo de grau, para que ela não retome a escola com alguma deficiência que possa acarretar no baixo desempenho escolar dela. Então antes mesmo dela apresentar os sintomas, é importante analisar se durante esse período de pandemia ela adquiriu algum tipo de grau”, foi o que destacou a oftalmologista do Oftalmax Hospital de Olhos, empresa do Grupo Opty, Anamaria Coutinho. Até mesmo antes da pandemia, sempre foi recomendado realizar a consulta oftalmológica de rotina, pois é essencial para qualquer pessoa. É através da consulta que é possível diagnosticar e tratar precocemente problemas ou distúrbios da visão que possam vir afetar diretamente o desempenho escolar, se tratando de crianças e adolescentes. Confira, abaixo, algumas orientações da oftalmologista do Oftalmax Hospital de Olhos, empresa do Grupo Opty. A consulta oftalmológica é uma medida preventiva importante, mas alguns sintomas podem indicar a presença de alterações na visão. Quais são eles? Dra. Anamaria Coutinho: A consulta oftalmológica deve ser feita anualmente, pois os olhos das crianças sofrem alterações anatômicas, ele ainda está crescendo. Em um ano pode não existir a necessidade de usar grau algum, e no outro já apresentar algum quadro, por isso recomendamos um retorno anual, mesmo que o exame anterior tenha sido normal. Os sintomas mais comuns são a baixa visão, tanto para longe como para perto, dores de cabeça e sensibilidade à luz. Além disso, existem casos em que é apenas apresentado o desinteresse por algumas atividades, e até mesmo o baixo desempenho escolar, podendo esses serem os únicos sinais de acometimento visual. Muitas crianças, assim como jovens e adultos, têm passado vasto tempo em frente às telas e dentro de casa durante esses meses de pandemia. Agora, no curto ou médio prazo, devem voltar gradualmente às aulas presenciais. É possível que sintam desconforto nesse retorno, depois de passarem tanto tempo exigindo muito mais da visão de perto? Como minimizar essa transição? Dra. Anamaria Coutinho: Sim. A primeira orientação é não usar os eletrônicos muito de perto, o ideal é usar com uma distância de ao menos 35 cm. O uso correto seria de no máximo 2h às 3h de eletrônicos por dia, mas como sabemos que no período atual, com as aulas remotas, isso muda o tempo de uso, por isso é ideal que seja feito uma pausa de ao menos 20 minutos, a cada 2h, para causar menor desconforto. Estudos apontam aumento de miopia em crianças que passam muito tempo em frente às telas. Com base nos atendimentos no consultório é possível dizer que a pandemia pode ter agravado essa condição? Dra. Anamaria Coutinho: Esse aumento da incidência de miopia já é perceptível há alguns anos e é possível notar também o aumento rápido e progressivo do grau entre as crianças. Acredita-se que esses fatores sejam decorrentes do estilo de vida com uso excessivo da visão de perto e pode ter sido potencializado durante o período da pandemia. Atendi vários casos de crianças com miopia e que não se queixavam aos pais porque não estavam dentro de uma sala de aula, por exemplo, vendo um quadro. Elas estavam no computador, e a miopia não dá dificuldade para perto, então elas não se queixavam, pois não estavam testando tanto a visão de longe. É muito importante o exame depois desse ano tão atípico, e antes de retornar às aulas.

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Anvisa vai vistoriar fábricas das vacinas Covaxin e Sputnik V em março

Da Agência Brasil As fábricas de duas vacinas contra o novo coronavírus serão inspecionadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de março. O órgão anunciou que vai vistoriar as instalações de produção da Coxavin, desenvolvida por um laboratório indiano, e da Sputnik V, criada na Rússia, mas em fabricação no Brasil. Nenhum dos dois imunizantes tem pedido para uso emergencial ou aplicação em massa no país. No entanto, a inspeção das fábricas antes do pedido formal acelera o processo de análise e de aprovação para a aplicação no Brasil. Em relação à Coxavin, a Anvisa anunciou que a inspeção será feita entre 1 e 5 de março na instalação da Precisa Farmacêutica, representante do laboratório indiano Bharat Biotech no país. A vistoria na fábrica da União Química, parceira brasileira do Instituto Gamaleya, da Rússia, está marcada para 8 a 12 de março. A fábrica da União Química fica em Guarulhos (SP). Caso as fábricas estejam de acordo com os padrões da Anvisa, receberão o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF). No último dia 8, a Pfizer/Biontech, pediu o CBPF para três locais de fabricação. O laboratório tem outras quatro fábricas certificadas pela Anvisa. Atualmente, além da Pfizer, os produtores de três vacinas – AstraZeneca, Janssen e CoronaVac – têm fábricas aprovadas pela Anvisa. No entanto, somente as vacinas da AstraZeneca e CoronaVac estão com o uso emergencial liberado pelo órgão. Entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, os produtores da AstraZeneca e da vacina da Pfizer pediram o registro definitivo à agência.

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Pernambuco confirma nova variante da Covid-19 em 2 pacientes do Amazonas

Do Governo de Pernambuco Dois pacientes do Amazonas que vieram para Pernambuco dar continuidade no tratamento da Covid-19 tiveram confirmação laboratorial para a variante P1 do novo coronavírus. O sequenciamento genético foi feito no Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) e o resultado foi informado à Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) na tarde desta quinta-feira (11/02). Ambos eram do sexo masculino e estavam na faixa etária dos 50 anos. Um deles veio a óbito no Hospital das Clínicas (HC) em janeiro. Já o outro também foi internado inicialmente no HC e, após agravamento do caso, transferido para o Hospital de Referência à Covid-19 (antigo Alfa), onde veio a falecer neste mês de fevereiro. VEJA TAMBÉM Confira os 10 países que mais vacinaram no mundo Ao todo, até o momento, a Fiocruz PE analisou 44 amostras biológicas que tinham confirmação para o novo coronavírus. Desse total, 4 eram de pacientes do Amazonas (2 com a nova variante e 2 não). Outras 36, todas negativas, foram escolhidas de forma aleatória e contemplam pernambucanos de todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), inclusive do arquipélago de Fernando de Noronha. Em outras 4, também de pernambucanos, não foi possível realizar o trabalho devido às condições das amostras. A descoberta foi feita no laboratório de nível de biossegurança nível 3 da Fiocruz PE e na central de sequenciamento. O processo para preparo das amostras, extração do RNA e posterior sequenciamento e análise dos dados leva, em média, duas semanas. "Nós conseguimos identificar duas variantes P1, que são aquelas que estão sendo relatada em Manaus e que é considerada uma variante de preocupação. Mas, nas amostras aqui do Estado, não encontramos", ratifica a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviços de Referência da Fiocruz PE, Constância Ayres. Nos últimos dias, outros Estados nordestinos, como Paraíba e Bahia, já confirmaram a identificação dessa nova linhagem. Apesar do achado atual envolver pacientes do Amazonas, Constância Ayres reforça a possibilidade de circulação da variante P1 em território pernambucano. "Pode acontecer dessa variante ser introduzida aqui em Pernambuco. Não significa que vamos ter um aumento de casos. Pode ser que sim, mas ainda não está comprovado laboratorialmente que essa variante tem uma transmissibilidade maior. Há indícios que sim, mas laboratorialmente isso ainda não foi comprovado. A população deve manter os mesmos cuidados: o uso de máscara, a etiqueta respiratória, o distanciamento social e o isolamento em caso de pessoas positivas", diz. "Além das ações coordenadas entre as secretarias estaduais e o Ministério da Saúde, para encaminhamento dos pacientes do Amazonas para as mais diversas regiões brasileiras, também sabemos de pessoas que foram buscar assistência em outros locais de forma espontânea. Essa circulação, de forma indiscriminada, leva a crer que já temos o novo vírus em diversas localidades. Esse é mais um alerta para que todos continuemos tomando todas as precauções de higiene e mantendo o distanciamento para evitar adoecimentos, independente de qual seja a variante da infecção. As medidas de prevenção são as mesmas e devem ser intensificadas pela população", lembra o secretário estadual de Saúde, André Longo. Já a secretária executiva de Vigilância em Saúde da SES-PE, Patrícia Ismael, destaca o trabalho de monitoramento que vem sendo realizado com todos os pacientes do Amazonas. "Os hospitais que receberam esses pacientes vindos de Manaus fizeram o isolamento deles durante todo o tratamento. A SES-PE, junto ao município do Recife, monitorou, também, os profissionais e trabalhadores da saúde que estavam juntos a esses pacientes e também não foi detectada nenhuma contaminação posterior", destaca. A secretária também lembra que o translado dos corpos dos pacientes que vieram a óbito, feito pelo Governo do Amazonas, seguiu todas as medidas de segurança.

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Prefeitura do Recife amplia vacinação para idosos com 80 anos ou mais

Da Prefeitura do Recife A Prefeitura do Recife dá continuidade ao Plano Recife Vacina e amplia o grupo de vacinação contra o novo coronavírus para os idosos da população em geral, a partir dos 80 anos. Para receber as doses, as pessoas dessa faixa etária também deverão realizar o cadastro, no Conecta Recife, para agendar dia, hora e local. “Teremos uma expansão no nosso Plano Recife Vacina. A partir desta sexta-feira, todos os idosos com 80 anos ou mais poderão ser vacinados. O agendamento começará amanhã (quinta) à noite no site ou aplicativo do Conecta Recife, e a partir da própria sexta-feira poderão ser vacinados em um dos nove centros de vacinação ou um dos cinco drive-thrus da nossa cidade”, explicou o prefeito João Campos. LEIA TAMBÉM Confira os 10 países que mais vacinaram no mundo Os idosos precisam realizar o agendamento através do Conecta Recife – www.conectarecife.recife.pe.gov.br ou app disponível nas lojas PlayStore, para Android; e AppStore, para dispositivos iOS. Se estiver dentro dessa faixa etária e for acamado, deverá marcar a opção disponível durante o cadastro. “Você que conhece alguma pessoa com 80 anos ou mais, ajude a fazer o cadastro, o agendamento e ir ao local de vacinação. Para quem está acamado, quando fizer o cadastro, pode informar e a Prefeitura vai enviar uma equipe até o local onde este idoso está para fazer a imunização. Eu tenho certeza que juntos vamos vencer a pandemia e o caminho efetivo para esta vitória é através da vacina”, disse o prefeito João Campos. O Plano Recife Vacina disponibiliza nove centros de vacinação distribuídos por várias regiões da cidade: Compaz Dom Helder Câmara, no Coque; Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo; Escola Nilo Pereira, em Casa Amarela; Compaz Miguel Arraes, na Caxangá; Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro; Escola Miguel Arraes de Alencar, na Estância; Ginásio Geraldão, na Imbiribeira; Escola Nadir Colaço, na Macaxeira; e UPA-E Fernando Figueira, no Ibura. A Secretaria de Saúde do Recife disponibiliza também cinco pontos de drive-thru, que funcionam no Parque da Macaxeira, Geraldão, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Estádio do Arruda e Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Todos os locais funcionam das 7h30 às 18h30, de domingo a domingo. Para os idosos entre 80 e 84 anos, contemplados nesta ampliação, serão disponibilizadas doses da CoronaVac(Butantan/Sinovac).

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Anvisa e Biotech discutem autorização para testes da Covaxin no Brasil

Da Agência Brasil A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu com representantes do laboratório indiano Bharat Biotech para definir pendências sobre o pedido de anuência de estudo clínico Fase 3 da vacina Covaxin no Brasil. O pedido ainda não foi feito e, durante o encontro, foi definido que ele só será formalizado pela empresa quando estiver com todos os dados necessários para a análise do pedido de estudo clínico. A Bharat Biotech reforçou o desejo de realizar a Fase 3 dos estudos da Covaxin no Brasil. A reunião serviu para o laboratório e a Anvisa trocarem informações sobre a documentação necessária para formalizar o pedido de estudo clínico no país. A agência fez o mesmo procedimento com os laboratórios responsáveis pelas duas vacinas já aprovadas no país, a Coronavac e a vacina de Oxford. As pesquisas clínicas envolvem testes em seres humanos. Os testes no Brasil, assim que aprovados, deverão ser feitos em parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Serão em torno de 3 mil voluntários testados em cinco centros de referência. A autorização da Anvisa é obrigatória para pesquisas de medicamentos e vacinas realizadas no Brasil e que tenham como foco o futuro registro no país. “Durante a reunião da segunda-feira, os especialistas da Agência apontaram quais documentos e informações precisam ser enviados e os ajustes necessários aos documentos já apresentados, com base na legislação sanitária brasileira”, disse a Anvisa em nota. Segundo o comunicado, a realização de estudos clínicos no país permite que a própria agência, assim como os pesquisadores brasileiros, acompanhem o desenvolvimento clínico.

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Unit-PE oferece atendimento gratuito para quem está com dificuldade respiratória

Quem teve covid-19 e ainda está com complicações respiratórias pode receber acompanhamento gratuito na unidade de saúde do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), integrante do Grupo Tiradentes. O atendimento é feito por alunos e professores do curso de Fisioterapia, por meio de avaliação, alongamentos e exercícios terapêuticos para auxiliar o paciente a restabelecer sua condição respiratória. Segundo a fisioterapeuta respiratória Jessica Karina Pereira de Lira, muitos pacientes que tiveram a doença ainda ficam com o sistema respiratório comprometido por um período. Outros apresentam debilidade muscular. Nesses casos, é importante o paciente contar com ajuda profissional para que a pessoa consiga ir voltando, aos poucos, a atividades do cotidiano. #Serviço: O serviço precisa ser agendado e é disponibilizado de segunda a sexta, no período da noite, das 18h45 às 21h. A Clínica de Fisioterapia está localizada na Rua General Polidoro, nº 80, Várzea, no Recife. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (81) 3878-5133.

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Recife ultrapassa a marca de 87% de idosos a partir de 85 anos vacinados

Da Prefeitura do Recife A Prefeitura do Recife já vacinou 40.381 pessoas contra a covid-19 desde janeiro, quando teve início a campanha de vacinação. Destes, 15.045 são idosos a partir dos 85 anos. O número representa 87,07% dos 17.146 cadastrados no Conecta Recife para a imunização. Ontem (9), o município aplicou 1.605 doses das vacinas em todos os grupos aptos e a partir desta quarta-feira (10), os trabalhadores da ativa com 60 anos ou mais, de qualquer setor da saúde e que atuem no município, com vínculo empregatício público, privado ou autônomo, poderão realizar o agendamento. Desde o início da campanha, no dia 19 de janeiro, o Recife já imunizou 19.708 trabalhadores de saúde da linha de frente da covid-19; 15.045 idosos a partir de 85 anos - sendo destes 942 acamados; 4.375 trabalhadores da Atenção Básica à Saúde; 839 pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas; 414 pessoas com deficiência severa maiores de 18 anos que vivem em residências inclusivas. Todos os recifenses imunizados com a primeira dose da Coronavac têm a garantia de receber a segunda, já que o município faz a reserva do imunizante para as pessoas que receberam. Para tomar a segunda dose, os profissionais de saúde terão de se cadastrar no Conecta Recife, agendar a imunização e se dirigir a um dos nove centros ou a um dos cinco pontos de drive-thru para receber a dose complementar. A recomendação do Comitê Técnico Estadual para acompanhamento da vacinação contra a Covid-19 é fazer a aplicação da segunda dose da Butantan/Sinovac entre o 21º e 28º dia depois da primeira. Luís André Silva é técnico em radiologia no Hospital Português e, diariamente, realiza exames em cerca de 60 pacientes internados com a covid-19 na unidade de saúde. Hoje, ele foi até o Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, para tomar a segunda dose da Coronavac. “No meu trabalho, eu acabo indo ao encontro do vírus, porque faço os exames em pacientes que estão internados com a doença. Por mais que a gente use todos os aparatos, ficamos apreensivos e, agora, eu tenho uma sensação de alívio. Estava na ansiedade para tomar a segunda dose e neste momento eu estou me sentindo mais confiante, mas também sei que tenho que continuar tomando todos os cuidados de antes”, afirma. Os trabalhadores devem realizar o agendamento através do Conecta Recife – www.conectarecife.recife.pe.gov.br ou app disponível nas lojas PlayStore, para Android; e AppStore, para dispositivos iOS. Além da marcação, eles terão de apresentar, no dia da vacinação, o comprovante de que tomou a primeira dose. Já os idosos que vivem nas Instituições de Longa Permanência, as pessoas a partir de 18 anos com deficiência severa que moram em residências inclusivas e os trabalhadores desses locais, não precisarão realizar agendamento. Como aconteceu na aplicação da primeira dose, essas pessoas vão receber a visita de equipes volantes da Secretaria de Saúde que vão administrar a segunda dose do imunizante. TRABALHADORES DA SAÚDE A PARTIR DE 60 ANOS - A partir desta quarta-feira (10), os trabalhadores da ativa com 60 anos ou mais, de qualquer setor da saúde e que atuem no município com vínculo empregatício público ou privado, poderão realizar o agendamento para serem vacinados. Também poderá fazer o agendamento trabalhadores autônomos, que precisam anexar o número do Conselho e assinar uma auto declaração no momento de se vacinar. Essa ampliação vai acontecer de acordo com a faixa etária desses profissionais, e não por setores, como estava sendo feito. Para as profissões que possuem conselho, basta apresentar a carteira funcional. Já os trabalhadores cuja categoria não seja regulamentada por conselho terão de apresentar a declaração. O Recife recebeu, até o momento, 128.080 doses de vacina, enviadas pelo Ministério da Saúde. Das 111.560 recebidas da CoronaVac (Butantan/Sinovac), 34.020 chegaram neste fim de semana. A capital pernambucana também recebeu outras 16.520 da Oxford/AstraZeneca.

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