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40% homens que bebem refrigerante podem ter câncer

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INC), o tumor na próstata é o segundo mais comum entre o público masculino, com taxa de mortalidade ainda alta. Embora os motivos da aparição do tumor ainda sejam estudados pela classe médica, alguns comportamentos devem ser considerados importantes e evitados, como por exemplo os descuidos na alimentação. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que de cada 100 casos de câncer no Brasil, 13 estão associados ao sobrepeso e obesidade. “Determinados alimentos podem ajudar a proteger o organismo já existem outros que podem potencializar o aparecimento de tumores”, afirma Dra. Luanna Caramalac De acordo com a Dra Luanna Caramalac, ter uma dieta balanceada pode ser uma grande aliada para a prevenção do câncer de próstata. “Alguns estudos mostram que as gorduras boas, encontradas por exemplo no azeite de oliva, sementes de girassol e chia e até no abacate, exercem efeito benéfico quando consumidos em um contexto alimentar saudável,” explica a nutricionista. No caso do Salmão e da sardinha, que são ricos em ômega-3, possuem potente ação anti-inflamatória, também são recomendados para a prevenção. “Para enriquecer ainda mais a dieta, é válido se alimentar com vegetais verde-escuros, como brócolis e couve-flor, por serem fontes de indol-3-carbinol, e atuarem, igualmente, de forma positiva, assim como o alho e a cebola, por possuírem ácidos sulfurados que evitam os danos celulares, " alerta Caramalac. Muitos alimentos contêm funções protetoras das células, como fitoesteróis, vitaminas C e E e betacaroteno, “Esses nutrientes não são consumidos isoladamente, ou seja, é a combinação deles que proporciona os benefícios que os alimentos podem oferecer para quem os consomem”, completa a Dra. Luanna Caramalac Um estudo divulgado no American Journal of Clinical Nutrition, apontou que beber refrigerante diariamente pode favorecer o surgimento de tipos agressivos de câncer de próstata. Os resultados mostraram um aumento de 40% no risco de desenvolver a doença entre homens que bebiam 330 mililitros de refrigerante por dia, o que equivale a quase uma latinha. Segundo a Dra. Luanna Caramalac, da mesma forma que é preciso investir em uma alimentação adequada, também é importante reduzir o consumo de alimentos ultra processados, como exemplo, refrigerantes, sorvetes, salsichas, comidas congeladas. “Esses produtos passam por um maior processo industrial possuem componentes químicos que aumentam o risco de diversas doenças, inclusive o câncer,” finaliza. Conheça 3 grupos alimentares que auxiliam na prevenção do Câncer de Próstata: 1– Oleaginosas Nozes, amêndoas, amendoins, castanhas são alguns dos representantes deste grupo alimentar rico em selênio. Esse sal mineral é antioxidante e ajuda na renovação das células. Além disso, a vitamina E presente nas oleaginosas é responsável pela melhora do funcionamento do sistema imunológico. 2 – Brócolis e Couve-flor Por serem fontes de indol-3-carbinol, e atuarem, igualmente, de forma positiva na prevenção. 3– Romã Recentemente, descobriu-se que substâncias ativas no suco de romã (como a pomegranate), possui ação antioxidante, têm impacto na adesão e na migração de células cancerosas no câncer de próstata.

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Hope disponibiliza teste que avalia rinite alérgica

O Hospital de Olhos de Pernambuco, HOPE, passa a disponibilizar o Teste Cutâneo Alérgico, Prick-test, método seguro que auxilia no diagnóstico da Rinite Alérgica. O teste, que consiste na detecção de alérgenos que o indivíduo é sensível, é realizado na região volar do antebraço, o resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. O procedimento alerta para o acompanhamento dos sintomas da rinite, que variam em nariz entupido, nariz e garganta coçando, coriza, baixa sensibilidade olfativa, olhos lacrimejantes. "Saber quais são os desencadeadores do processo alérgico facilita muito o controle ambiental, fundamental para o tratamento adequado da alergia respiratória, bem como na indicação de Imunoterapia (vacina)", afirma a médica otorrinolaringologista do HOPE, Dra Kaline Borba A Rinite Alérgica é a inflamação da mucosa nasal causada pela exposição a alérgenos. Os testes alérgicos são utilizados para confirmar o diagnóstico clínico da rinite, identificando os agressores e determinando o grau de sensitividade. "O Prick-test permite a realização de 8 testes simultâneos com leitura imediata e sem dor e podem ser testados ácaros, epitélio de cão e gato, fungos, insetos, alimentos, dentre outros..", finaliza a médica

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Covid-19: vacina própria da Fiocruz pode ter testes clínicos em 2021

Da Agência Brasil Enquanto se prepara para produzir a vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalha em projetos próprios de imunizantes que podem chegar a testes em humanos em 2021. Caso esses experimentos tenham resultados positivos ao longo do ano que vem, a expectativa é que uma dessas vacinas esteja disponível em 2022. As duas iniciativas em desenvolvimento são do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e usam plataformas tecnológicas pioneiras. Segundo o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Sotiris Missailidis, ambas estão em testes pré-clínicos, em laboratório, e devem passar por uma nova etapa de testes em animais conhecida como "estudo de desafio". As vacinas já foram aprovadas na fase de imunogenicidade e toxicidade em animais, o que significa que produziram resposta imune sem prejudicar a saúde das cobaias. No próximo passo, os pesquisadores vão conferir como cobaias vacinadas responderão à exposição ao SARS-CoV-2. Por envolver o vírus em condições de causar infecção, o teste aguardava disponibilidade de laboratório um biossegurança elevada (NB3) e está programado para ocorrer ainda neste mês. "Essas duas abordagens que a gente está utilizando não competem com as linhas de produção que vamos usar para a AstraZeneca. Então, potencialmente, poderíamos oferecer as duas ao mesmo tempo, o que oferece uma soberania nacional", avalia Missailidis. Ele explica que Bio-Manguinhos vai escolher qual das duas propostas de vacina é mais promissora para seguir para os testes clínicos no ano que vem. O vice-diretor de Bio-Manguinhos destaca que é importante prosseguir com a pesquisa, independentemente do sucesso dos testes da vacina AstraZeneca/Oxford, cuja oferta total em 2021 deve chegar a 210 milhões de doses, em um esquema de vacinação que, a princípio, prevê duas doses por pessoa. Todas essas projeções ainda dependem da confirmação da segurança e da eficácia da vacina, com os resultados dos testes clínicos de Fase 3 e o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) "Entendo que temos garantido um quantitativo significativo [de doses], mas ainda não se sabe a eficácia das vacinas que estão na frente. Ainda não se sabe se uma vacinação vai ser suficiente ou se vamos ter que nos vacinar todo ano, como acontece com a vacina do Influenza. Ter uma vacina própria, com que você pode garantir o mercado nacional, com a mesma eficácia de vacinas de grande farmacêuticas, é muito importante para as instituições públicas, para a saúde e para a ciência brasileira", afirma o pesquisador. Segundo Missailidis, o Brasil poderia, então, exportar uma vacina própria para ajudar no combate à pandemia internacionalmente. Novas tecnologias Uma das propostas de vacina em desenvolvimento aproveitou a produção de proteínas S e N do SARS-CoV-2 que Bio-Manguinhos já conduzia para a produção de testes diagnósticos de covid-19. Classificada como vacina de subunidade, a tecnologia usada prevê a injeção dessas proteínas no corpo humano, para que suas defesas as reconheçam e se preparem para quando o coronavírus de fato inicie uma invasão. A proteína S é a que forma a coroa de espinhos que dão nome ao coronavírus, e a proteína N compõe o núcleo do vírus. A segunda proposta desenvolvida na Fiocruz é uma vacina sintética, que utiliza peptídeos das proteínas S e N produzidos em laboratório por sínteses químicas e acoplados a nanopartículas. Esses peptídeos foram identificados por meio de modelo computacional e ativam tanto a produção de anticorpos quanto a imunidade celular, em que o organismo elimina as células infectadas e impede o desenvolvimento dos sintomas. Uma dessas propostas deve chegar a testes clínicos de Fase 1, em humanos, já no início de 2021, e a agilidade de tais testes, especialmente na Fase 3, vai depender também de fatores externos, como a circulação do vírus. Caso o número de novas infecções caia, o tempo da pesquisa pode precisar se estender, já que os testes de Fase 3 dependem de que os milhares de voluntários se exponham ao vírus no seu dia a dia para testar a eficácia da vacina. Além das vacinas inteiramente desenvolvidas em Bio-Manguinhos, há ainda dois projetos já em curso com parcerias de outros institutos de pesquisa: uma vacina sintética com a Universidade Oxford e uma vacina proteica recombinante com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fiocruz. Modernização As dezenas de vacinas de covid-19 que já alcançaram os testes clínicos devem chegar ao mercado com plataformas tecnológicas inéditas, como as vacinas sintéticas, as de vetor viral e as de RNA. No caso dos trabalhos em Bio-Manguinhos, Missailidis destaca que as pesquisas em curso podem levar à modernização de outros imunizantes disponíveis no país, como vacinas que usam tecnologias de vírus vivo atenuado e, por isso, têm maiores restrições de público. "Essas plataformas são tecnologias novas. Havia um investimento mundial nessas novas tecnologias antes da pandemia, exatamente para preparar a humanidade para dar uma resposta mais rápida do que era a forma tradicional. Depois da consolidação dessas tecnologias, é claro que isso vai mudar um pouco a nossa visão de vacinologia, dependendo do custo dessas vacinas e da segurança."

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Anvisa mantém suspensão de testes da CoronaVac

Da Agência Brasil A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a suspensão dos testes de estudo clínico da vacina CoronaVac. A suspensão ocorreu por causa de um “evento adverso grave” ocorrido. De acordo com o presidente da agência reguladora, Antonio Barra, a decisão foi tomada pela área técnica da Anvisa a partir de informações encaminhadas ao órgão pelo Instituto Butantan, laboratório que conduz os estudos no Brasil. Ainda não há previsão de retomada dos testes. As informações foram recebidas e analisadas pela gerência-geral de medicamentos da Anvisa, responsável por acompanhar os testes. Em coletiva de imprensa realizada sobre o assunto, Barra disse que a agência seguiu o que está previsto nos protocolos de Boas Práticas Clínicas para este tipo de procedimento. “Quando temos eventos adversos não esperados, aqueles que no primeiro momento não conseguimos estabelecer uma correlação, a sequência de eventos é uma só: a interrupção do estudo”, disse Barra. “O protocolo manda que seja feita a interrupção do teste e se nós não o fazemos, a responsabilidade obviamente é nossa diante da repetição desse mesmo evento”, afirmou Barra. A defesa foi acompanhada pela diretora da Anvisa, Alessandra Bastos, que justificou a decisão da agência dizendo que a única informação de que a agência dispunha era que um evento adverso grave não esperado havia ocorrido, o que, segundo o protocolo, determinava a suspensão. “Todos nós aqui queremos ter a saúde resguardada e quando estamos falando de uma vacina para o enfrentamento de uma doença nova não há, de fato, a menor possibilidade de dúvida. Quando a informação não nos da segurança para seguir, isso [a suspensão] é previsto em protocolos internacionais”, afirmou Alessandra. Durante a coletiva, o gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, reconheceu que as informações sobre o evento foram encaminhadas pelo Butantan, mas não foram recebidas pela agência em razão do ataque hacker ocorrido na semana passada, que atingiu diversos órgãos, entre eles o Ministério da Saúde. Mendes disse que, após o ocorrido, foi acionado um plano de contingência, e as informações foram recebidas no dia 9, no final da tarde. “Não poderíamos cometer o risco de que mais voluntários fossem vacinados sob o risco de que mais voluntários pudessem ter eventos adversos semelhantes. Usamos o princípio da precaução que parte do pressuposto de que, na dúvida, não podemos arriscar”, justificou. Questionado sobre informações noticiadas por diferentes veículos de comunicação de que o evento adverso grave foi um óbito, por suicídio, não tendo ligação com a vacina, Barra disse que a Anvisa não recebeu a informação por canais oficiais. Segundo ele, as informações vão ser analisadas por um comitê independente de especialistas que darão um parecer sobre a continuidade dos testes. Somente a partir daí a Anvisa vai decidir sobre a retomada dos procedimentos. “Diante do evento adverso grave, o comitê independente tem que atuar. Então a informação tem que vir daquele canal, os demais canais por mais que tenham informações relevantes, eles não são o comitê independente”, disse. Butantan Em outra coletiva de imprensa sobre o assunto, em São Paulo, na manhã de hoje, o Instituto Butantan afirmou que o evento foi reportado detalhadamente à Anvisa no último dia 6. O voluntário teria recebido a dose no dia 29 de outubro, 25 dias antes de o evento adverso acontecer. Por causa do ataque hacker, no entanto, a Anvisa só recebeu as informações ontem. Apesar de ter se referido ao evento como um óbito na noite de ontem, hoje o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, não confirmou a morte do voluntário. Ele garantiu que o evento ocorreu mais de três semanas depois da aplicação da dose e que efeitos adversos relacionados são esperados em até sete dias. O Butantan também reforçou que ainda não se sabe se o voluntário, que era paciente do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, tomou a vacina ou o placebo (uma substância que não apresenta interação ou efeito no organismo). Covas ressaltou que, por conta do sigilo, de aspectos éticos e de respeito à família do voluntário, não é possível divulgar dados do paciente. "Não podemos dar detalhes porque isso envolve sigilo e nos impede de dar as características do voluntário. O que afirmo é que esses dados estão todos com a Anvisa. A conclusão do relatório é exatamente isso: o efeito adverso grave foi analisado e não tem relação com a vacina". Covas ressaltou, que os dados foram enviados à Anvisa dentro dos protocolos determinados pela agência reguladora e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), com todas as informações exigidas para o esclarecimento e para evitar a necessidade de paralisação do estudo. Ele criticou a suspensão anunciada pela Anvisa sem a realização de uma reunião prévia para mais esclarecimentos, o que foi feito na manhã de hoje de forma virtual. "Eu fiquei sabendo disso pela imprensa ontem à noite. Nem eu nem os responsáveis pelo estudo recebemos nenhum telefone da Anvisa anteriormente. Ontem (9) o Butantan recebeu um e-mail às 20h40 para comunicar da reunião para tratar do assunto, mas anunciava ao mesmo tempo a suspensão do estudo. Vinte minutos depois essa notícia estava em rede nacional", disse. Para Covas, o anúncio da suspensão dos estudos clínicos foi precoce e não há motivo para a interrupção. "Aqueles que estão participando que continuem tranquilos. A reação não tem relação com o que eles receberam, eles não terão nenhum tipo de efeito adverso, isso eu afianço a eles. Aqueles que estavam na fila para receber, por favor, continuem, mantenham-se fiéis à vontade que vocês têm de ajudar o país, de ajudar esse desenvolvimento. A presença de vocês no estudo é fundamental. Nós precisamos concluir esse estudo agora mais rapidamente do que nunca", pediu.

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Novembro Azul: homens estão se cuidando ainda menos na pandemia

Homens, historicamente, são menos preocupados com a própria saúde. Na pandemia, esse cenário se agravou ainda mais, o que pode refletir no número de diagnósticos de cânceres que atingem eles, principalmente o de próstata, cuja detecção precoce é feita através de exames regulares e preventivos, assunto que ainda é tabu para muitos. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que a procura por cirurgias eletivas urológicas caiu 50% na pandemia. Desses, cerca de 90% afirmaram que houve uma redução em 50% das cirurgias eletivas, e 54,8% relataram que as cirurgias de emergências diminuíram pela metade. Os dados assustaram os médicos e especialistas e, segundo o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, essa realidade mostra a importância de campanhas de conscientização como o Novembro Azul, que promove ações informativas e práticas para estimular que homens se previnam contra o câncer de próstata, o segundo mais comum do Brasil (atrás apenas do câncer de pele e, em números absolutos, com mais ocorrências do que o câncer de mama feminino). “A grande barreira para os homens é fazer esse acompanhamento médico de prevenção, de ir a um profissional capacitado para avaliação individualizada a partir dos 50 anos, conforme recomenda a SBU. Pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram a doença ou afrodescendentes devem fazer isso antes, aos 45 anos, por terem propensão maior à doença. Infelizmente isso é algo pouco comum no público masculino, tradicionalmente reticente e orgulhoso para procurar atendimento especializado e compartilhar suas fragilidades”, explica o especialista. O câncer de próstata deve atingir 65.840 pessoas em 2020, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Cerca de 75% desses casos atingem homens com 65 anos ou mais e mata mais de 15,5 mil brasileiros todos os anos. Bruno Ferrari frisa que há uma barreira sociocultural a ser superada, o que faz com que muitos só façam a descoberta do tumor já em estágio avançado. E isso não é apenas no câncer de próstata. “O câncer de pênis, por exemplo, ainda pouco falado, é responsável por mais de mil amputações por ano no Brasil. E há tumores testiculares. Ainda que menos prevalentes (2% e 5% dos casos gerais de câncer, respectivamente), esses cânceres também merecem atenção. O incentivo à uma rotina de consultas médicas pelo público masculino é fator determinante para que possamos frear esses índices”, diz. Mesmo quando os sinais de problemas se tornam inegáveis, em muitos casos o diagnóstico efetivo da doença só acontece após insistência das parceiras. Não à toa, 70% das mulheres comparecem às consultas médicas do companheiro, segundo levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo. “Um dos principais objetivos do diagnóstico precoce, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e promover chances de cura que podem passar de 90%, é evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. A vigilância ativa poupa os pacientes de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico. Por outro lado, quando o câncer de próstata é identificado em estágios mais avançados, o tratamento indicado acaba sendo mais agressivo, podendo comprometer inclusive a produção de testosterona. A falta desse hormônio gera, entre outros, elevação no risco de doenças cardiovasculares, impotência sexual e distúrbios cognitivos”, completa o oncologista clínico Andrey Soares, também do Grupo Oncoclínicas e Diretor Científico do LACOG-GU (Latin American Cooperative Oncology Group-Genitourinary). Tratamentos têm evoluído O tratamento do câncer de próstata, assim como outros, depende da avaliação da extensão da doença. Nos casos de doença localizada e sem características agressivas o tratamento pode variar de cirurgia, radioterapia ou vigilância ativa, dependendo do caso. “Em casos localizados, mas com achados de agressividade, o tratamento definitivo se faz necessário. A conduta nestes casos pode ser cirurgia, radioterapia combinada a tratamento hormonal ou até mesmo a união de todos eles. Nos casos de doença metastática, os últimos anos têm trazido ótimas notícias para os pacientes com a chegada de diversas novas drogas, tais como uma nova geração de quimioterápicos, terapias hormonais e radioisótopos, moléculas inteligentes com pequena ação radiante que pode tratar diretamente os tumores”, afirma Andrey Soares. Ele frisa ainda que novas perspectivas de tratamento pregam união de terapias, foco nas informações para conscientização sobre a doença e condutas voltadas ao olhar integral e individualizado para cada paciente, prezando pela qualidade de vida. Atenção aos sintomas e formas de prevenção A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Cabe à próstata produzir parte do sêmen. Por conta dessas atribuições, alguns dos sintomas do câncer de próstata são dor ao urinar ou presença de sangue na urina. Não existem indícios que apontem medidas preventivas que possam contribuir ativamente na redução dos riscos de desenvolvimento deste tipo de tumor, mas investir em uma rotina alimentar equilibrada e exercícios físicos é sempre recomendável. “Há uma associação – ainda que pequena – entre atividade física e a diminuição de chances de aparecer câncer de próstata. Ainda que não haja conclusões mais detalhadas sobre a associação dos hábitos de vida e a incidência desta tipo de tumor masculino, o INCA e o Ministério da Saúde concordam que uma rotina saudável, alimentação balanceada e outros fatores ligados ao bem-estar podem ajudar na prevenção não só deste, como de diversos outros tipos de carcinomas”, pontua Andrey Soares. Por isso, a relação mais importante, segundo os oncologistas do Grupo Oncoclínicas, é o autocuidado proativo e preventivo. “Cercados de tabus facilmente quebráveis caso haja interesse e disposição, os tipos de câncer que afetam exclusivamente homens necessitam, além do acompanhamento médico, de uma mudança de perspectiva sobre a importância da prevenção. A saúde precisa vencer o preconceito”, finaliza Bruno Ferrari. Oncoclínicas no Novembro Azul Anualmente, o Instituto Oncoclínicas – iniciativa do corpo clínico

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Salgueiro implanta serviço inédito no Norte-Nordeste para diagnóstico de Hipertensão Arterial

No Brasil, de acordo com dados de 2018 da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a prevalência de hipertensão arterial (HA) na população adulta varia de acordo com o grupo estudado e o método de avaliação, mas oscila entre 31% a 35,8% dos indivíduos. Muitas vezes, entretanto, a aferição feita em consultório pode não corresponder à real oscilação dos valores da pressão arterial do paciente durante sua rotina, o que resulta em diagnósticos equivocados. Visando tratamentos mais assertivos e dados mais precisos sobre a incidência desta doença na população, o município de Salgueiro, localizado a 513 km do Recife, acaba de implementar um serviço inédito no Norte-Nordeste para diagnóstico da hipertensão arterial nas suas 20 unidades básicas de saúde: a MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial), método diagnóstico largamente utilizado nas clínicas privadas de todo o país, mas só disponibilizado no SUS em estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Trata-se de um exame destinado a fazer os registros da pressão arterial por longo período de tempo, fora do ambiente do consultório. As medidas são realizadas por indivíduo treinado para tal (o paciente ou qualquer outra pessoa), com equipamento validado, calibrado e provido de memória. A MRPA é realizada com aparelhos automáticos, digitais e com armazenamento dos dados no equipamento para emissão dos laudos. Esses monitores possuem certificado de validação internacional corroborado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). As medições são realizadas no paciente durante o período de cinco dias, em ambiente domiciliar, em horários estabelecidos pelo protocolo do exame. Ao final deste prazo, o paciente devolve o aparelho na Unidade Básica de Saúde (UBS), e os dados são transferidos por tecnologia Bluetooth para a plataforma TeleMRPA (https://www.telemrpa.com/). Estas informações são processadas e, posteriormente, analisadas pelo cardiologista responsável pela emissão dos laudos, disponibilizando ao paciente para apresentação ao médico na UBS. De acordo com o presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o pernambucano Audes Feitosa, atualmente, este serviço só está disponível via rede pública nas cidades de Campos do Jordão (São Paulo), Lucas de Rio Verde (Mato Grosso) e Coxilha (Rio Grande do Sul). Algo que, ainda segundo ele, contribui para um diagnóstico mais realista e, consequentemente, para o uso racional dos medicamentos. “Mais de um terço dos pacientes apresentam pressão arterial com valores diversos, para mais (a chamada hipertensão do avental branco) ou menos (a hipertensão mascarada), no consultório. Então, devido a esta variabilidade, é preciso fazer mais medidas ao logo de determinado período para se ter certeza do valor”, afirma complementando que no caso dos hipertensos em estágio 1 que vão ao consultório, apenas metade possuem o diagnóstico confirmado enquanto 20% dos pré-hipertensos apresentam hipertensão mascarada. “Os efeitos do uso indevido do remédio podem ser hipotensão, tontura, mal-estar, além de outros específicos do remédio. Por outro lado, a falta da medicação para quem precisa pode trazer ainda consequências piores, como a mortalidade”, explica. O cardiologista Elder Gil, responsável pelos laudos dos exames de MRPA no município de Salgueiro, explica que outro benefício da implementação do exame é ter um diagnóstico local mais preciso do problema. “Nos próximos dois anos, teremos um panorama da prevalência de Hipertensão Arterial, bem como dos seus fenótipos (Hipertensão do Avental Branco, Hipertensão Mascarada e Normotensão) no município. O uso da MRPA na rotina do médico da família melhorará a adesão medicamentosa e aumentará as taxas de controle da pressão arterial, além de possibilitar uma melhor verificação da eficácia do tratamento anti-hipertensivo”, acredita, salientando que sente orgulho, como sertanejo, de ver o município de Salgueiro despontando como pioneiro na implantação de um método diagnóstico para hipertensão arterial no SUS, acessível a todos. “Isto é de extrema importância, visto que se trata da doença de maior prevalência na população adulta brasileira e de maior impacto na saúde cardiovascular por aumentar riscos de infarto do miocárdio, AVC, insuficiência renal, dentre outras patologias”, relata. A secretária de saúde do município de Salgueiro, Adja Barros, afirma que os aparelhos estão sendo disponibilizados às unidades de saúde seguindo uma programação que teve início na semana passada. “Será um para cada unidade neste primeiro mês de adaptação, aumentando progressivamente conforme a demanda gerada. Cada UBS atende, individualmente, entre 1200 a 3000 pacientes, muitos deles portadores ou com suspeita de hipertensão. Vamos disponibilizar o exame para muitos usuários neste início, e a cada semana avançaremos no diagnóstico preciso da hipertensão. Dentro de dois a três meses, este número deve dobrar. Com este diagnóstico local, faremos um mapeamento mais adequado dos casos de hipertensão no município que nos ajudará a planejar as ações de diagnóstico e controle dos portadores da doença que compreendem um terço da população adulta aproximadamente" considera.

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Outubro foi o mês com menor número de casos e óbitos de Covid-19 no Recife

Da Secretaria de Saúde do Recife O mês de outubro, encerrado no último sábado (31), trouxe os menores números de casos e óbitos no Recife desde o pico de casos, em maio. O prefeito Geraldo Julio fez um pronunciamento e destacou que no mês de outubro a cidade registrou 2.001 casos confirmados da doença, o menor número desde o início da pandemia. Em maio, mês com mais casos confirmados, o número chegou a 11 mil. Em relação ao número de óbitos, em outubro foram registrados 23 no total, uma diminuição de 97,1%, quando comparado com maio, o pico da pandemia. Em seu pronunciamento, o prefeito Geraldo Julio destacou a manutenção das medidas de prevenção como essenciais para a manutenção dos indicadores da pandemia em baixa na cidade. “Nós continuamos acompanhando os números da covid em nossa cidade e agora no mês de outubro nós tivemos o registro do menor número de casos confirmados, com 2001 casos, quando em maio, o pior mês, nós tivemos mais de 11 mil casos confirmados. É uma diferença muito significativa. A gente teve também o menor número de óbitos registrados por Covid que representam 3% do número de óbitos ocorridos no mês de maio. Mas é muito importante que a prevenção continue, nós estamos com 130 agentes fazendo a sanitização e já fizeram quase 120 mil visitas. É muito importante que a população continue tomando também todos os cuidados, a limpeza das mãos, o uso do álcool e uso permanente da máscara. É fundamental que todos utilizem a máscara para continuar controlando a covid em nossa cidade”, declarou o prefeito Geraldo Julio. Os sete hospitais municipais e os leitos de covid abertos em outras duas unidades de saúde propiciaram quase 21 mil atendimentos e mais de 6.800 internações. Para dar conta dessa demanda extraordinária, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife contratou mais de quatro mil profissionais e adquiriu mais de 10 mil equipamentos médico-hospitalares, além 3,5 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs). Com a queda dos indicadores da pandemia, foi possível desmobilizar seis dos hospitais de campanha. Ao todo, já foram desativados 796 leitos municipais, restando 232 leitos em funcionamento, sendo 110 UTIs e 122 enfermarias. Neles, estão internados hoje 147 pacientes – 67 nas enfermarias e 80 deles nas UTIs. O único hospital de campanha municipal que permanece funcionando completamente é o Hospital Provisório Recife 1, localizado na Rua da Aurora, em Santo Amaro. Uma das medidas importantes implementadas pela PCR para prevenção de infecções por covid-19 foi a sanitização de espaços públicos - técnica reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como eficaz no enfrentamento ao novo coronavírus. De forma pioneira no Nordeste, a Secretaria de Saúde do Recife realizou, desde março, quase 120 mil visitas para desinfecção de espaços públicos. Diariamente, mais de 130 profissionais da Vigilância Ambiental do Recife sanitizam cerca de 600 locais de grande fluxo de pessoas. Foram empregados, até hoje, mais de 630 mil litros da solução desinfetante com ação viricida de alto nível, cujo efeito tem início em até cinco minutos e o efeito residual atua por 24 horas.

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Fiocruz espera que vacinação contra covid-19 comece até março de 2021

Da Agência Brasil A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, espera que comece até março do ano que vem a imunização contra a Covid-19 com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. A Fiocruz assinou um acordo, em agosto, para transferência de tecnologia e produção dessa vacina no Brasil. Segundo Nísia, a produção deve começar entre janeiro e fevereiro. “A nossa expectativa é que possamos encaminhar todo esse processo da vacina que precisa ter a validação da pesquisa. Entre os meses de janeiro e fevereiro estaremos iniciando a produção. Todo trabalho acompanhado pela agência Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e, assim, temos toda a esperança que possamos, no primeiro trimestre de 2021, iniciar esse processo de imunização, como um dos instrumentos importantes para que nós possamos lidar com essa pandemia e todos os impactos na nossa sociedade”, disse Nísia. Nísia destacou que a vacina é fundamental, mas é uma das ações de saúde pública que a Fiocruz vem desenvolvendo. “No nosso caso, primeiro, nós afirmamos a importância da vacina como instrumento de saúde pública e a importância que o mundo tenha até mesmo mais de uma vacina, dadas as condições dessa doença, em que há ainda tantas perguntas sem respostas”, disse. A presidente explicou que o acordo com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca e define uma encomenda tecnológica, assegurando ao Brasil 100 milhões de doses de vacina no primeiro semestre de 2021, que é fruto de uma prospecção realizada na Fiocruz, pela Secretaria de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde e de uma ação interministerial que culminou com encaminhamento de uma medida provisória pela Presidência da República para o Congresso Nacional. Nísia chamou atenção ainda para a transferência de tecnologia para o Brasil. “Significa a nacionalização desta vacina que será integralmente produzida por Bio-Manguinhos/Fiocruz. Isso ocorrerá a partir do segundo semestre de 2021. É mais um importante desenvolvimento da ciência brasileira e da Fiocruz”, observou. Vacinação Nísia destacou, no entanto, que é importante salientar que o calendário de vacinação é definido pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde e depende do desenvolvimento da fase 3 dos testes clínicos. “É uma pesquisa fundamental para avaliação da eficácia e segurança da vacina e do registro da Anvisa, a partir de um conjunto de dados que vão dos resultados da pesquisa, às condições de produção e ao controle de qualidade que faremos em Bio-Manguinhos, na Fiocruz. Portanto, é um processo complexo que envolve várias etapas simultâneas. Nós podemos, sim, dar uma mensagem de esperança que veio da ciência e da saúde Pública”, afirmou. Segundo Nísia, ao mesmo tempo a Fiocruz contribui com testes clínicos de outras vacinas em uma visão de que não é uma competição, mas ações voltadas para a vacina como bem público. A presidente acrescentou que a fundação tem ainda dois projetos importantes para o desenvolvimento de vacinas nacionais, mas que ainda não estão em fase de testes clínicos, que são a de Bio-Manguinhos e a produzida em cooperação entre a Fiocruz de Minas Gerais e a Universidade Federal de Minas Gerais. “São dois caminhos promissores da ciência brasileira, porque temos que aprender muito sobre esse vírus e certamente novas vacinas serão necessárias”.

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Nícolas Augusto: “As práticas integrativas têm trazido saúde para as pessoas".

A pandemia acabou provocando, além de uma crise sanitária, uma crise de saúde mental. O isolamento social, a possibilidade de se contaminar e a ocorrência dos óbitos pela Covid-19 levaram muitas pessoas a um estado de estresse, ansiedade e medo. Um cenário muito propenso à disseminação das chamadas práticas integrativas complementares a ponto de o Conselho Nacional de Saúde recomendar a inclusão dessas práticas na assistência ao tratamento para combater a Covid-19. O Recife conta com um serviço gratuito na rede municipal que oferece esse tratamento incluindo métodos como acupuntura, ioga, plantas medicinais, medicina antroposófica, entre outros. O coordenador da Política de Práticas Integrativas do Recife, Nícolas Augusto, conta a Cláudia Santos, o que são essas práticas, quais os seus resultados e os estudos científicos que comprovam sua eficácia. Ele é psicólogo de formação e gestalt-terapeuta, instrutor de Tai Chi Chuan, Lian Gong e meditação. O que são as práticas integrativas complementares? São maneiras de cuidado com a saúde de forma complementar que vão além da biomedicina. São terapias que complementam a saúde hegemônica, biomédica, e que podem atuar, por exemplo, em quadros de algias (dores), dificuldades motoras, questões psicoemocionais, entre outros. Elas têm caráter vitalista, o que significa que boa parte dessas nossas práticas atua não só no corpo, mas também no emocional e na energia das pessoas. São exemplos de práticas integrativas a acupuntura, a ioga, a meditação, as plantas medicinais, entre muitas outras. Segundo a definição do Ministério da Saúde, práticas integrativas são sistemas e recursos terapêuticos que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. O foco da nossa atuação no Recife são as questões psicoemocionais, as algias e as dificuldades motoras. Há estudos científicos comprovando a sua eficácia? Na política nacional de práticas integrativas constam 29 práticas no arcabouço terapêutico. No Recife é um pouco mais. Cada uma delas tem seus métodos e seus estudos. Algumas práticas são mais estudadas que outras, porque contam com mais investimentos, atraem mais interesse científico. A acupuntura, por exemplo, é muito estudada, a meditação (mindfulness), também. Você pode achar um volume grande de estudos científicos em algumas plataformas, como a Biblioteca Internacional de Medicina Integrativa Complementar, da OMS (Organização Mundial da Saúde), que oferece milhares de trabalhos científicos do mundo inteiro. Uma plataforma brasileira é o Observatório de Práticas Integrativas, mantido pela Fiocruz. Existe uma diversidade de estudos de todos os tipos, de evidências científicas sobre sua eficácia, do impacto social que proporcionam etc. Mas a questão é que existe uma grande dificuldade porque o método que faz a prática integrativa funcionar, muitas vezes, não contempla a lógica da biomedicina. Dizemos que não estamos negando o conhecimento, estamos acrescentando conhecimento. Mas há resistências a isso. A ciência, porém, é feita de resistência e inovação. Toda inovação gera resistência e a gente está nessa fase. Quanto mais o tempo passa, mais estudos são realizados e mais comprovações da eficácia dessas práticas são obtidas. Essa resistência é proveniente das pessoas em geral ou dos médicos? As práticas integrativas têm grande aceitação na população, em especial entre as pessoas que foram tratadas com elas. Temos milhares de exemplos de como as práticas integrativas têm mudado vidas e trazido saúde física e mental para as pessoas. Existem algumas corporações específicas que realmente têm uma resistência. Queira ou não, a saúde é um mercado e, por isso, existe uma questão de concorrência. Mas não gostaria de dizer que a classe médica é contrária às práticas integrativas porque não é uma realidade. Boa parte dos médicos, aqui no Recife, encaminha seus pacientes para o nosso serviço, porque sabe que eles vão encontrar uma solução para muitos problemas que os próprios médicos não conseguem encontrar. Mas há um corporativismo médico, de algumas instituições específicas, que tem resistência e, consequentemente, lutam contra as práticas integrativas. Não importam quantos estudos científicos de peso e relevantes sejam apresentados – porque o argumento é o de que não há comprovação científica – elas dizem que nunca é o suficiente. O Conselho Nacional de Saúde recomendou a inclusão e divulgação das práticas integrativas e complementares em saúde na assistência ao tratamento para combater a Covid-19. O que prevê essa recomendação? Temos que ter um cuidado porque as práticas integrativas não se propõem a tratar a Covid-19. Agora, podemos atuar em tudo o que envolve o contexto da Covid-19. Por exemplo: a pandemia está trazendo não só uma crise sanitária mas, também, uma grande crise de saúde mental. Isso tem sido confirmado em pesquisas nacionais, artigos científicos, pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), pelo próprio Ministério da Saúde e pelas instituições de saúde relevantes como a Fiocruz. É uma situação que gera rejeição das pessoas a aderirem ao isolamento social. Situações estressantes também são um fenômeno que inibe a imunidade. As práticas integrativas são um dos melhores métodos que conhecemos para lidar com o estresse e a ansiedade. Aqui no Recife temos exemplos de pessoas que ficaram sem tratamento na pandemia e encontraram nas práticas integrativas uma maneira de cuidar da sua saúde, de entender melhor o isolamento social e, consequentemente, não adoecer e poder controlar alguma comorbidade. LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO 1755 DA REVISTA ALGOMAIS

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Diversificação e tecnologia para motivar a volta à pratica de atividade física

A pandemia acentuou a necessidade de atividade física, e como! O ficar em casa impôs uma forma de vida sedentária, aumentou a dificuldade em controlar a dieta, assim como as dores provocadas por má postura ou falta de ergonomia. Mas fez aumentar o desejo pela busca de melhorar a imunidade e a saúde. Com a autorização para reabertura das academias, em julho, a situação melhorou, mas a luta dos estabelecimentos agora é para motivar os alunos a voltarem e se sentirem seguros. Pensando nisso, as academias se prepararam não só na estrutura, mas foram desafiadas a serem mais criativas para atrair os alunos. A Life, que tem 17 anos no mercado e fica localizada em frente ao Parque da Jaqueira, aproveitou o período de quarentena para entregar uma nova experiência ao ir se exercitar. Além de uma reforma completa no local - que agora oferece lounge - a academia ampliou modalidades oferecidas e investiu em tecnologia para deixar alguns serviços mais práticos e o atendimento mais próximo dos clientes. “Algumas pessoas não querem perder tempo. Por isso, toda equipe conectada via comunicador auricular agiliza o acompanhamento ao aluno. Para nos adaptarmos à segurança, além de higienização constante e todos os protocolos de distanciamento, o reconhecimento facial evita o uso de cartões ou digitais na entrada”, explica Nicole Dalla Nora, uma das sócias.  Ao mesmo tempo, segundo a empresária, existe um perfil de alunos que gosta tanto da pausa para atividade física que não tem pressa para ir embora. “Esse é o momento para sair da rotina e se dedicar a si, de prazer e socialização. Esses alunos aproveitam o tempo para interagir com as pessoas e com a equipe – que está se mantendo a mesma. Isso acontece tanto com o público acima de 50 anos como com os mais jovens”, detalha Amanda Dalla Nora, a outra sócia da academia. Ela explica que o aluno que escolher a nova Life – repaginada depois de 17 anos – vai encontrar iluminação especial ao longo de toda a academia, ambiente mais intimista, banheiros femininos com penteadeira para sair de lá pronta, varanda ao ar livre para contemplar o Parque da Jaqueira e o Rio Capibaribe, e espaço lounge. O professor de educação física, Igor Leão, dá dicas para esse recomeço. No início, para garantir bons resultados, o ideal é manter uma frequência de três vezes na semana, pelo menos. Para ajudar na motivação, o aluno pode conciliar musculação com outra modalidade que lhe agrada como: yoga, yoga fit, bike, zumba, ritmos, etc. Treinos entre 30 a 40 minutos são suficientes para quem está voltando ao ritmo. Vale ressaltar que, além dos benefícios físicos, a prática regular libera endorfina, conhecida como hormônio da felicidade e bem-estar, aumenta os níveis do GH, hormônio do crescimento, e da testosterona.  Juntos, esses hormônios também formam o conjunto que auxilia na recuperação da massa muscular. Depois de algumas semanas, sentindo que seu corpo tem respondido bem aos estímulos, e respeitando as limitações biológicas de cada um, o aluno pode aumentar a frequência para 4 ou 5 dias por semana.  A prática de atividade física é uma ótima alternativa, inclusive, para auxiliar no controle da ansiedade nesse período de pandemia.

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