Encontro do E&E discute caminhos para solução da crise
O projeto Empresas & Empresários promoveu um encontro hoje (27) na sede da TGI para apresentar um estudo do desempenho da economia pernambucana no ano de 2016 e no primeiro semestre de 2017. O debate acerca dos caminhos para enfrentar a crise brasileira resultou numa discussão sobre a urgência da reforma política e a necessidade de intensa participação popular nesse processo. Écio Costa sinalizou que apesar do desempenho muito negativo em 2016 da economia pernambucana, em 2017 foram dados sinais de melhora. O desempenho estadual no primeiro trimestre foi positivo, enquanto a média nacional seguiu no vermelho. Os Estados com economias mais desenvolvidas da região Nordeste (Bahia e Ceará) também seguiram com desempenhos negativos. "Apresentamos como foi o desempenho da economia pernambucana em 2016, como a crise brasileira que impactou o Estado de Pernambuco, os números mostram isso. Mas também o início de recuperação econômica que aparentemente estamos passando no Estado, com os número do primeiro trimestre de 2017". A projeto E&E é realizado pela TGI e pelo INTG. A formatação e execução da pesquisa nesta edição conta com a participação do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado, que é um fórum constituído por lideranças pernambucanas que fazem a diferença nas cadeias produtivas do Estado e em movimentos sociais. A cobertura das discussões do conselho sobre as mudanças políticas virá na edição impressa da revista no mês de Agosto. Em setembro faremos uma matéria com foco no raio X econômico realizado pela CEDES Consultoria e Planejamento. Leia abaixo alguns comentários dos conselheiros. Roberto Pandolfi - ex-secretário de finanças da PCR “Hoje sou uma pessoa em parte pessimista, se não faremos uma reforma no Estado Brasileiro vamos passar 20 anos e não chegaremos a canto nenhum”. Fernando Carrilho - diretor financeiro da Construtora Carrilho A gente conseguiu um feito de alteração do quadro político do País dois anos atrás, através essencialmente de pressão popular muito forte. Isso colaborou para que aquele modelo político fosse substituído. Mas todos constatamos que o problema é estrutural. Mas o que percebemos é que a população não está mobilizada para forçar ou ir para as ruas para cobrar essa reforma política, para trazer um Estado mais eficiente. Minha pergunta é: se não é a pressão popular, seremos nós? Apenas através da nossa atuação vamos conseguir fazer que as raposas políticas promovam uma reforma benéfica para o Estado como um todo? Sérgio Cavalcante - CEO do Cesar Pernambuco nunca foi de esperar acontecer. Aproveitando a inspiração da Revolução Pernambucana, sempre fomos de influenciar o cenário nacional. Temos no conselho um conjunto de pessoas de altíssima influência no Estado de Pernambuco, podemos fazer mais que só chegar ao Governador. Temos um fórum bastante privilegiado que dá para discutir o posicionamento da sociedade Pernambucana em relação ao País como todo. Emílio Calado - consultor Estamos passando por um modelo em que tínhamos um setor privado grande que tinha uma dependência muito forte com o Estado. O Estado era um alavancador dessas empresas. JBS e por aí vai. Esse modelo está se transformando. E isso é muito bom para quem trabalha de forma honesta e está aí lutando. Isso será muito bom para o Brasil. O segundo ponto vai da minha percepção de que as empresas realmente estão fazendo seu papel. Olhando muito para dentro, melhorando sua eficiência e competitividade para competir no mercado, que é completamente diferente de 10 anos atrás. A área de tecnologia despontando na ajuda dessas empresas a melhorarem a sua eficiência. Vejo que sairemos dessa crise muito melhores, tanto o setor privado como público. O estrangeiro ainda olha o Brasil como um País de grandes oportunidades. O dinheiro existe e vai vir. E sempre digo aos empresários que estejam preparados para esse momento. Aí você fará bons negócios. Michele Cruz - sócia da Dupla Comunicação Acredito muito em mudança. Podemos ir além, estamos pensando em planos de comunicação de como ir além. Gostaria de enfatizar a questão do engajamento, enquanto cidadão, enquanto donos de empresa e para que as pessoas que estão dentro dos nossos negócios também se engajem nisso, também sejam cidadãos políticos. Precisamos de educação e inovação dentro do nosso negócio. Esse plano maior tem que passar por isso. Começa com o grãozinho e encontraremos um jeito de levar essa nvoa postura para fora das nossas empresas com educação e engajamento cidadão. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)
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