Arquivos Cultura e história - Página 17 de 359 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

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Exposição "A Poética Contemporânea" reúne 40 artistas na Galeria Raiz no Recife

Mostra celebra a diversidade artística e traz interação no Metaverso como novidade A Galeria Raiz abre suas portas para a segunda grande exposição coletiva "A Poética Contemporânea" no dia 6 de setembro de 2024, às 18h, reunindo 40 artistas do Coletivo Raiz. A mostra reflete a pluralidade e criatividade dos tempos atuais, oferecendo ao público a chance de explorar múltiplas visões artísticas através de pinturas, esculturas e outras formas de expressão visual. A proposta é celebrar a arte em sua forma mais livre, dando voz à diversidade de olhares e à beleza singular de cada artista. Uma novidade contemporânea da exposição é o ambiente virtual no Metaverso, onde as obras poderão ser apreciadas de forma interativa. "O público poderá visitar, interagir entre si e com os artistas que estiverem online", destaca o Coletivo. O link de acesso estará disponível na bio do Instagram do @coletivoraizpe, a partir do dia da abertura da exposição física, permitindo uma imersão digital e ampliando o alcance da exposição para além das paredes da galeria. A exposição "A Poética Contemporânea" reúne 40 artistas, entre eles Abraão Figueiredo, Ana Maria Veras, André Luiz Santana (Alsal), Antônio Henrique, Báw Pernambuco, Camilla Brito, Camilo, Ceça Nunes, Cláudia Matos, Clélia Barqueta, Clériston, Dani Figueirôa, Diana Tenório, Diogo Alves, Dirce Camargo, Elielce Soares, G. Castro, Galo de Souza, Heleno Neves, Ilton Duarte, Inês Castro, Jenner Albuquerque, Jonatas Duarte, Leo Luna, Maurício Figueiroa, Noguès Dias, Nunes de Figueiredo, O Poeta, Paulo Profeta, Pedro Lapa, Ricardo Mendes, Robertson Rodrigues, Rodrigo Ferrário, Rosalva Freire, Sandra Buarque, Vania Coutinho, Vânia Notaro, Valéria Vital, Virgínia Lucas, Zé Monteiro e Zélito Passavante. Cada um traz sua visão única, contribuindo para uma rica diversidade artística. A Galeria Raiz, localizada no coração do Recife Antigo, é um espaço dedicado à promoção das artes visuais, oferecendo uma plataforma para a economia criativa da cidade. A exposição pode ser visitada de quarta a sexta, das 10h às 17h, e aos fins de semana, das 13h às 18h, na Rua da Moeda, 71, Térreo.

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garanhuns

11 fotos dos palácios municipais de Pernambuco antigamente

Ainda no clima das eleições municipais, a coluna Pernambuco Antigamente faz um passeio hoje pelos palácios ou casarões que sediam ou foram no passado a casa dos poderes executivo de vários municípios pernambucanos. Muitos desses prédios são verdadeiros ícones da arquitetura nas cidades do interior e da Região Metropolitana. A maioria das imagens resgatadas são de um século atrás, da Revista de Pernambuco. Nesse álbum que publicamos hoje há imagens também da Biblioteca do IBGE e dos próprios municípios. Alguns desses prédios permanecem como sede do poder municipal. Prefeitura de Olinda Prefeitura de Caruaru, maior município do agreste pernambucano Palácio dos Guararapes, em Jaboatão Prefeitura de Nazaré da Mata Prefeitura de Garanhuns Prefeitura de São Lourenço da Mata Prefeitura de Igarassu Prefeitura do Paulista Prefeitura de Petrolina Prefeitura de Inajá Para encerrar, uma imagem com um recorte de jornal de 1925. O prédio, que na época foi do Club Internacional, anos após foi adotado como Gabinete do Prefeito. A provável última sede antes da ida do poder municipal para o Cais do Apolo. A prefeitura mantinha outros edifícios na mesma Rua da Aurora, que também foram sede do poder municipal. O prédio se tornou museu e abriga atualmente o Mamam. Desde a década de 1930 se discutia no município a necessidade de construir um novo edifício para a prefeitura, que só veio a acontecer na década de 70, um projeto é do arquiteto Jorge Martins Junior. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) *

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vera holtz

Vera Holtz apresenta Ficções no Recife

Espetáculo de sucesso com mais de 85 mil espectadores será encenado no Teatro do Parque Após uma temporada aclamada em Portugal, Vera Holtz retorna ao Brasil com o espetáculo Ficções, inspirado no best seller "Sapiens", de Yuval Noah Harari. A peça, que já percorreu 25 cidades e atraiu 85 mil espectadores, será apresentada no Teatro do Parque, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, às 20h. Com uma narrativa fragmentada e provocante, o espetáculo explora o poder das ficções criadas pela humanidade, como deuses, nações e sistemas políticos. A adaptação teatral é assinada por Rodrigo Portella, que transforma as reflexões de Harari em uma experiência cênica envolvente e interativa. Vera Holtz se desdobra em diversos personagens, improvisa e dialoga diretamente com o público, enquanto é acompanhada pelo músico Federico Puppi, autor da trilha sonora original. O objetivo é desafiar o espectador a refletir sobre as "ficções" que moldam a sociedade contemporânea, em uma montagem que mistura teatro, performance e música. Produzido por Felipe Heráclito Lima, Ficções não pretende apenas traduzir o conteúdo do livro de Harari para o palco, mas sim criar um espaço de interação e questionamento. A peça questiona a nossa insatisfação diante das inovações e ficções que dominam o mundo, provocando o público a participar ativamente da construção do espetáculo, que é uma verdadeira performance em constante evolução. Serviço:Ficções com Vera HoltzDatas: 10, 11 e 12 de setembro, às 20hLocal: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista, Recife)Ingressos: R$ 21 (meia, plateia popular) a R$ 160 (inteira, plateia nobre)Ingressos à venda: Sympla e bilheteria do teatroDesconto Vivo Valoriza: 50% de desconto para clientes (não cumulativo com meia entrada)Acessibilidade: Intérpretes de Libras em todas as sessões

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Natalia Santos Divulgacao

Natália Santana Lança Clipe de “Meu Plano” na Casa Buliçosa neste Sábado

Clipe aborda desilusões amorosas e planos frustrados, com apresentação ao vivo da cantora em um pocket show intimista. Neste sábado, 07 de setembro, a cantora e compositora Natália Santana lança o clipe de “Meu Plano” na Casa Buliçosa, em Santo Amaro, a partir das 18 horas. O clipe, protagonizado pela bailarina Patrícia Costa e dirigido por Carlos Lima, traz à tona o tema das desilusões amorosas e os planos de amor que não se concretizam. Durante o evento, Natália também fará um pocket show com voz e violão, proporcionando uma experiência intimista para os presentes. “Meu Plano” encerra o ciclo do EP Chão, o primeiro trabalho autoral de Natália Santana, composto por quatro músicas, todas em parceria com poetas. Com três clipes já disponíveis no YouTube, este lançamento finaliza a divulgação do projeto. O EP tem sido um marco na carreira da cantora, que já se destacou na cena musical independente de Recife com a banda Arcanflô, e agora segue sua trajetória solo. O evento acontece na Casa Buliçosa, um espaço multicultural e de gastronomia vegana que tem se consolidado como ponto de encontro criativo. “Estou muito animada e feliz com o resultado de um ano de trabalho. Esse projeto é o resultado de muitas mãos e uma verdadeira rede de apoio”, celebrou Natália Santana. SERVIÇOLançamento do clipe “Meu plano” de Natália SantanaCasa Buliçosa (Rua Capitão Lima, 269)07 de setembro às 18 horas

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dirceu marroquim

"A ocupação dos holandeses no Brasil gerou a profissionalização deles no tráfico de pessoas escravizadas"

Dirceu Marroquim, Historiador e curador da exposição "1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas" explica a mostra que está no Museu do Estado de Pernambuco que propõe um olhar a partir da atualidade para esse período da história que está no imaginário cotidiano do pernambucano. Quem for à exposição 1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas – que está no Museu do Estado de Pernambuco até o dia 6 de outubro – não deve esperar um simples mergulho no período das lutas contra os batavos. Mas uma interessante experiência sobre como esse passado permeia o cotidiano dos pernambucanos. Também conduz o visitante a refletir sobre diversos aspectos que levaram ao apagamento do protagonismo de negros e indígenas na memória sobre essa época, e sobre questões que povoam o imaginário da terra dos altos coqueiros: A Pátria nasceu após a Restauração? Se os holandeses permanecessem, Pernambuco estaria melhor? A reflexão é feita a partir da contraposição de um discurso hegemônico representado, em obras seculares, como as que mostram homens (em sua maioria brancos) nas lutas contra os invasores, e artistas contemporâneos como Nathê Ferreira, que traz um grande painel destacando uma mulher nega que mata um leão por dia, que tem o provocativo título: Qual é a sua batalha? Cláudia Santos conversou com o historiador Dirceu Marroquim, curador da exposição juntamente com Maria Eduarda Marques e Helena Severo. Ele explica como a mostra foi montada e resgata informações pouco conhecidas como culto a Iansã no final do Século 18 que era uma celebração feita por escravizados no Monte Guararapes e que se perpetuou em territórios da população afrodescendente. Como é que surgiu a ideia dessa exposição? Ela surge da tentativa de olhar para uma data: os 370 anos da rendição dos holandeses. É uma história que permeia o imaginário da nossa população. Não é estranho você ver turistas na rua do Bom Jesus, por exemplo, e as pessoas dizerem para eles: essa é uma rua que é do tempo dos holandeses. Você encontra muitos vestígios dessa história na nossa vida cotidiana. Só que a gente não olha muito sobre os desdobramentos dessa memória ou de como ela foi construída. A exposição nasce com a tentativa de problematizar como foram construídos os discursos nacionalistas ou que se pretenderam tentar dar unidade a essa memória. O nosso ponto de partida é entender que essa é uma problemática presente e não sobre o passado. Apesar de o título da exposição ser 1654, ela não é uma exposição sobre o Século 17, mas sobre 2024. A nossa linha do tempo é de frente para trás, começa em 2024. A proposta dessa exposição foi tentar lançar muito mais perguntas do que oferecer respostas prontas, para que as pessoas saiam da exposição se perguntando: que história é essa? Lançando assim a boa dúvida. Procurando olhar para essa história colocando em dúvida essas batalhas, essa memória católica, que cai num certo discurso hegemônico. A pergunta que permeia a exposição – Qual é a sua batalha? – serve um pouco para ilustrar o intuito dela. Como é a exposição? Ela está dividida em quatro módulos. O primeiro deles trata sobre Presença, é basicamente uma tentativa de olhar para esses 24 anos de ocupação, entre 1630 e 1654. Só que a gente faz isso lançando mão de objetos e de reproduções que não remontem ao Século 17, mas que sejam olhares contemporâneos sobre esse passado. Na entrada da exposição tem uma reprodução feita por Marcelo Andrade, estudante de arquitetura da Unicap, que criou uma página chamada Mauritsstad Digital que foi fruto do trabalho de conclusão de curso dele. Ele reproduziu em 3D a Cidade Maurícia. Então, conseguimos dar uma dimensão material a essa cidade que a gente vê numa representação tão chapada. Em seguida, temos um setor de cartografia no qual vemos a cidade evoluindo, o tecido urbano que vai crescendo e ao mesmo tempo vemos as permanências, como a Praça da Independência, a Rua de São José, cujos traçados permanecem. Estamos falando dessas idas e vindas. Nesse módulo, inclusive, tem um quadro que é do parceiro Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, que retrata Maurício de Nassau e um homem escravizado atrás dele. Ao mesmo tempo, em frente a esse quadro, temos a obra do artista plástico contemporâneo James Duarte, cujo nome é Cimento Nassau, mas ele mostra um Nassau meio zumbi, com a mão putrefata. Trata-se de uma denúncia para mostrar que esse homem, a quem se atribui como ilustrado, quase um renascentista, representa a economia do açúcar que utilizava mão de obra escravizada. O segundo módulo é chamado Restauração, em que abordamos as guerras pela recuperação de Pernambuco que começam em 1645 e terminam em 1654. Só que a forma de abordar também tem as suas idas e vindas temporárias. De um lado, trazemos representações do Século 18 das batalhas dos Guararapes e das Tabocas. Temos uma representação feita por Victor Meirelles, que ficou pronta em 1879 e foi encomenda imperial, de certo modo uma ode ao gentil da terra, ou seja, à população local. Quem está à frente é o brasileiro Vidal de Negreiros. Por outro lado, temos a batalha da Nathê, artista plástica urbana extraordinária, que fez um painel intitulado: Qual é Sua Batalha? Ela morou nos Montes Guararapes, tem experiência grande no território. Na sua obra, a representação de uma batalha cheia de homens lutando desaparece. Ela mostra uma mulher negra lutando contra um leão. Então, seja no Século 17, seja hoje ou daqui a 100 anos, essa é uma imagem que constrói sentido e que aproxima o passado do presente. No centro desse módulo da Restauração há quatro totens que são os restauradores pernambucanos, a tetralogia: Henrique Dias, Felipe Camarão, André Vidal Negreiros e João Fernandes Vieira. Mas no centro, a gente procurou trazer uma espécie de memória de soldados. Conseguimos rastrear nas crônicas de guerra o nome dos terços que eram as tropas desses restauradores. Esses nomes

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Fundaj avança na preservação do acervo de Josué de Castro

Documentação do médico e geógrafo pernambucano passa por catalogação e digitalização, com planos de seminários e publicações sobre seu legado A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) intensificou o tratamento técnico do acervo do renomado médico e geógrafo Josué de Castro, visando ampliar o acesso e a preservação de sua obra. O acervo, sob os cuidados do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), está em processo de catalogação e digitalização, com 2.662 itens já disponíveis online. Além disso, uma agenda de seminários e publicações está sendo preparada para difundir o legado de Josué de Castro, conhecido por seu pioneirismo nos estudos sobre a fome e a desigualdade social. Nesta quarta-feira (4), o presidente do Centro de Estudos e Pesquisas Josué de Castro, José Arlindo Soares, visitou o Cehibra e destacou a importância da preservação deste acervo no Nordeste. “O acervo está bem conservado e o processo de digitalização está avançado. A equipe é dedicada, e o nível de trabalho superou as expectativas. Este é o local mais adequado para garantir a preservação e o acesso ao acervo”, afirmou José Arlindo, ressaltando a importância de transferir à Fundaj os documentos que ainda estão sob posse da família. A presidenta da Fundaj, Márcia Angela Aguiar, também reforçou o compromisso da instituição com a difusão do acervo de Josué de Castro. Segundo ela, a acessibilidade a este acervo é crucial para pesquisadores e para a sociedade como um todo. A preservação e a disponibilização desse importante legado reforçam a missão da Fundaj em promover o conhecimento sobre temas centrais, como o combate à fome e à desigualdade social, temas amplamente abordados na obra de Josué. O trabalho da Fundaj não se limita à preservação documental. A instituição estabelece parcerias com outras entidades, como o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP) e o Centro Josué de Castro, para fomentar a pesquisa e a difusão do pensamento crítico sobre as questões sociais abordadas por Josué. Com iniciativas como essas, a Fundaj reafirma seu papel como guardiã de um acervo fundamental para o entendimento das causas da fome e das desigualdades no Brasil e no mundo.

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Sociedade luta pela preservação do patrimônio histórico do Paulista

Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico e Antropológico do Paulista articula várias ações para preservar a memória da identidade local. *Por Rafael Dantas Vizinha de municípios com amplo patrimônio arquitetônico, como Olinda e Igarassu, a cidade do Paulista tem se destacado na luta pela preservação de sua história. Conhecida pelo passado industrial têxtil da família Lundgren, ainda abriga lugares de diferentes períodos históricos, como o Forte de Pau Amarelo, com aproximadamente 300 anos, e as ruínas da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres de Maranguape. A criação recente do IHGAAP (Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico e Antropológico do Paulista), em 2023, um desdobramento do Movimento Pró-Museu, tem reforçado a defesa da preservação desses edifícios de grande importância para a identidade local. As iniciativas para preservar o patrimônio histórico do Paulista são variadas e ambiciosas, especialmente por meio do IHGAAP. “Queremos oficializar junto ao Iphan a existência de um centro histórico que reflita tanto o período colonial quanto o operário têxtil da cidade" que já foi o maior parque têxtil da América Latina. Essa história precisa ser resgatada”, afirma Ricardo Andrade, presidente do instituto e historiador. A falta de reconhecimento formal desse patrimônio dificulta o acesso a recursos financeiros para o município. Sem um centro histórico oficializado, Paulista ficou de fora dos investimentos do PAC Cidades Históricas. Recife, Olinda, Igarassu e Goiana, por exemplo, já possuem essa “distinção” e puderam concorrer. As disputas recentes mais intensas pela preservação do patrimônio arquitetônico da cidade estiveram em volta do Cine-Teatro Paulo Freire. Fundado em 1944, o espaço está em ruínas. Há um projeto municipal para a construção de um complexo multicultural, que derrubaria a estrutura atual. Mas a iniciativa recebe críticas dos cidadãos que têm interesse na preservação da memória da cidade. Uma ação de embargo evitou a demolição. Bernadete Serpa, escritora e ex-funcionária das fábricas têxteis da cidade, estava presente na inauguração do espaço, quando era criança. Na época, com o nome de Cine-Teatro Municipal, ele recebeu na sua cerimônia de abertura a visita do então interventor Agamenon Magalhães. Ela lembra que o político brincou com o cabelo dela ao entrar no prédio. “Sou da primeira turma do Grupo Escolar Dantas Barreto, fundado no dia 28 de maio de 1944, em plena guerra. Ele foi inaugurado no mesmo dia do teatro, eu não me esqueço porque Agamenon brincou com os cachinhos do meu cabelo quando ele entrou no auditório, de noite. Eu fui atriz do Teatro Paulo Freire, com uns 17 anos. Recentemente vieram com um megaprojeto para o local. Já está demolido o teto do grupo escolar e do teatro, além de uma sala anexa muito especial”, afirma a escritora. Além da destruição do prédio, que integra a identidade patrimonial da cidade, uma das críticas do instituto ao projeto é pelo fato de o teatro ter sua capacidade reduzida. Enquanto as instalações antigas comportavam 400 lugares, sua nova versão proposta pela prefeitura é de que tenha 250 assentos. A falta de diálogo com a classe artística no redesenho do projeto também é questionado pela população. O valor da obra de todo o complexo, anunciado no ano passado, foi de R$ 10 milhões. Só a construção do novo-cine teatro custará R$ 7 milhões segundo o último anúncio da Prefeitura do Paulista. Outra reclamação dos defensores do patrimônio do Paulista é acerca do Forte de Pau Amarelo. Ele foi construído no Século 18, tendo suas obras iniciadas em 1729. No século seguinte, após a chegada da família real ao Brasil, há um projeto de reconstrução, que duraria décadas. Apesar de uma trajetória secular, vindo ainda do período colonial e construída no local por onde os holandeses invadiram Pernambuco anteriormente, a fortificação foi abandonada. Nos últimos anos, a Prefeitura do Paulista anunciou uma revitalização, com previsão de restauro de equipamentos históricos, das instalações sanitárias, hidráulicas e elétricas, concretagem, remoção e reassentamento de telhas, pinturas, entre outros serviços. O investimento anunciado em 2023 era de R$ 340 mil. Neste ano, o poder municipal anunciou uma vistoria, mas sem declarar uma previsão de conclusão. “Para esse tipo de obra é preciso uma empresa com notória especialidade na área de preservação e restauro. As obras estão ‘às baratas’. O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural está parado também. É o segundo de Pernambuco, após fundado o de Paulista. Infelizmente, essa pauta da preservação, da identidade e da memória não existe”, critica Ricardo. “Nossa luta no Instituto, o bom combate, é para que haja ações e políticas públicas voltadas para a preservação do patrimônio”. Procuramos o poder municipal para se pronunciar sobre as obras em andamento, mas até o final desta edição não houve resposta. PATRIMÔNIO RELIGIOSO O ícone mais conhecido da cidade de Paulista é a Igreja de Santa Isabel Rainha de Portugal. Inaugurada em 1950, ela está preservada e em atividade. Porém, o patrimônio religioso da cidade guarda outros templos importantes Quem redescobriu as ruínas da antiga Igreja Nossa Senhora dos Prazeres foi o padre Renato Maia, que chegou na cidade nos anos 1980. “Quando se fala em Paulista, o que vem à mente das pessoas é a história dos Lundgren, da Fábrica de Tecidos e das Casas Pernambucanas. Quando cheguei, falava-se de uma igreja em ruínas no meio da mata”, relembra o religioso. Ele relembra que ao estudar a obra do historiador Pereira da Costa descobriu que, para comemorar a expulsão dos holandeses, foram construídas duas igrejas em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres. Uma no Monte dos Guararapes e outra no chamado na época Monte Maranguape. Ela foi construída por Fernandes Vieira em 1656. “A igreja estava em ruínas, não tinha condições para nada. Era muito difícil de chegar, com muito mato ao redor. Descobrimos o lugar, fizemos caminhadas e celebrações nas proximidades das ruínas. Minha preocupação sempre foi de criar essa identidade e um sentimento pela história da cidade”, afirmou o padre Renato. O processo de ocupações irregulares na região é um fator atualmente que pressiona pela manutenção dessas ruínas. O pleito do religioso e dos membros do instituto é de que haja ao menos um

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Escritores pernambucanos brilham na 27ª Bienal do Livro de São Paulo

Autores de Pernambuco participam de eventos e sessões de autógrafos, destacando-se na programação da feira literária. Os escritores pernambucanos Fernanda Castro, Juliano Ferro e Mirela Paes são alguns dos destaques confirmados para a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de 6 a 15 de setembro no Anhembi. Com uma programação diversificada que inclui mais de 150 horas de atividades e a presença de mais de 330 autores nacionais e internacionais, Pernambuco estará representado por esses três talentos, que trarão ao evento suas experiências literárias e obras publicadas. Fernanda Castro, natural do Recife, é conhecida por suas obras de fantasia como "O Fantasma de Cora" e "Lágrimas de Carne". Na Bienal, ela participará de vários eventos, incluindo um bate-papo na Arena Cultural no dia 6 de setembro e uma sessão de autógrafos no estande da Companhia das Letras no dia 9 de setembro. Além disso, Fernanda também falará sobre sua experiência no mercado editorial durante o Papo de Mercado, abordando o tema “Escrevi um livro, e agora?” em 12 de setembro. Mirela Paes, também recifense, é uma escritora que acredita na magia das palavras e frequentemente explora temas femininos e fortes em suas obras. Ela participará de um bate-papo sobre o processo de publicação de livros no estande da Amazon Kindle no dia 13 de setembro, seguido de uma sessão de autógrafos. Mirela também estará disponível para encontros diários com leitores e criadores de conteúdo, reforçando seu compromisso em se conectar com o público. Juliano Ferro, nascido em Caruaru e criado em São Bento do Una, trará sua experiência de vida e suas obras para a Bienal. Ele estará no estande da All Print Editora durante todo o evento, oferecendo autógrafos e participando de encontros informais com leitores. Com um histórico acadêmico em Ciências Contábeis e Direito, além de uma carreira no serviço público, Juliano demonstra a diversidade de talentos literários que Pernambuco tem a oferecer. Serviço:Bienal Internacional do Livro de São PauloData: 6 a 15 de setembro de 2024Local: Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana, São PauloIngressos a partir de R$ 17,50.Mais informações no site: Bienal do Livro SP.

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Musical Pernambucano "Capiba, pelas ruas eu vou" encanta público em São Paulo

Apresentações lotadas celebram a obra de Capiba e a arte-educação do projeto Aria Social. O musical pernambucano "CAPIBA, pelas ruas eu vou", dirigido por Cecília Brennand e com direção musical de Rosemary Oliveira e direção artística de Ana Emília Freire, conquistou o público paulista em sua recente turnê. Com um total de seis apresentações realizadas entre 05 e 14 de agosto, o espetáculo foi aplaudido por cerca de quatro mil espectadores em São Paulo. A turnê incluiu apresentações no Teatro Santander e no Teatro Sabesp Frei Caneca, na capital, além de uma sessão no Teatro Humberto Sinibaldi Neto, em São José do Rio Preto. O espetáculo contou com um elenco formado por 39 bailarinos-cantores, todos alunos do projeto social Aria Social, além de uma orquestra de câmara composta por 17 músicos. O sucesso das apresentações foi garantido pelo trabalho de uma equipe de 100 pessoas, incluindo técnicos de som e luz, videógrafos, figurinistas e outros profissionais. A produção destacou-se pela qualidade técnica e artística, utilizando mais de 80 equipamentos de luz e som e cerca de 300 figurinos, e emocionou o público com a interpretação da obra-prima "Missa Armorial" de Capiba. Sobre o Projeto Aria Social O projeto Aria Social, responsável pelo musical, é uma iniciativa de arte-educação que visa transformar a vida de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade na Região Metropolitana do Recife. O projeto oferece formação completa em música e dança para 588 alunos, além de capacitar 140 mães artesãs em técnicas de artesanato e empreendedorismo social através do projeto Casa de Maria. O objetivo é promover a inclusão social e a valorização da cultura pernambucana através da arte. Como Ajudar: Para contribuir com o Aria Social, você pode fazer doações únicas, mensais, ou apadrinhar a escola. Doações também podem ser feitas via transferência bancária utilizando a chave: 07.041.925/0001-20. Para mais informações, visite o site ariasocial.ong.br/quero-ajudar ou ligue para (81) 3341.1014.

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Mostra da Diversidade Sexual no Sertão do Pajeú: Inscrições Abertas para Oficinas de Audiovisual

Evento acontece de 16 a 19 de setembro em Afogados da Ingazeira (PE), com atividades gratuitas voltadas ao cinema e debates sobre diversidade sexual. A 3ª Mostra da Diversidade Sexual no Sertão do Pajeú acontecerá em setembro, na cidade de Afogados da Ingazeira, Pernambuco. O evento, que já se consolidou como um importante espaço de discussão e expressão artística na região, ocorrerá de 16 a 19 de setembro no Cine São José. Além da exibição de curtas-metragens que exploram temas como gênero, sexualidade e religiosidade, a mostra promoverá oficinas, debates e formações, incentivando a produção audiovisual local e regional. Este ano, duas oficinas já estão com inscrições abertas e são oferecidas gratuitamente. A oficina online "Olhar", realizada em parceria com o projeto F(r)icções, abordará diferentes tipos de escrita cinematográfica, como resenha, crítica e ensaio. Ministrada por Márcio Andrade e Sandro Alves, profissionais renomados na área, a formação ocorrerá de 16 a 19 de setembro, com aulas online no período da manhã. As inscrições vão até 6 de setembro, e os selecionados serão divulgados no dia 11. A segunda oficina, "Elaboração de Minidocumentário", será conduzida pelo cineasta Marlon Meirelles e ocorrerá presencialmente na Associação de Moradores do Bairro Borges, em Afogados da Ingazeira. Com 15 vagas disponíveis, a formação será realizada de 14 a 16 de setembro, das 14h às 17h. As inscrições também são gratuitas e devem ser feitas até 10 de setembro. Esta é uma oportunidade única para quem deseja aprender mais sobre a produção de documentários e se engajar em debates relevantes sobre diversidade sexual no sertão pernambucano. Serviço:

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