Arquivos Cultura e história - Página 21 de 359 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

Zulu Araujo

Primeiro dia do Seminário Nacional País do Carnaval debate as várias facetas da festa

O Seminário Nacional País do Carnaval, que terá início na próxima terça-feira (13/08) na Sala Aloísio Magalhães da Fundaj, visa explorar as diversas facetas do Carnaval no contexto das transformações sociais e culturais atuais. Com curadoria de Silvana Meireles e Renato L, o evento ocorrerá ao longo de três dias e contará com a produção de Janaína Guedes e o incentivo da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, da Prefeitura do Recife e da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O primeiro dia se concentrará em discutir temas como a evolução da festa e sua relação com a indústria cultural e as tradições regionais. A abertura do seminário apresentará debates sobre a festa popular, abordando tanto a tradição quanto a contemporaneidade do Carnaval. Participarão das discussões Paulo Cesar Miguez de Oliveira, economista e reitor da Universidade Federal da Bahia, e Rita de Cássia Araújo, historiadora e pesquisadora da Fundaj. Outro painel destacará a comparação entre as tradições carnavalescas de Salvador e Rio de Janeiro, com a presença do arquiteto e mestre em Cultura e Sociedade, Zulu Araújo, e Rita Fernandes, jornalista e presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. Silvana Meireles, uma das curadoras, comentou que o seminário surgiu de conversas sobre as mudanças no Carnaval e a necessidade de reunir gestores, acadêmicos e artistas para debater essas transformações. “País do carnaval nasceu numa mesa de bar de uma conversa entre mim e Renato sobre as nossas experiências do carnaval de 2024 como foliões ou como observadores de carnavais em Pernambuco e outros lugares. Falamos sobre as significativas mudanças da festa no Brasil, principalmente nos últimos anos. No final do papo, achamos importantes reunir gestores, acadêmicos, ativistas e artistas num debate? E assim nasceu o seminário”, disse Silvana Meireles, uma das curadoras do evento. “Será um momento interessante para que a gente possa refletir, discutir sobre essa grande festa que é o carnaval no Brasil. Uma das maiores festas populares no mundo e como tal precisa ser tratada com muito carinho, com muita dedicação, muito respeito e, sobretudo, políticas públicas”, disse Zulu Araújo, um dos convidados do dia. Já Rita de Cássia Araújo destacou o caráter plural do evento. “Vai ser uma oportunidade excelente pra conhecer essa grande festa pública brasileira, não só em Pernambuco Bahia e Rio de Janeiro que já são consagrados, mas também Belo Horizonte e São Paulo, onde a festa de rua emergiu com força nesse século”, concluiu. As inscrições são gratuitas, com inscrições pelo sympla.

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1824: a derrota revolucionária e os efeitos do fim da Confederação do Equador

*Por Rafael Dantas A República instalada em 1824 no coração do Nordeste brasileiro não teve vida longa. Em menos de seis meses, o governo foi derrotado e os líderes fugiram ou foram presos. O maior ícone, Frei Caneca, foi julgado e fuzilado perto do Forte das Cinco Pontas. A queda dos revolucionários derramou sangue, sonhos e deixou sequelas políticas e econômicas. Algumas estão sendo enfrentadas ainda hoje. O primeiro impacto da vitória de Dom Pedro I sobre os confederados foi a dissolução de uma forte classe política e intelectual engajada na então província. O presidente da Confederação do Equador, Manoel de Carvalho Paes de Andrade, conseguiu fugir para a Inglaterra. Frei Caneca, foi preso, condenado e morto. As demais lideranças tiveram destinos parecidos. A força que irrompeu em 1817, na Revolução Pernambucana, e em 1821, na Convenção de Beberibe, e que voltou a abalar Dom Pedro I em 1824, ficaria contida após essa derrota. O próximo movimento de grande proporção no Estado aconteceria apenas quase 25 anos depois, na Revolução Praieira. Os ideais libertários e mais avançados que circulavam na colônia foram abafados. “Com a repressão do governo central ao movimento da Confederação do Equador, vários personagens foram silenciados. No entanto, devemos considerar que foi um momento muito importante, não apenas para a história em Pernambuco, mas para a história do Brasil. Dom Pedro I consegue impor sua força nas províncias da região, no entanto, não foi suficiente para pacificar todas elas. Outros movimentos revolucionários foram surgindo, resultado, inclusive, das contestações que tinham como base liberdade e igualdade. Contestando as formas de governo e a própria repressão do governo central”, ressalta o professor de história da Universidade de Pernambuco, Carlos André Silva de Moura. Os ideais, muito sofisticados para a época, ficaram como um legado da revolução. Para isso foi fundamental o papel exercido pela imprensa, antes e durante o período da Confederação do Equador. “Os jornais como Typhis Pernambucano, coordenado por Frei Caneca, foram fundamentais para a divulgação das ideias de liberdade que foram construídas”. Seja pela imprensa ou pela habilidade retórica e de articulação dos seus líderes, essa revolução conseguiu também ter uma adesão popular. Um fato que contribuiu para a permanência dessas ideias, mesmo diante de um governo autoritário que se instalou. “A Confederação do Equador extrapolou outros movimentos anteriores, pois passou de uma simples conspiração. Concretamente, a Confederação decretou um processo de independência, também com a participação popular, que foi marcante. Além disso, os próprios questionamentos sobre a condição dos escravizados, anos depois, vai levar à criação de vários movimentos abolicionistas. Não só em Pernambuco, mas em diversas partes do Brasil”, analisa Carlos André. Ao derrotar os revolucionários pernambucanos com o exército imperial, Dom Pedro I conseguiu consolidar também a mais centralizadora Constituição, que foi imposta em 1824. Era justamente ela um dos motivos que contribuiu para a explosão da revolução. Para o historiador Flávio Cabral, professor da Unicap, essa Carta, que foi a mais longeva de toda a história do Brasil, deixou um legado perverso para o País. Ela só viria ser derrubada em 1891, já no período republicano, após o longo governo de Dom Pedro II. “Ficamos amordaçados, aceitando goela abaixo a imposição de um déspota. Era uma Constituição arbitrária que tem uma invenção maquiavélica, como dizia Frei Caneca, que era o Poder Moderador. O imperador poderia interferir em todos os poderes”, afirmou o Flávio Cabral. A centralização do poder no governo central é um “legado” dessa derrota pernambucana. Contestada pela Confederação do Equador, que defendia claramente uma posição federalista, como nos Estados Unidos, a força concentrada da governança brasileira não foi abandonada. Os debates promovidos pelo ex- governador Eduardo Campos, que defendiam uma revisão do Pacto Federativo, quase 200 anos depois daquela revolução, permanecem ainda por serem resolvidos. Inicialmente pela capital do Império no Rio de Janeiro e atualmente em Brasília, a concentração de poder no governo e nos poderes legislativos centrais é um fato. Uma expressão que exemplifica a dificuldade dos governos locais diante desse cenário é das marchas dos prefeitos com o “pires na mão” em direção ao Planalto. A busca de recursos para tocar a gestão dos municípios passou também a ser das emendas parlamentares. Seja do Governo Federal, da Câmara ou do Senado, estão na capital as decisões sobre o destino da maior parte dos recursos arrecadados no País. O relatório publicado neste ano pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) exemplifica a continuidade do problema da concentração de poder. “O início deste ano nas prefeituras municipais é marcado, dentre outras atividades, pela preocupação com a situação fiscal, posto que ao menos metade dos municípios do País encerrou o ano de 2023 com déficit primário”, alertou o comunicado sobre as expectativas das contas municipais em 2024. Um problema de lá do Século 19 que, em outras nuances, permanece presente no Século 21. Além da centralização administrativa e econômica do Império, o “Poder Moderador”, criado por Dom Pedro I na Constituição de 1824, com frequência é evocado pela extrema direita brasileira atualmente. Na leitura contemporânea dos grupos que atentam contra a democracia, o “Poder Moderador” que, no passado, pertenceu ao imperador, seria hoje de competência dos militares. Portanto, outro fantasma que sobreviveu com a derrota da Confederação do Equador. PARA ALÉM DA CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA A manutenção do poder pelo Império contribuiu também para a estabilidade de muitas mazelas sociais do País, como a escravidão e mesmo a desigualdade na análise de Flávio Cabral. “O Império manteve o pobre no mesmo lugar, os povos originários sem condições, além da continuidade da escravidão. Muitas ‘heranças’ que temos hoje são frutos desse conservadorismo que se manteve com a Constituição de 1824. É bom lembrar que ela foi a que mais durou no Brasil”, afirmou o historiador. “O País teve muitas chances de mudança, mas desperdiçou um bocado delas”. A vitória de Dom Pedro, na avaliação de Flávio Cabral, promove uma conservação social do País. “Houve uma independência, mas sem mortificar as estruturas da propriedade, do latifúndio, da escravidão e não se promoveu uma

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remo 2024

14 fotos dos esportes no Recife há um século

As Olimpíadas de 2024 estão chegando ao fim, entre alegris e tristezas para o Brasil em Paris. Os Jogos Olímpicos sempre reúnem desde as modalidades mais populares e tradicionais, como futebol, vôlei, atletismo e natação, como envolve esportes menos conhecidos do público brasileiro. Muito além do futebol, num resgate de imagens da prática esportiva no Recife na década de 1920, a coluna Pernambuco Antigamente traz imagens de partidas de pólo aquático, criquete, jóquei, remo, tênis, além de algumas brincadeiras de praia. Confira! A maioria das fotos são da Revista da Cidade, que circulou entre 1926 e 1929, mas há algumas fotos também do Acervo da Fundaj, da Villa Digital. O remo é uma das atividades típicas da época, com várias fotos no Rio Capibaribe . Jóquei, na Madalena .Time feminino em Jogo de Cricket, no ano de 1908, no bairro do Espinheiro (Acerbo Josebias Bandeira/Fundaj) . Tênis praticado no Recife . Polo Aquático . Vôlei (Acervo Benício Dias, Fundaj, sem data de identificação) . Mergulho . Brincadeiras de praia . . . .*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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amar elos vermelhos

Os Elos de Márcia Basto

*Paulo Caldas Ora intimista, ora com olhar voltado para além da linha do Horizonte, Márcia Meira Basto, no seu recente “Amar elos vermelhos”, se impõe ante a lida cotidiana e suas armadilhas. Ciosa no trato da escrita, miscigena elementos de fina prosa poética com frases leves, tal gestos sinuosos de um gracioso balé. Quando desnuda a verdade, abre as cortinas do escuro e revela elogiosa capacidade de síntese, sem espaço para palavras perdidas. Deixa transparecer angústias, ansiedades, certezas de esperanças para trocar, por dores e tristezas, risos e poesia.  Sob o ponto de vista da estética, faz uso com destreza, por exemplo, do modo gerúndio, ação verbal com duração de tempo indefinida; bem como adota símiles e metáforas nascidas do notável talento com a sutileza da sua verve. Conhecida pelo apego às letras de Clarice Lispector, abraça uma permanente motivação para dedicar-se exclusivamente à literatura. A publicação, com o selo da Editora Labrador, traz esmerado projeto gráfico de Amanda Chagas e ilustrações internas de Maurízio Manzo. Os exemplares podem ser adquiridos nas Livrarias do Jardim, Leitura e na Amazon. *Escritor  

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quadro poco

Dualidades: Pietro Severi retrata o Poço da Panela em sua primeira exposição individual

Hoje, 8 de agosto, às 19h, o artista Pietro Severi inaugura sua primeira exposição individual, intitulada "Dualidades", na Sala da Frente Arte e Galeria, localizada no Poço da Panela. A mostra, com curadoria de Bruna Pedrosa, apresenta 31 telas que exploram as dualidades do bairro onde Severi reside há 15 anos. A exposição marca a culminância de um projeto iniciado há cinco anos, inspirado pelas caminhadas diárias ao longo do rio Capibaribe com seus filhos, que proporcionaram uma nova perspectiva sobre o bairro e sua transitoriedade. Severi, ao refletir sobre o Capibaribe e suas margens, enfatiza a dualidade entre as realidades das diferentes margens do rio e as diversas facetas do bairro. Ele retrata a coexistência entre o antigo e o moderno, o urbano e o rural, e a vida cotidiana dos moradores, mostrando um bairro vibrante e culturalmente rico. A exposição destaca a contrastante convivência entre casarios históricos e construções contemporâneas, bem como o sagrado e o profano que marcam a vida no Poço da Panela. A curadora Bruna Pedrosa ressalta que as obras de Severi capturam a transitoriedade da vida e a passagem do tempo, oferecendo um retrato multifacetado do bairro. A exposição permanecerá em cartaz até 6 de setembro e incluirá eventos como uma mesa-redonda em 17 de agosto e uma visita mediada em 24 de agosto. Severi, que iniciou sua trajetória artística no Poço da Panela e passou pela Itália para estudos adicionais, é reconhecido por seu trabalho meticuloso e pela reflexão profunda sobre sua temática pictórica.

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Duo Repercuti instrumento

Duo Repercuti explora novas possibilidades da percussão no Teatro Hermilo Borba Filho

O Duo Repercuti retorna ao palco do Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, no dia 8 de agosto, às 19h30, para mais uma edição do projeto “O Som das Baquetas Convida”. Desta vez, o duo, composto por Emerson Coelho e Emerson Rodrigues, contará com a participação especial dos músicos e compositores Henrique Albino, Filipe de Lima e Silva Barros. O evento, parte de um projeto de circulação apoiado pelo Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) da Prefeitura do Recife, promete aprofundar a pesquisa musical em instrumentos percussivos sinfônicos como a marimba e o vibrafone, além de proporcionar uma experiência inovadora ao público. A apresentação dá sequência ao projeto que em junho contou com a participação de músicos da Nação Xambá.  O repertório da nova apresentação inclui obras dos músicos participantes, com destaque para a nova versão de "Pakiparabaki" de Henrique Albino, adaptada para a formação do quinteto. Além da música, o show inclui uma intervenção visual do VJ Gools, que criará efeitos cenográficos projetados diretamente nas paredes do teatro, e uma produção de figurinos com a Zarina Moda Afro. SERVIÇO O Som das Baquetas Convida Henrique Albino, Filipe de Lima e Silva Barros. Dia 8 de agosto, às 19h30, no Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, Bairro do Recife). Ingressos podem ser retirados gratuitamente pelo Sympla

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eduardo kobra

Eduardo Kobra: "A arte traz respiro, como vacina, antídoto, melhorando o visual urbano"

O muralista paulistano Eduardo Kobra deixou sua marca em murais gigantes pelo mundo inteiro. Nascido na periferia, foi pouco a pouco ganhando um espaço na arte urbana, que praticamente não existia. Seu legado, distribuído desde metrópoles a cidades pequenas espalhadas pelo mundo, abriu espaço para que muitas outras trajetórias seguissem a trilha que ele deixou. Nesta edição em que discutimos a instalação de diversos megamurais no Recife, o repórter Rafael Dantas entrevistou por telefone o muralista, que entre suas obras pintou o painel de 77 metros de altura de Luiz Gonzaga no Prédio da Prefeitura do Recife, em 2017. Como você começou na arte urbana? Sou artista desde 1987. Tenho hoje 49 anos, comecei bem menino, numa época em que a arte de rua era totalmente discriminada. As pessoas viam os artistas como vagabundos ou entendiam a arte de rua como inferior. Como eu não tinha emprego, quando me vi na necessidade de pagar conta de água, luz e aluguel, comecei a fazer trabalhos encomendados de pintura em sacolão, pet shop, oficina mecânica… Tem que partir para cima e tentar usar as armas disponíveis até que a consciência [da valorização dessa atividade] chegue. Eu sinto muito orgulho de ter feito parte da transformação da mentalidade das pessoas. Eu mesmo sofri todo tipo de preconceito. Hoje esse cenário ainda se repete em muitas cidades e situações. Qual sua percepção dos projetos públicos para incentivar essa arte? Toda e qualquer atitude voltada a apoiar esses artistas é muito bem-vinda. São atitudes de vanguarda. Muitos desses meninos e meninas que pintam nas ruas fazem de forma voluntária e espontânea. Mas muitos artistas, como foi minha história, não tinham dinheiro nem para comprar seu material. Muitos desistem por causa de toda dificuldade. O movimento para apoiar esses artistas tem um significado importantíssimo. Não existe diferença entre arte na rua, galeria e museu. Como não existe diferença do artista que vem de classe alta e estudou nas melhores universidades dos artistas autodidatas. A arte vem de dentro para fora. É impossível estabelecer parâmetros por classe social ou oportunidade de estudo. Não conheço o projeto do Recife diretamente, mas consigo imaginar muitos artistas de origem simples recebendo essa visibilidade e apoio. São incentivos que fazem toda a diferença. Meu trabalho começou nas ruas e periferias, sem incentivo ou apoio, mas hoje um artista desse tem que ser incentivado. É um privilégio o nosso País ter essa quantidade de arte importante pelas ruas, como no Recife, São Paulo, no Rio de Janeiro e nos interiores. Quais os efeitos que você percebe da presença dos murais gigantes pelas grandes cidades? Muitos artistas nas ruas estão se doando e transformando o ambiente urbano. As artes estão onde as pessoas andam estressadas, preocupadas com violência, com ansiedade. A arte traz respiro, alívio, como vacina, antídoto, melhorando o visual urbano. Inspirando as pessoas em áreas degradadas. A arte de rua tem papel fundamental para as cidades. Hoje é inimaginável pensar nessas grandes cidades sem esse movimento de arte urbana. O Brasil é um dos principais países em relação a street art, com qualidade dos artistas que fazem coisas fantásticas. Quanto houver mais intervenção é bacana, pois transforma cidade em galerias a céu aberto. Quais seus próximos planos? O Recife está neles? Eu sigo recebendo muitos convites pelo mundo. Apesar de tanto tempo pintando, sigo entusiasmado por fazer o que faço. É um privilégio conhecer cidades do mundo ou brasileiras, grandes ou pequenas, trabalhar em Nova Iorque, onde tenho 21 murais, ou na África, onde tenho 2. Todos lugares trazem conhecimento. Mas o mais importante neste momento é a entrega do legado do Instituto Kobra. Damos trabalho e formação a meninos da comunidade, pessoas simples que podem ter a arte como uma saída. Busco incentivá-los a seguir em frente com meu instituto. Esse é o trabalho mais importante da minha vida. Quem sabe posso expandir, com células em várias partes do Brasil, sem dúvida o Recife está nessa minha programação. Gostaria muito de voltar à cidade também para restaurar o mural que foi feito no Prédio da Prefeitura do Recife. Seria bem legal ter essa oportunidade.

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Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfa

Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá encerram turnê no Classic Hall

Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá encerram a turnê “As V Estações” com um show especial no Classic Hall, em Olinda, nesta sexta-feira, 9 de agosto, a partir das 20h30. Após uma série de apresentações aclamadas que revisitaram os álbuns que marcaram a história da Legião Urbana, "As Quatro Estações" e "V", os membros fundadores da banda se despedem do projeto com uma performance que promete emocionar o público. A turnê proporcionou uma viagem nostálgica pelos maiores sucessos da Legião Urbana, como "Tempo Perdido", "Pais e Filhos", "Monte Castelo", "Dezesseis" e "Ainda É Tempo". Acompanhados por André Frateschi (vocal e bateria), Mauro Berman (direção musical, baixo e teclados), Lucas Vasconcellos (guitarra e violão) e Pedro Augusto (teclados), os shows foram marcados por performances energéticas e fiéis aos arranjos originais, celebrando a obra atemporal da banda. "Essa ideia de comemorar, celebrar os trinta anos de cada álbum, e juntar de novo uma banda, subir nos palcos e reencontrar o público, foi algo muito emocionante; a gente pôde perceber que tudo o que fez esses anos todos ainda têm uma relevância grande”, afirmou Dado Villa-Lobos. O encerramento da turnê promete ser um evento emocionante, com um público diversificado que vai cantar em uníssono os clássicos que definiram o rock brasileiro. Os ingressos para o show final estão disponíveis a partir de R$ 160, tanto na bilheteira do Classic Hall quanto online através do site Bilheteria Virtual. SERVIÇO

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Lula Cardoso Ayres Cavalo marinho do bumba meu boi 1941

Galeria Marco Zero celebra Lula Cardoso Ayres em exposição com mais de 60 obras

“Caminhos de Ida, Caminhos de Volta” apresenta a produção do pernambucano ao longo de várias décadas, a partir de 10 de agosto A Galeria Marco Zero homenageia o artista pernambucano Lula Cardoso Ayres (1910-1987) com a exposição “Caminhos de Ida, Caminhos de Volta”. A mostra, que será inaugurada em 10 de agosto e poderá ser visitada gratuitamente até 28 de setembro de 2024, apresenta cerca de 60 obras que vão desde a década de 1940 até a última obra inacabada do artista, produzida pouco antes de sua morte. A exposição, com curadoria de Guilherme Moraes, oferece uma visão abrangente da carreira multifacetada de Ayres, destacando sua contribuição ao modernismo brasileiro e sua integração com as vanguardas europeias e brasileiras. Lula Cardoso Ayres iniciou sua trajetória artística na adolescência, apoiado pela boa condição financeira de sua família. Trabalhou como assistente do artista alemão Heinrich Moser e, em 1925, viajou a Paris, onde se deparou com as vanguardas artísticas. Após seu retorno ao Brasil, estudou na Escola Nacional de Belas Artes e explorou a produção gráfica como ilustrador e desenhista. Seu retorno ao Recife, onde ajudou nos negócios da família, marcou o início de sua profunda conexão com os temas culturais e folclóricos de Pernambuco, que se tornariam centrais em sua obra. A curadoria de Guilherme Moraes busca evidenciar a diversidade da produção de Ayres ao longo das décadas, apresentando sua evolução artística e seu interesse pelos saberes populares. A exposição está dividida em núcleos que mostram desde desenhos da década de 1940 até experimentações no abstracionismo, como a tela “Pássaro Vermelho”, exibida na Bienal de São Paulo, e sua reaproximação com a figuração. A Galeria Marco Zero está localizada em Recife e funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 17h. Para mais informações, o contato é (81) 98262-3393 e contato@galeriamarcozero.com.

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cultura popular maracatu Foto Hugo Muniz

Bicentenário da Confederação do Equador será celebrado por grupos de cultura popular

Grupos de cultura popular de matriz africana e indígena de Pernambuco se reunirão neste domingo, 4 de agosto, para comemorar o bicentenário da Confederação do Equador, um dos eventos históricos mais marcantes do estado. O evento acontecerá na sede do Pontão de Cultura e Museu Poço Comprido, em Vila Murupé, Zona Rural de Vicência, local que serviu de refúgio para o revolucionário Frei Caneca durante a revolta de 1824. A celebração ocorrerá no Engenho Poço Comprido, um local de grande importância histórica, onde o sacerdote e líder revolucionário buscou abrigo antes de ser executado no Forte das Cinco Pontas, no Recife. A programação será aberta ao público e contará com apresentações de grupos culturais de diversas cidades pernambucanas, incluindo Afogados da Ingazeira, João Alfredo, Serra Talhada, e Nazaré da Mata. As performances irão destacar tradições culturais como maracatu de baque solto, ciranda, coco de roda, e manifestações indígenas. O evento visa homenagear a bravura das lideranças locais que, em 1824, se levantaram contra as políticas autoritárias do Imperador Dom Pedro I, lutando por uma república independente e mais justa para o povo pernambucano. Além das celebrações históricas, o evento marcará a apresentação pública do Comitê de Cultura em Pernambuco, uma iniciativa do Ministério da Cultura através do Programa Nacional dos Comitês de Cultura. A festa também incluirá o Festival Celebração da Consciência Negra 2024, que contará com atividades dedicadas ao combate ao racismo e ao empoderamento da população negra. Moradores, turistas e visitantes estão convidados a participar deste encontro que celebra a memória e a resistência cultural de Pernambuco.

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