Arquivos Cultura e história - Página 300 de 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

Criaturas Urbanas ocupam o Recife para ações de Arte Pública

Até 15/11, o Recife sedia a primeira edição do projeto Criaturas Urbanas, que realizará um conjunto de ações em espaços públicos da região metropolitana. Ao longo de dez dias de vivência em quatro laboratórios de experimentação, diferentes formatos serão concebidos em uma imersão artística-política-afetiva. Juntos, artistas e não-artistas buscam imaginar, desenvolver e executar variadas maneiras de interferir na cidade. Descendente direto do saudoso SPA das Artes, o projeto é coordenado por Rosa Melo, Lia Letícia, Adah Lisboa e Luciana Padilha e tem incentivo do Funcultura. Entre os participantes dos laboratórios, há destaques da arte contemporânea brasileira como a baiana Virgínia de Medeiros, os pernambucanos Zé Paulo, Maurício Castro e Lourival Cuquinha, o carioca Ronald Duarte e os paraenses Paulo Paes e Fernando de Pádua, que se somam a dezenas de interessados selecionados localmente por meio de uma chamada pública. “É uma celebração do legado de coletivos que surgiram no Recife desde os anos 1950s. Dessa vez, o Criaturas Urbanas retoma essa experiência agregando várias gerações”, observa a crítica de arte pernambucana Ana Luísa Lima, integrante do lab de Meditação Crítica que está acontecendo na Casa Marte, no bairro da Encruzilhada. De fato, a “velha guarda” das artes visuais se mistura à pulsão de uma nova geração, representada por Ricardo Brazileiro, Rádio Aconchego, Coletivo Carne, Maria Magú, Ingá Maria Patriota, Chico Ludemir, Maria Clara Araújo e Michel Gomes. Emaranhando-se com a cidade, o Criaturas Urbanas vem tecendo redes orgânicas que permitem realizações conjuntas com coletivos artísticos e agentes locais de transformação. São coletivos parceiros que recebem os labs do projeto a Casa Marte, o Conjunto 301- AIP, o GTP+, o Casarão das Artes Pilar, SIS/Rádio Aconchego, Coletivo Escambo e o Ponto de Cultura Coco de Umbigada.   Liderado por por Mãe Beth de Oxum, o Coco de Umbigada (rua João de Lima, Guadalupe, Olinda)r ecebe amanhã (quarta, 8/11), a partir das 17h, o Laboratório Interativo Ambulante Engenho. Juntos realizam um minitorneio do game Contos de Ifá, inspirado nos Orixás, que será projetado na parede da Igreja de Guadalupe, em Olinda. Também amanhã (quarta, 8/11), a partir das 18h, crianças que frequentam o Casarão das Artes Pilar (av. Tiradentes, 122) na comunidade do Pilar, Recife Antigo, apresentam uma peça sonora desenvolvida em parceria com Yuri Bruscky, a partir da gravação de sons do entorno. No domingo, saem em cortejo pela comunidade com figurinos e instrumentos desenvolvidos em oficinas com Zé Paulo e Ruth Steyer. Na sexta (10/11), a partir das 14h, os participantes do lab ‘Transmissões – ativismo. Narrar-se é Criar-se’ convocam a cidade para um arrastão partindo da sede da Amostras (av. Manoel Borba, 545, 1o andar, Boa Vista), rumo ao Bar da Praça no bairro Bola na Rede. Lá acontece um happening aberto ao público das 15h30 às 17h. Em Arthur Lundgren 1, Paulista, a Quadra do Mangueirão (av. Euclides da Cunha) é o ponto de encontro para um mutirão de transformação no próximo final de semana (11 e 12/11), onde a população local atuará em conjunto com os integrantes do coletivo Escambo para ações como a implantação de Ciclofrescas (ciclovias traçadas considerando as áreas sombreadas por árvores), plantação de mudas, grafite e outras táticas de reconstrução urbana. Todos são bem-vindos. Outras ações serão delineadas ao longo da semana e um Diário de Bordo dos laboratórios pode ser acompanhado pelo site www.criaturasurbanas.art.br. LABORATÓRIOS EM ANDAMENTO 1 - Ambulante Interativo Engenho Com os artistas Biarittzz, Fernando de Pádua, Ricardo Brazileiro e a Rádio Aconchego (Maria Magú e Gus Cabrera), o núcleo desenvolve propostas de intervenções coletivas a partir do contato com grupos que já atuam na cidade. 2- Transmissões – aRtivismo. Narrar-se é Criar-se. Com os artistas Chico Ludermir, Maria Clara Araújo e Virgínia de Medeiros, o núcleo aborda a narrativa a partir das formas que o corpo permite – com a fala, com a dança, com o grito, com o choro, com os olhos e com o silêncio. 3 - Meditação Crítica ou 4UADRILHA ou Tá Môco? Com a curadora Ana Luisa Lima, o artista Maurício Castro e a jornalista Tati Diniz, o núcleo aborda processos contemporâneos de emissão de mensagens para gerar uma coleção de lambe-lambes. 4 - Barrocada: Quando é que a Casa Caiu? Com o Coletivo Carne (Iagor Peres e Jorge Kildery) e os artistas Lourival Cuquinha e Ronald Duarte, o núcleo apresenta um panorama de artistas e coletivos que desenvolvem projetos em espaços públicos, trazendo reflexões sobre as cidades e como vivemos nelas.

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Radialista Geraldo Freire lança livro biográfico no Nobile Suites Hotel em Petrolina

O radialista Geraldo Freire, que há mais de 30 anos é líder de audiência no Recife e região metropolitana, lança neste sábado (11) no hotel Nobile Suites (antigo Quality) em Petrolina-PE, o livro ‘O que eu disse e o que me disseram’. Durante o evento, que ocorre das 9h ao meio dia, o comunicador vai autografar a obra que conta parte significativa da sua história e ajuda a entender a trajetória recente da radiofonia pernambucana. O livro, que tem prefácio de Xico Sá, depoimentos de Ivanildo Vila Nova, Moacir Franco e Jessier Quirino, contou com a ajuda do professor Eugênio Jerônimo e chega ao Vale do São Francisco depois de concorridos lançamentos em Recife e Caruaru. A obra levou 10 anos para ser concluída e relata histórias curiosas e interessantes envolvendo personagens, a exemplo de Miguel Arraes e Dom Helder. Tudo com muita irreverência que é a marca registrada deste cearense de Caririaçu que já contabiliza 40 anos de jornalismo, 25 destes na Rádio Jornal.  

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Mostra gastronômica XepaCult une tradição e sustentabilidade

A XepaCult - Mostra de Gastronomia de Tradição pelo Consumo Consciente recebe neste sábado (11/11), as mestras cozinheiras Bárbara Oliveira e Maria Rosária Oliveira, do Povo Indígena Pankararu (dos municípios de Tacaratu e Petrolândia), que irão preparar pratos tradicionais ou novas receitas criadas com a xepa da feira de orgânicos. Neste mês de novembro, o evento passa a acontecer no espaço cultural Maumau e irá recolher a xepa da feira agroecológica das Graças. A xepa é tudo o que não é vendido na feira, são alimentos bons para consumo, mas que são descartados como lixo por terem partes amadurecidas, por exemplo. No espaço Maumau, o público poderá degustar os sabores da cozinha de tradição indígena, comida limpa, boa e justa, conforme os princípios do movimento Slow Food. Além da comida, a XepaCut promove a exposição fotográfica “Tem cheiro de Pitiú”, de Dila Vieira, e a apresentação musical “O som do barro” com Mestre Nado e convidados. O evento é realizado neste sábado (11/11) das 13h às 17h. A entrada e a degustação gastronômica são gratuitas. O Maumau fica na Rua Nicarágua, 173, Espinheiro, Recife. A proposta XepaCult é estimular o consumo consciente, a partir da valorização do patrimônio gastronômico de comunidades quilombolas e povos indígenas de Pernambuco. Ao cozinhar com a xepa da feira de orgânicos, o projeto traz um alerta sobre o desperdício de alimentos. De acordo com Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) um terço de todo alimento produzido no mundo é desperdiçado a cada ano. Na exposição “Tem cheiro de Pitiú”, a fotógrafa Dila Vieira apresenta uma série de imagens produzidas no Amazonas sobre as tradições da pesca e do preparo de peixes na palha da bananeira. Dila é natural do Macapá, mas mora no Recife.“Tem cheiro de Pitiú” é a sua primeira exposição, que fica em cartaz na Maumau até 30 de novembro. Os interessados em agendar visitação devem enviar email para virginia.correia2@gmail.com Durante a tarde de sábado (11/11), o público também poderá curtir a apresentação O Som do Barro, de Mestre Nado que canta toca instrumentos artesanais feitos de barro ao lado dos percussionistas Sara e Micael Cordeiro (filhos do mestre) e Fábio Bacalhau. O repertório é diversificado com samba-canção, baião, ciranda,coco, valsa e bolero. PROJETO - A XepaCult teve início em agosto deste ano e segue até março de 2018 com eventos mensais, sempre no segundo sábado de cada mês. Os três primeiros eventos (agosto, setembro e outubro) foram realizados no Centro de Cultura Luiz Freire. A partir de novembro, a XepaCult ocupa o espaço Maumau. A cada evento, duas mestras cozinheiras quilombolas ou indígenas preparam pratos com a xepa da feira de orgânicos. Para criar o projeto, a pesquisadora, ecozinheira e produtora Mônica Jácome se inspirou no movimento Slow Food, que defende a sociobiodiversidade alimentar e de valorização da agricultura familiar, prezando pela comida de verdade, boa, limpa e justa para todos. Mônica atualmente é mestranda em Memória Social e Patrimônio Cultura na UNIRIO com o projeto de dissertação "Pratos de Resistência: contribuições ao estudo do patrimônio gastronômico de Pernambuco”. Antes da realização das mostras, a pesquisadora Mônica Jácome e a fotógrafa Magda Silva visitaram quilombos e povos indígenas, do Litoral ao Sertão, para convidar as mestras cozinheiras para participar da XepaCult. A dupla visitou as comunidades de matriz africana Palmeira (Glória do Goitá), Quilombo Chã-dos-Negros (Passira), Quilombo Onze Negras (Cabo de Santo Agostinho), Engenho Siqueira (Rio Formoso), Quilombo Conceição das Crioulas (Salgueiro) e os povos indígenas Fulni-ô (Águas Belas), Pankararu (Tacaratu), Atikum (Carnaubeira da Penha) e Xukuru (Pesqueira). Sobre Mônica Jácome Mestranda em Memória Social e Patrimônio Cultura na UNIRIO (2016-2017) com o projeto "Pratos de Resistência: contribuições ao estudo do patrimônio gastronômico de Pernambuco”. Autora do livro “Cardápio de Histórias - Memórias e Receitas de um grupo de mulheres da Zona da Mata de Pernambuco”. Integrante da 1ª turma de Eco-Gastronomia da Faculdade Arthur de Sá Erp (FASE), de Petrópolis/RJ (2014). Aluna de disciplinas isoladas dos cursos de Chef de Cozinha (2012 – 2013) e de Padaria-Confeitaria (2013 -2014) do Senac-Rio. Integrante do da Rede Internacional Slow-Food, desde 2014. Reside e trabalha há mais de 30 anos em Pernambuco, atuando como educadora popular e produtora cultural elaborando, produzindo e coordenando projetos culturais com jovens e mulheres, do meio rural e do meio urbano. Serviço XepaCult - Mostra de Gastronomia de Tradição pelo Consumo Consciente Degustação gastronômica, apresentação musical com Mestre Nado e abertura da exposição fotográfica “Tem cheiro de Pitiú”, de Dila Vieira. Data: 11 de novembro (sábado), das 13h às 17h Local: Maumau - Rua Nicarágua, 173, Espinheiro, Recife - Pernambuco. Entrada e degustação gratuitas Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/366495083792390/

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PCR promove homenagem ao centenário de Júlia Santiago, primeira vereadora do Recife

Uma ópera inédita e um documentário sobre a trajetória da primeira vereadora do Recife marcam a programação de homenagem ao centenário de Júlia Santiago e 70 anos de sua eleição, entre os dias 8 e 10 de novembro. O evento é promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria da Mulher, e Secretaria Estadual da Mulher. A Câmara Municipal também participa da homenagem, realizando uma sessão solene, aberta ao público, no dia 8, às 18h. os órgãos aproveitam a ocasião para discutir a participação das mulheres nos mais diversos espaços de poder. O documentário Júlia, uma operária da luta, com roteiro de Guido Bianchi e dirigido por Raoni Moreno, será exibido nos dias 9 e 10, às 20h, no Teatro de Santa Isabel, Centro do Recife. Narra a trajetória da vereadora no contexto sociopolítico em que ocorreu, mostrando como articulou greves nas fábricas têxteis, seu envolvimento com o Partido Comunista e a luta pela aposentadoria com idades diferentes para homens e mulheres. Em seguida, será apresentada a ópera inédita "Júlia, a tecelã", com regência e direção do maestro Wendell Kettle. A encenação fica por conta da Academia de Ópera e Repertório da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Sinfonieta UFPE. Dividida em seis cenas, a obra lírica apresentará episódios representativos da vida da personagem: sua vinda para a capital pernambucana, o trabalho nas fábricas de tecelagem, a liderança e o engajamento no mundo político. O intuito é dar visibilidade à pioneira na luta pela igualdade de direitos. A secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa, explica que a iniciativa da pasta municipal estimula o diálogo sobre a importância das mulheres nos espaços de poder. "Apesar de 70 anos passados desde a eleição de Júlia, temos apenas seis vereadoras no Recife, hoje. Somente 16 mulheres ocuparam cadeiras na Casa José Mariano em toda a sua existência. Na esfera federal, os números também são baixos. No Judiciário, a discrepância repete-se. Precisamos falar sobre isso e a forma que encontramos foi homenagear uma operária que batalhou sua vida inteira pelo direito das mulheres", comentou. Todo a programação é gratuita e aberta ao público. Os ingressos estarão disponíveis duas horas antes do início do espetáculo na bilheteria do Teatro de Santa Isabel. No dia 10, parte das cadeiras serão reservadas para os alunos da rede pública estadual de ensino. JÚLIA SANTIAGO - Júlia Santiago viveu à frente do seu tempo. Engajada na luta sindical e política, tornou-se a primeira mulher a ocupar um assento na Câmara Municipal do Recife, em 1947. Filha de camponeses, ela nasceu em São Lourenço da Mata, em novembro de 1917. Alfabetizou-se na fábrica têxtil onde começou a trabalhar aos 12 anos. Militante comunista, ajudou a fundar o Sindicato da Fiação e Tecelagem de Pernambuco e ingressou no Círculo Operário Católico do Recife. Vanguardista, defendeu que homens e mulheres deveriam ter tempos de serviço diferentes para se aposentar, alegando que o trabalho doméstico se constituía numa jornada dupla para elas. Falecida em 1988, Júlia Santiago deixou um grande legado às mulheres: seu exemplo de luta, coragem, consciência acerca dos direitos da classe trabalhadora e inconformismo diante das injustiças e desigualdades sociais.

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Confidências de Dr. Pollock à Rainha da Inglaterra (por Paulo Caldas)

Numa prosa nostálgica, prenhe de poesia, construída com o emprego da narrativa na primeira pessoa, mecanismo capaz de induzir o leitor a caminhar de mãos dadas com o autor pelas vias do seu vocabulário farto, a escrita do garanhuense Fernando Dourado Filho coleciona entre as virtudes marcantes, tons irônicos, românticos, divertidos e com vestígios de bom humor neste Confidências de Dr. Pollock à Rainha da Inglaterra - Chiado Editora – Lisboa. Hábil na construção de metáforas e símiles, características próprias de quem escreve com sentimentos em punho, mas sereno, de forma madura e consciente, dono de um talento disponível sempre que requisitado, Dourado Filho possui um traçado fluido, ligeiro, com os dedos a tanger a pena de ladeira abaixo, do Monte Sinai ao Arraial, até ao Parque Euclides Dourado, ponto de origem das nossas raízes. E tal fluidez se mostra por inteiro em todos os trechos do livro, entremeados de ricas imagens e ritmo agradável. No conto-crônica Confidências de Dr. Pollock à Rainha da Inglaterra, que motivou o título da obra, numa espécie de insolência gentil, se observa, sobretudo, traços de ironia mordaz, que seduz o leitor e, provavelmente, causaria o mesmo efeito com a Rainha Elizabeth, caso Sua Majestade tivesse chance de ler esse texto exuberante, digno da destinatária. Nas confidências é possível notar o emprego de uma linguagem específica, posta com extrema habilidade, como o uso das diversas formas de conjunção somadas à adoção dos verbos no tempo condicional, artifício responsável pela sutileza que veste a escrita tal um lorde – bengala, casaca e cartola. Outro momento soberbo está presente no capítulo Mitologia íntima da margem esquerda do Capibaribe no qual o cenário circunscreve-se aos arredores da Rua da Aurora, com um desfile de personagens cujo perfil psicológico vai do bizarro ao curioso, do ingênuo ao inusitado, e que ali contracenaram em certa época do cotidiano recifense. *Paulo Caldas é escritor

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Etapa educativa do Mimo Festival com workshops nacionais e internacionais

A etapa educativa do MIMO Festival, em Olinda, acontece entre os dias 17 e 19 de novembro e traz para Pernambuco 14 workshops nacionais e internacionais. Além de representantes da cultural brasileira, estarão presentes para ministrar as aulas, músicos e pesquisadores da França, Mali, Colômbia, Madagascar, Marrocos, Inglaterra e Angola. As oficinas são gratuitas e acontecerão no Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO) e no Conservatório Pernambucano de Música. Destaque para o virtuoso guitarrista Malinês, Vieux Farka Touré, um dos principais representantes do blues de seu país na atualidade, que ministra no Conservatório Pernambuco de Música, o workshop "O blues do deserto, história e prática". Considerado pelo jornal britânico "The Guardian" como “o novo herói da guitarra africana”, no Recife, o músico abordará os aspectos históricos do desert blues e a sua evolução através das gerações, demonstrando interativamente os elementos técnicos e rítmicos básicos desta linguagem musical. A harpista francesa Laura Perrudin, destaque do Talents Adami Jazz, também leciona no Conservatório para instrumentistas de nível avançado seus processos criativos, a aplicação de técnicas de improvisação como ferramenta para a composição e a utilização de novas tecnologias, que permitem expandir as possibilidades timbrísticas e sonoras. "Cordas Africanas: Tradição e elo entre as culturas" é o tema do workshop do trio Rajery, Ballaké Sissoko e Driss El Maloumi, naturais de Madagascar, Mali e Marrocos, respectivamente. Um encontro de dois extremos geográficos da cultura africana com os mestres da valiha, kora e oud, instrumentos típicos de suas regiões. O curso é dirigido a instrumentistas de cordas dedilhadas, friccionadas, percussionistas, etnomusicólogos e estudantes de música em geral. Continuando no tema cordas friccionadas, o francês violinista de jazz e mestre da improvisação, Didier Lockwood, intercambia no Recife com o mote "Improvisação para cordas". Serão exercícios de ritmo e técnica de arco, propondo a sistematização do estudo de escalas e modos, além da utilização de elementos de técnica expandida. A atividade é dirigida a instrumentistas de cordas friccionadas de todos os níveis de conhecimento. COLÔMBIA - Um encontro com os integrantes de diferentes gerações e estilos da banda colombiana Ondatrópica, liderada pelo maestro Mario Galeano e o produtor britânico Will Holand. Serão abordadas as diferentes características da música do país tropical e, em seguida, sob a ótica puramente musical, com os tradicionais ritmos, formas e melodias sendo demonstrados e analisados aos participantes. O Pernambucano Zé Manoel, que também realiza concerto no MIMO, oferta um workshop especial que une música e poesia. "Como nascem as canções" será dividido em duas partes: na primeira, serão analisados os processos criativos de algumas canções do compositor pernambucano, propiciando ao público o entendimento dos elementos musicais (melodia, harmonia e ritmo), da poética de suas letras e a maneira com que música e poesia se relacionam e interagem em sua obra. Na segunda, serão propostos exercícios para a criação coletiva de uma canção, utilizando-se os caminhos analisados na primeira etapa e a estrutura indicada pelo ministrante. Dirigido a todos os instrumentistas, compositores, cantores,estudantes de música e literatura. Serão ofertadas também as oficinas "500 canções brasileiras", com Ermelinda Paz; "7 Cordas - Técnica e Estilo" com Rogério Caetano; "Caminhos Criativos para a improvisação", com Eduardo Neves; "Manutenção e Conservação de Instrumentos de Sopro", com Sávio Novaes; "Vídeo-Cenário e o Processo Criativo do VJ", com VJ Montano; e "Reparo e Manutenção de Violões", com Ricardo Dias.   ETAPA EDUCATIVA EDUCATIONAL PROGRAM OFICINA 500 CANÇÕES BRASILEIRAS UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO MUSICAL COM BASES EM NOSSAS RAÍZES MINISTRANTE/ INSTRUCTOR: ERMELINDA PAZ 17 NOV • SEX/FRI • 8h30 • Centro de Educação Musical de Olinda Referência em Educação Musical Brasileira, a docente, pesquisadora e autora premiada Ermelinda Paz utilizará como referência e material básico da oficina o seu livro “500 canções brasileiras “ (2015), para as diferentes abordagens do fazer musical e sua aplicação pedagógica, como “O lúdico na educação musical” , “Iniciação ao solfejo relativo por graus” e “O modalismo na música brasileira”. Atividade dirigida a professores de música e estudantes de licenciatura em música. WORKSHOP TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PARA A COMPOSIÇÃO MINISTRANTE/ INSTRUCTOR: LAURA PERRUDIN FRANÇA 17 NOV • SEX/FRI • 10h • Conservatório Pernambucano de Música A jovem harpista, compositora e cantora, que chamou a atenção do público e da crítica europeia, desde o álbum de estreia, “Impressões” (2015), e figura como Destaque do Talents Adami Jazz, é aclamada pela originalidade de suas melodias e suas ricas estruturas harmônicas. Ela abordará seus processos criativos, a aplicação de técnicas de improvisação como ferramenta para a composição e a utilização de novas tecnologias, que permitem expandir as possibilidades timbrísticas e sonoras do compositor. A aula se destina a instrumentistas de nível avançado, compositores e compositores/instrumentistas. WORKSHOP O BLUES DO DESERTO, HISTÓRIA E PRÁTICA MINISTRANTE/ INSTRUCTOR: VIEUX FARKA TOURÉ MALI 17 NOV • SEX/FRI • 10h • Conservatório Pernambucano de Música O carismático e virtuoso guitarrista, cantor e compositor malinês, filho do vencedor do Grammy Ali FarkaTouré, é um dos principais representantes do blues de seu país na atualidade. A paixão e a destreza de suas interpretações conquistaram a crítica e o público internacional e Vieux foi considerado pelo jornal britânico "The Guardian" como “o novo herói da guitarra africana”. Neste encontro, o músico abordará os aspectos históricos do desert blues e a sua evolução através das gerações, demonstrando interativamente os elementos técnicos e rítmicos básicos desta linguagem musical. OFICINA 500 CANÇÕES BRASILEIRAS UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO MUSICAL COM BASES EM NOSSAS RAÍZES MINISTRANTE/ INSTRUCTOR: ERMELINDA PAZ 17 NOV • SEX/FRI • 14h • Centro de Educação Musical de Olinda Referência em Educação Musical Brasileira, a docente, pesquisadora e autora premiada Ermelinda Paz utilizará como referência e material básico da oficina o seu livro “500 canções brasileiras “ (2015), para as diferentes abordagens do fazer musical e sua aplicação pedagógica, como “O lúdico na educação musical” , “Iniciação ao solfejo relativo por graus” e “O modalismo na música brasileira”. Atividade dirigida a professores de música e estudantes de licenciatura em música. WORKSHOP COMO NASCEM AS CANÇÕES MINISTRANTE/ INSTRUCTOR: ZÉ MANOEL 17 NOV •

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Recife recebe exposição de mosaicos sobre Frida Kahlo

Mosaico é uma arte milenar que consiste em juntar pedaços formando figuras abstratas ou uma reprodução de imagens. No caso, a artista plástica Freedom Cavalcanti, se expressa criando peças com azulejos e pastilhas de vidros. A mosaicista se dedica ao artesanato em mosaico há 13 anos e nesse tempo já criou inúmeros artigos para decoração de temas e formatos variados. A exposição tem Frida Kahlo como tema. São várias imagens coloridas e em preto e branco da renomada artista mexicana. Até o momento foram criadas 20 peças. Esta exposição marca uma nova fase profissional para Freedom que pretende no futuro fazer outras exposições abordando outras personagens como temas. Serviço: Exposição Frida por Freedom no Fridda Café, localizado na Av. Bernardo Vieira de Melo, 6088-loja 04, Candeias / Jaboatão dos Guararapes, a partir de 07 de novembro. A abertura da mostra será às 19h30. Todas as obras em exposição estarão disponíveis para venda após seu término. A exposição pode ser apreciada até o dia 07 de fevereiro.  

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“Organismo” ganha primeira sessão no Recife durante o Janela Internacional do Cinema

A experiência pessoal do cineasta Jeorge Pereira, 41 anos, baiano radicado em Pernambuco há 22 anos, norteia “Organismo” (“Organism”), seu primeiro longa-metragem, que ganha projeção - inédita em Pernambuco - esta terça-feira (07), às 18h15, Cinema do Museu, no ciclo de sessões especiais do X Janela Internacional do Cinema do Recife, seguida de debate com o realizador. Em outubro passado, o filme estreou na 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Mostra SP). Inspirado em fatos reais, o longa de ficção expõe o drama de Diego, um jovem tetraplégico vivido pelo ator brasiliense Rômulo Braga (melhor ator no Festival de Brasília em 2016 e melhor ator coadjuvante no Festival do Rio em 2014), que reflete sobre a vida após se ver sozinho diante da morte abrupta da mãe. Por meio de uma narrativa de fluxo temporal, pontuada por passagens da infância, relações amorosas, com a namorada Helena (Bianca Joy Porte), e conflitos pessoais, “Organismo” revela a busca de Diego em seu passado por novos alicerces para aceitação do novo corpo. “O ponto de partida de ‘Organismo’ é a minha experiência de vida. Já atuei em projetos em direção de arte e roteiro no cinema, além de dar aulas. Por cinco anos, a convite de um amigo suíço, trabalhei em uma instituição em Porto de Galinhas, a ONG Rodas da Liberdade. E pude conhecer casos de recém-lesionados na região medular e a forma como lidavam com o corpo nessa situação, daí surgiu a ideia do filme”, explica Jeorge Pereira, cadeirante após contrair poliomielite a 1 ano de vida. Com fotografia de Breno Cesar e Marcelo Lordello, “Organismo” reflete, a partir das limitações de Diego, questões como machismo, potência, corpo, família, sexualidade e solidão numa perspectiva existencial, lidando não apenas com dramas voltados a condições de pessoas com deficiência física ou mental. “As implicações físicas, o processo de adequação à nova condição, mas principalmente as culturas de gênero e do corpo são os maiores desafios de alguém que antes andava com as próprias pernas. Existe uma cortina de fumaça repleta de mitos sobre a sexualidade de um/uma cadeirante. O filme tenta sensibilizar as pessoas sobre questões universais, não apenas para quem está numa cadeira de rodas”, comenta Jeorge. “Organismo” é a primeira obra com produção e distribuição conjuntas pela Inquieta Cinema Cultura e Comunicação, das produtoras Mariana Jacob e Fernanda Cordel. Aprovado em editais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/Ancine), por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e também do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco, o longa tem direção e roteiro por Jeorge Pereira, com revisão de roteiro pelo cineasta Leo Falcão. Sobre Jeorge Pereira Formado em Cinema de Animação pela Aeso, em Olinda (PE), Jeorge Pereira é roteirista e diretor. Há aproximadamente dez anos, dedica-se à arte audiovisual, seja na construção da imagem (storyboards, animações em 3D, etc.) ou na concepção criacional de um filme, escrevendo roteiros e delimitando perfis de personagens. Foi através da escrita que Jeorge adentrou no mundo das artes. Publicou o livro intitulado “Letagonia” (2002), pela editora Elógica. Em seguida, migrou para o mundo audiovisual. Atualmente escreve roteiros e dirige (para diversos gêneros e formatos) e no último ano tem se dedicado à ficção e mostra-se como uma nova promessa do cinema pernambucano. Desde a sua estreia no audiovisual, Jeorge Pereira tem participado de comissões julgadoras de festivais de cinema tais como o prestigiado Janela Internacional de Cinema (Recife), Festcine (Recife) Festival Taquary (PE). SERVIÇO: Organismo (Brasil, Ficção, 90 min, 2017) Dirigido por Jeorge Pereira X Janela Internacional de Cinema do Recife: 07 de novembro (terça) | Cinema do Museu | 18h15 + debate com o realizador

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Oficina de fotografia para crianças estimula relação entre imagem e literatura

Criar narrativas através de imagens. Compor imagens a partir de uma história. Olinda recebe a segunda etapa do projeto “Fotografia e outras histórias”, que tem o objetivo de desenvolver a linguagem fotográfica de forma lúdica, com inspirações literárias e conta com o incentivo do Funcultura. Ministrada pela fotógrafa Olga Wanderley, as aulas começaram nesta segunda-feira (6) na Biblioteca Multicultural Nascedouro, em Peixinhos. A oficina tem duração de 32 horas. Em agosto, Caruaru recebeu a primeira etapa do trabalho, na biblioteca da Escola Municipal Josélia Florêncio da Silveira, no bairro de São João da Escócia. As atividades propostas no projeto promovem o despertar da curiosidade e da sensibilidade fotográfica. Os participantes realizarão tarefas para aguçar os sentidos, como fazer enquadramentos olhando através de cartões perfurados para exercitarem a capacidade de observação dentro do quadro e caminhar vendados pelo mesmo ambiente para criar histórias sobre aquele local. As crianças participarão também de uma mini oficina de cartonaria com a equipe da Cartonera do Mar. Eles aprenderão técnicas para montar um livro com o que foi desenvolvido durante as aulas. No final de cada oficina, será realizada uma exposição com os trabalhos dos alunos. O projeto “Fotografia e outras histórias” surgiu de experiências anteriores realizadas em bibliotecas comunitárias no Poço da Panela e no Alto José Bonifácio. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail fotografiaeoutrashistorias@gmail.com. Mais informações no site www.fotografiaeoutrashistorias.com Serviço Projeto Fotografia e outras histórias Quando: 6, 8, 10, 13, 16, 20, 22 e 24 / Novembro Onde: Biblioteca Multicultural Nascedouro (Olinda) Carga horária: 32 horas, divididas em 8 encontros Inscrições por e-mail fotografiaeoutrashistorias@gmail.com Site oficial www.fotografiaeoutrashistorias.com  

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Canal Brasil exibe "Danado de bom", sobre o compositor pernambucano João Silva

Nesta segunda, dia 06 de novembro, a faixa “É Tudo Verdade”, apresentada por Amir Labaki, às 22h, no Canal Brasil apresenta o documentário “Danado de Bom”. Inédito e exclusivo, o filme dirigido por Deby Brennand reconstrói a história do pernambucano João Silva, herói desconhecido da música brasileira, autor de mais de 3 mil músicas, interpretadas por ícones do forró como Luiz Gonzaga, Elba Ramalho e Dominguinhos, entre outros. A produção recebeu os Calungas de Melhor Filme, Fotografia, Montagem e Edição de Som no Cine PE 2016. É TUDO VERDADE: “DANADO DE BOM” (2017) (75’) Apresentação: Amir Labaki Horário: Segunda, dia 06, às 22h Inédito e exclusivo Classificação: Livre Sinopse: João Silva é um herói desconhecido da música brasileira. O pernambucano de Arcoverde compôs mais de três mil canções, interpretadas por grandes ícones do forró como Luiz Gonzaga, Elba Ramalho e Dominguinhos, entre tantos outros, mas nunca obteve o reconhecimento merecido por tão profícua e exitosa carreira. Para corrigir essa injustiça histórica, a diretora Deby Brennand viajou ao sertão nordestino para assinar seu primeiro longa-metragem documental e narrar um pedaço da trajetória desse ícone inexplorado do cancioneiro nacional. Trazendo entrevistas com o próprio protagonista e apresentações de Gilberto Gil, Lenine e Zeca Baleiro, a produção foi laureada com os Calungas de melhor filme, fotografia, montagem e edição de som no Cine PE em 2016. O documentário acompanha a viagem de volta de João de Recife, onde morou até sua morte, em 2013, a Arcoverde, no agreste pernambucano – o protagonista não chegou a ver qualquer cena do filme, que lhe seria apresentado apenas quando estivesse pronto. Pela paisagem de aridez e poeira do sertão, o compositor vaga narrando casos curiosos de sua trajetória e revela as inspirações para suas peças. Andarilho pelo interior do estado, o menino não deixou as amarras do analfabetismo restringirem sua criatividade, e escreveu versos de canções conhecidas como Danado de Bom – escolhida para batizar o filme – Pagode Russo, A Mulher do Sanfoneiro, Nem Se Despediu de Mim e Não Morrer de Tristeza. Seus xotes, baiões e forrós foram eternizados nas vozes de Luiz Gonzaga, Zeca Baleiro, Gilberto Gil, Lenine, Pedro Luis e Elba Ramalho, entre tantos outros. Imagens de arquivo são mescladas a bate-papos realizados especialmente com o compositor para a película. As cenas resgatadas do passado demonstram a grandiosidade de João Silva para o universo do forró. Dominguinhos presta sua reverência à obra do autor em diversas entrevistas e Elba Ramalho comenta o DNA do compositor ao escrever suas letras. Sempre bem-humorado, ele lembra momentos inspiradores de seu trabalho, a parceria com tantos artistas e as jocosas rixas entre sambistas e forrozeiros. Zé Dantas, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga eram considerados, pelo próprio Rei do Baião, com os três mosqueteiros do forró.

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