Arquivos Cultura e história - Página 322 de 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

CAM - Cidades Algomais acontecerá em Caruaru

A Revista Algomais lança na próxima terça-feira (13/06) o CAM - Cidades Algomais. O projeto compreende uma série de eventos que tem o intuito de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. O workshop de inauguração acontecerá em Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora, a partir das 8h30. Os palestrantes serão o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, o fundador da Colab, Gustavo Maia, e a prefeita de Caruaru Raquel Lyra. "O primeiro evento do CAM será um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos", afirma o diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. As inscrições para o evento serão gratuitas. Os interessados em participar deverão fazer seu cadastro enviando o nome completo pelo email: ingresso@cidadesalgomais.com.br     CAM. O Cidades Algomais é uma das novidades da Revista Algomais em 2017, numa proposta criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça.  

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Programação especial do Recife Antigo de Coração durante todo o mês

O Recife Antigo de Coração, projeto que mobiliza o Bairro do Recife sempre no último domingo do mês, se estende agora para todos os domingos. A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, promoverá uma apresentação artística itinerante para dar ainda mais vida ao bairro e envolver recifenses e turistas. As atrações se juntam à outras ações que já são tradicionais do bairro aos domingos: o fechamento das ruas para carros, privilegiando pedestres e ciclistas, a Ciclofaixa de Turismo e Lazer e as feirinhas do Bom Jesus e do Prodarte, abertas ao público. Os grupos culturais vão circular sempre das 16h às 17h30, pelo Marco Zero, Armazéns do Porto e a Rua do Bom Jesus. Já nos domingos seguintes, que antecedem as festas de São João, o bairro vai se transformar em um verdadeiro arraial junino. A Quadrilha Origem Nordestina, se apresenta no dia 11/05 e um trio pé de serra, acompanhado por um casal de dançarinos, fazem a festa no dia 18/05. Quadrilha - A “Origem Nordestina” é a primeira quadrilha do Morro da Conceição. Foi fundada em 1994 e em 23 anos de história, nunca deixou de participar dos Ciclos Juninos de Pernambuco. O grupo difunde a cultura popular e mantém viva a tradição das festas de São João através da fé e da dedicação de seus componentes. São seis títulos de campeã em vários concursos, além ter sido vice-campeã por quatro vezes no Concurso de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste. Maracatu - Grupo percussivo formado por jovens com surdez total ou parcial, o Batuqueiros do Silêncio reúne jovens de 15 e 29 anos, de vários bairros do Recife e Região Metropolitana. O núcleo Batmacumba Inclusiva, do grupo de maracatu Batmacumba, criou o projeto em 2009 e é pioneiro na cidade. O atividade musical permite que os integrantes sintam de perto as sensações da prática de um instrumento de percussão. Uma parceria com o atelier Casa do Tambor também permitiu que a experiência ficasse ainda mais acessível. Hoje, além do campo sensorial, também é possível trabalhar com os participantes o campo visual, através de luzes e sensores que foram a adaptados aos instrumentos. Serviço: Hora: das 16h às 17h30   Dia: 11/06 Atração: Origem Nordestina Dia: 18/06 Atração: Trio pé de serra (PCR)

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Espetáculo Cão Sem Plumas faz estreia internacional no Recife

A coreógrafa e bailarina Deborah Colker faz em Cão sem plumas, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. A estreia internacional acontece neste sábado (03) de junho, no Teatro Guararapes, em Recife. A Cia. Deborah Colker conta com o patrocínio da Petrobras desde 1995. Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah. A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife. A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia. Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz. Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela. Tendo a Petrobras como mantenedora desde 1995, seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos Nó (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão sem plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira. “Cabem a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela.   Serviço: Cão Sem Plumas Data: 03 (21h) - 04 (20h) de junho Local: Teatro Guararapes Classificação: Livre  

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Bairro do Recife é tema dos passeios do Olha!Recife deste fim de semana

Em mais uma semana de roteiros históricos e passeios gratuitos, o Olha!Recife, projeto da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife, oferece duas opções para recifenses e turistas. Nesta semana, no domingo (4) e na quarta-feira (7), os passeios terão como pano de fundo o Recife Antigo. As inscrições acontecem por meio do site do projeto www.olharecife.com.br. No fim de semana, as pedras portuguesas das calçadas do Bairro do Recife serão o ponto de partida que contarão a história do local. No roteiro, os participantes poderão entender como se deu a evolução e as transformações do bairro, por meio da beleza dos mosaicos que decoram os passeios públicos. Também estão no roteiro duas paradas estratégicas no Museu a Céu Aberto, que teve seu painel recuperado pela PCR, e na exposição de mapas "Recife Através dos Tempos", de Terciano Torres, na Caixa Cultural. Os passeantes ainda participarão de um sorteio do livro "Caminhos de Pedra: calçadas do Bairro do Recife", de Raul Córdula Filho, para levar para casa toda a história vivenciada na excursão. Já na quarta-feira (7), o Recife Antigo será visto pelo ângulo dos monumentos e espaços culturais. Os visitantes vão conhecer o Paço do Frevo, passarão pelo Museu a Céu Aberto, e a terão a oportunidade mergulhar na história da primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel. Depois, no Marco Zero, todos vão descobrir as características arquitetônicas e artistas do local que foi e é palco de vários eventos históricos da cidade. O passeio será finalizado na Caixa Cultural. Para o domingo, as vagas são abertas na sexta-feira (2). Já para o passeio da quarta-feira, as inscrições ficam disponíveis na segunda (5). São 50 vagas para cada roteiro, saindo sempre do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em frente a Praça do Arsenal. No fim de semana a saída está programada para às 9h e durante a semana, às 14h. É importante que ao se inscrever, o participante se programe para levar no dia do passeio, um quilo de alimento não-perecível. Desta vez, tudo que for arrecadado será encaminhado às famílias das cidades do interior do estado que sofreram com as enchentes dos últimos dias. Serviço: Olha!Recife a Pé Dia: 04/06 Tema: Caminhos de Pedra Hora: 09h Dia: 07/06 Hora: 14h Tema: Monumentos e espaços artísticos do Recife Antigo (PCR)

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Galeria Janete Costa estreia hoje (31) exposição de Renato Valle

A Galeria Janete Costa, equipamento da Prefeitura do Recife, localizada no Parque Dona Lindu, inaugura hoje (dia 31 de maio) a exposição Religiosidade e Política na Obra de Renato Valle. A mostra do artista plástico recifense pretende discutir a relação entre arte, religiosidade e política, tema que vem aprofundando em sua produção desde 2002. Com curadoria de Valquíria Farias, a exposição contará ao todo com 30 obras, entre desenhos, objetos e instalações, do acervo do MAMAM e de coleções particulares, que serão distribuídas pelo salão principal e mezanino da galeria. Sua concepção parte, inicialmente, da série de cinco mil desenhos produzida por Renato Valle entre 2003 e 2005, intitulada Diários de Votos e Ex-votos. Marcando um momento crucial da produção do artista, os desenhos dessa série foram exaustivamente elaborados como um exercício existencial de busca de liberdade. "Ao mesmo tempo em que enfatizam a espiritualidade dele, os desenhos são com uma escritura leve de pequenas engrenagens, ligando partes do corpo humano, minuciosamente construídas em cima de certos valores religiosos que incomodam Renato", pontua a curadora da mostra, Valquíria Farias. O emblemático álbum de gravuras Cristos Anônimos, que ajudou Renato Valle a retomar e, de certa maneira, esgotar o tema da religiosidade que ele iniciou com os Diários de Votos e Ex-votos, é outro conjunto de obras que orienta a concepção da exposição. Composta por nove impressões digitais do mais conhecido símbolo cristão, a série redesenha, reproduz e resignifica a cruz, na visão inquietante do artista e tendo como referência milhares de brasileiros anônimos, que Renato Valle define como pequenos cristos anônimos depositários de alguma esperança. “Gosto de usar a imagem de Cristo fora da cruz, livre do sofrimento, porque prefiro pensar na religião como comunhão. A essência do cristianismo não é a penitência, mas a fraternidade. É muito urgente que a humanidade pare para pensar na convivência pacífica como uma ação política coletiva”, disse o artista. A partir da subjetividade contida nesses dois conjuntos de trabalhos, a curadoria relaciona as outras obras da exposição, enfatizando-as como construções mais realistas do sentido de religiosidade. Citem-se os desenhos em grafite sobre lona, de grandes formatos, alguns produzidos a quatro mãos, que são resultado de diálogos estéticos experimentados pelo artista em residências artísticas. Há também os objetos e instalações de parede feitos em resina, durante uma residência no CAC (Centro de Artes e Comunicação) da UFPE, que são discutidos e apresentados na exposição como obras que trazem novos questionamentos à poética de Renato Valle. Na galeria, a disposição espacial das obras não é pautada pela cronologia, mas pela relação e identidade que os trabalhados carregam entre si. A expografia e coordenação de montagem é assinada por Diogo Todë. A produção da mostra ficou a cargo de Carol Chaves Madureira. BIOGRAFIA - Nascido no Recife, em 1958, Renato Valle começou como autodidata em 1976 e em 1979 passou a se dedicar exclusivamente às artes visuais. Participou de cursos de desenho, pintura, gravura e história da arte; com Andrea Moreira, Flávio Gadelha, Gil Vicente e Laura Buarque, fundou o jornal mensal Edição de Arte (1988-1990); foi diretor técnico da Oficina Guaianases de Gravura (1993 -1995). Realizou várias exposições individuais e coletivas em museus, institutos e galerias de arte; foi contemplado em salões e editais de artes visuais com premiações, projetos de exposições, oficinas, residências artísticas, pesquisas e publicações, por instituições e programas como o Funcultura (Fundo estadual de cultura), SIC (Sistema de Incentivo à Cultura), Programa BNB de Cultura, Funarte, SPA das Artes e CCSP (Centro Cultural São Paulo). SERVIÇO Exposição Religiosidade e Política na Obra de Renato Valle Abertura: 31 de maio, às 19h Local: Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu Visitação: 1º de junho a 23 de julho Horário de visitação: Quarta a sexta, das 12h às 20h, e sábados e domingos, das 14h às 20h Entrada gratuita Informações: 3355-9825

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Banda Sinfônica do Recife homenageia Teatro de Santa Isabel

Nesta quarta-feira (31), às 20h, a Banda Sinfônica do Recife realizará seu terceiro concerto oficial de 2017. A apresentação gratuita e aberta ao público, oferecida pela Prefeitura do Recife, será ainda mais especial, pois será comemorativa aos 167 anos do Teatro de Santa Isabel. Os interessados devem retirar seus ingressos na bilheteria do teatro uma hora antes do concerto. O Teatro de Santa Isabel completou 167 anos no último dia 18. Inaugurado em homenagem à Princesa Isabel, atravessou séculos de história, formando muitas gerações de plateias. Desde sua inauguração, o teatro monumento, tombado pelo Iphan desde 1949, já recebeu muitas visitas ilustres, como Dom Pedro II, Castro Alves, Tobias Barreto, Carlos Gomes, a bailarina russa Ana Pavllowa e Procópio Ferreira. Pensando em agradar a diferentes estilos musicais, a Banda Sinfônica do Recife, sob a regência do maestro Nenéu Liberalquino começará a homenagem com a música Marche Slave, do compositor romântico russo Pyotr Tchaikovsky. Esta peça foi feita em 1876, quando a Sérvia encontrava-se em guerra, para auxiliar os sérvios feridos por meio de um concerto beneficente. A segunda e terceira canções escolhidas pela banda prometem animar a plateia. São elas: Maria-Maria, do compositor brasileiro reconhecido mundialmente Milton Nascimento, e Ponteio, do cantor, compositor, arranjador e instrumentista brasileiro Edu Lobo. Os apaixonados pelos clássicos da televisão e do cinema ficarão entusiasmados com a quarta peça escolhida pelo maestro para integrar o programa: o clássico do jazz instrumental Harlem Nocturne, usado como tema para Mickey Spillane’s Mike Harlem, do compositor americano Earle Hagen. Já a quinta interpretação será a música Hallelujah, do filme Shrek, do cantor, compositor, poeta e escritor canadense Leonard Cohen. A sexta canção tocada será King Kong Soundtrack Highlights, do compositor, maestro, produtor musical e músico estadunidense James Newton Howard. Para encerrar a noite comemorativa, a Banda Sinfônica do Recife termina com a composição Funk Attack, do compositor e maestro austríaco Otto Schawarz. SOBRE A BANDA - Fundada em 1958, a Banda Sinfônica do Recife é composta por 85 músicos, entre quadro técnico, administrativo e produção. Desde julho de 2002, tem como regente titular e diretor artístico o maestro Nenéu Liberalquino. Serviço III Concerto da Temporada 2017 da Banda Sinfônica do Recife Quando: Quarta-feira, 31 de maio Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio Ingressos gratuitos na bilheteria do teatro, a partir das 19h Informações: 3355-3322

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Nada de fórmulas, autoria é tudo

*Por Cláudia Zoraya Questões concernentes à produção textual exigida pelo ENEM têm motivado reflexões e debates pedagógicos, sobretudo nos espaços educacionais que realizam um trabalho voltado ao desenvolvimento de competentes produtores de textos. O consenso é de que já não é mais possível desconsiderar propostas que ressignifiquem o ato de escrever, haja vista que em meio a tantos avanços tecnológicos, convive-se paralelamente com um grande número de pessoas que pouco têm se apropriado da arte de escrever. É incontestável que só se aprende a escrever, escrevendo. A hipótese de que existe uma fórmula a seguir, a qual garantirá a feitura de um bom texto, é um ledo engano; e por que não dizer uma estratégia, muitas vezes, mercadológica que se apropria da fragilidade linguística dos usuários. É, então, cada vez mais imperativo compreender os mecanismos que envolvem a estruturação de um texto, no caso, dissertativo-argumentativo, a fim de atender aos critérios avaliativos. A necessidade de mudança de postura do discente, no que diz respeito à construção de seu texto escrito para o ENEM, tem sido foco de muitas discussões. Para fomentá-las, deve-se considerar que, no contexto atual, a produção de texto está a serviço de um processo seletivo, cujo objetivo é decidir a aprovação ou reprovação no exame, ou melhor, a porta de entrada para uma universidade pública. Ademais, o preconceito em relação à prática da escrita é evidenciado por meio de uma série de afirmações que já fazem parte da imagem negativa que o aluno tem de si, enquanto escritor. Eis algumas afirmações falaciosas: “Sou péssimo em redação!”; “Eu sei falar, mas não consigo escrever”.; “Redigir é difícil!”; ”Não sou criativo”.; “Mas eu estou sem ideias!”... Tais afirmações têm dado sustentação à ideia de que a competência para a escrita é resultado do repasse de um saber pronto. Para ilustrar, vale a pena citar Costa(2001): Se você é o tipo que coça a cabeça, olha para os lados, sente vazio na boca do estômago quando tem que fazer uma redação ou um relatório, pense que suas chances de se dar bem podem ser um pouco menores. Mas não se acanhe. Hércules sentiu uma coisa parecida quando cumpria cada um dos seus doze trabalhos e Teseu teve a mesma sensação quando buscava uma saída do labirinto, com o Minotauro fungando no cangote. Isso se justifica. Quando escreve, você está simplesmente recriando o momento crucial da civilização, você está ousando repetir o ato mais revolucionário já produzido pela humanidade: a linguagem escrita. Exageros à parte, essa é a realidade de muitos alunos perante a atividade de produção textual. O que deveria ser um ato espontâneo, prazeroso e rotineiro, acaba por tornar-se um fardo que gera estresse e tensão; além de levá-los a ceder às falsas promessas de produção de um texto nota 1000. Não obstante, em diversas versões do ENEM, a fórmula utilizada garanta a tão almejada nota. É imprescindível lembrar que um texto sempre se refere a um determinado contexto, no caso do ENEM, a um problema no âmbito social que deve ser refletido e, sobretudo, objeto de intervenção. Para tanto, o agente textual necessita considerar que o texto é uma sequência lógica de ideias, e todos os seus elementos devem refletir mutuamente, identificando uma totalidade (coesão). No texto, deve ser percebido que o significado das frases não é autônomo e elas só têm sentido na relação que mantêm entre si (coerência), com o conjunto do texto e com o contexto em que se encontram inseridas. Então, o ensino de produção textual para o ENEM deve estar relacionado ao ponto de vista filosófico, e não ao ponto de vista tecnicista, minimalista, pois, escrever implica uma reflexão crítica, supõe exercício permanente. Em suma, é primordial que o aluno reflita sobre o seu ponto de vista, se existem conhecimentos suficientes para sustentar a argumentação ou se está simplesmente repetindo ideias prontas, formuladas. Por tudo isso, o aluno deve protagonizar sua escrita e considerar a possibilidade de imortalizar-se mediante as palavras. Por todas essas razões, o trabalho com a produção de texto deve priorizar a formação de produtores autônomos, criativos e autorais, ou seja, competentes. Metaforicamente, o trabalho com o texto deve ter o mesmo caráter, o mesmo valor que tem o trabalho de um cientista, quando esse está para fazer uma nova descoberta; pois ele observa, faz diversas tentativas, experimenta, disseca todas as partes que envolvem o seu objeto de estudo e, ao término de sua análise, ao expor os resultados, sente uma estranha satisfação de cumprimento do dever.     A palavra é um instante do pensamento e da auto-expressão. É através dela que damos sentido funcional ao ensino de redação, cuja finalidade básica é a comunicação. (Noam Chomsky) Consoante às afirmações de Chomsky, deve ser preocupação precípua de o docente contribuir para que os alunos utilizem o recurso da expressividade que, uma vez incorporada ao texto, aumentará sensivelmente sua capacidade de elaborar textos interessantes e sugestivos, que fujam ao lugar comum, que, enfim, permitam-lhes expressar a sua individualidade e não um arcabouço de fórmulas. *Cláudia Zoraya é professora de Língua Portuguesa do Colégio Fazer Crescer Todas as segundas-feiras estamos publicando artigos sobre tendências da educação. LEIA TAMBÉM Reflexões sobre educação na contemporaneidade (por Henrique Nelson – Colégio Patrícia Costa) Educação Cidadã (por Eduardo Carvalho – ABA Global Education) Ensino x Aprendizagem (por Armando Vasconcelos – Colégio Equipe) Navegar é preciso, produzir também (por Jaime Cavalcanti – Colégio Boa Viagem) Algomais, a Revista de Pernambuco comprometida com a educação       

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Tem Recife Antigo de Coração neste domingo (28)

Sempre no último domingo do mês o recifense já sabe: é dia de Recife Antigo de Coração. O evento que movimenta o bairro histórico e abriga grande parte da história e atrativos turísticos da cidade, promove, no próximo dia 28 de maio, uma grande programação para visitantes e turistas. Serão oferecidas diversas atividades gratuitas para a população, divididas em polos espalhados por todo o bairro. Desta vez, os idosos ganharão um espaço dedicado à eles e o Porto Social, incubadora de projetos sociais, promovida pela Prefeitura do Recife, também ganhou um polo. Além disso, a programação conta com a já conhecida grade de atividades esportivas, culturais e de lazer que caíram no gosto da população. A iniciativa da PCR, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. Os grupos da terceira idade abrem a programação às 7h, com uma caminhada pelo bairro que partirá do Marco Zero. A Frevioca puxa o conjunto em volta do Recife Antigo e finaliza na Avenida Marques de Olinda, onde todos vão participar de atividades de lazer e saúde. A avenida Rio Branco será palco para o novo polo social, que vai receber iniciativas do Porto Social, aceleradora e incubadora de organizações não governamentais. A Associação Empreendeler, que incentiva crianças e adolescentes a empreender através da leitura e da contação de histórias, vai fazer desenvolver suas atividades com as pessoas que passarem pelo polo. Já a Lixo Amigo vai realizar ações educativas de conscientização sobre sustentabilidade e promoverá oficinas de reciclagem. Além disso, a Feirinha do Bem, com produtos de várias ONGs da cidade, estará aberta das 8h às 18h. Os amantes de carros antigos não podem perder a exposição na Avenida Alfredo Lisboa, do Clube dos Automóveis de Pernambuco. Estarão em exposição veículos nacionais e importados com mais de 30 anos história. Nesta edição, o Recife Antigo de Coração também entrará no clima das festas de São João. Nesta edição, o Recife Recebe abre espaço para Caruaru, a capital pernambucana do forró. Não vai faltar no palco do Marco Zero, trio pé-de-serra, banda de pífanos, bailarinos e o tradicional cenário das festas juninas, para não deixar ninguém parado. A partir das 15h30, o Maracatu Baque Mulher circula no bairro, e das 16h às 18h, o Clube do Samba, comandado pela cantora Karynna Spinelli, toma conta da festa. A sambista vai receber no palco do Marco Zero as cantoras Dinah Santos, Leide do Banjo, Monica Feijó, Waleska Andrade, Selma do Samba, Nena Queiroga e Helena Cristina. Para a alegria da criançada, no polo infantil não faltarão as brincadeiras de rua, cama elástica, loconauta, piscina de bola e os brinquedos infláveis. E ainda vai ter o muro de escalada e o Jogão da Seturel, que apresenta os atrativos turísticos do Recife através de uma disputa de conhecimento sobre a cidade. Detalhe: as pessoas são as peças e a família toda pode participar. A prática de esportes na rua, uma marca do Recife Antigo de Coração, estará espalhado por todo bairro. Vai ter futebol, badminton, vôlei, parkuor, slackline, rugby e volei sentado. Além disso, de 8h às 11h, acontece a divertida Corrida dos Garçons, na Avenida Alfredo Lisboa. Ganha o competidor que chegar mais rápido ao final do percurso equilibrando bebidas em bandejas. No espaço "Saúde em Todo Lugar", a equipe da Secretaria de Saúde oferecerá medição de altura, peso, testes de glicemia, aferição de pressão arterial, orientação e distribuição de preservativos masculinos e femininos, além de ações educativas sobre o combate do mosquito Aedes aegypt. Tradicionalmente, como todos os domingos e feriados, as ruas do bairro são fechadas para carros, privilegiando pedestres e ciclistas, a Ciclofaixa de Turismo e Lazer estará montada e as feirinhas do Bom Jesus e do Prodarte, abertas ao público. Programação: Polo Cultural, Turístico e de Lazer Exposição de Carros Antigos - Av. Alfredo Lisboa, das 14h às 18h Recife Recebe Caruaru - Av. Rio Branco, das 8h às 18h CAT Móvel - Av. Marquês de Olinda, das 8h às 18h Ação de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher - Av. Rio Branco, das 8h às 18h   Palco Marco Zero: 10h30 às 11h30 - Contação de histórias, brincadeiras e jogos cantados 14h30 às 15h30: Trio pé-de-serra 15h30 às 16h30: Maracatu Baque Mulher 16h às 18h: Clube do Samba - Karynna Spinelli e convidadas   Polo da Terceira Idade Caminhada da Terceira Idade pelo Recife Antigo - partida no Marco Zero e chegada na Av. Marques De Olinda. Das 7h às 9h Atividades de saúde e lazer - Av. Marques De Olinda, das 8h às 18h Polo Social Associação Empreendeler - Av. Rio Branco, das 8h às 12h Lixo Amigo - Av. Rio Branco, das 8h às 18h Feira do Bem - Av. Rio Branco, das 8h às 18h   Polo Infantil Brincando na Rua - Av. Marques De Olinda, das 8h às 18h Brinquedos infláveis e equipamentos de recreação - Av. Marques De Olinda, das 8h às 18h   Polo Esportivo Aluguel de bike e patins - Rua do Bom Jesus, das 8h às 17h Futebol - Av. Marquês De Olinda, 8h às 17h Badminton - Rua Dona Maria César, das 8h às 17h Vôlei - Av. Marquês de Olinda, das 8h às 17h Parkour - Av. Marquês de Olinda, das 8h às 17h Slackline - Rua Dona Maria César, das 8h às 17h Rugby - Av. Marques de Olinda e Rua do Bom Jesus, das 10h às 12h Vôlei Sentado - Av. Marques de Olinda, das 8h às 17h Corrida dos Garçons - Av. Alfredo Lisboa, das 8h às 11h   Polo Saúde e Bem Estar Saúde em Todo Lugar - Av. Rio Branco, das 8h às 17h Ação de enfretamento ao Mosquito Aedes aegypti - Av. Rio Branco, das 8h às 16h Ações permanentes: Feirinha do Bom Jesus e Prodarte - Rua do Bom Jesus, das 14h às 22h Ciclofaixa de Turismo e Lazer, das 7h às 16h (PCR)

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Espetáculo Grito em nova temporada

A discussão sobre o lugar da mulher na sociedade contemporânea entra em cartaz no Teatro Hermilo Borba Filho, equipamento da Prefeitura do Recife, neste fim de semana. Para fazer pensar sobre papeis e limites que engessam os conceitos de gênero, identidade e comportamento social das mulheres, o Coletivo Soma faz mais uma temporada de seu espetáculo Grito, nos próximos dias 25, 26, 27 e 28 de maio e 1, 2, 3 e 4 de junho, às 20h de quinta a sábado e às 19h do domingo. O espetáculo é resultado de uma pesquisa que começou há muitos meses e deu voz a mulheres de diversas idades, classes sociais e bairros do Recife. Em 2016, o Coletivo Soma foi um dos selecionados pelo Programa Espaço de Criação, ação do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo, que disponibiliza salas e horários do Teatro Apolo para montagens e projetos de pesquisa. A pesquisa Ver-ter: Um olhar sobre os sentimentos periféricos, incentivada também pelo Funcultura, reuniu relatos sobre violência sexual, agressões diárias e nas diversas vivências das recifenses. Todas essas histórias foram transformadas em coreografia e emoção no primeiro espetáculo do Coletivo Soma, formado pelas bailarinas Anne Costa, Marta Guimarães e pela fotógrafa Dani Neves. O Grito contou também com orientação da pesquisa corporal do bailarino Henrique Lima (PE/SP) e tem direção da atriz e bailarina Lilli Rocha. O pianista Vitor Araújo, radicado em São Paulo, fez a concepção da trilha sonora original. O espetáculo é indicado pra maiores de 18 anos. Os ingressos antecipados já podem ser adquiridos pela internet (https://www.sympla.com.br/espetaculo-grito__146244) e estarão à venda no local, nos dias das apresentações. Serviço Grito Quando: 25, 26, 27 e 28 de maio e 1, 2, 3 e 4 de junho, às 20h de quinta a sábado e às 19h no domingo Local: Teatro Hermilo Borba Filho, na Avenida Cais do Apolo, s/n, Recife Antigo Informações: 3355-3320 (PCR)

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BNDES divulga lista de 22 filmes selecionados para receber R$ 15 milhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem (22) os 22 filmes brasileiros vencedores do Edital de Cinema 2016. O banco vai distribuir R$ 15 milhões entre os contemplados, nas categorias animação (curta e longa metragens), documentário, ficção, finalização e coprodução internacional. Criado em 1995, nesta edição, o edital ampliou o apoio à categoria de filmes de animação, com a inclusão de curtas-metragens, que receberão R$ 200 mil cada. Nesse segmento, os vencedores foram As Novas Aventuras do Kaiser, de Marcos Magalhães; Lulina e a Lua, de Marcus Vinicius Vasconcelos; Na Trilha das Borboletas Azuis, de Vini Wolf; Safo, de Rosana Urbes; e Subsolo Invisível, de Otto Guerra. Já os dois longas de animação selecionados (Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg e Gabriel Bitar; e Viajantes do Bosque Encantado, de Alê Abreu) receberão R$ 1,5 milhão cada produção. Na categoria ficção, são dois grupos de vencedores: o primeiro para projetos que priorizem o sucesso comercial, sem prejuízo da qualidade artística e técnica, teve como premiados foram Eduardo e Mônica, de René Sampaio; e Maldita, de Tomás Portella; que receberão R$ 1 milhão cada. O grupo 2 da categoria ficção é voltado a filmes que priorizem a busca de reconhecimento artístico e técnico no mercado internacional, e pelo menos um dos filmes apoiados deve ser de um cineasta estreante, no caso o diretor Angelo Defanti, com o filme O Clube dos Anjos. Os demais contemplados nesse grupo foram Malês, de Antonio Pitanga e Walter Carvalho; O Império, de Karim Ainöuz; O Luto de Joana, de Cristiane Oliveira; e Relato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes. Cada longa-metragem receberá R$ 1 milhão. Na categoria documentário, foram cinco projetos aprovados, com apoio de R$ 500 mil cada: Aurora, de João Vieira Torres; Como Seria?, de Daniel Gonçalves; Em Nome Desta Terra, de Aurélio Michiles; PRK30, de Eduardo Albergaria e Paulo de Barros; e Vozes no Silêncio, de Renata Maria Coimbra. As produções Canastra Suja, de Caio Sóh; e Simonal, de Leonardo Domingues; foram as escolhidas na categoria finalização e receberão R$ 500 mil cada. Para coprodução internacional, foi escolhida a película Los Silencios, de Beatriz Seigner, da Miríade Filmes e Produções Artísticas, que terá apoio de R$ 500 mil e realizará o filme em parceria com a Colômbia, com participação francesa. (Agência Brasil)

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