Arquivos Cultura e história - Página 350 de 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

Poeta Bráulio Bessa no Teatro Guararapes

  Poeta cordelista, integrante do elenco de convidados fixos do programa global Encontro com Fátima, Bráulio Bessa está no Recife  para ministrar hoje a palestra-show "O Jeito Arretado de Empreeender" no Teatro Guararapes. O evento é promovido pela Oficina de Palestras e Eventos. Bessa administra, no Facebook, o perfil Nação Nordestina, com 1,270 milhão de seguidores, criado a partir do site homônimo. Além dos projetos em redes sociais – que incluem ainda os canais Nação Nordestina e Baião de Doidos no YouTube – e das participações no Encontro com Fátima"(no quadro batizado de Poesia com Rapadura), Bráulio roda o Brasil dando palestras motivacionais e sobre empreendedorismo. PERFIL O cearense Bráulio Bessa, 31 anos, é natural de Alto Santo, no Ceará. Escritor e cordelista desde os 14 anos de idade, usou a internet para promover um regate do cordel pelas redes sociais por meio do projeto Nação Nodestina. Mantém canal no YouTube e perfil no Facebook, com quase 1 milhão e 300 mil seguidores. Atualmente, é do elenco fixo do programa Encontro com Fátima, apresentando o quadro Poesia com Rapadura, no qual declama seus versos de poesia matuta e cordel, exaltando os valores e costumes do nordestino. Ministra palestras por todo o Brasil, atraindo um público variado, de estudantes e donas de casa a empresários dos mais diversos segmentos. Recentemente, foi o primeiro cearense convidado pelo Facebook Brasil para ministrar palestra em sua sede. SERVIÇO: PALESTRA-SHOW: O JEITO ARRETADO DE EMPREENDER – COM BRÁULIO BESSA. Dia 24/5, às 20h30, no Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco, Complexo de Salgadinho, Olinda. Ingressos: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada), à venda na bilheteria do teatro, pelo site Eventick e nas lojas La Camiseria e Ticket Folia dos shoppings RioMar, Tacaruna, Recife e em quiosque no Shopping Boa Vista.

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Concertos para a Juventude traz Villa-Lobos, Mozart e Brahms

Uma manhã para conhecer e apreciar a vida e obra de grandes compositores. Essa é a proposta do projeto Concertos para a Juventude que chega à sua terceira edição, nesta terça-feira (24). A partir das 10h, no Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, jovens estudantes de escolas públicas terão a oportunidade de participar da atividade coordenada pelo maestro Marlos Nobre, acompanhado dos músicos da Orquestra Sinfônica do Recife. A entrada é franca. No programa desta edição, o público vai poder ouvir um clássico da música erudita brasileira, o Prelúdio das Bachiannas Brasileiras nº 4 para orquestra de cordas, de Heitor Villa-Lobos. Em seguida, serão executadas duas composições de autores do post-classicismo: a Sinfonia nº 40, de Wolfgang Amadeus Mozart e, as Variações Sob um Tema de Haydn, de autoria do compositor Brahms. Nesta terceira edição, quase 370 pessoas devem assistir ao concerto, entre professores e alunos. O projeto Concertos para a Juventude tem por finalidade contribuir para a formação musical de jovens do Recife. Com isso, pretende-se desenvolver o senso crítico e também o gosto por outros estilos musicais, como o erudito, a partir de um bate papo descontraído do maestro Marlos Nobre com o público, contando causos interessantes sobre os autores e as composições. Para muitos estudantes é a oportunidade de entrar pela primeira vez num teatro e assistir à apresentação de uma Orquestra Sinfônica. Escolas interessadas em participar do projeto, que acontece sempre na terça-feira que antecede a apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife, podem realizar o agendamento através do telefone: 3355.3323. Serviço: Concertos para a Juventude Quando: terça-feira, dia 24 de maio Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio, Recife. Informações: 3355.3323

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Moinho do Recife será leiloado

A Bunge Brasil, uma das maiores empresas de alimentos e agronegócio do País, acaba de colocar à venda dois de seus ativos, um Moinho e um Armazém, localizados próximos ao Marco Zero, no Recife Antigo. A comercialização dos imóveis é realizada por meio de um leilão eletrônico, que se encerrará no dia 23 de junho, às 14h. O lance inicial é de R$ 10 milhões e as ofertas podem ser feitas no site www.superbid.net . Segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, Pernambuco é um Estado estratégico para a Bunge, que mantém suas atividades na região, atendendo a todos seus clientes normalmente. No Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca/PE, a empresa possui duas unidades: uma fábrica de margarinas e óleos, inaugurada em 1990, e um moinho de trigo, instalado em 2009 com investimentos de R$ 165 milhões, considerado, de acordo com a Bunge, um dos mais modernos da América do Sul. "A história da Bunge em Pernambuco teve início em 1914, com a aquisição desse moinho de trigo, no Recife. Agora, com a venda do ativo, esperamos que os prédios continuem a ser preservados e permaneçam como símbolo histórico da cidade", afirma Francisco Ganzer, diretor de Trigo & Ingredientes da Bunge Brasil. Hoje, a empresa possui liderança nacional no segmento de panificação, com a produção de farinhas de trigo e misturas para a indústria de alimentação e panificação. "Optamos em investir na mudança do moinho para Suape, uma vez que o Recife Antigo, com seus prédios e ruas históricas, tem hoje vocação turística e não comportava mais uma operação industrial", conclui Ganzer. Atualmente, a Bunge conta com oito moinhos de trigo localizados de norte a sul do País: Suape (PE), Brasília (DF), Santa Luzia (MG), Rio de Janeiro (RJ), Tatuí (SP), Santos e Pacífico (SP) e Ponta Grossa (PR). Serviço: Leilão Eletrônico: Conjunto de edificações do antigo Moinho Recife – Prédio do Moinho e Armazém Prazo de encerramento: 23 de junho, às 14h Site: www.superbid.net Armazém: Terreno: 3.580,00 m2 / Construção: 3.588,00 m2 Prédio do Moinho: Terreno: 5.096,44 m2 / Construção: 24.621,65 m2

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Movimentos culturais lançam manifesto pelo retorno do Cine Olinda

Os movimentos #CineRuaPE, #OcupeCineOlinda e Ponto de Cultura Cinema de Animação lançaram um manifesto direcionado às instituições responsáveis pela reforma e gestão do Cine Olinda, cinema centenário do Sítio Histórico, fechado há mais de 50 anos. O manifesto veio a público durante sessão do Cineclube CineRua, promovida ao lado do Cine Olinda, com o objetivo de questionar os descaminhos e reivindicar sua reativação imediata. Durante o evento foram obtidas mais de 350 assinaturas. Agora o mesmo documento está sendo lançado na internet nesta quarta (18), para que possa ser assinado e compartilhado. Link da petição: https://secure.avaaz.org/po/petition/Prefeitura_Municipal_de_Olinda_Iphan_Pela_reabertura_do_Cine_Olinda/?coMiehb Uma vez coletadas as assinaturas, o manifesto será protocolado na Prefeitura Municipal de Olinda, IPHAN, Secretaria Estadual de Cultura e Ministério Público, este último, requisitando uma audiência. MANIFESTO EM DEFESA DO CINE OLINDA Olinda, 5 de maio de 2016 O Cine Olinda é patrimônio histórico, cultural e afetivo, exemplar remanescente da arquitetura de cinemas de rua que existiram por boa parte do século 20 e 21 em diversos países. Em muitas cidades alguns foram preservados, se mantendo em atividade ininterrupta ou reativados, como parte de um movimento mundial de retomada dos cinemas de rua. Na França eles são chamados de cinéma du quartier (cinemas de bairro). Lá, alguns bairros ainda possuem seus cinemas. No Brasil muitos cinemas de rua foram extintos, demolidos ou reutilizados com usos que descaracterizaram totalmente ou quase toda a arquitetura do cinema. A cultura da demolição, que vem de tempos remotos, ainda predomina. A Região Metropolitana do Recife já perdeu inúmeros sobrados, igrejas, arcos, casas e edifícios modernistas e quase uma centena de cinemas de rua. Localizado na entrada da cidade, no bairro do Carmo, o edifício do Cine Olinda é um exemplar da arquitetura Art Déco, típica da fase pré-modernista das décadas de 20 a 40 do século passado. Apresenta planta retangular, simétrica, sala da plateia com tela e palco ao fundo, moldura para a tela com reentrâncias, estruturas da coberta em ferro, hall de entrada e bilheterias, marquises na fachada frontal, prolongando-se pelas laterais, cabine no pavimento superior, em destaque na fachada e janelas altas, podendo funcionar sem ar condicionado por estar localizado à beira-mar de Olinda. Estas mesmas características foram encontradas em outros cinemas de rua do Recife e Olinda, o que aumenta a importância de se preservar esta sala. Acreditamos em cinemas de rua como espaços de cidadania. Eles são modos de pensar e vivenciar as cidades; garantem vida aos centros e bairros; contribuem com a requalificação de espaços urbanos; valorizam a rua, os espaços públicos e de uso público; são pontos de encontro e sociabilidade; oferecem acesso à educação e cultura. Sem eles, uma cidade perde referências e o caráter simbólico no meio urbano. São edifícios que apresentam valores históricos, arquitetônicos, artísticos, contribuem com a preservação da memória urbana e deveriam estar na rota turística das cidades. Pernambuco se tornou um dos principais polos de produção cinematográfica do Brasil, sobretudo em se falando de filmes que partem do respeito à nossa inteligência para construir narrativas críticas sobre o mundo em que vivemos. Estes filmes dificilmente serão vistos em cinemas comerciais, pois salas localizadas em shoppings são unicamente interessadas no lucro fácil e se deixam levar pelo "tsunami" de filmes americanos, um maçante e violento bombardeio cultural. Neste sentido, reivindicamos o Cine Olinda como mais do que uma opção de exibição de filmes num sítio histórico e sim como um cinema público, com o dever de dar espaço a produções independentes do Brasil e do mundo, além de abrigar atividades de formação e aglutinação da produção criativa. Após 51 anos de seu fechamento, 37 anos de sua desapropriação, durante a gestão do prefeito Germano Coelho, e 35 anos de reformas malsucedidas, nos sentimos no dever de cobrar esclarecimentos e um maior compromisso dos gestores públicos responsáveis pela condução das obras e pelo equipamento em si. Tendo isso em vista, solicitamos ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Eram e à Prefeitura Municipal de Olinda um esclarecimento público sobre a gestão do equipamento, prestando satisfação sobre a atual situação e que se coloque em discussão estratégias e soluções para que ele seja entregue à população ainda este ano. Solicitamos que esta audiência seja feita nas dependências do Cine Olinda, com participação do Ministério Público, seguida de deliberações sobre formas de ocupação e um plano de reinício das obras. Solicitamos também a criação de um comitê de fiscalização civil para acompanhamento tanto da obra quanto dos trâmites burocráticos para a viabilização da mesma. Assinam: Movimento #CineRuaPE #OcupeCineOlinda Ponto de Cultura Cinema de Animação Associação Brasileira de Documentaristas – ABD/PE Associação Pernambucana de Cineastas - Apeci Associação de Produtores de Cinema do Norte/Nordeste Federação Pernambucana de Cineclubes – Fepec Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta - Sodeca

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Estudo revela espécie fóssil de crocodilo anão mais antigo

“O registro mais antigo de um crocodilo anão”: é o que ressalta a professora de Paleontologia e de Evolução e Dinâmica da Terra do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da UFPE, Juliana Sayão, ao explicar a importância do resultado recente da histologia e análise das células de um fragmento ósseo do Susisuchus. O achado paleontológico, que se encontra no Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), foi estudado no Núcleo de Paleontologia, do Laboratório do CAV, sob a coordenação de Juliana. A professora destaca ainda que se trata da menor espécie de crocodilo registrada até hoje. O estudo impacta diretamente na análise da evolução da linhagem dos crocodilos, servindo assim de referência para pesquisas futuras, como evidencia Sayão. Segundo a pesquisadora, o estudo sana dúvidas que existiam sobre a maturidade do fóssil, o Susisuchus anatoceps, já que “ele tinha as características do osso que somente organismos maduros, que atingiram a maturidade óssea esquelética têm. Então, batemos o martelo que ele era um adulto”. Coordenada pela professora da UFPE, a equipe é composta ainda por professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Regional do Cariri (Urca) e pós-graduandos da UFPE. Eles analisaram fragmentos de um dos três fósseis conhecidos dessa espécie de crocodilo – dois se encontram no Museu de Paleontologia da Urca e o outro está no Museum für Naturkunde, na Alemanha. O Susisuchus anatoceps viveu há aproximadamente 120 milhões de anos, durante o período Cretáceo, na região onde está a Chapada do Araripe, no Estado do Ceará. No local havia um grande lago que cobria essas terras, contendo uma diversa fauna e flora em seu entorno. O Susisuchus fazia parte desta biodiversidade, atuando como um crocodilo que transitava entre as áreas emersas e dentro do lago, explica a professora. A espécie é menor do que os atuais crocodilos anões que são conhecidos, o Paleosuchus e o Osteolaemus, ambos habitam as áreas pantanosas do cerrado e pequenas lagoas na floresta amazônica. O tamanho deles varia entre 1,0 m e 1,5 m de comprimento. Os resultados foram detalhados em um artigo destaque da capa da Revista Plos One, publicação internacional que é referência na área de paleontologia. Entre esses resultados está a conclusão de que o fóssil analisado do crocodilo anão morreu aos 17 anos com 60 cm de comprimento – ele pode, segundo a professora, chegar aos 90 cm de comprimento máximo. Além disso, a pesquisadora explica que a maturidade óssea do Susisuchus chegaria entre 10 e 20 anos de idade, portanto, o espécime analisado estava no final do seu crescimento.

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A difícil missão do ministério Temer

O cenário de crise econômica (composta por ingredientes que vieram da queda do mercado internacional, corrupção e decisões erradas de gestão) terá como remédio o retorno da política do Estado mínimo. Segurar os gastos ou reduzi-los, no entanto, não é uma das missões mais populares, nem fáceis. E para anunciar os cortes, o desgaste, pelo menos a princípio, cairá nas mãos dos ministros. Nos primeiros dias do Governo Temer ficaram nas mãos da sua equipe tratar de volta da CPMF (pelo ministro da fazenda,  Henrique Meirelles), a suspensão da construção de mais de 11 mil casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida (pelo ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo) e a polêmica sugestão de redução do Sistema Único de Saúde (através do ministro da Saúde, Ricardo Barros). Mendonça Filho, além de assumir toda a rejeição pelo fim do Ministério da Cultura, também fez uma manifestação de apoio às universidades públicas que quiserem cobrar mensalidades. Todos temas com rejeição popular e que temos apenas pistas de qual seja o posicionamento do presidente interino. Não declarações. Essa estratégia não é exclusiva desse momento. O mesmo ocorreu nos anos da presidente Dilma Rousseff. Mas como o período é de cortes e de poucas pautas que envolvem investimentos, os auxiliares do presidente assumirão a maior parte do desgaste desse primeiro momento de governo. E, diferente do governo FHC, em que haviam longos quatro anos para esperar as medidas terem seus resultados a serem mostrados, a gestão Temer - caso seja confirmada pelo Senado - terá apenas dois anos pela frente. Um jogo com menos tempo para ser avaliado.  

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Regata vai homenagear Nelcy Campos

Considerado um herói pernambucano contemporâneo, o prático Nelcy da Silva Campos vai ganhar uma regata em sua homenagem. Há 31 anos, ele salvou o Recife de uma tragédia, ao rebocar para alto mar um navio carregado de combustível, que estava em chamas e poderia explodir o parque de tancagem do Porto do Recife. O ato heróico será lembrado com a Regata Prático Nelcy Campos, que será realizada no dia 21 de maio. Aberta a todos os tipos de barcos das classes de Oceano, a competição é válida para o Campeonato Pernambucano de Velas. Além do prático Nelcy Campos, irá homenagear o nadador pernambucano Luís Silva, atleta paraolímpico recordista de medalhas. A saída dos barcos será no Marco Zero do Recife, no Bairro do Recife Antigo, de onde os participantes seguem até a Praia de Boa Viagem e depois retornam para o ponto de partida. A estimativa é que cerca de 50 barcos participem do evento, que está previsto para começar a partir das 13h. A Regata Prático Nelcy Campos é promovida pela Sociedade dos Amigos da Marinha (Soamar) e pela Frotilha Recifense de Veleiros de Oceano (Frevo), com apoio do Cabanga Iate Clube, Armazéns do Porto, Associação Comercial de Pernambuco e Porto do Recife. A infraestrutura em terra, montada em frente aos Armazéns do Porto, junto ao Marco Zero no Recife Antigo, será composta por um lounge e uma área de convivência com local VIP e espaços para exposição e de demonstração de marcas e produtos de empresas parceiras que integram o evento. O valor das inscrições dos participantes da regata será repassado para a Associação dos Surdos de Pernambuco, entidade que atua para melhorar a vida dos portadores de deficiência motora através do apoio e do incentivo à prática de esportes. A ação será um reforço financeiro importante nesse momento de paraolimpíada, servindo de estímulo e referência para a superação e determinação de todos os para-atletas pernambucanos. HOMENAGEADO EVITOU EXPLOSÃO GIGANTESCA NO CENTRO DO RECIFE Há 30 anos, no dia 12 de maio de 1985, Nelcy da Silva Campos rebocou para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, que pegou fogo e cujas chamas ameaçavam explodir o Parque de Tancagem do Brum, onde estavam armazenados 153 mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. A situação de risco começou por volta da 1h30 da madrugada de um domingo, quando um dos três tanques do navio explodiu, deixando a embarcação em chamas. Atracado no Porto do Recife, o petroleiro carregava 1.500 toneladas de gás butano, conhecido como gás de cozinha. O pior é que o incêndio e as explosões em série poderiam atingir o Parque de Tancagem do Brum, que estava a 500 metros do petroleiro e armazenava mais de cento e cinqüenta mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros do Recife foi mobilizado para combater o incêndio, mas os homens não conseguiram debelar as chamas, que chegavam a 20 metros de altura. A situação era tão grave que o então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães, foi acordado às presas e teve que deixar o Palácio do Campo das Princesas, onde morava, localizado no Bairro da Boa Vista. Foi nessa situação que o prático da barra Nelcy da Silva Campos, então com 54 anos, foi chamado às pressas em sua casa pelas autoridades responsáveis pela Capitania dos Portos. Ele chegou ao porto por volta das duas horas da manhã e, com a ajuda de alguns auxiliares, começou um perigoso trabalho. Depois de muitos esforços e manobras perigosas, o petroleiro foi deixado à deriva a aproximadamente cinco quilômetros da costa. Nelcy da Silva Campos nasceu no Recife no dia 21 de janeiro de 1931. Trabalhou durante 25 anos como prático, ofício que aprendeu com o pai. Morreu no dia 27 de setembro de 1990 no Recife.

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Dança e Música nas comemorações dos 166 anos do Teatro de Santa Isabel

Um dia é muito pouco para celebrar 166 anos de existência. Por isso, as comemorações de aniversário do Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, tem um final de semana inteiro de programação para o público e, o melhor, com entrada franca. No sábado (21) e domingo (22), o espaço oferece atrações artísticas com o concerto da Banda Sinfônica da Cidade do Recife e apresentação da Compassos Cia. de Dança, além de visitas guiadas, que não precisam de pré-agendamento. Sábado, 21 de maio – A programação começa com a visitação guiada a partir das 14h. Esta é uma ótima oportunidade para a população do Recife e os turistas conhecerem de perto um dos 14 teatros monumento do país, considerado em 2015, o melhor teatro do Brasil pelo Prêmio Cenyn de Teatro Nacional. O passeio tem duração de 50 minutos e possibilita ao participante conhecer a história, curiosidades e as dependências do Teatro de Santa Isabel. Outras duas visitas serão realizadas nesse mesmo dia: às 15h e 16h. À noite, a pedida será conferir o espetáculo Três Mulheres e Um Bordado de Sol, da Compassos Cia. de Dança, que fará duas apresentações: às 18h e às 20h30. A lotação é de apenas 65 lugares e os ingressos poderão ser retirados gratuitamente na bilheteria do Santa Isabel, uma hora antes de cada apresentação, e com o limite de apenas 1 (uma) entrada por pessoa. Domingo, 22 de maio – Novas visitas guiadas poderão ser realizadas sem pré-agendamento pelo público às dependências do Teatro de Santa Isabel, nos horários das 14h, 15h e 16h. E à noite, a partir das 18h, as celebrações dos 166 anos do teatro serão encerradas com a apresentação da Banda Sinfônica da Cidade do Recife. Sob o comando do maestro Nenéu Liberalquino, os músicos apresentarão um repertório especialmente preparado para a ocasião. O programa do concerto começa com o Bolero de Ravel, seguido de Leão do Norte, de Lenine e Paulo Pinheiro. O Rei do Baião marca presença no medley Gonzaga em Tom Maior, composto por Asa Branca, Baião e A Volta da Asa Branca. Quem gostou do medley apresentado pela BSCR sobre os Beatles, vai poder ouvi-lo novamente. The Beatles: Love traz sete composições do grupo, entre elas, Drive My Car, Hey Jude e Eleanor Rigby. A Banda Sinfônica apresenta outro medley, Benny Goodman: The King of Swing, com músicas de vários autores. Em seguida, será executada Funk Attack, de Otto M. Schwarz, e finalizando a apresentação a inesquecível Disney Spetacular, composta por músicas dos cartoons da Disney. Os ingressos para o concerto da Banda Sinfônica da Cidade do Recife podem ser retirados, gratuitamente, na bilheteria do teatro a partir das 17h, sendo dois ingressos por pessoa. Da assessoria de imprensa

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A paralisia da Câmara

Em meio à profunda crise política e econômica que assola o País é assustador o comportamento dos deputados federais. Embora haja medidas que precisam ser votadas urgentemente, os parlamentares da Câmara Federal não realizaram a votação de um único projeto sequer desde o dia 5 deste mês, quando Eduardo Cunha foi afastado da presidência da casa. A inoperância se deve à recusa de vários parlamentares em aceitar Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência interina da Câmara. Ontem ele foi impedido de presidir a sessão em meio a gritos de “fora, fora” emitidos pela bancada do DEM e PSDB que pedem a sua renúncia. Pesa sobre Maranhão acusações de ser aliado de Cunha e estar ali a mando do deputado afastado, além de atuar como funcionário fantasma da Universidade Federal do Maranhão. Há ainda o fiasco da sua atitude no último dia 9, quando anulou a decisão da Câmara pelo impeachment da presidente Dilma e horas depois voltou atrás da decisão. Maranhão mantém-se firme em continuar na presidência interina. Setores da oposição afirmam que a única forma de afastá-lo seria cassar Cunha. Só assim será possível realizar novas eleições para o cargo. Enquanto isso, o País assiste num misto de estupefação e revolta, a paralisia dos trabalhos na Câmara Federal. Justamente num momento em que o tempo é fator essencial para a resolução de problemas graves que afetam a sociedade. Sem contar o mico que nós, brasileiros, enfrentamos de ver a imagem do Brasil detonada pelo jornal The New York Times que chamou o legislativo tupiniquim de “circo”. Mas para a população em crise, hoje não tem marmelada, não tem não senhor. Por Cláudia Santos

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Zé Renato volta à MPB

O cantor e compositor Zé Renato, que nos anos 60 integrou o Grupo Manifesto e chegou a participar dos inflamados festivais da canção no Maracanãzinho – prepara-se para produzir seu terceiro CD. "Será um trabalho de MPB, que, na verdade, é mais a minha praia. A característica da minha música é muito mais acentuada para linha da bossa nova e voltada especificamente para a minha dissonância musical. Já estou partindo para fazer os arranjos", revela. No ano passado, Zé Renato, aproveitando-se de sua versatilidade, lançou-se em outras águas ao realizar o CD Zé Renato São João, composto por músicas de forró. Os discos são mais uma etapa da sua trajetória artística que teve início no Rio de Janeiro. Recifense, de nascimento, José Renato Silva Filho, aos 5 anos foi morar na Cidade Maravilhosa, porque seu pai recebera um convite para trabalhar na mítica Rádio Nacional. Durante a infância no Rio, ganhou um violão de presente de sua mãe e começou a arranhar os primeiros acordes dentro de casa. Ao mesmo tempo que a paixão pela música crescia, o pernambucano se aprofundou no campo do marketing e da propaganda, trabalhando em agências de publicidade e veículos de comunicação. O trabalho na área da comunicação, entretanto, não o fez deixar de lado as artes. Com amigos, criou uma peça musical De Chiquinha Gonzaga à Bossa Nova, onde identificava diversos aspectos da cultura da música do País. Através da música Manifesto - uma sátira sobre o turbulento momento em meio à Ditadura Militar - composta originalmente pelo pianista Mariozinho Rocha - o Grupo Manifesto foi criado. Era o início de um movimento que percorreu o Brasil. "Após os ensaios, íamos a alguns bares e continuávamos com as apresentações. Em dia, Gutemberg Guarabyra - hoje da dupla Sá e Guarabyra - nos convidou para participar com ele da apresentação da música Margarida, no II Festival Internacional da Canção, produzido pela Rede Globo, no Maracanãzinho. Conseguimos vencer e, a partir daí, começamos a viajar o País inteiro", afirma. A vitória no festival, entretanto, pegou todos de surpresa, principalmente pelo calibre dos concorrentes: Chico Buarque e Milton Nascimento. "Nós não estávamos esperando vencer. A letra da nossa música era bem incompatível com o modelo musical brasileiro daquela época. Mas o respaldo que o público deu, fez com que a música se tornasse um sucesso. Definitivamente, foi uma grande surpresa para todos e acabou sendo um fator bastante motivador e determinante para nossa carreira", diz Zé Renato. Como muitos outros artistas expoentes da época, o Grupo Manifesto também sofreu repressões e censuras por parte do governo militar. "Depois da nossa conquista no festival, fomos alvo de algumas pressões e censuras, porque as músicas - especialmente Manifesto - eram sátiras bem criativas em relação a tudo que estava acontecendo", revela. Após o final do grupo, Zé decidiu continuar no meio musical - sem esquecer, é claro, da sua carreira publicitária. Em 1995, ele retornou à cidade natal para atuar como gerente regional da TV Manchete, Rádio Manchete Fm e Bloch Editores. Anos depois, com o enfraquecimento e o posterior encerramento das atividades da emissora, foi o responsável pela implantação da rádio Nova Brasil. Durante esse período, nunca deixou a arte de lado. Como ele mesmo diz, a música corre nas veias. "Comecei, em 2012, a desenvolver um sarau. Era um projeto de intercâmbio cultural e musical com artistas da terra e de fora. Muitos deles, inclusive, eu conheci na época em que morei no Rio de Janeiro e que fiz parte do Grupo Manifesto. Após realizar edições desse projeto, me dediquei à produção do meu primeiro CD", relembra. Para o artista, que atuou na época dos festivais, considerada uma das fases áureas da música brasileira, o atual cenário da MPB não é nada animador. "Os veículos de comunicação possuem uma certa culpa nesse quesito, porque eles veiculam músicas sem nenhum conteúdo poético. Em busca de audiência, eles massificam a programação com músicas sem qualidade", afirma. (Por Yago Gouveia)

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