Economia – Página: 2 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Economia

Taxa de juros elevada segura consumidores em inadimplência, diz CNC

Pagamento de 29,3% de dívidas tinha atraso de mais de 1 mês em outubro. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que a taxa de juros elevada no país está encarecendo as dívidas e segurando as famílias em situação de inadimplência. O levantamento mostra que, em outubro, 29,3% dos consumidores estavam com dívidas em atraso de 30 dias ou mais, ante 29,0% em setembro. Em outubro de 2023 eram 29,7% os consumidores com dívidas em atraso de mais de um mês. Já o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias atingiu 50,4% do total de endividados em outubro deste ano, o maior desde fevereiro de 2018, mostrando que os atrasos estão permanecendo por mais tempo. “Isso porque o aumento das taxas de juros leva a um encarecimento das dívidas”, diz a pesquisa. Segundo o levantamento, a alta de juros está fazendo com que as famílias precisem de prazos mais longos para quitá-las. “O percentual de comprometimento da renda mais desafiador ajuda a explicar o aumento do percentual de famílias que não terão condições de pagar as contas atrasadas, mostrando que os prazos mais longos das dívidas e o menor endividamento não estão sendo suficientes para compensar a alta do nível de juros”, diz a pesquisa. Baixa renda Conforme o levantamento, a inadimplência entre as famílias de menor renda (até três salários mínimos) alcançou 37,7% em outubro, “refletindo o impacto dos juros elevados e das condições de crédito mais restritivas sobre o orçamento dos mais vulneráveis”. Esse aumento ocorreu apesar da redução geral do endividamento, que recuou para 76,9%, nível semelhante ao registrado em outubro do ano passado, indicando mais cautela das famílias com o uso de crédito. “A dependência de crédito em um cenário de juros elevados torna a quitação de dívidas um desafio ainda maior para as famílias mais pobres”, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. “Acreditamos que, com medidas voltadas para a redução de gastos públicos, é possível abrir espaço para uma possível queda dos juros, o que traria um alívio significativo para os consumidores e para a economia como um todo”, afirmou. A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, com aproximadamente 18 mil consumidores.

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Inteligência artificial pode dobrar o lucro da indústria farmacêutica até 2030

O uso da inteligência artificial tem potencial para adicionar US$ 254 bilhões aos lucros operacionais anuais da indústria farmacêutica até 2030, segundo pesquisa da Strategy&, consultoria estratégica da PwC. O estudo Inteligência Artificial na Indústria Farmacêutica analisou mais de 200 casos de uso da tecnologia com especialistas em saúde, tecnologia e setor farmacêutico, apontando o avanço da IA na automação de processos e na otimização de operações. Como Pernambuco tem uma crescente presença farmacêutica, com players locais, nacionais e multinacionais, a pauta é estratégica para os negócios no setor no Estado. Bruno Porto, sócio da PwC Brasil, destaca que a IA representa uma oportunidade gigantesca de valor para o setor. “Na próxima década, a saúde será cada vez mais revolucionada por novas iniciativas impulsionadas pela IA”. O setor avança para uma experiência personalizada e digital, com fronteiras mais fluidas entre prevenção e tratamento. Atualmente, 39% dos usos de IA se concentram em operações que otimizam custos de produção, materiais e a cadeia de suprimentos, mas a tendência é que o escopo de aplicação se expanda rapidamente. Degusta investe R$ 800 mil e inaugura a maior sorveteria do Estado Em comemoração aos 10 anos de operação, a empresa pernambucana Degusta faz uma grande aposta no mercado local com o lançamento da maior sorveteria do Estado, no próximo dia 6 de novembro. Com um investimento de R$ 800 mil, a unidade localizada no bairro das Graças, fortalecerá as estratégias de expansão do grupo. “Queremos proporcionar experiências e oferecer um conceito diferenciado para o nosso público, que sempre foi tão fiel e receptivo à nossa marca”, disse Bruno Zammataro, um dos sócios da empresa. A empresa possui 10 lojas físicas distribuídas por Recife, Porto de Galinhas, Tamandaré, Caruaru e Pipa, no Rio Grande do Norte, além de mais de 900 pontos de venda. O objetivo é chegar a 15 lojas físicas e atingir 1,2 mil pontos de venda em um ano. Os focos são nos mercados de Pernambuco, da Paraíba e da Bahia. A expectativa é crescer 35% em 2024. A empresa pretende chegar a chegar a 15 lojas em um ano. “Queremos proporcionar experiências e oferecer um conceito diferenciado para o nosso público, sempre foi tão fiel e receptivo à nossa marca”, disse o sócio Bruno Zammataro. Usina Experience reúne empreendedores no Sebrae-PE Amanhã, 5 de novembro, acontecerá a terceira edição do Usina Experience, no auditório do Sebrae-PE, na Ilha do Retiro. O evento é promovido pela Usina do Seguro, voltado para empreendedores e profissionais, com foco na abordagem, crescimento de vendas e networking. Entre os palestrantes estão Rodrigo Boss, que trará sua expertise com a palestra Inteligência Comercial, Beto Chaves, que abordará o Social Selling e Ricardo Rodrigues que apresentará a palestra 1, 2, 3 e vai! As chaves das riquezas e da prosperidade. A programação será encerrada com Diego Castro, que trará Insights sobre como aumentar a produtividade e as vendas por meio da inteligência artificial. “O Usina Experience não é apenas um evento; é uma oportunidade de transformação para quem deseja se destacar no mercado”, afirmou Ricardo Rodrigues, CEO da Usina do Seguro. Inscrições no Sympla.

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Pernambuco lidera geração de empregos no Nordeste com mais de 17 mil novas vagas

Estado acumula 113 mil novos postos de trabalho desde o início de 2023, destacando-se como o terceiro maior gerador de empregos no Brasil. Foto: Miva Filho Pernambuco se consolidou como o maior gerador de empregos do Nordeste pelo segundo mês consecutivo, com um saldo positivo de 17.851 postos de trabalho em setembro, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro em nível nacional. Desde o início do ano, o estado já alcançou 61.699 novas carteiras assinadas, totalizando 113.062 empregos formais desde janeiro de 2023, conforme dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Para a governadora em exercício, Priscila Krause, os resultados refletem o investimento em políticas para geração de emprego e renda no estado. “Com quase 18 mil postos de trabalho em setembro, Pernambuco se consolida como o maior gerador de empregos do Nordeste e o terceiro maior do Brasil. Desde janeiro de 2023, mais de 113 mil empregos foram criados no Estado”, afirmou Priscila, destacando o impacto positivo desses números no consumo da população. Os dados de setembro mostram que os cinco grandes setores econômicos de Pernambuco tiveram saldos positivos, com destaque para a Indústria (6.786 novas vagas), Serviços (4.823) e Agropecuária (3.415). Na Indústria, a fabricação de produtos alimentícios foi responsável por 4.167 novas oportunidades, impulsionando o resultado do setor. Comércio e Construção também contribuíram, com 1.528 e 1.300 empregos, respectivamente. A secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco, Amanda Aires, frisou a importância das ações de capacitação para garantir a ocupação das vagas criadas. “O Governo de Pernambuco tem intensificado os esforços para apoiar empresas e trabalhadores, aquecendo o nosso ambiente de negócios”, afirmou Amanda, mencionando o próximo Feirão de Empregos, que acontecerá no Recife, na próxima terça-feira.

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Pernambuco lança programa de aceleração de startups no Porto Digital Europa

Iniciativa visa fortalecer a presença de empresas pernambucanas de tecnologia no mercado europeu, com investimento de R$ 2,5 milhões em capacitação e suporte internacional A governadora Raquel Lyra lançou em Portugal o Programa de Aceleração e Internacionalização de Negócios, uma ação pioneira do governo de Pernambuco para impulsionar a atuação global de startups tecnológicas do estado. Com investimento de R$ 2,5 milhões, o programa, sediado no Porto Digital Europa em Aveiro, apoiará dez empresas pernambucanas por ano, durante quatro anos, em seu processo de expansão e formalização no mercado europeu. O programa tem como meta ampliar o alcance das startups no mercado internacional e, para isso, inclui uma jornada empreendedora com etapas de diagnóstico e formação online realizadas no Brasil e uma imersão presencial em Portugal. “Estamos lançando o edital do programa de aceleração no valor de R$ 2,5 milhões para trabalharmos por quatro anos e isso é apenas o começo”, afirmou Raquel Lyra, destacando a importância da parceria com o Porto Digital para garantir um planejamento estratégico voltado ao desenvolvimento de políticas públicas focadas no mercado internacional. Além do suporte para formalização em território europeu, as startups contarão com mentorias personalizadas e acesso a uma rede de contatos e fontes de financiamento. Para Heraldo Ourem, diretor de inovação do Porto Digital, a iniciativa está alinhada aos planos do governo de Pernambuco. “É uma honra receber a governadora Raquel Lyra no Porto Digital Europa, uma iniciativa que tem total conexão com os planos do Estado. Esperamos contribuir e desenvolver oportunidades para as pessoas, com mais negócios, tecnologia e inovação”, disse. O lançamento também marcou a estreia do Plano de Formação Modulares e Certificadas do Porto Digital Europa, que vai capacitar profissionais em tecnologias como inteligência artificial e blockchain. Com duração de 36 meses, o plano terá capacidade para 1.950 participantes, em modalidades presenciais e à distância, consolidando o Porto Digital Europa como um hub de inovação e conexão empresarial no continente europeu.

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Dia sem imposto conscientiza sobre a alta carga tributária em Pernambuco

Evento gratuito da FIEPE promove debates e oportunidades de descontos para o público A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) realizará a 7ª edição do Dia sem Imposto no dia 31 de outubro, na Casa da Indústria. Este evento gratuito e aberto ao público contará com palestras, uma exposição de produtos com e sem imposto em um minimercado e sorteios de itens com descontos equivalentes ao valor dos impostos. As inscrições podem ser feitas no site oficial da FIEPE, fiepe.org.br. Rodrigo Veloso, presidente da FIEPE Jovem e organizador do evento, ressaltou a importância de debater a carga tributária. “Este é um assunto de extrema relevância para nós, do setor industrial. A alta carga tributária impacta diretamente nossa competitividade e representa um grande desafio, já que o Brasil possui um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, com uma enorme variedade de impostos, contribuições e taxas”, afirmou. Ele destacou que, apesar dos avanços trazidos pela recente regulamentação da reforma tributária, “existem distorções que precisam ser corrigidas”. O evento contará com uma programação diversificada, começando com a abertura do minimercadinho às 15h e do Food Park às 17h, onde produtos serão comercializados com descontos proporcionais aos valores dos impostos. As palestras começam às 18h, abordando temas como inteligência artificial e o cenário macroeconômico atual, além de estratégias para reduzir dívidas tributárias em até 70%. Os participantes que assistirem às palestras poderão trocar vouchers por produtos entre 20h45 e 22h, e haverá sorteios de Iphones e kits promocionais às 21h30. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que a carga fiscal média do setor industrial no Brasil é de 42%, o dobro da média cobrada em outros países emergentes. Veloso defende um sistema tributário que seja “eficiente e justo”, enfatizando a necessidade de revisões nas práticas atuais. A FIEPE, por meio de eventos como o Dia sem Imposto, busca não apenas a conscientização, mas também a promoção de um debate necessário para a construção de um ambiente econômico mais favorável. Serviço:Dia sem ImpostoData: 31 de outubroLocal: Casa da Indústria, RecifeInscrições: fiepe.org.br

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Nível de consumo cresce 7% no Recife nos últimos quatro meses

Indicadores mostram otimismo, apesar de desafios econômicos, aponta Fecomércio-PE O Índice de Consumo das Famílias (ICF) em Recife subiu para 102,6 pontos em outubro de 2024, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), com recorte da Fecomércio-PE. A alta de 2% em relação ao mês anterior coloca o indicador na zona otimista, sinalizando uma recuperação no consumo, que acumula um crescimento de 7% desde julho. Este cenário reflete uma melhora nas expectativas das famílias pernambucanas. Entre os componentes do ICF, o destaque foi para a perspectiva de consumo, que aumentou 2,9%. Além disso, o momento para aquisição de bens duráveis apresentou um crescimento significativo de 7,2%, indicando que os consumidores estão mais inclinados a comprar itens de maior valor, como eletrodomésticos e móveis. Esse desempenho é atribuído à sazonalidade do final de ano, quando as famílias costumam planejar compras importantes. Para Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE, o leve aumento no ICF mostra um avanço moderado, mas com desafios ainda presentes. “O leve crescimento no índice de consumo mantém a constância de crescimento que acumula 7% desde julho. Contudo, o alto nível de desemprego e a recente elevação da taxa Selic impactam diretamente o poder de compra das famílias. Embora as expectativas de consumo estejam melhorando, a recuperação total ainda depende de uma melhora no mercado de trabalho e no acesso ao crédito”, afirma Peixoto. Novo Atacarejo abre segunda unidade em Paulista, gerando 320 empregos O Novo Atacarejo inaugura sua nova loja em Paulista nesta sexta-feira (01/11), às 7h, na Rua Catolé Novo, bairro de Arthur Lundgren. A unidade, que vai gerar 320 empregos diretos, é a segunda da rede na cidade, que já conta com uma filial no Janga. Em menos de um mês, esta é a terceira inauguração da rede no estado, após a abertura de uma unidade em Camaragibe no início de outubro. Com essa expansão, o Novo Atacarejo totaliza 33 lojas em operação, sendo 31 em Pernambuco e duas na Paraíba, empregando aproximadamente 8 mil pessoas. “Até o final do ano, teremos mais uma loja para inaugurar”, afirma o CEO da rede, Daniel Costa. A nova unidade, chamada de Novo Paulista Centro, oferece um espaço de vendas de 5.108,90 m², totalmente climatizado, com 300 vagas de estacionamento e 28 caixas para maior conveniência dos clientes. Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas e Porto de Galinhas Convention têm reeleição das suas presidências Durante as Assembleias Gerais Ordinárias da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas e do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, realizadas nesta segunda-feira (28), foi anunciada a reeleição das diretorias para o biênio 2024-2026. Eduardo Tiburtius e Otaviano Maroja permanecem nas presidências das respectivas instituições. “Fico feliz em dar continuidade na gestão que estamos desenvolvendo nos últimos dois anos. Trabalhamos em prol do turismo do nosso balneário de forma conjunta com todos os dez hotéis que fazem parte da AHPG e queremos reforçar ainda mais a imagem de Porto de Galinhas no cenário mundial”, comenta Eduardo Tiburtius.  “Continuamos o nosso trabalho à frente do Porto CVB fortalecendo e fomentando todos os dias o destino, promovendo com os diversos segmentos que compõem a nossa instituição. Seguimos na promoção do destino para os segmentos de lazer e negócios e atraindo ainda mais turistas nacionais e internacionais”, explana o novo presidente do Porto de Galinhas CVB, Otaviano Maroja. Damyller expande presença no Recife A Damyller expandiu sua presença em Recife com a reabertura de sua loja no Shopping Recife e a inauguração de uma nova unidade no Shopping Plaza Casa Forte, ambas projetadas para refletir a identidade da marca e seu compromisso com a sustentabilidade. As lojas foram cuidadosamente planejadas, apresentando elementos de design inovadores e materiais ecológicos, como painéis de denim e móveis feitos de resíduos de produção. “Cada detalhe foi cuidadosamente planejado para refletir a essência da Damyller, oferecendo aos nossos clientes um ambiente sofisticado, moderno e sustentável”, afirma Damylla Damiani, consultora de estilo da Damyller.  Grupo Raymundo da Fonte fortalece práticas ESG e conquista Selo Prata de Sustentabilidade O Grupo Raymundo da Fonte, por meio da filial Horizonte, no Ceará, conquistou o Selo Prata de Sustentabilidade do Instituto de Educação Portal (IEP), destacando seu compromisso com práticas alinhadas aos pilares ESG. A empresa adota ações como gestão de resíduos, reciclando mais de 15 mil toneladas de plástico entre 2018 e 2022 em parceria com a Eu Reciclo, e reutiliza 94% dos resíduos gerados. Além disso, o Grupo mantém a Floresta Urbana Pau Sangue, uma área de 65,8 hectares de Mata Atlântica. Outras iniciativas incluem a redução da gramatura das garrafas PET, uso de energia renovável e monitoramento de emissões. Em Pernambuco, o Grupo visitou a Fábrica de Vassouras Ecológicas no Pina, que apoia mulheres vulneráveis. Com essas ações, a empresa reforça seu alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, promovendo um futuro mais sustentável e inclusivo.

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Onde estão as travas da inovação em Pernambuco?

Qualidade da mão de obra, baixo associativismo e forte conservadorismo ainda presentes em alguns setores empresariais são alguns dos motivos que impedem que atores econômicos possam inovar no Estado, de acordo com Sérgio Cavalcante, professor da UFPE e head de Inovação/do Grupo Cornélio Brennand. Ele foi o palestrante do recente encontro do Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo *Por Rafael Dantas – Fotos: Tom Cabral O Brasil aparece na 50ª posição no Índice Global da Inovação, não figurando entre as principais potências mundiais no desenvolvimento tecnológico e na capacidade de criação de novos produtos e processos. No cenário nacional, Pernambuco, apesar de alguns cases de muito sucesso, também está devendo. Há gargalos importantes em mão de obra, além do baixo associativismo e do forte conservadorismo ainda presentes em setores relevantes da economia. Discutir o cenário local da inovação e apontar a importância dela para o novo ciclo de desenvolvimento do Estado foram os desafios de Sérgio Cavalcante na edição de outubro do Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo. O projeto, uma realização da Revista Algomais e da Rede Gestão, com patrocínio da Copergás, tem promovido uma série de seminários com pautas estratégicas, como sustentabilidade, indústria e educação, com o objetivo de vislumbrar caminhos para o futuro da economia pernambucana. Professor da UFPE, ex-presidente do CESAR e head de Inovação do Grupo Cornélio Brennand, Sérgio Cavalcante, apontou que o único cluster de inovação de toda a América Latina está localizado em São Paulo. Além disso, no Mapa das Startups, elaborado pela Cortex, o Recife possui apenas 138 dessas empresas emergentes e focadas em soluções escaláveis. Em São Paulo, são 3.693 startups. Apesar da presença do Porto Digital e da pujança de polos que investem em muita tecnologia, como o de saúde e o automotivo, Pernambuco precisa dar saltos importantes para avançar, segundo o especialista. “Quando a gente analisa os principais problemas que foram identificados em 2009, na pesquisa publicada no livro Pernambuco Competitivo [editado pelo INTG], é muito interessante perceber em vários setores a repetição da falta de mão de obra adequada, da existência do conservadorismo e falta de associativismo. Também foram mencionados os problemas na infraestrutura”. Em 10 setores econômicos protagonistas da economia local, o estudo revelou que em sete havia dificuldades com qualificação dos profissionais e também em sete foi registrada a falta de inovação (conservadorismo). EDUCAÇÃO NA BERLINDA Ao analisar com mais atenção os dados do Índice Global da Inovação, da OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), em parceria com a Universidade Cornell e o Insead, há pontos críticos do Brasil que puxam seu desempenho para a incômoda 50ª posição. O País tem gargalos maiores em tópicos como efetividade governamental (103º no mundo), ambiente de negócios (125º) e educação superior (93º). Sérgio Cavalcante avalia que uma das raízes da dificuldade de inovação no Brasil está no nosso modelo de educação. “Um dos principais problemas que temos é o modelo pedagógico brasileiro. Os alunos das universidades têm perdido o poder de abstração, é preciso ser muito concreto para eles compreenderem. No ensino médio, a quantidade de pontos de aprendizagem é muito alta. Não dá tempo de o aluno parar e analisar. A capacidade analítica da juventude acaba no ensino médio. Eles não são capazes de identificar uma fake news de uma situação real. Não são capazes de identificar uma oportunidade em um problema”, critica. Como no ensino médio a pressão por decorar muitos conteúdos para a seleção nas universidades é um dos principais focos dos estudantes e das instituições, perde-se a oportunidade de ensinar os alunos a buscar e analisar informações. Cavalcante considera que a atenção mais acentuada na técnica e não nos valores ou no estímulo para resolver problemas contribui para a falta de capacidade inovativa desses jovens quando chegam no mercado de trabalho. Apesar desse cenário difícil na qualificação de mão de obra, o Recife tem se destacado na oferta de oportunidades de formação dos jovens da periferia em cursos no setor de tecnologia da informação e comunicação, com o Embarque Digital. O programa, capitaneado pela Prefeitura Recife, tem contribuído para a cidade se destacar no País em volume de estudantes no setor, que tem um forte apagão de profissionais no mundo. Associando o programa a uma rede de instituições de formação em ensino superior na cidade, a capital tem 571 estudantes de TI a cada 100 mil habitantes, segundo dados do Censo do Ensino Superior. O segundo lugar no País é Porto Alegre, que aparece bem distante, com apenas 365 alunos a cada 100 mil habitantes. DESCONEXÃO COM OS PROBLEMAS REAIS Um dos desafios para o avanço da inovação no Estado é de focar os esforços públicos e privados para encontrar soluções para os problemas reais de Pernambuco. O professor da UFPE considera que a desconexão está nas universidades, que têm muita dificuldade de comunicação com o mercado e também das empresas de buscarem os cientistas. “Os nossos pesquisadores não sabem fazer pesquisa para inovação”. Muitas empresas locais procuram parcerias com clusters de inovação de outros países, inclusive, para solucionar problemas locais por dificuldade de desenvolver alternativas com os players daqui. Apesar das críticas, Sérgio destacou uma diversidade de iniciativas locais que tem provocado a busca de alternativas para os gargalos dos setores econômicos do Estado. A realização de estudos do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) e da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), ambas públicas, para encontrar soluções para o plantio de algodão no semiárido é um dos cases destacados por Cavalcante. Na década de 1980, a praga do bicudo dizimou a cultura do algodão no Estado. As descobertas dessa iniciativa têm, portanto, a capacidade de colaborar para a prevenção de novas crises e para o desenvolvimento desse segmento produtivo. Outras iniciativas locais demonstram os esforços de firmar parcerias entre atores públicos e privados para estudar alternativas para problemas reais do Estado, como na atuação do Atitude Pernambuco, um movimento empresarial que promove estudos de melhoria de infraestrutura pública e faz doação de equipamentos para o poder público, e do

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Intenção de Consumo das Famílias tem quarta queda consecutiva

Indicador recuou 0,6% de setembro para outubro. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil (Da Agência Brasil) A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,6% de setembro para outubro, descontados os efeitos sazonais, o quarto resultado negativo consecutivo e o mais intenso no período. A diminuição da intenção pode ser percebida também na análise anual, com queda de 1,2%. O indicador ainda se mantém no nível de satisfação com 103,2 pontos; porém, está no menor patamar desde março deste ano. É o que revela a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a CNC, todos os componentes apresentaram movimento de queda, com exceção da Perspectiva Profissional, que não apresentou alterações. O Momento para Duráveis teve a maior redução da sua taxa, apresentando uma redução anual igual à sua redução no último mês (-1,8%). Na análise geral, o Emprego Atual é o item com maior pontuação na ICF, o que demonstra a satisfação dos trabalhadores. Em outubro, a Perspectiva Profissional dos consumidores foi o único item que não obteve redução na comparação mensal, mantendo o menor saldo desde junho de 2023. A Renda Atual continuou avançando (+3,7%) como a maior variação anual dentro de todos os componentes. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, diz que os consumidores estão mais cautelosos em relação ao consumo. “O principal subindicador do índice foi a queda de intenção de consumo de bens duráveis, caindo 1,8% na variação mensal, e o consumo de perspectiva em curto prazo também caiu, com 1,2% de queda no mês. O grande fator que puxou pra baixo foi a diminuição da perspectiva sobre o emprego. As famílias estão muito cautelosas com a perspectiva futura do emprego.” No entanto, a Perspectiva Profissional recuou 4,1% no ano, sugerindo maior cautela em relação à empregabilidade futura. Na comparação mensal, o Nível de Consumo Atual – ICF também recuou, assim como o Emprego Atual. “A recente análise mensal destacou um fator negativo significativo: a queda de 4,2% na Perspectiva de Consumo. Essa diminuição reflete um cenário econômico desafiador, marcado pelo aumento da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, que iniciou um novo ciclo de alta dos juros. Esse aumento das taxas de juros é uma medida adotada pelo Banco Central para conter a inflação, mas também traz uma série de implicações. Com a Selic mais alta, o custo do crédito aumenta, o que explica também a queda do Acesso ao Crédito e, além disso, pode desestimular o consumo das famílias”, destaca a CNC. “As incertezas em relação aos ajustes que serão feitos pelo governo para se enquadrar no arcabouço fiscal também geram um clima de apreensão entre os consumidores, com a possibilidade de ajustes de gastos públicos e arrecadação”, completa. Esses fatores impactam diretamente a expectativa de consumo. Quando os consumidores estão inseguros quanto à sua situação profissional e financeira futura, tendem a reduzir o Consumo Atual. O consumidor se torna mais seletivo nas suas compras, e as instituições financeiras fica mais seletivas em relação aos critérios de risco de seus tomadores, reduzindo o potencial de consumo.

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Nova unidade do Grupo Mateus no Recife gera cerca de 600 empregos

Loja, inaugurada nesta quinta-feira (24), em Casa Forte, é a nona do conglomerado no Recife (Da Prefeitura do Recife / Fotos: Marlon Diego – PCR) A nona loja do Grupo Mateus no Recife foi inaugurada na manhã desta quinta-feira (24), no bairro de Casa Forte. A abertura da nova unidade, com nome de Mateus Hiper Casa Forte, possibilitou a geração de, aproximadamente, 600 vagas de emprego na cidade, todas elas com carteira assinada. O prefeito João Campos prestigiou a inauguração.   “Fico muito feliz que, com fé em Deus e devoção ao trabalho, as coisas estão dando certo para o Grupo Mateus e para o Recife. Somando as lojas, são milhares de famílias realizando o sonho da carteira assinada e isso é muito importante. Uma cidade precisa ser empreendedora e isso significa ter a capacidade de dar a mão a quem gera empregos, paga impostos e cria oportunidades”, afirmou o prefeito durante o evento. O Grupo Mateus chegou em Pernambuco em 2022, em Petrolina, no Sertão. Desde lá, já são onze lojas espalhadas pelo estado, sendo nove na capital. A décima unidade, no bairro de Boa Viagem, será inaugurada ainda este ano. O Mateus Hiper Casa Forte oferece uma infraestrutura com 6 mil m² de área de venda, galeria de lojas e um estacionamento com mais de 700 vagas, entre carros e motos. Além dos mais de 17 mil produtos à venda, a loja possui uma praça gastronômica, com restaurante para 180 pessoas e cardápio que passeia da comida regional à oriental. A loja ainda tem uma cafeteria, boulangerie (padaria) e adega com cerca de mil rótulos.

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Consórcio imobiliário ganha força em meio às novas regras de financiamento

Modalidade permite adquirir imóveis sem juros, mas requer planejamento, paciência para a contemplação e atenção para taxas e seguros, como explica a advogada  Gerlane Oliveira, do Portela Soluções Jurídicas Nesta semana, a Caixa Econômica Federal divulgou novas diretrizes para o financiamento imobiliário, que entram em vigor em 1º de novembro. As mudanças incluem a diminuição do limite de financiamento para imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão e o aumento do valor de entrada exigido aos compradores. Diante desse cenário, muitos brasileiros têm recorrido aos consórcios como alternativa para conquistar a casa própria, já que essa modalidade não inclui a cobrança de juros remuneratórios. “O consórcio imobiliário é uma solução interessante para quem deseja fugir dos juros altos dos financiamentos, especialmente para aqueles que podem aguardar o momento certo da contemplação”, explica Gerlane Oliveira, advogada do escritório Portela Soluções Jurídicas e especialista em Contratos Imobiliários. No entanto, é preciso um olhar cauteloso na hora da escolha. “Existem custos a serem considerados, como a taxa de administração que é acrescida ao valor do imóvel desejado  e, em alguns casos, um fundo de reserva, utilizado para suprir eventuais inadimplências e assegurar a manutenção do grupo. Esse fundo, embora opcional, é importante e pode ser exigido pela administradora”, destaca. O funcionamento do consórcio imobiliário é simples: um grupo de pessoas se reúne para contribuir com parcelas mensais em um fundo comum, administrado por uma empresa. A cada período, uma ou mais pessoas são contempladas com uma carta de crédito, que deve ser usada para a compra do imóvel. A contemplação ocorre por sorteio, mas o consorciado também pode ofertar lances para antecipar sua vez, o que se torna atraente, especialmente para quem pode usar o saldo do FGTS. “Quem possui saldo no FGTS tem uma vantagem, pois muitas administradoras permitem o uso desse fundo tanto para os lances quanto para o pagamento de parcelas atrasadas, o que facilita e torna o consórcio uma opção ainda mais atraente”, destaca a advogada. Outro ponto de atenção é a política de desistência: se o participante optar por sair antes do grupo, o reembolso dos valores pagos será realizado apenas ao final do grupo, com possíveis deduções. “É importante avaliar o consórcio como um compromisso de longo prazo, para evitar surpresas”, explica Gerlane, ressaltando que o consórcio imobiliário é mais indicado para quem não tem pressa, já que a contemplação, apesar de garantida, não tem data certa.  “É preciso avaliar se essa modalidade é compatível com os objetivos e o momento financeiro de cada pessoa, porque trata-se de um contrato de adesão, onde as condições são estabelecidas pela administradora e não podem ser alteradas durante o período do consórcio”, alerta. SEGUROS Outro aspecto a ser observado são os seguros oferecidos pelas administradoras. Em muitos casos, as empresas sugerem a contratação de seguros de vida ou prestamista, que garantem a quitação das parcelas do consórcio em caso de falecimento do titular. No entanto, essa exigência não é obrigatória. “É fundamental que o consumidor saiba que a contratação desses seguros é opcional e pode ser contestada caso a administradora tente impô-la de forma abusiva”, destaca Gerlane. Embora o consórcio imobiliário seja uma alternativa viável, ele exige planejamento e uma análise cuidadosa das condições. “Recomenda-se que o consumidor consulte um especialista antes da adesão, garantindo que essa modalidade de compra seja segura e realmente alinhada aos seus objetivos financeiros”, conclui a advogada.

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