Arquivos Economia - Página 292 de 377 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Economia

Rodada de Negócios da Renepe acontece amanhã (22)

A Rede de Negócios de Pernambuco (Renepe), presidida pelo empresário Ronaldo Barros, realiza nesta quarta-feira (22) a sua Rodada de Negócios. A proposta do evento, que será sediado pelo Hotel Manibu, em Boa Viagem, é criar um ambiente para o networking entre os participantes. A Petroquímica Suape, Tambaú, Estaleiro Vard Promar e Pandenor Importação e Exportação participam do evento como empresas âncoras e apresentarão suas demandas em compras para os fornecedores presentes. Em sua quarta edição, o evento começa com um almoço de negócios, às 12h, seguido da rodada de negócios. “Nossa ideia é que durante o almoço as apresentações comecem de uma forma mais descontraída. É uma oportunidade de quebrar o gelo e ainda assim falar sobre seus produtos e serviços para os possíveis compradores durante o bate papo. Assim, quando chega o momento da rodada de negócios, as relações já estão estabelecidas, o que torna a consolidação de contratos mais propícia. Nossa missão é gerar negócios”, explica. As inscrições para o evento estão abertas no site www.renepe.com.br. Podem participar empresas de todos os segmentos e tamanhos. Serviço – 4ª Rede de Negócios Renepe Onde: Hotel Manibu (av. Conselheiro Aguiar, 919, Boa Viagem – Recife) Quando: Quarta-feira, 22 Valores: R$ 90 para associados, R$ 180 para não associados Programação: 12h – Almoço de Negócios / 14h – Rodada de Negócios Inscrições: www.renepe.com.br

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Palestra sobre a Indústria 4.0 na Alepe

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aluísio Lessa, vai realizar palestra, nesta segunda-feira (20.05, às 9h), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, sobre os impactos da Quarta Revolução Industrial em Pernambuco. O secretário vai debater as transformações do mercado pelo impacto de tecnologias como robótica, inteligência artificial, nanotecnologia e a internet das coisas. Além do gestor da SECTI, o evento terá as participações do cientista-chefe do Parqtel, Carmelo Filho e do presidente da Sociedade dos Usuários de Tecnologia de Pernambuco (Sucesu PE), Romero Guimarães. A palestra ocorre no Plenarinho II da Alepe.  

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Primeiro outlet de Pernambuco vai gerar 2 mil empregos diretos

Um dos principais corredores logísticos do Pernambuco, a BR-232 , no município de Moreno, será construído um centro de compras voltado para cidades médias do Nordeste, o Recife Outlet Premium. Inspirado nos modelos norte-americanos, o primeiro outlet do Estado vai comercializar grandes marcas e terá um investimento de R$ 60 milhões. A perspectiva é de gerar 2 mil novos empregos já na primeira fase de operação. O governador Paulo Câmara e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, receberam os investidores no Palácio do Campo das Princesas. O empreendimento é assinado pelo Grupo BCI, que atua há mais de 20 anos no mercado pernambucano, por meio dos empresários Paulo Perez, Marcos Menezes e Rômulo Pina. "Esse é mais um importante investimento que temos o prazer de anunciar. O Recife Outlet Premium será um grande indutor do desenvolvimento econômico da região, gerando emprego e renda. Esse modelo de empreendimento vai contribuir ainda mais para o fortalecimento de uma cadeia que vem crescendo em Pernambuco", destacou Paulo Câmara. O projeto conta com a consultoria do especialista em shoppings centers Eduardo Lemos Filho, da LMS│TGI Gestão de Empreendimentos. Entre as empresas que os sócios agregam estão TT Work, Pandenor, Shineray do Brasil, BCI Combustíveis, BCI Armazéns Gerais e BCEI Imobiliária. Durante o encontro, os empreendedores informaram ao governador que a terraplenagem da área de 11,2 hectares será iniciada até o fim deste mês. As obras, por sua vez, terão início em agosto de 2019 e a entrega aos lojistas está prevista para julho de 2020, dois meses antes da inauguração para o público, planejada para setembro do ano que vem. A expectativa do secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, é que o equipamento fortaleça o perfil do Agreste como destino para o turismo. “Mais uma vez, Pernambuco exerce esse protagonismo no Nordeste, ao receber o mais moderno outlet de marcas premium da região. É um equipamento importante, tanto para quem faz turismo de negócios quanto para quem faz turismo de lazer, uma vez que o Aeroporto Internacional do Recife nos conecta a todos os Estados nordestinos. Ganhamos mais um atrativo que, certamente, vai aumentar o tempo de estadia do visitante por aqui”, enfatizou Schwambach. Modelo norte-americano  O novo shopping será erguido nas proximidades do condomínio Alphaville. Diferenciado dos demais em conceito e na arquitetura, o projeto foi baseado no modelo “village”, totalmente térreo e bastante difundido nos outlets dos Estados Unidos. A principal característica destes projetos é a área de circulação aberta, o que reduz o investimento e agiliza o acesso dos consumidores a todos os espaços. O Recife Outlet abrirá as portas com área bruta locável (ABL) de 13 mil metros quadrados, mas terá capacidade para chegar a 24 mil m² no futuro. Estão previstas 66 operações em um primeiro momento, com lojas e praça de alimentação, além de restaurantes e 650 vagas de estacionamento. Há perspectiva de se dobrar essa capacidade, para 1,3 mil vagas. "O empreendimento não terá o perfil de shopping no modelo que conhecemos, o layout proporcionará uma locação mais barata para os lojistas. Vamos atender diretamente às fábricas. Os consumidores que tiveram acesso às marcas, em outro momento, não regridem mais em suas escolhas de compra", comenta Eduardo Lemos. De acordo com o consultor, há no Brasil, atualmente, 12 equipamentos com este perfil. No Nordeste, apenas Ceará e Bahia contam com outlets, embora em formatos mais antigos. No ano seguinte à inauguração, em 2021, devem ser criados mais mil postos de trabalho, com a expansão que já está sendo planejada - a expectativa é que o shopping chegue a 18 mil metros quadrados de ABL. Segundo o Grupo BCI, este tipo de empreendimento tem como característica a empregabilidade de mão de obra mais jovem, o que vai beneficiar diretamente as populações de Moreno e de Jaboatão, por exemplo, pela proximidade. Os empreendedores estimam atrair consumidores de todo o Nordeste. Somente em um raio de 100 km, calculam alcançar 7 milhões de potenciais clientes de 115 municípios de Pernambuco e da Paraíba. Desde que foi duplicada, a BR 232 tem atuado como fio condutor na atração de grandes empreendimentos para o Agreste do Estado, e foi escolhida estrategicamente para sediar o centro de compras. Entre as razões preponderantes estão a grande movimentação de veículos e o fato de interligar o Recife a cidades economicamente importantes, como Caruaru. O Recife Outlet ficará a 20 km do Marco Zero da capital pernambucana, permitindo que os visitantes também tenham acesso ao mall.

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Espaço Mãetamorfose: da web para a economia real

As amigas Bruna Monteiro e Dulce Gayoso decidiram empreender de uma forma nada usual: de blogueiras passaram a ser empresárias. Mães jovens, elas compartilhavam as suas experiências sobre maternidade no blog Mãetamorfose. E “bombavam” na audiência: no Instagram contam com mais de 45 mil seguidores. Dessa vivência com as demandas das mães, surgiu a ideia de montar o espaço com o mesmo nome do blog. Um centro multiprofissional com mais de 20 especialidades ligadas à área de saúde da família. Algo inédito no Estado. O marido de Dulce, o empresário Marcus Oliveira, compõe a sociedade como investidor. “Nunca imaginei que o blog pudesse se tornar o que se tornou”, surpreende-se Dulce. Partiu de Bruna a ideia de tornar-se blogueira, em 2010, para compartilhar sua experiência com a maternidade aos 21 anos. “Ela foi mãe muito cedo, não tinha amigas para trocar ideias sobre o assunto. Durante um bom tempo, foi o espaço que utilizou para conversar e entrar em contato com a sua própria maternidade e a de muitas outras mulheres dispostas partilhar experiências de vida”, conta Dulce, que formalizou a sua entrada no blog em 2016. A decisão de estender o trabalho da web para o mundo analógico surgiu quando ambas perceberam que as mães buscavam muita informação no blog. “Elas nos tinham como referência, quando na verdade nós não somos. Juntas, pensamos que podíamos montar essa grande ponte com uma série de profissionais capacitados”. Surgiu, então, a ideia do negócio. Ao engravidarem no mesmo período, Bruna e Dulce conheceram ainda mais sobre universo da humanização do parto, atendimento à criança e à mulher. Após voltar da licença maternidade, Dulce buscava um propósito para a sua vida profissional. “Estava há dois anos parada e foi então que tivemos a ideia. Eu, como publicitária, logo fiz um plano comercial e comecei a apresentar para alguns profissionais. A resposta, logo de cara, foi ótima”, recorda. Segundo ela, rapidamente o projeto tomava corpo. “Em pouco tempo já estávamos acertadas com vários profissionais renomados”. Em paralelo ao plano estratégico, as sócias corriam para achar o lugar perfeito. “Queríamos muito que fosse uma casa, mas problemas como a segurança, manutenção do espaço e até o mercado imobiliário nos fizeram recuar”, revelou Dulce. Ao surgir a oportunidade de se estabelecer na cobertura de um hotel, no Pina, foi necessário um respaldo daqueles que iriam participar do projeto. “Precisávamos saber quem estava dentro para poder bancar o investimento. Reformamos todo o espaço em quatro meses”. Funcionando há pouco mais de dois meses, o local tem como foco principal as gestantes, mas também atende pais e filhos. “São vários serviços voltados para a saúde materna, infantil e masculina”, acrescenta Dulce. De acordo com a empresária, o grande desafio da empresa é o entendimento que seus serviços também são voltados para o público masculino. “Nós batemos muito na tecla de que não é um espaço apenas para gestantes. Nós também dispomos de profissionais qualificados e especializados para a saúde do homem. Desde o início faz parte dos nossos planos”. PILARES O Espaço Mãetamorfose baseia-se em três pilares: médico, de atividades físicas e de conteúdo. O primeiro constitui-se na oferta de serviços de profissionais médicos, que representam mais de 20 áreas, como, por exemplo, a ginecologia obstetrícia, urologia, fertilidade, saúde sexual masculina, nutrição, mastologia e amamentação. A empresa mantém um contrato com cada um de dos médicos parceiros em que recebe um percentual do valor da consulta cobrada. A maioria dos atendimentos é particular, mas o Espaço também atende alguns planos de saúde. A atividade física é feita por meio de aulas semanais de pilates e ioga, além do programa específico para mulheres no pós-parto. “Agregamos esses serviços para fidelizar o nosso público e fazer com que as pessoas frequentem o nosso espaço”, afirma Dulce. Já o terceiro pilar, o conteúdo, é baseado em eventos, oficinas, cursos e grupos de apoio. A estratégia adotada pela dupla para captar o seu público-alvo, composto por mulheres de 25 a 35 anos, é a realização de eventos gratuitos durante um determinado período para que as pessoas possam conhecer o espaço. “Nesses eventos, nós queremos dar voz ao nosso público e conversar com ele”, esclarece Dulce. *Por Marcelo Bandeira

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Como a Inteligência Artificial pode ajudar uma empresa?

Muito se fala sobre a inteligência artificial ser o futuro dos negócios. Mas como a IA funciona na prática e como ela pode ajudar no dia a dia de uma empresa? Antes de tudo, é preciso entender essa tecnologia. A inteligência artificial é um dispositivo que simula a capacidade humana de perceber, raciocinar, tomar decisões e resolver problemas. Pode estar presente não só em computadores e smartphones, mas também em sinais de trânsito, em máquinas industriais, entre outros dispositivos simples. Em outras palavras, a inteligência artificial analisa dados que foram inseridos ou apreendidos de acordo com o uso, devendo realizar uma determinada ação sem a intervenção humana. E quanto mais dados os dispositivos com IA recebem e analisam, maior a capacidade de resolver problemas. Como a IA pode ajudar uma empresa? Um exemplo é a aplicação da IA para fazer o mesmo papel dos atendentes de telemarketing. Bancos e empresas de telefonia já fazem isso em escala crescente, reduzindo custos operacionais com salários e encargos. Outra linha de atuação é aplicar a inteligência artificial em atividades que seriam muito complexas ou nem possíveis de serem feitas por humanos. Um exemplo é a possibilidade de antever a dificuldade de aprendizado de alunos em uma disciplina ou até mesmo sua reprovação. Não apenas pela análise da nota, mas também pela avaliação de outros dados, tais como a realização de tarefas e o comportamento em sala. Em uma escola com grande quantidade de alunos, a identificação das causas e a correção das consequências desse problema tornam-se mais rápidas, abrangentes e precisas, melhorando o desempenho individual e global dos alunos. A inteligência artificial pode também substituir humanos e realizar tarefas de alta complexidade ao mesmo tempo. As farmácias têm conseguido aumentar o valor das vendas por cliente sem necessidade de contratar novos vendedores ou ampliar espaço de exposição de produtos em uma loja. Ao pedir o CPF antes do atendimento, o nosso comportamento de compras é cruzado com o de consumidores com perfil semelhante e são oferecidas promoções personalizadas, que vão muito além das já conhecidas, como a indicação de espuma para quem compra barbeador. A inteligência artificial torna-se, na prática, um “vendedor” capaz de conhecer todos os hábitos de todos clientes, tarefa impossível de ser feita por um humano.

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Neurotech expande atuação no setor de seguros

A Neurotech, pioneira na adoção de inteligência artificial (AI) aplicada ao setor de seguros, planeja ter crescimento superior a 100% em suas receitas neste segmento de atuação. O crescimento ocorrerá pela oferta de novas soluções tecnológicas, especialmente para o segmento de automóveis, que têm sido testadas e aplicadas com sucesso por diversas seguradoras. A expectativa é de encerrar 2019 com mais de 40% de crescimento em sua receita global. Além da solução Autoscore, que calcula o risco da ocorrência de roubo ou furto a que um veículo a ser segurado está exposto, problema que toma, em média, 30% da margem das seguradoras aqui no Brasil, a nova linha de produtos desenvolvidos passa a reduzir os riscos para todos os tipos de sinistros. “Os primeiros testes resultaram em uma redução de até dois pontos percentuais na sinistralidade na carteira de veículos de uma seguradora, um ganho médio de até R$ 40 milhões para seguradoras de grande porte, em menos de um ano”, explica Daniel Gusson, head de seguros da Neurotech. Com a AI, o cruzamento de informações permite, em minutos, precificar o risco, com uma performance cinco vezes superior que o desempenho dos meios tradicionais. “A análise de risco resulta do uso de milhares de informações estruturadas ou não que estão à disposição das seguradoras”, afirma.

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Victor Carvalheira faz palestra hoje na UniFBV

Victor Carvalheira, executivo do Grupo Carvalheira, referência na realização de eventos no Norte/Nordeste e já com atuação nacional, realiza hoje (15/05) palestra no auditório do UniFBV, às 19h, sobre “As estratégias de marketing e serviços do Grupo Carvalheira”. O evento é gratuito e aberto ao público. Mais informações pelo telefone: (81) 3081-4444.

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Jovens empresários inovam no Pólo do Agreste

*Por Rafael Dantas Da Feira da Sulanca nasceu a vocação econômica do Agreste. Os retalhos e a informalidade costuraram o começo do Polo de Confecções. Após décadas de maturidade do setor, os pioneiros desse movimento viram surgir em seus filhos o novo tecido empresarial caruaruense. Hoje esse mercado é composto também por empreendedores de outras localidades do País. Com mais profissionalização e em novos segmentos produtivos, os protagonistas da nova geração enfrentam desafios mais globais. Eles têm a missão de tecer seus negócios diante de um cenário que exige mais tecnologia e inovação. Além disso, convivem com uma intensa transformação no perfil de consumo e com concorrentes que podem estar além das fronteiras do País. Para os especialistas e representantes de classe, o arrojo empresarial é um ponto em comum nas diferentes gerações que administram as empresas da cidade. A formação acadêmica mais robusta, influenciada pela chegada das universidades em Caruaru, é uma das características dos jovens empresários. A conexão com as referências de outros mercados e a estrutura produtiva deixada pelos pioneiros são outros fatores que diferenciam o cenário da nova geração. “Quem iniciou esse polo, como o meu pai, empreendeu por necessidade. Começaram sem financiamento ou herança. Essa segunda geração já teve mais escolhas. Empreende por vocação ou como sucessão familiar. Os primeiros passos já acontecem com muito mais conhecimento. O empreendedor fundador tinha a vivência e experiência, essa segunda geração tem o conhecimento técnico como principal diferencial”, analisa o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), Luverson Ferreira. A Jodarc Roupas Profissionais tem atravessado essa trajetória. Fundada há 30 anos pelo casal Joana D'Arc Zeferino e Luiz Zeferino, a empresa familiar deu vários saltos nesse período. Hoje os dois filhos, Luís Diego e Rafaella, já dividem a direção com os pais. “Os nossos próximos passos serão a sucessão. Não deixaremos de trabalhar no negócio, mas nosso plano é que eles toquem o barco para frente”, comenta Joana D'Arc. . . Do começo, bem doméstico, produzindo peças íntimas, a Jodarc migrou para a fabricação de fardamentos. Ao identificar uma grande demanda desse produto, a marca se especializou no segmento e começou a crescer. A grande surpresa da empreendedora foi receber a sondagem da Fiat, quando a multinacional automotiva ainda estava se instalando em Pernambuco. Hoje a Jodarc é fornecedora não só da fábrica da Jeep Fiat Chrysler, de Goiana e de Betim (MG), como dos seus suppliers (fornecedores). Essa expertise chamou a atenção de outros gigantes que passaram a entrar no portfólio de clientes atendidos. Para chegar no patamar atual de 240 funcionários, com uma produção de até 100 mil peças por mês, a empresa avançou bastante na gestão nos últimos anos. Um processo que já contou com a participação intensa da segunda geração. “Chegou uma fase em que a empresa precisava se remodelar, sair do endereço antigo e vir para o distrito industrial. Uma renovação que foi estrutural e gerencial”, comenta o diretor financeiro Luís Diego, que é formado em administração e tem dois MBAs de gestão. A designer Rafaella implantou um sistema de fichas técnicas no processo produtivo que reduziu os desperdícios e os erros de produção. Ela aponta que um dos desafios da marca é alcançar novos mercados. “Atender a Jeep, que tem um nome muito forte, abriu as portas para outros clientes de grande porte”, justifica. A empresa começou a atender a Polícia Militar de Pernambuco neste ano e mira também crescer no fornecimento de fardas para a área militar. Além da profissionalização, inovar é outro traço dos jovens empresários que começam a enveredar por novos segmentos produtivos, segundo o economista Pedro Neves, da Evolution Assessoria Econômica. “Boa parte tem aderido a novas formas de empreendedorismo e inovação. Setores de tecnologia da informação e design, entre outros, começam a se destacar na região. São empreendedores que não querem se restringir a uma fronteira regional. Seja na produção ou na comercialização”, comenta. Primeiro empreendedor da família, o especialista em marketing digital Josival Júnior tem uma visão de mercado que ultrapassa os limites da cidade. Sua agência, a Buzz Lab, fundada em 2012, conta com uma cartela de clientes da Região Metropolitana do Recife, como a faculdade Facho, de Olinda, e de outras cidades do interior. Um dos grandes clientes da marca é a Millena Móveis e Eletro, que tem lojas espalhadas por municípios de Pernambuco e de Estados vizinhos. “Focamos em ampliar nossa atuação fora de Caruaru e consolidar nossa participação no mercado no Recife”, explica Josival Júnior. . . Para alcançar crescimentos que chegaram a 100% nos primeiros anos de empresa, uma das apostas do jovem empreendedor é oferecer uma grande variedade de serviços. “Desenvolvemos estratégias e soluções para resolver o problema dos clientes, usando desde mídias mais tradicionais a uma comunicação multiplataforma", explica. "Temos perspectiva de fazer investimentos em outros tipos de entrega, como a realização de eventos de nicho junto com outras marcas. Vamos testar esse mercado”, revela Júnior. A Buzz Lab tem atualmente 20 funcionários e deve crescer seu quadro em até 15% em 2019. Desempenho como o de Josival Júnior é um exemplo da característica empreendedora dos empresários locais, segundo o consultor da LMS/TGI, Eduardo Lemos Filho. “O movimento empresarial de Caruaru é muito forte. São pessoas extremamente dedicadas ao trabalho, com uma visão de mercado enorme (conhecem o mundo todo) e muito otimistas, muito positivos. Os sucessores têm orgulho de onde vieram, respeito pelos fundadores e um compromisso de fazer suas empresas crescerem. Não são apenas herdeiros”. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) e assina a coluna Gente & Negócios

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Do mundo para Caruaru: cidade atrai empresários de outros lugares

*Por Rafael Dantas O crescimento de Caruaru atraiu para o município não apenas clientes de todo o País, que fazem suas compras na feira, mas também empresários. “A relevância geográfica da região, no centro do Nordeste, facilita esse desenvolvimento recente. É importante observar como estão evoluindo os indicadores do polo regional. A chegada de indivíduos e entidades de fora da cidade e do Estado são elementos-chave nesse processo”, afirma o economista Pedro Neves. Ele destaca que o intercâmbio com esses novos profissionais contribui para amadurecer o empresariado local. . . “O primeiro aspecto que destaco é que as empresas e as marcas multinacionais estabelecem novos padrões para a região e fomentam a competitividade. O segundo é cultural, pois muitos empreendedores que chegam Caruaru geram um intercâmbio interessante. Eles estimulam a inovação e a qualificação. São os ganhos da economia do conhecimento”, constata o economista. Natural do mercado imobiliário recifense, Fabiano Carvalho é um exemplo desse “êxodo”. Ele ergueu, há nove anos, em Caruaru, a empresa que leva o seu nome. A imobiliária, onde trabalham 55 pessoas, comercializou 557 imóveis em 2018. “Há um comércio forte e o dinheiro circula de forma muito ativa na cidade. Isso trouxe muita gente para cá e hoje praticamente 90% das construtoras são de outros Estados. Viemos para atendê-las”. O funcionamento aos sábados e um perfil de comercialização mais proativo são algumas das novidades levadas pela Fabiano Carvalho Imobiliária para o mercado caruaruense. “As empresas esperavam a procura do cliente. Nós saímos para vender. Há uma mudança muito grande no atendimento também, que conseguimos imprimir com uma política forte de capacitação da nossa equipe”, afirma o empresário. Transformações na atividade que garantiram à empresa várias premiações e influenciaram no comportamento de todo o segmento. Quem também partiu de longe para investir em Caruaru foi Wilian Volf, diretor da Volf Bobinas. De olho na necessidade do mercado local, ele criou, há quatro anos, uma fábrica de bobinas descartáveis para máquinas têxteis. Natural de Blumenau, que também é forte no setor, Volf fez uma aposta na região. “A maioria dos meus familiares e dos nossos clientes é do Sul. Mas resolvemos implantar o projeto no Nordeste. Chegamos em Caruaru atraídos pelo desenvolvimento local, que está em um crescimento mais acelerado que o do Sul e do Sudeste. O segundo aspecto é o fato do custo de produção ser menor aqui”, afirma. O objetivo da empresa agora é ser referência nacional na fabricação de bobinas, além de desenvolver o componente também para o polo automotivo. “É o mercado mais exigente que existe. Seria um produto para entrar na linha de produção da costura dos airbags e dos cintos de segurança”, explica o empresário. A marca, que cresceu 35% em 2018, projeta avançar em faturamento e no quadro de funcionários mais 25% neste ano. Para a presidente da Acic Jovem, Natália Pimentel, há duas características na nova geração de empresários que contribuem para que seus negócios cresçam e atravessem fronteiras. “São pessoas muito engajadas em movimentos que podem fortalecer a classe empresarial, com forte networking, abertos ao associativismo e com grandes experiências de benchmarking. É uma geração comprometida em trazer novidades para o mercado que façam diferencial na vida das pessoas, não só em vender produtos e serviços”. Ela avalia ainda que há uma aposta em modelos de gestão mais horizontalizados, que promovam mais interação de pessoas, equipes, clientes e fornecedores. Medidas que contribuem para o surgimento de inovações e, consequentemente, para a geração de mais valor agregado aos produtos e serviços do polo caruaruense. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) e assina a coluna Gente & Negócios . VEJA TAMBÉM http://revista.algomais.com/economia/jovens-empresarios-inovam-no-polo-do-agreste  

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Caruaru: tendências globais nos negócios locais

*Por Rafael Dantas A nova geração de empresários caruaruense está antenada com as mudanças no padrão de consumo globais. Muitos deles já preparam seus negócios de olho nas tendências apontadas pelo mercado, enquanto outros empreendedores investem em serviços conectados com os novos desejos dos consumidores. A economia criativa, setor em crescimento no mundo inteiro, tem seu espaço no Armazém da Criatividade. De acordo com Perseu Bastos, coordenador de inovação e novos negócios da instituição, a estrutura tem atraído jovens empresários atuantes no mercado ou iniciando a sua carreira. “Em nosso coworking temos 336 inscritos, atuando nas áreas de audiovisual e games (5,7%), comunicação e marketing (16,6%), economia criativa (9,5%), negócios e gestão (29,4%), moda (11,4%), tecnologias da informação (14,2%) e qualificação e educação (13,3%). No empresarial as áreas vão de energia solar à fábrica de software, passando por agência de modelos, estúdios de design e marketing digital”, exemplifica o diretor. Ele lembra ainda que na incubação o Armazém já apoiou negócios de cidades inteligentes, moda, games, design, saúde e outros serviços inovadores. A procura da população por um serviço de saúde que promova um estilo de vida saudável foi o nicho explorado pelo Instituto Victor Hugo. "A abordagem holística tem sido uma tendência global. O instituto é mais que uma clínica, é um espaço de convivência de pessoas em busca de qualidade de vida, saúde, atenção para além do diagnóstico de uma doença", afirma o jovem médico Victor Hugo Costa. “Nossa filosofia é trabalhar com poucos atendimentos por dia e consultas mais amplas, respeitando o conhecimento do paciente e a sua autonomia. Hoje eles são clientes empoderados de informação, bem diferente de uma década atrás”, constata o médico. Quem também está moldando seus negócios para as novas tendências do comércio é Luverson Ferreira, que dirige o Shopping Difusora. Com 10 anos de operações, o mall tem um fluxo diário entre 25 mil e 30 mil pessoas. É um empreendimento maduro, mas enfrenta um cenário futuro de muitas mudanças no consumo do varejo com o impacto do e-commerce. “O grande desafio é entender a transformação digital. Não apenas a tecnológica, mas a forma de pensar do cliente. Para continuar sendo relevante para a nova realidade é preciso renovar a forma de se vender como shopping center. Seguir sendo atrativo para as pessoas em tempos de comércio eletrônico”, afirma Luverson. A mudança no perfil de consumo e o desenvolvimento do mercado imobiliário na região aumentaram a demanda por serviços de arquitetura. De olho nesse segmento, Cleyton Alisson, Flávio Roberto, Nataiane Florêncio e Rayanne Porto fundaram, há dois anos, o 4 AU Arquitetura. A ideia do negócio surgiu de uma disciplina da faculdade em que um trabalho era simular uma empresa. . “Caruaru está crescendo bem rápido e abrindo a cabeça das pessoas para necessidade de investir em arquitetura. Queremos ser referência na cidade e na região”, planeja Nataiane. No portfólio da empresa estão residenciais, interiores, comércios, uma padaria, um pet shop, entre outros. A empresa foi a responsável pelo projeto arquitetônico e de interiores da CBN Caruaru e também da sede da emissora no Recife. A Chérie Cereja, loja e fábrica de moda feminina, aposta no design das peças para fortalecer a marca. A empresa, que começou na feira de Caruaru, possui hoje 15 profissionais na linha de produção e comercialização. "Estamos formalizados há 8 anos e a loja completou 5 anos. Sempre tivermos a ideia de sair feira. No começo éramos apenas a família costurando e vendendo. Hoje produzimos 2 mil peças das por mês. O diferencial é a qualidade, com modelos atualizados e um giro muito rápido. Há uma identidade da marca", afirma a empresária Natália Rocha. Além do investimento em design, a empresa está apostando em outra tendência global, que é o comércio eletrônico. "Em 2019  queremos entrar no e-commerce. Já faz um tempo que estamos nos organizando para isso", comenta a empresária. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) e assina a coluna Gente & Negócios

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