Arquivos Economia - Página 3 De 395 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Previdência privada se torna poderosa ferramenta de planejamento financeiro

Especialista da Sicredi Recife explica como a longevidade financeira pode ser conquistada com esse investimento de longo prazo As pessoas com mais de 60 anos no Brasil representam cerca de 15% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) apontam que 92% dos aposentados no país dependem do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Diante desse cenário, fazer estratégias para a longevidade financeira vem se tornando cada dia mais importante, mas apenas 2 em cada 10 brasileiros se planejam financeiramente para a aposentadoria, ainda segundo a Anbima. Com a longevidade aumentando e o custo de vida também em constante crescimento, garantir uma saúde financeira sólida na terceira idade é essencial para viver com tranquilidade. “A preparação para uma vida financeira estável nesse período começa ainda na juventude. Sempre recomendamos que os trabalhadores invistam em aposentadoria complementar, como previdência privada ou outros fundos de longo prazo. Além disso, manter uma reserva de emergência pode evitar endividamentos em situações imprevistas”, ensina Jayme Fraga, gerente de agência da Sicredi Recife. Para contratar a previdência privada, é imprescindível avaliar as necessidades individuais e as da família, analisando fatores com idade, saúde, renda e objetivos a longo prazo. Todos esses fatores auxiliam na hora de escolher o melhor tipo e valor do plano que o consumidor queira contratar. “Na Sicredi Recife, por exemplo, temos duas opções de plano. O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), ideal para quem declara imposto de renda pelo formulário completo. Essa opção permite uma dedução de até 12% da renda bruta anual tributável dos participantes. Já o VGBL, Vida Gerador de Benefício Livre, é a opção ideal para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado, não declara ou já atingiu o limite máximo de dedução fiscal. Boa opção para quem não precisa da dedução fiscal e busca flexibilidade”, explica. Além da Previdência Privada, é crucial que algumas medidas de educação financeira virem hábitos, afinal, na terceira idade, muitas pessoas passam por uma redução na renda, seja pela aposentadoria ou pela diminuição do ritmo de trabalho. Por isso, é fundamental reavaliar os gastos e adaptar o estilo de vida à nova realidade financeira. Pequenos cortes, como redução de custos supérfluos e renegociação de contas fixas, podem fazer grande diferença. “Também é importante estudar sobre investimento inteligentes. E isso pode ser feito ainda na juventude uma vez que a busca por conhecimento financeiro deve ser constante. Existem cursos gratuitos, palestras e conteúdos online que auxiliam na administração das finanças. Com informação e planejamento, é possível ter uma terceira idade financeiramente saudável e tranquila”, avalia Jayme.

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Nova onda protecionista dos EUA redesenha comércio global e acende alerta em Pernambuco

A explosão das tarifas de importação do Governo Trump II promete criar uma nova ordem do comércio global, com forte impacto na globalização que assistimos nas últimas décadas, marcadas pelo multilateralismo. A grande expectativa dos economistas é com uma corrida para a recolocação dos produtos que hoje seguem para os Estados Unidos em busca de novos mercados. Ao mesmo tempo que se abrem oportunidades relevantes para o Brasil, especialmente de exportações para a China, há também ameaças no horizonte com a possibilidade da chegada em massa de mercadorias para concorrer com as produções nacionais. Em Pernambuco, uma atenção especial para o Polo de Confecções do Agreste, que é fundamental para a geração de emprego e renda na região. Porém, a turbulência do mercado internacional pode sacudir outros setores no horizonte de curto prazo. MERCADO LOGÍSTICO EM ASCENSÃO Felipe Trigueiro comemora o desempenho da FTLOG Soluções Logísticas, empresa do ramo logístico que registrou 25% de crescimento em 2024. Para 2025, a perspectiva é de 30%. No mercado desde 2006, a FTLOG atua em todo o Brasil, com unidades nos estados de Pernambuco (Paulista, Igarassu e Cabo), Ceará e Goiás e terá duas novas filiais, uma no Nordeste e outra no Sudeste. A companhia conta com 40 mil metros quadrados de operações logísticas e mais de 100 colaboradores. GRUPO DISLUB EQUADOR INAUGURA CONVÉM EM CARPINA O Grupo Dislub Equador inaugurou sua décima loja de conveniência, desta vez na cidade de Carpina. São franquias da marca Convém que funcionam como um empório, comercializando um mix de produtos variados para ampliar a experiência de consumo dos clientes. No País, existem outras oito Convém em Manaus, uma em Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco, e agora em Carpina, na Zona da Mata. Foram seis meses para deixar a loja no padrão da franquia. Com investimento de R$ 120 mil, o novo franqueado espera um retorno em 15 meses. Até o fim de 2027, o plano de expansão do Grupo Dislub Equador prevê a construção de mais 60 lojas. CONCESSIONÁRIAS PERNAMBUCANAS SÃO RECONHECIDAS ENTRE AS MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR NO BRASIL As concessionárias Rota dos Coqueiros e Rota do Atlântico, responsáveis pela gestão de importantes trechos viários de Pernambuco, conquistaram pelo segundo ano consecutivo o reconhecimento nacional como uma das melhores empresas para trabalhar. O destaque se deve à criação de um ambiente acolhedor, com foco no bem-estar, no desenvolvimento profissional e na valorização da diversidade. Administradas pela Monte Rodovias, as empresas apostam em políticas internas que estimulam a confiança, o crescimento dos colaboradores e a equidade de gênero — sendo referência com 67% de presença feminina em cargos operacionais e de liderança.

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Micro e Pequenas Empresas lideram aumento de 13,1% na demanda por crédito em fevereiro

Serasa Experian aponta que o crescimento foi impulsionado pela resiliência dos MPEs diante de um cenário desafiador A demanda das empresas por crédito no Brasil registrou um aumento de 13,1% em fevereiro de 2025, comparado ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. O principal responsável por esse crescimento foram as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), que apresentaram uma alta de 13,5% no período. Esse aumento reflete a busca por fôlego financeiro em meio a um cenário de taxas de juros elevadas e desafios econômicos. Para Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian, o aumento na procura por crédito é uma resposta das empresas à necessidade de manter a operação. “Apesar do nível restritivo da taxa de juros, muitas micro e pequenas empresas têm recorrido ao crédito como uma forma de manter a operação e atravessar um cenário desafiador. A resiliência dessas empresas é fundamental para sustentação da atividade econômica, visto que micro e pequenos negócios representam mais de 90% das empresas no Brasil”, afirma. Esse comportamento reflete a adaptação e resistência dos MPEs, que continuam a ser um pilar vital para a economia do país. Na análise por setores, o segmento "Demais", que inclui o agronegócio, o setor financeiro e o terciário, teve o maior crescimento da demanda por crédito, com um avanço de 19,5%. Em seguida, destacaram-se os setores de "Serviços", com um crescimento de 18,8%, e "Indústria", com uma alta de 13,5%. O setor de "Comércio", embora tenha apresentado crescimento, teve a menor variação, com 6,8%.

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A BR-232 e o novo traçado das cidades

*Por Geraldo Eugênio A rodovia como está Há três meses esta coluna chamou a atenção de quão inadiável é a duplicação da rodovia BR-232. Vamos tratar do trecho no qual me desloco com mais intensidade, entre Serra Talhada e o Recife. São 410 km em que se pode dividir em três intervalos distintos. O primeiro, entre Serra Talhada e Arcoverde, com uma distância de 160 km, normalmente é feito em duas horas de direção, trânsito moderado. O segundo, entre Arcoverde e São Caetano, com 105 km, que exige entre uma hora e quarenta minutos e duas horas, e por último de São Caetano ao Recife, com 150 km, ao redor de duas horas, somando quase seis horas em dias que não haja intercorrências nesse trecho. Teoricamente a distância a uma velocidade média de 80 km horários necessitaria, tão somente, quatro horas. Trocando em miúdos: há uma perda de tempo fora do padrão, principalmente no segundo trecho, cuja velocidade média é de 50 km horários. A segunda questão é o traçado. São longos os percursos retos o que demonstra o acerto no traçado, incluindo o trecho entre Salgueiro e Parnamirim, pouco mencionado nas discussões sobre o assunto. A preocupação começa quando se examina o papel das cidades de grande porte, a exemplo de Caruaru, e as de porte médio que se distribuem pela rodovia, a exemplo de Gravatá, Bezerros, Belo Jardim, Pesqueira, Arcoverde Custódia, Serra Talhada e Salgueiro. Intervenções inadiáveis Há de se supor que o projeto contratado pelo governo estadual contemple a discussão em referência. A duplicação entre São Caetano e Salgueiro não significa um orçamento de 350 km de rodovia, mas de obras que certamente duplicarão o valor da construção da rodovia. Importante que se coloque na planilha a inviabilidade do traçado atual da rodovia tomada pela área urbana dos municípios citados. No caso de Custódia, Arcoverde, Pesqueira, Belo Jardim sempre há congestionamentos e dificuldades de manobra para entrar ou sair da rodovia. Em Serra Talhada, o que tem atenuado a situação é o viaduto existente entre as avenidas Afonso Magalhães e Triunfo, senão a situação seria a mesma das demais. Viadutos ou rotatórias? Seria o caso de as administrações municipais e estadual e os empresários planejarem o que se pretende da rodovia duplicada. Certamente a maioria dos gestores e o comércio – que ao longo do tempo se desenvolveu ladeando a rodovia e tornando-a nos municípios citados uma avenida – não querem tocar no assunto. Todos alegarão prejuízos irrecuperáveis em se contar com um novo traçado, entretanto não há como se tentar fugir da questão e imaginar que, na maioria dos casos, não serão um ou dois viadutos ou rotatórias que resolverão a lentidão do tráfego, mas cinturões viários deslocando o traçado – principalmente dos maiores veículos – das aglomerações urbanas. O trecho duplicado entre o Recife e São Caetano merece ser tratado como exemplo. O município que mais benefícios colheu com a duplicação foi Vitória de Santo Antão. No início, deslocar a rodovia para a região de Natuba era decretar o fim da cidade, hoje se nota que foi a redenção do município, que atraiu um parque industrial diferenciado, deixando de ser apenas a terra da cachaça Pitú. A cidade foi se deslocando para o Sul e hoje se aproxima do novo traçado da rodovia. Obviamente não se pode pensar em investir alguns bilhões de reais na requalificação desta rodovia atendendo a questões de natureza pessoal ou local. Logo, é de se esperar que qualquer negociação que busque recursos públicos ou privados passará por se debruçar no que tal investimento trará de benefício para os municípios e para o Estado, uma vez que além das cidades localizadas diretamente na rodovia, todos os municípios do Agreste e do Sertão serão beneficiados com a obra. Imagina-se que cadeias produtivas exportadoras ou que aspiram a participar do comércio exterior, como a fruticultura irrigada e a avicultura, podem prestar uma boa contribuição à discussão, bem como o Complexo Industrial Portuário de Suape, uma vez que até que a ferrovia Transnordestina possa ser concluída, a BR-232 é a principal via de escoamento de carga do porto para o interior do Nordeste. A alternativa aos viadutos e rotatórias seriam os elevados, mas não se imagina que haja disponibilidade de recursos para se investir em algumas dezenas de quilômetros de rodovia suspensa, mesmo em situações de maior densidade populacional. O fato é que essa discussão pode ser antecipada de modo a evitar que o projeto em elaboração, ao tentar ser executado, seja objeto de modificações que o tornem obsoleto antes do início das obras. Que se garanta o orçamento para a obra Por último, mas não menos importante, é saber de onde se contará com os recursos para a execução desta duplicação. No orçamento da União ou no Novo PAC ele ainda não se encontra nem o Governo de Pernambuco contará com recursos da privatização de uma outra estatal tal qual a Celpe. Esse é um esforço que exigirá a aliança entre todos os estamentos de governo, empresariais e forças políticas. Até o momento não tem sido notada esta coesão, o que será necessário, uma vez que há em paralelo a demanda pela ligação ferroviária entre o Porto de Suape e o município de Salgueiro, negligenciado ao ponto de vê-la ser sacada, em dezembro de 2022, do projeto da ferrovia. Um outro aspecto determinante é que não haja procrastinação desta obra. Neste instante, Pernambuco não pode aceitar um programa de execução seccionado em pequenos trechos, o que poderia levar entre uma e duas décadas para sua conclusão. Vale deixar claro que estados vizinhos estão direcionando esforços na duplicação de seus principais eixos rodoviários, sejam com recursos próprios ou federais. Há uma corrida e uma aposta no futuro. Desde o bem-estar da população à atração de novas empresas para os municípios do interior. Para Pernambuco não há opção sob o risco de ver a concorrência erodir suas vantagens competitivas a exemplo do estratégico porto de Suape.

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“Diante das tarifas aplicadas pelos EUA, produtos pernambucanos deverão buscar novos mercados consumidores.”

Os impactos do tarifaço provocado por Donald Trump são analisados pelo vice-presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia, João Canto. Ele avalia as oportunidades e ameaças que a crise apresenta a países como China e Brasil, aponta os setores mais afetados em Pernambuco e a necessidade de o Estado encontrar novos parceiros comerciais. Ao analisar a intrincada guerra tarifária desencadeada pelo Governo Donald Trump, João Canto, vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), aponta para a perspectiva de o Brasil ser considerado como um destino interessante para algumas cadeias produtivas. Entretanto, caso a crise comercial se intensifique, o País pode ser prejudicado, segundo Canto, porque o comércio mundial perderá dinamismo, o que afetaria a demanda por commodities brasileiras. “A balança comercial brasileira sofreria alto impacto pois a China é o maior parceiro do Brasil; haveria fuga de dólar e desvalorização do real; aumento do custo de produção de muitos setores industriais brasileiros; entrada massiva de produtos chineses mais baratos no País; maior dificuldade para a indústria brasileira competir”, adverte o vice-presidente do Iperid. Na verdade, nesse xadrez de aumento tarifário, é difícil saber quem perde e quem ganha. Profissional de Comércio Internacional com mais de 15 anos de experiência, Canto afirma que a China aposta num jogo de paciência. “Quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional”. Mas salienta que a guerra comercial traz impactos para as duas maiores economias do mundo, que são as que mais importam e exportam. “O custo de conversão para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências”.  De qualquer forma, para o analista, a alternativa para o Brasil e Pernambuco é buscar novos mercados exportadores para mitigar os impactos tarifários.  E acrescenta que exportadores pernambucanos têm ainda a possibilidade de se voltar para o mercado doméstico. Qual sua análise sobre o enfrentamento da China aos sucessivos anúncios de aumento de tarifas feitos por Trump? Especialistas afirmam que o Gigante Asiático já se preparava para esta situação e tem investido no seu mercado interno para não ficar à mercê das exportações.  A China tem adotado uma estratégia cuidadosamente calibrada que mescla firmeza diplomática, resiliência e planejamento de longo prazo, e tem respondido aos aumentos tarifários de forma equivalente ou até mais rigorosa, como ocorreu recentemente com a elevação de taxas para produtos norte-americanos de 84% para 125%. É um recado de que Pequim não cederá à pressão, nem aceitará acordos desvantajosos, preservando sua imagem tanto interna, quanto externa.  A China vem diversificando suas cadeias de suprimentos, incentiva a inovação tecnológica, para semicondutores, IA, entre outros, como forma de independência estratégica, e vem investindo no consumo interno para depender cada vez menos de exportações. Uma diretriz clara desde o plano “dupla circulação” anunciado por Xi Jinping. Entretanto, ainda que a China tenha poder de reação, a guerra comercial com os EUA traz impactos para os dois lados, pois são as duas economias que mais importam e exportam, sempre estão no topo e dependem uma da outra.  A função de pivotar grandes cadeias de suprimentos estabelecidas para países intensivos em comércio internacional, como China e EUA, tem um custo alto. O custo de conversão (ou também de não fazer nada) para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências.  Segundo especialistas, a China aposta num jogo de paciência: quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional. Isso também é importante domesticamente para a China, onde o governo precisa mostrar à população e ao próprio Partido Comunista que não se dobra às provocações estrangeiras, especialmente de um rival estratégico como os EUA.  Todo esse embate tarifário não está apenas no comércio de bens e serviços, há conexão com o tema da dívida pública americana. A China é um dos maiores detentores de títulos da dívida americana, e, há anos, exportava produtos para os EUA e reinvestia os dólares recebidos comprando títulos dessa dívida. Isso ajudava a financiar gastos do governo americano a juros baixos, a manter o dólar forte e o yuan relativamente desvalorizado, favorecendo suas exportações. Com a guerra comercial imposta, a tendência é que a China venda menos, tenha menos dólares e, portanto, compre menos títulos da dívida.  Atualmente, a dívida pública dos EUA ultrapassa US$ 34 trilhões, e o país precisa vender mais títulos para pagar juros e financiar seus programas. Se a China e outros países compradores (como Japão) se retraem economicamente, os EUA precisariam aumentar o juro da dívida para atrair outros investidores e, caso o FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) recompre, terá efeitos inflacionários, agravando a situação.  A China, claro, evita fazer isso de forma agressiva porque também seria prejudicada. Mas o simples fato de ter esse poder é uma alavanca estratégica importante no contexto. É curioso o comportamento da China, que tem uma economia socialista de mercado, criticar e desestimular tarifas no comércio internacional e, ao mesmo tempo, o descompasso teórico ou ideológico de Washington que, nesse tema, renunciou ao liberalismo da Escola de Chicago para defender sua economia sob o protecionismo tarifário. Quais os prejuízos da economia brasileira, especialmente o setor industrial, provocados pela guerra tarifária? Há risco de o mercado do Brasil ser invadido por produtos chineses mais baratos? Sim. Já estamos sendo invadidos por produtos chineses há muito tempo e seriámos ainda mais. A China é uma economia em que a

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Adepe busca atrair novos investimentos para Pernambuco nas feiras Intermodal e Automec em São Paulo

Agência participa de eventos estratégicos para fortalecer cadeias logísticas e automotiva com foco em inovação e sustentabilidade. Na foto, Bruno Lira e Brena Castela Branco na edição 2024 da Intermodal South América A Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe) participa esta semana de dois dos maiores eventos econômicos do país: a Intermodal South America e a Automec, realizados simultaneamente em São Paulo. A presença nas feiras reforça o compromisso do estado em atrair investimentos estratégicos, expandir cadeias produtivas e fomentar uma economia mais sustentável e inovadora. Na Intermodal, o estande do Complexo Industrial e Portuário de Suape destaca os projetos de expansão e infraestrutura com foco em tecnologia e sustentabilidade. Considerada a principal feira de logística e comércio exterior da América Latina, o evento reúne mais de 550 expositores e é uma vitrine internacional para negócios do setor. Já na Automec, que ocorre até o dia 26, a Adepe promove conexões com empresas do setor automotivo. Pernambuco tem se consolidado como um polo estratégico com incentivos como o Prodeauto e o Fundo Inovar PE. O estado abriga o parque industrial da Stellantis, com 38 fornecedores, além da tradicional fábrica da Moura, em Belo Jardim, fortalecendo a desconcentração da indústria automotiva brasileira. De acordo com Brena Castelo Branco, diretora-geral de Atração de Investimentos da Adepe, a meta é impulsionar o desenvolvimento tecnológico e ampliar a cadeia de fornecedores. “Participar dessas feiras é uma forma de mostrar o potencial do nosso estado e estimular uma economia mais verde, por meio de políticas públicas e apoio à inovação”, afirma. A comitiva da Adepe conta ainda com Bruno Lira, diretor-executivo de Incentivos Fiscais e Financeiros; Andréa de Paula, gerente-geral de Atração de Investimentos; e Tony Kuo, head do escritório da agência em São Paulo. Desde o início de 2024, a Adepe já realizou mais de 20 missões em diferentes estados do Brasil para promover o potencial econômico de Pernambuco.

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Superintendente SebraePE Murilo Guerra Deputada Debora Almeida Credito da imagem Matheus Augusto

Alepe instala Frente Parlamentar para fortalecer micro e pequenas empresas em Pernambuco

Nova fase será coordenada pela deputada Débora Almeida e conta com apoio do Sebrae/PE na construção de políticas públicas para o setor. Foto: Matheus Augusto Com o objetivo de impulsionar o empreendedorismo e ampliar a competitividade dos pequenos negócios em Pernambuco, será instalada nesta quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a nova fase da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Coordenada pela deputada estadual Débora Almeida (PSDB), a Frente conta com o incentivo do Sebrae/PE, que atua como parceiro estratégico na definição da agenda de trabalho voltada para o fortalecimento do setor. Segundo a Receita Federal, micro e pequenas empresas representam cerca de 94% dos empreendimentos no estado, ultrapassando 595 mil negócios ativos. Só em 2024, esse segmento foi responsável pela geração de mais de 50 mil empregos formais, o equivalente a 81,15% do saldo total de postos com carteira assinada. A reativação da Frente busca consolidar políticas públicas que tornem o ambiente de negócios mais favorável ao crescimento sustentável dessas empresas. “A retomada dos trabalhos tem total sinergia com o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou Débora Almeida. Já o superintendente do Sebrae/PE, Murilo Guerra, reforçou a importância de manter os pequenos negócios no centro das decisões políticas. Entre as pautas prioritárias da Frente estão o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental, a regulamentação da produção de queijo artesanal, a criação do SUSAF/PE e a atualização do decreto de classificação de risco das atividades econômicas. ServiçoO quê: Instalação da Frente Parlamentar da Micro e Pequena EmpresaQuando: Quarta-feira, 23 de abril, às 9hOnde: Auditório Ênio Guerra – Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe)Mais informações: www.alepe.pe.gov.br

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Suape destaca inovação e transição energética na maior feira de logística da América Latina

Porto pernambucano apresenta nova fase de expansão e sustentabilidade na Intermodal South America 2025 O Porto de Suape marca presença de forma estratégica na 29ª Intermodal South America, maior feira de logística, transporte de cargas e comércio exterior da América Latina, realizada entre os dias 22 e 24 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Com mais de 550 marcas expositoras, o evento reforça o papel central do setor no cenário econômico nacional — e Suape chega com foco em inovação, transição energética e grandes investimentos em infraestrutura. Com um estande de 120 m², o complexo industrial portuário apresenta ao público sua estrutura de ponta e os projetos que o colocam na vanguarda da logística sustentável no Brasil. Um dos destaques é a experiência imersiva com óculos 3D, que leva os visitantes a uma viagem virtual pelas instalações do sexto porto público mais movimentado do país. Suape também exibe painéis de LED com imagens de alta definição do complexo, onde 59% dos 17,3 mil hectares estão em área de preservação ecológica (ZPEC). A participação do porto na feira conta com a presença de um time de peso do Governo de Pernambuco, incluindo o novo presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, que fará sua estreia oficial no cargo. "Temos o melhor porto do Nordeste e um dos mais importantes do Brasil. Vamos reforçar isso com muita força aos investidores", afirmou. Entre os destaques de investimento, Suape leva à feira o chamamento público de uma área de 10 hectares para instalação da segunda planta de e-metanol no país, com valor mínimo contratual de R$ 14,6 milhões. A primeira, da dinamarquesa European Energy, prevê aporte de R$ 2 bilhões e produção anual de 100 mil toneladas de combustível limpo. Os novos cais 6 e 7, propostos ao PAC 3, devem receber R$ 580 milhões para abrigar terminais de grãos e combustíveis renováveis. Serviço📍 Intermodal South America 2025🗓️ 22 a 24 de abril de 2025📍 Distrito Anhembi – São Paulo/SP📌 Estande do Porto de Suape: Rua G – nº 030

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Abate de bovinos cresce quase 50% em Pernambuco no fim de 2024

Produção de ovos também dispara e estado se destaca como líder regional no setor de proteína animal A produção de proteína animal em Pernambuco teve um avanço expressivo no último trimestre de 2024. Segundo dados do IBGE analisados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), foram abatidas 84.400 cabeças de gado entre outubro e dezembro, número 48% superior ao registrado no mesmo período de 2023. O estado respondeu por 9,4% de todo o abate bovino do Nordeste, que totalizou 894.528 cabeças. No acumulado do ano, o número de bovinos abatidos em Pernambuco ultrapassou 264 mil, o que representa uma alta de 18,8% em relação ao ano anterior. A performance reforça a consolidação do estado como um polo emergente na pecuária regional. Outro destaque do setor foi a produção de ovos, que chegou a quase 80 milhões de dúzias no quarto trimestre de 2024 — um crescimento de 34% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No ano inteiro, o volume produzido chegou a quase 300 milhões de dúzias, um aumento de 30% em relação a 2023. Pernambuco é responsável por cerca de 36% de toda a produção de ovos do Nordeste. O bom desempenho é impulsionado, em parte, pela expansão do crédito rural. Em 2024, o Banco do Nordeste (BNB) destinou R$ 1,2 bilhão para a pecuária pernambucana — 41% a mais que no ano anterior. Segundo o superintendente do BNB no estado, Hugo Luiz de Queiroz, as contratações para o setor crescem entre 10% e 40% ao ano desde 2019, acumulando uma alta de 200%. “Tanto o Banco está olhando com atenção para a pecuária quanto os empresários estão aproveitando essa vocação que Pernambuco possui”, destaca Queiroz. O cenário favorável indica uma tendência de fortalecimento do setor agropecuário no estado, com impactos positivos na geração de renda, emprego e abastecimento alimentar na região.

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Inflação desacelera, mas alimentos pressionam famílias de baixa renda

Queda nos preços da energia e do transporte urbano alivia orçamento das camadas mais pobres, mas itens da cesta básica ainda pesam A inflação desacelerou para todas as faixas de renda em março, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O maior alívio foi registrado entre as famílias de renda muito baixa, cuja taxa caiu de 1,59% para 0,56% no mês. Para os mais ricos, a inflação também recuou, de 0,9% para 0,6%. O principal fator para a melhora nos indicadores foi a estabilidade das tarifas de energia elétrica e a redução nos preços das passagens de ônibus (-1,1%) e metrô (-1,7%). Apesar do alívio geral, o encarecimento dos alimentos continua sendo um desafio especialmente para as famílias de menor renda. Em março, subiram os preços dos ovos (13,1%), café (8,1%), leite (3,3%) e tomate (22,6%), pressionando o custo da alimentação no domicílio. Por outro lado, houve queda em produtos como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%). Já no caso das famílias de renda alta, o que mais pesou foram os gastos com transporte e lazer, como as passagens aéreas (+6,9%) e os serviços recreativos (+1,2%). A desaceleração da inflação nesse grupo foi puxada, principalmente, pelo arrefecimento dos reajustes em mensalidades escolares, que haviam ocorrido com mais força em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a inflação segue mais intensa para as faixas de renda alta (5,61%), enquanto a renda muito baixa acumula alta de 5,24%. Os grupos que mais pressionaram a inflação nesse período foram alimentos e bebidas, transportes e saúde e cuidados pessoais, com destaque para os aumentos de café (77,8%), óleo de soja (24,4%) e planos de saúde (7,3%). Com a inflação cedendo no curto prazo, o cenário favorece uma retomada mais equilibrada do poder de compra — principalmente se a tendência de queda nos preços dos alimentos essenciais se mantiver nos próximos meses.

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