Arquivos Economia - Página 328 de 379 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Economia

Mutirão gratuito para endividados

Empresas e consumidores que se encontram negativados terão a oportunidade de regularizar sua situação participando do Mutirão do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do Centro Universitário Wyden | UniFBV. O evento acontecerá nos dias 13, 14, 16 e 17 de agosto, das 13h30 às 17h30, no NPJ da instituição, dentro do próprio campus e tem como finalidade fomentar a cultura da conciliação e aproximar os alunos do núcleo da prática real. As sessões serão abertas ao público e tem expectativa de atender aproximadamente mais de 200 pessoas. Para participar, é necessário comparecer ao local portando documento de identificação (RG), número de CPF e comprovante de residência. O NPJ é um órgão no qual, estudantes de Direito tem a chance de praticar todo o conteúdo teórico aprendido em aulas. SERVIÇO:   UniFBV Jean Emile Favre, 422 - Imbiribeira, Recife - PE, 51200-060 Telefone: 4020-4900

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Número de inadimplentes cresce 4,31% em julho, apontam CNDL/SPC Brasil

A atual situação econômica vem desafiando as famílias brasileiras. Ao encontrar dificuldades em equilibrar o orçamento, muitos acumulam contas em atraso e acabam por ingressar em cadastros de devedores. Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de consumidores com restrição no CPF cresceu 4,31% na comparação entre julho e o mesmo período do ano anterior. Ao todo, o país fechou o mês passado com 63,4 milhões de negativados. Esse número representa 41% da população adulta. Quanto ao volume de dívidas em nome de pessoas físicas, a inadimplência avançou 1,47% na comparação anual, ou seja, de julho de 2017 a julho de 2018. Já na comparação mensal, isto é, entre junho e julho deste ano, houve uma queda de 0,82%. Os dados por setor revelam que o crescimento mais expressivo foi o das contas de serviços básicos, como água e luz, cuja alta registrada é de 7,66% na comparação anual. Em seguida aparece o número de dívidas bancárias, incluindo cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros, que subiu 6,90%. “O desemprego elevado e a renda achatada dos brasileiros seguem contribuindo para esse avanço no quadro de inadimplência. Ainda que o país tenha superado a recessão, a recuperação da economia continua mais lenta do que o previsto, agravada pelo clima de incertezas das eleições”, avalia o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. Mais da metade dos negativados no país tem entre 30 e 49 anos, representando 32 milhões de brasileiros A maior parte dos negativados está entre o público de 30 a 49 anos, de acordo com estimativa da CNDL/SPC Brasil. Nessa faixa, o volume de devedores com CPF restrito chegou a 32 milhões em julho — mais da metade do total de inadimplentes (51%). Outro destaque é a parcela significativa de jovens, entre 25 e 29 anos, que está inadimplente — representando 46% do total ou 8 milhões de pessoas. Já entre os que possuem idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 19%. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, o percentual é de 33%. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o desequilíbrio das finanças afeta em maior grau a faixa etária de 30 e 49 anos por ser um momento de construção da vida pessoal e profissional. “É nessa fase que muitos formam família ou constituem novas uniões, além de buscarem a consolidação do patrimônio. Isso implica em assumir diversos compromissos financeiros e, com as dificuldades que a crise ainda geram, a conta nem sempre fecha no final mês, levando à inadimplência ”, analisa. Inadimplência cresce 10,41% no Sudeste; região também concentra maior número de negativados, com total de 27 milhões O Indicador aponta ainda que a região Sudeste apresentou a maior alta no volume de inadimplentes, cujo crescimento foi de 10,41% em julho frente ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Nordeste, que avançou 4,84% na quantidade de devedores. As variações também foram positivas no Centro-Oeste (3,49%), Norte (2,78%) e Sul (2,64%). Além de ser responsável pelo maior crescimento da inadimplência em julho, o Sudeste concentra, em números absolutos, a maior fatia de negativados no país: 27 milhões de consumidores. Na sequência aparece o Nordeste, com 18 milhões de devedores com dívidas em atraso; o Sul, com 8 milhões; o Norte, com 6 milhões; e o Centro-Oeste, com 5 milhões. Metodologia O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra do indicador e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Vendas do Dia dos Pais devem crescer até 3%, projeta Boa Vista SCPC

A área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista SCPC projeta um crescimento entre 2,5% e 3% nas vendas neste Dia dos Pais, na comparação com 2017. A data que costuma movimentar o varejo, é a primeira data comemorativa do segundo semestre. Caso esta alta se comprove, o Dia dos Pais em 2018 seguirá a tendência das últimas datas comemorativas, de crescimento nas vendas na comparação com as de anos anteriores. Segundo Flávio Calife, economista responsável pela projeção, a economia tem melhorado gradativamente nos últimos meses, com impacto significativo sobre o consumo. “Depois de três anos de queda, as vendas voltaram a crescer. Em 2017 o comércio nessa data recuou 0,5%. Em 2016 caiu 5,2%. Esses percentuais devem ser observados sempre em relação às vendas do ano anterior”, detalha. Caso as vendas neste Dia dos Pais atinjam os percentuais de 2,5% ou mesmo de 3%, o aumento se igualará aos índices de 2013, quando houve uma elevação de 3% nas vendas do varejo nesta data.   SOBRE A BOA VISTA SCPC A Boa Vista é uma empresa brasileira que alia inteligência analítica à alta tecnologia para transformar dados em soluções para os desafios de clientes e consumidores. Criada há mais de 60 anos como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da atividade de crédito no Brasil, ajudando o País a estabelecer uma relação de consumo mais equilibrada entre empresas e consumidores. A Boa Vista é precursora do Cadastro Positivo, banco de dados com informações sobre o histórico de pagamentos, que deixa a análise de crédito mais justa e acessível. Pioneira também em serviços ao consumidor, a Boa Vista responde por iniciativas que cooperam com a sustentabilidade econômica dos brasileiros, como a consulta do CPF com score, dicas de educação financeira e parcerias para negociação de dívidas. Tudo disponível de forma simples, rápida e segura no portal consumidorpositivo.com.br. Atualmente é referência no apoio à tomada de decisão em todas as fases do clico de negócios: prospecção, aquisição, gestão de carteiras e recuperação. Dados estão em toda parte. O que a Boa Vista faz é usar inteligência analítica para transformá-los em respostas e soluções às necessidades e desejos dos consumidores e empresas. www.boavistascpc.com.br

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Alimentos e remédios lideram gastos no cartão de crédito em junho, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o uso do cartão de crédito já não se limita a compra de itens de mais alto valor, que geralmente são parcelados. As despesas correntes, incluindo produtos de primeira necessidade, também já fazem parte das aquisições mais feitas via cartão. No último mês de junho, os alimentos de supermercados lideraram esse tipo de compra, com 63% de menções, seguidos dos remédios (45%) e dos combustíveis (37%). Somente em quarto lugar aparecem as roupas, calçados e acessórios (36%). De acordo com o levantamento, no último mês de junho, 40% dos brasileiros recorreram à alguma modalidade de crédito, sendo que o cartão de crédito foi o mais comum, citado por 35% dos consumidores. Em seguida, aparecem o crediário ou carnê, com 8% de utilização, empréstimos (5%), cheque especial (5%) e financiamentos (3%). Os que não se utilizaram de nenhuma modalidade no período somam 60% dos consumidores. Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, por trata-se de uma modalidade de crédito pré-aprovada, o cartão de crédito é um instrumento bastante popular como forma de pagamento. “Hoje o cartão de crédito já não é uma exclusividade dos bancos. Redes varejistas e fintechs já oferecem o instrumento, tornando-o ainda mais acessível para várias camadas da população”, explica a economista. 25% dos usuários de cartão caíram no rotativo em junho; média da fatura supera R$ 1 mil Apesar de ser um aliado do consumidor que não pode pagar por um bem à vista, o cartão de crédito também pode se tornar fonte de problemas financeiros para pessoas que perdem o controle dos gastos. A CNDL e o SPC Brasil apuraram que no último mês de junho, um quarto (25%) dos usuários de cartão de crédito no país entraram no rotativo, ao não quitarem a fatura integral no período. Os que pagaram o valor cheio da fatura somam 72% da amostra. Para a maioria dos entrevistados, o tamanho da fatura do mês de junho aumentou na comparação com o mês de maio, observação feita por 39% dos usuários de cartão de crédito. Apenas 23% notaram queda na fatura, ao passo que 32% acreditam que ela permaneceu igual. Considerando os que souberam reportar o valor gasto com as compras em junho realizadas no cartão de crédito, a média é de R$ 1.045,63. Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, o cartão de crédito é um instrumento de pagamento que facilita a vida das pessoas, mas que deve ser utilizado com vigilância. “O requisito básico para o usuário do cartão de crédito é ter organização. Ele é um excelente meio de pagamento porque ao contrário do crediário, só cobra juros se não houver o pagamento mínimo da fatura. Então, se os gastos estiverem dentro de um planejamento, o cartão cumpre um papel positivo na vida financeira do consumidor”, explica Vignoli. Apenas 13% dos brasileiros estão com contas ‘no azul’. Maioria vive no limite do orçamento e as principais razões são preços elevados e queda da renda O Indicador de Propensão ao Consumo investigou a vida financeira dos consumidores e descobriu que somente uma minoria se encontra em situação confortável. Em cada dez brasileiros, oito (80%) vivem no aperto financeiro, seja por estarem no ‘zero a zero’, ou seja, sem sobras de dinheiro no orçamento (44%) ou até mesmo ‘no vermelho’, isto é, não conseguem terminar o mês com todos os compromissos financeiros quitados (36%). Os que estão com as contas ‘no azul’ formam 13% da amostra. Na avaliação dos próprios entrevistados, as principais razões para tantos brasileiros viverem com dificuldades financeiras são os preços elevados (43%) – embora a inflação esteja sob controle -, queda da renda (33%), desemprego (27%) e descontrole dos gastos (12%). Para o último mês de julho, mais da metade (56%) dos consumidores planejavam cortar gastos ao longo do mês, contra apenas 6% que iriam desembolsar mais. Metodologia O Indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Vocação internacional - Por Erik Limongi Sial

De longa data nosso Estado se consolidou como ponto de interseção entre várias culturas. Se de um lado nossa história contempla a colonização portuguesa, não podemos olvidar que tivemos, outrossim, forte presença holandesa, de modo que nossa tradição hospitaleira advém, por certo, de nossa trajetória cosmopolita. Nesse prisma, não há de causar espécie que nossa Veneza Brasileira seja o segundo polo consular do País – precedida apenas por São Paulo -, congregando cerca de 44 representações consulares, de países de todos os quadrantes do mundo. Calha destacar que o Recife sedia o Consulado mais antigo do Brasil (e do Hemisfério Sul), instituído em 1815. Os antecedentes históricos da função consular remontam à Grécia Clássica, onde atuavam os próxenos, escolhidos numa determinada cidade grega para representá-la dentre os residentes no exterior – ainda que estrangeiros –, e os prostates, escolhidos, por sua vez, pelos estrangeiros residentes numa dada cidade helênica para representá-los frente ao governo dessa. Em Roma, a seu turno, o pretor peregrino era o incumbido de julgar os dissensos entre estrangeiros livres (peregrini) e dentre esses e os romanos, aplicando-lhes o ius gentium. No ápice da administração pública romana estavam os cônsules, em número de dois, eleitos anualmente, cuja autoridade – imperium - se protraia por todo o Império. Na Idade Média as corporações de ofício mantinham juízes – denominados “cônsules” - para equacionar os litígios entre seus membros ou dentre esses e estrangeiros. Selecionados pelos comerciantes, os cônsules, no exterior, subsumiam ao seu direito nacional às contendas que lhe eram submetidas. A partir do Século XVI os cônsules passaram a ser serventuários investidos pelos seus respectivos Estados, não mais colhendo a prerrogativa jurisdicional. Ao longo da história, a atividade consular foi disciplinada por regras consuetudinárias, tendo, em 1928, sido celebrada em Havana a Convenção Interamericana Sobre Agentes Consulares. Em 1963 a Convenção de Viena Sobre Relações Consulares passou a reger a atividade, agregada por vários outros tratados bilaterais e leis internas. No Brasil, a Lei nº 3.917/61 e o Decreto nº 94.327/87, ao versarem sobre a estrutura do Ministério das Relações Exteriores, abordam as repartições consulares. Pernambuco, fiel à sua vocação precursora, instituiu em 2008 o “Dia Estadual do Cônsul”, celebrado anualmente em 6 de agosto (atualmente sob a égide da Lei Estadual nº 16.241/2017), celebração essa que igualmente consta do calendário oficial do Município do Recife no dia 24 de abril (Lei nº 18.247/16, proposta pelo Edil André Régis). Se as distâncias métricas vêm sendo encurtadas mundo afora com o advento da tecnologia digital, a atuação consular, sempre a edificar pontes, contribui sobremaneira para a sinergia e congraçamento entre as nações. Erik Limongi Sial é cônsul honorário da Suécia no Recife (PE-ÁL-PB-RN).

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Pequenos negócios podem bater recorde de empregos em 2018

Os pequenos negócios continuarão a sustentar a geração de empregos no país e devem encerrar o ano com mais de 500 mil novas vagas formais, impulsionadas principalmente pelas atividades que compõem a cadeia da Construção Civil. Essa é a perspectiva apontada pelo Sebrae, a partir da Sondagem Conjuntural, realizada trimestralmente pela instituição, e da análise dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos seis primeiros meses deste ano. As cinco edições da Sondagem Conjuntural, feita trimestralmente pelo Sebrae, mostram que os donos de pequenos negócios que atuam na Construção Civil têm sido os mais otimistas em relação ao futuro da economia brasileira. São também os que mais pretendem gerar empregos no país este ano. O percentual de donos de negócios, que pretendem ampliar seus quadros de funcionários vem se elevando gradativamente, saindo de 16% (junho/2017) até atingir 36% (março/2018). Mesmo tendo registrado uma queda na Sondagem de junho/2018 (situando-se em 24%), como provável reflexo da greve dos caminhoneiros, o segmento, ainda assim, apresentou um resultado acima do observado em outros setores (Comércio, Indústria e Serviços). O mais importante, segundo a diretora técnica e presidente em exercício do Sebrae, Heloisa Menezes, é que essa intenção indicada pelos donos de pequenos negócios tem sido verificada na prática, nos dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com análises do Sebrae, os pequenos negócios da Construção Civil estão entre os que mais geraram empregos no primeiro semestre de 2018, ficando atrás somente dos que atuam no setor de Serviços e na Agropecuária. E ao se detalhar o setor de Serviços, percebe-se também que as atividades que têm alavancado a geração de vagas neste setor são aquelas ligadas à cadeia da Construção Civil, como a incorporação, a comercialização e a administração de imóveis, por exemplo. “Os pequenos negócios têm sido os principais geradores de empregos no país e é muito bom constatar que os empresários que atuam no setor da Construção Civil têm dado uma valiosa contribuição para isso, pois sinaliza também uma recuperação da economia brasileira como um todo”, avalia Heloisa Menezes. “Com as mudanças das regras de financiamento imobiliário, anunciadas recentemente pelo governo, que elevou o limite de valores dos imóveis que podem ser adquiridos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a tendência de fortalecimento do setor é ainda maior”, complementa a diretora do Sebrae.

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Embrapa e ABDI se unem para mapear e fortalecer o aproveitamento de biomassas do agronegócio brasileiro

A importância do agronegócio na economia brasileira já é amplamente divulgada e documentada em números e estatísticas. Em 2017, este setor alcançou a sua contribuição recorde para o Produto Interno Bruto (PIB) do País, 23,5%, e foi responsável por 48% das exportações. Sistemas informatizados dos mais variados tipos gerenciam as atividades agropecuárias no Brasil, medindo insumos, produção, mercado, entre outros fatores envolvidos nesse cenário, que há décadas mantém o predicado de carro-chefe da economia nacional. Por outro lado, a produção de resíduos e efluentes resultantes dessas atividades não possui o mesmo nível de tecnologia e organização. Para tentar reverter essa situação, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) se uniram para desenvolver um sistema que vai mapear e organizar as informações das biomassas, resíduos e efluentes do agronegócio brasileiro com foco na bioeconomia A iniciativa está sendo iniciada com um sistema-piloto na cidade de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, estado que responde por mais de 50% do agronegócio no Brasil. No dia 30 de agosto de 2018, o sistema será apresentado aos produtores e empresários da região em um workshop na parte da manhã, seguido por uma rodada de inovação tecnológica na parte da tarde (veja mais detalhes no final da matéria). O sistema será online e ficará à disposição do público nos portais da Embrapa e da Agência, com níveis diferenciados de acesso para casos de confidencialidade de informações. O projeto, fruto da parceria entre Embrapa e ABDI, faz parte das ações da Rede Nacional de Produtividade e Inovação (Renapi), iniciativa que apoia estados, municípios e aglomerações produtivas em ações voltadas ao desenvolvimento industrial e atua na articulação entre instâncias e atores da indústria nos territórios. Os resíduos de biomassa - de origem doméstica, agropecuária ou industrial - podem causar sérios problemas ao meio ambiente e à saúde pública, se descartados de modo inadequado. Segundo o pesquisador da Embrapa Agroenergia e corresponsável pelo projeto, Bruno Laviola, o objetivo da nova ferramenta é transformar esses problemas em soluções, apontando tecnologias para transformação dos materiais residuais em novos produtos. Sistema terá foco na bioeconomia Ele explica que o objetivo do sistema é trabalhar as biomassas e resíduos agrícolas sob o olhar da bioeconomia. Ou seja, não se trata apenas de mapear e organizar as informações, mas sim de agregar valor aos resíduos e efluentes, com foco na gestão ambiental e geração de renda. Além disso, o sistema irá contribuir para o posicionamento da agroindústria em função da ocorrência e disponibilidade da matéria-prima. A ferramenta vai oferecer ao usuário informações completas sobre as biomassas de vários produtos de agroindústrias, além de indicativos de utilização sustentável. “Ao clicar em um determinado produto, a pessoa terá acesso a dados sobre as matérias-primas relacionadas, incluindo tipo, localização, entre outros, e também a soluções tecnológicas que incentivem a sua utilização de forma produtiva”, explica. Transformação de biomassa em energia Uma das aplicações mais importantes, do ponto de vista econômico, é a transformação da biomassa em energia. O déficit de distribuição e da qualidade energética é um dos maiores problemas enfrentados hoje no Brasil. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro), aproximadamente 40% da produção agroindustrial são perdidas hoje no País em decorrência de instabilidade de energia, o que representa um prejuízo de 52 milhões de reais por ano. O uso de biomassa residual é uma opção viável para a substituição dos derivados de petróleo no Brasil. Um exemplo emblemático é a utilização do bagaço da cana-de-açúcar na indústria sucroalcooleira para gerar vapor e suprir a energia e eletricidade necessárias ao funcionamento das usinas. “Esse é apenas um dos exemplos de sucesso de utilização de materiais residuais da agropecuária”, pontua Laviola, lembrando que a Embrapa Agroenergia vem trabalhando em tecnologias para aproveitamento racional de biomassa desde a sua criação em 2006. “O objetivo é colocar esse conhecimento à disposição da sociedade, contribuindo para a geração de renda e emprego, além de incrementar a geração de energia renovável”, complementa o pesquisador. Antonio Tafuri, especialista da ABDI e também corresponsável pelo projeto, esclarece que a demanda por quantidade e qualidade de energia pelas cadeias agroindustriais foi verificada em Sorriso e região, considerando a oferta crescente de biomassa e uma sorte de resíduos e efluentes advindos daquelas atividades. “É importante observar que a metodologia que queremos desenvolver e validar junto aos produtores será replicável em todo território brasileiro”, afirma. Os resíduos vegetais são abundantes no Brasil e sua utilização em novos materiais traz a possibilidade de alavancar a economia do País. O desenvolvimento de tecnologias para o tratamento e a utilização de resíduos visando à redução dos custos de produção e da poluição ambiental representa, ao mesmo tempo, um grande desafio e a perspectiva de desenvolvimento sustentável. “Os resíduos são uma questão preocupante para os produtores e para o meio ambiente, quando descartados de modo inadequado. Nas visitas que fizemos à região, observamos o imenso potencial na agricultura e na pecuária, que pode não só reduzir custos de produção como também representar uma nova fonte de renda, por meio da comercialização da energia excedente”, esclarece Roberto Pedreira, da ordenação de Adensamento Produtivo da ABDI. “A ideia é trabalhar junto com a Embrapa Agroenergia neste banco de dados nacional em torno da biomassa, efluentes e resíduos e, principalmente, subsidiar políticas públicas aplicáveis em todo o país.” Tecnologias integradas em prol da economia sustentável Laviola lembra que a intenção é que o novo sistema “converse” com outros softwares já em uso na Embrapa para gestão agropecuária. Ainda de acordo com o pesquisador, a expectativa é que a iniciativa abra portas para outras oportunidades de cooperação com o setor produtivo local. O fato de a Embrapa Agroenergia ser uma das empresas credenciadas da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) torna mais fácil e ágil a formação de parcerias com empresas para desenvolvimento de projetos de PD&I. “O novo sistema se encaixa perfeitamente no âmbito da inovação aberta, no qual indústrias e organizações combinam ideias, processos e pesquisas

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Dia dos Pais deve movimentar quase R$ 14 bilhões no varejo, projetam CNDL/SPC Brasil

Embora os brasileiros ainda estejam sensíveis aos efeitos da lenta recuperação econômica e do desemprego, a maioria (61%) dos consumidores deve ir às compras neste Dia dos Pais – o dado é levemente superior aos 55% de entrevistados que realizaram compras na mesma data do ano passado. A conclusão é de um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Ao todo, a expectativa é de que quase 93 milhões de pessoas façam alguma compra no período, o que deve movimentar uma cifra aproximada de R$ 13,9 bilhões nos setores do comércio e serviços. Apenas 28% dos consumidores não devem presentear alguém na data, sendo que a principal justificativa é o falecimento do pai (70%). Comemorado tradicionalmente no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais é considerado por muitos o ‘patinho feio’ das datas comemorativas por não injetar cifras tão expressivas como Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Mesmo assim, a comemoração serve de termômetro para analisar o desempenho do varejo no segundo semestre, ainda permeado por incertezas no campo político e por uma recuperação econômica gradual. “As tradicionais datas comemorativas demonstram um forte apelo emocional e muitas vezes até se descolam do ambiente de crise, que segue impactando o orçamento das famílias. Tanto é que nas últimas três datas comemorativas deste ano, o varejo apresentou crescimento nas vendas. Os resultados, contudo, foram discretos e não revertem as perdas acumuladas durante a crise. Ainda assim, servem de alento para impulsionar a retomada da economia”, explica o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. Consumidor brasileiro vai desembolsar quase R$ 150 com presentes; 40% dos compradores planejam gastar a mesma quantia que em 2017 Apesar de a intenção de presentear no Dia dos Pais ser elevada, a maior parte dos brasileiros está cautelosa na hora de gastar. Do total de potenciais compradores, 40% disseram que planejam gastar a mesma quantia que no ano passado. Os que vão desembolsar menos formam 16% da amostra, ao passo que 32% acreditam que vão gastar mais. Entre as pessoas que vão às compras, o valor desembolsado com o total de presentes será, em média, de R$ 149,27 - valor que diminui para R$ 139,36 quando considerados somente os consumidores das classes C, D e E. De acordo com o levantamento, a maior parte (50%) dos entrevistados pretende comprar apenas um presente para o Dia dos Pais. Os que vão adquirir dois presentes somam 34% da amostra. Os problemas econômicos que o país atravessa são a principal razão da cautela dos compradores. Mais de um terço (34%) dos que pretendem gastar menos afirmam passar por uma situação de aperto financeiro e 24% pretendem economizar com os presentes. Já 16% devem priorizar o pagamento de dívidas em atraso. Por outro lado, entre os que pretendem gastar mais em 2018, 54% disseram que irão comparar um presente melhor, enquanto 24% acreditam que os produtos estão mais caros. Shopping Center e lojas online ficam tecnicamente empatados como principais locais de compras; roupas são os itens mais buscados e maioria pretende pagar à vista Neste ano, os itens mais procurados para agradar os pais devem ser as roupas (50%). Em seguida aparecem os perfumes e cosméticos (32%), calçados (28%) e acessórios (27%), como cintos, carteiras, relógios e meias. Haverá ainda procura por ferramentas (10%), artigos esportivos (10%) e smartphones (10%). As pessoas mais presenteadas neste ano devem ser os pais dos entrevistados (64%), esposos (20%), o pai dos filhos dos entrevistados (11%), sogros (7%) e avôs (5%). Há ainda 5% de entrevistados que devem se auto presentear. Com relação à forma de pagamento, a maioria dos entrevistados mostra preferência pelo pagamento à vista, seja em dinheiro (53%) ou cartão de débito (22%). O pagamento via cartão de crédito, seja em parcela única ou mais de uma parcela, será escolha de 16% e 25% dos consumidores, respectivamente. Entre aqueles vão dividir o pagamento, a média será de quatro prestações. Isso significa, que muitos dos que vão agradar os pais nesta data, só terminarão de quitar as prestações na época do Natal. “Em um momento em que os trabalhadores estão inseguros em seus empregos e com relação ao futuro da economia e da política, comprar o presente à vista em dinheiro pode ser uma alternativa sensata para fugir do endividamento”, orienta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. Líder absoluto como principal local de compra em todas as datas comemorativas, os shopping centers (37%) seguem em primeiro lugar, mas desta vez estão tecnicamente empatados com as lojas online, que tiveram 33% de preferência. Completam o ranking as lojas de departamento (20%) e os shoppings populares (14%). Para a escolha do local de compra dos presentes, 53% levam em consideração a atratividade do preço, 42% a qualidade dos produtos e 38% promoções e descontos, especialmente a parcela feminina de entrevistados (43%). Há ainda 25% que dão preferência a locais com diversidade de produtos ofertados. Para economizar, 80% recorrem a pesquisa de preço; 22% dos consumidores ficaram com ‘nome sujo’ por compras na mesma data do ano passado E principalmente na tentativa de tentar economizar, os consumidores irão, em sua maioria, realizar pesquisa de preço. De acordo com o levantamento, oito em cada dez (80%) compradores admitem que vão buscar melhores ofertas antes de concretizar a compra do Dia dos Pais, sendo que em 82% desses casos a internet será a principal aliada na busca por melhores opções, seguida dos shopping centers (47%). No geral, a maioria (60%) dos entrevistados avalia que os preços dos presentes estão mais caros em relação ao ano passado. Outros 34% acreditam que não houve variação de preços e apenas 6% acham que ele diminuiu. Outra estratégia para não deixar o presente pesar no bolso será dividir o valor da compra com algum familiar. Do total de entrevistado, 8% vão adotar essa opção, sendo que em 40% dos casos os custos serão compartilhados com o cônjuge, em 31% das vezes

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ABIHPEC e SEBRAE-PE lançam Caderno de Tendências para setor da beleza

A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Pernambuco (Sebrae-PE) lançam o Caderno de Tendências (2019-2020) para o setor da beleza, na próxima segunda-feira (06), no Hotel Gran Mercure Recife, em Boa Viagem. A publicação tem o objetivo de informar aos empreendedores e trabalhadores liberais do setor quais as maiores tendências que são vislumbradas para os próximos dois anos, contribuindo para inspirar os empreendedores e alavancar os rumos desse setor no Brasil. O evento é aberto ao público. No lançamento, serão abordados os destaques da publicação, com a intenção de dar subsídios para micro e pequenas empresas de ampliação e prospecção de clientes para os negócios. De acordo com Romárcia Lima, gestora do projeto de beleza do Sebrae-PE, o evento é importante por apontar para os micro e pequenos empreendedores os caminhos de suas atividades nos próximos dois anos. “Identificar as tendências, tanto de gestão quanto técnicas, tem sido uma das frentes de atuação do Sebrae, para, em seguida, repassar isso ao pequeno empreendedor, ajudando-o a desenvolver seus negócios e tornarem-se mais competitivos. O caderno de tendências trará as novidades técnicas e, por isso, estamos apoiando este evento”, explica. Para ampliar o alcance nacional do Caderno de Tendências, durante o segundo semestre de 2018 será realizado um ciclo de seminários por todo o Brasil, com palestras voltadas aos empresários do setor, que vão dos executivos da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC), aos profissionais de salões de beleza. O conteúdo - elaborado por grandes especialistas, com a colaboração dos principais institutos de pesquisa internacionais - será apresentado por Elaine Gerchon, gerente de Inteligência de Mercado da ABIHPEC. PROGRAMAÇÃO BLOCO 1 - Movimentos Globais Fique de olho nas grandes transformações que vem ocorrendo no mundo, nas principais tendências de inovação e tecnologia que irão influenciar o setor de HPPC nos próximos anos e o impacto no mercado brasileiro. São cases inspiradores para companhias dos mais variados portes. BLOCO 2 - Higiene pessoal, Perfumaria e Cosméticos Diversidade, qualidade de vida e longevidade são temas em alta do mercado global e prometem muitas oportunidades no Brasil. A preocupação com o bem-estar e a manutenção da saúde passou a ser prioridade na hora de escolher um produto e cada vez mais o mundo melhora sua percepção de que a indústria de HPPC exerce um papel fundamental nestes quesitos para a população. BLOCO 3 - Mercado Profissional Não basta ficar atento às mudanças de comportamento dos consumidores. É preciso entender os desafios pelos quais passam os salões e as barbearias e oferecer oportunidades de bons negócios e ideias de serviços ou cursos técnicos e de gestão. SERVIÇO Lançamento do Caderno de Tendências (2019/2020) para o setor da Beleza Quando: Segunda-feira (06) Horário: 08h30 às 13h00 Onde: Hotel Gran Mercure Recife Boa Viagem Outras informações: (81) 2101.8471 | (81) 2101.8456

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44% dos empresários do varejo e de serviços estão otimistas com economia para o segundo semestre, apontam CNDL/SPC Brasil

Os empresários dos ramos do varejo e de serviços estão otimistas com o segundo semestre, embora os primeiros seis meses do ano tenham sido difíceis para os setores. Um estudo realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 44% apostam em um cenário econômico melhor do país no segundo semestre em relação ao primeiro — número que cai para 27% na região Centro-Oeste. Enquanto 38% acreditam que será igual e apenas 14% estimam um quadro pior. Os empresários também têm uma expectativa favorável quanto ao desempenho do próprio negócio, que corresponde a 55% dos entrevistados. Já um terço (33%) estima que a segunda metade do ano se manterá no mesmo patamar do primeiro semestre. “Esse clima de confiança é bastante positivo, principalmente se olharmos a situação crítica enfrentada por muitas empresas nos seis primeiros meses do ano”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa. O estudo mostra, por exemplo, que 49% tiveram de fazer cortes no orçamento, como a demissão de funcionários (36%). Além disso, 28% tiveram que reduzir o mix de produtos ou serviços. Por outro lado, o levantamento aponta que metade dos entrevistados (50%) não acredita em um crescimento da economia nos próximos meses — um aumento significativo na comparação com o ano passado (39%). Em outra frente, 40% avaliam que a economia poderá avançar. “Apesar de boa parte dos empresários não estar confiante de que a economia possa voltar a crescer este ano, em razão das incertezas com as eleições, a boa notícia é que muitos estão esperançosos que o próprio negócio deve ganhar fôlego no segundo semestre”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. Mais da metade dos empresários prevê aumento das vendas no segundo semestre; 52% dos pessimistas com próprio negócio estimam que economia ruim vai comprometer suas atividades Entre os que estimam uma melhor situação para sua empresa no segundo semestre, 46% dizem estar otimistas quanto a uma melhora do cenário — muito embora sem apontarem uma razão concreta — e 33% esperam ampliar sua carteira de clientes. Nessa onda de confiança, mais da metade dos empresários brasileiros (51%) espera ter uma receita superior ao primeiro semestre. Para 36%, o comércio deve seguir igual e 9% acreditam em um volume de vendas menor. Ainda como reflexo da tímida retomada da economia, a pesquisa revela que entre os empresários que vislumbram um cenário pior para a própria empresa, 52% enxergam que o fato de a situação econômica permanecer ruim irá comprometer os negócios, além de prejudicar as vendas (33%). As perspectivas negativas têm como base os resultados obtidos na primeira metade do ano, em que muitos viram o ritmo da economia diminuir e suas vendas também em relação ao ano passado. De acordo com o estudo, 48% dos entrevistados disseram que a economia do país no primeiro semestre, inclusive, piorou ante ao mesmo período de 2017. 60% dos entrevistados pretendem seguir projetos traçados para 2018, com destaque para ampliação do negócio ou lançamento de produtos A pesquisa identificou que a economia fraca não vai impedir o andamento de projetos para o segundo semestre. Se no primeiro semestre o percentual de empresários que adiaram os planos previstos foi de 31%, principalmente por falta de recursos financeiros, para os próximos meses 60% dos varejistas sinalizaram que pretendem seguir com os projetos já traçados. Entre as ações previstas estão a ampliação do seu negócio (18%) ― percentual que é ainda maior nas capitais (22%) —, o lançamento de produtos ou serviços (17%) e o ingresso no ramo do comércio online (11%). Na contramão, 40% disseram não ter nada previsto, percentual menor do que o registrado em 2017 (51%). O estudo também buscou verificar a intenção das empresas em relação a suas finanças: 19% desejam constituir uma reserva financeira ― sendo que em 2017 este percentual foi de 5% ―, 9% esperam adquirir máquinas e equipamentos, enquanto apenas 6% preveem tomar empréstimo em banco ou financeira (contra 4% registrados no ano anterior). Outros 24% não visam tomar crédito, guardar dinheiro ou investir, percentual que aumentou em relação ao ano passado (16%). Em um claro sinal de que a maior parte do empresariado ainda se mantém cautelosa em relação à lenta recuperação da economia brasileira, 72% pensam em manter o número de colaboradores. Em outra frente, somente 17% desejam ampliar seu quadro de pessoal durante esse período e outros 6% querem reduzir sua equipe de colaboradores. Entre os que estimam reforçar os times, 64% disseram optar pela contratação formal, percentual inferior ao registrado no ano passado (77%) e maior entre os comerciantes (72%). Para 18%, as contratações serão de profissionais informais, enquanto outros 15% vão contratar terceirizados (contra 1% em 2017). Componente importante para balizar o grau de confiança empresarial este ano, as eleições também preocupam os empresários quanto ao rumo da economia no segundo semestre. Para 44% dos entrevistados, o custo de vida e o preço das coisas irão aumentar, enquanto 41% acreditam que as taxas de juros sofrerão elevação em função da disputa eleitoral. Já o desemprego (45%) e as vendas (47%) devem permanecer da mesma forma para a maior parte dos ouvidos pelo estudo. “Esse resultado reflete as incertezas dos empresários do varejo em relação ao próximo governo”, comenta Pellizzaro. Metodologia A pesquisa foi realizada com 827 empresários de todos os portes, dos segmentos de comércio e serviços, nas 27 capitais e no interior, nos meses de junho e julho. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

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