Economia – Página: 372 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Economia

Navegar é preciso, produzir também

Em contexto de grandes fluxos de informação, a sociedade é levada a retroalimentar os conteúdos e a escola é desafiada a aderir a estratégias pedagógicas alinhadas com o seu tempo Não há dúvidas de que, neste exato momento, um grande volume de conteúdos está sendo atualizado nas diversas plataformas digitais, e isso não acontece por acaso, visto que na expectativa desta frenética produção, há uma população ávida por consumir novos conteúdos. Ou seja, somos contemporâneos de uma sociedade informatizada e com inclinações à produção de conhecimento. Castells (1996) explica que a sociedade informacional traz em seu discurso uma espécie de capitalismo próprio, o qual se nutre do fluxo de dados nas diversas redes, bem como fortalece o consumo de conteúdos e estimula a produção de novos artefatos. Trata-se de uma engrenagem, onde a moeda é a própria informação e o seu valor depende, em grande medida, da possibilidade que o conteúdo tem de gerar conhecimento. Mas quando o contexto é educacional, este quadro desafia gestores, professores e pesquisadores da área, no mínimo, em dois aspectos: primeiro, em reconhecer que o estudante do século XXI transita por um cenário muito propício à liberdade de intervir; segundo, em repensar a sistemática pedagógica, sobretudo naquilo que afeta a comunicação entre professor e estudante. Nesse sentido, a ideia de “educação dialógica”, defendida por Paulo Freire (2014), pode funcionar como um facilitador para conduzir as trilhas que visam construir conhecimento nos tempos de hoje. Ou seja, a escola contemporânea das mudanças deste século e que aposta em inovação é convidada a refletir sobre como o diálogo pode nortear o ato de aprender. Claro, considerando que a atual clientela de estudantes, ora se caracteriza como consumidor, ora se posiciona como produtor de conteúdo. Isso porque hoje, além de navegar pelos conteúdos disponíveis, qualquer pessoa pode montar o seu site, criar seu blog, lançar sua fanpage, produzir seus vídeos e navegar no que a música ‘Pela internet’ classifica como sendo um arcabouço de informações e que Gilberto Gil, autor da canção, prefere chamar de “infomar”. A metáfora de Gil é adequada, porque define bem o tamanho do reservatório para acumular conteúdo – é quase infinito, do tamanho das nuvens, enfim – agora é possível supor, de fato, que ‘o céu é o limite’. E não se trata de “viralização”, “modinha” ou “pós-verdade” que impactam a sociedade, já que vários processos da vida cotidiana nos fazem aceitar o caráter irreversível da tecnologia. Presente e invisível, a tecnologia nos permite resolver diversos problemas e melhor – dar vazão ao fluxo de dados solicitados pela sociedade. Por isso, mais uma vez no contexto educacional, é preciso conceber a tecnologia como parte integrante de um momento histórico em que propor mudanças no processo de construção do conhecimento é inevitável. E, por esse motivo, ela pode favorecer a inovação durante um dos processos mais valiosos da nossa existência – a aprendizagem. É preciso tê-la (a tecnologia) como uma parceira, no mínimo, estratégica, já que ela pode colaborar com uma metodologia simpática aos jovens desta geração, além de fomentar dados decisivos para garantir o sucesso de qualquer projeto pedagógico. Para Assmann (2000), no âmbito da aprendizagem e do conhecimento, é nítida a transformação das ecologias cognitivas, e isso, em grande medida, se deve ao advento das novas tecnologias, que não substituirão professores nem diminuirão o esforço disciplinado, mas ajudarão a intensificar o pensamento complexo, interativo e transversal. Assim, levando em conta todo aparato tecnológico disponível, a instituição ‘escola’ deve intensificar alguns signos para promover aprendizagem no ritmo da sociedade da informação. Trata-se de valores que merecem prioridade em detrimento do próprio aparato tecnológico, a exemplo da criatividade, do diálogo e da ousadia. Criatividade para autenticar uma assinatura, estilo ou marca; diálogo para compartilhar informações e gerar conhecimento útil para alimentar o fluxo das redes e a ousadia para ter a iniciativa de publicar conteúdos e conquistar seguidores. Desta forma, nos despediremos do paradigma em que consumir conteúdo é a única atitude para alcançar o aprendizado. É preciso ir mais além – juntar os pedaços de conhecimento, exercitar o lado reflexivo, refazer saberes e se posicionar através da produção de conteúdo. Isso é transformar a ecologia cognitiva e aderir a um clima propenso ao diálogo, à criatividade e à coragem. Se navegar é preciso, produzir conteúdo é uma necessidade que faz de cada cidadão um ser conectado, mas também participativo. E haja “infomar”! *Jaime Cavalcanti – jaime@cbvdigital.com.br Mestre em Educação | Consultor em Tecnologia Educacional | Assessor de TE Colégio CBV LEIA MAIS Criatividade e ousadia em favor da interdisciplinaridade LEIA TAMBÉM Educação Cidadã (por Eduardo Carvalho) Ensino x Aprendizagem (por Armando Vasconcelos)

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O poder do mobile

Em evento da Abradi-PE, gerente de negócios do Facebook diz que celulares ajudam a impulsionar vendas Empresários devem encarar o smartphone não como mero instrumento para se comunicar, mas como uma valiosa ferramenta para impulsionar as vendas. A dica é do gerente de negócios do Facebook Bruno Montoro. Ele esteve no Recife, falando para donos de empresas e profissionais da área de TIC (tecnologia da informação e comunicação) no evento da Abradi-PE (Associação Brasileira dos Agentes Digitais em Pernambuco), que teve apoio da Algomais. A palestra lotou o auditório da Amcham e é a primeira de uma série que a entidade planeja realizar. Montoro explicou que os celulares são considerados como mídia de “primeira tela”, por serem o principal meio de acesso à web. O brasileiro, segundo o executivo do Facebook, olha para a tela do smartphone nada menos que 100 a 150 vezes por dia. As pessoas que possuem um smartphone gastam 88% do seu tempo de uso no aparelho com aplicativos. “O principal app é o WhatsApp, preferido por 86% dos brasileiros, seguido por Facebook (76%), Instagram (36%) e Messenger (30%)”. Mas, para impulsionar negócios surfando na revolução do mobile é preciso conhecer como os usuários absorvem as informações. Estudo de neurociência, promovido pela rede social, constatou que no celular o usuário permanece mais focado e menos disperso, quando comparado à TV. “Como a tela do smartphone fica muito próxima do olho não há dispersão. Já o televisor situa-se a uma certa distância do telespectador, fazendo com que ele se disperse com mais facilidade”. Apesar dessa vantagem, Montoro ressalta que a comunicação com o consumidor no mobile deve ser realizada de forma muito mais veloz. Isto porque as pessoas consomem a informação mais rapidamente no celular do que no desktop. “A velocidade de visualização do feed do Facebook é diferente no mobile. A pessoa permanece 2.5 segundos por post no smartphone, e no Instagram, 1.7 segundos”, alerta Montoro. A solução é se comunicar com o consumidor por meio de vídeos. Montoro explica o porquê: “o cérebro processa 60 mil vezes mais rápido imagens do que palavras. Podemos ver uma imagem por apenas 13 milissegundos para identificá-la”. No Facebook são 100 milhões de horas de vídeo vistos por dia. Mas não basta postar o filme para seduzir o consumidor. É necessário passar a informação que interessa logo nos primeiros segundos do vídeo, assim como mostrar a marca com a mesma rapidez. De acordo com Montoro, das pessoas que assistem aos três segundos de um vídeo, 65% chegam aos 10 segundos e destas, 45% alcançam os 30 segundos. Mais do que nunca, portanto, tempo é dinheiro, e por isso, Montoro salienta a importância de segmentar a comunicação. O Facebook, segundo ele, dispõe de recursos para identificar o que desperta interesse em cada usuário e ajuda a conquistar o público-alvo. “Podemos detectar que determinada pessoa vai casar e assim que ela abre o feed se deparar com anúncio de vestidos de noiva”, exemplifica. E os instrumentos estão cada vez mais sofisticados. Uma empresa de varejo, por exemplo, pode postar um anúncio em celulares de usuários que estão passando próximo a uma loja física da marca. Existem recursos ainda, para aferir o impacto da comunicação realizada no Facebook ou Instagram na comercialização. “Passamos da fase em que o engajamento do consumidor ao post era o mais importante. Não adianta ter muitas curtidas se isso não gera vendas” , alerta o executivo. ENTIDADE. A Abradi-PE planeja promover outros eventos com o intuito de divulgar estratégias para aprimorar o uso das redes sociais nas ações de marketing. Com 26 empresas associadas em Pernambuco, a entidade também vai organizar um fórum das regionais da Abradi no Nordeste em 2017. “A associação tem o objetivo de fortalecer o mercado e fomentar novos negócios”, define o presidente Bruno Queiroz. Planos. Queiroz: mais eventos em 2017   LEIA TAMBÉM: Como a tecnologia interfere na saúde Tecnologia de geração solar flutuante aumenta em 14% a produção dos painéis fotovoltaicos    

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Recife receberá maior centro de inovação da Accenture no mundo

A cidade do Recife, que já se destaca como polo de tecnologia no Brasil, agora se prepara para receber um novo centro que vai tornar a cidade referência mundial. Trata-se de mais uma unidade da Accenture, empresa global de consultoria de gestão e Tecnologia da Informação, que já funciona em três localidades no município e está em fase de obras para ampliação de suas atividades.O prefeito Geraldo Julio recebeu, na tarde desta quarta-feira (7/12), a comitiva da multinacional, que deverá oferecer mais 600 postos de emprego na nova unidade, prevista para começar a funcionar em três meses e que será referência mundial da empresa. “Este é um grande anúncio, de uma empresa de atuação global que vai criar aqui, inovar aqui, para vender para o mundo inteiro. Isso acontece em um momento muito importante, já que está se criando um ambiente de negócio positivo, movimentando a economia da cidade, fazendo nossa economia ter um resultado positivo com a atração de um empreendimento como esse”, afirmou o prefeito Geraldo Julio após o encontro. A empresa, que é especializada no desenvolvimento de soluções de alta tecnologia para os mais diversos ramos de negócios, funciona no Recife em três locais: no reformado Armazém 9 do Porto do Recife, em três andares no edifício do Porto Digital e ainda no Empresarial Apolônio Sales, na Conde da Boa Vista. Com o plano de expansão, o Armazém 12 do Porto também está em reforma e deve ser ocupado com a empresa em março de 2017, quando finalizam as obras. Para Geraldo Julio, a expansão da multinacional no Recife se deve ao fato de a cidade se fortalecer como um ambiente de negócios favorável. “Anunciamos hoje o resultado de R$ 313 milhões de custeio que cortamos nos últimos anos, sem reduzir nos serviços públicos, e anunciamos hoje mais R$ 90 milhões para o próximo ano, sem reduzir a eficiência e criando um ambiente de negócios favorável para a cidade. Por conta disso existe o interesse da Accenture de vir e estar aqui. E é esse o modelo que o Brasil deveria procurar, um modelo que faz a economia crescer e faz a administração pública ter mais resultado, gastando menos dinheiro”, complementou o prefeito. O CEO da empresa para o Brasil e América Latina, Leonardo Framil, comentou a iniciativa: “Tivemos uma conversa super positiva aqui com o prefeito, e uma das coisas que a gente conversou, além da nossa expansão, da nossa operação aqui em Recife que continua a todo vapor, onde queremos atingir o número de 2000 pessoas na equipe, é que a gente também vai inaugurar em março um centro de inovação que vai ser um centro de referência para a Accenture no mundo. E ainda vamos trazer o que há de melhor e mais moderno que temos globalmente na Accenture para ajudar nossos clientes daqui, para trabalhar com tudo aquilo que está relacionado com essa transformação digital.Teremos temas como inteligência artificial, mobilidade, toda a parte de interação digital dos clientes, tudo isso disponível para nossos clientes. Entendemos que esse centro será referência não só para o Brasil, como para o mundo”, explicou o presidente da empresa.

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Jogos digitais usados em tratamentos

Pesquisas científicas feitas com ressonância magnética, segundo a psicóloga Véronique Donard, da Universidade Católica de Pernambuco,  mostraram que o uso intensivo de games digitais pode favorecer efeitos positivos sobre o funcionamento do cérebro. “Na França são usados em psicoterapia com autistas, na reabilitação de funções cognitivas e até em pessoas com esquizofrenia”, informa Véronique. “Pessoas com Alzheimer e idosos que usam kinect (tecnologia que permite jogar com os movimentos do corpo), também se beneficiam com exercícios de equilíbrio”, acrescenta a psicóloga Nas sessões de psicoterapia os games também estão presentes. Para jogar, é preciso criar um avatar, um personagem de si mesmo. Psicólogos descobriram que o jogador, muitas vezes, projeta nessa realidade virtual um mundo em que ele gostaria de viver. “É um mundo que expressa sentimentos ou insatisfações”, resume Leopoldo Barbosa, psicólogo e professor da Faculdade Pernambucana de Saúde. A boa notícia é que a Universidade Católica está desenvolvendo um jogo para ser utilizado por psicólogos na mediação terapêutica com os pacientes. Véronique, que já trabalhava com games digitais na França, participa do projeto. “A Unicap conta com um laboratório de criação de jogos digitais aplicados à psicologia. Serão usados em deficiências cognitivas e mediação de processo clínicos. O primeiro jogo digital está sendo feito”. É a tecnologia tornando mais lúdico o tratamento.

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Consulado francês trabalha para aumentar relações econômicas com Pernambuco

Há apenas três meses em Pernambuco, o novo cônsul geral Francês, Romain Louvet, se movimenta para ampliar as relações econômicas entre o seu País e o Estado. O potencial do setor de tecnologias informação e comunicação já foi mapeado pelo diplomata, mas o momento ainda é de prospectar quais os segmentos que interessam a ambos os lados. Confira a entrevista que ele concedeu ao jornalista Rafael Dantas. Como a presença do consulado contribui para melhoria das relações comerciais na França e Pernambuco? Temos várias atividades. Primeiramente é importante ressaltar que somos um consulado geral. Temos praticamente a mesma missões de uma embaixada. Fazemos a gestão do fomento da economia francesa presente do Nordeste. Dentro dessa missão estão a promoção da cooperação e parcerias dentro da circunscrição do Nordeste nas áreas de cultura, ensino superior, desenvolvimento econômico. Temos uma parceria bastante natural com Pernambuco, pelo dinamismo do Estado do Nordeste. Acompanhamos como consulado essa parceria nas áreas culturais, ensino superior e pesquisa. Em que setores há maior potencial para realização de parcerias com a França? Estamos de olho no Porto Digital, sabemos que é um polo tecnológico interessante. Nosso trabalho está sendo de montar parcerias entre startups brasileiras e francesas. Queremos nos inserir nesse contexto fértil que existe. Podemos nos inserir porque a França tem uma boa performance nessa área de games, apesar de muita gente desconhecer essa França mais dinâmica e tecnológica. Nesse âmbito, um profissional do Porto Digital foi até a Paris conhecer as empresas de lá para tentar identificar que tipo de ação poderíamos fazer para desenvolver essas parcerias. A Business France (o órgão de apoio à internacionalização da economia francesa) já enviou representantes para Recife, após indicação da gente, para conhecer oportunidades do Porto Digital. E saíram daqui com bastante entusiasmo. O maior interesse do consulado é então no setor de tecnologias da informação e comunicação (TIC)? Estou num período de exploração ainda. Existe essa realidade da economia criativa forte, mas até agora consulado foi mais forte nas parcerias culturais e de pesquisa. A partir de agora estamos querendo fortalecer essa questão dos laços econômicos mais fortes. A partir da atuação mais forte nas parcerias em cultura, ensino superior e pesquisa que já possuímos no Estado, queremos usar isso para  criar uma dinâmica econômica mais forte. E importante entender que temos uma visão global. Pensamos a economia a partir da experiência que já adquirimos nas áreas culturais ou de parcerias universitárias, é um conjunto. Cada elemento deve reforçar e servir o outro. A economia criativa é um dos caminhos, mas identificamos potencial também nos produtos alimentícios e na gastronomia. Estamos num estado de exploração e estamos abertos, não excluímos nada. Como acontece a atuação do consulado geral nessas parcerias? Facilitando os contatos com os atores franceses e brasileiros. Fazendo uma ponte. A gente usa a vontade que existe em vários municípios  de Pernambuco ou da França para criar parcerias que funcionam bem. Nantes na França, por exemplo, tem várias parcerias com Pernambuco, além da região Occitânia, no sul, que tem Toulouse como a principal cidade. Temos vários modos de ação. O consulado adota papel de facilitador entre as entidades francesas e brasileiras. Na prática o que essas cidades queriam fazer em Pernambuco? Um exemplo é o seminário sobre iluminação publica que ocorreu em Recife, em setembro. Nantes mandou especialistas sobre o tema, montou o seminário em conjunto, pouco após a minha chegada aqui. Gostaríamos que a partir desse tipo de iniciativas nascessem oportunidades econômicas. No caso do seminário por exemplo, além de criar uma dinâmica de reflexão em torno duma problemática de iluminação no Recife como nas cidades da França, poderia ser um primeiro passo para atuação de empresas francesas competentes nessa área, aqui. O consulado acredita que Pernambuco é uma região onde tem oportunidades econômicas interessantes, apesar da ideia que o eixo Rio-São Paulo seja mais importante ser bastante difundida. Acreditamos que existem boas possibilidades aqui e estamos para pesquisar isso. Como o poder público local poderia ajudar nesse desenvolvimento dos laços comerciais? As autoridades publicas estão interessadas e ativas, mostraram interesse e querem desenvolver essa relação. O setor privado é mais complicado, pois tem ideia que tudo acontece no sul do País. É mais difícil convencer empresas francesas. O poder público tem que fazer a parte dele para valorizar isso e a gente como consulado fazer um esforço para valorizar imagem de Pernambuco. Essa área de investimento privado tudo resta a fazer ainda. Mas é muito importante que as empresas brasileiras tenha interesse nessa relação. Esse desejo tem que ser dos dois lados para estabelecer uma parceria. Alguma ação planejada para 2017? Em janeiro irei para Nantes e Toulouse para defender a pertinência e relevância de Pernambuco como lugar para investimento, se baseando nas parcerias institucionais entre os poderes públicos de lá e daqui. A partir daí pretendemos encontrar empresas de lá para investir no Estado. No momento de crise no Brasil isso pode ser complicado, mas o Brasil tem um mercado grande, com consumo grande e não tem porque isso não voltar a ser ativo no ano que vem. E esse é o momento de preparar o terreno. A relação França e Brasil tem apreciação boa de ambos os lados. Temos que usar essa simpatia para facilitar as parcerias. O papel do consulado é de promotoria desses interesses múltiplos. A França é membro também da União Europeia e tentamos nos aproximar de outras relações diplomáticas que existem em Pernambuco para desenvolver ações conjuntas.

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Computador e celular podem afetar visão e pele

Se você costuma ficar horas diante de computador ou smartphone, não esqueça de usar filtro solar. Pode parecer uma recomendação estranha, mas especialistas afirmam que a luz desses aparelhos estimulam a liberação de radicais livres, que impulsionam a produção de melanina. Resultado: manchas na pele. Também afeta a produção de fibroblastos (células que produzem o colágeno que dá sustentação à pele). E aí pode acelerar o envelhecimento. “Mas não se deve ficar alarmado”, tranquiliza Patrícia Guimarães, dermatologista do Real Derma (Hospital Português). “A luz solar é muito mais danosa. Oito horas de exposição à luz do computador equivalem a 1 minuto e 20 segundos exposto aos raios UVA e UVB”, compara a médica. Os efeitos, portanto, são perceptíveis no longo prazo em pessoas que permanecem muito tempo usando esses equipamentos. Entretanto, é possível se prevenir com o uso de filtro solar. Mas, atenção: “deve-se utilizar os protetores físicos, a maioria dos produtos vendidos nas farmácias são filtros químicos”, adverte a dermatologista. A luz emitida por esses aparelhos também podem ser uma das causas da insônia. É fácil entender o porquê: possuímos um relógio biológico, no qual, no período de 24 horas a produção de grande parte dos hormônios aumenta e diminui de forma cíclica, condicionando o nosso corpo em aspectos como o sono e a vigília. Esse ritmo diário é regulado por estímulos, como a luz. Por isso, pessoas que usam computadores e gadgets à noite podem ter problemas para dormir. “Luz forte e branca, cientificamente é uma condição para a insônia”, explica Bernardo Cavalcanti, oftalmologista do Hope. O médico afirma também ser cada vez mais frequente adolescentes e crianças com miopia e acredita-se que seja pelo intensivo uso das novas tecnologias. “O esforço visual para a visão de perto aumentou com esses aparelhos e isso provocou uma redução da capacidade para enxergar de longe”, explica. Aumentou também as queixas de olho seco. “Ao permanecer muito tempo no computador passamos a piscar menos, reduzindo a lubrificação da lágrima na superfície do olho”, esclarece o oftalmologista. Mas, pode-se amenizar esses efeitos. Basta fazer intervalos de 10 minutos a cada 45 ou 60 minutos de uso desses aparelhos. “Recomenda-se também situar a tela do computador abaixo da linha de visão para que a maior parte da pálpebra cubra o olho e o lubrifique”, orienta o médico.

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Sem limite

O Estado brasileiro é insaciável e gasta mal. Nos últimos 25 anos, os gastos federais vêm crescendo 6 % ao ano acima da inflação e com velocidade duas vezes superior à do Produto Interno Bruto (PIB). Desde 2011, esse desequilíbrio fiscal se aprofundou rapidamente. Só de 2013 para cá a dívida bruta do País em relação ao PIB elevou-se de 52% para 72%, uma trajetória insustentável e preocupante. O estrago fiscal feito pelo governo anterior foi extenso e profundo, resultado de inúmeros erros de política econômica e de descontrole nos gastos que foram mascarados por vários truques de contabilidade pública. Existem, como nós sabemos, outras formas de gastança. O dinheiro público é desperdiçado em inúmeros privilégios remuneratórios descolados do mercado de trabalho, geradores de desigualdades na distribuição da massa salarial, e disseminados nos três níveis de governo, mas que assumem especial destaque no judiciário, legislativo, Ministério Público e em algumas carreiras de Estado hospedadas no executivo federal. O dinheiro público também escapa pelos dutos da corrução sistêmica, pela má qualidade na elaboração, gestão e execução de políticas públicas e pelos subsídios contidos em programas recentes de apoio aos empresários e a grandes empresas que somaram, em média, R$ 63 bilhões por ano durante o período 2012-2016. Qualquer brasileiro conhece e pode apontar como se gasta muito e sobretudo como se gasta mal apesar de pagarmos impostos em montante equivalente a 36% do PIB. Quanto maior o tamanho do Estado, no contexto de uma cultura politicamente patrimonialista e corporativa, maior tende a ser o desperdício de recursos públicos e irrefreável a tendência para aumentar os impostos. O Estado não gera riqueza, quem produz riqueza são os empresários e trabalhadores. O Estado tributa pessoas e empresas, arrecadando, de um lado, e gastando, de outro para poder prover serviços públicos tais como educação, saúde e segurança. O Estado deve também, como arrecadador e gastador, mediar o conflito distributivo ao se defrontar com os diversos grupos de interesse dentro e fora do setor público que disputam os recursos disponíveis. Quando o Estado gasta mais do que arrecada gera inflação, juros altos, mais impostos e dívida, criando as condições para uma recessão e, por conseguinte, para o desemprego. A história recente indica que é necessário limitar os gastos públicos. O estrago, como visto acima, foi grande e profundo nas contas públicas e na economia. O PIB per capita recuou 9% nos últimos dois anos. A PEC 241 em votação terminal no Congresso Nacional tem esse objetivo. A legislação se propõe a limitar o crescimento do gasto público à inflação do ano anterior medida pelo IPCA. Ou seja, os gastos públicos se manterão constantes em termos reais por 20 anos, sendo permitido a partir do décimo ano uma revisão em cada período de gestão. A medida é dura e polêmica, mas é necessária conhecendo-se o ímpeto irrefreável para gastar do Estado brasileiro. Esse limite nos gastos vai gerar bons desafios para os políticos e para a gestão pública. Os recursos serão agora ainda mais escassos, exigindo a elaboração de um orçamento realista baseado em prioridades e em critérios claros e bem fundamentados para justificar as despesas primárias. O Executivo Federal e o Congresso Nacional vão, ainda mais, ser a arena e o locus do conflito distributivo onde os grupos de interesse incrustados nos diversos nichos do aparelho de Estado vão lutar para defender suas corporações que, aliás, já se manifestaram previamente por meio de questionamentos a PEC 241 realizados pela Procuradoria Geral da República e pelo Superior Tribunal de Justiça. Dois desafios se colocam com a possível aprovação da legislação: ser racional na elaboração e execução do orçamento e enfrentar os grupos de interesse, acostumados à cultura do Estado Pai-Patrão. Se tudo funcionar corretamente muito desperdício será reduzido e muitos privilégios extintos. O gasto terá que ser mais racional e bem focado. Os dois setores – educação e saúde –, que alguns críticos temem que terão seus orçamentos reduzidos, não possuem, de fato, limites exclusivos. Cabe ao Executivo, ao Congresso Nacional em interação com a sociedade civil, na definição das prioridades posicionarem bem esses setores no conjunto dos recursos livres da limitação. Aí teremos o teste da prioridade. Apenas 16% do orçamento federal é gasto com os 45% mais pobres. Os restantes 84% são despendidos com aqueles brasileiros que se situam entre os 55% mais ricos (STN/MF). Os gastos sociais poderão ser preservados e eventualmente ampliados. Um dos méritos da PEC 241 é que ela revelará as verdadeiras prioridades do Estado brasileiro e a força política dos grupos de interesse.

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Confira: 6 concursos e 360 vagas em Pernambuco

Estão abertas as inscrições para seis grandes concursos em Pernambuco, que juntos somam 360 vagas. Os candidatos tem poucos dias para realizar o cadastro e fazer o pagamento para participar da concorrência. Confira as oportunidades. Até o dia 9 de outubro –  processo seletivo da Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES), que preencherá 181 vagas imediatas. Existem vagas para profissionais de nível médio, técnico e superior, nas áreas de: administrador de empresa, assistente de consultório dentário, advogado, assistente social, engenheiro civil, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, médico, nutricionista, odontólogo, psicólogo, professor de educação física, técnico em enfermagem e terapeuta ocupacional. Os salários são de até R$ 7.514,74. Inscrições e informações completas no site www.institutodarwin.org Com inscrições até o dia 17 de outubro, o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) lançou concurso público para técnicos-administrativos. São 27 vagas para profissionais de nível médio e superior, com salários de até R$ 3.868,21. As vagas são para os municípios de Salgueiro, Floresta, Serra Talhada, Petrolina, Ouricuri e Santa Maria da Boa Vista. Inscrições no site: concurso.ifsertao-pe.edu.br/copese. Mais informações no site: http://www.ifsertao-pe.edu.br/index.php/editais?id=2794   Estão abertas as inscrições para concurso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), com 74 oportunidades para concorrentes no ensino médio/técnico e superior, com salários de até R$ 9.114,67. O edital traz vagas para Arquiteto, Arquivista, Engenheiro Elétrico, Engenheiro Civil, Revisor de Texto, Administrador, Técnico em Eletrotécnica, Técnico de laboratório (Eletrotécnica), Técnico de laboratório (Mecânica), Técnico de laboratório (Informática para Internet), Técnico de laboratório (Eletroeletrônica), Técnico de laboratório (Manutenção e Suporte em Informática), Técnico de laboratório (Mecatrônica), Secretário Executivo e Professores de diversas áreas. Para esse processo seletivo foram abertos dois editais, um que tem inscrições encerradas no dia 18 de outubro e o outro no dia 8 de novembro. Confiram os detalhes no site: http://cvest.ifpe.edu.br. Mais informações: concurso@reitoria.ifpe.edu.br ou concurso.docente@reitoria.ifpe.edu.br.   Só vão até o dia 6 de outubro as inscrições para a Secretaria de Administração e Secretaria Estadual de Saúde (SES), que abriu concurso para 11 candidatos de ensino superior nas áreas de Ciências Biológicas/Gestão Ambiental ou Medicina Veterinária, Fonoaudiologia, Enfermagem, Psicologia e Sanitarista, com salários de R$ 3.720. As inscrições acontecem na sede da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Rua Dona Maria Augusta Nogueira, 519, Bongi – Recife). Mais informações sobre a seleção no site www.saude.pe.gov.br . Até o dia 10 de outubro estão abertas as inscrições para o concurso da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As oportunidades são para 63 profissionais de todos os níveis de ensino, com cargos nas áreas de Assistente em Administração, Auxiliar em Administração, Arquivista, Analista de Tecnologia da Informação/área Sistemas, Biólogo, Bibliotecário-Documentalista, Contador, Estatístico, Psicólogo, Auditor, Mestre de Edificações e Infraestrutura, Técnico de Laboratório (áreas: Biologia, Microscopia Eletrônica, Oceanografia, Paleontologia, Topografia), Técnico de Tecnologia da Informação (Governança de TI e Processos, a Segurança da Informação, Sistemas, Suporte ao Usuário, Suporte/Redes), Operador de Câmera de Cinema e TV, Técnico em Contabilidade, Técnico em Eletrônica, Técnico em Som, Confeccionador de Instrumentos Musicais, Técnico em Arquivo, Técnico em Eletroeletrônica,Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais, Técnico em Assuntos Educacionais, Técnico Desportivo, Tecnólogo/formação: Audiovisual, Tradutor Intérprete: Libras, Engenheiro (áreas Civil, Elétrica e Telecomunicações), Físico, Programador Visual, Pedagogo, Fonoaudiólogo, Músico e Nutricionista. A lotação dos profisisonais será em Caruaru ou em Vitória de Santo Antão e os salários vão até R$ 3.868,21. O cadastro dos concorrentes é através do site: www.covest.com.br. Você pode conferir o edital completo no link: http://www.progepe.ufpe.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27&Itemid=114. Até o dia 20 de outubro estão abertas as inscrições para o concurso público do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE). As oportunidades são para cargos de nível médio e superior e os salários variam de R$ 6.071,97 a R$ 9.962,39. As inscrições acontecem no site: www.cespe.unb.br/concursos/tre_pe_16. O edital completo do concurso e retificação pode ser verificado no site: www.cespe.unb.br/concursos/tre_pe_16

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Brasileiros não vislumbram novas lideranças na política

As pessoas não vislumbram novas lideranças que realmente estejam preparadas para deixar uma marca inovadora e positiva na gestão pública. Mesmo que antevendo a eleição presidencial de 2018, conforme sondagem realizada por estudantes e professores do curso de graduação em Ciências Sociais e do Consumo, da ESPM-SP. “Há uma certa preocupação por aproximadamente metade da amostra não vislumbrar qualquer nome que não dos velhos postulantes a cargos eletivos, nome este que esteja realmente preparado para exercer a Presidência da República em 2018, sendo as mulheres mais otimistas neste quesito (58,1%) que os homens (43,3%)”, ressalta Mário René Schweriner, coordenador do curso de Ciências Sociais e do Consumo. Nota-se uma significativa dispersão nos que apontaram seus nomes de preferência: 102 nomes citados, dos quais mais se destacaram: Ciro Gomes (12 menções, mas é um político experiente), Joaquim Barbosa (11), Jair Bolsonaro (10) e Sérgio Moro (9), além de outros 18 nomes de não-políticos mencionados por poucos respondentes. A segunda questão focou as eleições municipais de São Paulo. Instados a apontar “qual dos candidatos a prefeito poderia representar uma virada na política e deixar uma marca realmente inovadora e positiva na gestão pública”, mais de um terço da amostra (38,3%) respondeu nenhum deles, com preponderância feminina (44,8%). A terceira indagação da sondagem buscou “medir o pulso” dos respondentes quanto ao desalento ou esperança de crescimento de mais de 1% do PIB nos próximos anos. Cerca de 76% das pessoas creem que o PIB alcançará esse índice apenas em 2018 ou com o próximo Presidente, em 2019. Ressalta-se que os homens (23,8%) aparentam bem mais otimismo que as mulheres (8,5%), pois apontaram tal crescimento já para 2017. Metodologia O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 19 de setembro, com 415 respondentes, via consulta pela internet. O público respondente teve predominância no sexo feminino (60%). A faixa etária foi dividida em três: até 22 anos (44,1%), de 23 a 39 (25,3%) e mais de 40 anos (30,6%). Os analistas deste levantamento, mais uma vez enfatizam seu caráter de sondagem, sem um valor estatístico generalizante.

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Daniel propõe “fazer funcionar o que já existe”

Daniel Coelho foi o convidado da semana da Rede Gestão. Em debate, realizado na TGI, o candidato do PSDB à prefeitura do Recife fez um diagnóstico dos problemas que considera centrais na cidade, apresentou suas propostas e respondeu questionamentos dos participantes. O prefeiturável fez duras críticas à gestão de Geraldo Julio, que na sua opinião priorizou a realização de grandes construções de novas infraestruturas públicas e não garantiu o financiamento adequado das estruturas educacionais e de saúde existentes. Em vários momentos do debate ele insistiu na tese de que é necessário primeiramente “fazer funcionar o que já existe”. O inchaço da máquina pública e os gastos com custeio foram alvos de críticas do tucano. “Recife tem hoje 30 secretarias, 72 executivas. Não conheço outra cidade no Brasil com essa estrutura política. Está tudo entregue a política”, afirma. Ele usou como exemplo a Secretaria de Enfretamento ao Crack, que possui um orçamento de R$ 1,2 milhão, mas dispõe de apenas R$ 9,5 mil para investimentos. Críticas semelhantes às feitas por Priscila Krause na reunião passada foram repetidas pelo tucano, como o aglomerado de mais de 5 mil cargos comissionados na Prefeitura do Recife e a avaliação de que há um mau gasto na educação, em que cada aluno custa R$ 865 por mês aos cofres públicos. Para educação, Daniel traz a proposta do Programa Pró-creche, em que a mãe irá escolher uma creche para seu filho e a PCR paga até R$ 300 para a unidade de ensino, um sistema semelhante ao Prouni. “É muito mais barato e eficiente que construir creches e administrá-las. Isso dará o reforço para a família num momento muito importante que é a primeira infância”, propõe. Outra proposta para a educação é o investimento em aulas de reforço de português e matemática no contraturno das aulas dos alunos. Questionado pelo consultor Francisco Cunha sobre a continuidade dos projetos Recife 500 anos e o Parque Capibaribe, o tucano respondeu que caso seja prefeito irá manter ambos, mas fez algumas ressalvas. “Sobre o Recife 500 anos, é muito importante pensar no longo prazo. Fazer o planejamento não quer dizer que está sendo colocado em prática. É uma iniciativa importante e precisa ser seguida”. Sobre o Parque Capibaribe, Daniel concorda que o projeto traz uma prioridade para áreas de convívio, mas ele defende que é discutir melhor o projeto com a população dos bairros. “Ouço mais elogios que criticas, mas há algumas insatisfações por parte da população”. O tucano reiterou que a gestão pública do Recife perdeu capacidade de diálogo com a população. Na próxima semana a Rede Gestão receberá o candidato do PV à Prefeitura, Carlos Augusto Costa.  

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