Educação - Página: 10 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Educação

Pernambuco registra aumento no número de ex-detentos no mercado de trabalho

Em um ano, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) conseguiu ampliar as frentes de trabalho para os reeducandos, egressos do sistema prisional, em 36%. De janeiro a dezembro de 2019, o número de ex-detentos no mercado de trabalho aumentou de 852 para 1.161. Além de promover a reinserção social, o objetivo da iniciativa é diminuir a reincidência criminal. Os novos trabalhadores cumprem pena no regime aberto e livramento condicional. Ao todo, 35 empresas públicas e privadas são parceiras do Patronato Penitenciário, órgão ligado à SJDH, que integra do Pacto Pela Vida, e é responsável por acompanhar os apenados. Trinta dias após deixar a prisão, eles se apresentam. No acompanhamento da pena, também podem contar com cursos profissionalizantes, assistência psicossocial e jurídica, além de se cadastrarem em um banco de talentos para vagas de trabalho. Os contratos de trabalho estipulam carga horária de seis a oito horas e oferecem remuneração de um salário mínimo (R$ 1.039). Entre as atividades, estão: limpeza e manutenção de vias urbanas, ajudante de produção, jardinagem, agente administrativo e serviços gerais. Além da responsabilidade social, a iniciativa pode ser um bom negócio. Em média, as empresas privadas e os órgãos governamentais conveniados pouparam quase R$ 10 milhões em 2019. Economia gerada porque os contratos são regidos pela Lei de Execuções Penais, desobrigando os empregadores de encargos trabalhistas como 13° salário, férias e Fgts. De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, toda sociedade ganha com a reinserção dos apenados. “A maioria dessas pessoas atua para melhorar serviços públicos, cuidando da cidade. Assim, não voltam a cometer novos crimes, quebrando um ciclo de violência”, detalha. Seis meses depois de ter deixado a prisão, José Fábio, 48 anos, finalmente conseguiu voltar ao mercado de trabalho. O reeducando integra a equipe de logística do Conorte (concessionária do Grande Recife Consórcio de Transporte). “A essa altura da minha vida, é difícil conseguir trabalho, ainda mais por ser reeducando. Essa nova chance representa minha reconstrução pessoal e familiar”, conta José. Para informações de como contratar egressos, basta ligar no (81) 3182-7678. Fotos: Ray Evllyn / SJDH

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Pernambuco pioneiro na telona

Por Houldine Nascimento e Wanderley Andrade, especial para Algomais O Prêmio do Júri para Bacurau no Festival de Cannes, em maio deste ano, é consequência de um trabalho consistente de cineastas pernambucanos, resultado de toda uma tradição cinematográfica pouco conhecida do grande público. Há quase duas décadas, Pernambuco tem chamado atenção do restante do País e (por que não?) do mundo pela força e peculiaridade de diversas produções audiovisuais. O êxito da sétima arte no Estado, contudo, não é de hoje. Quando o assunto é cinema, o pioneirismo de Pernambuco é evidente já no começo do Século 20, quando as primeiras salas de exibição são instaladas no Recife: inaugurado em julho de 1909, o Pathé foi a primeira sala local. Na década de 1920, os italianos Ugo Falangona e J. Cambiere desembarcam na Veneza Brasileira com o cinematógrafo. Mais adiante, a dupla funda a produtora Pernambuco Film, que repassa toda a estrutura para a Aurora-Film, fundada por Ary Severo, Edson Chagas e Gentil Roiz. Não por acaso, o trio se sobressaiu na produção audiovisual pernambucana naquele momento. “Ary Severo tinha voltado da Europa, viu o cinema acontecendo, e isso fez com que ele se juntasse a Gentil Roiz, um ourives apaixonado por cinema, e Edson Chagas. Daí eles resolveram produzir filmes”, ressalta o pesquisador e cineasta Alexandre Figueirôa. Posteriormente, o ator e diretor sergipano Jota Soares se junta a esses três nomes. Era um período em que a capital pernambucana transbordava modernidade, conforme pontua Figueirôa: “Havia bonde elétrico, iluminação nas ruas. Era um boom desenvolvimentista e o cinema, de certa forma, é uma invenção da modernidade. Então, fazer cinema naquele momento era algo inovador, diferente. Isso foi uma das motivações.” Nesse contexto, surgiu o que se convencionou chamar Ciclo do Recife (1923-31), quando 13 longas-metragens foram produzidos no Estado. As primeiras produções do movimento sofriam forte influência do cinema estadunidense, hegemônico no mundo. Eram obras com personagens bem demarcados, numa relação maniqueísta, com temáticas que envolviam amor, dignidade e honra. O primeiro filme do ciclo é Retribuição (1924), de Gentil Roiz. Na trama, Edith Paes (Almery Steves) recebe como herança de seu pai um mapa do tesouro. Um ano depois, ajuda um desconhecido enfermo (Barreto Júnior). Uma quadrilha planeja roubar sua fortuna, mas a heroína recebe a ajuda do mocinho para que isso não aconteça. Na equipe de produção, Ary Severo foi o assistente de direção, enquanto Edson Chagas assinou a direção de fotografia e Jota Soares o auxiliou na função. A recepção do público foi positiva. A este filme, seguiram-se Um ato de humanidade (1925), produção de propaganda que promoveu a estreia de Soares como ator, e Jurando vingar (1925), dirigido por Severo. O terceiro filme do Ciclo do Recife já não foi recebido com muito entusiasmo. Pelo contrário: a ausência de cor local acabou despertando críticas de quem acompanhava com afinco a sétima arte. “Esses realizadores faziam filmes inspirados no que eles viam, produções sobre aventura e norte-americanas, sobretudo. Algumas pessoas dos jornais e que acompanhavam cinema reclamavam que os filmes não tinham elementos da cultura nordestina e pernambucana”, comenta Alexandre Figueirôa. Dessa cobrança para refletir a cultura pernambucana na tela grande, nascem, em 1925 e 1926, as duas produções do movimento com maior destaque: Aitaré da praia, de Gentil Roiz, e A filha do advogado, de Jota Soares. A primeira traz imagens de pescadores e jangadas no litoral do Estado, já a segunda evidencia o urbanismo recifense, suas pontes, casarios e o vai e vem de automóveis. A filha do advogado foi além das divisas de Pernambuco e chegou a ser exibido em cidades como Belém, Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. A crítica acolheu bem o filme. Na extinta revista Cinearte, houve o seguinte registro: “Digam o que quiser os invejosos e despeitados, mas a estréa (sic) do Jota como director (sic) não podia ser melhor. A photographia (sic), embora não esteja isenta de falhas, é a melhor vista em films (sic) pernambucanos. Quanto ao conjunto de intérpretes agradou plenamente.” Mesmo com essa trajetória de prestígio, os custos da produção foram altos e levaram a Aurora-Film à falência. Outras produtoras surgiram: Olinda-Film, Planeta-Film, Veneza-Film e Vera Cruz-Film. Produção da Liberdade-Film, No cenário da vida (1931), com direção de Jota Soares e Luiz Maranhão, marca o desfecho do prolífico Ciclo do Recife. O advento do som no cinema foi determinante para que o movimento formado por filmes mudos chegasse ao fim, como revela o diretor e pesquisador Paulo Cunha: “Na década de 1930, há uma quebra (na realização de filmes) por causa da tecnologia do cinema sonoro, que demorou a chegar aqui. Isso fez com que os produtores brasileiros ficassem incapacitados de acompanhar esse tipo de produção.” Apesar dessa ruptura, Cunha atenta para o vanguardismo local. “Em várias outras cidades do Brasil, o cinema é muito posterior. Um exemplo muito simples disso é que o primeiro longa-metragem de ficção feito no Recife é datado de 1923 (referindo-se a Retribuição). Já o primeiro longa de Salvador, na Bahia, foi produzido no final dos anos 1950. Daí vemos como o Recife foi pioneiro no processo de adoção do cinema como forma de expressão”, analisa. NOVO CICLO A vocação para o audiovisual também passa pelo Movimento Super-8, nos anos 1970. O novo ciclo é considerado uma espécie de renascimento do cinema pernambucano. Além de Paulo Cunha, fizeram parte dessa geração nomes como Geneton Moraes Neto (Esses onze aí, codirigido com Cunha), Fernando Spencer, que se preocupou em documentar episódios importantes do cotidiano local (Trajetória do frevo e Valente é o galo são alguns exemplos) e em resgatar a história do Ciclo do Recife (Almeri & Ari, Estrelas de celuloide, História de amor em 16 quadros por segundo); e Jomard Muniz de Britto com trabalhos experimentais. Um desses trabalhos de Jomard é O palhaço degolado (1976), alegoria apoiada numa perspectiva de um palhaço que encena uma prisão existencial e evoca, através de uma narrativa exagerada, nomes da cultura nordestina como Ariano Suassuna e Gilberto Freyre. O movimento vanguardista

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Você é um cidadão pleno?

A Revista Algomais realizou uma pesquisa online no Instagram com o objetivo de entender o grau de consciência cidadã dos recifenses e moradores da região metropolitana, que são a maioria dos seguidores das nossas redes sociais. Fizemos 10 indagações sobre seus hábitos no espaço público e conversamos com uma especialista para analisar os resultados. Jogar lixo nas ruas, estacionar nas calçadas ou em vagas de deficientes físicos e furar fila são algumas das questões desse levantamento, que foi realizado com 113 pessoas no mês de agosto deste ano. “Quando as pessoas admitem que usariam a vaga de estacionamento de um idoso ou deficiente, param numa faixa de pedestres ou passam um sinal de trânsito fechado, vemos que estamos diante de um cenário desafiante. Falta um olhar mais cuidadoso de se colocar no lugar do outro. Há uma ausência dessa dimensão de cidadania e de coletividade que precisa ser construída”, afirmou Mariana Lyra, integrante do Observatório do Recife, que trabalha na área de desenvolvimento social há mais de 14 anos e é mestre em gestão do desenvolvimento local sustentável. A segurança das pessoas no trânsito, a limpeza das ruas, a fluidez dos deslocamentos nas calçadas ou mesmo nas avenidas não dependem só do poder público. Pequenas ações do cotidiano da população no volante, caminhando no espaço público ou mesmo em ambientes privados podem colaborar para os desconfortos diários que vivemos em grandes cidades, como no Recife. Acelerar para passar no semáforo que está se fechando é uma prática admitida por 39% dos respondentes da pesquisa, por exemplo. A maioria das pessoas que participou da enquete, porém, admitiu a adoção de práticas urbanas que contribuem para o bem-estar na cidade. Um total de 86,3% dos respondentes afirmou que “param para a passagem de pedestres na sua faixa, mesmo que não haja semáforo”. Outro número positivo no trânsito foi o de que 82% das pessoas negaram “parar em fila dupla ao perceber que a pessoa que irá buscar está perto da saída”. Mariana Lyra avalia que no seu cotidiano, como pedestre e usuária de transporte público, ela não observa algumas dessas práticas positivas levantadas na enquete. “Fiz uma escolha há alguns anos, não tenho carro e me locomovo muito a pé. Ou utilizo transporte público e Uber. No meu dia a dia não percebo esses 86% que param para os pedestres. Quando olhamos para o Código de Trânsito e para o Plano Nacional de Mobilidade, a prioridade é o pedestre. Mas na realidade, há um comportamento individualista muito forte ainda”, comenta. Outras boas práticas sinalizadas na pesquisa da Algomais também são bem difíceis de acreditar quando observamos a sujeira e o barulho nas vias da cidade do Recife. Apenas 1,8% dos participantes da enquete, por exemplo, admitiram jogar lixo na rua quando não há lixeira por perto. E somente 4% informaram que não pensam nos vizinhos, ou passantes, quando desejam aumentar o volume do seu aparelho de som. “Nas redes sociais, quando as pessoas são identificadas, há uma dificuldade dos internautas de admitirem algumas práticas que são incorretas e que prejudicam a própria rotina da cidade. Esses indicadores podem apontar também um nicho de público mais consciente que acompanham as publicações dos nossos canais”, afirmou a publicitária Débora Seabra, que foi a responsável pela execução do Quiz Cidadania e trabalha na gestão e monitoramento das redes sociais da Revista Algomais. Para Mariana Lyra a reversão desses comportamentos urbanos, em direção à prática de uma cidadania plena é um desafio a ser superado. “Na perspectiva de Milton Santos (famoso geógrafo já falecido), quando discutimos cidadania, estão contempladas as garantias dos direitos. Ele traz uma perspectiva de cidadania plena, dentro de um contexto de intensa desigualdade social, e defende os direitos sociais, econômicos e ambientais. É desafiador discutir o respeito aos direitos do outro de forma integral. No caso brasileiro, isso ainda é uma utopia. Para mudar esse cenário, temos que investir em momentos de encontros para refletir coletivamente sobre o que está acontecendo e alimentar o debate para construir uma perspectiva de futuro pensando no melhor para a cidade”.  

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App permite ao eleitor acompanhar o parlamentar

Não tem sido fácil ao eleitor atuar politicamente em tempos de discussões tórridas e polarizadas na internet. E, diante de tanta fake news e denúncias de corrupção, muitos se desiludem com políticos a ponto de viralizar na WEB frases como “não me representam”. Com o intuito de intervir nesse clima de radicalização e descrença, o movimento Poder do Voto lançou um aplicativo que permite ao cidadão acompanhar o desempenho do deputado e senadores nos quais votou. “As redes sociais estão transformando a política. Nossa intenção com o app é proporcionar ao eleitor ter clareza da representação política e auxiliar na construção de um ambiente político saudável que melhore as condições de vida do País”, anunciou Paulo Dalla Nora integrante do movimento Política Viva e cofundador do Poder do Voto. Durante palestra realizada na reunião da Rede Gestão de novembro, Dalla Nora explicou que o app permite ao usuário se posicionar se é contra ou a favor de projetos de lei a serem votados na Câmara e no Senado. Também possibilita verificar como votaram os parlamentares que elegeu. “Cada pessoa pode seguir um deputado e até três senadores”, salienta. Dessa forma, é possível ao eleitor constatar o seu nível de sintonia com os políticos que está seguindo no aplicativo. O app oferece um ranking dos deputados e senadores que apresentam uma maior convergência com o usuário. “Quando elegemos um deputado ou senador, damos uma procuração para ele. Por meio do app acompanhamos como ele está usando essa procuração. Isto porque o aplicativo armazena os votos e disponibiliza o histórico de como votamos e como os políticos que seguimos votaram”, informa Dalla Nora. Deputados e senadores, por sua vez, recebem informações diárias sobre como as pessoas que os seguem se posicionam sobre os projetos de lei. Todo o funcionamento do Poder do Voto baseou-se em contrapor características das redes sociais que, segundo Dalla Nora, acabaram influenciando de forma negativa a política, desrespeitando os princípios da democracia liberal. É o caso, por exemplo, das fakes news. Pesquisa do Instituto Ipsos mostrou que o Brasil é a nação que mais acredita em mensagens falsas divulgadas pela WEB. “Elas têm 70% mais chances de viralizar”, adverte Dalla Nora. Analistas, segundo o cofundador do Poder do Voto, apontaram existir uma ação estruturada para inundar as redes sociais de falsas informações para confundir as pessoas. Uma articulação que fez com que um em cada seis norte-americanos tenham dúvidas se a Terra é redonda e também influenciou votações como a do Brexit, no Reino Unido. O surpreendente é que não basta checar a veracidade da notícia e alertar o público de que se trata de uma inverdade. “Há tanta desinformação que este fact checking acaba dando a ideia de que, se tudo é sempre mentira, não confie em nada”. Por isso, o aplicativo em vez de desmentir as fake news, oferece a opinião de 14 entidades e organizações de matizes ideológicos diferentes, como OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Folha de S. Paulo e Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) sobre os projetos de lei. “É uma maneira de ajudar as pessoas a conhecerem melhor o conteúdo das matérias a serem votadas a partir de uma opinião mais qualificada”. O usuário pode enviar mensagens para os políticos que segue, mas não há espaços para comentários entre usuários, o que evita a disseminação de fake news e polêmicas. O objetivo, segundo Dalla Nora é combater a intolerância e a polarização, dando vazão ao princípio da democracia liberal de que nenhuma vitória é definitiva. “O político que a pessoa segue pode não votar 100% com o que ela acha correto, mas pode haver uma convergência em boa parte das votações”, pondera. Com 60 mil usuários ativos, o aplicativo já recolheu 350 mil votos e colocou em votação 80 projetos de lei. “Crescemos uma média de mil seguidores por semana”, comemora Dala Nora. “O primeiro serviço que oferecemos é lembrar para as pessoas em quem elas votaram, já que 89% não lembram quem eram os seus candidatos. O segundo, é saber o que está sendo votado na Câmara e no Senado, a gente só sabe os grandes assuntos, como Previdência, prisão em segunda instância, etc. O terceiro é saber como o deputado e o senador que a pessoa elegeu estão votando”, resume Dalla Nora.  

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Primeiro grupo só de mulheres estreia no 25º Encontro de Cavalo Marinho

A cultura popular também é espaço de afirmação da força e do protagonismo feminino. Essa é a mensagem que a Família Salustiano passa com a criação do primeiro grupo de Cavalo Marinho composto apenas por brincantes mulheres: o Flor de Manjerona, que estreia no próximo dia 25 de dezembro, abrindo a 25ª edição do Encontro de Cavalo Marinho, na Casa da Rabeca. O evento reúne ainda outros grupos pernambucanos do folguedo, a partir das 18h, com acesso gratuito. Fundado em julho de 2019 pelas irmãs Moca Salu (Imaculada Salustiano), Mariana Salustiano, Betânia Salustiano e Bia Salu (as Salustianas), o Flor de Manjerona reúne 17 mulheres e 6 crianças que usam a poesia, a música e o movimento para dar vida ao primeiro Cavalo Marinho de mulheres do Brasil. A ideia é empoderar as mulheres brincantes que partilham o sonho de atuar de maneira igualitária aos homens nesta manifestação que nem sempre lhes foi acessível. “No nosso universo, o protagonismo sempre foi do homem. No começo, a gente ficava só olhando e desejando, até que, na década de 1990, começamos a substituir brincantes faltosos e passamos a ocupar cada vez mais espaço”, lembra Imaculada. Para Mariana Salustiano, a estreia do grupo representa a culminância de uma trajetória de crescimento no universo da cultura popular e de busca pela representatividade feminina. “Esse momento é de realização de um grande sonho das Salustianas, sempre foi um desejo nosso”, afirma. Se dividindo entre o banco, a galantaria e as diversas figuras do folguedo considerado uma das expressões populares mais complexas do Brasil, as mulheres do Flor de Manjerona atuam em todos os papéis, da Rabeca (um dos principais instrumentos do banco), até personagens como o Mestre Ambrósio, o Capitão Marinho e o Vaqueiro. Também se apresentam no 25º Encontro de Cavalo Marinho os grupos Boi Matuto e Boi da Luz, ambos de Olinda, além do Estrela de Ouro, Estrela Brilhante e Boi Pintado, de Condado. O evento integra o calendário de festejos capitaneados pelos filhos e netos para manter o legado de Mestre Salu, um dos maiores símbolos da resistência da cultura popular do nosso Estado, falecido em 2008. Este ano a iniciativa conta com apoio da Fundarpe, da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e da Prefeitura de Olinda. CAVALO MARINHO - Variação do Bumba-Meu-Boi, o Cavalo Marinho é típico da Zona da Mata nordestina e tem relação próxima com a religiosidade local, atingindo seu ápice na época natalina. Com performances que envolvem música, teatro, coreografias e falas improvisadas, e prestam homenagem aos Reis Magos, que na tradição cristã teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo presentes para a criança. CICLO NATALINO – O Encontro do dia 25 de dezembro marca o ciclo de comemorações natalinas da Casa da Rabeca, e é realizado pelo espaço desde 1995, por iniciativa do Mestre Salustiano, uma das mais emblemáticas personalidades da cultura popular do Estado. O ciclo encerra com a festa do Dia de Reis, em 6 de janeiro, também a partir das 18h, embalado pelo ritmo, as cores, os personagens do reisado. SERVIÇO 25º Encontro de Cavalo Marinho Quando: Quarta-feira, 25 de dezembro de 2019 Onde: Casa da Rabeca (Rua Curupira, 340, Cidade Tabajara – Olinda/PE) Horário: 18h Entrada e estacionamento gratuitos Mais informações: 3371-8197

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Funcionamento do comércio para o Natal

Horários para terça-feira (24/12/2019) e quarta-feira (25/12/2019) Centro e bairros Nesta terça-feira, as lojas do Centro e bairros funcionarão normalmente, das 9h às 17h, podendo se estender um pouco mais. Já na quarta-feira, 25 de Dezembro, as lojas estarão fechadas. O funcionamento é facultativo de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho 2019/2020. Shoppings RMR Shopping Recife Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 18h. Quarta-feira (25/12/2019): Lojas fechadas. Alimentação e lazer – Facultativo, das 12h às 21h. Shopping Tacaruna Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 18h; BIG Bompreço, das 7h às 20h. Quarta-feira (25/12/2019): Lojas e BIG Bompreço – Fechados; Alimentação e lazer – Facultativo, das 12h às 21h; Cinema, a partir das 13h. RioMar Shopping Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 18h. Quarta-feira (25/12/2019): Lojas e Quiosques – Fechados; Alimentação e lazer – Facultativo, das 12h às 20h. Plaza Shopping Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 19h. Quarta-feira(25/12/2019): Lojas fechadas; Alimentação e lazer – Facultativo, das 12h às 21h. Shopping Boa Vista Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal; das 8h às 18h. Quarta-feira (25/12/2019): Lojas fechadas; Game Station, das 11h às 19h; Alimentação – Facultativa, das 11h às 19h; Cinema, conforme programação. Patteo Olinda Shopping Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 18h. Quarta-feira(25/12/2019): Lojas e operações de serviços – Fechadas; Alimentação e lazer, das 12h às 21h. Paulista North Way Shopping Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 18h, com a praça de alimentação até às 19h. Quarta-feira (25/12/2019): Lojas fechadas; Alimentação e Parks & Games, das 12h às 21h; Cinema, conforme programação. Shopping Guararapes Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 19h.* Quarta-feira (25/12/2019): Lojas fechadas; Alimentação e lazer – Facultativa, das 12h às 21h. * *Europa Câmbio e Hope, funcionarão conforme os seus horários. Camará Shopping Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 9h às 18h. Quarta-feira (25/12/2019): Lojas e Alimentação – Fechadas; Cinema, conforme programação. Shopping Costa Dourada Terça-feira (24/12/2019): Lojas e Alimentação., das 9h às 18h; Arco-Vita, das 8h às 20h. Quarta-feira (25/12/2019): Lojas e Arco-Vita – Fechados; Alimentação, das 12h às 20h; Cinema, conforme programação. Paço Alfândega Terça-feira (24/12/2019): Funcionamento normal, das 10h às 17h. Quarta-feira (25/12/2019): Fechado.

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Turnê de François Moïse Bamba traz a contação de histórias africanas para Pernambuco

Uma atividade lúdica que tem a capacidade de encantar. A arte de contar histórias é uma das práticas mais remotas da humanidade. Contá-las é uma forma de preservar culturas, valores e conhecimentos. E é com um repertório cheio que François Moïse Bamba chega a Pernambuco. No Brasil pela quarta vez, o ator natural do Burkina Faso (país no Oeste da África) é reconhecido pelo mundo como “o ferreiro contador”. Após passar por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará, a turnê do artista espalha a arte da contação com apresentações, oficinas e intercâmbio cultural no Sertão do Pajeú e Região Metropolitana do Recife. A programação do artista no Estado iniciou ontem (18), no Centro Cultural Grupo Bongar, na Xambá, em Olinda, com apresentação de espetáculo de contos. No dia 21 de dezembro, o artista propõe um dia de vivência junto à natureza, em Aldeia (Camaragibe). O encontro é formatado com um passeio na mata embalado por contação de histórias, almoço, vivência e bate-papo. Acompanhando o contador, estará presente na turnê a artista Laura Tamiana, que além da tradução, é quem organiza a vinda e a circulação do artista no Brasil. A tradução é feita como parte da cena, ambos os artistas contando juntos. Tudo é traduzido no momento, sem preparo prévio, já que François carrega um repertório de contos tradicionais do Burkina Faso, dentro dos quais escolhe as histórias que serão contadas na hora da apresentação de acordo com sua percepção do público presente. “Não posso saber antes o que vou contar, porque para mim são momentos de troca, de conversa. Preciso ver o público, sentir o público. Nesse momento, os contos se posicionam no meu espírito, na minha boca, com uma maneira de dizê-los”, conta François. O momento de mais imersão nas terras pernambucanas será em janeiro de 2020, durante o projeto “Do Burkina Faso a terras quilombolas – um encontro pela oralidade”, no sertão do Pajeú. O intercâmbio será entre o artista e a comunidade quilombola Abelha, em Carnaíba, terra conhecida por sua forte oralidade através da poesia no sertão pernambucano. Serão oito dias de atividades de visita, encontros, bate-papos, partilhas de saberes, momentos de contos, oficina em torno da oralidade e um momento de encerramento aberto ao público com apresentações de François e dos grupos locais, além de um palco aberto a artistas da região. O projeto tem o incentivo do Funcultura. A circulação do artista no Brasil tem a produção da Terreiro Produções (PE), produtora de Laura, em parceria com a companhia Les Murmures de la Forge, de François. Em 2018, a turnê no Brasil contou com 23 apresentações e 11 oficinas e conferências. Nesta de 2019 são 26 apresentações e 15 oficinas e conferências. Durante a circulação, a dupla de artistas faz também a divulgação do Festival Internacional dos Patrimônios Imateriais, organizado por François no Burkina Faso e que tem Laura como colaboradora e cocuradora da edição 2020. Essa próxima edição acontecerá de 12 a 25 de março de 2020 e terá as culturas brasileiras como culturas internacionais convidadas. O festival propõe uma imersão de duas semanas no patrimônio imaterial do Burkina e suas etnias, com um modelo que oferece ao público internacional diferentes pacotes para cuidar de toda a estadia dos interessados em vivenciar essa imersão. François e Laura trabalham em parceria desde 2017, concebendo e desenvolvendo atividades artísticas e culturais, que têm por objetivo criar espaços de encontro e intercâmbio entre seus países e suas culturas. Encontrando-se por meio de seus fazeres artísticos, no festival FETEAG em Recife, os dois se reconheceram na importância que dão ao encontro e às trocas interculturais. “Elas nos permitem nos conhecermos melhor, a nós mesmos e aos outros, e o encontro é gerador de vida, é através dele que podemos viver bem juntos", pontua Laura. Os artistas dão ao conjunto de suas atividades realizadas em parceria o nome de Ba-kô, que na língua Bambara significa “as costas da mãe”, simbolizando a descoberta do mundo a partir de um lugar de acolhimento; “cuidado”, já́ que é nas costas que as mães africanas carregam suas crianças e “do outro lado da margem”, que simboliza ir ao encontro do outro. FRANÇOIS MOÏSE BAMBA O contador de histórias e ator do Burkina Faso foi iniciado na arte do conto por seu pai e criado em estreita relação com a tradição da cultura e da arte griot. Credita sua formação artística principalmente a Hassane Kouyaté, Habib Dembélé e Jihad Darwiche. Coletou e reescreveu contos do Burkina Faso, alguns deles dando origem a CD, DVD e livros publicados na França. Hoje é reconhecido internacionalmente por seu trabalho e viaja o mundo inteiro. Desde 2003, participou de festivais, na França, no Niger, Egito, Djibouti, Congo, Québec, Martinica e outros. Foi por diversos anos diretor artístico do festival Yeleen, no Burkina Faso, diretor artístico e cultural da Maison de la Parole (Casa da Palavra) e coordenador geral da rede internacional de contadores de histórias da África do Oeste Afrifogo. Realiza em seu país o Festival Internacional dos Patrimônios Imateriais, que a cada edição propõe um mergulho em uma das 65 etnias do Burkina Faso. LAURA TAMIANA Artista e produtora brasileira. Diplomada em Cooperação Artística Internacional pela Universidade Paris 8, na França. Suas criações e projetos propõem diálogos entre as artes visuais, a música, as artes da cena e as artes tradicionais e tem por motivação criar circunstâncias de encontro: de cada um consigo mesmo, entre as pessoas, entre diferentes contextos e culturas, com questões em torno da identidade, pertencimento afetivo e propósito de vida. Em seus mais de vinte anos de carreira, tem grande experiência como diretora de produção e gestão de projetos culturais. Como artista visual, realiza os projetos Retrato: substantivo feminino, um projeto audiovisual com mulheres ligadas a culturas tradicionais; e Céu e Terra, um diálogo entre as artes visuais e a Permacultura. SERVIÇO Vivência, oficina e bate-papo: “Na escuta da natureza” 21/12, 9h às 17h Proposta: Um passeio contado com histórias e músicas ao longo de uma pequena caminhada

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Mostra artística e campanha em prol das Aldeias Infantis

O Hotel Ramada, em Boa Viagem, movimenta exposição fotográfica e artística de dois profissionais, Lívia Neves e Rafa Mattos, nesta quinta-feira, dia 19, a partir das 19h. Apesar dos dois serem fotógrafos, cada um teve um papel diferente nessa mostra intitulada Transformação do Olhar. Lívia fez os registros das crianças da ONG Internacional Aldeias Infantis SOS Brasil, na Região Nordeste e Rafa, as intervenções artísticas nas fotos, utilizando frases do fundador da organização, o austríaco Helman Gneimer. De acordo com a Gerente de Eventos do Ramada, Wanessa Lima, receber essa exposição é um privilégio. “ Essa mostra faz parte da campanha Doe Amor, da Organização Internacional Aldeias Infantis SOS Brasil, para que mais pessoas conheçam o trabalho importante desenvolvido em prol das crianças e adolescentes e se torne um doador do Projeto. Essa exposição é o início de uma parceria maior em 2020 com as Aldeias Infantis e com Rafa Mattos focada em profissionalização para as crianças e os pais das mesmas, tentando acolhê-los no Hotel, para que eles tenham uma oportunidade. Inclusive o Hotel Ramada, também foi a primeira empresa a se tornar uma doadora e colaboradora dessa organização incrível. Abrigando essa exposição aqui, esperamos conseguir muitos doadores entre os nossos hóspedes”, salienta. Segundo Joanna Sultanum, coordenadora de Relações Institucionais no Nordeste das Aldeias Infantis, essa Organização Internacional já existe há 70 anos e, há 52 anos, atua no Brasil estando presente em 10 Estados, mais o Distrito Federal, e beneficiando cerca de 11 mil pessoas. A ONG Internacional teve início no pós guerra para acolher crianças órfãs. Uma casa com cerca de dez crianças, era comandada por uma cuidadora que fazia o papel de mãe de família. Na década de 90, as Aldeias Infantis ganharam outras áreas de atuação focando no fortalecimento familiar e comunitário e atuando para prevenir a violência familiar contra as crianças para que as mesmas não se tornassem vítimas da vulnerabilidade social. Presente em Recife, Igarassu, Paulista e Araçoiaba, o projeto atende no Estado cerca de 800 pessoas. ”Nós oferecemos além do acolhimento, atividades artísticas e de complemento escolar, desenvolvimento de competências e sócio emocional e empregabilidade para inserção de jovens ao mercado de trabalho”, enfatiza. Hoje as Aldeias Infantis vivem de recursos públicos conveniados com o município no quesito acolhimento e, para o desenvolvimento das demais atividades, de recursos de empresas e cerca de 15 mil doadores. SERVIÇO: Exposição Transformação do Olhar- Sobre a Organização Aldeias Infantis SOS Brasil Quando : quinta-feira(19), a partir das 19h Onde: Hotel Ramada, Av. Visconde de Jequitinhonha, 1228, Boa Viagem Informações: 81. 3127.5719

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Prefeitura do Recife promove Jornadas para celebrar a tradição do pastoril

Em honra e graça a uma das mais antigas tradições culturais do Nordeste, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, realiza, até o próximo dia 19 de dezembro, o Projeto Jornadas para Celebrar, que promoverá encontros entre pastoris de diversas regiões da cidade, para fortalecer a tradição em suas geografias nativas. O objetivo das Jornadas, que integram o Ciclo Natalino do Recife, é promover a comunhão dos brincantes com suas próprias comunidades e também com outros grupos e outras localidades, para fortalecer a tradição em toda a cidade. Amanhã (13), o Pastoril Giselly Andrade comandará a brincadeira, convidando os pastoris Lindas Ciganas, Vovó Alzira e Estrela do Mar para a jornada, que será realizada na Rua Dr. Pereira da Silva, na altura do número 87, em Água Fria, a partir das 18h30. No dia 15, o Pastoril Sol Nascente receberá os brincantes do Estrela Brilhante, Viver a Vida e Jardim da Alegria, a partir das 18h, na Rua Pompeia, na altura do número 462, em Água Fria. O derradeiro encontro será no dia 19, em Santo Amaro, onde o Pastoril Tia Mariza receberá o Tia Nininha, o Tia Nininha 3ª idade e o Campinas Alegres, a partir das 19h. As jornadas encerram um processo de renovação e valorização da tradição dos pastoris, que começou no último mês de outubro, com a realização do Seminário sobre o Pastoril Religioso, também promovido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, na Casa do Carnaval, no Pátio de São Pedro.

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Aceleradora pernambucana investirá até 100 mil reais em startups

O centro de inovação da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, Overdrives, está com inscrições abertas para o 3º Batch de Aceleração. As startups interessadas em participar da seleção terão até o dia 12 de janeiro para submeter os seus projetos no site www.overdrives.com.br. O programa de aceleração da Overdrives tem como objetivo atrair startups com potencial de sucesso e auxiliá-las em seus desenvolvimentos. As startups terão um aporte financeiro de até 100 mil reais, com um retorno de até 14% em ações para o Centro de Inovação. Além do investimento, as startups terão acompanhamento presencial, capacitação profissional e conexão com o mercado de um grupo de startups. “A combinação de metas, acompanhamento intenso, horas de conhecimento técnico compartilhado, escritório aberto, investimento e conexões facilitadas com o mercado fazem do programa de aceleração Overdrives uma etapa estratégica na jornada das startups”, explica o head do Centro de Inovação, Luiz Gomes. Com uma metodologia ativa, o programa de aceleração da Overdrives auxilia nas tomadas de decisões estratégicas, na criação de uma operação forte e na conexão com uma rede mentores experientes em áreas fundamentais para o desenvolvimento de startups. Até o momento, o Centro de Inovação já acelerou 10 startups selecionadas nos dois primeiros ciclos.

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