Z_Exclusivas - Página: 353 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Eólica cresce 38% no primeiro trimestre

Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE mostram que a produção das usinas eólicas do Sistema Interligado Nacional – SIN aumentou 38% nos três primeiros meses de 2016. Entre janeiro e março, a geração de energia eólica alcançou 2.337 MWmédios frente aos 1.699 MWmédios produzidos no mesmo período do ano passado. A capacidade instalada da fonte saltou de 6.011 MW em março de 2015 para 8.796 MW no mesmo período deste ano, incremento de 46%. Em março, o SIN possuía 345 empreendimentos eólicos em operação. Na análise da geração por estado, o Rio Grande do Norte segue como maior produtor de energia eólica com um total de 855,5 MWmédios entregues em março, aumento de 75% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece a Bahia com 601 MWmédios (+80,5%) produzidos, o Rio Grande do Sul com 477 MWmédios (+67%) e o Ceará com 434 MWmédios (+97,5%). No ranking nacional de geração eólica, Pernambuco apareceu na sexta posição nacional, com produção de 90 MWmédios. Os dados sobre a capacidade instalada também apontam o Rio Grande do Norte na liderança com um total de 2.661 MW, aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece a Bahia, que subiu da 4ª para a 2ª posição no ranking, com 1.720 MW (+79%). Os estados do Ceará com 1.615,5 MW (+24%) e Rio Grande do Sul com 1.515 MW (+32%) ocupam a 3ª e 4ª posições, respectivamente. No ranking da capacidade instalada, Pernambuco também aparece no TOP 10, com a sétima colocação, com 192 MW de capacidade instalada.

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ONU combate pobreza em áreas rurais do NE

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência da ONU especializada em desenvolvimento rural, lançou  em Brasília uma estratégia para auxiliar o governo brasileiro na luta contra a pobreza no campo. A Fida vai expandir sua atuação no Brasil e investir em dois projetos com foco na expansão da agricultura familiar na região Nordeste. As áreas escolhidas foram as regiões de transição para a Floresta Amazônica, no Maranhão, e a de Mata Atlântica, em Pernambuco. Os dois novos projetos estão atualmente em fase de elaboração. O projeto no Maranhão deve ser aprovado até o fim de 2016 e o de Pernambuco em 2017. A estratégia do fundo se baseia em estudos da Fida e do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Pobreza Os estudos indicam que a pobreza e a extrema pobreza são maiores nas áreas rurais do Brasil e destacam o papel da agricultura familiar na redução da extrema pobreza nessas regiões. O estudo Perfil da pobreza: Norte e Nordeste rurais lembra que, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a diminuição do número de pobres no país entre 2004 e 2013 caiu de 20% para 9% da população e a porcentagem de pessoas extremamente pobres passou de 7% para 4%. Os números são atribuídos à expansão do mercado de trabalho e aos programas de transferências de renda, em especial o Bolsa Família. Mesmo com a queda, o país segue com mais de 18 milhões de pobres. Os números também mostram que essa redução estagnou nos últimos anos. Entre 2012 e 2013 a extrema pobreza aumentou ligeiramente e a pobreza ficou estável, fatos atribuídos a deterioração do mercado de trabalho e a situação fiscal que o país enfrenta e que impacta o gasto social. O estudo informou ainda que, ao mesmo tempo em que a pobreza diminuiu, muitos aspectos continuaram iguais, como a distribuição geográfica da pobreza, que continua concentrada no Norte e no Nordeste, e que, em todas as regiões, as áreas rurais são as mais pobres. FIDA A FIDA financia projetos que objetivam a promoção da agricultura familiar, o aumento da capacidade produtiva e a geração de renda dos pequenos agricultores, além de facilitar o acesso dessas pessoas a serviços como financiamento rural e assistência técnica, com destaque para tecnologias sustentáveis. De acordo com o Fundo, o Brasil apresenta a maior carteira de operações financiadas pelo FIDA na América Latina e no Caribe. Desde 1980, foram financiados 11 projetos de desenvolvimento rural no país. Há seis projetos em operação atualmente nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte, beneficiando mais de 250 mil famílias. Esses projetos somam um investimento total de US$ 452.9 milhões, sendo US$ 164,2 financiados pelo FIDA, US$ 212.4 milhões de governos estaduais e federal e US$ 76.3 milhões financiados pelas famílias beneficiadas. (Agência Brasil)

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Porto de Suape registra novo recorde

O Porto de Suape bateu novo recorde de cargas movimentadas em um único mês. Em abril deste ano, foram embarcadas e desembarcadas mais de 2,25 milhões de toneladas de mercadorias. O número supera em 332 mil toneladas a última melhor marca alcançada em junho do ano passado, quando passaram por Suape 1,92 milhões de toneladas. No quadrimestre, a movimentação alcançou 7,07 milhões de toneladas de cargas. O número registra o crescimento contínuo dos granéis líquidos na liderança entre os produtos que passaram por Suape, que representam 5,2 milhões de toneladas desse montante devido à movimentação de óleo diesel, GLP (gás de cozinhas), óleo combustível, álcool, gasolina, querosene de aviação, entre outros. O aumento também foi registrado na movimentação de carga geral, que fechou os primeiros quatro meses do ano com 76,6 mil toneladas, mais de 10 mil toneladas que o mesmo período do passado. Este incremento deve-se, principalmente, à exportação de veículos, intensificada de janeiro a abril e atribuída à montadora Fiat Chrysler Automobiles (FCA), que recebe e exporta pelo Porto de Suape, e ao Centro de Distribuição da Toyota, instalado no Complexo. Ao todo, foram registrados 12.513 carros entrando em saindo do país pelo Porto de Suape, enquanto que, no mesmo período do ano passado, o número foi de 5.111 unidades. O resultado gera um desempenho positivo no faturamento de Suape, que também bateu recorde em abril deste ano. Neste mês, foram contabilizados mais de R$ 14,23 milhões. O crescimento é de 22% no comparativo com abril de 2015, quando o faturamento do porto somou R$ 11,69 milhões. Considerando o primeiro quadrimestre de 2016, o Complexo já soma uma arrecadação de R$ 52,84 milhões, totalizando R$6,16 milhões a mais que a renda dos mesmos quatro meses do ano passado. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Thiago Norões, os bons ventos continuam soprando no Porto de Suape. “Com o aumento de cargas, como os derivados do petróleo, com tarifas portuárias e arrendamentos dos terminais conseguimos o nosso recorde na arrecadação. A previsão é que este número cresça ainda mais. Estamos esperançosos com a evolução da Refinaria Abreu e Lima, o aumento da exportação dos carros produzidos pela Fiat e importados pela Toyota e, ainda, com a vinda dos novos terminais, com licitação prevista já para o segundo semestre de 2016”, enfatiza Norões. PERSPECTIVAS – Nos próximos meses, a empresa Suape iniciará a atualização do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do atracadouro. Atendendo as politicas e diretrizes nacionais, o PDZ tem como objetivo atender o crescimento, otimizar o uso da infraestrutura existente e propor melhorias nas áreas operacionais e não operacionais do porto pernambucano. O Plano servirá de base para nortear as atividades da Autoridade Portuária, da Secretaria Especial de Portos (SEP) e das empresas arrendatárias por quatro anos depois de publicado e validado. O último estudo deste tipo foi realizado em 2010 e está em vigor hoje. A expectativa de Suape é que essa atualização seja concluída no primeiro semestre do próximo ano. Entre os empreendimentos adicionados ao Plano de Desenvolvimento e Zoneamento de Suape, estão os cinco novos terminais que serão licitados pela Secretaria dos Portos e que somam R$ 2,1 bilhões de investimentos. São eles: o Segundo Terminal de Contêineres (Tecon II), o Terminal de Veículos, um Terminal de Grãos de Trigo e dois Terminais de Granéis Minerais. (Blog Governo do Estado de Pernambuco)

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Estiagem afeta 70% dos municípios de PE

Quase 70% dos 185 municípios de Pernambuco estão em situação de emergência por causa da estiagem severa, que já dura mais de quatro anos. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicou a relação das cidades no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (24). A situação de emergência é decretada em razão de desastre que incapacita o estado ou o município atingido a responder pelas consequências sozinho e precisa, portanto, de auxílio complementar da União para as ações de socorro e recuperação. Para isso a Secretaria Nacional de Defesa Civil precisa reconhecer a condição. O reconhecimento da situação de emergência permite que o município receba, por exemplo, recursos e equipes federais para minimizar os estragos e atender necessidades básicas da população, além de dispensar licitação para serviços urgentes relacionados ao desastre. Uma das providências mais comuns é a contratação de carros-pipa para distribuição de água em municípios com colapso de abastecimento. Carros-pipa Em relação ao acesso a água, a seca é mais severa no agreste, onde as principais fontes de abastecimento estão quase vazias. Dados da Companhia Pernambucana de Abastecimento (Compesa) indicam que dez cidades estão em colapsto completo atualmente, o que significa que não há mais água encanada sendo fornecida. Os municípios que atualmente são abastecidos exclusivamente através de carros-pipa são Águas Belas, Alagoinha, Jataúba, Jucati, Jupi, Pedra, Poção, Santa Cruz da Baixa Verde, Taquaritinga do Norte e Venturosa. Outras 40 cidades estão usando os carros-pipa para reforçar o sistema, aliado a uma política de racionamento. Já a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) informa que o número de municípios atendidos por carros-pipa em sua gestão são 50 no agreste e seis no sertão. Para atendê-los, 250 veículos foram disponibilizados para o agreste e 83 para o sertão. *Sumaia Villela – Correspondente da Agência Brasil

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A importância das taças e copos (Por Rivaldo Neto)

Muito se fala de como devemos beber uma cerveja ou vinho. Esses dois tipos de bebidas fermentadas têm um lado comum. Do vinho muito já se falou. E de cervejas? A importância das taças, copos, canecas e “pints”? Não é necessário ser um conhecedor profundo para entender os seus valores estéticos e funcionais. Assim como vinho, cerveja também necessita desse universo. Uma diferença básica é que para vinhos, a taça de cristal é item obrigatório para preservar as suas características. Pra cerveja é mais “solto”, não há uma necessidade de ser de cristal ou um vidro mais nobre. É importante, frisar que 60 a 80 por cento do gosto das cervejas é determinado pelo olfato, sendo assim, tomá-las nos copos corretos, irá proporcionar aos amantes cervejeiros, experiências mais gratificantes e prazerosas. O formato é realmente um diferencial, isso conta muito, pois dará o toque certo na carbonização e graduação. Existem muitos tipos de copos, mas vamos aos mais comuns. Para cervejas de trigo, ideal é um copo longo com uma largura maior no topo para a espuma da Weizen, geralmente cervejas nesse estilo vêm em garrafas de 500ml. No Brasil as cervejas mais consumidas são as chamadas Pilsers e agora as Lagers também vêm ganhando cada vez mais adeptos e já são responsáveis por uma grande fatia no mercado. O copo que chamamos de “tulipa” possui uma diferença sutil para esses dois estilos. o Pilsner tem a boca mais larga, enquanto o de Lager tem a boca levemente fechada. As calderetas comumente vistas em choparias é usada para se tomar English e American Ales e também para algumas lagers escuras e IPAs (Indian Pale Ale). Os copos estilo Pint, ideal para as Bitter e as Stouts, são populares em Pub’s ingleses e que comportam uma boa quantidade de cerveja, em torno de 430ml. Possuem um formato simples com um anel no topo, contendo uma boca bem maior que a base. Um detalhe curioso do anel dos Pints é que os mesmos foram incorporados por volta de 1960 para facilitar o empilhamento de copos, evitando que eles ficassem presos e quebrassem. As Goblets, têm como diferencial uma haste mais longa, para evitar o aquecimento do líquido pelas mãos, e que são ideais para serem usadas quando estamos tomando cervejas Trapistas, também conhecidas como “Cervejas de Abadia”, que são cervejas feitas sob supervisão de monges, e que assim garantem as suas origens monásticas que só esse estilo possui. Então não nos façamos de rogados, se vamos curtir uma boa cerveja, que seja da forma mais correta, isso com certeza vai fazer a diferença para que possamos aproveitar essa bebida secular, tão admirada no mundo todo! Um brinde! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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Primeiro peão a cair no tabuleiro Temer

Caso siga a mesma lógica dos primeiros dias de governo, Michel Temer deve anunciar em breve a saída do seu ministro de planejamento, o pernambucano Romero Jucá (PMDB-RR). O vazamento de um áudio em que ele conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, caiu como uma bomba no colo do presidente interino. Até então, a fortalecimento da Lava Jato era um discurso unânime entre os novos governistas, inclusive pelo ministro. Mas, a gravação sugere que o impeachment tinha justamente o objetivo de segurar a sangria que as investigações estavam promovendo. E que, segundo Jucá, chegaria em breve aos caciques que estão hoje ao lado de Temer. Juca já era alvo de inquérito na Operação Lava Jato por suposto recebimento de propina. Temer assumiu o desgaste de trazer para dentro do seu ministério vários investigados. Afinal, "investigado não é julgado". No entanto, a gravação revela uma tentativa clara de enfraquecer as investigações, que atingiriam nomes como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a cúpula do PSDB. O áudio sugere, na verdade, que a mobilização do congresso em derrubar Dilma Rousseff era justamente por conta do avanço das investigações. Pelas ações recentes de Temer, Jucá cairá em breve. Pressionado pelo fim do Ministério da Cultura, Temer voltou atrás. Os sinais de desgaste com a volta da CPMF e com a suspensão do Minha Casa, Minha Vida fizeram os ministros mudarem o discurso. A almejada coalizão, que poderá sustentar o governo Temer até 2018 precisa mais que a base dos partidos. Como chegou ao Palácio sem o voto popular, os primeiros dias do presidente interino indicam que a chiadeira das ruas interfere sim na sua gestão. A coalizão precisa do mínimo de reconhecimento popular. Nessa perspectiva, para não ter a cabeça ameaçada, Jucá deve ser o primeiro peão do tabuleiro deve cair.

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Instituições projetam inflação de 7,04%

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano foi ajustada 7% para 7,04%. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,5%. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras. As estimativas estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5% este ano e 6% em 2017. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de 2016, passou de 13% para 12,75% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa passou de 11,50% para 11,38% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. A estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia, este ano, foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,88% para 3,83%. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 0,50%. (Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil)

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Pesquisa: 86% das mulheres sofreram assédio em público

Pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid nesta sexta-feira (20) mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema. A pesquisa foi feita pelo Instituto YouGov no Brasil, na Índia, na Tailândia e no Reino Unido e ouviu 2.500 mulheres com idade acima de 16 anos nas principais cidades destes quatro países. No Brasil, foram pesquisadas 503 mulheres de todas as regiões do país, em uma amostragem que acompanhou o perfil da população brasileira feminina apontado pelo censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todas as estudantes afirmaram que já foram assediadas em suas cidades. Para a pesquisa, foram considerados assédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendo configurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional. Formas de assédio Em relação às formas de assédio sofridas em público pelas brasileiras, o assobio é o mais comum (77%), seguido por olhares insistentes (74%), comentários de cunho sexual (57%) e xingamentos (39%). Metade das mulheres entrevistadas no Brasil disse que já foi seguida nas ruas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas em espaços públicos. “É quase uma exceção raríssima que uma mulher não tenha sofrido assédio em um espaço público. É muito preocupante. A experiência de medo, de ser assediada, de sofrer xingamento, olhares, serem seguidas, até estupro e assassinato. Os dados são impressionantes se pensarmos que a metade das mulheres diz que foi seguida nas ruas, metade diz que teve o corpo tocado”, diz a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman. Desigualdade de gêneros Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, os dados refletem a desigualdade entre homens e mulheres na sociedade. “É uma questão de gênero, de entender que na sociedade, qualquer que seja, as mulheres não são consideradas iguais aos homens. A ideia é que a mulher está subordinada no lar, na casa, no trabalho. Dados [da Organização Mundial da Saúde] apontam que uma a cada três mulheres sofre violência doméstica. Para os homens, os corpos e as vidas das mulheres são uma propriedade, está para ser olhada, tocada, estuprada”, disse. Segundo Nadine, é necessário implementar políticas públicas que garantam a segurança da mulher em espaços públicos, com políticas públicas específicas, como a iluminação adequada das ruas e transporte público exclusivo para mulheres. “Quando se pensa que quase todas as mulheres têm a experiência com abusos, não se tem a ideia do assédio. Isso tem um impacto, isso limita de andar na rua com segurança e direitos como educação e trabalho”, diz. Falta repressão A professora de direito civil da Universidade de Brasília (UnB), Suzana Borges, avalia que não há repressão adequada ao assédio à mulher em espaços públicos. “É uma questão social porque, em função de uma posição histórica inferiorizada, a mulher foi objeto de repressão, violência, não só nos espaços públicos, mas privados, dentro da família, em casa, no trabalho”, disse. Suzana Borges diz que há necessidade das mulheres denunciarem as situações de assédio que vivenciam no cotidiano. “Por se tratar de uma questão de gênero, a denúncia é um mecanismo que reforça a proteção”. Assédio por regiões A Região Centro-Oeste é onde as mulheres mais sofreram assédio nas ruas, com 92% de incidência do problema. Em seguida, vêm Norte (88%), Nordeste e Sudeste (86%) e Sul (85%). No levantamento, as mulheres também foram questionadas sobre em quais situações elas sentiram mais medo de serem assediadas. 70% responderam que ao andar pelas ruas; 69%, ao sair ou chegar em casa depois que escurece e 68% no transporte público. Na comparação com outros países, 43% das mulheres ouvidas na Inglaterra e 62% na Tailândia disseram que se sentiam mais inseguras nas ruas de suas cidades, enquanto que, na Índia, o espaço de maior insegurança era o transporte público, apontado por 65% das entrevistadas. Campanha Os dados são publicados no lançamento do Dia Internacional de Cidades Seguras para as Mulheres, uma iniciativa da organização para chamar a atenção para os problemas de assédio e violência enfrentados pelas mulheres nas cidades de todo o mundo. “É bastante preocupante que não haja uma perspectiva de gênero nas cidades, um planejamento que não leve isso em conta, como horários, transportes e abordagem de ensino nas escolas. Isso gera e perpetua uma cultura de violência, normatizada e normalizada, de fazer parte do desenvolvimento masculino assediar mulheres e isso não é questionado. A pesquisa mostra a naturalização da violência como uma prática bastante arraigada. Há a necessidade urgente e setorial de se enfrentar isso”, disse a coordenadora da campanha Cidades Seguras para as Mulheres no Brasil, Glauce Arzua. A campanha Cidades Seguras para as Mulheres foi lançada pela ActionAid no Brasil em 2014. O objetivo é promover uma melhoria da qualidade dos serviços públicos nas cidades para tornar os espaços urbanos mais receptivos a mulheres e meninas. Glauce aponta a educação como aspecto fundamental para que seja possível reverter o quadro de assédio ao redor do mundo. “A abordagem educacional é uma chave para o enfrentamento. Medidas como acontecem no Brasil, de vagões de trem separados, são paliativas, transitórias. Temos que quebrar essa cultura, que passa por campanhas, treinamento dos gestores, sobretudo criar espaços para que o planejamento das cidades tenha essa perspectiva de gênero”, diz. (Agência Brasil)

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Futuro de Temer nas mãos do parlamento

O Governo Temer nasceu com uma série de críticas por conta da falta de diversidade de gênero e raças em seu ministério. Nenhuma mulher e todos brancos. No entanto, com exceção da equipe econômica (que teve uma sensível aprovação do mercado por sua composição técnica), a escolha dos integrantes do time ministerial atendeu as indicações dos grandes partidos que formam a base da sua gestão no Congresso Nacional. Como a ala feminina e dos negros não são fortes dentro dos seus partidos, eles ficaram de fora da representatividade. Nessa escolha, aparentemente, Temer foi um condutor de um navio que tinha muitas mãos para conduzir. Só o chamado centrão é composto por 12 partidos com representação na Câmara: PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL. Além desses, outras legendas tem grande influência no novo governo, como o DEM e o PSDB. Apesar da notoriedade do poder executivo aos olhos da população, é do legislativo que sairão as decisões que irão sustentar ou não o governo. Isso não se trata de que a gestão seja eficiente ou não, mas que ela funcione. A primeira votação da Câmara dos Vereadores abordará a meta fiscal para o ano de 2016. No início da próxima semana o presidente interino enviará ao Congresso uma proposta que irá sugerir um rombo nas contas públicas superior aos R$ 96,6 bilhões (previstos por Dilma em março). Se o projeto não for aprovado, além de uma paralisia na máquina pública, Temer poderá tal qual Dilma Rousseff não cumprir a legislação fiscal. A princípio sera falado que o rombo seria em torno de R$ 120 bilhões. Esse estimativa subiu para R$ 160 bilhões e hoje (19) o  ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) falou em números que se aproximam dos R$ 200 bilhões. Na próxima terça a medida deverá ser votada. A tendência é de aprovação. Não faz sentido que o mesmo corpo parlamentar que aprovou o impeachment com uma vasta margem jogue contra o governo ainda no seu primeiro mês. Mas esse fato é apenas uma ilustração de quão submisso o poder executivo está do legislativo.  Com a falta de esclarecimento político da população, a tendência de eleger um parlamento com tendência política diferente do poder executivo é uma realidade. Fato que tem se repetido em vários pleitos eleitorais. A reforma política seria a solução? O problema é quem a fará. Se a força de criar a lei ou revisá-la está nas mãos de quem manda no jogo nesse momento, dificilmente algo inovador pode trazer novos ares para a política brasileira. Enquanto isso, Temer ou qualquer outro terá que jogar com as regras postas. Que são no mínimo desconfortáveis, mesmo para quem está dentro do partido com a maior bancada do País.  

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Desemprego chega a 13,3% em Pernambuco

A taxa de desemprego do primeiro trimestre do ano - que ficou em 10,9%, o equivalente a 11,1 milhões de pessoas - subiu em todas as grandes regiões do país, na comparação com o mesmo período de 2015. Em Pernambuco o índice de desocupação alcançou 13,3%, resultando 542 mil pessoas desempregadas. No recorte do trimestre anterior, a taxa de desempregados do Estado era de 11%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Continua), divulgada no fim de abril, mas somente hoje (19) detalhada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam que a taxa mais alta de janeiro a março deste ano foi a da região Nordeste, onde passou de 9,6% para 12,8%, entre os três primeiros meses do ano passado e os deste ano – o equivalente a uma elevação de 3,2 pontos percentuais. No Sudeste, onde está concentrado o maior contingente de trabalhadores, a taxa subiu de 8% para 11,4%, 3,4 pontos percentuais a mais que a aferição anterior; na região Norte, o desemprego aumentou de 8,7% para 10,5%; no Centro-Oeste, de 7,3% para 9,7%; e no Sul, de 5,1% para 7,3%. Segundo o IBGE, no quarto trimestre de 2015, as taxas haviam sido de 10,5% no Nordeste, 9,6% no Sudeste, 8,6% no Norte, 7,4% no Centro-Oeste e 5,7% no Sul. Por Estados Já entre as unidades da federação, as maiores taxas de desemprego no primeiro trimestre foram observadas na Bahia (15,5%), Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%). Já as menores taxas ocorreram em Santa Catarina (6%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).   Rendimento A Pnad Continua constatou, ainda, que no primeiro trimestre do ano o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 1.966) nas regiões Sudeste (R$ 2.299), Centro-Oeste (R$ 2.200) e Sul (R$ 2.098), enquanto Norte (R$ 1.481) e Nordeste (R$ 1.323) ficaram abaixo da média. Por unidades da Federação, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento médio real habitual (R$ 3.598), seguido por São Paulo (R$ 2.588) e Rio de Janeiro (R$ 2.263). Os menores rendimentos foram obtidos no Maranhão (R$ 1.032), Piauí (R$ 1.263) e Ceará (R$ 1.285). Já a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ R$ 173,5 bilhões para o país) teve como destaque a região Sudeste com massa de rendimento de R$ 90,6 bilhões; seguido do Sul (R$ 29,5 bilhões); Nordeste (R$ 27,6 bilhões); Centro-Oeste (R$ 15,7 bilhões); e Norte (R$ 9,8 bilhões) Sexo e idade Os homens respondem por 57,4% da população ocupada do país, que fechou o primeiro trimestre do ano em 90,6 milhões de pessoas. Esta predominância foi uma constante em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 61,4% dos trabalhadores. O Sul e o Sudeste são as regiões com maior participação feminina na força de trabalho (ambas em 43,8%). Os dados da Pnad Contínua indicam que no primeiro trimestre do ano, 66,1% da população fora da força de trabalho eram do sexo feminino. Todas as regiões apresentaram comportamento similar. Segundo a pesquisa, no Brasil, no primeiro trimestre, 38,6% das pessoas em idade de trabalhar estavam fora da força de trabalho (não trabalhavam nem procuravam trabalho), com a região Nordeste apresentando a maior parcela deste percentual com 43,9%. Os menores percentuais são das regiões Sul (35,4%) e Centro-Oeste (35,2%). A pesquisa do IBGE mostrou que a análise por grupos de idade aponta que 12,8% dos ocupados eram jovens de 18 a 24 anos, enquanto entre os adultos este percentual chegava a 78,1% entre os adultos de 25 a 39 anos e de 40 a 59 anos de idade. Já os idosos somavam 7,1% dos ocupados. A região com maior proporção de jovens ocupados é a Norte, onde a população de 18 a 24 anos representava 14,1% dos ocupados. Nível de Instrução Por nível de instrução, a pesquisa mostrou, no primeiro trimestre de 2016, que mais da metade dos ocupados no Brasil tinha concluído pelo menos o ensino médio (55%), 29,3% não tinham concluído o ensino fundamental e 17,9% tinham nível superior. Nas regiões Norte (37,6%) e Nordeste (39%), o percentual de pessoas sem instrução até ensino fundamental incompleto era superior aos das demais regiões. Na região Sudeste (34,4%), o percentual das pessoas que tinham o ensino médio completo era superior aos das demais regiões. O Sudeste (21,6%) apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto o Norte teve o menor (12,2%). Segundo a pesquisa, 35,9% da população fora da força de trabalho eram compostos por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Jovens com menos de 25 anos de idade somavam 28,2% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 35,9%. *Da Agência Brasil, com informações da redação

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