Arquivos Notícias - Página 614 de 652 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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ExcentriCidades começa hoje com Painho e o Trem

Cineasta e produtora cultural, Mery Lemos lança o seu primeiro  curta-metragem, "Painho e o Trem", na 5ª edição do Excentricidades 2016. O evento acontece hooje  (19), a partir das  19H, no Coletivo Sexto Andar (6º andar do Edf. Pernambuco), e propõe o resgate de experiências e resistência, entre linguagens artísticas, para (re)lembrar que é preciso acessar nossa ancestralidade. Apostando e incentivando o intercâmbio entre as regiões do Estado como forma de fortalecimento da cultura pernambucana, o ExcentriCidades conta ainda com a performance "Do Terreiro à cena", do artista-pesquisador e brincate de Cavalo Marinho e Maracatu de Baque Solto Agnaldo Roberto (Condado), além das apresentações da banda Ticuqueiros e do Mestre Bi (Nazaré da Mata). A entrada custa R$ 15, à venda no local. Nos últimos anos, há um comprovado desenvolvimento no audiovisual na Mata Norte de Pernambuco. O surgimento de núcleos criativos e cineclubes vem proporcionando uma maior capacitação de mão-de-obra local e a difusão de um olhar interno sobre a região. Roteiristas e diretores, muitas vezes nascidos e criados em lugares como Timbaúba, Aliança e Goiana têm norteado suas produções pelo imaginário de suas cidades. É neste contexto que a produtora e cineasta natural de Carpina, realizou o seu primeiro curta-metragem: "Painho e o Trem". Atuando como militante cultural há mais de 20 anos e contribuindo com diversos trabalhos no segmento audiovisual em sua região, Mery Lemos já atuou no Cineclube Claraboia, Curso Engenho de Imagens, Mostra Canavial de Cinema, Núcleo de Produção Engenho Digital, dentre outros eventos. Em "Painho e o Trem", a cineasta traz uma visão crítica sobre o sucateamento da rede ferroviária do Estado através do personagem principal, seu pai, que trabalhou durante quase toda a vida na empresa de trens que atuava em Pernambuco. Durante os 17 minutos da película, Otávio Sabino discorre sobre a recente história das ferrovias no Estado. A obra é permeada pelo universo afetivo da artista, que por diversas vezes foi usuária da ferrovia e procura trazer suas lembraças e questionamentos sobre o ambiente. O documento memória traz nuances de video-poesia e tem a trilha sonora assinada pelo músico pernambucano Juliano Holanda. SERVIÇO Lançamento do filme "Painho e o Trem", de Mery Lemos, no ExcentriCidades QUANDO: 19 de julho, a partir das 19h. QUANTO: R$ 15. ONDE: Coletivo Sexto Andar, 6º andar do Edf. Pernambuco, Avenida Dantas Barreto, 324, Santo Antônio. INFORMAÇÕES: (81) 3032-2876 .

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Célula-tronco a partir do dente de leite

O Diretor do Centro de Criogenia Brasil (CCB), Carlos Alexandre Ayoub, está hoje no Recife) para apresentar a palestra Medicina Regenerativa: a coleta de células-tronco a partir da polpa do dente de leite. Da mesma forma como acontece com o armazenamento das células-tronco do sangue e do tecido do cordão umbilical, o CCB, através de tecnologias desenvolvidas e pesquisas, também realiza o armazenamento de células-tronco encontradas na polpa do dente de leite. Estas podem ser utilizadas para o tratamento de síndromes raras, autismo, diabete, doenças neurodegenerativas, Mal de Alzheimer, Parkinson, entre outras. A polpa do dente destaca-se pelo fato de fornecer células-tronco mesenquimais (bem mais primitivas que as células do cordão umbilical) multipotentes e imunocompatíveis, isto é, elas podem servir não só ao doador, mas também a toda sua família. Além de ser possível a utilização em até três gerações, ascendente ou descendente. O CCB, primeiro e único banco de coleta de células-tronco da polpa do dente do Brasil, tem autorização oficial do Ministério da Saúde para realizar a expansão celular. As células isoladas podem ser expandidas, criopreservadas e fornecidas ao cliente. A coleta é feita no consultório do dentista, em pacientes com idade entre 2 e 12 anos, período de troca dentária natural. O dente de leite é extraído e, no lugar de ser desprezado, é colocado em um kit específico, aprovado pelo Ministério da Saúde. O material é armazenado em nitrogênio líquido, fazendo com que as células permaneçam em perfeitas condições de uso por tempo indeterminado. A palestra, aberta ao público, será realizada nesta quinta-feira (28/07), das 17h às 19h, no auditório do Rio Mar Trade Center.

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Cresce evidência que muriçoca pode causar Zika

Além do Aedes aegypti, o Zika também pode ter outros vetores, como o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido popularmente como pernilongo ou muriçoca, sobre o qual crescem as evidências de que pode estar envolvido na emergência do vírus no País. O alerta foi feito por Constância Flávia Junqueira Ayres Lopes, pesquisadora do Instituto Aggeu Magalhães (IAM) da Fiocruz em Recife, Pernambuco, em uma mesa-redonda sobre “O mosquito, o vírus e o que temos para combatê-los”, durante a 68ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizado no início deste mês , no campus de Porto Seguro da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Em entrevista à Agência Fapesp, a pesquisafora disse haver sérias dúvidas se o Aedes aegypti é um vetor exclusivo do vírus Zika. “Em ambientes silvestres várias espécies de Aedes estão implicadas no processo de transmissão. Por que em ambientes urbanos somente uma espécie estaria envolvida?”, questionou. De acordo com a pesquisadora, o mosquito Aedes aegypti começou a ser incriminado como vetor do vírus Zika em 1947, quando foi encontrado em uma floresta com nome homônimo em Uganda, na África, por pesquisadores financiados pelo Instituto Rockefeller, dos Estados Unidos. Os pesquisadores estavam tentando isolar o vírus da febre amarela e, para isso, estudaram mosquitos de espécies de Aedes, velhos conhecidos como transmissores da doença. Ao analisar o material coletado, eles observaram que o vírus que isolaram era diferente e o batizaram de Zika em homenagem à floresta onde foi descoberto. Desde então, diversos outros isolamentos do vírus Zika foram feitos a partir de diferentes espécies de Aedes, como o Aedes africanus, contou a pesquisadora. Em 1966, quando houve a primeira emergência do vírus Zika, na Malásia, foram analisados inúmeros pools de mosquito no país asiático e identificado apenas um como Aedes aegypti. Já nas epidemias mais recentes do vírus Zika, como em 2007, na Micronésia, na região do Pacífico, quando cerca de 70% da população da ilha de Yap, com população de 7,3 mil pessoas, foi infectada, não foi encontrado nenhum pool de Aedes aegypti, afirmou a pesquisadora. “Na verdade, há pouquíssimos mosquitos Aedes aegypti na Micronésia. Há outras espécies de Aedes na região, mas o Aedes aegypti é muito raro na maioria das ilhas e completamente ausente nas ilhas onde houve uma grande ocorrência de casos de infecção pelo Zika vírus”, disse. Quando ocorreu a epidemia, Lopes entrou em contato com pesquisadores da região a fim de saber qual era a espécie de mosquito mais abundante por lá. A resposta dos pesquisadores foi o Culex quinquefasciatus, que não tinha sido investigado como um vetor do vírus Zika. “A questão é que todo mundo que estudou a circulação do vírus Zika antes só olhou para as espécies de Aedes. Como esses mosquitos já são conhecidos como vetores de dengue, chikungunya e febre amarela, por que não seriam também do Zika?”, explicou Lopes. No início da emergência do Zika no Brasil, a pesquisadora decidiu investigar se o Culex quinquefasciatus também poderia transmitir o vírus. O mosquito é 20% mais abundante do que o Aedes aegypti no ambiente urbano e é vetor de outros arbovírus (transmitidos essencialmente por artrópodes), como o do Oeste do Nilo e da encefalite japonesa, que são próximos do vírus Zika. Além disso, começou a chamar a atenção da comunidade científica e da Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio de cartas publicadas em revistas como Lancet, sobre a urgência e a necessidade de se investigar outras espécies de mosquito que também podem ser vetores do vírus Zika, e não apenas o Aedes aegypti . “Até então, infelizmente, a comunidade científica e a OMS estavam focando só o Aedes aegypti e todo o combate ao vírus Zika foi voltado exclusivamente para essa espécie de mosquito, negligenciando uma série de outras, como o Culex quinquefasciatus”, afirmou Lopes. Os resultados dos ensaios realizados pelos pesquisadores, em que foram infectados, em laboratório, mosquitos Culex quinquefasciatus e Aedes aegypti com Zika para comparar suas capacidades de transmitir o vírus, indicaram que o desempenho das duas espécies é muito semelhante. Os pesquisadores conseguiram observar a presença do vírus Zika na glândula salivar dos mosquitos Culex quinquefasciatus e Aedes aegypti três dias após infectados. “Esse ciclo é menor do que o do vírus da dengue, que leva entre 10 a 15 dias para vencer as barreiras de resistência e chegar à glândula salivar dos mosquitos. O pico de surgimento do vírus Zika na glândula salivar dos insetos ocorre sete dias após serem infectados”, detalhou Lopes. A fim de verificar se o vírus Zika era capaz de sair da glândula salivar e ser encontrado na saliva dos mosquitos, os pesquisadores realizaram um teste em que exphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam os insetos a um papel filtro coberto com mel e um antibiótico. Ao se alimentar do mel, os mosquitos depositavam saliva no papel filtro, que era coletada e dela extraído o RNA. O resultado do ensaio, em vias de ser publicado, aponta que o Zika está presente e com carga semelhante na saliva dos mosquitos Culex quinquefasciatus e Aedes aegypti.“Como o Culex quinquefasciatus é mais abundante no ambiente urbano do que o Aedes aegypti, queremos saber agora qual tem maior importância no papel de transmissão do vírus Zika”, disse Lopes. Os resultados dos estudos realizados pelos pesquisadores da Fiocruz foram apresentados à OMS, que recomendou à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que outras espécies de mosquitos – principalmente o Culex quinquefasciatus – fossem investigados em regiões com casos registrados de infecção por vírus Zika no mundo. Mudança na forma de controle Na avaliação de Lopes, uma das implicações de ter outras espécies envolvidas na transmissão do vírus Zika, caso seja comprovado, é que mudará drasticamente a forma de controle da infecção, que hoje está focada exclusivamente no Aedes aegypti.Os hábitos do Aedes aegypti são bastante diferentes dos do Culex quinquefasciatus, ressaltou. Enquanto o Aedes aegypti pica durante o dia, o Culex quinquefasciatus pica durante a noite. Isso deve provocar uma mudança de hábito das pessoas – especialmente as grávidas – que estão tomando medidas de proteção contra a picada, como o

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Seminário debate soluções para cenário brasileiro

A Faculdade dos Guararapes (FG) – integrante da rede internacional de universidades Laureate – reúne, sábado (30), especialistas de renome nacional na área da economia, política, meio jurídico e comunicação para debater soluções e novos caminhos para o desenvolvimento econômico do País. Aberto ao público, o "Seminário Brasil: Cenários e perspectivas" acontece das 14h às 19h, no auditório do campus Piedade da FG, na Rua Comendador José Didier, 27. O evento é realizado pelo Instituto de Defesa do Cidadão (IDC) e contará com apoio da FG, CTI Nordeste, Espaço Jurídico e Instituto Calango de Brasília. O público-alvo são intelectuais, políticos, empresários, profissionais liberais e estudantes. Estarão em pauta temas como: conjuntura política, corrupção, Operação Lava-jato, papel da mulher na política, economia, cultura criativa e o papel da imprensa nas crises políticas. Entre os palestrantes estarão presentes a economista Tania Bacelar, o economista e secretário de Audiovisual do MinC, Alfredo Bertini; e o senador da República, economista, ex-Ministro da Educação e ex-Governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, além do fotógrafo Orlando Brito. Inscrições Os interessados devem se inscrever no site: www.even.tc/seminario-brasil-cenarios-e-pe. A inscrição custa R$90,00 (inteira), R$45,00 (meia) e R$35,00 + 1kg de alimento (para estudantes da instituição). A arrecadação dos itens será destinada ao Hospital de Câncer de Pernambuco. Outras informações sobre o Seminário Brasil: Cenários e perspectivas pelo telefone: 3461.5514 ou 98714.6862. PROGRAMAÇÃO: 14H00 – Painel 1 Temas: ''A Indústria do Audiovisual e o Desenvolvimento Econômico'' ''Direito Autoral e Pirataria'' Palestrantes: Alfredo Bertini | Economista e Secretário de Audiovisual do MinC. Ricardo Castanheira | Diretor-geral da Motion Picture Association. Moderador: Roberto Pereira | Secretário Executivo da Fundação CTI/Nordeste. 14H45 – Painel 2 Temas: ''O papel da imprensa nas crises políticas" "A solidão dos Presidentes'' Palestrantes: Orlando Brito | Um dos maiores fotógrafos do mundo. Trabalhou no jornal O Globo, Veja e Jornal do Brasil. Recebeu o prêmio World Press Photo do Museu Van Gogh (Amsterdã, Holanda) e por onze vezes o Prêmio Abril de Fotografia, inclusive o de HorsConcours. Tales Faria | Editor do blog Os Divergentes, foi vice-presidente e publisher do Portal iG, colunista, repórter, diretor e editor de veículos como IstoÉ, jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Jornal do Brasil. Moderador: Patrícia Raposo | Diretora da Redação da Folha de Pernambuco. 15h30 – Painel 3 Temas: ''A Crise Política e a Corrupção'' ''Limites à atuação do Poder Judiciário no Processo Político'' Palestrantes: Melillo Dinis | Advogado, escritor e cientista político. Francisco Mário | Procurador do Estado de Pernambuco e professor do Espaço Jurídico. Marcello Diniz Cordeiro | Superintendente da Polícia Federal (a confirmar). Moderador: Paulo Suzano | Advogado e membro da Comissão de Justiça e Paz de Brasília. 16h15 – Painel 4 Temas:''Brasil: para além da crise Econômica'' ''O novo papel das mulheres na política'' Palestrantes: Tânia Bacelar | Graduada em Ciências Sociais pela UFPE e em Ciências Econômicas pela UNICAMP. Especialista em Planejamento Global pela CEPAL, possui Doutorado em Economia pela Universidade de Paris I - Panthéon-Sorbonne e foi Secretária da Fazenda e do Planejamento do Governo de Pernambuco. Rita Polli Rebelo | Jornalista, Coordenadora da União Brasileira de Mulheres do Distrito Federal. Atualmente trabalha na Procuradoria da Mulher do Senado. Moderador: Jamildo Melo | Editor do Blog do Jamildo. 17H00 – Painel 5 Palestra Especial: ''A Conjuntura Política e os Novos Rumos do País'' Palestrante: Cristovam Buarque | Senador da República, economista, ex-Ministro da Educação e ex-Governador do Distrito Federal. 17h45 – Debate. 18h – Encerramento.

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Lazer cultural para todos (Por Romildo Moreira)

Ainda trilhando no mote das férias, assunto do artigo anterior, ouso convidar os que assim se encontram em acrescentar um pouco aos seus hábitos após o período de férias, o lazer cultural. Com isso, além dos benefícios intelectuais que se adquire, como bem sabemos, há o benefício físico e mental que diminui, e muito, a carga de estresse em qualquer pessoa que assim agir. Ler, ir ao cinema, visitar exposições, assistir espetáculos de teatro, circo, dança, música, etc., são antídotos perfeitos contra o estresse. No Recife, encontramos equipamentos culturais perfeitos para tornar hábito o lazer cultura e sem ter que gastar muito, quando não for franqueado o acesso. E são vários os exemplos. Vejamos alguns: O Teatro de Santa Isabel, um dos mais antigos teatros monumento do país, mensalmente apresenta concertos gratuitos da Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do Maestro Marlos Nobre e também da Banda Sinfônica do Recife, regida pelo Maestro Nenéu Liberalquino. O Cinema São Luiz, um patrimônio remanescente das casas luxuosas de exibições cinematográficas do Brasil, diariamente oferece uma programação de qualidade, com preços acessíveis. O Centro Cultural Correios, que além de exposições gratuitas de artes plásticas e visuais, mantém uma programação que reveza artes cênicas e musicais em um teatro aconchegante, a preços simbólicos. O Museu Cidade do Recife, instalado no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, que além da beleza arquitetônica, oferece exposições gratuitas de grande relevância para a cultura local. O Paço do Frevo e o Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, ambos nas imediações da Praça do Arsenal, no bairro do Recife, entre os mais novos equipamentos que a cidade dispõe, permitem ao visitante um mergulho prazeroso na história e nos costumes culturais do povo de Pernambuco. Lembremos ainda da Oficina de Cerâmica Francisco Brennad e do Instituto Ricardo Brennand, instalados na Várzea, que além de causar um verdadeiro deslumbramento pela grandiosidade dos espaços, há, sobretudo, o acervo criado por Francisco no primeiro e a coleção do Ricardo no segundo, ambos memoráveis. Cafés e livrarias interessantes espalhadas pelo Recife não são difíceis de encontrar em bairros como Casa Forte, Graças e Bairro do Recife (que o povo insiste em chama-lo de Recife Antigo, como se antigo no Recife fosse apenas aquela ilha. Mas como bem disse Coelho Neto, o povo é sábio e o que o povo diz, Deus assina em baixo) e também nos shoppings. Dados os exemplos, fica a confirmação de que é possível criar o hábito cultural em pessoas de qualquer realidade social, porque a capital pernambucana oferece arte e cultura para todos os gostos; é só procurar e desfrutar. Encerro este artigo externando o imensurável prazer que sinto em saber que a cidade do Recife já pode contar com o Teatro Barreto Júnior com seu sistema de ar condicionado perfeito, oferecendo ao público local espetáculos de artes cênicas em temporadas convencionais. Para isso, estão abertas inscrições de projetos de ocupação da pauta até o dia 1º de agosto, e o regulamento com seus respectivos anexos estão disponíveis no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br), assim como na administração do próprio teatro, situado à Rua Estudantes Jeremias Bastos, S/N, no bairro do Pina. As pautas em licitação são para espetáculos adultos e infantis, nos meses de agosto e setembro. Mais informações poderão ser adquiridas através do telefone 81-3355- 6399.  Antes dos espetáculos da concorrência o Teatro Barreto Júnior vai oferecer uma programação especial de férias, iniciando com Angélicus (vide indicação abaixo), e na sequência dois espetáculos para o público infantil que são: Os Três Porquinhos, dias 23 e 24 e Vento Forte Para Água e Sabão, nos dias 30 e 31.     DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ NO RECIFE: - “Angelicus”, com o Grupo Matraca de Teatro. Local: Teatro Barreto Jr. Dias: 16 e 17/07 às 20h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33556399. - Programação do XIII Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco - “Meu Reino Por Um Drama”, com a Métron Produções. Local: Teatro de Santa Isabel Dia: 16/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00. – Informações: 33553322. - “Branca de Neve”, com o Humantoche Produções. Local: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Dias: 16 e 17/07, às 14h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33559821. - “Malévola e Aurora em Uma Bela Adormecida”, com a Capibaribe Produções. Local: Teatro Experimental Roberto Costa (Paulista North Way Shopping) Dias: 16 e 17/07, às 16h30. Preços: R4 20,00 e R$ 10,00. – Informações: 988590777.

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Compras de roupas e calçados são as mais adiadas por falta de dinheiro

Com a maior rigidez para a concessão de crédito, comprar algum produto ou serviço pode ficar ainda mais difícil com menos dinheiro no bolso. Um levantamento nacional feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que os serviços e produtos que os brasileiros mais tem vontade de adquirir para ficar mais bonito, mas que não compram por limitação financeira são o clareamento dentário (21,0%) e a compra de roupas, calçados e acessórios (16,4%), especialmente entre as pessoas das classes C, D e E e residentes no interior. A pesquisa também procurou saber quais são os produtos ou serviços que os brasileiros têm a intenção de adquirir para ficar mais bonito nos próximos três meses e constatou que os cosméticos estão em primeiro lugar do ranking, com mais da metade das citações (50,7%), seguidos pelas roupas, calçados e acessórios (43,9%) e pelos cuidados com o cabelo, unha, barba e pelos (42,3%). Outras opções ainda mencionadas foram tratamentos odontológicos (24,4%), maquiagens (20,9%) e remédios e vitaminas (19,0%). Já com relação aos tratamentos de maior valor financeiro e de maior complexidade que os entrevistados têm a intenção de realizar pelos próximos 12 meses, os mais mencionados são clareamento dentário (20,9%), aparelho para correção nos dentes (14,8%) e a aplicação de porcelana nos dentes (10,4%). Para identificar o potencial de consumo no mercado de beleza, o estudo levantou os itens mais utilizados entre os consumidores entrevistados e os dividiu em cinco categorias. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a análise permite construir um cenário mais preciso sobre os hábitos do consumidor em relação aos diversos produtos e serviços típicos do segmento de beleza e estética. “O levantamento pode ser bastante útil para os empreendedores que desejam investir, diversificando ou ampliando sua atuação neste mercado”, afirma. Entre os cosméticos mais utilizados no dia a dia pelos entrevistados estão o shampoo (75,2%), colônias e/ou perfumes (67,6%), condicionador (49,1%) e protetor solar (38,0%). As compras destes produtos são feitas principalmente com  evendedores de cosméticos (53,2%), em supermercados e/ou hipermercados (45,7%) e farmácias e drogarias (40,5%). O gasto médio com produtos desse segmento é de R$ 101 por mês. Fazer as unhas é o serviço mais utilizado do segmento (46,8%), seguido por hidratação capilar (35,7%) e depilação (34,2%). Os serviços mais complexos, como no caso de luzes (85,6%) e progressiva (81,3%) são os mais realizados com profissionais, tanto em casa quanto em espaços apropriados, seja por demandar maior qualificação dos especialistas que irão executar ou até mesmo pelas consequências que um serviço mal executado pode causar. A pesquisa ressalta também que milhões de brasileiros nunca realizaram vários destes procedimentos, como é o caso do design de sobrancelhas (63,1%), mechas (62,9%) e do alisamento/progressiva (61,2%). “A profissionalização é extremamente importante para aqueles que oferecem esses serviços. Os especialistas devem buscar, constantemente, o aprimoramento da técnica e a excelência no atendimento, bem como a incorporação de novos serviços que agreguem valor ao negócio e a adoção de uma política de preços atrativa, a fim de despertar o interesse de um número cada vez maior de consumidores”, indica Kawauti. Para a economista, vale a pena investir em recursos e estratégias para fazer deste local um espaço cada vez mais agradável, a fim de conquistar e fidelizar os consumidores. A média de gasto mensal com esses serviços é de R$ 78,00. O levantamento mostrou que na categoria “cuidados com rosto e corpo”, os serviços mais utilizados, independente da frequência com que são feitos são a limpeza de pele (41,2%, aumentando para 55,7% entre as mulheres) e a academia (33,1%). Grande parte dos tratamentos investigados ainda não têm uma utilização significativa entre os entrevistados: dos nove tratamentos e serviços pesquisados, seis nunca foram feitos por pelo menos 65% da amostra, principalmente peelings químicos (89,3%), drenagem linfática (89,1%), tratamentos para rugas e linhas de expressão (88,2%) e tratamentos para gordura localizada e celulite (88,2%). O gasto médio mensal com os tratamentos estéticos não invasivos é de R$ 90,00 e os locais mais procurados para a aquisição destes serviços são salões de beleza (59,9%), academias (28%) e clínicas especializadas (18,2%). Os resultados mostram que não é muito significativo o percentual de entrevistados que já fizeram algum tratamento invasivo, sendo os mais usuais o clareamento dentário (26,5%), uso de remédios para emagrecer (23,3%) e porcelana nos dentes (12,2%), além de cirurgias plásticas variadas. O principal impedimento para a realização dos procedimentos desejados é a falta de dinheiro (74,3%), principalmente entre os mais jovens e pessoas da classe C. Entre os entrevistados que já fizeram algum procedimento invasivo, 84,7% comentaram com conhecidos o que fizeram, principalmente porque não veem problemas em contar. Entre os serviços que ainda não fizeram mas têm vontade estão o clareamento nos dentes (47,5%), depilação definitiva (38,0%) e porcelana nos dentes / coroa dentária (33,9%). Entre os itens de vestuários mais comprados pelos brasileiros pensando em ficar mais bonitos, as roupas (87,3%), calçados (72,2%) e acessórios (50,1%) são os mais citados. De acordo com o levantamento, os locais onde os entrevistados mais compram estes produtos são: revendedores de cosméticos (37,6%), lojas de departamento (28,8%) e supermercados (26,2%). O gasto médio no mês anterior à pesquisa com estes itens foi de R$ 222 e maior entre as classes A e B (R$ 275). Para a economista Marcela Kawauti, a pesquisa evidencia boas oportunidades de investimento em categorias não apenas com itens financeiramente mais acessíveis, mas também de tratamentos invasivos e procedimentos cirúrgicos, que possuem um custo superior. “Para o mercado, este é um sinal de que é preciso pensar em estratégias financeiras que possam aproximar os consumidores aos produtos e serviços que eles desejam adquirir e que, frequentemente, não o fazem por falta de alternativas e de dinheiro”, conclui. A pesquisa ouviu 790 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais e acima de 18 anos nos 27 Estados e teve como propósito mapear o mercado de beleza a partir do consumo de produtos e serviços, investigando motivações e influenciadores no processo de compra. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

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Insatisfação com valor de impostos

Sete em cada dez brasileiros concordam que a baixa qualidade dos serviços públicos se deve mais à má gestão dos recursos do que à falta deles. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 81% dos brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos. Para 84% das pessoas os impostos no Brasil são elevados ou muito elevados e 73% são contra o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para 80% dos entrevistados, o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Dos que acham que deve manter os gastos, a primeira opção para estabilizar as contas públicas deve ser a privatização de bens. "A população não quer pagar mais impostos e continuar tendo serviços de má qualidade. É preciso aumentar a eficiência do uso do dinheiro público, além de promover um debate que informe à sociedade a situação das contas do governo e explique a necessidade de reformas urgentes, como a da Previdência", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A pesquisa foi feita em parceria com o Ibope e entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 17 e 20 de março. O número de brasileiros que têm a percepção de que pagam caro por serviços ruins é cada vez maior. Considerado o elevado patamar de impostos pagos no país, 90% dizem que os serviços deveriam ser melhores. Em 2013, o volume era de 83%, e em 2010, de 81%. A saúde e a segurança têm as piores avaliações entre os 13 serviços analisados. Receberam os índices mais baixos - 20 e 22 pontos -, em uma escala em que valores superiores a 50 representam que a parcela da população que considera o serviço de alta ou muita qualidade é superior à que considera de baixa ou muito baixa qualidade. Nenhuma das opções alcançou índice acima dos 50 pontos. Os que tiveram a melhor avaliação foram o fornecimento de energia elétrica e os Correios, com 48 e 46 pontos, respectivamente. Entre os 13 serviços avaliados, seis tiveram queda em relação à pesquisa anterior, realizada em julho de 2013. Contra a volta da CPMF Apesar de 65% dos entrevistados não saberem o que é a CPMF, quando informados pelos entrevistadores, 73% disseram ser contra a cobrança. Para 70% dos que responderam à pergunta, a CPMF é um imposto injusto, que afeta as pessoas independentemente de seu nível de renda. A volta da CPMF poderá aumentar os preços dos produtos, na opinião de 59% dos entrevistados. O argumento de que o recurso do tributo será investido na Previdência Social e na saúde não convence os brasileiros a serem favoráveis ao seu retorno. Para 61% dos entrevistados, a recriação da CPMF não vai melhorar a vida dos brasileiros. Reequilíbrio das contas públicas Para 59% da população, os gastos públicos subiram muito nos últimos anos e 80% acreditam que o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Entre os que recomendam o corte de gastos, a prioridade deve ser reduzir o custeio da máquina pública e os salários dos funcionários públicos, na opinião de 32% e 22%, respectivamente. Para os que acham que o governo deve manter os gastos, foram apresentadas três opções para estabilizar as contas. Do total, 42% disseram que o governo deve vender ou conceder bens e estatais à iniciativa privada, 17% defenderam a criação de impostos e 12% acham que é melhor aumentar a dívida pública. Outros 30% não souberam responder. Uso de recursos por instâncias de governo Quanto menor a instância de governo, maior a percepção da população de que o dinheiro é bem utilizado. Dos entrevistados, 83% consideram que os recursos federais são mal utilizados ou muito mal utilizados pelo presidente da República e seus ministros. O percentual cai para 73% quando se analisa o orçamento estadual e para 70% quanto se verifica o municipal.

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Recife recebe workshop sobre marketing político digital

Em um momento em que o universo da política está cada vez mais no foco de debates, o Recife recebe uma ação voltada para interessados no assunto, o Workshop sobre Marketing Político Digital - Oportunidades para as Eleições de 2016. O encontro acontece neste sábado, 16 de julho, das 9h30 às 18h, no Impact Hub, localizado na Rua do Bom Jesus, Bairro do Recife. Destinado a políticos, candidatos e coordenadores de campanhas eleitorais, assessores de políticos e de candidatos e profissionais de comunicação (publicidade, relações públicas, jornalismo, rádio e TV) o curso será ministrado pelo consultor e palestrante Leandro Rehem e pela especialista em inteligência, comunicação e monitoramento em mídias sociais Fátima Silana, com participação da advogada e blogueira Noélia Brito. As inscrições podem ser feitas por meio do link. A programação consiste em sete horas de treinamento intensivo sobre os principais aspectos que envolvem a criação de uma presença política na internet como Marketing Político Digital (MPD) na prática, Produção de conteúdo, Inbound Marketing, Conversão de Visitantes em Eleitores, Planejamento e Estratégia, Combate à guerrilha e Estruturação de equipe, além de algumas tendências e dicas práticas. No período da manhã, Fátima Silana fala sobre como as mídias sociais e o monitoramento podem fazer a diferença para uma campanha, abordando questões como identificação de militâncias, problemas da cidade, geração de insights para estratégias de campanha e diagnóstico da receptividade do programa eleitoral. No período da tarde, Leandro Rehem apresenta as principais técnicas disponíveis no mercado para criação de campanhas eleitorais na Internet. Neste contexto, será abordado o planejamento de uma campanha política digital, o perfil do eleitor conectado, a legislação eleitoral na web, marketing de conteúdo, marketing de atração, email marketing e dicas práticas. O curso termina com uma conversa com a convidada Noélia Brito sobre Expectativas e Perspectivas para eleição 2016. Noélia é jornalista, procuradora do Município do Recife e editora do Blog da Noélia Brito, de conteúdo político. Milita ativamente nas redes sociais e possui um perfil no Google+ que já obteve mais de 13,6 milhões de acessos. Fátima Silana é especialista em inteligência, comunicação e monitoramento em mídias sociais com mais de 12 anos de experiência profissional, além de Gerente de Projetos da E.life, empresa brasileira pioneira e líder na América Latina em monitoramento, análise e gestão do relacionamento nas mídias sociais. Leandro Rehem é publicitário especialista em marketing digital, conteúdo para web e novas mídias. Atualmente, é sócio da LeWay Marketing & Conteúdo.

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Anatomia dos juros altos

O Brasil pratica a maior taxa de juros real e nominal do planeta. A esse custo do dinheiro trava-se o consumo e o investimento. Ademais, o custo fiscal é muito alto. Em 2015, o governo pagou aos credores cerca de meio trilhão de reais de juros, equivalente a 8% do PIB. E entre dezembro de 2014 e de 2015, graças à elevação da taxa de juros, o País desembolsou R$ 190 bilhões a mais. Esse valor é muito superior à meta de déficit primário aprovado recentemente pelo Governo Temer para 2016. As razões para o Banco Central praticar eventualmente juros altos não residem apenas no seu objetivo de manter a inflação de demanda sob controle. Há outras duas razões macroeconômicas importantes. Até o início da década passada juros altos atraiam capitais de curto prazo que ajudavam a financiar o déficit de transações correntes. Historicamente, investimento direto e financiamentos externos não fechavam essa conta. Os capitais de curto prazo eram quase sempre necessários para bancar a diferença. Por conseguinte, quando o País não conseguiu gerar saldos crescentemente positivos na sua balança comercial e atrair novos investimentos e financiamentos de forma sustentável, juros reais elevados foram funcionais para atrair os dólares necessários para equilibrar o balanço de pagamentos. A outra razão - muito mais importante e atual- é o desequilíbrio fiscal do setor público. Este setor captura a poupança privada oferecendo taxas de juros atraentes para financiar o seu déficit. A irresponsabilidade fiscal do passado gerou enormes déficits internos que são financiados com poupança privada intermediada pelas instituições financeiras. Uma vez que o estoque da divida representa cerca de 68% do PIB, o mercado para cobrir a possibilidade do default incorpora aos juros um fator de risco. Para rolar essa divida, indexada parte a Selic e parte a índices de preço, a União precisa oferecer uma remuneração que, no fundo, estabelece uma rigidez para baixo na taxa de juros real. Esses são os fundamentos para o argumento de que a taxa de juros real no Brasil tenha um piso alto porque cumpre duas funções: a primeira, agora não mais existente, mas que foi importante no passado, é ajudar a financiar o déficit externo (transações correntes), captando poupança do resto do mundo e, a segunda, bastante atual, é financiar o déficit interno (divida pública), captando poupança doméstica através do sistema financeiro. Todavia, essas razões não são as únicas que explicam as altas taxas de juros. É necessário entender, também, como funciona a intermediação financeira no Brasil e porque esse mercado pratica spreads (diferença entre o custo da captação e da aplicação) tão elevados. Segundo o Banco Mundial, o spread, brasileiro é um dos mais altos do mundo (22,8% em maio de 2016, sendo 32% no segmento de pessoas físicas e 12,2% no de pessoas jurídicas). Por que essa diferença é tão alta? Em primeiro lugar, há um prêmio pela inadimplência. Na composição do spread, a inadimplência responde, por cerca de um quarto da diferença. Em segundo lugar, há o mark-up dos bancos constituído pela soma das participações no spread das despesas administrativas (9,2%), dos impostos diretos (25,4%) e dos lucros (37,75%; dados de 2014). Pergunta-se: Existe indício de cartelização por parte do sistema bancário? Os lucros dos bancos são exagerados? A teoria econômica ensina que, em mercados onde o produto é artificialmente escasso e muito caro em comparação com mercados onde há mais competição, existem fortes indícios de práticas monopolísticas. Existe, de fato, um poder de mercado que se manifesta pelo elevado spread, pela escassez relativa de crédito e por altos lucros. O spread bancário é uma medida da eficiência e da competitividade do sistema financeiro. Países mais desenvolvidos e com sistemas financeiros mais competitivos apresentam spread inferiores a 10% e volumes de crédito, medidos com relação ao PIB, relativamente elevados. Além disso, a concentração bancária está longe de ensejar uma saudável concorrência no mercado de crédito. No Brasil, os quatro maiores bancos- dois públicos e dois privados- respondem por 70% do volume de crédito. É importante estimular a competição entre os bancos. Mais competição amplia o crédito e reduz o seu custo. Isso significa maior desenvolvimento para o mercado financeiro e para a economia como um todo. Caso essas condições se estabeleçam, os juros irão cair até atingir um ponto de equilíbrio que sempre será testado pelo mercado. O importante é que a oferta de crédito aumente e o seu custo caia a níveis que permitam retomar o crescimento econômico.

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Conjuntura torna eleição imprevisível

Múltiplas candidaturas. Pelo menos cinco partindo com força - seja de estrutura, reconhecimento político ou tempo de TV. As eleições municipais do Recife sinalizam um cenário com toda tendência de segundo turno, após 12 anos. A última eleição na capital pernambucana que foi para o segundo turno foi entre João Paulo e Roberto Magalhães, no ano 2000. A deliberação oficial sobre as candidaturas e coligações acontece entre 20 de julho e 5 de agosto. Mas a disputa já começou há um bom tempo. O PT e DEM (na época ainda PFL), atores daquele embate voltam fortes nessa eleição, mas sem favoritismo. Os democratas representados pela pré-candidata e deputada estadual Priscila Krause. Os dois mais votados nas eleições 2012, Geraldo Júlio (PSB) e Daniel Coelho (PSDB) voltam a se enfrentar no pleito de outubro. O partido do prefeito apresenta recall maior que naquele embate, mas sem uma figura que foi fundamental para aquela decisão: Eduardo Campos. Junta-se a esse grupo o deputado estadual Sílvio Costa Filho (PRB), que sonhava até então com o apoio dos petistas e do PTB, do senador Armando Monteiro. Mais duas candidaturas com menor estrutura já foram postas: o deputado estadual Edilson Silva (Psol) e o presidente do PV Carlos Augusto Costa. “Podemos esperar uma eleição muito pulverizada. Muitos candidatos, muitos dos quais competitivos. O segundo turno é certo e o resultado é uma incógnita. Priscila agrega a bandeira da mulher, além de experiência no Legislativo. Ela tem capacidade de reunir as chamadas bandeiras de centro-direita. Daniel sempre teve excelentes performances devido a sua boa capacidade comunicacional”, avalia o cientista político e professor da Unicap, Thales Castro. Apesar do reconhecimento popular de João Paulo, o especialista acredita que o desgaste do impeachment no seu partido trará dificuldades para o ex-prefeito recompor sua base e reinventar o discurso. A participação do DEM e do PSDB no ministério do governo provisório de Michel Temer é visto pelo cientista político Túlio Velho Barreto como um fator que poderá resultar num empoderamento dos seus candidatos na disputa local. No caso, Priscila Krause e Daniel Coelho. No entanto, ele ressalta que horizonte político até outubro ainda não é claro. Um maior ou menor envolvimento dos atores políticos locais no governo e o desgaste das denúncias de corrupção poderiam tanto contribuir como prejudicar tais candidatos no Recife. “A morte de Eduardo Campos, único real líder do PSB no Estado, certamente, afetará a campanha. Não se sabe o que acontecerá com a disposição do PMDB de emplacar o candidato a vice na chapa, o que significaria o afastamento do atual vice- -prefeito Luciano Siqueira, do PCdoB”, avalia. Sobre o prefeito Geraldo Júlio, Thales destaca que o socialista entrará numa eleição na situação oposta a que enfrentou quatro anos atrás. Em 2012, a força e habilidade de costura política do ex-governador Eduardo Campos, aliado ao intenso desgaste interno do PT, que detinha a prefeitura, levou o então desconhecido secretário de desenvolvimento econômico, mas com rejeição baixíssima, a uma vitória no primeiro turno. “Geraldo Julio tinha Eduardo Campos como principal cabo eleitoral e ainda contava com uma aliança com Lula e Dilma. Há uma diferença brutal desse contexto de alianças”, afirma. Na ocasião, o atual prefeito contava com 12 partidos no seu palanque, que garantiu a eleição do então pouco conhecido secretário no primeiro turno. Daquela Frente Popular, ao menos o PRB e PV terão candidaturas próprias. Até o partido do vice-prefeito Luciano Siqueira, o PCdoB, não está garantido na coligação devido ao apoio socialista ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para Velho Barreto, as dificuldades da gestão socialista se agravaram com o afastamento das legendas do DEM e  do PSDB em Pernambuco e no Recife. “No plano local, o PSB parece ter se precipitado ao afastar ainda mais o DEM e o PSDB ao solicitar os cargos que esses partidos ocupavam na prefeitura e Estado. Tal fato pode ter sido resultado do açodamento dessas legendas em lançar os seus pré-candidatos, mas, fundamentalmente, parece ter resultado da inabilidade em costurar a manutenção da aliança ou de manter uma relação de proximidade que permitisse alguma composição na frente, ou seja, antes, durante ou depois da disputa eleitoral”, afirma. Além das múltiplas candidaturas fortes, a crise econômica e política torna a eleição ainda mais imprevisível. “O cenário nacional de incerteza, denuncismo e delações promove uma desorientação no eleitor. Em outubro ainda estaremos submersos nessa crise continuada. Uma eleição atípica e oposta ao quadro econômico de 2012, quando Pernambuco surfava numa onda de muitos investimentos e euforia. Hoje omomento é de esgotamento tributário e financeiro do País”, afirma Thales. Soma-se ainda a esse cenário turbulento a estreia de uma série de regras eleitorais que irão reduzir drasticamente o período de realização de campanha oficial, o tempo disponível em rádio e TV e uma queda no financiamento, devido à proibição da doação de recursos por parte das pessoas jurídicas. Em tese, o discurso de cada candidato ganha mais força frente as restrições. REJEIÇÃO. Estudo do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) realizado em Parceria com a Folha de Pernambuco no final de junho indicou um fato preocupante para todos os pré-candidatos à prefeitura: o índice de rejeição é muito elevado. O único pré-candidato ao pleito municipal com menos de 50% de rejeição é Carlos Augusto (?), que tem 48%. As maiores rejeições são dos deputados Edilson Silva (57%), Priscila Krause (54%), Sílvio Costa Filho (53%) e Daniel Coelho (52%). O prefeito Geraldo Julio e o ex-prefeito João Paulo ficaram empatados com 50%. (Por Rafael Dantas)

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