Arquivos Notícias - Página 616 de 652 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Até o íntimo do íntimo

Dom Helder Câmara pediu audiência com um importante empresário (e também político) por quem tinha admiração e amizade. Indagado sobre do que se tratava, o Dom respondeu que o mote era o estilo de vida do amigo. Ao encontrá-lo, demonstrando preocupação, o pai dos pobres disse ao bem sucedido que a correria escondia, sem ele notar, um medo de encontrar-se com si mesmo. No texto em que narra esse episódio, Dom Helder afirma com sabedoria: “Tenho visto pessoas que parecem dinâmicas, decididas, fortes, sabendo pensar, sabendo querer, mas na hora de pensar em si, de olhar até o íntimo do íntimo, mil pretextos surgem, mal escondendo o meio pavor ou o pavor e meio de olhar de cheio para o próprio eu...”. Isso foi escrito na década de 70. Acrescente agora 40 anos e chegarás à conclusão que o mundo mudou. Para pior! Além do trabalho em demasia, nos foi adicionado um ingrediente perigoso: tsunami de informações sem filtro algum. Tudo ao nosso alcance. Tenho refletido sobre o nosso ritmo frenético de cada dia, causado pelo excesso de trabalho e de conteúdo. Rapaz, as informações têm chegado em quantidade tão avassaladora que Tico e Teco andam se estranhando. Férias aos neurônios, exijo! Ócio para o cérebro, reivindico! Feliz de quem consiga represar o conteúdo da sociedade moderna. Mais feliz ainda quem filtra ou ignora. Notícias chegam em velocidade estonteante. Depois de meia hora aquilo já não é novidade. Você chega naquela roda de amigos para contar o que ninguém sabe e, surpresa! Sim, todo o mundo já sabe. Tudo está na palma da mão. A informação democratizou-se em demasia. Banalizou-se. Entre as vinte e uma horas do jornal televisivo e as seis horas do dia seguinte, dois ministros já caíram. Quando o zelador entrega o jornal impresso, bem cedinho, já verbaliza que a manchete está desatualizada porque “saiu na internet, doutor, que...”. Criei dependência psicológica da tríade jornal-café-banheiro. Talvez por isso não abandone nem tão cedo a tinta suja do impresso. Teria que fazer terapia para atitude tão corajosa. Mas não bastasse o jornal, tem também o Facebook, o Whatsapp, o podcast do Murilo Gun, os sites especializados em matérias jurídicas. Tudo contribui para hemorroidas. O que antes se fazia em dez minutos, agora leva-se uma hora, sentado ao trono. É o rei escravizado pelo excesso de informação. A vida exige que eu saiba mais e trabalhe mais. Cada vez mais. Então, produtividade, eficiência e conhecimento é o que querem de mim. Run Forrest, Forrest Run! Com informação, estudo e trabalho em demasia, cuidado, o AVC se avizinha. A vida é atropelo, correria. Não vou deixar essa armadilha me pegar. Continuarei valorizando o trabalho. Ele é fundamental à vida como o próprio ato de respirar. “Sem o seu trabalho, o homem não tem honra e sem a sua honra se morre e se mata”, cantou Gonzaguinha. Mas decidi que, a partir de agora, o tempo é o meu. A batida é a minha. Escravizar-se pelo mundo dos negócios 24 horas por dia é afastar-se de si mesmo. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio. Estou com 40 anos e com tesão enorme pela minha profissão. Mas, na mesma proporção, com muito desejo de me conhecer melhor. Animado para olhar, como disse o Dom, “até o íntimo do íntimo”. Doar tempo ao “eu” de quem tanto me afastei.

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Luiz Gonzaga: um rei na paisagem

Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido pelo Brasil inteiro como o Rei do Baião, falecido no Recife, em 2 de agosto de 1989, foi considerado por muitos como o Pernambucano do Século quando da passagem do ano de 2000. Em 12 de março de 2015, quando a cidade do Recife festejava o seu 378º aniversário, a prefeitura resolveu homenagear o Rei do Baião com um imenso painel de 77 metros de altura, oito metros de largura e 3,6 de profundidade, com sua imagem em cores vivas fixada no edifício sede. A monumental obra é de autoria do muralista paulista Eduardo Cobra, conhecido internacionalmente por seus trabalhos estampados em 14 países, em cidades como Nova York, Los Angeles e Moscou. O Gonzagão, como foi intitulado o painel da Prefeitura da Cidade do Recife, é a lateral de prédio com mural mais alta da América Latina. O trabalho mostra o cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, com seu chapéu de couro e sua inseparável sanfona branca de 120 baixos. Para a confecção do mural, Eduardo Kobra usou cerca de 900 latas de spray e mais de 200 galões de esmalte sintético na fachada da prefeitura. "O equipamento foi instalado na face do prédio voltada para o rio e para a Rua da Aurora. É a maior imagem exposta em uma fachada na América Latina”, diz o artista. Nos dias atuais, quem quer que aviste o edifício da Prefeitura, localizado no Cais do Apollo, em qualquer hora do dia ou da noite, vai contemplar a monumental imagem de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião emoldurada pelo céu azul do Recife e pela mansidão do Capibaribe no seu caminhar em busca do oceano Atlântico. DE EXU PARA O MUNDO. Nascido em 13 de dezembro de 1912, no dia em que a Igreja Católica Romana celebra a festa de Santa Luzia, Luiz Gonzaga do Nascimento veio a tornar-se maior divulgador da música rural nordestina. Acompanhando o pai Januário, por bailes e feiras da região, o menino foi, aos poucos, afeiçoando-se aos oitos bai­xos e aos costumes. Cenas e usanças da região que viera des­crever mais tarde. Ao completar 17 anos, fugindo de um castigo de seu pai, o menino Luiz segue para Fortaleza onde se alista no Exército. Em outubro de 1930, com a Revo­lução Liberal é transferido para a Paraíba, percorre vários Estados do Norte, viajando, logo de­pois, para o Centro-Sul aonde vem fixar-se em Minas Gerais. Já no Rio de Janeiro, em 1939, deixa o Exér­cito e vai ganhar a vida como sanfoneiro. Passou a frequentar programas de rádio e surgiu assim o convite de Ja­nuário Franca para acompanhar Genésio Arruda numa gravação na RCA Victor; onde é convidado por Ernesto Matos para participar como solista: Em 1941, Luiz Gonzaga gravou os seus dois primeiros discos 78 RPM. Deixando a Rádio Clube passou para Rádio Tamoio, com um contrato de seiscentos mil réis acrescido da proibição de cantar; tão somente instrumentista. A sua primeira gravação como cantor veio acontecer em 1943, na mazurca Dança Mariquinha, feita de parceria com Miguel Lima. No ano seguinte deixa a Rádio Tamoio, passando para o cast da Rádio Nacional, onde Paulo Gracindo o apelida Luiz "Lua" Gonzaga, numa referência ao rosto redondo. Em 1945, quando do final da Segunda Guerra Mundial, Gonzaga com­põe com Miguel Lima o calango Dezessete e setecentos. No mesmo ano e com o mesmo parceiro, compõe Penerô xe­rém e a mazurca Cortando o pano, tornando-se parceiro, a partir daquele ano, do cearense Humberto Teixeira com quem compôs gran­des sucessos. Dessa parceria surgiu Baião, gravado pelos Quatro Ases e um Coringa na Odeon, gravado em 1946. Inspirado na vestimenta do cangaceiro nordestino e nos vaqueiros do Araripe, Luiz Gonzaga passou a apresentar-se encourado firmando-se como uma marca registrada em todo Brasil. No final dos anos 40 do século 20, surge o encontro com o então estudante de medi­cina José de Souza Dantas Filho... “Estávamos no ano de 1947, no Grande Hotel do Recife, e assim surgiu a parceria Zé Dantas-Luiz Gonzaga responsável pelos maio­res sucessos do baião nos anos 50”. Ao lado de Zé Dantas e Paulo Roberto, Gonzaga par­ticipou, em 1953, do programa da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, depois se transferiu para São Paulo quando suas apresenta­ções ficaram, cada vez mais, restritas a cidades do interior e ao ciclo junino. No mercado discográfico os seus discos con­tinuaram a ser reprensados e, com o aparecimento dos novos discos 33 RPM, os seus maiores sucessos tornaram a ser reeditados pela RCA. Com o aparecimento da bossa nova, da Jovem Guarda, da música dos Beatles e do Elvis Presley, nos anos 50 do século 20, Luiz Gonzaga eclipsou o seu talento e sumiu no cenário da música brasileira. Coube a Carlos Imperial chamar a atenção para o que muitos julgavam... “superado e obsoleto”: A música dos Beatles têm nítidas semelhanças com a música nordestina. Na se­gunda metade dos anos 60 foi o próprio Carlos Imperial que se encarregou de espalhar o boato de que os rapazes cabe­ludos do conjunto The Beatles iriam gravar Asa Branca. Na linguagem dos jornais, de uma "barriga" o Brasil despertou para a grande figura de Luiz Gonzaga. Daí em diante Luiz Gonzaga vol­tou a crescer, e voltou às paradas de sucesso com Ovo de codorna. Nestes três últimos discos, Luiz Gonzaga chegou atingir a mais de 200 mil cópias vendidas em cada lançamento. No âmbito discográfico suas gravações passaram a contar por vezes, com a participação de seu filho Gonzaguinha, Humberto Tei­xeira, Emilinha Borba, Carmélia Alves, Nélson Valença, José Marcolino, Fagner, Gal Costa, Elba Ramalho, Dominguinhos, Sivuca, Dorinha Gadelha, Alcione, dentre outros. O Rei voltou ao seu trono; novamente o baião vol­tou a reinar.

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As campanhas políticas são machistas

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, Teresa Duere, fala à equipe da Algomais sobre sua trajetória social e política. Sua amizade com Dom Helder e a sua experiência de viver no Chile, em anos de ditadura militar no Brasil também entraram na conversa. Recifense, ela foi uma das deputadas estaduais de maior destaque na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Como foi a sua infância? A minha infância foi muito boa. Sou recifense com muito orgulho. A cidade ainda era pacífica. As crianças podiam brincar na rua, podiam viver e ser criança. Tinha o Parque 13 de maio, tinha a festa da mocidade... Morei na Av. Visconde de Suassuna. Meu pai era empresário e depois foi político. O único trabalho da minha mãe foi ser voluntária no Banco da Providência com Dom Helder Camara. A senhora teve contato com Dom Helder? Trabalhei nove anos com ele. Eu fui fazer parte de um movimento chamado "Bandeirantismo" que, à época, era uma forma de você dar formação. Quem foi minha chefe foi Zezita Cavalcanti, secretária de Dom Helder. Fui uma das selecionadas para estagiar e lá fiquei trabalhando em uma área que Dom Helder chamou de "Operação Esperança", que era um movimento de formação de grupos para discutir as questões de direitos sociais, principalmente nas periferias. Depois ele ganhou um prêmio do exterior e quis mostrar que a reforma agrária era possível. Com esse prêmio comprou três engenhos e a partir daí fui trabalhar na zona rural, na questão da reforma agrária, no Cabo. Eu devia ter uns 20 e poucos anos. Como era esse trabalho? Reunião com associações. Trabalhava com eles para a formação da comunidade do engenho, formávamos escola, tínhamos uma área coletiva onde todos tinham que dar uma contribuição. Todo um trabalho de educação social. Esse trabalho influenciou sua carreira? Eu acho que não influenciou. Eu sempre gostei. Eu tenho um compromisso muito grande com a questão social, popular. Achei que o curso de Serviço Social seria o caminho a seguir, e foi. Foi um caminho que me deu muito conhecimento de instrumentos para essa questão. Depois, houve o golpe militar e consideraram que essa área rural de Dom Helder era guerrilha e aí tivemos - eu e Zezita - que sair. Eu fui para o Chile e ela para o México. Eu passei cinco anos fora, de 68 até 73. Como foi essa experiência? Eu trabalhava em uma fábrica de móveis que tinha sido tomada pelos trabalhadores e, à tarde, trabalhava em um projeto de pesquisa e estudo sobre as questões que estavam ocorrendo naquele momento. Era um grupo de intelectuais e eu ajudava como um apoio administrativo. Como era a atmosfera na época? A gente tinha muito receio, porque o governo brasileiro tinha profissionais para ficar nos acompanhando. Não podíamos formar grupos, a não ser que você conhecesse. Havia um isolamento grande pelo medo que tínhamos de se relacionar porque essas pessoas poderiam ser informantes. Não que fizéssemos grandes coisas, mas, por exemplo, íamos para as marchas de Salvador Allende. Sábados e domingos colhíamos vinhas que tinham sido tomadas pelos agricultores. Os estudantes eram convocados e nós íamos, pois não havia máquinas. Nunca me arrependi. Foi uma experiência válida. Como foi a queda de Allende? Eu saí 24 horas antes dele cair. Tinha uma pessoa muito amiga de Dom Helder, que era ministro, e ele me disse: "Vá embora enquanto é tempo. Tem um avião saindo para Buenos Aires, pegue e vá embora". Pegamos o avião e fomos. Ficamos em Buenos Aires para de lá voltarmos para o Brasil. Mas só pude voltar para o Recife na Anistia, em 79. Enquanto o processo corria, fiquei no Rio de Janeiro. Ainda quando cheguei lá quiseram me prender. Nesse período que fiquei no Rio. Tive apoio do pessoal de Dom Helder para trabalhar, mas sempre quis voltar para Recife. Quando pude voltar, fui falar com velhos companheiros de luta e as pessoas sempre diziam que não podiam fazer nada. A vida é muito interessante mesmo, porque quem me telefonou convidando para voltar foi Gustavo Krause. Ele me disse: "Olhe, sou prefeito do Recife, mas quero dizer a você que se você quiser voltar para o Recife, tenho um lugar". Eu respondi que não me filiaria ao partido dele, mas ele me deixou à vontade. Até que chegou uma época em que se falava muito dos "Tupamaros de Krause" (risos), que era aquele pessoal mais de esquerda que ele chamou para fazer o trabalho social. Eu era um desses. Construímos várias ruas, fizemos os barracões, grupos de ações comunitárias, feirinhas típicas... Teve um trabalho social muito intenso naquela época. Ele dava autonomia completa. Qual foi a emoção de ter voltado para Recife depois de tanto tempo? Recife é meu lugar, eu amo essa cidade, gosto de Pernambuco. Às vezes as pessoas dizem que se tivessem mais novas iriam embora por causa dos problemas. Se eu fosse mais nova ficaria aqui e não tenho nenhuma vontade sair, a não ser para passear. Tenho que lutar por isso, é minha raiz e meu povo. Voltar para o Recife foi um recomeço de muita coisa e foi interessante porque voltei dessa forma. Depois Krause foi ser vice de Roberto Magalhães. Como você entrou para a vida político partidária? Depois de trabalhar na área de habitação no governo, fui convidada por Marcos Vilaça para a Legião Brasileira de Assistência (LBA). Fui posteriormente ser diretora nacional da LBA no Rio de Janeiro. A intermediação para a carreira política veio através de Marcos Vilaça, que era muito amigo. Ele ficou forçando para que eu me candidatasse e fui a Dom Helder, que me encorajou. Fiquei preocupada com a ligação com o partido de José Mendonça, mas Dom Helder disse que isso não valia de nada. O importante eram meus princípios, convicções e o trabalho que eu iria fazer. Fui e fiquei na suplência de José Mendonça. Sempre ficava desconfiada porque todos diziam que ele era coronel, mas hoje digo que foi um grande

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Museu da Cidade do Recife apresenta Paisagens

O Museu da Cidade do Recife recebe, a partir do próximo dia 16 de julho, a mostra Paisagens. Composta por 22 fotografias da artista visual francesa Dominique Berthé, a exposição é baseada no livro homônimo, lançado em março deste ano no MCR, e que reúne imagens captadas no nordeste brasileiro desde o início dos anos 20006, quando a fotógrafa veio morar definitivamente no país. A mostra pode ser conferida até o dia 28 de agosto, com entrada franca. O Museu fica no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, e funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. Os registros, que retratam texturas naturais, marcas da passagem do tempo no homem e na natureza, foram impressos em papel de tela de algodão em variados tamanhos e divididos em quatro ambientes: cinza de cana queimada, cana queimada inteira, cabelos e sala de projeção de imagens (serão projetadas todas as fotos do livro e mais 50 extras) com paisagem sonora – a captação de sons foi feita por Saluá Oliveira, durante as viagens de Dominique pela região. A poeta pernambucana Maria Alice Amorim também acompanhou a fotógrafa na feitura de algumas imagens, as mais recentes, em busca de inspiração para a concepção do poema Pays Sage, que recorta todo o livro e agora estará disposto para leitura na mostra. Com essas imagens de plantações de cana de açúcar, Paisagens dialoga com a exposição anual, Doc(e) Recife, em cartaz no Museu, e que aborda a história do município através da trajetória do açúcar e seu impacto na vida política, econômica, social e cultural da cidade. No Museu, estará disponível para venda o livro Paisagens. São 84 páginas que reúnem 96 fotos, realizadas desde seus primeiros carnavais olindenses, em 1997, até material exclusivo feito na Chapada Diamantina, em 2015, especialmente para o projeto, abrangendo também cidades como Petrolina, Recife, Ipojuca e Seridó. A ARTISTA Dominique Berthé (Brest, França, 1962) é uma das mais destacadas artistas visuais francesas radicadas em Pernambuco, realizando trabalho escultórico, fotográfico e instalações marcados pela articulação entre o uso de materiais diferenciados (ferro, água, plástico, vidro, entre outros) e soluções construtivas (cortes, encaixes, dobras, nós) típicos de uma artesania construtiva, além do emprego de uma linguagem plástica referenciada na história da arte contemporânea. SERVIÇO Mostra Paisagem, de Dominique Berthé Onde: Forte das Cinco Pontas – Museu da Cidade do Recife (Praça das Cinco Pontas, s/n - São José, Recife) Quando: De 16 de julho a 28 de agosto Quanto: Acesso gratuito O Museu funciona de terça a domingo, das 9h às 17h

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Gravatá sedia maior feira de calçados do Nordeste

De 12 a 14 de julho, Gravatá sedia a 19ª edição da Feira Calçados Nordeste. Considerada a maior feira do segmento calçadista na região, a Calçados Nordeste vai trazer as novas tendências do segmento, com a Coleção Primavera-Verão 2016. A feira, que acontece no Centro de Convenções do Hotel Canariu's, terá 58 estandes e mais de 170 marcas de âmbito nacional. A expectativa de negócios é de aproximadamente R$ 50 milhões, fomentando assim o comércio dos estados de Alagoas, Pernambuco,  Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Nos três dias do evento, 1,5 milhão de pares de calçados, além de bolsas, cintos e acessórios, devem ser comercializados. Estão confirmadas as participações de grandes marcas conhecidas no mercado.  "Pernambuco é considerado um dos maiores centros de negócios da região. Com localização privilegiada e infraestrutura turística de primeira qualidade, é o mais apto e adequado para receber fabricantes, representantes, lojistas e convidados", afirma o diretor executivo da Lampejo Comunicação, Marketing e Eventos, Artur Brito. Sucesso – Realizada desde 2007, a Calçados Nordeste é destinada a lojistas e fechada ao público varejista. Consolidada como uma grande oportunidade de negócios, tem como objetivo alavancar as vendas do setor calçadista, assim como proporcionar aos lojistas maior conforto e maior possibilidade de negociação,  com diversas marcas em um mesmo local.

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JMJ Live é o maior festival católico gratuito

Um festival católico de grandes proporções e, com entrada gratuita, tomará conta do Campo de Marte, em São Paulo. Manifestações de fé se unirão à arte durante os dias 28, 29, 30 e 31 de julho, período em que ocorre, na Cracóvia (Polônia), a Jornada Mundial da Juventude. O JMJ Live transmitirá, ao vivo, as principais atividades do evento europeu, inclusive as celebrações presididas pelo Papa Francisco. Além das missas, a programação inclui shows do padre Marcelo Rossi, além de outras atrações musicais - divididas em três palcos. A iniciativa é do Portal Católico e, segundo Edu Amato, organizador, o JMJ Live foi concebido com o conceito de ser a alternativa aos jovens que não podem viajar o mundo atrás do Papa Francisco. "Os que não podem participar presencialmente da Jornada vão poder se sentir inseridos e em total sintonia com o Papa e os jovens do mundo inteiro", diz. Atrações musicais como Rosa de Saron, Dunga, Ziza Fernandes, Tony Alysson e Adoração e Vida se apresentarão em grandes shows. O palco Coreto, que tem a intenção de aproximar o público ao artista, contará com vários outros artistas que têm se destacado nos últimos anos. O evento será transmitido também pela internet e terá um canal via satélite disponível para TVs Católicas. SERVIÇO – JMJ LIVE DATA: 28, 29, 30 e 31 de Julho HORÁRIO: De quinta a sábado das 10h às 22h e Domingo das 8h30 às 18. LOCAL: Campo de Marte ENDEREÇO:Avenida Olavo Fontoura, 1078 - Santana - São Paulo INGRESSOS: Gratuito CAPACIDADE: 36 mil pessoas SITE OFICIAL: WWW.JMJLIVE.COM

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Teatro e férias, uma combinação perfeita (Por Romildo Moreira)

A lógica que justifica um período de gozo de férias é descansar o corpo e a mente. Tanto para adultos quanto para crianças esse argumento é válido, mesmo que alguém questione o cansaço físico de uma criança que apenas estuda e brinca se comparado com o do adulto com seus mil afazeres. Só que não é tão simples assim a comparação, se considerarmos que em qualquer faixa etária, ou atividade, o que eleva o grau de cansaço do corpo e da mente de uma pessoa é a repetição das atividades que nos acostumamos a chamá-la de rotina. E rotina todos nós temos porque faz parte da nossa organização em sociedade. Daí podermos afirmar, categoricamente, que férias são para fugir da rotina. Assim sendo, por não fazer parte do nosso dia a dia o lazer cultural, com exceções, é claro, que tal aproveitar às férias de julho para ir ao teatro, visitar museus, conhecer os pontos turísticos da nossa própria cidade e do nosso estado que a “rotina” não permitiu fazê-los ainda? – Lembremos aqui que outra rotina pode se apoderar do período de férias, sem eliminar o cansaço e, de quebra, imprimir um tédio para cansar ainda mais a mente, que é a seguinte: dormir, acordar, comer, dormir... São muitas as opções culturais que dispomos em Pernambuco neste período, é só escolher entre elas e não deixar que a preguiça se aposse de um “ser em férias”, entediando-o (com o tripé apontado acima) e levando-o a perder o gozo das férias. Por isso vamos apresentar algumas sugestões para todos os públicos, na capital e no interior, que são: o Festival de Teatro para Criança de Pernambuco; a Mostra Brasileira de Dança e o Festival de Inverno de Garanhuns, só para citar alguns eventos artísticos. O Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco, em sua XIII versão, apresenta aos sábados e domingos até o dia 31 de julho, no Recife, uma programação de excelente qualidade para o público infanto-juvenil (vide sugestões abaixo), como já citamos no artigo anterior. Por falar nisso, pedimos desculpas aos que fazem a Metron Produções, que é a realizadora desse festival, por termos chamado, equivocadamente, de Festival de Teatro para Crianças do Recife, em vez de Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco, que é a denominação correta. A Mostra Brasileira de Dança que terá início no dia 29 de julho, finalzinho do mês, mas em tempo ainda de contribuir com o período de férias, enriquece a programação artística da cidade do Recife até o dia 07 de agosto, com espetáculos vindos de várias regiões do país, e locais, tornando-se outra opção imperdível para os que se encontram em férias na capital pernambucana. Quanto ao Festival de Inverno de Garanhuns, que acontecerá no período de 21 a 30 de julho, além de uma programação teatral de excelente qualidade apresentada diariamente no Teatro Luiz Souto Dourado, há uma fartura de ofertas artísticas composta por circo, dança, cinema e música, contando também com uma vasta programação cultural incluindo literatura, cultura popular, feira de artesanato, oficinas culturais, etc. Ah, não podemos esquecer que no Centro de Convenções de Pernambuco há a Fenearte até o dia 17 de julho, uma grande mostra da produção do artesanato do Brasil e do mundo, recheado de atrações artísticas a exemplo do show de Lia de Itamaraca. Confira a programação e divirta-se. Lembre-se, você está em férias. Pois bem, como já disseram Morais Moreira e Galvão na música intitulada Dê um Rolê, magistralmente interpretada por Gal Costa no disco Fa-Tal, “Não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa”, e aproveite esse período de temperatura amena para curtir férias revigorantes, deixando que a arte e a cultura marquem bem o compasso do seu coração. Boas férias e divirta-se! – E “não se esqueça pessoa...” que a vida é mesmo boa. DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ NO RECIFE: “JOELMA”, com Fábio Vidal. Local: Teatro da Caixa Cultural (Marco Zero) Dias: 08,09 e 10/07 – às 20h Preços: R$ 10,00 e R$ 5,00 – Informações: 34251915. Programação do XIII Festival de Teatro para Criança de Pernambuco: “Malévola e Aurora em Uma Bela Adormecida”, da Capibaribe Produções (foto acima) Local: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Dias: 09 e 10/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações 988590777. “Histórias de lenços e Ventos”, com o Galpão das Artes Local: Teatro Experimental Roberto Costa (Paulista North Way Shopping) Dias: 09 e 10/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00. – Informações 988590777. “Cinderela – A Gata Borralheira”, com a Cia. do Sol Local: Teatro de Santa Isabel Dia: 09/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações 98859077. *Romildo Moreira é ator, autor e diretor de teatro

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PIB tem queda de 2,4% em Pernambuco

A Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem divulgaram durante coletiva nesta quinta-feira (7/07) os dados do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco referente ao 1º trimestre de 2016. A novidade nos dados divulgados é que foi adotada uma nova metodologia de coleta a partir de uma série com ajuste sazonal. A nova metodologia possibilita a comparação do desempenho da economia estadual com o trimestre imediatamente anterior, garantindo a comparabilidade com os resultados do PIB nacional, apurados pelo IBGE, nessa componente temporal. Segundo o boletim, o PIB apresentou uma queda real de 2,4% no primeiro trimestre de 2016 quando comparado ao quarto trimestre de 2015. No Brasil, essa queda foi de 0,3%. Na comparação com o 1º trimestre do ano passado, o recuo do PIB pernambucano foi de 9,6%, quando no país o PIB caiu 5,4%. No trimestre, o desempenho decorreu do comportamento dos três grandes setores econômicos: Agropecuária (-7,3%), Indústria (-3,6%) e Serviços (-1,4%). O valor adicionado da economia pernambucana, neste comparativo, registrou uma retração de 2,2%, enquanto os impostos líquidos sobre a produção decresceram 3,9%. Em valores correntes, o PIB do primeiro trimestre de 2016 alcançou R$ 39 bilhões. O presidente da Agência Condepe/Fidem, Flávio Figueiredo, explicou a mudança na forma de coletar os dados do PIB. “É o resultado da busca permanente pelo aperfeiçoamento metodológico para oferecer à sociedade, em geral, números que contribuam para uma visão mais completa da realidade econômica de Pernambuco no curto prazo”. Com relação aos números, o gestor relata que eles mostram que a crise política e econômica que o País atravessa chegou a Pernambuco. “Não sentimos tanto no ano passado, mas estamos trabalhando para mudar o mais rapidamente possível este cenário econômico”, comentou. Segundo ele, apesar do cenário econômico, o Estado tem mantido a normalidade de serviços. “Estamos com as contas equilibradas, com as grandes obras em andamento e mantendo os serviços em funcionamento, a exemplo das UPAS e Escolas Técnicas. Os salários dos servidores estão sendo pagos em dia”, frisou. Ele disse acreditar que quando esta fase passar, Pernambuco continuará saindo na frente dos demais Estados com altos índices de crescimento. “A retomada em Pernambuco será mais rápida, principalmente no caso da indústria, que hoje tem uma base instalada maior e melhor”, comentou. Presente ao evento, o coordenador do Departamento Econômico do Banco Central em Pernambuco, Fernando de Aquino, anunciou um acordo de cooperação técnica com a Agência Condepe/Fidem para utilizar o cálculo do PIB pernambucano na elaboração do Índice de Atividade daquela instituição. “É interessante para todos termos os dois indicadores convergindo. Já começamos a parceria”, afirmou.

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Refrigerante é sexto alimento mais consumido por adolescentes

O refrigerante ocupa o sexto lugar na lista dos 20 alimentos mais consumidos por adolescentes brasileiros, à frente de hortaliças e frutas. Os dados fazem parte do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, divulgado hoje (7) pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pesquisa, de âmbito nacional de base escolar, tem como objetivo estimar a prevalência do diabetes, da obesidade, de fatores de risco cardiovascular e marcadores de resistência à insulina e inflamatórios entre adolescentes. Foram avaliadas 71.791 informações passadas por jovens de 1.247 escolas de 124 municípios. Os dados mostram que a dieta dos adolescentes brasileiros é caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz (82%) e feijão (68%), e também pela ingestão elevada de bebidas açucaradas (56%) e alimentos ultraprocessados, como refrigerantes (45%), salgados fritos e assados (21,8%) e biscoitos doces e salgados. Esse padrão de alimentação, de acordo com o ministério, está associado à elevada inadequação da ingestão de cálcio, vitaminas A e E e também ao consumo excessivo de ácidos graxos saturados, açúcar livre e sódio. Os números indicam, por exemplo, que mais de 80% dos adolescentes consomem sódio acima dos limites máximos recomendados (5 gramas por dia). A prevalência do consumo de frutas nessa faixa etária é considerada baixa, sendo que esse tipo de alimento aparece entre os 20 mais consumidos apenas entre meninos de 12 anos a 13 anos (18%). O café ficou entre os cinco alimentos mais consumidos no Norte, com 64%, enquanto o feijão é o segundo alimento mais consumido no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No Sul, há prevalência no consumo de refrigerantes (51%). Obesidade e sobrepeso A pesquisa revela que 17,1% dos adolescentes de 12 anos a 17 anos estão com sobrepeso, enquanto 8,4% foram avaliados como obesos. Os meninos aparecem em maior porcentagem – 10,8% contra 7,6% entre as meninas. Comportamento Ainda de acordo com o estudo, 56,6% dos adolescentes brasileiros fazem refeições sempre ou quase sempre em frente à televisão. O índice é mais elevado entre alunos de escolas públicas. A pasta alertou que o fator é significativamente associado ao menor consumo de frutas e verduras e ao maior consumo de salgadinhos, doces e bebidas de elevado teor de açúcar. Em relação à prevalência, 73,5% dos adolescentes afirmaram passar duas ou mais horas por dia em frente às telas (televisão, vídeo game e computador). O hábito se mostrou mais frequente entre meninos, alunos de escolas particulares e da Região Sul. No Norte, o índice é 48% e, no Centro-Oeste, 62%. Além disso, menos da metade (48,5%) dos adolescentes disseram que sempre ou quase sempre tomam café da manhã, enquanto 21,9% nunca fazem a refeição matinal. Sobre o hábito de comer em família, 68% informaram que sempre ou quase sempre fazem refeições com os pais ou responsáveis. O estudo também identificou que 48,2% dos adolescentes consomem cinco ou mais copos de água por dia. (Da Agência Brasil)

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Eduardo Cunha renuncia

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou há pouco à presidência da Casa. "Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiadores [...] Somente a minha renúncia poderá pôr fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará infinidamente", disse, ao ler sua carta de renúncia em entrevista à imprensa no Salão Nobre da Câmara. Ele informou ter encaminhado a carta ao primeiro-vice-presidente da Casa. Ao ler a carta, Cunha disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. "Sofri e sofro muitas perseguições em função das pautas. Estou pagando alto preço por dar início ao impeachment", disse, ao emocionar-se, pela primeira vez, em alguns momentos. O peemedebista disse também que sempre falou a verdade. "Comprovarei minha inocência nesses inquéritos. Não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja", disse. Eduardo Cunha chegou no início da tarde pela chapelaria da Câmara, passou na Secretaria-Geral da Mesa e marcou a entrevista à imprensa no Salão Nobre da Casa, apesar de ter sido autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a circular na Câmara apenas para se defender do processo de cassação no Conselho de Ética ou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em ocasiões anteriores, por várias vezes, Cunha negou que iria renunciar. Com a decisão de Cunha de deixar a vaga, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes - para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Casa até fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito. Com a renúncia, pode se encerrar o impasse sobre a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) no comando da Câmara. Maranhão assumiu o cargo desde que Cunha foi afastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O descontentamento dos deputados com a condução de Maranhão provocou, inclusive, um acordo informal para que ele não presida as sessões de votações. Todas as vezes em que Waldir Maranhão tentou quebrar este acerto, os parlamentares se recusaram a discutir e votar matérias importantes até que ele deixasse a Mesa do Plenário, que estava sendo revezada com o primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP) e o segundo vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR) – possíveis candidatos à vaga provisória da presidência. Eduardo Cunha está no quarto mandato, iniciado no PP e depois migrou para o PMDB no período em que o partido estava dividido entre apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a possibilidade de uma candidatura própria. Na eleição de 2006, Cunha integrou o grupo que militou pela candidatura própria do PMDB mas, a partir de 2007 com vitória de Lula no segundo turno, a legenda foi para a base do governo. Eleito presidente da Câmara em primeiro turno no dia 1º de fevereiro de 2015, Cunha recebeu 267 votos e derrotou três candidatos, entre eles, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que era o candidato do Palácio do Planalto na época, mas que obteve apenas 136 votos. Durante a disputa e nos meses seguintes, Cunha repetiu em diversos episódios que o governo de Dilma Rousseff resistiu fortemente à sua candidatura à presidência da Casa, o que, segundo ele, justificou a resistência sofrida por parte da base aliada na época. O comando da Câmara é exercido por dois anos, mas nos primeiros meses Cunha já começou a sentir a pressão suscitada pelas suspeitas de seu envolvimento em negócios ilícitos envolvendo contratos de empresas com a Petrobras e existência de contas secretas no exterior. Essas denúncias, aliada a reclamação de parlamentares que o acusaram de beneficiar um grupo de deputados e conduzir as votações na Casa, serviram como estopim para o início e avanço do processo de cassação de seu mandato. Processo de cassação O processo para afastar definitivamente o peemedebista começou em outubro do ano passado, quando o PSOL e a Rede entraram com uma representação contra Cunha alegando que ele havia mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou ser o titular de contas no exterior. No processo, que ficou marcado como o mais longo do colegiado, durando oito meses em função do que adversários classificaram de manobras de aliados de Cunha, a cassação acabou sendo aprovada no dia 14 de junho, por 11 votos contra 9, no Conselho de Ética. A defesa de Cunha entrou com um recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para tentar reverter o resultado. Foram elencados mais de 10 pontos em que Cunha questiona a tramitação do processo, entre eles, a intenção de aditar a representação contra ele incluindo informações sobre recebimento de propina, o ponto que trata da votação no conselho ter sido nominal e o que aponta que Marcos Rogério (DEM-RO) que, segundo ele, não poderia ter continuado como relator do caso, depois de ter mudado de partido com a janela partidária e continuar ocupando a vaga do PDT. Ontem (6), o relator do recurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pede a anulação da tramitação do processo de cassação dele no Conselho de Ética da Câmara, apresentou seu parecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) acatou parcialmente o pedido de Cunha e recomendou uma nova votação do processo no conselho. O presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), marcou para 16h de segunda-feira (11) a nova sessão para o início da discussão e votação do parecer. Para ser aprovado, o parecer de Fonseca precisará dos votos da maioria dos 66 integrantes da comissão. Havendo pedido de vista, esta manifestação pode ocorrer apenas na próxima semana, de acordo com a escolha do ex-presidente da Casa. O texto será então debatido entre parlamentares e depois o relator terá mais 20 minutos de réplica e a defesa outros 20 minutos de tréplica antes da votação. Se a CCJ decidir que Cunha tem razões para apontar problemas durante a tramitação do processo, a decisão pode provocar a reabertura

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