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Política

Túlio Velho Barreto: "Poucos legisladores criam canais mais próximos com a população"

O baixo interesse dos brasileiros pela política é uma realidade que se torna ainda mais contundente quando se fala na decisão dos representantes que irão compor as casas legislativas. O repórter Rafael Dantas conversou com o cientista político e pesquisador ds Fundaj Túlio Velho Barreto sobre esse fenômeno da apatia do comportamento do eleitor na escolha dos vereadores. O especialista apontou algumas das raízes desse problema e indicou caminhos para aumentar o engajamento da população na vida política. . Algumas pesquisas indicam que uma parcela significativa da população sequer lembra de quem votou para vereador na última eleição. O que pode explicar o desinteresse e a falta de motivação da população nas eleições municipais proporcionais? TÚLIO VELHO BARRETO - Esse fenômeno é comum igualmente nas eleições proporcionais estaduais e nacionais, ou seja, para os cargos de deputados nas assembleias legislativas e na Câmara Federal. Não se configurando em algo específico das eleições municipais. E resulta menos no desinteresse da população e mais do fato de os vereadores, deputados estaduais e federais terem pouca ou nenhuma relação mais próxima com os eleitores e eleitoras. Se os candidatos e candidatas praticamente só aparecem nas comunidades, só vão às ruas a cada quatro anos para pedir voto é difícil mesmo que a população lembre em que votou. Sem essa ligação mais estreita, e diante da enorme quantidade de partidos, em sua maioria apenas cartorial, e de postulantes aos cargos proporcionais, é quase impossível registrar o nome de quem você votou, a não ser aquele voto mais fiel e ou ideológico. Na sua avaliação, como a Pandemia atrapalha a escolha dos vereadores? Há algum impacto esperado no resultado das eleições com as restrições impostas pela Pandemia? TÚLIO VELHO BARRETO - Provavelmente, nessas eleições teremos menos o corpo a corpo nas ruas e comunidades, em diversos locais por causas das restrições impostas pela pandemia. Pelo menos, é o que se espera diante do quadro severo de circulação do covid-19 que ainda temos. E isso tende a atrapalhar o corpo a corpo com os eleitores e eleitoras, algo bastante comum em outros anos. Talvez isso provoque uma abstenção maior, embora devamos esperar mais para afirmar isso categoricamente. Sem essa opção, o jeito vai ser recorrer mais à propaganda eleitoral obrigatória no rádio, sobretudo, e na TV, em que o tempo para os proporcionais é pequeno. Tais veículos ganham novo fôlego nessas eleições porque as pessoas tendem a estar mais em casa. Agora, pelo menos inicialmente, os candidatos e candidatas tenderão a recorrer mais também às redes sociais, mas aí se esbarra no fato de que nem todo mundo tem acesso à internet ou se tem é de forma precária. Então, há impacto, sim, colocado no horizonte em decorrência da pandemia. . A dificuldade em saber e acompanhar a atividade parlamentar é um dos fatores que implica no desinteresse por uma escolha mais criteriosa? O que poderia ser feito para facilitar o acompanhamento do trabalho do legislativo municipal? TÚLIO VELHO BARRETO -  Sim, há grande dificuldade de se acompanhar as atividades parlamentares e mesmo saber o que acontece nas câmaras municipais, o que fazem os vereadores e vereadoras no dia a dia do legislativo. É mais fácil acompanhar o que ocorre, por exemplo, na Câmara Federal, embora também haja muita desinformação quanto às atividades dos deputados estaduais nas assembleias. E isso tem a ver a forma como a mídia institucional e a grande mídia tratam de suas respectivas atividades. Ou os vereadores e vereadoras, em sua grande maioria, não fazem nada ou fazem muito pouca coisa de interesse das populações, ou tais mídias as ignoram completamente, porque quase nada chega aos eleitores e eleitoras. Por outro lado, são poucos os legisladores e legisladoras que têm interesse ou a iniciativa de criar canais mais próximos com a população, sejam estes pessoais e ou virtuais. Se os e as legisladoras fossem realmente representantes da população isso seria minimizado no contato periódico e sistemático junto aos eleitores e eleitoras. E a mídia institucional e a grande mídia podiam, aliás, deviam criar espaços específicos para divulgar suas atividades. . Com as últimas mudanças na regra do jogo das eleições, como o resultado do pleito deste ano pode ser influenciado? TÚLIO VELHO BARRETO -  Bem, se você se refere às duas principais e recentes mudanças na legislação eleitoral, que são, na minha avaliação, a proibição de financiamento das campanhas por parte das pessoas jurídicas, isto é, das empresas, e à proibição de coligações nas eleições proporcionais, acho que têm ou deveriam ter impactos positivos. Embora acredite que, quanto ao primeiro aspecto, alguns partidos e políticos sempre vão buscar formas de burlar a legislação. Lembro que na eleição presidencial ficou evidente o pagamento ilegal por parte de empresas de disparos de mensagens através de robôs nas redes sociais, algo que contribuiu para o resultado eleitoral. Digo isso porque fazer o chamado “caixa 2”, ou seja, pagamento irregular para financiar campanhas, apesar de proibido era prática recorrente no passado próximo. Em relação ao segundo aspecto, a proibição de coligação nas eleições proporcionais, isso tende a contribuir para uma maior definição ideológica das candidaturas e será uma forma de medir mais claramente a força dos partidos. E talvez aproxime mais a população dos partidos e crie uma identidade maior com os eleitos e eleitas. . Nas eleições majoritários há uma expectativa de haver uma influência da polarização nacional no debate e nos resultados. Há alguma possibilidade disso influenciar também a formação das casas legislativas? TÚLIO VELHO BARRETO - Avalio que isso é possível, embora talvez essa eleição não vá ter necessariamente um caráter plebiscitário em relação ao governo Jair Bolsonaro/Hamilton Mourão. O que não significa dizer que a disputa não seja nacionalizada. Isso vai depender de muitos fatores, inclusive relacionados à pandemia e a forma irresponsável e inconsequente com que o governo federal tem tratado esse tema, se opondo a muitos governadores e prefeitos. No entanto, essa polarização tende mesmo a ser mais provável na disputa majoritária, e menos nas eleições para as casas legislativas municipais.

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Hoje Mendonça Filho na live O Recife que Precisamos

Mendonça Filho será o primeiro candidato a participar da série de lives que vai debater com os pretendentes à Prefeitura da capital as propostas do projeto O Recife que Precisamos 2021. O evento digital é promovido pela Revista Algomais, Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), Rede Gestão (que congrega mais de 30 empresas e organizações), e o Observatório do Recife e será realizado nesta quinta-feira (8) no Facebook e no canal do Youtube da Algomais, das 18h30 às 20h. Serão debatidos os seguintes eixos temáticos: O Futuro, que inclui o planejamento de longo prazo da cidade, para além do período de mandato do próximo prefeito, A Cidade, abrangendo o controle e o ordenamento urbano, O Caminho, que engloba a mobilidade sustentável (a pé, de bicicleta e por transporte público) e ordenamento do transporte motorizado. Também serão discutidos: A História, preservação dos bens e marcos históricos e culturais da capital mais antiga do Brasil, primeira a completar 500 anos em 2037, sobretudo no que diz respeito à recuperação do Centro da cidade, O Rio, preservação e aproveitamento do Rio Capibaribe como principal ativo ambiental da cidade e rearticulador do território urbano e O Mundo, que abrange as oportunidades que se apresentam para o Recife no âmbito das relações internacionais e diplomacia, como maior hub consular do Nordeste (43 consulados), nos campos educacional, cultural, do empreendedorismo digital, das relações políticas e dos investimentos. A ancoragem do debate será feita em conjunto pelo presidente do Iperid Rainier Michael e pelo coordenador da Rede Gestão e diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. A live contará ainda com a apresentação da proposta de O Recife que Precisamos realizada por Francisco Cunha, integrante do Observatório do Recife.

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Fecomércio PE promove debate com prefeituráveis do Recife

A Fecomércio PE promove, de 6 a 9 de outubro, o 1º Debate com Prefeituráveis do Recife, para as Eleições de 2020. A iniciativa é uma parceria com o Movimento Pró-Pernambuco (MPP) e tem como objetivo debater os planos de cada candidato para o segmento do comércio de bens, serviços e turismo, planejamento urbano e outros setores produtivos do município. "O processo eleitoral é pilar da sociedade democrática. E um debate, com defesa de ideias e propostas, se faz necessário para que o eleitor possa decidir-se de forma consciente e com transparência", afirma Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE. O ciclo de debates começa terça-feira (06), às 19h, com a participação de João Campos (PSB). Na quarta-feira (07), às 19h, é a vez de sabatinar Mendonça Filho (DEM). Quinta-feira (8), às 19h, o debate é com a Delegada Patrícia (Podemos). E, na sexta-feira (9), Marília Arraes (PT), encerra a rodada, às 19h. Esse é o primeiro debate promovido pela instituição e todos os candidatos já confirmaram a presença. A mediadora será a jornalista Patrícia Raposo, da CBN Recife. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE, Bernardo Peixoto e o presidente do Movimento Pró-Pernambuco (MPP), Avelar Loureiro Filho, serão responsáveis pela sabatina aos candidatos. "O Movimento Pró-Pernambuco (MPP) reúne mais de 40 entidades empresariais no Estado. É uma entidade apolítica e o intuito desse debate é propositivo. É discutir caminhos para o desenvolvimento e o crescimento dos nossos setores produtivos, no Recife", finaliza Bernardo Peixoto. “O debate é o primeiro passo para traçarmos, de forma conjunta, um planejamento sólido e de longo prazo para o futuro do Recife, sem esquecer seu importante papel no conjunto metropolitano”, analisa Avelar Loureiro filho, presidente do MPP. A iniciativa será ao vivo, transmitida pelo canal da Fecomércio PE no YouTube. Serviço: 1º Debate com Prefeituráveis do Recife, promovido pela Fecomércio PE e Movimento Pró-Pernambuco (MPP) Data: 06 a 09 de outubro de 2020 Hora: 19h Local: Youtube da Fecomércio-PE Calendário de debates Dia 6/10 – João Campos (PSB) Dia 7/10 – Mendonça Filho (DEM) Dia 8/10 – Delegada Patrícia (Podemos) Dia 9/10 – Marília Arraes (PT)

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Paulo Dalla Nora Macedo: "Inteligência artificial pode silenciar robôs e sites que criam Fake News"

Paulo Dalla Nora Macedo, co-fundador e vice-presidente do Instituto Política Viva, foi um dos entrevistados na matéria da semana passada sobre Fake News. Publicamos hoje a conversa com ele sobre as alternativas para o País superar esse desafio que tumultuou o debate público no Brasil. O Política Viva nasceu em 2013 para promover o debate político crítico e construtivo que recupere os ideais republicanos com integridade e ponderação. . Além de acirrar a polarização política, que outros prejuízos as Fake News oferecem a sociedade brasileira na sua opinião? O maior mal das Fake News é criar uma agenda de prioridades falsas, distorcer quais os temas que de fato preocupam a sociedade ou distorcer como ela pensaria sobre os temas. Como o congresso e o executivo trabalham muito de acordo com as prioridades da população e das suas posições, a máquina de fake news quer sequestrar a agenda do Pais. . Quais as principais descobertas das pesquisas acessadas ou elaboradas pelo Política Viva sobre as Fake News?  O Política Viva tem como pilar defender a política e lutar contra as fakes news. Temos vários estudos sobre o assunto:as notícias falsas são 70% mais compartilhadas que as verdadeiras, mais de 60% do tráfego nas redes sobre política são gerados por robôs, fora esses robôs existem em torno de 5 mil "engajados" profissionais que criam as narrativas, ou seja existe muito pouca espontaneidade. O instituto Reuters divulgou em pesquisa recente que 84% dos brasileiros não confiam no que lêem nas redes, no entanto são essas redes que estão sequestrando o debate. . O combate às Fake News no Brasil tem alcançado algum resultado? Muito tímido ainda. O combate só vai começar a ser efetivo quando a ser efetivo quando as plataformas forem pressionadas economicamente a agir contra os robôs e páginas que eles sabem que disseminam fake news. A Coca Cola e a Unilever recentemente anunciaram que vão deixar de anunciar no Facebook e twitter. Esse é o passo importante. . Quais os caminhos para se evitar a disseminação ou o impacto tão negativo das Fake News na sociedade? Há alguma contribuição tecnológica para isso? Sim, não temos dúvida que com inteligência artificial é possível silenciar esses robôs e os sites que existem para criar fake news, é muito fácil identificar isso e barrar. O problema é que eles são geradores de tráfego e isso e receita. As pessoas têm que entender que um blog postar que Coronavírus não existe, que você pode ir para rua, não é liberdade de expressão. Liberdade de expressão não contempla crimes contra a saúde pública por exemplo, ou calúnia e difamação. Ou postar como absurdos se fossem verdades. As pessoas confundem opiniões com fatos, todo mundo tem direito a sua opinião, mas ao seu fato não. Blogs e canais que a existem para defender que a terra é plana serve para quê além de semear a dúvida em verdades cientificas? Por que as plataformas deixam no ar? Porque geram milhões com os seus vídeos bizarros. Se não fizemos nada vamos chegar ao ponto de quê não existe mais nenhuma verdade básica, só pessoas perturbadas, ou os que querem explicar a sua própria inadequação, gostariam de viver em um mundo assim.

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Curso ensina como usar o WhatsApp na campanha eleitoral

As mídias sociais são cada vez mais determinantes nas campanhas eleitorais. Se as eleições para presidente há cerca de dois anos ficaram marcadas pelas disputas entre os candidatos na arena virtual, com o cenário caracterizado por mudanças de comportamento devido à pandemia do novo coronavírus, o pleito desse ano deve se valer ainda mais dessas ferramentas. Pela primeira vez, a campanha não poderá contar com eventos presenciais para evitar aglomerações e o WhatsApp, que está em 99% dos celulares dos brasileiros, é um veículo perfeito para compartilhamento de informações. Pensando nesse cenário, a Le Fil, que está há 13 anos no mercado de marketing digital, promove no dia 4 de agosto, das 8h às 12h, o curso “Whatsapp para campanha eleitoral”. A capacitação será ministrada por Rosário de Pompéia, sócia-fundadora da Le Fil, com mestrado em Comunicação e pós-graduação em Ciência Política. O treinamento tem quatro horas de duração e é voltado para assessores, coordenadores e equipes de campanha de candidatos que pretendem concorrer às eleições municipais deste ano. . . O isolamento social ainda precisará ser adotado até que surja uma vacina ou medicamento contra a Covid-19. “A disputa eleitoral será travada mais do que nunca no ambiente virtual. Espera-se que não se tenham comícios e outros tipos de eventos presenciais, que busquem tirar os eleitores de casa. Dos cidadãos que têm acesso à internet hoje no Brasil, 98% usam WhatsApp, ou seja, o app é atualmente a principal mídia para se realizar campanha nas eleições. Falta aos partidos políticos do país encontrarem caminho assertivos para estabelecer diálogos nesta mídia, focado em construir programas que atendam demandas da população local. Entender que WhatsApp não é uma mídia massiva para propaganda”, explicou Rosário. Durante o treinamento os participantes vão aprender um pouco sobre marketing de conteúdo para WhatsApp, como realizar o planejamento de campanha para WhatsApp, como dialogar com eleitores, como potencializar a militância, como combater fake news e quais as ferramentas essenciais para a campanha. O objetivo é fazer com que saibam como potencializar as funcionalidades do aplicativo de mensagens para atingir os eleitores. Políticos e parlamentares têm usado ferramentas digitais desde o início da pandemia, em março, para continuar dialogando e divulgando seus trabalhos e projetos junto aos seus eleitores. “A tendência é que isso continue principalmente se até as eleições, previstas para novembro, o nosso cenário sanitário não mudar”, comenta Rosário. As inscrições para o curso “Whatsapp para campanha eleitoral online” podem ser feitas no link https://bit.ly/whatsappeleições. O primeiro e o segundo lotes já estão esgotados. O terceiro lote pode ser adquirido a partir do dia 26/7, por R$ 300,00 (+ taxa de 29,97). Mais informações no site da Le Fil (www.lefil.com.br) ou no seu perfil no Instagram (@lefil_).

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Dalla Nora: "Inteligência artificial pode silenciar robôs e sites que criam Fake News"

Paulo Dalla Nora Macedo, co-fundador e vice-presidente do Instituto Política Viva, foi um dos entrevistados na matéria da semana passada sobre Fake News. Publicamos hoje a conversa com ele sobre as alternativas para o País superar esse desafio que tumultuou o debate público no Brasil. O Política Viva nasceu em 2013 para promover o debate político crítico e construtivo que recupere os ideais republicanos com integridade e ponderação. . Além de acirrar a polarização política, que outros prejuízos as Fake News oferecem a sociedade brasileira na sua opinião? O maior mal das Fake News é criar uma agenda de prioridades falsas, distorcer quais os temas que de fato preocupam a sociedade ou distorcer como ela pensaria sobre os temas. Como o congresso e o executivo trabalham muito de acordo com as prioridades da população e das suas posições, a máquina de fake news quer sequestrar a agenda do Pais. . Quais as principais descobertas das pesquisas acessadas ou elaboradas pelo Política Viva sobre as Fake News?  O Política Viva tem como pilar defender a política e lutar contra as fakes news. Temos vários estudos sobre o assunto:as notícias falsas são 70% mais compartilhadas que as verdadeiras, mais de 60% do tráfego nas redes sobre política são gerados por robôs, fora esses robôs existem em torno de 5 mil "engajados" profissionais que criam as narrativas, ou seja existe muito pouca espontaneidade. O instituto Reuters divulgou em pesquisa recente que 84% dos brasileiros não confiam no que lêem nas redes, no entanto são essas redes que estão sequestrando o debate. . O combate às Fake News no Brasil tem alcançado algum resultado? Muito tímido ainda. O combate só vai começar a ser efetivo quando a ser efetivo quando as plataformas forem pressionadas economicamente a agir contra os robôs e páginas que eles sabem que disseminam fake news. A Coca Cola e a Unilever recentemente anunciaram que vão deixar de anunciar no Facebook e twitter. Esse é o passo importante. . Quais os caminhos para se evitar a disseminação ou o impacto tão negativo das Fake News na sociedade? Há alguma contribuição tecnológica para isso? Sim, não temos dúvida que com inteligência artificial é possível silenciar esses robôs e os sites que existem para criar fake news, é muito fácil identificar isso e barrar. O problema é que eles são geradores de tráfego e isso e receita. As pessoas têm que entender que um blog postar que Coronavírus não existe, que você pode ir para rua, não é liberdade de expressão. Liberdade de expressão não contempla crimes contra a saúde pública por exemplo, ou calúnia e difamação. Ou postar como absurdos se fossem verdades. As pessoas confundem opiniões com fatos, todo mundo tem direito a sua opinião, mas ao seu fato não. Blogs e canais que a existem para defender que a terra é plana serve para quê além de semear a dúvida em verdades cientificas? Por que as plataformas deixam no ar? Porque geram milhões com os seus vídeos bizarros. Se não fizemos nada vamos chegar ao ponto de quê não existe mais nenhuma verdade básica, só pessoas perturbadas, ou os que querem explicar a sua própria inadequação, gostariam de viver em um mundo assim.

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A pandemia e as eleições 2020 (por Túlio Velho Barreto)

Como consequência da atual pandemia provocada pelo novo coronavírus, as eleições municipais de 2020 no Brasil tornaram-se as mais imprevisíveis desde a redemocratização de meados dos anos 1980. Em condições normais, a essa altura de um ano eleitoral, e de seu calendário, os partidos e as coligações partidárias já teriam definido os candidatos a prefeito, inclusive as próprias convenções já teriam sido realizadas. Assim como, teríamos mais pesquisas de intenção de votos a servir de ponto de partida para nossas análises. Mas, com a pandemia em curso sem ter alcançado sequer o pico no Brasil, e sem muitas certezas de quando isso poderá ocorrer, do ponto de vista das eleições municipais, estas ficaram, estão e tenderão a ficar mesmo fora de foco também no segundo semestre. Com efeito, o acompanhamento dos desdobramentos da pandemia tem ocupado o noticiário nacional e local, em função do seu alcance e impacto. E, assim como os governos federal e estadual, o poder municipal tem sido chamado a se posicionar e a tomar medidas concretas no combate à pandemia, contribuindo para uma dispersão de iniciativas sempre ligadas às eleições em anos de disputas ainda no primeiro semestre. E tem mesmo contribuído para desviar o foco dos temas que costumam estar presentes em eleições municipais, como problemas relacionados à oferta universal e de boa qualidade de serviços básicos à população. Por outro lado, se não bastasse uma crise sanitária sem precedentes, atravessamos desde 2016, pelo menos, as maiores crises política e institucional dessa atual quadra democrática, estando a própria democracia, inclusive, ameaçada, colocada em xeque, sobretudo após a posse de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão em 2019. Evidentemente, tivemos outras relevantes crises políticas, mesmo nesse período que se convencionou a chamar de 'Nova República', até porque tais crises são recorrentes no País. Mas nunca houve tanto questionamentos e ameaças aos poderes Legislativo, nesse caso o Congresso Nacional, e Judiciário, em particular à sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal, e aos políticos e ministros, que os comandam, respectivamente. Foi nesse contexto, portanto, de forte crise sanitária e de crises política e institucional, e dos inúmeros e graves problemas resultantes do comportamento e das iniciativas do governo federal, que as eleições municipais foram jogadas para o segundo ou até mesmo o terceiro plano. E uma das consequências mais palpáveis foi a decisão de adiar as eleições para novembro deste ano, como medida prudente e necessária para atender ao distanciamento social em tempos de pandemia. Tal medida contraria, inclusive, o comportamento e a forma de encarar a pandemia do próprio presidente da República, que a ignora e não tem respeitado as recomendações da OMS e do próprio Ministério da Saúde quanto ao uso de máscara e ao distanciamento social. Algo que tem colocado a maior parte dos atuais governadores e prefeitos contra o presidente, o que poderá ter efeitos nas disputas municipais deste ano, dependendo do que ocorrer até novembro em termos de óbitos, por exemplo, provocados pelo novo coronavírus. Tal cenário tenderá fazer com que haja a federalização dos debates eleitorais, contrapondo aqueles que apoiam a gestão de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão aos que têm se oposto a ela, em particular nesses aspectos, ou seja, aqueles que envolvem a pandemia. Sobretudo nas grandes cidades, o que inclui as capitais e municípios de regiões metropolitanas, as eleições podem se tornar plebiscitárias: contra ou favor do governo federal, quer dizer, de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. Outro aspecto a observar é quanto à possibilidade de haver um crescimento na abstenção em relação às eleições passadas. De fato, dependendo de como for organizada a votação, o que inclui a distribuição dos dias de votação e dos eleitores nesses dias, entre outras medidas, pode, sim, haver uma maior abstenção. Muitos poderão ficar com receio de comparecer às urnas. E sabemos que o ônus do não comparecimento é baixo, em termos dos custos, mas também porque uma eventual ausência será mais do que nunca justificável dependendo do cenário imposto pela continuidade ou não da crise sanitária. A continuidade da crise sanitária deverá afetar igualmente a campanha eleitoral. E por razões óbvias. Não se poderá fazer o uso do contato pessoal com o eleitor, quer seja no tradicional corpo a corpo ou em reuniões presenciais. A campanha deverá, então, migrar mesmo para os espaços virtuais, propiciados pelo uso mais intensivo das redes sociais, por meio da internet. A crise sanitária já tem feito das redes sociais e a internet praticamente os únicos meios para que as pessoas se comuniquem, qualquer que seja a área em que atuam, com todas as restrições que isso tem implicado, pois, no Brasil, há um enorme abismo, uma enorme desigualdade quanto ao seu acesso e uso. O dinheiro para o financiamento das campanhas também deverá estar mais curto em função da crise econômica resultado da crise sanitária, o que implicará em menos recursos para a propaganda eleitoral obrigatória no rádio e na televisão. Mas, talvez, se poupe na confecção mais tímida dos chamados 'santinhos'. Pode ser que o seu uso seja mais intenso nos dias das eleições. Mas, aí, já há mesmo mais restrições para a sua distribuição, segundo a legislação eleitoral vigente. Assim, tal fato tenderá a contribuir para que os partidos e os candidatos usem mais as redes sociais, em particular, e a internet, de modo geral, para fazer as suas campanhas. Nos municípios menores isso talvez não seja tão efetivo, porque o uso e o acesso a essas tecnologias são mais limitados. Finalmente, a essa altura, e pelas razões expostas até aqui, ou seja, o pouco debate eleitoral, o distanciamento social entre os candidatos e os eleitores, as crises em curso, é necessário reconhecer que está sendo igualmente mais difícil apontar cenários mais precisos quanto ao tipo de candidato que será favorecido até a realização das eleições: se o candidato que possa representar uma novidade na disputa ou se aquele que se beneficiará do ‘recall’, isto é, que se beneficiará por já ser conhecido de outras disputas eleitorais. E mais: ainda devemos levar

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Pesquisa: presença feminina na política promove queda na mortalidade

Da Agência Brasil Em municípios com prefeitas mulheres, a taxa de mortalidade entre crianças com até 5 anos de idade é menor do que em locais onde os mandatários são do gênero masculino. O destaque é de um estudo publicado na revista Health Affairs, de autoria de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade dos Andes e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Entre 2000 e 2015, a taxa, calculada a cada 1 mil nascidos vivos, caiu de 25,1% para 13,6%, em 3.167 municípios analisados. Como critério de delimitação dos municípios, escolheram-se aqueles que apresentavam menos de 10% de dados faltantes. No período avaliado, a participação feminina em prefeituras foi ampliada de 4,5% para 9,7%. Para o mesmo intervalo, também observou-se a cobertura dos programas Bolsa Família e Estratégia de Saúde da Família, capazes de gerar mais proteção social. A variação foi, respectivamente, de 9,6% para 15,3% e de 25,2% para 54,7%, no âmbito municipal. Acrescentando ao cruzamento dos dados dos programas, os pesquisadores associam, ainda, a presença de mulheres no Poder Legislativo à melhora no índice de mortalidade. Para tanto, foram consideradas deputadas estaduais e deputadas federais, excluindo-se senadoras, e a conclusão também foi de que um fator influi no outro. "O fato de se ter uma mulher eleita como prefeita estava associado a uma redução significativa de mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade, de 0,027 pontos percentuais. Além disso, o fato de se ter uma parcela de mulheres na legislatura estadual, de 20% ou mais, estava associado a uma diminuição de 0,038 pontos percentuais. E, ainda, um crescimento na parcela de mulheres eleitas na Câmara dos Deputados, de 0-9% para 10-19% ou para 20% ou mais, estava associado a uma queda na mortalidade infantil de 0,038 pontos percentuais", escrevem. O artigo ressalta, entre outros apontamentos, que "a relação entre o empoderamento de mulheres na política e saúde infantil envolve, provavelmente, caminhos distintos daqueles avaliados", mas que o percurso abarca aprimoramentos no acesso à educação e a recursos e participação no mercado de trabalho. Outra colocação feita é de que a atuação de lideranças políticas do gênero feminino também contribuem para diminuir índices como mortalidade materna, gravidez precoce, casamento infantil e para expandir a cobertura vacinal. Perfil de prefeitas brasileiras De acordo com levantamento feito pelo Instituto Alziras, que leva em conta as eleições de 2016, as prefeitas brasileiras governam para populações de municípios de menor porte - 91% delas venceram o pleito em municípios com até 50 mil habitantes - e que dispõem de orçamento mais restrito. Apesar de mais escolarizadas do que os homens e de ter experiência prévia com atividades políticas, as mulheres ocupam somente 12% das prefeituras de todo o país. As regiões onde têm mais espaço são Nordeste (16%) e Norte (15%). No Sul ocupam apenas 7% dos assentos, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste a proporção é de 9% e 13%. No caso das mulheres negras, a chance de conquistar um lugar é ainda menor. Somente 3% das prefeituras são comandadas por mulheres pretas ou pardas. A atenção voltada para a saúde e a educação é um elemento revelado pelo instituto, que informa que as políticas em ambas as áreas foram marcadas como prioridade por 85% das prefeitas ouvidas pela entidade. Para 32% delas, a assistência social é outro setor que merece um olhar mais cuidadoso.

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Confira os resultados da primeira pesquisa eleitoral do Recife

As eleições municipais de 2020 foram completamente atropeladas pelo novo coronavírus. Um indício disso é que em julho, a poucos meses do pleito eleitoral, 73,8% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder a primeira pesquisa espontânea publicada que revelou o cenário da disputa pela Prefeitura do Recife em 2020. O estudo foi realizado em uma parceria da Rádio CBN com o Instituto Simplex Consultoria. Na pesquisa estimulada, em que os entrevistadores mencionam os nomes dos candidatos, o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), que chega à sua terceira disputa eleitoral, lidera com 15,5% das intenções de voto. Com recall alto, ele parte na frente, mas ainda não tem apoio dos principais partidos de oposição, que atualmente se dividem em várias candidaturas próprias. A deputada federal Marília Arraes (PT) apareceu em segundo lugar, com 12,3%. Empurrada por uma decisão nacional do partido, ela enfrenta resistência pelo diretório municipal do Recife, mas deverá sair como candidata. Apesar de ser a primeira disputa majoritária da petista, em 2018 ela por pouco não disputou o Governo de Pernambuco. Em terceiro lugar, com 9,8% foi indicado o nome do deputado federal João Campos (PSB). Como candidato da situação, ele passará pelo primeiro teste em uma eleição majoritária, após ter sido o mais votado no Estado para a Câmara Federal em 2018. A estrutura do partido e da Frente Popular de Pernambuco são o ponto forte da campanha do mais jovem dos candidatos. O ex-ministro da Educação e ex-governador Mendonça Filho (DEM) aparece colado em quarto lugar, com 9,6% das intenções de voto. Após uma série de candidaturas majoritárias, o mais experiente dos candidatos deverá disputar com Patrícia Domingues (Podemos) e Alberto Feitosa (PSC) os votos dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco. A delegada Patrícia Domingos, a novidade dentre as principais candidaturas, registrou 6,4% dos votos. É a primeira eleição dela, que testará a força da Lava Jato no Estado. O baixo recall e o curto tempo para as eleições são alguns desafios para a pré-candidata do Podemos. O último citado no cenário estimulado é o deputado estadual Alberto Feitosa (1%). Aliado até pouco tempo atrás do PSB em Pernambuco, ele tenta surfar na onda Bolsonarista pelo PSC. Mesmo na pesquisa estimulada, os dos de branco e nulo (24,5%) e de quem não sabem ou não quiseram responder (20,9%) representam a maior fatia do eleitorado. Além da constatação da dúvida e desconhecimento dos eleitores, a pesquisa indica que no campo da centro-direita e direita, Daniel segue sozinho, fora da margem de erro, liderando a disputa. No campo das esquerdas, a disputa tenderá a ser mais acirrada entre os prefeituráveis do PSB e do PT. Poucas coligações foram anunciadas, que é outro fiel da balança para indicar os candidatos que serão mais competitivos no pleito de novembro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral, com o número PE-05102/2020. O estudo ouviu 500 pessoas e tem uma margem de erro de 4,38%.

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Governo anuncia retomada das celebrações religiosas

O governador Paulo Câmara anunciou, nesta quarta-feira (17.06), a reabertura gradual, a partir da próxima segunda-feira (22.06), das igrejas e templos religiosos em Pernambuco. A medida, que integra a quarta fase do Plano de Convivência com a Covid-19, valerá para todo o Estado, com exceção dos 85 municípios do Agreste e das Matas Norte e Sul que não avançaram na retomada das atividades econômicas – por ainda não apresentarem a mesma estabilização média da pandemia que vem sendo verificada nas demais regiões pernambucanas. Os espaços religiosos precisarão seguir um rígido protocolo, com uma série de medidas preventivas, e limitar o público a 30% de sua capacidade, podendo chegar ao limite de 50 pessoas nos templos com capacidade de até mil lugares e 300 pessoas nos locais com capacidade acima de mil lugares. “As atividades religiosas têm um papel fundamental para a sociedade, realizando ações sociais relevantes, e asseguram o conforto espiritual, sobretudo em um momento tão difícil como o que estamos atravessando. Mas precisam ocorrer com consciência e a colaboração de todos. A pandemia não acabou e precisamos continuar com os cuidados necessários”, destacou o governador Paulo Câmara. Entre as regras estabelecidas, além da limitação do público, está a adoção de um intervalo entre as celebrações, que deve ser de três horas no mínimo, tanto para evitar aglomeração quanto para garantir uma efetiva limpeza do ambiente. Preferencialmente, devem ser disponibilizados cadeiras e bancos de uso individualizado, em quantidade compatível com o número máximo de participantes autorizados para o local. No caso de bancos de uso coletivo, eles devem ser reorganizados e demarcados de forma a garantir o afastamento recomendado. Além disso, também deve ser realizado o controle do fluxo de entrada e saída de pessoas e, na hipótese de formação de filas, deve haver demarcação para manter o distanciamento mínimo. Sempre que possível, as portas de entrada devem ser distintas das de saída, havendo sinalização de sentido único, de modo a evitar que as pessoas se cruzem. Antes, durante e depois da realização das celebrações religiosas devem ser evitadas práticas de aproximação entre as pessoas e outras formas de contato físico, como dar as mãos, beijos, abraços, apertos de mãos, entre outros. "Todas essas regras foram discutidas com lideranças de cada religião, e proporcionarão maior segurança a todos que frequentarem as celebrações", ressaltou Paulo Câmara.  

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