Arquivos Política - Página 4 de 14 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Política

Pesquisadores estimam que PE pode poupar até 4 mil vidas com lockdown

Segundo projeção de docentes e especialistas da UFPE, UFRPE, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e do Instituto de Criminalística de Pernambuco, a depender do rigor com que o Estado de Pernambuco adote o sistema de isolamento social, até 30 de junho podem ser poupadas até 4.098 vidas, com uma média de 93 mortes a menos por dia. A previsão do grupo de pesquisa “Métodos de Pesquisa em Ciência Política (MPCP)”, aponta que, na medida em que a restrição das atividades sociais for se tornando mais rigorosa, caem as projeções de óbitos. A equipe desenvolveu três cenários hipotéticos para estimar o número de vidas preservadas no Estado de Pernambuco caso medidas mais restritivas de circulação de pessoas e veículos como forma de conter a disseminação do novo coronavírus, o chamado lockdown, venham a ser adotadas. No cenário 1, com menor adesão ao isolamento social, ou seja, situação similar ao que o Estado vive hoje na quarentena, uma média de 33 vidas serão preservadas por dia, totalizando 1.466 mortes evitadas até 30 de junho; na segunda hipótese, com média adesão às restrições de convívio social, o Estado contabilizaria uma média de 63 vidas preservadas por dia, totalizando 2.782 mortes a menos até o final do mês de junho; e, com o lockdown plenamente instalado, serão preservadas 93 vidas diariamente, totalizando menos 4.098 óbitos no mesmo período. Para o professor Dalson Figueiredo, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPE, o Governo deve ser transparente e dizer que o lockdown implantado hoje não surtirá efeito para os dados levantados amanhã e, assim, evitar que a população se frustre e abandone o compromisso de ficar em casa. “Na nossa perspectiva, os efeitos começam a aparecer em 12, 13 dias; é como a prática de exercício na academia: a pessoa pode passar o dia todo malhando e não vai acordar ‘sarada’ no dia seguinte, pois o efeito positivo só vem se ele se disciplinar e passar muitos dias praticando”, compara. De acordo com os pesquisadores, que esperam que o relatório auxilie o Governo do Estado a tomar a melhor decisão, pois “bons governos salvam vidas”, em relação à última análise sobre o lockdown, o estudo reforça que a adoção de medidas mais restritivas é necessária para conter o avanço da doença. “Dada a tendência ainda crescente na curva de casos e óbitos e a saturação gradativa do sistema de saúde, torna-se cada vez mais necessária a implementação de tais medidas", afirma Lucas Silva, que também integra o grupo de pesquisadores. PRESSUPOSTOS – Dentre os pressupostos que guiaram os estudo considerou-se que “o distanciamento social em Pernambuco deve girar em torno de 50% ou menos, o que é suficiente para aumentar o contágio (novos casos) e dificultar o controle da propagação espacial da doença”; “em média, o distanciamento social será menor em bairros mais economicamente vulneráveis”; “a disseminação da Covid-19 no interior do Estado vai aumentar a subnotificação de novos casos e influenciar positivamente a mortalidade por Covid-19, por causas conexas e por causas não identificadas”; “quanto menor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), maior mortalidade, o que deve se refletir em maior fatalidade em bairros/cidades mais vulneráveis” e, “quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) encontrará a rede de saúde suplementar sobrecarregada”. O estudo, segundo estimam os pesquisadores, enfrenta limitações importantes que podem fragilizar os resultados aqui apresentados, sobretudo aqueles que dizem respeito a erro de mensuração de casos e óbitos, bem como a subnotificação significativa do número de casos. “O modelo utilizado para prever o cenário com lockdown tende a subestimar o real número de óbitos no longo prazo, por esse motivo, criamos três cenários hipotéticos utilizando o limite superior da previsão (cenário 1), a média do limite superior e a estimativa pontual (cenário 2) e a estimativa pontual (cenário 3)”, aponta o relatório. O modelo de cálculo estatístico adotado pela equipe para prever o cenário sem lockdown é o seguinte: a = 11,27; ß1 = -1,722; ß2 = -0,057 e ß3 = 0,006 (com nível de confiança de 95%). E, segundo ressaltam os autores, “o documento não deve ser interpretado como um estudo de impacto, uma vez que o lockdown não foi implementado, o que impossibilita a estimação estatística do efeito da intervenção”. A equipe de pesquisadores é composta por Dalson Figueiredo (PPGCP/UFPE), Antônio Fernandes (PPGCP/UFPE), Lucas Silva (Uncisal/UFPE), Lucas Borba (PPGCP/UFPE), Enivaldo Rocha (PPGCP/UFPE), Diego Costa (IC/PE), Juliano Domingues (PPGCriativas/Unicap), Breno Carvalho (PPGCriativas/Unicap) e Rodrigo Amaro (UFRPE). (Da Ascom da UFPE)

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Mudança na data de eleições poderá ser decidida em junho

Devido às mudanças causadas no país por causa do novo coronavírus, muita gente tem dúvidas se as eleições municipais em outubro estão garantidas. Em uma conversa virtual com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, admitiu que a data do pleito, cujo primeiro turno está marcado para 4 de outubro, pode mudar. Segundo Barroso,a decisão deve ser pautada por parâmetros sanitários e não políticos. “Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, adiantou Barroso que assumirá a presidência da Corte eleitoral, atualmente comandado por Rosa Weber, no final de maio. Emenda à Constituição Como a data do pleito – primeiro final de semana de outubro – está prevista na Constituição Federal, qualquer alteração nesse sentido terá que ser feita pelo Congresso Nacional. Barroso pretende ter uma definição sobre o assunto em junho. É que nesse mês precisam ser feitos os testes nas urnas eletrônicas. Caso isso não seja possível, ele pretende se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) para que uma emenda constitucional estabeleça um novo calendário. Convenções Além da parte logística da Justiça Eleitoral para a organização das eleições , há ainda uma grande preocupação com o calendário político. Os partidos devem realizar convenções – instrumentos que oficializam as candidaturas – entre o final de julho e o dia 5 de agosto. É esse ato que dá o sinal verde para o início da campanha, em 15 de agosto. Se a proibição de aglomerações ainda estiver em vigor no país até lá, a viabilidade do pleito fica comprometida. Na conversa com os magistrados, Barroso defendeu que, se for o caso, o adiamento seja o mais curto possível. A ideia reprogramar o primeiro turno para 15 de novembro ou no máximo dezembro. O futuro presidente eleito do TSE também rechaçou a hipótese de se fazer a eleição municipal junto com a eleição nacional, em 2022, o que exigiria a prorrogação por dois anos dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. “Sou totalmente contra essa possibilidade. A democracia é feita de eleições periódicas e alternância no poder”, afirmou. “Os prefeitos e vereadores que estão em exercício neste momento foram eleitos para quatro anos”, lembrou acrescentando que o mandato atual termina no dia 31 de dezembro. Grupo de trabalho A despeito das perspectivas do adiamento das eleições, segundo o grupo de trabalho (GT) criado no Tribunal Superior Eleitoral para projetar os impactos da Covid-19 nas atividades ligadas às Eleições Municipais de 2020, até o momento, a realização do pleito é possível. O GT, criado no início de abril, elabora relatórios semanais sobre a situação. No último, entregue na semana passada, o grupo fez um levantamento de ações realizadas, no âmbito do TSE, para gestão de riscos e equipamentos, para a realização de testes dos sistemas eleitorais e para o acompanhamento da evolução de sistemas de apoio. Também foram avaliados serviços prestados pelo TSE e pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) aos cidadãos, a exemplo do alistamento e da regularização da situação eleitoral, e do cadastramento de empresas interessadas em prestar serviços. (Da Agência Brasil)

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Bolsonaro anula nomeação de Ramagem como diretor-geral da PF

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o decreto de nomeação e a posse de Alexandre Ramagem como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), o presidente Jair Bolsonaro decidiu anular a nomeação do delegado para o cargo. O novo decreto, que torna a nomeação "sem efeito", foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, na tarde desta quarta-feira (29). No mesmo ato, Bolsonaro também tornou sem efeito a exoneração de Ramagem do cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ramagem havia sido nomeado ontem (28) para a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo, demitido no último dia 24. Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu a um pedido feito pelo PDT por meio de um mandado de segurança para suspender a nomeação e a posse de Ramagem. Na decisão, o ministro citou declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que ao deixar o cargo, na semana passada, acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF. Alexandre de Moraes citou também trecho do pronunciamento de Bolsonaro feito no mesmo dia, após as declarações de Moro, em que o presidente contou ter se queixado ao então ministro da Justiça por não receber informações oriundas da PF. A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a informar que ainda estudava que medida seria adotada para reverter a liminar do STF. Com o decreto de Bolsonaro, Ramagem volta a comandar a Abin e o cargo de diretor-geral da PF fica vago novamente. A cerimônia de posse de Ramagem estava marcada para esta quarta, no Palácio do Planalto. Continuam previstas para esta tarde a posse de André Mendonça, que ocupa o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública com a saída de Sergio Moro, e de José Levi Mello do Amaral Júnior que vai para a AGU no lugar de Mendonça. Também nomeado ontem, Levi estava no cargo procurador-geral da Fazenda Nacional. (Da Agência Brasil)

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Governador sanciona lei que prorroga validade de concursos públicos

O governador Paulo Câmara sancionou, hoje (28.04), a Lei Nº 16.873 que suspende os prazos de validade dos concursos públicos já homologados e em fase de convocação dos aprovados, enquanto durar o Estado de Calamidade Pública, decretado em decorrência da pandemia de Covid-19. O projeto que originou a Lei é de autoria da deputada estadual Gleide Ângelo e foi aprovado no plenário da Assembléia Legislativa de Pernambuco - Alepe. A Lei também prevê que “os prazos de validade retomarão seu curso, pelo período que lhes restava na data de publicação do ato de suspensão, tão logo reconhecida, por ato formal do Chefe do Poder Executivo Estadual, a normalização da situação calamitosa”.

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Sergio Moro confirma saída do Ministério da Justiça

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo, deixando o governo do presidente Jair Bolsonaro após quase 16 meses à frente da pasta. Ao anunciar sua decisão, Moro lamentou ter que reunir jornalistas e servidores do órgão em meio à pandemia do novo coronavírus para anunciar sua saída, mas esta foi “inevitável e não por opção minha”. Em um pronunciamento de 38 minutos, Moro afirmou que pesou para sua decisão o fato de o governo federal ter decidido exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. O decreto de exoneração foi publicado hoje (24), no Diário Oficial da União. É assinado eletronicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e por Moro, e informa que o próprio Valeixo pediu para deixar o comando da corporação. O ministro, no entanto, afirmou que não assinou o decreto e que o agora ex-diretor-geral da PF não cogitava deixar o cargo. “Não é absolutamente verdadeiro que Valeixo desejasse sair”. Para o ministro, a substituição do diretor-geral, sem um motivo razoável, afeta a credibilidade não só da PF. “O grande problema desta troca é que haveria uma violação da garantia que me foi dada quando aceitei o convite para ingressar no governo, a garantia de que eu teria carta branca. Haveria interferência na PF, o que gera um abalo na credibilidade. Minha e do governo. E também na PF, gerando uma desorganização que, a despeito de todos os problemas de corrupção dos governos anteriores, não houve no passado”, disse Moro. Moro também destacou que disse ao presidente que não tinha problema nenhum em trocar o diretor-geral da PF, mas que isso deveria ser feito com base em um motivo relacionado ao desempenho do ocupante do cargo. "Eu sempe disse ao presidente que não tinha nenhum problema em trocar o diretor-geral, mas precisava de uma causa relacionada a uma insuficiência de desempenho, a um erro grave. No entanto, o que eu vi durante todo o período, é que o trabalho é bem feito", avaliou o ministro. Moro resssaltou que ontem conversou com o presidente sobre a possibilidade de mudança no comando da PF e que falou sobre impactos negativos relacionados à decisão. "Falei que isto teria um impacto para todos, que seria negativo, mas para evitar uma crise [política] durante uma pandemia, sinalizei: 'presidente: então vamos substituir o Valeixo por alguém que represente a continuidade dos trabalhos'”, contou o ministro, revelando que chegou a sugerir o nome do atual diretor-executivo da PF, Disney Rosseti, que é servidor de carreira da corporação. O então ministro disse ainda que o presidente tem preferências por outros nomes. "me disse, mais de uma vez, expressamente, que queria ter [na direção-geral da PF] uma pessoa do contato pessoal dele, para quem ele pudesse ligar, colher informações, que pudesse colher relatórios de inteligência. Este, realmente, não é o papel da PF”, disse Moro. No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro informou que vai se manifestar ainda nesta tarde sobre as mudanças. "Hoje às 17h, em coletiva, restabelecerei a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro", escreveu o presidente. Repercussão Ontem (23), tão logo surgiram as primeiras informações de que Bolsonaro cogitava substituir Valeixo, entidades de policiais federais se manifestaram. Em nota conjunta, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) afirmaram que as recorrentes trocas no comando da corporação afetam sua estabilidade e credibilidade. “O problema não reside nos nomes de quem está na direção ou de quem vai ocupá-la. Mas sim, na absoluta falta de previsibilidade na gestão e institucionalidade das trocas no comando”, afirmam as entidades. “Nos últimos três anos, a Polícia Federal teve três Diretores Gerais diferentes. A cada troca ou menção à substituição, uma crise institucional se instala, com reflexos em toda a sociedade que confia e aprova o trabalho de combate ao crime organizado e à corrupção.” Já após a confirmação da exoneração de Valeixo, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) manifestou-se “surpresa” e “preocupada”. “É preocupante que o Executivo lance mão de sua prerrogativa de trocar o comando da PF sem apresentar motivos claros para isso. Trata-se de um episódio que gera perigoso precedente e cria instabilidade para a atividade do órgão. A Polícia Federal é uma instituição de Estado e deve seguir, com autonomia e rigor científico, em sua missão de combater o crime doa a quem doer.” (Da Agência Brasil)

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PCR entrega maior hospital de campanha para enfrentamento da covid-19 no Recife

Para dar continuidade a ampliação da capacidade de atendimento a pacientes com covid-19 diante do número crescente de casos, o prefeito Geraldo Julio entregou, nesta segunda-feira (20), o maior hospital de campanha para enfrentamento da pandemia no Recife, com 420 leitos, sendo 100 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Erguido em 27 dias, no bairro dos Coelhos, o Hospital Provisório Recife 2 ultrapassa a capacidade do Hospital da Mulher do Recife (HMR), no Curado, e do Hospital Provisório Recife 1, na Rua da Aurora, em Santo Amaro juntos. Em menos de um mês, este é o quinto hospital de campanha entregue pela Prefeitura do Recife para enfrentamento à pandemia. O Plano Municipal de Contingência Covid-19 prevê um total de sete hospitais de campanha municipais, com mais de mil leitos para pacientes infectados pelo novo coronavírus, sendo mais de 300 leitos de UTI com respirador.   “Hoje entregamos o Hospital Provisório Recife 2, uma unidade de 420 leitos, sendo 100 de UTI e 320 de enfermaria, que ficou pronto em 27 dias. É o hospital é o resultado do esforço, do trabalho, da dedicação de muita gente. o quinto já entregue. Aqui vão poder ser realizadas mais de oito mil internações nos próximos meses e muitas vidas serão salvas. É resultado deste trabalho que a gente vem fazendo, com todo mundo querendo ver isso pronto, preparado para receber os pacientes que precisam de atendimento hospitalar. Por isso é tão importante manter o isolamento social, para permitir que ações como essa sejam concluídas”, disse o prefeito Geraldo Julio. Os 320 leitos de enfermaria e 100 de UTIs do Hospital Provisório Recife 2 serão administrados pelo Fundação Martiniano Fernandes, ligada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). A abertura dos leitos para os pacientes está prevista para a próxima segunda-feira (27) e será de forma gradual, até atingir o pleno funcionamento. No local, serão atendidos apenas os pacientes encaminhados pela Central de Regulação, contribuindo para desafogar a rede de leitos de todo o Estado durante esta pandemia. A unidade estruturada pela Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife em antigos galpões na Rua Largo dos Coelhos tem uma área construída de mais de 8.000 m². Entre os equipamentos instalados na unidade estão respiradores pulmonares, raio-x, camas hospitalares, monitores de sinais vitais, desfibriladores cardíacos e outros que integram a aquisição de mais de dez mil equipamentos médico-hospitalares anunciada pelo prefeito Geraldo Julio, neste mês. O hospital ainda conta com área segura para que os profissionais coloquem e tirem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de dormitório e refeitório para a equipe. As paredes internas do hospital de campanha dos Coelhos receberam adesivação com fotos de paisagens e intervenções gráficas, para levar um pouco de vida e de colorido às tradicionais paredes brancas dos hospitais. OUTROS LEITOS - Dos sete hospitais de campanha, quatro já estão em funcionamento nas Policlínicas Amaury Coutinho, na Campina do Barreto, Barros Lima, em Casa Amarela, e Arnaldo Marques, no Ibura, além do Hospital Provisório Recife 1, na Rua da Aurora, em Santo Amaro. Além desses, estão funcionando 67 leitos no Hospital da Mulher, sendo 33 de UTI. O HMR também abrigará um hospital de campanha, na área externa da unidade. RECURSOS E CONTRATAÇÕES - Para viabilizar a implantação dos hospitais de campanha, a Prefeitura do Recife tem feito cortes de despesas que já chegam a R$ 230 milhões, incluindo revisão de contratos de prestação de serviço, consultorias, locação de veículos, combustível, energia elétrica, materiais de consumo, além de novos aluguéis, passagens aéreas e diárias. Com essa economia, também foi possível comprar mais de dez mil equipamentos médico-hospitalares para os hospitais de campanha, como os respiradores; adquirir mais de um milhão de itens de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e reforçar a rede municipal com a contratação de cerca de 700 profissionais para enfrentamento à pandemia. Além disso, mais de dois mil profissionais estão sendo contratados diretamente pelas Organizações Sociais (OS) que administram três desses hospitais. Também para agilizar a contratação efetiva de mais profissionais de saúde, a Prefeitura do Recife antecipou em mais de um mês a homologação do concurso público para cargos de níveis médio, técnico e superior da Secretaria de Saúde do Recife. Desde a última terça, a Sesau está com inscrições abertas para seleção temporária de 40 médicos. O edital de credenciamento para contratação temporária de médicos clínicos, intensivistas e intensivistas pediátricos, em regimes diarista e plantonista, está disponível no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br) e no www.credenciamentosesau.recife.pe.gov.br, onde é possível fazer a inscrição gratuita. (Da Prefeitura do Recife)

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Wanderson de Oliveira pede demissão mas Mandetta não aceita

O Ministério da Saúde informou, hoje  que o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, pediu demissão esta manhã. A saída acontece em meio à pandemia da covid-19 e notícias sobre a possibilidade de o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deixar o cargo. O pedido de demissão, porém não foi aceito pelo ministro, segundo informa a colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo. Em reunião com deputados da comissão externa que analisa proposta de combate à Covid-19, Mandetta, segundo Bérgamo, disse que o pedido de demissão não foi aceito por ele nem pelo secretário-executivo da pasta João Gabbardo. O ministro, porém voltou a afirmar que deve sair do cargo, embora não tenha informado quando ou quem será seu sucessor. Oliveira é doutor em epidemiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atua também como professor da Escola Fiocruz de Governo da Fundação Oswaldo Cruz, em Brasília, e é servidor público federal, enfermeiro epidemiologista do Hospital das Forças Armadas, do Ministério da Defesa. Tem mais de 20 anos de experiência profissional, sendo 16 anos no Ministério da Saúde, onde também atuou na coordenação da Resposta Nacional às Emergências do zika vírus, em 2015, e de H1N1, em 2009.

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Quais os efeitos do Coronavírus nas eleições 2020?

Com a crise mundial de combate ao Coronavírus em pleno ano eleitoral, opiniões se divergem em relação ao adiamento das eleições 2020, previstas para acontecer em outubro deste ano. Há quem defenda estender o mandato dos atuais prefeitos e vereadores até 2022 e quem diga que ainda é cedo para qualquer decisão na área política. Dentro desse cenário, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já adiou o prazo dos eleitores realizarem a biometria. “Não tem como fazer biometria sem ser presencial, porque uma das fases do atendimento é justamente a pessoa colocar as digitais no equipamento na frente do servidor”, explica o advogado eleitoral e membro da comissão nacional de Direito eleitoral da OAB Nacional, Emílio Duarte, acrescentando que esse é o único posicionamento oficial até o momento. . No que diz respeito à alteração no prazo de filiação, que se encerra no próximo dia 4 de abril, não há motivo para preocupações. Esse é um ato meramente administrativo que os partidos conseguem fazer o pedido via internet, sem necessidade de contato físico com outra pessoa. “O que pode ser feito, caso essa epidemia se prolongue, é postergar os prazos de todo calendário eleitoral para não prejudicar nenhum eleitor nem candidato nesse processo eleitoral”, comenta. Com relação ao adiamento das eleições municipais para 2022, Emílio Duarte afirma que essa decisão caberá ao Congresso Nacional e qualquer prorrogação de mandato, seja ao menos em um dia, fere a Constituição Brasileira. Caso haja alguma mudança da Lei, necessária para garantir a segurança de todos, essa deverá acontecer por meio de uma Proposta de Ementa à Constitucional (PEC). “Para que uma PEC entre em vigor é necessário votação em dois turnos no Senado e na Câmara com apoio de, no mínimo, três quintos dos congressistas em cada casa legislativa, o que levaria tempo para ser concluída. Então, o que nos resta é aguardar o cenário de pandemia que estamos vivenciando e acompanhar suas consequências no processo eleitoral 2020”, conclui.

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Governo do Estado e Prefeitura do Recife se unem para ampliar vagas de UTIs

O Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife uniram esforços para abrir 400 novas vagas de UTI e 600 vagas de leitos de retaguarda em todo o Estado, com o objetivo de enfrentar a epidemia da Covid-19. O governo irá fazer a requisição administrativa dos hospitais privados Nossa Senhora das Graças, em Boa Viagem, e Unicordis, no Torreão, atualmente desativados. A ampliação da rede também chegará a Caruaru, Serra Talhada, Araripina e Petrolina. As secretarias de Saúde do Estado e da Capital vão estruturar um serviço de teleatendimento com 150 posições para orientar a população e realizar a triagem de casos e regulação de leitos. As pessoas poderão ligar para um número gratuito e serão orientadas para procurar o serviço médico mais próximo ou permanecer em repouso em casa. A partir da próxima sexta-feira (20), a realização de cirurgias eletivas será suspensa em todo o Estado. A intenção é liberar o maior número possível de leitos para o tratamento dos pacientes infectados com o coronavírus. Nas últimas 24 horas, Pernambuco teve três novos casos confirmados da Covid-19. Agora são 22 casos confirmados no Estado. No total, foram contabilizadas 485 notificações, sendo 96 casos já descartados. Outros 364 ainda estão em investigação e três casos são considerados prováveis. ABASTECIMENTO – A Secretaria de Desenvolvimento Econômico comandou uma reunião na manhã de ontem (17) para assegurar o abastecimento de alimentos e gêneros de primeira necessidade em Pernambuco. Foi criado um comitê de monitoramento, com a participação de representantes da Associação de Atacadistas e Distribuidores de Pernambuco (ASPA), Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), Complexo Industrial Portuário de Suape, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Ceasa. O comitê irá monitorar os pontos de venda e assegurar a manutenção dos itens à disposição dos consumidores. LEITOS DE UTI – A rede estadual de saúde de Pernambuco conta, atualmente, com 1.018 vagas de UTI, entre leitos próprios e contratualizados junto à rede credenciada. De acordo com levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgado no final de 2018, o Estado está entre os 10 do País que atendem às recomendações de proporção de leitos de UTI para a população, ocupando o primeiro lugar no Norte/Nordeste. De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a proporção ideal é de um a três leitos de UTI na rede pública para cada 10 mil habitantes usuários do SUS. Em Pernambuco, essa proporção é de 1,09, acima de Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Distrito Federal. Vale destacar, ainda, que Pernambuco possui uma das maiores redes públicas próprias do Brasil e do Nordeste.

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Governo anuncia R$ 22 milhões para obras do FEM

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), vai repassar mais de R$ 22 milhões para obras nos municípios pernambucanos através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM). O anúncio foi feito pelo próprio governador Paulo Câmara e detalhado pelo secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, durante a 1ª reunião extraordinária de 2020 da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Os pagamentos começam a ser feitos em março e seguem com liberação de parcelas em abril, maio e junho, valores referentes às edições de 2014 e 2015 do FEM. Ao todo, 98 municípios serão beneficiados com os recursos que permitirão a conclusão ou início de 168 obras. Alexandre Rebêlo explicou que o Governo do Estado está fazendo um esforço enorme para poder viabilizar estes pagamentos e explica quais obras serão priorizadas.“Fizemos um recorte e priorizamos as obras que já estão em andamento. Os primeiros repasses serão para planos de trabalhos que já começaram”, afirmou o secretário. Na ocasião, o Governo do Estado também anunciou o repasse de R$ 25,7 milhões em verbas para assistência farmacêutica e para o Samu de 20 cidades. O governador Paulo Câmara falou da importância da reunião na Amupe. “Na área da saúde, a gente fez uma pactuação importante para os municípios, tanto na assistência farmacêutica como no SAMU. A reunião também foi importante para tratar sobre o FEM. Fizemos um calendário visando, principalmente, as obras que estão paradas, para que elas possam ser concluídas nos próximos meses”, disse o governador. (Do Blog do Governo de Pernambuco)

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