Saúde - Página: 12 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Saúde

Gestantes ganham suporte para dúvidas sobre Covid-19

Diante da pandemia da COVID-19 e da quarentena instaurada em Pernambuco sob recomendação da Secretaria de Saúde estadual, muitas dúvidas surgiram em relação ao impacto da doença em diversos grupos, entre eles o de mulheres gestantes. Para tranquilizar e tirar dúvidas, enfermeiras obstetras do Recife se reuniram para criar o grupo “Fale com a parteira”, que atua de maneira gratuita e online (Instagram e WhatsApp), oferecendo suporte para essas mulheres sobre gestação, parto e puerpério durante a pandemia do coronavírus. De acordo com Tatianne Frank, idealizadora do projeto, que é totalmente voluntário e autogestionado, as dúvidas sobre Covid-19 variam e estão presentes nos meios acadêmico, profissional e entre as gestantes. “Criamos o grupo há uma semana e rapidamente alcançamos um grande número de seguidores nas redes sociais e continuamos crescendo. Várias mulheres entram em contato diariamente para perguntar sobre os efeitos do coronavírus durante a gestação, sinais de alerta como pressão alta e trabalho de parto prematuro, o momento adequado para ir à maternidade, entre outros. O nosso objetivo é tranquilizá-las e atendê-las de prontidão, explicando o que devem fazer para protegerem e a si mesmas e a seus bebês, evitando idas desnecessárias à maternidade neste período de quarentena”, explica. O “Fale com a Parteira” é um grupo pioneiro no Brasil composto 42 enfermeiras obstetras experientes da cidade do Recife. Algumas delas atuam em maternidades como o Imip, Hospital da Mulher do Recife e Arnaldo Marques, outras atendem partos domiciliares planejados e há ainda algumas que são professoras de graduação e pós-graduação de Universidades como a UFPE. Todas as orientações que o grupo transmite para a população são baseadas em evidências científicas e recomendações de saúde atualizadas. Em pouco tempo, a ideia já foi replicada na Bahia, onde nasceu grupo com mesmo nome e objetivos. COMO FUNCIONA A gestante acessa o perfil do Instagram @falecomaparteira e, ao clicar no link da bio, é levada a um grupo de WhatsApp com enfermeiras obstetras onde ela pode pedir ajuda. As 42 enfermeiras integrantes do grupo se revezam no atendimento em esquema de plantões (24h por dia, 7 dias da semana) e respondem prontamente a mensagem. Ao ter a dúvida sanada, a gestante deve deixar o grupo para que mais mulheres possam ter acesso à ferramenta. Caso precise de ajuda novamente, a gestante deve fazer o mesmo caminho de antes

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Cientistas pesquisam teste rápido e barato para o coronavírus

Karina Toledo | Agência FAPESP – Pesquisadores das universidades de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) uniram esforços para desenvolver um teste rápido e de baixo custo para diagnosticar os casos de COVID-19 e, além disso, identificar os pacientes com risco de evoluir para quadros de insuficiência respiratória. O método se baseia na análise do padrão de moléculas encontrado em fluidos corporais e tem custo estimado entre R$ 40 e R$ 45 por paciente. “Já enviamos o processo de aprovação na Conep [Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, órgão que regulamenta estudos clínicos no Brasil], e já estamos fazendo análises prévias e processando os dados. Tudo ao mesmo tempo, em virtude da situação”, conta Rodrigo Ramos Catharino, coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores da Unicamp, à Agência FAPESP. O pesquisador desenvolve uma linha de pesquisa que combina ferramentas de metabolômica (estudo do conjunto de metabólitos em amostras biológicas) e inteligência artificial (aprendizado de máquina) para buscar biomarcadores que ajudem no diagnóstico e na avaliação do prognóstico de diversas doenças, entre elas síndrome metabólica, infecções virais e fibrose cística. As amostras dos pacientes serão inicialmente analisadas em um espectrômetro de massas (uma espécie de balança molecular), equipamento capaz de revelar todos os metabólitos presentes no fluido corporal. Esse conjunto de moléculas, por sua vez, indica aos cientistas os diversos processos metabólicos ativos no organismo. O passo seguinte, que será feito no Instituto de Computação da Unicamp, sob a coordenação do professor Anderson Rezende Rocha, é usar ferramentas de aprendizado de máquinas para analisar tanto os resultados das amostras de indivíduos com COVID-19 quanto das amostras de pessoas saudáveis, que servirão de controle. Espera-se assim “treinar” o programa de computador para reconhecer o padrão saudável, o padrão do paciente infectado pelo novo coronavírus e também o padrão associado aos casos graves da doença. Coleta de material A captação dos voluntários e a coleta de amostras estão sob a coordenação do professor colaborador da Faculdade de Medicina (FM) da USP Rinaldo Focaccia Siciliano, médico assistente da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas (HC-FM-USP) e da Unidade de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto do Coração (InCor) . À Agência FAPESP, Siciliano explica que a seleção dos participantes será feita entre os pacientes admitidos no HC-FM-USP com sintomas de síndrome gripal, que incluem febre, tosse, dor de garganta e coriza. Também serão incluídos pacientes atendidos no Hospital Municipal da Lapa com os mesmos sintomas. “O objetivo é abranger uma população heterogênea, pois o HC é um hospital terciário [em que chegam pacientes graves encaminhados por prestadores de serviços primários e secundários] e o Hospital Municipal da Lapa é um pronto socorro de portas abertas, recebe casos de todos os tipos”, diz o médico. Segundo Siciliano, serão coletadas amostras de três grupos diferentes: pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19 pelas técnicas moleculares hoje usadas na rotina, pacientes com diagnóstico confirmado de influenza (vírus da gripe) e pacientes com sintomas gripais e resultado negativo para os dois patógenos. “Estimamos ser necessário coletar 50 amostras de cada grupo e mais 50 de pessoas saudáveis, que servirão de controle. Acreditamos que, por causa da pandemia, em pouco tempo conseguiremos finalizar a fase de coleta”, afirma Siciliano. Na avaliação do pesquisador, a vantagem do teste rápido é poder tirar o paciente de circulação, impedindo que transmita o vírus para mais pessoas. “Além disso, se pudermos predizer os casos de maior risco, poderemos oferecer um nível de atenção mais adequado”, afirma. Segundo Catharino, depois que o conjunto de procedimentos e o software estiverem prontos e validados, será possível fazer mais de mil testes em um único dia. “Além de mais rápido que o método hoje usado, seria mais barato e ofereceria mais informações para ajudar o profissional de saúde no momento de decisaÌ?o por hospitalizações e tratamentos”, diz. A professora da FM-USP Ester Sabino, uma das idealizadoras do estudo, será responsável pelo armazenamento do material biológico coletado no Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP. Já o professor da FM-USP José Carlos Nicolau, que dirige a Unidade Clínica de Coronariopatia Aguda do InCor, está à frente de outro objetivo do projeto: entender de que modo o novo coronavírus altera a capacidade de agregação das plaquetas e a coagulação sanguínea, bem como as implicações clínicas desses processos. “Pretendemos olhar o que ocorre com a agregação de plaquetas e com outros marcadores de coagulação do sangue. A ideia é comparar essas variáveis nos grupos acima citados [pacientes com desconforto respiratório hospitalizados com COVID-19, com influenza, sem nenhum dos dois e grupo controle] avaliar as diferenças entre eles. Os resultados podem ter implicações prognósticas e terapêuticas. Se eu noto que um determinado parâmetro influencia negativamente o quadro do paciente, posso tentar intervir bloqueando esse processo, no sentido de melhorar a evolução”, conta Nicolau.

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Pesquisadores testam antivirais existentes para combater coronavírus

Um grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBio-CNPEM), em Campinas, está buscando um novo tratamento para a COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. A estratégia, conhecida como reposicionamento de fármacos, consiste em testar a ação antiviral de drogas já disponíveis no mercado para outras doenças. Os cinco primeiros fármacos selecionados têm como alvo uma das proteases do vírus, enzima essencial em seu ciclo de vida. Posteriormente, o grupo vai testar outros fármacos em mais quatro alvos moleculares com diferentes funções no novo coronavírus. O grupo faz parte de uma rede criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que articula pesquisas sobre coronavírus em diversos laboratórios pelo Brasil, a fim de encontrar soluções para a pandemia. Alguns dos pesquisadores envolvidos atuam em projetos financiados pela FAPESP.  “Na RedeVírus MCTIC, cada grupo participante tem uma missão. A nossa é o reposicionamento de fármacos. Assim que tivermos os resultados, eles serão imediatamente encaminhados para outro grupo, que fará os testes em pacientes”, diz Daniela Barretto Barbosa Trivella coordenadora científica do LNBio e uma das pesquisadoras envolvidas no estudo. “A protease que temos como alvo é responsável por um processo que torna o vírus ativo, ou seja, capaz de infectar as células e se multiplicar”, explica. Trivella coordena um projeto, financiado pela FAPESP e conduzido em colaboração com a Universidade de Nottingham (Reino Unido), cujo objetivo é elucidar o funcionamento de receptores celulares considerados potenciais alvos terapêuticos. “Um medicamento novo pode demorar até 15 anos para chegar ao mercado. Por isso, optamos por essa estratégia, que é a melhor opção no curto prazo. A ideia é usar fármacos já aprovados para uma determinada doença no tratamento de outra. É o que aconteceu com a hidroxicloroquina, indicada para malária, mas usada experimentalmente contra o coronavírus”, diz Eduardo Pagani, gestor de fármacos do LNBio. Pagani explica que a vantagem dessa estratégia é que, se forem encontrados fármacos com potencial para tratar a COVID-19, a eficácia de seu uso no combate a esta doença poderá ser testada diretamente nos doentes, uma vez que os órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já possuem todas as informações de segurança dessas drogas, já testadas em humanos antes de entrarem no mercado. Os pesquisadores alertam, porém, que ainda que esses fármacos estejam disponíveis nas farmácias, nenhum foi testado em humanos portadores do novo coronavírus. Por isso, é fundamental que sejam conhecidos os efeitos nesse contexto, antes que possam ser administrados em pacientes com a COVID-19. Cinco candidatas Para chegar às primeiras cinco drogas potencialmente eficazes contra o SARS-CoV-2, o grupo realizou uma triagem, por meio de simulações computacionais, de 2 mil drogas já aprovadas para outros usos terapêuticos pela FDA (Food and Frug Administration), agência do governo dos Estados Unidos que regula alimentos e drogas. “Durante mais de um mês rodamos simulações que exigem grande capacidade computacional. Nelas, a molécula precisava primeiro se encaixar no chamado sítio catalítico da protease e depois permanecer nesse local após uma simulação de movimento das moléculas. As que se mantiveram conectadas seguiram no protocolo. As outras foram descartadas”, diz Paulo Sergio Lopes de Oliveira, pesquisador do LNBio responsável pela parte computacional da pesquisa. Oliveira coordena o projeto “Detecção e caracterização de cavidades proteicas através de computação paralela e descritores moleculares”, financiado pela FAPESP. Além dos equipamentos e recursos do projeto atual, sua equipe utilizou computadores de um Auxílio à Pesquisa, na modalidade Equipamentos Multiusuários, coordenado por Wilson Araújo da Silva Junior, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). A simulação resultou em 16 fármacos com potencial terapêutico contra o vírus. Destes, foram selecionados cinco para serem testados em células infectadas com o SARS-CoV-2. Entre os critérios para a seleção estava a disponibilidade dessas drogas no mercado brasileiro a um custo relativamente baixo. Biossegurança Os testes da ação dos medicamentos em células infectadas são liderados por Rafael Elias Marques Pereira Silva, pesquisador do LNBio e coordenador de dois projetos financiados pela FAPESP: o primeiro sobre o potencial terapêutica de quimiocinas e o segundo sobre infecções por vírus. Os testes são realizados no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE), no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp). O LEVE é liderado por José Luiz Proença Módena, professor do IB-Unicamp e coordenador do projeto “Patogênese e neurovirulência de vírus emergentes no Brasil”, também financiado pela FAPESP. O laboratório possui nível de biossegurança 3 (NB3), em uma escala que vai até 4. “Por conta da segurança, os testes são bastante exaustivos, têm de ser feitos quase um a um. Por isso a seleção prévia das drogas é importante”, diz Trivella. Participa ainda das pesquisas Marcio Chaim Bajgelman, coordenador do Laboratório de Vetores Virais (LVV) do LNBio. O pesquisador trabalha no desenvolvimento de ensaios de teste de fármacos, em que será possível acompanhar a capacidade de entrada do fármaco nas células humanas. Bajgelman coordena projeto apoiado pela Fundação. Os pesquisadores agora preparam mais quatro alvos moleculares presentes no vírus para serem testados. Os chamados bioensaios serão conduzidos por Artur Torres Cordeiro, pesquisador no LNBio, em projeto também financiado pela FAPESP. Para cada um dos novos alvos, serão feitas novamente as simulações com as 2 mil drogas já existentes. A estimativa é chegar, no total, a 60 fármacos candidatos para os testes in vitro com os alvos isolados e com o vírus. Entre um e três serão indicados para testes clínicos. Encontrar mais de um fármaco é estratégico para que o vírus não desenvolva resistência. Em tratamentos antivirais como o do HIV, por exemplo, são usadas diferentes combinações de fármacos que atacam diferentes alvos moleculares do vírus. “As drogas encontradas nessa pesquisa poderiam ser combinadas entre si ou mesmo à hidroxicloroquina, por exemplo, a fim de aumentar as chances de cura”, diz Pagani. Os testes com os primeiros cinco candidatos já foram iniciados. Os resultados são esperados nas próximas três semanas. Por André Julião -Agência FAPESP

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Fernando de Noronha determina quarentena de até 14 dias para quem chega do continente

Por determinação da Administração de Fernando de Noronha, todas as pessoas que desembarcarem na Ilha vão passar por uma investigação do seu estado de saúde, através de um questionário epidemiológico, como forma de prevenção ao novo coronavírus. Além disso, terão que ficar isoladas em casa por, no mínimo, sete dias, mesmo que não tenham sintomas de gripe. Para as pessoas que apresentarem algum tipo de sintoma, como tosse e/ou febre, o isolamento domiciliar obrigatório será por quatorze dias. A medida entrou em vigor nesta quarta-feira (25). O primeiro voo recebido com essa nova regra transportou vinte e quatro pessoas. A Administração Distrital montou uma operação na área de desembarque do aeroporto em conjunto com a Vigilância Sanitária e a Polícia Militar. Todos os passageiros responderam o questionário e foram orientadas sobre a quarentena. “Vieram vinte e quatro pessoas. Sendo vinte e três moradores e uma pessoa da área da saúde. Foi aplicado o teste epidemiológico para se identificar o local de onde cada um veio, se apresenta ou não os sintomas de gripe, depois todos foram notificados a manter quarentena. Algumas pessoas vão ficar quatorze dias e o outro grupo sete dias. É importante esta ação, porque é mais uma medida para evitar a circulação do coronavírus em Fernando de Noronha”, disse o superintendente de Saúde do arquipélago, Fernando Magalhães. Atualmente só são permitidos voos na Ilha para o transporte de moradores regulares perante o controle migratório do Distrito e de servidores públicos federais e estaduais, bem como para outras situações excepcionais definidas pelas autoridades sanitárias. “A quarentena para quem chega do continente será fiscalizada, inclusive nas residências. A pessoa que descumprir poderá sofrer processos”, diz Guilherme Rocha, administrador de Fernando de Noronha. Essa é mais uma medida dentro do plano de ação para combater o novo coronavírus na Ilha. Depois do Decreto Estadual que suspendeu pousos e decolagens de voos comerciais no arquipélago desde o último sábado, 21, a Administração também determinou a proibição de atividades turísticas no território da ilha. Não existem turistas na ilha atualmente, pois todos já saíram na última semana. Só a população e os funcionários essenciais estão no arquipélago. A ideia é isolar Noronha para que novos casos não surjam. A ilha está com cinco casos suspeitos de Covid-19. Os exames serão encaminhados ao Laboratório Central de Pernambuco (Lacen), que fica no Recife. O Administrador lembra que está trabalhando incansavelmente junto com a equipe da Administração e que segue a recomendação das autoridades sanitárias, como a Secretaria de Saúde de Pernambuco e o Ministério da Saúde. Guilherme Rocha acredita que as medidas para o recolhimento social são necessárias na contenção do vírus o mais rápido possível. Para isso, no entanto, pede o apoio do ilhéu para vencer a batalha que o mundo está enfrentando. “É importante que a população veja a necessidade de ficar em casa, isolada. Essa é a única forma eficaz de vencer o vírus. A gente precisa passar por esse momento, que é chato, entediante. Mas tenho certeza que seremos o primeiro lugar do país que será salvo dessa pandemia. Se cada um fizer a sua parte agora, em pouco tempo venceremos esse vírus. Temos condições de sermos pioneiros nessa guerra. Vamos ser esse exemplo para o Brasil e o mundo”, completou o administrador.

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Veja epidemias do passado em jornais digitalizados no Acervo Cepe

Se você pensa que fake news nasceu nos tempos modernos, saiba que está redondamente enganado. Desde o século passado a população convive com a disseminação de notícias falsas na imprensa. Tal como acontece agora com o novo coronavírus - a maior crise sanitária que o mundo atravessa em muitos anos - também havia disparos de boatos na década de 1930, quando localidades do Brasil enfrentavam surto da peste bubônica. Você pode resgatar essas histórias em jornais antigos digitalizados pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). O acessso ao portal é fácil (www.acervocepe.com.br) e a ferramenta é gratuita. Um exemplo de fake news das antigas pode ser conferido na edição do Diário da Manhã do dia 9 de junho de 1935. A nota com o título "Contra o derrotismo" reproduz um telegrama enviado pelo então prefeito do município pernambucano de Alagoa Grande (denominado Sertânia desde 1943), Possidônio Gomes, e pelo então juiz de direito Ascendino Neves. Eles negam o surto de peste bubônica no município e atribuem a informação a terceiros. No telegrama, o prefeito e o juiz afirmam se tratar de uma notícia falsa e ressaltam que, se o lugar estivesse passando pelo problema, eles seriam os primeiros a pedir providências às autoridades sanitárias. Os boatos, de acordo com o prefeito e o juiz, circulavam na capital. Sertânia, distante 316 quilômetros do Recife, fica no Sertão do Estado. O surto da peste bubônica era falso em Alagoa Grande, mas a epidemia chegou a outros municípios sertanejos. A edição de 23 de julho de 1935 do Diário da Manhã publica mensagem do governador Carlos de Lima Cavalcanti (interventor federal em Pernambuco de 1930 a 1935 e governador de 1935 a 1937) à Assembleia Legislativa solicitando abertura de crédito especial para combater o surto em Novo Exu e Granito. Na ocasião havia 40 casos confirmados da doença e 14 óbitos na duas localidades. Em 19 de setembro do mesmo ano, o governador pede mais verba para debelar a peste bubônica em Novo Exu, Ouricuri e Granito. Uma das medidas profiláticas adotadas na época, segundo as edições de 4 de setembro e de 20 de novembro de 1935 do mesmo jornal, foi o isolamento de lugares para evitar que a doença se alastrasse (tá vendo a importância de ficar em casa em tempos de coronavírus?) , o saneamento de Novo Exu para acabar com os focos de ratos (transmissor do mal), e a imunização da população. A campanha durou três meses e terminou em novembro de 1935, tendo à frente o higienista Lessa de Andrade (sim, o homem que dá nome a uma das policlínicas mais conhecidas do Recife), que exercia a função de inspetor de higiene municipal. Graças às medidas adotadas, a peste não causou mais vítimas em Novo Exu, segundo relatos no jornal. Em 1926, o surto epidêmico da peste no município de Triunfo, possivelmente o maior da América do Sul, conforme avaliação de especialista da época, deixou mais de dois mil mortos. Serviço único no Nordeste, o website www.acervocepe.com.br tem navegação intuitiva e é acessível em computador, tablet e smartphone. Nele você vai encontrar manuscritos, impressos e fotografias de diferentes épocas. "Não conheço nenhum projeto semelhante a esse no Brasil, um portal voltado exclusivamente para a população, gratuito e que tenha o objetivo de difundir a cultura, a história, a literatura e a música", declara o superintendente de Digitalização, Gestão e Guarda de Documentos da Cepe, Igor Burgos. Inaugurado em 1º de outubro de 2014, o portal abriga edições do Diário da Manhã, jornal fundado na década de 1920 no Recife, e jornais do século 19, todos do acervo do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano. "Lá tem mais de 600 jornais dessa época e mais de 14 mil folhas; tem o primeiro jornal com charge no Brasil, O Marimbondo; e a primeira versão do Diário de Pernambuco", destaca Igor Burgos. "É uma coleção bem importante e que não está mais disponível para manuseio de pesquisadores no Arquivo Público, todos os pesquisadores que vão lá são orientados a fazer a consulta no site do Acervo Cepe", observa. Também estão disponíveis documentos da Comissão Estadual da Verdade sobre violação de direitos humanos e documentos do Instituto Dom Helder Camara (mais de 120 mil páginas, incluindo pensamentos do Dom da Paz), além de produtos criados pela Cepe, como a coleção do Suplemento Cultural (atual Pernambuco) de 1986 a 2006. Igor Burgos também cita uma seção para a Revista Continente Documento (54 edições digitalizadas) e o Almanaque Centenário, lançado pela Cepe nos 100 anos da Imprensa Oficial. Em todo o Acervo Cepe há dez seções de documentos com mais de 800 mil páginas digitalizadas. "É uma boa opção gratuita para as pessoas que estão de quarentena em casa nese momento", sugere Igor Burgos. Aproveite a dica e boa leitura!

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Vacinação contra a gripe é suspensa em algumas cidades

Algumas cidades de Pernambuco, como Recife, Olinda ,Jaboatão dos Guararapes e Paulista, suspenderam temporariamente a campanha de vacinação contra a gripe. O motivo foi o esgotamento dos estoques das vacinas. A situação deverá ser normalizada, segundo as prefeituras, somente após a entrega de novas doses pelo Ministério da Saúde. A primeira fase da campanha ocorre até o dia 15 de abril e é voltada a idosos e os profissionais de saúde, de acordo com as diretrizes do programa nacional. De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, na capital foram vacinadas 130 mil pessoas, nos três primeiros dias da campanha, o que representa a metade da população que deveria ser imunizada nessa fase. O motivo da falta de vacinas foi a procura dos idosos que excedeu todas as expectativas. As novas doses devem ser recebidas até a sexta (27) e as remanescentes do primeiro lote serão usadas para vacinar os idosos acamados.

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Prefeitura de Sanharó oferece App de Delivery para ajudar no combate ao coronavírus

Em uma inciativa criativa no combate ao coronavírus, a Prefeitura de Sanharó está implantando um Aplicativo de Serviços Delivery (App), que tem como objetivo incentivar que as pessoas permaneçam em suas casas e ajudar os empreendedores formais e informais. O aplicativo está sendo desenvolvido pelo professor Flávio Brayner, da Escola Técnica Maria José Vasconcelos (ETE Bezerros). Os empreendedores que oferecem este tipo de serviço no município e queiram fazer parte do plicativo têm até esta sexta-feira (27) para fazer o cadastro. O cadastro está sendo feito através da Sala do Empreendedor, de Secretaria de Desenvolvimento Social, pelo WhatsApp do telefone (81) 998175208. Os interessados devem informar o nome fantasia do estabelecimento e o (s) telefone (s) para contato, de preferência WhatsApp. Além de oferecer mais opções de compras, incentivando os moradores a permanecerem nas suas casas, o aplicativo vai incentivar a economia local. A Prefeitura de Sanharó também está cumprindo todas as determinações estaduais e federais e tomou diversas medidas para enfrentar a pandemia. As ações são coordenadas pelo Comitê de Resposta Rápida de Combate e Enfrentamento a Covid-19.

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Sociedade médica alerta para direitos do paciente em meio à pandemia

Em meio à pandemia de coronavírus (Covid-19) no Brasil e à corrida às clínicas e hospitais por parte da população com possíveis sintomas da doença, é preciso atenção, em especial no resguardo dos direitos dos usuários de planos de saúde. Ao menos é o que enfatiza o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Dr. Raul Canal. É o caso, por exemplo, do arqueio dos custos dos exames que detectam o novo vírus. As empresas de plano de saúde são obrigadas a arcar. “Caso não o façam, o consumidor deve procurar a Defensoria Pública, que está em sistema de plantão judiciário, ou um advogado, e solicitar ao juiz a emissão de uma medida cautelar”, enfatiza Canal. Contudo, ele também observa que na hipótese do caso ser grave, o consumidor pode arcar com a despesa do exame e depois solicitar reembolso à operadora do plano de saúde. Outro item importante elencado pelo presidente da Anadem tem relação com taxas abusivas. “Os planos de saúde estão proibidos de cobrar uma taxa extra ou a reajustar o valor do plano. Caso isso aconteça, o consumidor não deve pagar e deve entrar com uma medida judicial”. O plano de saúde só pode reajustar o valor no aniversário do plano e mediante autorização da Agência Nacional de Saúde (ANS). Canal lembra ainda que os laboratórios não podem se negar a fazer o exame aos consumidores do plano de saúde, alegando que só atendem consumidores particulares. “Nestes casos o consumidor deve chamar a polícia”, pontua. Sobre a ANADEM Criada em 1998, a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM) promove o debate sobre problemas relacionados ao exercício profissional da medicina. Por meio da análise de discussões relacionada a esse tema, a ANADEM apresenta soluções não só no campo jurídico, mas em todas as áreas de interesse do médico associado.

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Frutas que aumentam a imunidade

Não existe remédio para gripes e resfriados, no geral. No caso do novo coronavírus, que ainda não há vacina desenvolvida e possui grande rapidez no contágio, é ainda mais importante ajudar o nosso sistema imune. Como isso é possível? Pro meio de uma alimentação mais natural, de acordo com a coordenadora professora e do núcleo de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE, Joyce Moraes. Primeiro, a nutricionista lembra que alimentos industrializados, processados e fast foods podem piorar nossa imunidade. É aquele ditado: “descascar mais, desembalar menos”. Investir numa boa hidratação, bebendo bastante água ao longo do dia, grãos (como arroz e feijão), fontes magras de proteínas (ovo, peixe e frango) e verdura já ajuda bastante. E as frutas são essenciais para uma alimentação balanceada e fortalecer o organismo, já que são principais fontes de vitaminas. “A pera e maçã, por exemplo, promovem a produção de ácidos graxos de cadeia curta, os quais modulam positivamente MALT, que é uma espécie de integrante do sistema imune no intestino”, explica a professora de nutrição da Faculdade IDE. Já o abacate é fonte de magnésio, benéfico para imunidade, juntamente com o ômega 9, pois modulam a produção de substâncias que prejudicam a imunidade, denominadas citocinas pró-inflamatórias. “Na lista de frutas poderosas, está o caqui, fonte de licopeno, verdadeiro varredor de radicais livres, e kiwi, laranja e limão, ricos em vitamina C, a ‘queridinha’ do sistema imune, pois varre radicais livres”. Já as uvas roxas e açaí, assim como repolho roxo beterraba, são fontes de antocianinas. “Essas substâncias aumentam o número de células NK, do inglês, Natural Killer (células matadoras, traduzindo). As células NK são verdadeiras matadoras de patógenos”, explica a nutricionista Joyce Moraes. Orientação também para preferir por alimentos orgânicos, que são livres de agrotóxicos. Mas alimentos da safra ou as “frutas da época”, geralmente, possuem menos agrotóxico. Assim, invista mais os alimentos que são abundantes na estação. COMO CONSUMIR AS FRUTAS? As uvas devem ser consumidas com as cascas. “Você pode também tomar o suco de uva integral. Já o açaí deve ser consumido sem xarope de guaraná, pois o xarope é rico em açúcar, que piora a imunidade, na forma de tigela ou suco”, sugere a nutricionista Joyce Moraes, professora da Faculdade IDE. O limão espremido com um copo de água pela manhã é ótimo para regular a acidez do sistema digestivo e fortalecer a imunidade. A melhor forma de consumir as demais frutas, no geral, é in natura, na forma de fruta mesmo, pois preserva mais as vitaminas e mantém as fibras, evitando picos de açúcar (da frutose) no sangue. Mas pode também variar o consumo fazendo sucos e vitaminas com mais de uma fruta, inclusive. O importante é se alimentar bem para manter a saúde em dia.

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Prefeitura usa sistema de geolocalização para combater o coronavírus

A Prefeitura do Recife divulgou, como estratégica do Plano Municipal de Contingenciamento Covid-19, o uso da tecnologia de geolocalização Desenvolvida em parceria com a empresa recifense In Loco, a Prefeitura terá acesso a uma ferramenta de mapeamento de maior ou menor isolamento social. Assim a gestão municipal vai poder atuar de forma direcionada com ações educativas a medidas de fiscalização, quando couber. “O Plano de Contingência, que já conta com 145 medidas. Trata-se de um projeto de monitoramento utilizando uma ferramenta de tecnologia de geolocalização, numa parceria com a empresa recifense In Loco, que vai monitorar bairro a bairro as pessoas que estão ficando em casa ou não. Os dados são gerais, coletivos e a privacidade das pessoas é respeitada, mas o monitoramento vai permitir uma série de ações do poder público, para ampliar o número de pessoas que ficam em casa”, disse o prefeito Geraldo Julio. O gestor explicou como vai poder usar essas informações. “Com esses dados vamos poder orientar melhor os carros de som, por exemplo. A Prefeitura tem hoje, em uma parceria com os vereadores, 20 carros de som que estão rodando a cidade, levando informação à população. Sabendo os bairros que estão descumprindo as medidas, nós vamos poder direcionar esses carros para essas regiões. Esperamos que com esse aplicativo a gente possa monitorar ainda mais a cidade e garantir que as pessoas fiquem em casa, o que é fundamental neste momento. Quanto mais rápido esse vírus se espalhar pelo Brasil, mais difícil vai ser para o sistema de saúde atender a essa enorme demanda que pode ser gerada”, avaliou o prefeito. Para acompanhar os casos e conter a propagação do vírus, a solução tecnológica será a partir da geolocalização de smartphones, que vai acompanhar de forma coletiva o isolamento social e gerar um índice de isolamento por bairro. O índice vai responder quais bairros estão respeitando a quarentena e quais ainda mantém um fluxo intenso de passantes. Ao todo 145 ações do Plano Municipal de Contingenciamento COVID-19 já foram anunciadas pelo Comitê Municipal de Resposta Rápida, instalado pela Prefeitura do Recife desde janeiro. A iniciativa vai permitir que a Prefeitura possa planejar e direcionar suas ações e concentrar os esforço de forma onde necessário, desde medidas educativas, através de notificação pela internet, uso de carro de som e fiscalização, quando for necessário. O uso de Carros de Som como ferramenta de comunicação das medidas de restrição e do reforço da importância dos recifenses ficarem em casa já está sendo utilizado e agora vai poder ser direcionado a partir dos dados de onde está a maior concentração de pessoas. Ao todo, 20 carros de som já estão circulando por dia, sete dias da semana, pelas ruas do município divulgando sobre a importância de ficar em casa e evitar aglomerações, atitude indispensável para combater a disseminação da doença. Bairros como Ibura, Jordão, Afogados, Córrego do Jenipapo, Vasco da Gama, Casa Amarela, Beberibe, Água Fria e UR-11 já receberam a ação. In Loco - Empresa pernambucana de tecnologia que fornece inteligência a partir de dados de localização. Suas soluções permitem que empresas entreguem mais relevância, garantindo o anonimato dos seus consumidores. Recentemente anunciou a ampliação da operação para os Estados Unidos, com bases em São Francisco e Nova Iorque. Movimenta Recife - Lançado na última quinta-feira (19) pela Prefeitura do Recife para estimular e orientar a população a praticar exercícios físicos sem sair de casa, o aplicativo Movimenta Recife já é o mais baixado do Brasil na área de Saúde e Bem Estar. Os dados são do AppBrain, plataforma do sistema Android que divulga e avalia os apps. Até esta terça-feira (24), o Movimenta Recife já tinha sido baixado por 13.400 pessoas em todo o mundo, estando não apenas na liderança do ranking no Brasil, mas também em quinto lugar na Áustria e na Bélgica. O Movimenta Recife foi elaborado para minimizar o impacto da suspensão do funcionamento das Academias Recife, das Academias da Cidade e do Caminhão da Malhação, além da recomendação da suspensão do funcionamento das academias de ginástica privadas. O aplicativo está disponível no sistema Android e contém videoaulas de ginástica e dança para serem praticadas em casa, nos níveis básico, intermediário e avançado. ASSUNTOS: gabinete de imprensa tecnologia coronavírus covid19 juntos pela vida prefeitura do recife portal

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