Saúde – Página: 26 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Saúde

Dieta rica em fibras pode prevenir e amenizar infecções respiratórias em crianças

Agência FAPESP – Dados de um estudo apoiado pela FAPESP e publicado na revista Nature Communications sugerem que uma dieta rica em fibras solúveis pode proteger crianças contra os efeitos do vírus sincicial respiratório (RSV) – causador da bronquiolite –, reduzindo significativamente a perda de peso, a carga viral e o infiltrado de células de defesa nos pulmões durante a infecção. Por meio de experimentos com camundongos, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) mostraram que, no intestino, as fibras são transformadas pela microbiota em ácidos graxos de cadeia curta, que atuam no pulmão ativando os receptores celulares do tipo GPR43, responsáveis pelo efeito protetor. A pesquisa começou em 2013, por meio da colaboração do grupo coordenado pelo professor Marco Aurélio Ramirez Vinolo, do Departamento de Genética, Evolução, Microbiologia e Imunologia, do Instituto de Biologia (IB-Unicamp), – com o grupo da PUC-RS liderado pela professora Ana Paula Duarte de Souza, especializado em vírus. Integram a equipe Maria Teresa Pedrosa Silva Clerici, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA-Unicamp); José Luiz Proença Módena, do IB-Unicamp; e Hosana Gomes Rodrigues, da Faculdade de Ciências Aplicadas, sediada em Limeira (FCA-Unicamp). Como explicou Vinolo, o trabalho foi proposto porque à época existiam dados epidemiológicos sugerindo que alimentos com alto conteúdo de fibras poderiam proteger crianças de infecções respiratórias. Além disso, estudos feitos em modelos animais mostraram que o consumo de fibras tinha efeito protetor em relação à asma. “Chegamos à conclusão que valeria a pena verificar se a infecção pelo RSV poderia de alguma forma ser prevenida ou atenuada. É um problema muito comum em crianças recém-nascidas e até os três anos de idade. Parte dos pacientes evoluei para um quadro grave de inflamação respiratória, chamada de bronquiolite, que pode causar a morte”, disse Vinolo ao Jornal da Unicamp. A bronquiolite é caracterizada por inflamação e edema das vias aéreas, aumento na produção de muco e necrose das células epiteliais dos brônquios. Em 2017, registrou-se em São Paulo um aumento nos casos graves de crianças infectadas pelo RSV, o que despertou a atenção da comunidade médica e científica para a necessidade do desenvolvimento de terapias. Até o momento, existem apenas tratamentos paliativos, para alívio de sintomas como febre, dor no corpo e dificuldades respiratórias. O estudo Nos experimentos feitos em camundongos, metade dos animais recebeu uma dieta com alto teor de fibras e os demais (grupo controle) consumiram alimentos pobres em fibras. Após três semanas, todos foram infectados pelo RSV. Análises feitas depois de cinco dias mostraram que os roedores do primeiro grupo tinham menos vírus no pulmão e não desenvolveram inflamação pulmonar. Já os do grupo controle manifestaram uma grande inflamação nos pulmões. Confirmada a hipótese inicial, os pesquisadores decidiram investigar o mecanismo pelo qual as fibras protegem o sistema respiratório. Já se sabia que elas induzem a formação, pela microbiota intestinal, de ácidos graxos de cadeia curta. Mas as concentrações desses compostos podem variar e dependem de vários fatores, como tipo de alimentação e condições metabólicas dos diferentes organismos. Essa variação de concentração pode tornar o indivíduo mais ou menos suscetível a vários tipos de doenças, embora não se soubesse ainda como se dava a ação sobre a infecção provocada pelo RSV. Foram então realizados experimentos para comprovar que a proteção decorria da ação dos ácidos graxos de cadeia curta. Para tanto, eliminou-se a microbiota dos animais com antibióticos – o que fez cessar o efeito protetor. A proteção, no entanto, foi observada novamente quando esses animais tratados com antibiótico receberam por via oral os ácidos graxos de cadeia curta. Comprovava-se, assim, a hipótese de que os ácidos graxos produzidos pela microbiota do intestino são absorvidos pelo órgão e agem nas células pulmonares, reduzindo a quantidade de vírus. O efeito protetor foi observado quando os ácidos graxos foram administrados aos roedores por meio da água de beber contendo acetato de sódio e também pela inalação dessa mesma solução. Segundo Vinolo, tratamento semelhante poderia funcionar para humanos. Em um estudo em andamento, o grupo avalia se há correlação entre as quantidades produzidas de ácidos graxos de cadeia curta no organismo e a intensidade da infecção por RSV. Essa pesquisa está sendo realizada com crianças afetadas pela infecção e atendidas em hospital de Porto Alegre. Nelas são medidas as concentrações de ácidos graxos endógenos. Resultados ainda preliminares indicam que, quanto maior a quantidade desses compostos nas fezes, menor a chance de as crianças desenvolverem infecção grave e menor é o tempo de internação. No trabalho com animais, verificou-se efeito benéfico da administração de ácidos graxos de cadeia curta antes da infecção (estratégia de prevenção) e também em animais recém-infectados, com redução de vírus no pulmão e diminuição do grau de inflamação no órgão. Esses achados indicam que a abordagem pode ser empregada como forma de tratamento. Patente Segundo Vinolo, os resultados levaram o grupo a requerer patente do uso dos ácidos graxos de cadeia curta e de moléculas que atuam pelo mesmo mecanismo de ação no tratamento de doenças virais. A ideia, disse o pesquisador, é conseguir parcerias para realizar os testes em humanos. “Identificamos uma proteína celular que estabelece a conexão entre os ácidos graxos de cadeia curta e sua ação protetora, o receptor GPR43, presente nas células pulmonares. O que patenteamos foi o uso de ácidos graxos de cadeia curta ou moléculas similares que ativam esse receptor que, por sua vez, age no combate a doenças infecciosas virais”, afirmou. O trabalho teve a participação do bolsista de doutorado José Luís Fachi, da bolsista de mestrado Laís Passariello Pral, ambos do IB-Unicamp, e da doutoranda Krist Helen Antunes, da PUC-RS. O artigo Microbiota-derived acetate protects against respiratory syncytial virus infection through a GPR43-type 1 interferon response pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-019-11152-6. * Com informações do Jornal da Unicamp.

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Harmonização facial ajuda a elevar a autoestima

Na psicologia, autoestima inclui uma avaliação indireta que uma pessoa faz de si mesma como sendo essencialmente positiva ou negativa em alguma escala. Diversos fatores incidem sobre a autoestima, desde a saúde até a sua aparência. E, dentro dessa busca por uma autoaceitação a partir da estética, têm se destacado o procedimento de harmonização facial. A dentista Maria Cláudia Ferreira corrobora dessa visão e pontua que a procura pelo tratamento só cresce nos últimos tempos. “A harmonização facial é uma especialidade que vem sendo muito procurada pelos pacientes, porque todo mundo hoje em dia deseja ter um rosto mais harmonioso e, além disso, a realização do procedimento proporciona um resgate da autoestima do paciente”, destacou. Cláudia explica que quando se fala em harmonização facial não existe um único procedimento, mas o estudo profundo da face de cada paciente. “Fazemos uma análise facial do paciente e traçamos um plano de tratamento para aquele caso porque cada pessoa tem uma realidade diferente”, explicou a dentista. “Esse plano de tratamento vai ser individualizado”, ponderou. Segundo Maria Cláudia, a harmonização envolve uma série de procedimentos que visam adequar a estrutura facial da pessoa àquilo que seja melhor para ela. “O público conhece mais o botox e o preenchimento, mas não é só isso. Há um verdadeiro leque de procedimentos com funções específicas”, explicou. O botox, na verdade, é nome a marca do produto chamado toxina botulínica que, juntamente com os preenchedores, principalmente aqueles à base de ácido hialurônico, são os mais procurados. “Eles vão suavizar rugas e restituir volume perdido, seja por vícios de mastigação errado, assimetrias faciais ou por distúrbios de respiração. Tudo isso causa assimetria na face do paciente”, explica Cláudia. Há também procedimentos que visam reduzir o tecido adiposo. “A bichectomia é o procedimento em que tiramos a gordurinha da bochecha, a ‘bola de bichat´. Fazemos uma acesso no local e removemos essa bola de forma permanente”, esclareceu. Ainda existem os procedimentos que visam à reposição de tecido. “Quando o tecido está flácido, podemos reposicionar essa pele para o lugar dela. Nesse caso, usamos os fios de sustentação”. Apesar de existir alguma polêmica em torno do assunto, a dentista explica que o profissional de odontologia está perfeitamente apto para aplicar os procedimentos. “Recentemente a harmonização facial entrou como especialidade da odontologia, foi aceita como especialidade, no início deste ano e é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia”, defendeu. “O objetivo da harmonização facial não é mudar as características naturais de cada um, mas sim transformar o paciente na sua melhor versão”, elucida a dentista. “É um resgate do que o paciente já tinha e com o tempo ou outra circunstância ele perdeu”, pontuou Maria Cláudia, que destacou os benefícios para a autoestima das pessoas. “O mais bonito da harmonização é que o paciente chega e já saí com o resultado alcançado e é visível a melhora no seu bem-estar, o que se enquadra no conceito de saúde propagado pela OMS (Organização Mundial da Saúde): é o bem-estar completo, engloba os aspectos físico, psíquico e social”, justifica a dentista. “Então se a pessoa está com a autoestima baixa, isso vai repercutir em vários âmbitos da sua vida e se eu consigo resgatar essa autoestima com a harmonização facial, eu proporciono uma melhor qualidade de vida para o paciente”, resume. *Por Yuri Euzébio

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Realidade Virtual transforma a vida de crianças com câncer do GRAACC

Com 11 anos, Kelly Fantini de Almeida é uma menina cuja rotina se diferencia dos hábitos de muitas outras crianças, pois ela necessita dividir o tempo dedicado a estudos e brincadeiras com medicamentos e sessões de quimioterapia. Isso porque ela tem leucemia e, segundo sua mãe, Ana Almeida de Souza, o câncer foi descoberto há 5 meses. Mas, nos últimos dias, a rotina hospitalar da garota ganhou uma certa leveza, pois ela vivenciou, pela primeira vez, uma experiência que a levou para lugares incríveis, sem que ela tivesse saído do hospital, graças à tecnologia da chamada Realidade Virtual (VR). Inovação tecnológica cada vez mais expansiva no mercado, em diversas áreas, hoje, a realidade virtual é conhecida por imergir o usuário num cenário totalmente virtual, que permite ter uma visão 360 graus do ambiente, por meio do uso de um óculos apropriado para isso. Foi, justamente, essa experiência imersiva que permitiu Kelly saltar de paraquedas, esquiar, ver animais de perto em um Safari africano, andar numa montanha russa, entre outros vídeos em VR, sem sair do hospital. “É muito legal estar num lugar e poder ver outro. Nunca tinha experimentado essa sensação antes, é muito bacana. O que eu mais gostei foi descer na montanha russa, mesmo não estando lá”, afirma Kelly. Além dela, muitas outras crianças em tratamento contra o câncer já se aventuraram nesta tecnologia graças a um projeto social chamado Alegria Virtual. Idealizado pelo empreendedor Fabio Costa, CEO da Agência Casa Mais, especializada em realidade virtual e aumentada, o projeto consiste em levar a tecnologia como forma de terapia para ambientes hospitalares e, atualmente, leva diversão para as crianças em tratamento contra o câncer do Hospital GRAACC – considerado referência no tratamento e pesquisa do câncer infantojuvenil – todas as últimas sextas-feiras de cada mês. De acordo com Costa, a realidade virtual pode transformar o dia a dia dessas crianças e levá-las para o mundo dos sonhos e, consequentemente, dar mais esperança para elas, restaurando em cada uma o prazer por viver e a energia para continuar sua jornada. Para a Doutora Carlota Blassioli, médica oncologista pediátrica do Hospital GRAACC, a utilização dos óculos VR auxilia as crianças a passarem pela rotina hospitalar com mais tranquilidade, já que permanecem muitas horas dentro do hospital. Outros benefícios da tecnologia apontado pela doutora são o combate ao estresse e à ansiedade, podendo, até mesmo, contribuir para a redução da quantidade de remédios e do tempo de internação. “Os pacientes do GRAACC adoram a experiência, todos querem participar. Eles dizem que é uma atividade muito legal, diferente e emocionante”, afirma a oncologista. De acordo com a médica, esse tipo de tecnologia pode ser uma grande aliada da medicina de vários modos, como, por exemplo, em centros de reabilitação motora e para diminuição do estresse e ansiedade de pacientes internados, tanto em crianças, como em adultos. “É nítido e muito gratificante vermos o quanto podemos auxiliar essas crianças em um tratamento tão complicado. A energia trocada com elas é renovadora e ficamos imensamente felizes ao notar o quanto a tecnologia VR pode ser útil também neste aspecto”, ressalta Costa. Sensação de gratidão que também toma conta dos pequenos que vivem essa experiência e de seus pais e/ou responsáveis, como é o caso de Ana, mãe da Kelly: “Só tenho a agradecer a equipe do projeto Alegria Virtual e do GRAACC, que tem facilitado esse processo de tratamento tão doloroso. É muito gratificante ver minha filha feliz”.

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GAC-PE lança a campanha Foto que Cuida

O Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer Pernambuco (GAC-PE) lança, no dia 18 de setembro, a campanha Foto Que Cuida, iniciativa que tem o objetivo de alertar os pais sobre a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma, tipo de câncer comum em crianças nos primeiros anos de vida. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que 90% dos casos ocorrem em crianças com até 4 anos de idade. No Brasil são cerca de 400 novos casos por ano, 40% dos casos são hereditários, 90% dos pacientes têm chance de cura quando é feito o diagnóstico precoce e 50% das ocorrências ainda são detectadas tardiamente. Os primeiros sinais da retinoblastoma são muito sutis e podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças. Um sinal característico do retinoblastoma é a leucocoria (também conhecida como olho de gato), um reflexo branco que surge quando o flash de uma câmera ou outro feixe de luz artificial incide através da pupila. Nos olhos saudáveis, esse reflexo é sempre vermelho. “Por isso que uma das formas de descobrir se a criança tem a doença é através da observação de fotografias. Se após a exposição da criança ao flash de uma câmera fotográfica, aparecer uma mancha branca nos olhos, em vez do reflexo vermelho, recomenda-se levá-la imediatamente ao oftalmologista”, ensina a oncologista pediátrica e presidente do GAC-PE, Vera Morais. Outros sintomas são protusão no globo ocular, estrabismo (ou olhar vesgo), problemas na visão, dor nos olhos, vermelhidão na parte branca do olho e cor diferente em uma da íris. Durante a campanha, o GAC-PE vai disponibilizar um número de whatsapp (81) 99946.0778, para que as pessoas enviem fotos dos olhos das crianças (utilizando o flash), para apreciação e identificação de casos suspeitos de retinoblastoma. As fotos poderão ser enviadas até o dia 27 de setembro. No dia 28 de setembro (sábado), será realizado um mutirão no setor de Oftalmologia do Hospital das Clínicas de Pernambuco, para exames detalhados de todos os casos de suspeição da doença. De acordo com a presidente do GAC-PE, se não for tratado rapidamente, o retinoblastoma leva à perda da visão e depois da vida do paciente. “Descobrir rápido a doença é fundamental para o sucesso do tratamento. Por isso, é importante os pais fazerem o teste do olhinho (Teste do Reflexo Vermelho) nos bebês ainda na maternidade ou nos exames de rotina realizados pelo pediatra. Além disso, é preciso também ficar atento se há algum histórico de câncer na família. Fora isso, qualquer alteração no olhar deve acender o sinal de alerta”, informa ela. Vera Morais afirma ainda que apesar de deixar sequelas irreparáveis, quando diagnosticado tardiamente, o retinoblastoma é um tipo de câncer bastante curável. “Os índices podem chegar a 90% quando descobertos precocemente, e em muitos dos casos, evita-se a perda de um ou dos dois olhos”, diz. Desde 2012, 18 de setembro se tornou o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma. Instituída pela Lei Nº 12.637, a data foi criada para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, com o objetivo de aumentar as chances de cura dos portadores. Quando a avaliação é feita tardiamente e a doença já está avançada, as sequelas são irreparáveis, levando na maioria dos casos à perda dos olhos. Programação da campanha Foto que Cuida 18/09 – Comemoração do Dia Nacional e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma 18/09 – Envio de fotos com o flash para número de Whatsapp (81) 99946.0778 para apreciação e identificação de casos suspeitos de retinoblastoma 27/09 – Término de envio das fotos 28/09 – Realização de mutirão no Hospital das Clínicas de Pernambuco (HC), com todos os casos de suspeição para exames aprofundados

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Casos de sarampo aumentam no País. Doença pode afetar os olhos

Segundo relatório preliminar da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado recentemente, o Brasil teve 2.331 casos de sarampo confirmados nos últimos 90 dias. Em Pernambuco, dos 45 casos notificados como suspeitos, cinco foram confirmados. Além de pneumonia bacteriana e complicações neurológicas, a saúde dos olhos também pode ser acometida pela doença, levar a baixa visão e evoluir para a cegueira. O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode ser transmitida tanto por contato direto como por meio de partículas dispersas no ar. Além disso, pode ser propagada também para o bebê por meio da placenta, ainda na gravidez. Segundo a médica oftalmologista Cecília Cavalcanti, quando o sarampo se apresenta de forma congênita, o bebê pode nascer com catarata, que é a opacidade total ou parcial do cristalino, além de outros problemas na visão. “O bebê que já nasce com a catarata é um bebê que não enxerga, podendo ser uma cegueira que talvez seja reversível. Na maioria das vezes, podemos observar também alterações no nervo óptico, além de retinopatia que pode cursar com vários achados associados, desde alteração de pigmentos até cicatrizes no fundo do olho e atenuação dos vasos”, alertou a médica que atende no Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE) e na Fundação Altino Ventura (FAV). Já em casos de sarampo adquirido, o paciente que tem os olhos acometidos pode apresentar desde uma conjuntivite leve até uma ceratite – que é uma alteração na córnea mais grave –, podendo evoluir para uma ulcera corneana e até mesmo para cegueira. A médica Cecília Cavalcanti alerta para a vacinação como a melhor forma de prevenção. “Antigamente, o sarampo era a doença que mais matava as crianças e se tornou extremamente rara, mas começou a retornar devido a várias pessoas não vacinarem seus filhos”, argumentou. No caso de o paciente já ter a doença, a indicação é procurar um médico oftalmologista para ter o tratamento adequado e, de preferência, o quanto antes. “Quanto mais precoces o diagnóstico e tratamento, melhores serão os resultados e menores as chances de complicações. Os pacientes podem ser medicados com colírios e antibióticos para evitar uma infecção secundária da córnea e evitar uma úlcera mais grave. Já para as retinopatias mais graves, os pacientes podem precisar também de corticoide”, comentou a médica Cecília Cavalcanti. Diante desse quadro, o Ministério da Saúde montou um esquema de acompanhamento diário do avanço da doença no País. A vacina tríplice viral – que protege de sarampo, rubéola e caxumba – pode ser encontrada em qualquer posto de saúde de forma gratuita.

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Setembro Vermelho: especialista elenca exames de imagem que previne doenças coronárias

O mês de setembro é dedicado a campanha de conscientização Setembro Vermelho, que aborda o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. São dois os fatores de riscos para as doenças do coração: modificáveis e não-modificáveis. Entre os modificáveis: alimentação, atividade física e cessação do tabagismo. Predisposição genética está entre os não-modificáveis. Como a prevenção é sempre o melhor remédio, alguns exames de imagem podem ser feitos como forma de diagnosticar, previamente, problemas cardíacos. “Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar os problemas cardiovasculares é reduzir a exposição aos fatores de risco como fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, vida sedentária. No entanto, alguns exames como eletrocardiograma, raio X de tórax, entre outros, podem ser feitos de rotina com o objetivo de prevenir ou diagnosticar precocemente o aparecimento de doenças cardiovasculares”, esclarece o médico cardiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos, Dr Leonardo Mello Motta. Abaixo o médico elenca alguns exames de imagem preventivos: Raio X de tórax – Avalia o contorno do coração e da aorta. O exame permite observar se existem sinais de acúmulo de líquidos nos pulmões indicando a possibilidade de insuficiência cardíaca. Ecocardiograma – Detecta insuficiência cardíaca, alterações do formato do coração e dos vasos, sopros cardíacos e ainda detecta presença de tumores dentro do coração. Eletrocardiograma – O exame detecta arritmias ou batimentos cardíacos irregulares, avaliando alterações sugestivas de infarto recente ou antigo. O eletrocardiograma ainda sugere alterações hidroeletrolíticas como diminuição ou aumento de potássio no sangue. Angiotomografia – O exame permite que o médico veja uma imagem 3D das artérias coronárias. A análise é feita com um tomógrafo (aparelho de Raio X) acoplado a um eletrocardiograma. O médico localiza o coração e injeta um contraste para que as artérias possam ser visualizadas num monitor. Cintilografia do miocárdio – Avalia alterações na irrigação do sangue nas paredes do coração. Também é capaz de observar o funcionamento dos batimentos cardíacos na sua fase de esforço. Holter – O exame detecta arritmias cardíacas que podem surgir em momentos variados do dia. Investiga sintomas de tontura, palpitação ou desmaios que podem ser causados por descompasso do coração, além de avalia o efeito de marca-passos ou remédios para tratar arritmias. M.A.P.A – Investiga a variação da pressão ao longo do dia, quando há dúvidas se o paciente tem pressão alta. O exame também pode ser realizado com o objetivo de verificar se os remédios para controlar a pressão estão funcionando bem ao longo do dia.

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Terapia atenua sintomas da doença de Parkinson

Por Agência FAPESP* Um protocolo capaz de amenizar os tremores, as dores e a rigidez dos músculos de pacientes com Parkinson está sendo testado em São Carlos por cientistas do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP e sediado no IFSC-USP –, do Centro Universitário Central Paulista (Unicep) e da Universidade Martin-Luther-Halle (Saale), na Alemanha. O grupo está em busca de voluntários portadores da doença interessados em participar da pesquisa A metodologia envolve a aplicação simultânea de laser e de pressão negativa (sucção dos músculos), usando um equipamento originalmente desenvolvido para procedimentos estéticos. Resultados preliminares foram divulgados no Journal of Alzheimer’s Disease & Parkinsonism. “Estou muito surpreso com os resultados preliminares. Todos os 10 pacientes submetidos ao procedimento tiveram melhora significativa nas dores, bem como diminuição da rigidez muscular e dos tremores”, disse Vanderlei Bagnato, coordenador do CEPOF. “Embora as células cerebrais que comandam a parte motora continuem a fazer estragos, com a progressiva perda de comando – algo inevitável na doença de Parkinson –, estamos conseguindo proporcionar um certo bem-estar a esses pacientes, permitindo que executem as atividades cotidianas graças a um processo de vascularização e estimulação muscular proporcionado pelo equipamento, na adequada combinação da mecânica de sucção e do bioestímulo do laser”, explicou Bagnato. O pesquisador afirmou, contudo, que o protocolo não substitui a medicação regular. Pacientes com Parkinson interessados em participar do estudo podem se cadastrar na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) do IFSC-USP, que funciona na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, por meio do telefone (16) 3509-1351. * Com informações da Assessoria de Comunicação do IFSC-USP

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Governo do Estado disponibiliza vacina contra Sarampo para Taquaritinga do Norte

Após se reunir com o prefeito de Taquaritinga do Norte, Ivanildo Mestre Bezerra, o governador Paulo Câmara autorizou, nesta terça-feira (03/09), o encaminhamento de mais 28,5 mil doses extras da vacina tríplice viral, que protege contra o Sarampo, para o município. Desde que foram notificados os primeiros casos da doença em moradores da cidade, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) vem, em parceria com a Prefeitura, realizando as ações de investigação e bloqueio vacinal desses casos e de seus contactantes, além da vacinação da população, com foco, principalmente, na imunização de crianças a partir dos 6 meses. As investigações iniciais das equipes de campo relacionam os casos ao contato com indivíduos de outros estados, onde há a circulação da doença, e esta vinculação está sendo averiguada. O secretário de Saúde, André Longo, que também esteve presente ao encontro, explicou como está acontecendo essa atuação e anunciou uma grande iniciativa para os próximos dias. “Nós nos reunimos hoje com a Secretaria de Saúde do município de Taquaritinga do Norte e previmos uma série de ações. Nós estamos disponibilizando insumos, no caso, a vacina tríplice viral, e seringas, para que a gente possa fazer uma vacinação em massa. Além dos bloqueios que a Secretaria de Saúde estava corretamente fazendo, vamos fazer algumas ações mais intensas, como a varredura casa a casa, a vacinação em creches e vamos preparar junto com a Prefeitura Municipal o Dia D de Vacinação, ampliando a cobertura vacinal na cidade, no próximo sábado, dia 07 de setembro”, assegurou o secretário. Desse total, 10 mil doses já foram encaminhadas nesta terça (03). Após a confirmação, na última segunda-feira (02/09), do óbito de uma criança de 7 meses pela doença na cidade do Agreste, essas ações têm sido intensificadas. A Secretaria Estadual de Saúde reforça que o Estado está abastecido da vacina tríplice viral, que, além do Sarampo, protege contra Rubéola e Caxumba e é uma das maneiras mais eficazes de evitar o adoecimento. Desde janeiro, já foram distribuídas mais de 574 mil doses do imunizante para os municípios. A SES informa, ainda, que, desde a segunda quinzena de agosto, ficou instituída, em todo o país, a vacinação de crianças entre 6 meses e 11 meses. Todos os meninos e meninas dessa faixa etária, que totalizam 68 mil em Pernambuco, devem tomar uma dose da tríplice viral. Importante lembrar, ainda, que essa será considerada a “dose zero”, sendo necessário seguir com o esquema básico de vacinação normalmente a partir dos 12 meses, com mais uma dose e um reforço aos 15 meses. IMUNIZAÇÃO: A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está disponível de rotina nas salas de vacina dos municípios. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ressalta a importância de finalizar o esquema vacinal para evitar casos da doença. A imunização com a tríplice deve seguir o seguinte esquema: – Crianças entre 6 meses e 11 meses devem tomar uma dose da tríplice viral. Importante ressaltar que essas crianças precisarão seguir o esquema normal de imunização a partir dos 12 meses. – Indivíduos de 1 ano a 29 anos de idade: 2 doses de tríplice viral; – Indivíduos de 30 a 49 anos de idade não vacinados: 1 dose de tríplice viral; – Profissionais de saúde não vacinados: 2 doses com a vacina tríplice viral independente da idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

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Asma e exercício físico

A prática regular de atividades físicas melhora o condicionamento e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas com problemas respiratórios como a asma, uma doença crônica que acomete as vias aéreas. A enfermidade consiste basicamente na dificuldade em aerar os pulmões devido à redução do calibre das vias aéreas. Pode ser desencadeada por diversos fatores, como poluição, pólen, poeira, fumaça, perfume, condições ambientais e até pelo exercício físico. Pessoas com asma tendem a não praticar exercícios físicos devido às crises que podem surgir durante a atividade, chamada de ‘asma induzida pelo exercício’. No entanto, essas crises ocorrem geralmente nos casos em que a doença não está controlada. Em geral recomenda-se a prática de exercícios aeróbicos, como caminhadas, ciclismo e natação, por exemplo, três vezes por semana. Eles fortalecem os músculos do tórax responsáveis pela respiração, promovendo a expansão dos pulmões e melhorando a ventilação, além de promoverem a melhora na circulação sanguínea e pressão arterial. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia recomenda algumas medidas para prevenir a asma induzida por exercícios, tais como: – Identificar os fatores desencadeantes da sua asma buscando soluções. Em dias frios pode-se utilizar um lenço sobre o nariz e a boca; na primavera, é recomendável realizar os exercícios em ambientes internos para evitar o pólen. E, ainda, deve-se escolher o horário do dia com menor poluição – como pela manhã, por exemplo. – Ter disponíveis os medicamentos ou equipamentos orientados pelo seu médico para uso antes do esforço ou atividade física, como broncodilatadores ou anti-inflamatórios, por exemplo. É importante fazer o tratamento contínuo e não utilizar as bombinhas somente durante a crise. – Fazer aquecimento antes do exercício, de 5 a 10 minutos. Uma caminhada leve é uma boa opção. – Finalizar a atividade com um exercício de relaxamento: realizar em média cinco minutos para alongamento e relaxamento. Essa prática deve fazer com que a respiração fique mais tranquila. O acompanhamento de um profissional de educação física é fundamental para a prática de exercícios físicos eficientes e com resultados de qualidade. Importante destacar que portadores de doenças respiratórias crônicas devem realizar exercícios físicos somente com o aval de seus médicos, mantendo sempre a enfermidade controlada. E lembre-se: o baixo condicionamento físico pode fazer qualquer pessoa sentir falta de ar e ser confundida como portadora de asma induzida por exercício, tornando mais difícil a prática de exercícios físicos regulares. É preciso iniciar aos poucos, ser paciente durante o período de adaptação dos exercícios e ter força de vontade para prosseguir! Profª Esp. Evelyne Correia é professora dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Setembro Amarelo: 5 pontos importantes ao falar sobre suicídio

A campanha de conscientização e prevenção ao suicídio, Setembro Amarelo, começou em 2015 e continua marcando presença nas discussões sobre o tema. No entanto é imprescindível que, ao tratar de um assunto delicado, as pessoas saibam a melhor forma de disseminar informações de maneira sensível e responsável. Segundo Celso Lopes de Souza, psiquiatra, educador e fundador do Programa Semente – programa estruturado de aprendizagem socioemocional –, o primeiro erro com relação ao tema do suicídio é não falar sobre ele. O psiquiatra aponta alguns pontos que precisam ser reforçados quando se aborda o assunto. Confira cinco deles: 1. Suicídio é coisa séria A Organização Mundial da Saúde aponta que o suicídio é a terceira causa de morte que mais atinge os jovens de 15 a 29 anos. Além disso, só no Brasil, uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos. “Pesquisas mostram que 9 a cada 10 pessoas que cometem suicídio tinham algum transtorno psiquiátrico”, afirma Celso. Segundo ele, o suicídio é uma realidade que não deve ser negada, e sim tratada como um problema de saúde pública. 2. Não é preciso medo para falar sobre suicídio “Já está mais do que comprovado que falar sobre o assunto não agrava a situação, muito pelo contrário, pode ajudar a tratar as pessoas que tenham essa intenção”, diz. De acordo com o especialista, existem alguns pontos que devem ser levados em consideração ao falar sobre o assunto. Para exemplificar, ele cita a série 13 Reasons Why, da Netflix. “A série tem o lado bom que é a promoção da discussão sobre o assunto, mas há cuidados que precisam ser tomados na discussão sobre o tema que ela aborda. Por exemplo, ela mostra a continuidade da personagem após a morte por meio de um material que ela deixou. Isso gera a ilusão de que a personagem continua interagindo com as pessoas que eram próximas, mas suicídio é morte. Isso não invalida a arte, pelo contrário, discutir isso ajuda a falar do tema por meio da reformulação das distorções que a série apresenta. ” (A série já está em sua terceira temporada, disponível na plataforma de stream.) 3. Pensamentos de morte é uma coisa, ideação suicida é outra. Celso Lopes de Souza diferencia o pensamento de morte com a ideação de suicídio para que as pessoas possam entender melhor a questão: “o pensamento de morte é mais comum, a pessoa pensa ‘eu poderia morrer’, ou ‘eu queria morrer’. Já a ideação do suicídio é mais grave, em que a pessoa pensa ‘eu quero me matar’”. Ele ainda explica que as pessoas que tem ideação suicida vivem os 3 “is”: “sentem que a dor é impossível, insuportável e interminável, o que leva ao desejo de querer tirar a própria vida. Elas claramente não conseguem perceber sozinhas que esses “3i’s” são distorções de percepção da realidade, por isso precisam de ajuda”. 4. É possível prevenir o suicídio De acordo com o especialista, falar sobre os sintomas que podem surgir antes e durante uma intenção de suicídio é fundamental para que a pessoa busque ajuda. “Sinais como isolamento, corte de planejamentos futuros, uso de substâncias psicoativas e mensagens de despedida são alguns pontos que devem ter atenção especializada”, diz. E também há como prevenir os distúrbios psiquiátricos por meio da aprendizagem socioemocional, em que crianças e adolescentes aprendem na escola sobre empatia, resiliência, autoconhecimento e autocontrole, por exemplo. “Há farta evidência científica de que a aprendizagem socioemocional é um fator de proteção para o surgimento de transtornos psiquiátricos. No Programa Semente, nós oferecemos uma formação socioemocional do Ensino Infantil ao Ensino Médio, e quanto mais isso for exercitado, maiores as chances da diminuição de doenças como ansiedade e depressão”, explica Celso. 5. As campanhas de prevenção são fundamentais O Setembro Amarelo é uma oportunidade de conscientizar as pessoas e promover a discussão sobre o tema do suicídio. Para Celso Lopes de Souza, as campanhas “são muito importantes porque mostram que o suicídio e o pensamento suicida é algo humano. E nelas deve haver as mensagens de que, primeiro, sempre há uma saída e, segundo, tudo passa. ” Sobre o Programa Semente (www.programasemente.com.br) – Com uma abordagem moderna e inovadora, o Programa Semente é uma solução completa de formação socioemocional de alunos e educadores em diversas escolas brasileiras. A partir de um material escrito por educadores, médicos e psicólogos, sua metodologia possibilita que sejam trabalhadas questões como sociabilidade, autoconhecimento, autocontrole, empatia e decisões responsáveis, entre outras habilidades, cada vez mais presentes no mundo do trabalho e nas principais avaliações internacionais de educação. Desta forma, o Programa Semente contribui para a alfabetização emocional.

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