Arquivos Saúde - Página 3 de 36 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Saúde

Pernambucano é quem mais consome refrigerantes e ultraprocessados no NE

Os pernambucanos são os maiores consumidores de refrigerantes e alimentos ultraprocessados do Nordeste e mantém uma rotina de  atividades físicas no lazer abaixo da média nacional. Entre as doenças crônicas não-transmissíveis que atingem os habitantes do estado, a mais comum é a hipertensão. Essas são algumas das informações que constam no quarto volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019: Percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal. O levantamento foi realizado pelo IBGE, em convênio com o Ministério da Saúde, entre 26 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020. Em 2019, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Pernambuco tinha 4 milhões e 191 mil pessoas com 18 anos ou mais de idade e 59% avaliaram a própria saúde como boa ou muito boa, proporção abaixo da média nacional, que foi de 66,1%. Este também foi o oitavo percentual mais baixo do País, mas, ainda assim, o estado está acima da Região Nordeste, com 56,7%. Entre os homens, 65,2% classificaram sua saúde como boa ou muito boa, contra 54,1% das mulheres. Além disso, pouco menos da metade (45,8%) das pessoas sem instrução e com o fundamental incompleto avaliaram sua saúde dessa forma, frente a 75,2% dos pernambucanos com ensino superior completo. Das pessoas autodeclaradas negras, 51,9% alegaram ter boas condições de saúde, contra 62,8% dos brancos e 58,3% dos pardos. Já no Recife, o percentual de pessoas que julgam sua própria saúde como boa ou muito boa foi maior do que a média estadual, chegando a 62,8%. No entanto, este é o quarto pior resultado do Brasil entre as capitais, em empate com Teresina e à frente apenas de São Luís, Maceió e Macapá. A média das capitais foi de 71,1%. Em Pernambuco, 9,8% das pessoas consumiam ao menos 25 porções de frutas e hortaliças, incluindo sucos, por semana, taxa acima da média nordestina (9%), mas abaixo da média nacional, de 13%. A frequência de mulheres (11,3%) com esse padrão de consumo, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), era maior que a dos homens (8%). O consumo de frutas aumenta com a idade e com o grau de escolaridade. Enquanto entre as pessoas de 18 a 24 anos de idade 7,7% tinham o consumo recomendado, para as pessoas de 60 anos ou mais de idade, o percentual foi de 13,3%. O maior percentual registrado foi entre as pessoas com ensino superior completo (17,9%), contra 7,7% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto. O feijão, por outro lado, é mais popular entre os pernambucanos: 72,9% o consomem regularmente, ou seja, cinco ou mais dias por semana. Entre os homens, o percentual era ainda maior: 79,4%, contra 67,6% entre as mulheres. No Recife, a proporção é inferior: 56,7%. Quanto ao consumo de peixes, 58,2% de pernambucanos o fazem ao menos uma vez por semana. Pernambuco é o estado do Nordeste onde há maior consumo de refrigerantes: 7,3% da população tomavam a bebida cinco ou mais vezes por semana, contra 5,2% da média regional. No Brasil, o índice é ainda mais alto: 9,2%. Já os sucos de caixinha, em lata ou em pó são utilizados por 6,8% da população, mesma média da região. No Nordeste, os pernambucanos são os que mais comem alimentos ultraprocessados. Esse hábito alimentar não recomendado é adotado por 11,9% da população, contra 8,8% da média regional. O percentual sobre entre os jovens de 18 a 24 anos é de 23%. Além disso, 10,7% dos habitantes de PE relataram consumo excessivo de sal. Outro hábito de alimentação pesquisado pela PNS e considerado não saudável é o consumo regular de alimentos doces, como bolos, tortas, chocolates, gelatinas, balas, biscoitos ou bolachas recheadas em cinco dias ou mais na semana. No estado, 13,9% dos habitantes se enquadravam nessa situação, acima da média nordestina (11,8%), mas abaixo do Brasil (14,8%). Quanto mais jovem a faixa de idade, maior a compra de guloseimas: 24,5% dos pernambucanos de 18 a 24 anos comiam frequentemente ao menos um desses produtos, contra 9,6% dos idosos. O Recife, por sua vez, é a terceira capital brasileira com os maiores índices (18,8%), atrás apenas de Porto Alegre e São Paulo.   Pernambuco é um dos estados cujos habitantes praticam menos atividade física no lazer A prática do nível recomendado de atividade física no lazer foi informada por 27,5% dos adultos pernambucanos, sendo 31,1% dos homens e 24,5% das mulheres. É o segundo pior índice do Nordeste e o sexto mais baixo do país. Esse indicador tende a crescer com o nível de instrução e a diminuir para as idades mais elevadas. Já a proporção de pessoas insuficientemente ativas, que não praticaram atividade física ou se exercitaram por menos de 150 minutos por semana, chegou a quase metade da população (46,3%) e foi a quarta maior média do país. Indivíduos fisicamente ativos no trabalho são aqueles que andam a pé, fazem faxina pesada, carregam peso ou fazem esforço físico intenso, durante 150 minutos ou mais na semana. No estado, 38,2% dos adultos estavam nessa condição, sexta menor porcentagem do Brasil. Por outro lado, Pernambuco fica em 8º lugar no país quando se considera a atividade física no deslocamento para atividades habituais, como trabalho, escola ou curso. Segundo a pesquisa, 31,8% dos habitantes do estado chegam até esses lugares de bicicleta ou caminhando, por pelo menos 30 minutos diários. O percentual é praticamente o mesmo entre homens e mulheres. Quando se trata da realização específica de esforço físico nas atividades domésticas, 15,1% dos pernambucanos são fisicamente ativos, a nona maior proporção do país, mas a porcentagem muda de acordo com o gênero, com maior predominância de mulheres (19,7%) do que homens (9,3%). 19,1% dos pernambucanos ingerem bebidas alcóolicas ao menos uma vez por semana Na população pernambucana com 18 anos ou mais de idade, 22,2% costumam consumir bebida alcóolica ao menos uma vez por mês e 19,1%, no mínimo uma vez por semana, abaixo da média nacional, de 26,4%. No Recife, esses percentuais crescem para 34,2% e 28,5%, respectivamente.

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Pernambuco registra 10 óbitos por Covid-19

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (11/11), 860 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 22 (2,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 838 (97,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 168.093 casos confirmados da doença, sendo 27.430 graves e 140.663 leves. Também foram confirmados 10 novos óbitos, registrados entre os dias 07/09 e 09/11. Com isso, o Estado totaliza 8.773 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

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Pernambuco registrou 807 novos casos de Covid-19 e 12 óbitos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (28/10), 807 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 26 (3%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 781 (97%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 161.161 casos confirmados da doença, sendo 26.964 graves e 134.197 leves. Também foram confirmados 12 novos óbitos, ocorridos desde o dia 28 de maio. Do total de mortes do informe de hoje, três ocorreram nos últimos três dias, sendo uma em 27/10 e duas em 26/10. Os outros nove registros ocorreram entre os dias 28/05 e 24/10. Com isso, o Estado totaliza 8.587 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

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Sistema monitora presença do novo coronavírus no ar

Tecnologia desenvolvida por meio de uma colaboração entre a startup Omni-electronica e o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) permite capturar amostras do novo coronavírus no ar e, assim, monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas. Os pesquisadores acreditam que o sistema poderá ser útil na retomada das atividades econômicas. A empresa é apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) da FAPESP. Com o auxílio, a Omni-electronica – fundada por egressos da Escola Politécnica (Poli-USP) – já havia desenvolvido o sistema SPIRI, que integra diferentes sensores para monitorar a qualidade do ar em ambientes fechados. Agora, consegue detectar também o SARS-COV-2 (leia mais em: pesquisaparainovacao.fapesp.br/857). “Temos uma base de dados bastante robusta sobre a qualidade do ar em ambientes internos, sabemos como são transmitidos os vírus respiratórios e como as infecções se intensificam nos meses de inverno. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ficou bem claro para nós que a disseminação em ambientes internos era o cenário mais provável, embora isso ainda não fosse muito falado, nem mesmo pela Organização Mundial de Saúde [OMS]”, diz Arthur Aikawa, CEO da Omni-electronica e coordenador do estudo. A empresa oferece o SPIRI, serviço de monitoramento da qualidade do ar, por meio de uma assinatura. Um aparelho instalado no local com vários sensores integrados envia as informações para a central, que gera laudos on-line em tempo real. Os técnicos, então, podem instruir o cliente sobre a melhor forma de aumentar a circulação do ar quando ela não está adequada. Durante dois meses, o grupo de pesquisadores fez diferentes amostragens do ar no Hospital das Clínicas, com duas, seis e oito horas. A equipe utilizou, acoplado ao sistema SPIRI, um coletor que tinha, entre outros componentes, uma membrana filtrante de politetrafluoretileno (PTFE), capaz de reter unidades do vírus. A membrana era então enviada a um laboratório parceiro, que realizava os testes de PCR (que identifica o RNA viral) em tempo real, o mesmo feito em amostras coletadas da cavidade nasofaríngea de pacientes suspeitos de terem sido infectados. Mesmo em ambientes com alta incidência de bioaerossóis, como aqueles em que são realizadas traqueostomia e intubação, os pesquisadores só conseguiram capturar o vírus em amostragens acima de oito horas. A equipe contou ainda com os pesquisadores do Instituto Central do HC-FM-USP Alessandro Wasum Mariani, Renato Astorino Filho e Paulo Henrique Peitl Gregório. “O complexo do HC é antigo, com janelas em todos os ambientes. Mesmo sendo um local com alta incidência do vírus, a ventilação adequada faz com que ele não fique tanto tempo no ar”, diz Aikawa, que tem como sócios na empresa Matheus Manini e John Esquiagola, que também colaboraram na pesquisa. A empresa é residente na Incubadora USP/Ipen-Cietec. Indicadores de risco Os resultados do estudo estão sendo preparados para publicação em periódico científico. Além disso, a empresa desenvolveu um protocolo ainda mais completo de monitoramento da qualidade do ar. Apenas com o SPIRI, já era possível medir em tempo real a concentração de CO2, material particulado, temperatura e umidade. Esse protocolo inicial, por si só, já pode garantir a circulação adequada do ar e evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente. Agora, também é possível fazer testes regulares para detectar se houve circulação do novo coronavírus. “Os testes do SARS-COV-2 nesse protocolo são possíveis, mas difíceis de fazer em larga escala por questões de tempo e custo. São cinco dias apenas para o laboratório dar o resultado. O SPIRI sozinho, porém, é um indicador em tempo real para saber se estão sendo tomadas as precauções necessárias para que o ambiente fique menos propício para transmissão de vírus”, diz o empreendedor. Aikawa acredita que a integração do SPIRI ao monitoramento do vírus no ar de locais estratégicos, como estações de trem e metrô, pode contribuir para um retorno mais seguro às atividades econômicas. Baseados nos testes no HC, os pesquisadores criaram indicadores capazes de apontar diferentes graus de risco de contaminação de acordo com o que for detectado. Para mais informações sobre a empresa, acesse: https://en.omni-electronica.com.br/. André Julião | Agência FAPESP

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Covid-19: Crianças podem ser mais contagiosas que adultos, diz estudo da Harvard

Um estudo feito pela universidade americana de Harvard acrescenta mais informações para o debate sobre a reabertura das escolas. A pesquisa apontou que as crianças podem ter maior carga viral do novo coronavírus e serem mais contagiosas que os adultos. Segundo o UOL, principalmente nos primeiros dois dias de infecção, as crianças infectadas mostraram um nível significativamente mais alto do vírus em suas vias aéreas do que adultos hospitalizados em UTIs para tratamento com covid-19. As informações são do Massachusetts General Hospital (MGH), instituição afiliada à Harvard, e o hospital infantil Mass General (MGHfC). O estudo foi publicado hoje no "Journal of Pediatrics". Foram analisadas 192 pessoas com idades entre 0 e 22 anos. Dessas, 26% tiveram o diagnóstico de covid-19 e apenas 51% das infectadas apresentou algum sintoma do vírus, como a febre. Do total, 18 apresentaram sintomas da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P).

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Pernambuco registra1.429 novos casos da Covid-19 e 28 óbitos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (19), 1.429 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, apenas 77 (5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os outros 1.352 (95%) são leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que já estavam curados, ou na fase final da doença. Agora, Pernambuco totaliza 115.217 casos já confirmados, sendo 24.953 graves e 90.264 leves. Também foram confirmados 28 óbitos, ocorridos desde o dia 15 de maio. Do total de mortes do informe de hoje, 14 ocorreram nos últimos três dias, sendo 3 mortes registradas no dia de ontem (terça, 18/08), 9 mortes em 17/08 e 2 em 16/08. Os outros 14 óbitos ocorrem entre os dias 15/05 e 12/08. Com isso, o Estado totaliza 7.280 mortes pela Covid-19.

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Vidas absolutas e alento- Por Maurício Costa Romão*

 As mídias em geral têm repercutido ad nauseam o nefasto atingimento de 100 mil mortes por coronavírus no Brasil, registrado no dia 8 de agosto próximo passado. E aí não adianta acalentar ressalvas de que o País é continental, onde vivem 213 milhões de pessoas e que, portanto, em se tratando de uma pandemia, o número de óbitos tem que ser visto não em termos absolutos, mas proporcionalmente ao tamanho de sua população. Se assim fosse feito, o Brasil teria no cotejo internacional uma taxa até razoável de 504 óbitos por milhão de habitantes, atrás, por exemplo, de países como a Bélgica (857), Peru (789), Espanha (612), Reino Unido (609), Itália (585), Suécia (572), Chile (543), Estado Unidos (521), e um pouco acima da França (466). (Dados de 16/8/2020, Worldmeter) Embora tal procedimento seja o correto, do ponto de vista avaliativo, argumentar a seu favor nesta hora triste é minimizar a tragédia das mortes, circunscrevendo-as a meros números relativos, quando, o que importa mesmo são as vidas absolutas perdidas. Não obstante o infortúnio vivenciado, é oportuno observar o quadro numérico da crise sanitária no Brasil a partir de algumas tendências recentes que se estão delineando. Veja-se, por exemplo, o número de mortes desde o dia 12 de julho até o dia 15 de agosto (28 dias, para coincidir com as últimas quatro semanas epidemiológicas computadas pelo Ministério da Saúde, da 30ª a 33ª, quer dizer, de 19-25/07 até 9-15/08). Calcule-se para esse período a média móvel de 7 dias desde o dia 19 de julho. O resultado está espelhado no Gráfico 1, abaixo. A média móvel consiste em incorporar continuamente novos dados da série, descartando os mais antigos, o que a torna sempre atualizada. Tem a vantagem adicional de diluir o peso dos valores extremos, e arrefecer oscilações bruscas, por exemplo, como as que ocorrem nos registros de casos do vírus nos fins de semana. Nota-se que a linha de óbitos, construída a partir das 21 médias do período, apresenta um perfil evolutivo descendente, indicando que as últimas quatro semanas registraram promissora tendência de regressão diária de vidas perdidas.   O mesmo pode ser visto de outro ângulo, olhando-se o histograma no Gráfico 2, que retrata o número de mortes no Brasil por semana epidemiológica.   Vê-se que quando o país ultrapassou pela primeira vez a lamentável marca de mais de 7 mil mortes na 23ª semana epidemiológica (31 de maio a 6 de junho), de lá para cá houve uma notável estabilidade nesses números, conforme está ilustrada pela linha vermelha de tendência. Isso significa que nos últimos 75 dias, inobstante o total de óbitos por semana continuar alto, gravitando no entorno de 7 mil por semana, ou mil por dia, esse total não está aumentando, tendo, inclusive, uma leve perspectiva de baixa a partir da 30ª semana (colunas azul-claras). O corolário dessa constatação se reflete na taxa de letalidade do coronavírus (total de mortes sobre o total de casos), ajudando a explicar a significativa queda na sua trajetória (Gráfico 3).     Desde o primeiro caso de morte registrado no país em 17 de março, a taxa de letalidade cresce continuamente até atingir 7% no fim de abril. Permanece ao redor desse patamar até meados de maio e, a partir de então, inicia trajetória sistemática de queda, estando hoje estabilizada no entorno de 3,2%. Isso é importante porque mostra que embora o total de casos registrados da Covid-19 esteja aumentando no País, como acontecer em muitas partes do mundo, a quantidade de vidas perdidas pela doença está diminuindo proporcionalmente. Em outras palavras, dos novos casos de contração da doença, uma quantidade relativa cada vez menor de pessoas está falecendo e mais pessoas se estão recuperando. Por último, se se considerar o número de novos casos de coronavírus no Brasil do ponto de vista das médias móveis de 7 dias (girando atualmente perto de 45 mil casos por dia), das mesmas quatro semanas epidemiológicas tratadas neste texto, pode-se notar que há estabilidade e até ligeira tendência de declínio de ocorrências na população. Essa constatação está retratada no Gráfico 4 abaixo.   Não há nada que compense as vidas que se foram. Resta pelo menos o alento de que o quadro devastador da doença no Brasil emite sinais de que pode estar em regressão. * Maurício Costa Romão, é Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. mauricio-romao@uol.com.br    

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Covid-19: Anvisa autoriza testes para nova vacina da Johnson & Johnson

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Jansen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson, a realizar testes clínicos no Brasil para o desenvolvimento de vacina contra a covid-19. O estudo global prevê a inclusão de até 60 mil voluntários, sendo 7 mil no Brasil, distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte. Segundo a Anvisa, os dados que embasaram a autorização incluíram estudos não clínicos com a vacina e dados não clínicos e clínicos acumulados de outras vacinas que utilizam a mesma modelagem. Os estudos da Jansen-Cilag foram iniciados em julho nos EUA e na Bélgica. De acordo com a agência, o ensaio clínico será conduzido em etapas e cada etapa só será iniciada se os resultados que estiverem disponíveis no momento forem satisfatórios. Este é o quarto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no Brasil. No dia 2 de junho, a agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela empresa AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, do Reino Unido; no dia 3 de julho, o da vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech, da China, em parceria com o Instituto Butantan; e no dia 21 de julho, o das vacinas desenvolvidas pela BioNTech, da Alemanha, e Wyeth/Pfizer, dos Estados Unidos. A potencial vacina da Jansen-Cilag, denominada Ad26.COV2.S, é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (Spike) do vírus Sars-CoV-2 (o novo coronavírus). O ensaio clínico aprovado é um estudo de fase 3, randomizado, duplo cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança de Ad26.COV2.S na prevenção de covid-19 em adultos com 18 anos ou mais. Cada participante receberá uma dose única da vacina ou placebo. O recrutamento dos voluntários é de responsabilidade dos centros que conduzem a pesquisa. Da Agência Brasil

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Pernambuco registrou 605 novos casos de Covid-19 e 42 óbitos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta terça-feira (18.08), 605 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 92 (15%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 513 (85%) são leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que já estavam curados, ou na fase final da doença. Agora, Pernambuco totaliza 113.788 casos já confirmados, sendo 24.876 graves e 88.912 leves. Também foram confirmados 42 óbitos, ocorridos desde o dia 12 de maio. Do total de mortes do informe de hoje, 11 (26%) ocorreram nos últimos três dias, sendo uma morte registrada no dia de ontem (segunda, 17/08), 7 mortes em 16/08 e 3 em 15/08. Os outros 31 óbitos (74%) ocorrem entre os dias 12/05 e 14/08. Com isso, o Estado totaliza 7.252 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

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Pessoas de 20 a 40 anos estão impulsionando pandemia, diz OMS

A disseminação do novo coronavírus está sendo cada vez mais fomentada por pessoas com idades entre 20, 30 e 40 anos e muitas não sabem que foram infectadas, disse o diretor da região do Pacífico Ocidental da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (18). "Isso aumenta o risco de transbordamento para os mais vulneráveis: os idosos, os doentes em cuidados de longa duração, as pessoas que vivem em áreas densamente povoadas e áreas carentes", disse Takeshi Kasai em entrevista coletiva virtual, referindo-se à capacidade de o vírus se adaptar e migrar de hospedeiros. Vacina O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que os países que colocam seus próprios interesses à frente dos outros na tentativa de garantir o fornecimento de uma possível vacina contra o novo coronavírus estão piorando a pandemia. "Agir estrategicamente e globalmente é, na verdade, do interesse nacional de cada país - ninguém está seguro até que todos estejam seguros", disse ele, também em entrevista virtual, pedindo o fim do "nacionalismo da vacina". Tedros Adhanom informou que enviou carta a todos os membros da OMS, pedindo que se unam ao esforço multilateral da Covax para a vacina. Até agora, mais de 21,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo e 772.647 morreram. Da Agência Brasil

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