Saúde - Página: 8 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Saúde

Para incentivar o uso de máscaras, Ivete Sangalo e Luan Santana estrelam clipe

Em busca das melhores práticas para a contenção da pandemia do novo coronavírus, a iniciativa Todos pela Saúde lançou  a música “Usar a máscara salva”, parte de uma grande campanha de incentivo ao uso de máscaras faciais como medida de proteção contra a covid-19. Interpretada por Ivete Sangalo e Luan Santana – com composição do cantor Jair Oliveira e direção musical de Wilson Simoninha – a canção ressalta de maneira positiva a necessidade de cobrir o nariz e a boca ao sair de casa quando necessário. Confira:   O uso de máscaras de proteção passou a ser recomendado para toda população nas últimas semanas pelo Ministério da Saúde. A medida alinha-se aos estudos médicos recentes que comprovam a alta capacidade de transmissão também entre pessoas assintomáticas, tornando indispensável o uso da máscara de proteção mesmo para quem não apresenta febre, tosse, dor de cabeça ou de garganta. Desta forma, a iniciativa é importante para reduzir os níveis de contaminação no contato social. Criado pela Africa, agência responsável pelas campanhas de divulgação da Todos pela Saúde, o vídeo foi inteiramente gravado à distância. Nele, Ivete e Luan Santana se dividem entre os versos “Quem usa máscara ama / Tá na cara que quem usa máscara cuida / Tá na cara que quem usa máscara sabe que a vida é valiosa”. A música também ganha uma versão remixada por Alok, que será revelada em sua próxima live no dia 2 de maio. O incentivo ao uso de máscaras é um dos temas que está sendo trabalhado pela Todos Pela Saúde, aliança de especialistas criada com o objetivo de combater o novo coronavírus e seus efeitos sobre a sociedade brasileira. Por meio do movimento #MascaraSalva, o tema ganhou força nas últimas duas semanas com diversas ações, incluindo uma live do cantor Roberto Carlos na qual ele reforçou a importância do equipamento de proteção. No último domingo, o médico infectologista Dráuzio Varella passou a protagonizar uma campanha sobre o assunto, na qual explica a importância da conduta correta no uso de máscaras e responde as dúvidas mais frequentes do público, incluindo perguntas de celebridades. O movimento conta com diversas outras frentes, que incluem ações com influenciadores, formadores de opinião e mídia out of home, além de ampla atuação nas mídias digitais. Todos pela Saúde A campanha de incentivo ao uso de máscaras faz parte da iniciativa Todos pela Saúde, criada com o objetivo de combater o novo coronavírus e seus efeitos sobre a sociedade brasileira. Composta por quatro eixos – informar, proteger, cuidar e retomar – a iniciativa abrange desde orientação e valorização de iniciativas já existente até a compra de equipamentos de saúde, capacitação de profissionais e compra e distribuição de insumos. O Itaú direcionou R$ 1 bilhão para financiar as atividades da Todos pela Saúde. Os recursos aportados estão sendo administrados por um grupo de especialistas liderado pelo médico Paulo Chapchap, doutor em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo e diretor-geral do Hospital Sírio Libanês. Esta equipe já está definindo ações a serem financiadas, de forma que as decisões estratégicas sejam respaldadas por premissas técnicas e científicas. Além de Paulo Chapchap, integram o grupo o médico, cientista e escritor Drauzio Varella, o ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina Neto, o ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS) Maurício Ceschin, o consultor do Conselho dos Secretários de Saúde (CONASS) Eugênio Vilaça Mendes, o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, e o presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), instituição ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Pedro Barbosa.

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Governo prorroga medidas restritivas em diversos setores

O governador Paulo Câmara assinou hoje (30) o Decreto Nº 48.983 que estende a quarentena em Fernando de Noronha, mantém a paralisação das atividades econômicas, prorroga a suspensão das aulas nas escolas, universidades e demais estabelecimentos de ensino, público e privado, em todo o Estado de Pernambuco. O Decreto também veda o acesso e a prática de atividades nos parques e praias e nos calçadões das avenidas situadas nas faixas de beira-mar e beira-rio. No documento, o Governo modifica o Decreto nº 48.809, de 14 de março de 2020 e passa a permitir o funcionamento das lojas de material de informática, por meio de entrega em domicílio ou como ponto de coleta. Os serviços de assistência técnica de eletrodomésticos e equipamentos de informática também estão liberados. O acesso às praias e aos calçadões das avenidas situadas nas faixas de beira-mar e de beira-rio, e aos parques localizados no Estado de Pernambuco, para prática de qualquer atividade permanece proibido até o dia 15 de maio. O Decreto também mantém a suspensão, até o dia 15 de maio, das atividades econômicas previstas nos Decretos Nº 48.809, Nº 48.832, Nº 48.834 e Nº 48.837, com as respectivas alterações. A suspensão das aulas nas escolas, universidades e demais estabelecimentos de ensino, público ou privado, em todo o Estado de Pernambuco permanece em vigor até 31 de maio de 2020. O Governo de Pernambuco prolonga até o dia 10 de maio a quarentena no Arquipélago de Fernando de Noronha. A medida visa conter a epidemia da Covid-19 na ilha e realizar um estudo epidemiológico da evolução do novo Coronavírus no arquipélago. As medidas foram tomadas com o objetivo de intensificar ações restritivas temporárias adicionais adotadas até então para o enfrentamento da emergência de saúde pública. Os serviços e atividades considerados essenciais permanecem funcionando, dentro dos limites previstos nos Decretos. Estão enquadrados nessa categoria, alguns setores, principalmente supermercados, padarias, mercados, lojas de conveniência, feiras livres, lojas de defensivos e insumos agrícolas, farmácias e estabelecimentos de produtos médico-hospitalares, postos de gasolina, bancos e serviços financeiros, inclusive lotéricas, casas de ração animal e depósitos de gás, entre outros. “Nosso governo tem compromisso com as pessoas. É o que se espera de um governo: humanidade, respeito, coragem para fazer o que precisa ser feito. Toda ação tem consequências. O isolamento social, por mais um tempo, também traz perdas. Mas diminui as perdas irrecuperáveis, que são as vidas humanas”, enfatizou Paulo Câmara.

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Aplicativo calcula e alerta risco de contaminação para o cidadão

A partir desta quinta-feira (30) a população conta com mais uma solução no combate ao novo coronavírus, o Dycovid - Dynamic Contact Tracing. O aplicativo, que já pode ser baixado em celulares Android e em breve na loja da Apple, realiza o mapeamento do risco de contaminação por meio da identificação de proximidade entre os celulares das pessoas de forma totalmente anônima e com garantia total de privacidade, levando em consideração a duração desse encontro. O APP foi desenvolvido durante o Desafio Covid-19 - iniciativa de inovação aberta do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), do Porto Digital e da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), que apoia o desenvolvimento de tecnologias para o combate à pandemia do novo coronavírus. O Dycovid - Dynamic Contact Tracing é uma solução que realiza contact tracing de forma digital e anônima a partir de um aplicativo instalado no celular dos cidadãos. Ele permite identificar o fluxo de contaminação do Covid-19, mapeando de forma automatizada como o vírus está passando de pessoa para pessoa. Os principais benefícios são: interromper a transmissão contínua e reduzir a propagação de uma infecção; alertar os contatos sobre a possibilidade de infecção e oferecer aconselhamento preventivo ou cuidados profiláticos; oferecer diagnóstico, aconselhamento e tratamento a indivíduos já infectados; e aprender sobre a epidemiologia de uma doença em uma população específica. O Dycovid - Dynamic Contact Tracing é uma das soluções criadas no Desafio Covid-19, que ainda conta com outras sete iniciativas para ajudar no enfrentamento aos efeitos da pandemia em Pernambuco - com possibilidade de expandir a atuação para outros estados e até mesmo para fora do País. “A partir do momento que o usuário é sinalizado como portador do novo coronavírus, nós espalhamos para o grupo de pessoas que tiveram contato com ele um alerta sobre o seu risco de contaminação, com dicas de prevenção e, futuramente, necessidade de realização de testes.” disse Matheus Rodrigues, um dos desenvolvedores da ferramenta. Além de acompanhar o seu nível de risco, o usuário tem acesso à um Guia customizável com informações sobre o coronavírus, que é possível compartilhar com amigos e familiares. “O Guia, por exemplo, se adapta ao risco que o usuário está passando.” completou Rodrigues. “Com o apoio das Secretarias de Saúde de cada Estado e com os dados gerados pela geolocalização dos usuários do aplicativo, o Dycovid - Dynamic Contact Tracing é capaz de inferir esse risco de contaminação dos usuários. São utilizados modelos matemático-computacionais para estimar de forma qualitativa o risco de contatos e de locais como supermercados, farmácias, postos de saúde e hospitais. Através de um mapa de risco o usuário poderá ter um panorama geral do risco encontrado em diversas regiões do país.”, reforçou Rodrigues. Aplicativo calcula e alerta risco de contaminação para o cidadão O cidadão pode, ainda, participar de um Quiz em que testa seu nível de conhecimento sobre o novo coronavírus, podendo dirimir dúvidas acerca das fakenews que são espalhadas. Para ter mais informações sobre a aplicação, o cidadão pode seguir os perfis no Instagram e no Twitter (@dycovid), onde são disponibilizadas as últimas notícias sobre o projeto. A startup Mamba Labs, responsável pela criação da aplicação Dycovid - Dynamic Contact Tracing, é voltada para o desenvolvimento de soluções envolvendo tecnologias nos ramos de inteligência artificial, processamento de dados, realidade aumentada e aplicações comerciais. Para a realização deste projeto, contou com a equipe de desenvolvedores formada por Ericka Pricila, Lucas Marsol, Matheus Demiro, Matheus Henrique, Nicollas Bastos e Matheus Rodrigues. O projeto conta com apoio da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) por meio de professores ativos no projeto: Rodrigo Assad, Cleviton Monteiro, Gabriel Alves, Cícero Garrozi; e consultoria dos professores: Elizabeth Tscha e Rinaldo Lima. "O ecossistema de inovação do Porto Digital tem um papel muito importante nesse enfrentamento à Covid-19, com colaboração de startups, empresas, pesquisadores e entidades para pensar e criar soluções para passarmos por esse momento. O Dycovid - Dynamic Contact Tracing, fruto do Desafio Covid-19, é uma dessas ferramentas tecnológicas para auxiliar a sociedade pernambucana - e até de outros estados ou mesmo países - com uso de tecnologia para proteger as pessoas e garantir o bem-estar da população", disse o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. “A tecnologia é a nossa grande aliada no combate à propagação do novo coronavírus. Com essas soluções vamos atuar em diversos campos como a identificação de pessoas que podem ter entrado em contato com uma pessoa infectada, o acompanhamento das pessoas que estão nos grupos de risco, via mobile, o acompanhamento do isolamento social necessário para evitar o contágio, a realização de testes e mesmo o apoio técnico e suporte aos agentes de saúde”, destacou o procurador-geral de Justiça de Pernambuco (PGJ-PE), Francisco Dirceu Barros. SAÚDE - Evitar aglomerações é uma das medidas preventivas de maior eficácia no combate ao novo coronavírus (Covid-19). Essa recomendação ocorre porque a transmissão pelo vírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como espirro, tosse, gotículas de saliva, contato físico com pessoa infectada ou mesmo toque em objetos e superfícies contaminadas. “A redução do contato físico é questão de primeira ordem quando o assunto é o novo coronavírus. Evitar as aglomerações e manter o isolamento é imprescindível para evitar o contágio e o contato com pessoas que possam estar contaminadas. A medida vale para cidadãos de qualquer faixa etária. Vale destacar que a recomendação é fundamental para pacientes com idade superior a 60 anos, já que constituem o grupo mais vulnerável. É uma recomendação para que eles se poupem e se protejam. A Covid-19 é uma doença que pode afetar gravemente essa população. Essa aplicação será muito útil para o cidadão e também para todos os profissionais de saúde”, destaca o secretário de saúde do Estado de Pernambuco, André Longo.

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Estresse causado pela quarentena pode impactar nas doenças psicodermatológicas

A necessidade de realizar a quarentena com isolamento domiciliar trouxe muitos questionamentos, medos, ansiedade e estresse. Uma das consequência disso são as queixas, nos últimos dias, de surgimento ou piora das doenças psicodermatológicas, área da dermatologia que foca na interação entre as doenças de pele e a saúde mental dos pacientes. Alguns exemplos das queixas são a acentuação de queda de cabelos, piora da dermatite atópica, agravamento da psoríase e a volta das manchas brancas de vitiligo que já estavam pigmentadas. Já é comprovado que estressores psicológicos são gatilhos para o aparecimento ou piora dos quadros cutâneos. "Emoções são importantes fatores em todas as doenças de pele. Os estressores tanto internos quanto externos rompem o equilíbrio do organismo estimulando uma série de reações do sistema neuroendócrino afetando vários aspectos imunológicos das doenças da pele", explica Márcia Senra, Coordenadora do Departamento de Psicodermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Algumas pessoas com pouca resiliência, sensíveis ao estresse, portadores de transtornos ansiosos e depressivos, pioram muito com a experiência de quarentena, afastados de seus entes queridos, pela perda de liberdade, fobias desenvolvendo quadros de pânico, insônia pelas incertezas quanto à doença e ao futuro, inclusive levando à ideação suicida. "Com tantas emoções negativas, com toda certeza, as somatizações na pele irão aumentar enormemente justamente por essa inter relação entre a pele, o sistema nervoso e o psiquismo", afirma Márcia Senra. Diante do cenário, a SBD orienta que a população, nesse período de quarentena, invista em bons hábitos que vão ajudar a reduzir o estresse e prevenir alterações em sua pele, como prática de atividades físicas, ter um bom sono, se alimentar bem e ocupar a cabeça com atividades que causem prazer (desenhar ou realizar jardinagem, por exemplo). Além disso, é importante ter uma rotina diária de cuidados com a pele. Quanto ao profissional dermatologista, cabe a ele abordar tanto a pele quanto o psiquismo de quem o procura. "O dermatologista deve desenvolver a melhor relação médico paciente com total empatia, acolhimento, fornecendo ferramentas, oferecendo terapias complementares e indicando em alguns casos, o aconselhamento psicológico/psiquiátrico", finaliza o Sérgio Palma, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

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Sindaçucar doa álcool para instituições

O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçucar) no Estado de Pernambuco anunciou a doação de 40 mil litros de álcool à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que viabilizará a produção de álcool glicerinado para repasse às instituições de saúde no combate ao coronavírus. A iniciativa é fruto do termo de compromisso assinado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) no Estado, que estabeleceu parceria para divulgação e apoio aos projetos de pesquisa que a Universidade vem desenvolvendo para combater a pandemia de COVID-19. O presidente do Sindaçucar, Renato Cunha, reforça o posicionamento do sindicato diante das ações que vêm sendo desenvolvidas pela UFPE desde o início da pandemia. “Acreditamos na ciência e na pesquisa, e entendemos que as universidades, sobretudo a Universidade Federal de Pernambuco, através da Fade (Fade-UFPE - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco ), é um ambiente bastante propício para o desenvolvimento de pesquisas que venham a melhorar a saúde pública do nosso país e notadamente do nosso Estado. O Sindaçucar estará sempre em parceria com as universidades dentro dessa luta por um incremento qualitativo nas pesquisas que tenham por objeto a melhoria da vida dos pernambucanos”, afirma. O Procurador da República do Ministério Público Federal e Coordenador do Núcleo de Combate à Corrupção no Estado de Pernambuco, Rodrigo Tenório, comenta a importância da ação de solidariedade do Sindaçuçar: “A conduta do Sindaçucar mostra intenso compromisso social e empatia com o sofrimento da população, além de respeito pelas instituições públicas. A doação merece mais elogios ainda por ter sido feita em pleno período da entressafra da cana. O MPF agradece e parabeniza a Diretoria do Sindaçucar, em especial o Presidente Sr. Renato Cunha, e todos os seus 12 filiados, pela grande demonstração de solidariedade e nobreza em tempos tão difíceis.” Além da doação à UFPE, as usinas de Pernambuco vinculadas ao Sindaçucar-PE,  já doaram a entidades e instituições envolvidas com o combate ao coronavírus cerca de 90 mil litros de álcool 70 desde o início da pandemia. A iniciativa contou com o apoio da  AD-Dipper, que coordenou a logística das entregas. Com informações do site da  fade-UFPE  

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Novo coronavírus é capaz de infectar neurônios humanos

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) acabam de confirmar, por meio de experimentos feitos com cultura de células, que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) é capaz de infectar neurônios humanos.  A infecção e o aumento da carga viral nas células nervosas foram confirmados pela técnica de PCR em tempo real, a mesma usada no diagnóstico da COVID-19 em laboratórios de referência. O grupo coordenado pelo professor do Instituto de Biologia Daniel Martins de Souza também confirmou que os neurônios expressam a proteína ACE-2 (enzima conversora de angiotensina 2, na sigla em inglês), molécula à qual o vírus se conecta para invadir as células humanas. Nos próximos dias, a equipe pretende investigar de que modo o funcionamento dessas células nervosas é alterado pela infecção. A pesquisa está sendo conduzida no âmbito de um projeto aprovado pela FAPESP na chamada “Suplementos de Rápida Implementação contra COVID-19”, como parte da força-tarefa criada pela Unicamp. “Vamos comparar as proteínas e demais metabólitos presentes nas culturas celulares antes e após a infecção. A ideia é observar como o padrão das moléculas muda e, com base nessa informação, tentar contar a história de como o vírus atua no sistema nervoso central”, explica Martins-de-Souza à Agência FAPESP. No experimento, realizado pela pós-doutoranda Fernanda Crunfli, foram usados uma linhagem celular cerebral humana e também neurônios humanos obtidos a partir de células-tronco pluripotentes induzidas (IPS, na sigla em inglês). O método consiste, inicialmente, em reprogramar células adultas – que podem ser provenientes da pele ou de outro tecido de fácil acesso – para fazê-las assumir estágio de pluripotência semelhante ao de células-tronco embrionárias. Esta primeira parte foi realizada no laboratório do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Stevens Rehen, no Instituto DOR de Pesquisa e Ensino. Em seguida, o time de Martins-de-Souza induziu, por meio de estímulos químicos, as células IPS a se diferenciarem em células-tronco neurais – um tipo de célula progenitora que pode dar origem a diversas células do cérebro, como neurônios, astrócitos e oligodendrócitos. “Também estamos começando testes com astrócitos humanos e, em breve, saberemos se o vírus infecta essas células, que dão suporte ao funcionamento dos neurônios e são as mais abundantes do sistema nervoso central”, conta Martins-de-Souza. Efeitos no cérebro Como explica Martins de Souza, estudos feitos em outros países sugerem que o SARS-CoV-2 tem tropismo pelo sistema nervoso central, ou seja, uma certa propensão a infectar as células nervosas. “Mas ainda não sabemos se o vírus realmente consegue atravessar a barreira hematoencefálica [estrutura que protege o cérebro de substâncias tóxicas e patógenos presentes na circulação sanguínea] e, caso consiga, que tipo de impacto pode causar no tecido nervoso. Tentaremos buscar pistas que ajudem a elucidar essas dúvidas”, diz o pesquisador. Os experimentos in vitro com isolados virais estão sendo feitos no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve) do Instituto de Biologia da Unicamp, que tem nível 3 de biossegurança (em uma escala que vai até 4) e é coordenado pelo pesquisador José Luiz Proença Módena. Participam dos testes os pós-graduandos Gabriela Fabiano de Souza e Stéfanie Primon Muraro, orientandas de Módena, e Ana Campos Codo e Gustavo Gastão Davanzo, sob a orientação do professor Pedro Moraes Vieira. Os testes de metabolômica e proteômica serão conduzidos no Laboratório de Neuroproteômica, coordenado por Martins-de-Souza, pelos pós-doutorandos Victor Corasolla Carregari e Pedro Henrique Vendramini. Para isso, será usado um espectrômetro de massas, equipamento capaz de discriminar diferentes substâncias presentes em uma solução com base no peso molecular de cada uma. “Além de investigar se a quantidade de uma determinada proteína na amostra aumenta ou diminui após a infecção, também pretendemos avaliar como está o nível de fosforilação e de glicosilação das moléculas. Esses dois mecanismos bioquímicos são usados pela célula para ativar ou desativar rapidamente a função desempenhada pelas proteínas. Isso nos dará pistas sobre as vias metabólicas que são alteradas nos neurônios em resposta ao novo coronavírus”, conta Martins-de-Souza. Manifestações neurológicas Em um vídeo divulgado no site da Unicamp, o neurologista Li Li Min comenta as manifestações neurológicas já observadas em pacientes com COVID-19, entre elas perda de olfato e paladar, confusão mental, derrame e dor muscular (sem relação com alguma lesão no músculo). Segundo o pesquisador, estima-se que até 30% dos infectados pelo novo coronavírus possam apresentar algum sintoma neurológico. Min é coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP. Karina Toledo | Agência FAPESP –

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Em tempo de coronavírus o hábito de roer unha deve ser eliminado

Nunca se ouviu falar tanto sobre a importância de lavar e higienizar as mãos. Em tempos de coronavírus aqueles que tem a mania de roer unhas acabam facilitando a exposição do organismo a infecções e doenças causadas por vírus, bactérias e fungos. “O hábito, também conhecido como onicofagia, afeta pessoas de todas as idades e geralmente está relacionado a alguma situação de ansiedade e nervosismo”, afirma o dentista Willian Ortega. Com o isolamento social devido a pandemia mundial, não faltam motivos para a roer as unhas, certo? Errado! O especialista alerta sobre todos os males que a mania pode ocasionar, além claro, do alto risco de contrair a Covid-19. Roer as unhas facilita o crescimento de bactérias na cavidade oral podendo afetar dentes e gengivas, já que os pedaços das unhas roídas são cortantes, além de causar mau hálito. O movimento feito para roer as unhas pode causar alterações na mandíbula como estalos e dor ao mastigar. Quem tem o hábito de roer unha está mais propenso a desenvolver bruxismo, que causa o ranger dos dentes inconsciente, aumentando a sensibilidade dentária. Para as crianças que estão em fase de desenvolvimento dos dentes e que tem esse hábito, há o risco de má-oclusão e problemas de alinhamento da arcada dentária. Ao roer as unhas é natural fazer uma pressão maior nos dentes. Isso ocasiona o desgaste do esmalte, deixando os dentes mais desprotegidos e propensos a formação de cáries e gengivite. Em casos mais graves o desgaste do esmalte pode ocasionar fissuras e fraturas. Quem utiliza aparelhos ortodônticos os riscos podem ser ainda piores, já que o aparelho pressiona propositalmente os dentes. Ao roer as unhas pode acontecer desalinhamentos e complicações para a arcada. O ato da onicofagia vai além da boca, podendo causar problemas digestivos e estomacais pelo acúmulo de bactérias. Em alguns casos as bactérias vindas da unha podem ser a causa de episódios de diarreia, infecções respiratórias e até apendicite. Esteticamente também prejudica o crescimento das unhas e altera o seu formato, além de abrir precedente para infecções nas unhas e dedos. “Existem pacientes que optam por utilizar bases com gosto ruim ou até mesmo pimenta. Mas há situações que o dentista pode indicar o uso de protetor bucal, assim como é feito no caso de bruxismo ou problemas na ATM. A placa evita tanto o desgaste do esmalte como também protege os dentes de possíveis fraturas. Mas o mais importante, principalmente nesse momento de pandemia, é eliminar de vez esse hábito que só prejudica a saúde geral”, finaliza Ortega.

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Quem previu a crise da Covid-19?

Muito se tem comentado sobre a imprevisibilidade da pandemia da Covid-19. Por isso, o consultor da TGI Francisco Cunha, durante a live realizada ontem (27), no perfil do Instagram da Algomais, despertou grande interesse entre os que assistiam ao dizer que dois vídeos que circulam na internet mostram que já havia pessoas que anteciparam a atual crise sanitária e econômica. Um deles é de Bill Gates. No vídeo realizado há cerca de cinco anos, o fundador da Microsoft fez uma palestra especifica sobre a possibilidade da pandemia. "Ele entrou no palco carregando um tonel semelhante aos usados por famílias norte-americanas para estocar víveres, décadas atrás,  numa tentativa para se prepararem para uma possível guerra nuclear", relatou Francisco. "Ele advertiu que os norte-americanos não estavam se preparando da mesma forma, nesta década, para uma possível pandemia".   Outro vídeo, comentado pelo consultor, foi feito por Barak Obama, provavelmente, na transição para o Governo Trump. "Ele dizia claramente que uma ameaça enorme que a humanidade tinha sobre ela seria uma pandemia com um vírus. Pelo que se soube, Trump considerou inexpressiva essa ameaça".      

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Saiba como descartar máscaras e materiais infectados pelo coronavírus

Em tempos de enfrentamento do novo Coronavírus, muitos materiais de proteção como máscaras e luvas têm sido utilizados massivamente pela população como forma de proteção contra o vírus. Mas além da preocupação com a saúde, outro tema tem chamado a atenção: os cuidados com o descarte dos materiais contaminados com o vírus. Por possuir um alto nível de transmissão e por sobreviver por até nove dias em determinadas superfícies, o vírus representa um risco para catadores e profissionais envolvidos com a coleta de resíduos. Por isso, para proteger do risco de contágio os trabalhadores e tantas outras pessoas envolvidas com a coleta de lixo, o Coordenador de Sustentabilidade do Sistema Fiep e membro do Comitê Técnico do InPAR, Mauricy Kawano, separou algumas dicas importantes para que o descarte de objetos contaminados seja o mais adequado possível tanto em residências, quanto em hospitais e centros de saúde, além de dicas para os catadores que podem manipular esse tipo de material. Kawano explica que todos os pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por COVID-19 deverão separar todos os resíduos, colocá-los em sacos de lixo resistentes e descartáveis e com fechamento com lacre ou nó quando o saco tiver até 2/3 de sua capacidade. “O ideal é colocar esse saco dentro de outro saco de lixo limpo, fechá-los e identificá-los para que não cause qualquer problema aos catadores e do meio ambiente. Se estiver em um condomínio é necessário informar sobre as medidas tomadas para os funcionários responsáveis pela coleta”, afirma Kawano. O especialista lembra ainda que os materiais infectados podem ser descartados em lixos comuns, desde que sigam todos os cuidados necessários. No caso de hospitais, consultórios e serviços de saúde o lixo deve estar acomodado em sacos brancos leitosos com a identificação de materiais infectantes e deverá ser recolhido por uma empresa especializada. As recomendações fazem parte de uma cartilha da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). Kawano lembra ainda que, para os domicílios com casos confirmados de coronavírus, é necessário deixar os resíduos contaminados de quarentena. “É necessário que esses materiais fiquem armazenados em um local separado antes de serem descartados. Dessa forma, evita-se que os profissionais da coleta sejam expostos ao risco”, ressalta. Segundo o médico Günter Kampf, do Hospital Universitário Greifswald, outros tipos de coronavírus chegaram a sobreviver cinco dias em materiais como plástico, papel e vidro. Em alguns casos, pode chegar a nove dias mas ainda não há estudos conclusivos sobre o tempo de sobrevivência do COVID-19. Já em relação aos profissionais da coleta seletiva, o cuidado deve ser redobrado. É importante que, após a quarentena nas residências, os resíduos recicláveis sejam levados para estações de transbordo, pontos de destinação intermediários que funcionam para a quarentena dos materiais por parte do município. “Também é importante manejar os resíduos que chegam nas Instalações de Recuperação dos Resíduos antes que a triagem seja realizada. Os profissionais envolvidos nesse processo também devem utilizar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual”, destaca. A outra opção de destinação para os materiais contaminados é o encaminhamento para os aterros sanitários, que garantirão que o material permaneça o tempo necessário até a inativação do vírus sem expor os trabalhadores a qualquer tipo de risco. Dessa maneira, o material não precisa de quarentena.

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Projeto vai investigar como o novo coronavírus afeta o olfato

Estudos preliminares conduzidos na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos sugerem que a perda de olfato é algo relativamente comum em pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Mas seria esse sintoma tão frequente a ponto de servir como um indicativo precoce da COVID-19? Pessoas que subitamente perderam a capacidade de sentir cheiros deveriam ser orientadas a se manter em isolamento para evitar disseminar a doença? Qual é a extensão e o tempo de duração do dano causado pelo vírus ao sistema olfatório? Um grupo que envolve pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) e do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vai tentar responder a essas e outras questões no âmbito do Projeto Temático “Receptores olfatórios: mecanismos de expressão gênica e transdução de sinal”, sob a coordenação da professora Bettina Malnic. Inicialmente focados em estudar o funcionamento dos neurônios olfatórios (células responsáveis pela detecção de cheiros) e das demais células que compõem o epitélio olfatório, os pesquisadores vão dedicar, nos próximos meses, parte de seus esforços para entender a correlação entre a infecção pelo SARS-CoV-2 e o desenvolvimento de anosmia – o termo técnico para a perda de olfato. “O objetivo principal do projeto é estudar os genes que codificam os receptores olfatórios [proteínas que se conectam às substâncias odorantes]. Trata-se de um grande grupo de genes expressos apenas no epitélio olfatório. Mas, diante da situação de emergência imposta pela pandemia, decidimos iniciar um estudo remoto com profissionais de saúde que atendem pacientes com manifestações graves da COVID-19 e que, portanto, têm alto risco de contrair o vírus”, conta Malnic. O grupo, que também inclui Alexandre Bruni Cardoso, Deborah Schechtman e Isaias Glezer, está elaborando um questionário para monitorar nos profissionais de saúde do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP tanto a presença de sintomas já bem estabelecidos da doença – como febre, tosse e dificuldade para respirar – como também eventuais mudanças olfativas. Para isso, o grupo conta com a colaboração dos pesquisadores Richard Voegels e Fábio de Rezende Pinna, do Departamento de Otorrinolaringologia e Oftalmologia da FM-USP. “Queremos descobrir se há um padrão na anosmia causada pelo coronavírus que a diferencie da perda de olfato por outras causas, como infecções nas vias respiratórias causadas por resfriados ou gripes comuns ou doenças neurodegenerativas. Pacientes com COVID-19 têm relatado uma perda abrupta na capacidade de sentir cheiro e, muitas vezes, sem outros sintomas relacionados”, diz a pesquisadora. Também está nos planos do grupo conduzir uma análise mais ampla, semelhante à que foi feita no Reino Unido por cientistas do King’s College. Por meio de um aplicativo de celular chamado “COVID Symptom Tracker”, os britânicos disponibilizaram um questionário remoto que já foi preenchido por mais de 1 milhão de pessoas em vários países. Uma primeira análise revelou que a perda de olfato e de paladar foi um sintoma relatado por 59% das pessoas que testaram positivo para COVID-19, e apenas por 18% das que testaram negativo. Caso a correlação entre o SARS-CoV-2 e a perda de olfato se confirme nessa primeira etapa da investigação, o grupo pretende aprofundar as análises para entender de que forma o vírus afeta o funcionamento do epitélio olfatório. “Uma das possibilidades seria analisar amostras de pacientes infectados e observar se a estrutura do epitélio olfatório está alterada nesses indivíduos. A técnica de hibridação in situ [que permite a identificação específica de tipos de mRNA dentro de células individuais em trechos de tecido] poderia ser adotada para verificar se os neurônios olfatórios sobrevivem à infecção ou não”, afirma Malnic. Experimentos com cultura de células e com modelos animais também podem ser conduzidos para entender o mecanismo de atuação do coronavírus no epitélio olfatório. Um dos entraves, porém, é o fato de camundongos e outros mamíferos normalmente usados nesse tipo de estudo não se infectarem pelo SARS-CoV-2. “Existe uma linhagem de camundongo modificada geneticamente para expressar a ACE-2 humana, que é a proteína usada pelo novo coronavírus para infectar as células. Poderíamos investigar se quando infectados com o vírus esses animais apresentam alterações no seu sistema olfatório. ”, diz Malnic. Karina Toledo | Agência FAPESP

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