Arquivos Sustentabilidade - Página 6 de 9 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Sustentabilidade

Fim de semana com atividades especiais no Parque de Dois Irmãos

O fim de semana do Parque de Dois irmãos tem atrações para todas as idades, e que tal comemorar o dia dos pais passeando ao ar livre e aprendendo muitas curiosidades sobe o mundo animal. O equipamento público do Governo do Estado através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade fica na zona Norte do Recife. No sábado é comemorado o Dia Mundial do Leão (World Lion Day), estipulada pela entidade americana Big Cat Rescue que se dedica a resgatar, reabilitar e tentar acabar através de educação ambiental e legislação com o comércio privado e a posse de animais selvagens, e a equipe técnica vai apresentar diversas curiosidades sobre o leão (Panthera leo), uma delas é que o rugido pode ser ouvido a uma distância de 8 km, e que precisa dormir de 18 a 20 horas, têm muitas outras. A espécie também é considerada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) como vulnerável na lista de animais ameaçados de extinção. Ainda no sábado também haverá enriquecimento com o hipopótamo (Hippopotamus amphibius), às 10h30 da manhã, e no período da tarde, será a vez dos pequenos quatis (Nasua nasua), às 15 horas, serão estimulados a encontrar no recinto alguns alimentos e brinquedos. O objetivo do enriquecimento ambiental é fazer um ambiente dinâmico e interativo, que além de promover bem-estar ao animal, também ofereça desafio, assim como seria na natureza. Os enriquecimentos podem ser alimentar, cognitivo, sensorial, físico e social e é aplicado de acordo com o hábito e comportamento natural de cada espécie. O domingo também tem atrações para quem quer comemorar o dia dos pais ao ar livre. A oficina “Sustentabilidade hoje e sempre” vai ser realizada no Viveiro Florestal do Parque, das 10 às 15h, e vai ensinar como reutilizar materiais orgânicos para produzir adubo, além de distribuir 50 mudas de Ipês amarelos. O público também vai poder conferir no domingo o enriquecimento ambiental com mas araras-vermelhas (Ara Chloropterus) e com os ursos-pardos ( Ursus arctos). Exposição Mundo dos Répteis- Quem ainda não viu, ainda tem oportunidade de conferir a exposição “Mundo dos Répteis”, que mostra as curiosidades de 25 serpentes de 14 espécies, 2 lagartos e uma cobra-de-duas-cabeças. A exposição, que está sendo realizada no Centro de Educação Ambiental Vasconcelos Sobrinho do Parque de Dois Irmãos, está sendo realizado em parceria com o Serpentário Mata Sul, localizado no município de Rio Formoso. Serviço - Programação do Fim de Semana do Parque de Dois Irmãos Sábado (10 de agosto) - 9h as 16h - Estande Bicho do mês: Leão - 10h30 - Enriquecimento Ambiental com o hipopótamo - 15h - Enriquecimento Ambiental com o Quati - 15h30 - Enriquecimento Ambiental com o Leão Domingo (11 de agosto) - 9h às 16h30 - Estande Bicho do mês: Leão - 10h às 15h, Atividade no Viveiro Florestal (cidade das crianças): Oficina: Sustentabilidade Hoje e Sempre - reutilizando materiais orgânicos para produzir adubo. Entrega de 50 mudas de Ipês amarelos - 10h - Enriquecimento Ambiental com as araras- vermelhas - 15h30 - Enriquecimento Ambiental com os ursos Exposição “Mundo dos Répteis” Horário: 9 às 16h Ingresso: R$ 3,00 (vendidos na entrada da exposição, separadamente do ingresso de entrada do Parque) Local: Centro de Educação Ambiental Vasconcelos Sobrinho Parque Estadual de Dois Irmãos, na Praça Farias Neves, s/n - Dois Irmãos, Recife - PE Ingresso: Preço único de R$ 2,00 por pessoa - gratuito para visitantes com mais de 60 anos, crianças até 1 metro de altura e pessoas com deficiência com seus acompanhantes.

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Brasil não avança na gestão do lixo, revela estudo

Exatamente 9 anos após a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que fixou metas e prazos para os municípios brasileiros providenciarem a destinação correta do lixo produzido diariamente, o Brasil se encontra estagnado em relação ao estabelecido pela legislação federal. Segundo o Índice de Sustentabilidade Urbana (ISLU), em comparação com o ano passado, houve mudanças pouco significativas na porcentagem média da cobertura da coleta de lixo, que ainda é de 76%, houve pequena variação no número de municípios que destinam o lixo irregularmente, 51%, e apenas 3,9% dos resíduos são reciclados, ante 3,6% verificado na edição de 2018. O estudo – formulado por meio de uma parceria entre o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (SELURB) e a PwC Brasil – mede a aderência dos municípios à PNRS, considerando critérios como engajamento, recuperação de recursos coletados, sustentabilidade financeira e impacto ambiental. Neste ano, foram considerados 3.317 municípios, distribuídos por todos os estados e Distrito Federal. Assim como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, o ISLU varia entre 0 (zero - baixo desenvolvimento) e 1 (um - alto desenvolvimento) e analisa os dados oficiais mais recentes disponibilizados pelos próprios municípios no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Esta é a 4ª edição do estudo, que mostrou que 340 municípios ainda possuem desempenho muito baixo, 828 aparecem no nível considerado baixo, 1.692 já possuem nível médio no índice, 453 aparecem no nível alto e apenas 4 no nível muito alto.   Régua de desempenho O ISLU 2019 mostrou que ainda existe uma enorme desigualdade entre as regiões do Brasil no que diz respeito à gestão dos resíduos sólidos. A Região Sul é a que possui os melhores resultados e a única que tem possibilidade atingir a meta da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), ao alcançar uma média geral de 0,700 no quesito de impacto ambiental já em 2023. De acordo com o ISLU, no Sul do Brasil a destinação final ambientalmente correta (aterros sanitários) chega a 88,6% na região Sul, índice praticamente igual ao de 2018. O maior avanço ocorreu na região Sudeste, onde subiu de 51,1% para 56,9% em 2019. O Centro-Oeste também evoluiu de 14,4% para 18,6%, enquanto o Norte piorou seu desempenho de 14,1% para 12,8%. O Nordeste continua com o pior resultado, mas se aproximou do Norte ao subir de 11,4% para 12,6%. No que diz respeito à reciclagem, o Sul apresenta um índice muito superior às demais regiões, destinando 7,8% dos resíduos para reaproveitamento. No Sudeste, o número é de 4,2%, ao mesmo tempo em que é de 1,75% no Centro-Oeste, 0,85% no Norte e 0,6% no Nordeste. O Sul somente não lidera quando o quesito é a cobertura do serviço de coleta de resíduos, onde aparece com 73% da população atendida. O Sudeste tem a melhor cobertura, 85%, e o Centro-Oeste, com 79%, a segunda melhor. Norte e Nordeste têm 67% cada. Eliane Kihara, sócia da PwC Brasil, defende o investimento em iniciativas como essa em um país onde o recolhimento e processamento de resíduos sólidos ainda é pouco abordado. "É importante que as iniciativas pública e privada estejam juntas para promover a boa gestão de limpeza urbana. Qualquer país que queira um crescimento sustentável deve aderir cada vez mais às políticas de processamento de lixo para que isso não se torne um problema de saúde pública. Exatamente por isso a parceria da PwC Brasil e do Selurb é tão importante", afirma. Arrecadação específica A pesquisa também revela o abismo que existe entre os municípios que instituíram uma fonte de arrecadação específica para custear o serviço de limpeza urbana e os que até hoje ainda adiam a implementação dessa medida. Para efeito de comparação, foram considerados apenas 842 deles, que participaram de todas as amostras do índice nos últimos quatro anos. Quando colocados lado a lado, percebe-se que as diferenças vão muito além da média final. O percentual da população atendida pelos serviços de limpeza urbana, por exemplo, engloba 84,2% da população nas cidades com fonte de custeio definida, enquanto é de 77,3% nas que não possuem. Quando o assunto é reciclagem, a diferença é ainda mais expressiva; enquanto 6,2% dos resíduos vão para reaproveitamento nas cidades com arrecadação, este número cai para apenas 2,3% nas demais. A principal diferença, porém, está na destinação, que é feita corretamente em quase 80% dos municípios com arrecadação e em apenas 35% dos que não possuem. Gráfico 1 Entre o total de municípios analisados na atual edição, apenas 41% têm recursos para sustentar em algum nível a atividade dos serviços de limpeza urbana. A definição de um método de arrecadação específica, vale lembrar, é um dos requisitos para que as prefeituras possam receber recursos federais para investimentos na atividade. "A dependência do orçamento público municipal, já comprometido com despesas da saúde, educação, folha de pagamento e previdência é um dos principais entraves para o desenvolvimento das cidades no âmbito da limpeza urbana. Buscando evitar um suposto desgaste político ao implementar um novo sistema de cobrança, os gestores públicos acabam ficando sem dinheiro para uma atividade essencial para o bem-estar e saúde da população", comenta Carlos Rossin, diretor de Sustentabilidade do SELURB. De acordo com Rossin, apesar da melhora das cidades maiores, que elevaram sua média de 0,651 para 0,666 nos últimos quatro anos, os municípios com menos de 50 mil habitantes vêm piorando o seu desempenho. De 0,618 em 2015, o índice das cidades menores recuou para 0,612 em 2019. "Isso ocorre porque as localidades com mais população possuem maior escala econômica, permitindo viabilidade financeira para custear os serviços. Já as pequenas cidades, com orçamento menor, precisam se unir e buscar soluções regionalizadas para garantir a viabilidade logística da atividade e, desta forma, reduzir os custos. Quando elas encontram essa solução, o que vemos são cidades na faixa de desempenho entre 'alto' e 'muito alto'", explica. Desempenho por região   Maiores médias O município de Santos se destacou, obtendo a melhor pontuação entre o grupo de cidades com mais de

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Shopping Tacaruna recebe o Projeto TrilogiaBio do biólogo André Maia

Neste mês de agosto, o Shopping Tacaruna recebe o TrilogiaBio, projeto de conscientização ambiental, do biólogo André Maia, que mistura aprendizagem, diversão e descobertas. Será realizada uma palestra especial sobre animais e preservação do meio ambiente com o tema “Preservar é Preciso”. O objetivo é estimular a consciência ambiental em crianças, adolescentes e adultos e ensinar o respeito pela natureza. O TrilogiaBio acontece em todos os sábados de agosto (3, 10, 17, 24 e 31), no espaço rooftop do mall, a partir das 17h, com entrada gratuita. De acordo com André Maia, nas palestras sobre preservação ambiental, ele fala de uma frase muito conhecida que diz “O que eu não conheço eu temo e o que eu temo eu mato”, então é preciso conhecer para preservar. “Vamos falar dos animais e da fauna local e principalmente dos animais exóticos para que o homem entenda que todos os animais têm sua importância dentro do meio ambiente. Se porventura uma espécie de animal for subtraída do meio ambiente pode gerar sérios problemas para a natureza por conta da quebra do elo da cadeia alimentar, ou seja, da quebra do equilíbrio ecológico”, informa o biólogo. Na dinâmica do TrilogiaBio, André Maia, de forma lúdica, ensina como as pessoas devem nutrir o amor por todos os seres vivos existentes no meio ambiente. A linguagem é de fácil entendimento, envolvendo crianças e adultos. “Conforme apontam diversas pesquisas, o contato supervisionado com animais tem efeito terapêutico, estimulando os nossos sentidos causando bem-estar”, destaca. Através de uma parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o evento também está realizando uma grande campanha social para que as pessoas que mantêm em cativeiro algum animal silvestre possam levá-los até o Tacaruna para serem entregues voluntariamente e posteriormente devolvidos à natureza. “O objetivo é fazer o público ter a consciência ambiental de que possuir um animal silvestre em casa requer autorização e cuidados específicos, além do tráfico desses animas que é considerado crime. Vamos tentar mobilizar o maior número de pessoas para que a gente possa ter um bom quantitativo de animais devolvidos à natureza. Podem ser animais silvestres como papagaio, cagado, jabuti, cobras, iguanas, galo de campina, patativa, sanhaços, entre outros”, frisa André Maia. O TrilogiaBio ainda vai trazer uma exposição fotográfica da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que mostra a riqueza da fauna e flora de quatro unidades de conservação (locais protegidos ambientalmente) do Governo de Pernambuco. São elas: Estação Ecológica de Caetés, Refúgio de Vida Silvestre Matas do de Gurjaú, Área de Proteção Ambiental de Gudalupe e Parque Estadual Mata da Pimenteira. As 40 fotos da exposição foram feitas pelos moradores das comunidades em torno das unidades de conservação, de acordo com o olhar deles.  

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Aumento do desmatamento na Amazônia é incontestável, diz Carlos Nobre

Elton Alisson, de Campo Grande (MS) – Alvo de recente questionamento, o aumento no desmatamento na Amazônia nos últimos meses, em comparação com 2018, é incontestável. O aumento foi apontado pelo sistema de monitoramento por satélites Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e deverá ser confirmado antes de dezembro com o lançamento dos dados obtidos durante um ano completo por outro sistema de monitoramento da instituição, o Prodes. Nos próximos dias deverão ser divulgados os dados do Deter para o período de agosto de 2018 a julho de 2019. Entre outubro e novembro, sairão os dados do Prodes para o mesmo período, que são utilizados para verificação do Deter. O Prodes usa dados do satélite Landsat – sistema que existe desde 1989 – e apresenta os dados consolidados sobre o desmatamento total apenas uma vez por ano. A afirmação foi feita por Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), durante palestra na 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada de 21 a 27 de julho na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. “Os números da série anual do Prodes, que compreende o período de agosto de 2018 a julho de 2019, devem confirmar o que os dados dos últimos meses mostraram: que o desmatamento da Amazônia nos últimos 12 meses foi muito maior do que no período anterior”, disse Nobre, que é pesquisador aposentado do Inpe. “Temos que partir do princípio de que está realmente ocorrendo um aumento do desmatamento na Amazônia”, disse. Segundo ele, o questionamento dos dados sobre o desmatamento da Floresta Amazônica nos últimos três meses indicados pelo Deter é infundado. Isso porque a margem de incerteza do sistema varia de 10% a 12%. O sistema apontou que o desmatamento na Amazônia em quilômetros quadrados (km²) aumentou nos meses de maio, junho e nos primeiros 20 dias de julho, respectivamente, 34%, 91% e 125% em relação aos mesmos meses em 2018. “Esses percentuais de aumento estão muito além da margem de incerteza. A probabilidade de que o desmatamento da Amazônia está aumentando está acima de 99%”, disse Nobre. Os dados do Deter são disponibilizados desde o lançamento do sistema, em 2004, pelo Inpe. Já os do Prodes – que foi o primeiro sistema de monitoramento de desmatamento na Amazônia criado pelo órgão em 1989 – ficaram embargados no início e só passaram a ser disponibilizados em 2002. “Esses dados públicos permitiram um enorme entendimento das causas do desmatamento e municiaram as políticas de combate que tiveram grande sucesso durante vários anos”, disse Nobre. O eventual embargo dos números de desmatamento obtidos pelo Deter e o Prodes ou a descontinuação desses dois sistemas causariam enormes prejuízos para o país e fariam o Inpe perder o protagonismo mundial no desenvolvimento de sistemas de monitoramento florestal, afirmou. “Não divulgar os dados do desmatamento do Inpe não faria o problema desaparecer, porque hoje há muitos grupos em todo o mundo que fazem esse tipo de mapeamento. Mas o Inpe, que desenvolveu o melhor sistema de monitoramento de florestas tropicais do mundo ao longo dos últimos 30 anos, perderia sua liderança”, disse Nobre. De acordo com o pesquisador, o Brasil, por intermédio do Inpe, foi o primeiro país do mundo a fazer esse tipo de monitoramento florestal por satélite. Os sistemas desenvolvidos pelo instituto ajudaram a capacitar pesquisadores de 60 países e muitos países tropicais usam os algoritmos criados na instituição. Enquanto os sistemas de monitoramento desenvolvidos por outras instituições no mundo, baseados em big data e algoritmos automáticos de inteligência artificial, apresentam hoje uma margem de erro acima de 20%, a do Prodes é de 5 a 6%, comparou Nobre. “Isso representa um enorme aperfeiçoamento desse sistema de monitoramento, que é resultado de 30 anos de avanço científico”, disse. Confiança nos dados Em coletiva de imprensa no dia 26 de julho, na reunião da SBPC, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que “não tem dúvidas de que os dados produzidos pelo Deter estão corretos e são confiáveis, mas foram usados com o objetivo incorreto”. “Os dados do Deter não são para medição do desmatamento, mas para alerta de desmatamento, para auxiliar o Ibama nas ações de fiscalização. Seria errado utilizá-los para indicar desmatamento”, disse Pontes à Agência FAPESP. “Os dados do Prodes é que têm a finalidade de medir desmatamento, mas demoram um certo tempo para ser compilados.” O ministro destacou que o Inpe é uma instituição conceituada, cujo trabalho é reconhecido internacionalmente, e que continuará a desempenhar suas funções como sempre fez. “O fato de perguntarmos sobre a variação de um dado é normal é já aconteceu anteriormente”, disse. O portal TerraBrasilis é uma plataforma web desenvolvida pelo Inpe para acesso, consulta, análise e disseminação de dados geográficos gerados pelos projetos de monitoramento da vegetação nativa do instituto, como o Prodes e o Deter: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/. Agência FAPESP

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Composto de planta brasileira combate leishmaniose e Doença de Chagas

Elton Alisson  – Um composto natural isolado de uma planta originária da Mata Atlântica, popularmente conhecida como canela-seca ou canela-branca (Nectranda leucantha), pode resultar em novos medicamentos para o tratamento da leishmaniose visceral e da doença de Chagas. Pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz constataram em um estudo apoiado pela FAPESP que substâncias derivadas de uma molécula da planta, pertencente ao grupo das neolignanas, são capazes de combater os parasitas transmissores dessas doenças que afetam milhões de pessoas no Brasil e em outros países em desenvolvimento. Os resultados do trabalho foram publicados na revista Scientific Reports e no European Journal of Medicinal Chemistry. “Observamos que os compostos foram altamente potentes contra a Leishmania infantum, causadora da leishmaniose visceral, e o Trypanosoma cruzi, transmissor da doença de Chagas”, disse André Gustavo Tempone, pesquisador do Centro de Parasitologia e Micologia do Instituto Adolfo Lutz e coordenador do estudo, à Agência FAPESP. Os pesquisadores da instituição têm se dedicado nos últimos anos a identificar compostos provenientes da biodiversidade da Mata Atlântica que possam resultar no desenvolvimento de novos fármacos para combater doenças negligenciadas – causadas por agentes infecciosos ou parasitas e que afetam principalmente as populações mais pobres. Durante um projeto em colaboração com João Henrique Ghilardi Lago, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), foi possível isolar a neolignana. Já por meio de um projeto em colaboração com colegas da Ohio State University, também apoiado pela FAPESP, foi possível avaliar e comprovar o efeito do composto sobre células do sistema imunológico. Agora, em um projeto em colaboração com Edward Alexander Anderson, professor da Universidade de Oxford, da Inglaterra, também apoiado pela FAPESP na modalidade São Paulo Researchers in International Collaboration (SPRINT), foram sintetizados 23 novos compostos derivados da molécula. “Uma das limitações no desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento de doenças negligenciadas é encontrar parceiros para fazer a síntese dos compostos promissores. A colaboração com o grupo da Universidade de Oxford possibilitou darmos esse passo”, disse Tempone. Os pesquisadores avaliaram os efeitos dos compostos derivados da molécula em células de Leishmania infantum. Os resultados das análises indicaram que quatro deles se mostraram capazes de atingir a mitocôndria do parasita, que é um potencial alvo molecular de um fármaco para combatê-lo. Diferentemente de humanos, que podem ter até 2 mil mitocôndrias, a Leishmania infantum possui apenas uma, explicou Tempone. “Constatamos que os compostos tiveram uma forte atuação na mitocôndria desse parasita”, afirmou. Os compostos provocam um aumento abrupto do nível de cálcio no interior das células da Leishmania infantum. Essa alteração causa uma perturbação na mitocôndria do parasita, provocando sua morte. “Nossa hipótese é que os compostos interferem drasticamente na liberação do cálcio no interior das células e, dessa forma, prejudicam a principal fonte de armazenamento de energia do parasita, que é a ATP [adenosina trifosfato], produzida pela mitocôndria”, disse Tempone. Os compostos também interferiram no ciclo celular da leishmania, induzindo um mecanismo semelhante à morte celular programada e afetando a replicação do DNA. Efeitos similares também foram observados em ensaios com Trypanosoma cruzi. “Também verificamos que a mitocôndria do Trypanosoma cruzi sofre uma alteração logo no início da incubação dos compostos pelo parasita”, disse Tempone. Os pesquisadores pretendem, agora, otimizar os compostos, de modo a assegurar sua biodisponibilidade adequada no organismo. Essa etapa de avaliação da eficácia e segurança das moléculas é crucial para avançar para os estudos com animais, uma vez que mais de 90% dos compostos candidatos a fármacos testados in vitro (em células) falham nessa fase, explicou Tempone. “Estamos otimizando os compostos por meio da química medicinal para que possamos aumentar a taxa de sucesso nos estudos em modelo animal. Mas os compostos que obtivemos já são protótipos bastante promissores para combater a leishmaniose e atendem às recomendações da DNDi [organização sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas]”, disse Tempone. Uma das recomendações da iniciativa internacional é que os compostos promissores para o tratamento de doenças negligenciadas sejam fáceis de serem sintetizados. “A síntese dos compostos que estamos estudando é simples, feita em cinco etapas, e são baratos”, disse Tempone. O artigo A semi-synthetic neolignan derivative from dihydrodieugenol B selectively affects the bioenergetic system of Leishmania infantum and inhibits cell division (doi: 10.1038/s41598-019-42273-z), de Maiara Amaral, Fernanda S. de Sousa, Thais A. Costa Silva, Andrés Jimenez G. Junior, Noemi N. Taniwaki, Deidre M. Johns, João Henrique G. Lago, Edward A. Anderson e Andre G. Tempone, pode ser lido na Scientific Reports em www.nature.com/articles/s41598-019-42273-z. O artigo Dehydrodieugenol B derivatives as antiparasitic agents: Synthesis and biological activity against Trypanosoma cruzi (doi: 10.1016/j.ejmech.2019.05.001), de Daiane D. Ferreira, Fernanda S. Sousa, Thais A. Costa-Silva, Juliana Q. Reimão, Ana C. Torrecilhas, Deidre M. Johns, Claire E. Sear, Kathia M. Honorio, João Henrique G. Lago, Edward A. Anderson e Andre G. Tempone, pode ser lido por assinantes do European Journal of Medicinal Chemistry em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0223523419304040. Agência FAPESP

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Anvisa aprova marco regulatório dos agrotóxicos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (23) o marco regulatório para agrotóxicos. Além de atualizar e dar maior clareza aos critérios adotados para avaliação e classificação toxicológica desse tipo de produto, o novo marco prevê alterações nos rótulos e na bula dos agrotóxicos para facilitar a identificação de riscos para a saúde humana. A mudança envolve regras de disposição de informações, palavras e imagens de alerta. As empresas terão um ano para se adaptarem às novas regras. O prazo contará a partir da publicação do novo marco no Diário Oficial da União, prevista para os próximos dias. Em relação aos produtos que já estão em circulação, a reclassificação será feita pela Anvisa que publicou edital requerendo informações sobre os produtos. De acordo a agência, já foram enviados dados para reclassificação de aproximadamente 1.950 agrotóxicos registrados no Brasil, quase 85% do volume total (2.300) em circulação. “A rotulagem é o que publiciza a avaliação do risco dos produtos. Por isso, a sociedade precisa conhecer o rótulo”, disse o diretor da agência Renato Porto, após participar da reunião que aprovou o documento. "Será possível comunicar melhor os perigos ao agricultor, que é mais vulnerável às substâncias por ser quem manipula tais produtos", acrescentou. A classificação da toxidade dos produtos prevista no marco poderá ser determinada a partir dos componentes presentes nos produtos, impurezas ou na comparação com produtos similares. Para cada categoria, haverá a indicação de danos possível em caso de contato com a boca (oral), pele (dérmico) e nariz (inalatória). Produtos “Extremamente Tóxicos” e “Altamente Tóxicos” - categorias 1 e 2, respectivamente - terão uma faixa de advertência vermelha. Produtos “Moderadamente Tóxicos” (categoria 3) terão uma faixa de advertência amarela. Já os produtos “Pouco Tóxico” e “Improvável de Causar Dano Agudo” - categorias 4 e 5 - terão uma faixa azul. De acordo com a autoridade sanitária, nos processos de registro e monitoramento de agrotóxicos cabe à Anvisa avaliar questões relacionadas à saúde humana. Ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) cabem responsabilidades relacionadas às questões ambientais. Já as questões agronômicas e o registro de uso agrícola ficam a cargo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). (Da Agência Brasil)

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Poder público do Nordeste avalia ameaças ao Rio São Francisco

*Por Marcos Miguel Há quase seis meses do rompimento da barragem B1 da empresa Vale S.A., em Brumadinho (MG), os olhares do Poder Público voltam-se agora para uma vítima em potencial da tragédia: o Rio São Francisco. Estudos da Fundação Joaquim Nabuco e da organização não governamental SOS Mata Atlântica apontam para a contaminação do leito do Velho Chico; hipótese negada pelos órgãos oficiais que acompanham o caso, como o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Agência Nacional das Águas (ANA). Para apurar a questão in loco, foi criada uma Comissão Parlamentar na Câmara de Vereadores de Petrolina, Sertão de Pernambuco. Lá, o rio exerce um papel central na economia: são as águas do Velho Chico que irrigam mais de 120 mil hectares de terra, nos quais são produzidos, predominantemente, uvas e mangas. Entre os dias 16 e 23 do último mês de março, o grupo de trabalho foi às Câmaras de Vereadores de Brumadinho, Três Marias e Belo Horizonte para provocar as autoridades mineiras. Integrante do colegiado, a vereadora Cristina Costa (PT-PE) avalia o cenário encontrado na visita técnica como “gravíssimo”. “O que mais me chamou a atenção foi o estado dos rios de Minas Gerais. Vários afluentes que desaguam no São Francisco estão comprometidos, como o Paraopeba. Observamos uma grande quantidade de resíduos, oriundos do rompimento da barragem”, lamenta a parlamentar. Segundo ela, o problema tem ainda um viés político. “Quem manda no Estado de Minas Gerais é a Vale. Infelizmente, o Parlamento Estadual e as prefeituras estão vinculadas à empresa. Todo mundo fica esperando os royalties dos minérios”, denuncia Cristina. Também vereador do município, Gilmar Santos (PT-PE) criticou a atuação do Poder Público em prol do São Francisco. “A maneira como os governos têm, historicamente, tratado o rio é motivo de diversos questionamentos. Parte dele foi privatizada. Diversas empresas estão interferindo na qualidade da água. O nosso modelo de desenvolvimento está focado mais em negócios, tendo a água como recurso, do que em responsabilidade social. Não é um projeto inclusivo e responsável”, avalia Santos. As casas legislativas dos Estados que compõem a Bacia Hidrográfica do São Francisco também estão se mobilizando em torno do tema. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instituiu, em fevereiro deste ano, uma Frente Parlamentar em defesa do rio. Ao longo do primeiro semestre, a equipe promoveu quatro audiências públicas em diferentes cidades pernambucanas: Recife, Cabrobó, Floresta e Petrolina. Os debates podem contribuir para o endurecimento da legislação ambiental em vigor, na avaliação do coordenador da Frente, deputado Lucas Ramos (PSB-PE). Todo o material coletado até o momento será compartilhado com os demais governadores da região Nordeste. “Além disso, vamos acionar outras assembleias para que discutam a saúde e o futuro do rio em um colegiado exclusivo. As câmaras municipais também serão contactadas. Os vereadores têm um papel fundamental nesse processo de cobrança e de fiscalização do Poder Público, quando esse deixa de realizar ações de preservação do meio ambiente”, avalia Ramos. Em Alagoas, a Comissão de Meio Ambiente do Poder Legislativo estadual (ALE-AL) está engajada no assunto. O colegiado vai ouvir especialistas e representantes da sociedade civil em audiência pública, em data ainda a ser definida. Para o presidente do colegiado, deputado Davi Maia (DEM-AL), cabe à casa legislativa avaliar soluções para que as comunidades ribeirinhas sejam o menos afetadas possível pela contaminação do rio, bem como o ecossistema. Já na Bahia, a Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa (ALBA) vistoriou a barragem de Pinhões, em Juazeiro, no dia 15 de abril deste ano. Situada na Bacia do São Francisco, a obra está em estado de atenção, de acordo com o Relatório de Segurança de Barragens (2017), da ANA. Na visita de inspeção, o colegiado concluiu que a estrutura do empreendimento está íntegra e não oferece risco. Porém, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão gestor da barragem, alega não possuir recursos para as manutenções necessárias. O presidente da Comissão, deputado José de Arimatéia (PRB-BA) deve arrecadar o capital por meio de emendas parlamentares. A saúde do Velho Chico ainda vem sendo tratada pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) nos últimos quatro anos. Em março de 2016, a instituição fez um levantamento sobre a realidade do rio, em audiência pública. Em maio do mesmo ano, a então presidente da Frente Parlamentar de Meio Ambiente, Segurança Alimentar e Comunidades Tradicionais, deputada Ana Lúcia Vieira (PT-AL), denunciou os impactos do assoreamento do rio para o abastecimento hídrico da Grande Aracaju. Outros problemas foram evidenciados, como a grave proliferação de vermes, em 2017. Em setembro daquele ano, a Frente Parlamentar Ambientalista promoveu audiência pública no município de Canindé do São Francisco, no qual avaliou desafios e alternativas para garantir a sustentabilidade do rio. Após a tragédia de Brumadinho, a deputada Maria Mendonça (PSDB-SE) expressou, em Plenário, preocupação com a contaminação da Bacia. “O São Francisco é responsável pelo abastecimento de alguns Estados e pelas vidas de todos os seres vivos que precisam de sua água”, advertiu a parlamentar, à época. Em Minas Gerais, tramitam na ALMG dois projetos de lei que podem contribuir para a preservação do Velho Chico. Um deles é o PL nº 79/2019, de autoria da deputada Ana Paula Siqueira (REDE-MG), que institui o “Corredor Ecológico do Vale do Mutuca”. A proposta cria unidades de conservação que interligam as Bacias do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba – este último, um dos principais afluentes do São Francisco. Tais unidades incluem a vegetação florestal, a mata ciliar e o lençol freático da Bacia do Córrego do Mutuca. Ainda segundo a matéria, o zoneamento dessas áreas deve estabelecer medidas que assegurem o manejo adequado, além das proibições e restrições de uso já previstas em lei. Publicado no último 2 de fevereiro, o projeto foi distribuído para as comissões de Justiça e de Meio Ambiente e aguarda parecer desses colegiados. O outro é o PL nº 98/2019, apresentado pela mesma parlamentar, que altera a redação da Política Estadual de Recursos Hídricos de

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Fernando de Noronha na mira do Planalto

O Palácio do Planalto informou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, vai ao Arquipélago de Fernando de Noronha amanhã (18), para vistoriar os serviços prestados pela concessionária EcoNoronha, empresa que administra as visitas ao parque marinho. Salles será acompanhado pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado. De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o contrato em vigor será respeitado, mas a ideia é tentar buscar, de forma consensual, a redução de tarifas de visitação cobradas dos turistas que frequentam o atrativo. "O que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhado do presidente da Embratur, há de realizar, na próxima quinta-feira, junto com dirigentes daquele órgão que cuida de Fernando de Noronha, é buscar pontos, de forma consensual, para que aquela tarifa que é de responsabilidade do governo federal, é importante, nós estamos tratando das tarifas do governo federal, possa ser rebaixada a ponto de facilitar o acesso a tantos outros turistas. Sem ofender, naturalmente, os aspectos de proteção ambiental, que são tão importantes ao governo do presidente", afirmou Rêgo Barros, em entrevista coletiva. Atualmente, o turista paga duas taxas para entrar na ilha. O governo de Pernambuco cobra R$ 73 por dia de permanência. Já o governo federal cobra, por meio da EcoNoronha, a taxa de R$ 106 para brasileiros e R$ 212 para estrangeiros. Essa taxa é para entrar nas praias do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, uma unidade de conservação federal. A concessionária administra o parque desde 2012, e o contrato com a União para a prestação do serviço vai até 2027. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que administra os parques nacionais, cerca de 70% do valor arrecadado pela concessionária são aplicados em melhorias na unidade, como limpeza, manutenção e construção de trilhas e estrutura de acesso e proteção ambiental. O parque abriga espécies ameaçadas de extinção e é Patrimônio Mundial da Humanidade declarado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). No último fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro criticou o valor da taxas cobradas em Fernando de Noronha, que classificou de "roubo". (Da Agência Brasil)

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Ecoférias oferece atividades gratuitas nos equipamentos ambientais da PCR

Enfim, férias! Que tal unir diversão e aprender mais sobre o meio ambiente? Neste mês de julho, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), preparou uma programação intensa para a Ecoférias, com mais de 100 atividades gratuitas que vão acontecer no Jardim Botânico do Recife, no Curado, e no Econúcleo Jaqueira, entre os dias 9 e 28 deste mês. Lançada há quatro anos pela Prefeitura do Recife, a Ecoférias foi planejada para associar lazer e conhecimento com uma programação focada nas ações do Programa Educar Para uma Cidade Sustentável, atraindo crianças e jovens aos equipamentos de educação ambiental do município. Neste ano, as atividades serão baseadas nos personagens da Turma Mangue e Tal: Jô, Dom, Riso, Otto, Duporto e Morena, quatro protetores da natureza que embarcam em aventuras para defender o meio ambiente com base nas temáticas do verde urbano, resíduos sólidos, água e biodiversidade. No Econúcleo Jaqueira a diversão começa nesta quinta-feira (11), das 9h às 17h. Estão previstas atividades como a oficina “Ecoideias Vasos Ecológicos” que objetiva a produção de vasos ecológicos a partir do coco, com o intuito de proporcionar um novo olhar sobre o reaproveitamento (um dos 5R´s da sustentabilidade) de resíduos sólidos. Outra opção será a atividade “Ressignificando: caixinha das surpresas” onde os participantes, com os olhos vendados, terão que descobrir, através do tato, quais foram os resíduos que a população jogou pelo parque. A ação vai promover a percepção dos impactos negativos gerados com a falta de uma educação ambiental, estimulando o descarte correto dos resíduos. Além dessas práticas, o visitante poderá conferir também a Gincana Mangue e Tal, que vai mostrar a importância da reutilização dos resíduos. Já no Jardim Botânico do Recife, a garotada pode aproveitar a Ecoférias a partir desta terça-feira (9), das 9h às 15h30. Reciclagem, reutilização, boas práticas ambientais, consumo consciente, respeito a natureza, educação ambiental, coletividade, arte e cultura são temas propostos pelos arte-educadores nesta temporada de férias. Na terça-feira (9), a programação começa às 9h30 por meio da “Caminhada Ecológica Explorando o Jardim Botânico”, onde o participante terá a oportunidade de conhecer os espaços do equipamento ambiental e descobrir diversas particularidades sobre os jardins e coleções temáticas. À tarde, às 13h30, os pequenos vão aprender as características dos saguis, animais sempre presentes no Jardim Botânico, e entrar no clima da brincadeira usando enfeites de cabeça que ilustram pequenas orelhas durante o percurso da trilha “Trapezistas da Mata”. Em seguida, será transmitido vídeo e roda de diálogo para a criançada tirar dúvidas e mostrar tudo o que aprendeu durante a monitoria. A Ecoférias contará ainda com Gincana Ecológica: Descobrindo as árvores do Jardim; Gincana dos 5Rs: Adoro ser criativo e sustentável; Prática de laboratório: Ampliando o olhar; Pintando o 7: O que eu vi no Jardim; Caminhada Ecológica: Que bicho é esse?; Oficina de produção de mudas e diversas outras atividades e brincadeiras. O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho, explica que o objetivo da Ecoférias é proporcionar férias divertidas inseridas em um contexto de educação e conscientização ambiental. “A Ecoférias é uma maneira das crianças se divertirem e aprenderem mais sobre a natureza. Precisamos incentivar e ensinar a garotada sobre a importância da preservação do meio ambiente, pois elas são o futuro do nosso planeta”. Durante a Ecoférias, estão previstas atividades como Trilha de Histórias; Oficinas de quadrinho, de boneco de jornal, de improviso teatral, de criação de porta trecos; Jogos ambientais; Contação de histórias, Apresentação teatral e muito mais. Todas as atividades contarão com os personagens da Turma Mangue e Tal. Para participar é preciso fazer inscrição no local meia hora antes das atividades do turno da manhã e da tarde, com número máximo de 30 participantes. É importante destacar que os responsáveis precisam acompanhar as crianças durante as práticas. Sobre a Turma Mangue e Tal Quatro protetores da natureza embarcam em aventuras para defender o meio ambiente acompanhados por uma garça azul e um robô reciclado e cibernático - experiência revolucionária do porto tecnológico do recife - formam a turma mangue e tal. Uma jornada pelo enfrentamento e transformação dos problemas ambientais da cidade, através da educação ambiental e das atitudes sustentáveis. A Turma Mangue e Tal é baseada nas temáticas do verde urbano, resíduos sólidos, água e biodiversidade. Para cada temática existe um personagem correspondente. São eles: Jô - Protetora das questões relativas às áreas verdes, arborização, unidades de conservação e do mangue. Características: concentrada, enigmática, perspicaz. Influenciada pelos ideais de Josué de Castro. Dom - Protetor da natureza, responsável pelas atitudes sustentáveis e boas práticas para a preservação do meio ambiente. Características: urbano, dinâmico, pacífico. Influenciado pelos ideais de Dom Helder Câmara. Riso - Protetora dos recursos hídricos, rios e seus ecossistemas, da praia, do uso raional da água. Características: bem humorada, simpática, extrovertida. Influenciada pelos ideais de Chico Science. Otto - Protetor dos animais. Características: um ser humano mágico, tem o dom da palavra, da justiça, da gentileza. Influenciado por Clarice Lispector Düporto - Um aratu gigante e cibernético. Criação do porto tecnológico do Recife. Características: ágil, cortês, astuto, hi tech. Um transformer. É o transporte da Turma Mangue e Tal (por terra, água ou ar). Apaixonado pela garça morena. Morena - Uma garça azul, protetora dos resíduos sólidos, presti recicladora. Características: vibrante, inquieta, empoderada.

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Fim de semana do Parque de Dois Irmãos tem diversão garantida

O Parque Estadual de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife, preparou uma série de atividades para a garotada que está em período de férias. A ação terá início amanhã e segue com o Domingo no Zoo, no dia 07/07, com o objetivo de se trabalhar a educação ambiental de forma lúdica com os pequenos e despertar a curiosidade sobre os animais do zoológico. A ação Domingo no Zoo já entrou no calendário do equipamento e se repetirá todos os primeiros domingos de cada mês. De acordo com a gerente de educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - Semas, Janaína Macêdo, “queremos divulgar que o Parque é um espaço de aprendizagem, diversão e lazer, com atividades de educação ambiental voltadas para a sensibilização sobre o cuidado e o respeito à natureza”, ressaltou a gerente. No sábado (06/07), a dica é curtir as atividades de enriquecimento ambiental com os avestruzes e o tamanduá-bandeira, às 11h e às 15h30. A ideia é proporcionar ações mais complexas e interativas com os animais, como por exemplo a oferta de alimentos que estimulem a procura e a descoberta. O objetivo é despertar o comportamento das espécies como se elas estivessem no seu ambiente natural. Já no domingo, quem chegar ao Parque logo pela manhã, pode acompanhar a trilha para o açude do meio, das 10h às 11h. Com ao apoio de monitores, o visitante terá a oportunidade de saber mais sobre as espécies vegetais e admirar árvores que estão ameaçadas de extinção na natureza, como a sapucarana (Eschweilera alvimii) e o pau-brasil (Paubrasilia echinata). Durante o passeio, é possível visualizar os animais de vida livre que ocorrem na área, a exemplo de preguiças, capivaras e jacarés, que podem ser encontrados na unidade de conservação com mais de 1.150 hectares de remanescentes de Mata Atlântica. Às 10h30, haverá atividade com técnicas de falcoaria, que é uma forma de reabilitar as aves de rapina através do treinamento do voo para a captura de presas. Será na área do jardim, que fica ao lado da sede administrativa do parque. A programação da tarde contará com o espetáculo “Era uma vez no fundo do mar”, às 14h30, no auditório do equipamento. Com direção de Altino Francisco, o grupo Garagem Companhia de Teatro abordará o tema poluição marinha e o compromisso de cada cidadão com o descarte adequado dos resíduos plásticos. Durante o dia, também estão previstas atividades de enriquecimento ambiental com os macacos e as onças, às 11h e às 15h30, nos recintos de cada espécie. Para melhor atender os visitantes da Região Metropolitana e do interior do estado, o Parque de Dois Irmãos estará aberto todos os dias no mês de julho. SERVIÇO - PROGRAMAÇÃO DO PARQUE DE DOIS IRMÃOS - DIAS 6 E 7 DE JULHO SÁBADO Quando: 6 de julho - Visitação: 9h às 16h PROGRAMAÇÃO 11h - Enriquecimento Ambiental Animal: Avestruz Local: No recinto 15h30 - Enriquecimento Ambiental Animal: Tamanduá-bandeira Local: No recinto DOMINGO NO ZOO Quando: 7 de julho - Visitação: 9h às 16h PROGRAMAÇÃO: 10h - Trilha - Açude do Meio Local: Saída da sede administrativa do Parque 10h30 - Falcoaria Local: Jardim ao lado da sede administrativa 11h - Enriquecimento Ambiental - Primatas Animais: Macaco-aranha-de-testa-branca, macaco-aranha-de-cara-preta e macaco-barrigudo Local: Nos recintos 14h30 - Espetáculo “Era uma vez no fundo do mar” Local: Auditório – Sede administrativa do Parque 15h30 - Enriquecimento Ambiental - Felinos Animais: Onça-preta, onça-parda Local: Nos recintos Onde: Parque Dois Irmãos, Praça Farias Neves, s/n, Dois Irmãos, Recife - PE. Ingresso: Preço único de R$ 2,00 por pessoa - gratuito para visitantes com mais de 60 anos, crianças até 1 metro de altura e pessoas com deficiência com seus acompanhantes.

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