Arquivos Urbanismo - Página 16 de 93 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Greve no transporte público paralisa a Região Metropolitana do Recife

O movimento simultâneo de rodoviários e metroviários paralisou o sistema de transporte público da Região Metropolitana ontem e hoje (27). O metrô teve 100% das estações fechadas. O serviço de ônibus teve uma circulação muito reduzida no primeiro dia da greve. Diferente da paralisação anterior, quando muitos terminais e paradas de ônibus ficaram lotados, no dia de ontem a cidade ficou esvaziada. Como a greve foi anunciada com bastante antecedência, muitas instituições e empresas suspenderam suas atividades. Na manhã de ontem, o TRT-6 determinou que 60% da frota de ônibus retornasse em horários de pico, e 40% nos demais períodos. Além disso, fixou uma multa diária de R$ 30 mil aos rodoviários em caso de descumprimento. De acordo com a Urbana-PE, pouco mais da metade da frota de ônibus estava circulando no final da tarde de ontem. Pela manhã, a estimativa era de que 30% da frota estava operando. A CBTU Recife também entrou com um pedido judicial para garantir a continuidade do serviço metroviário nos horários de pico, das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 19h30. Até o final do dia de ontem, o Sindmetro-PE afirmou não ter recebido nenhum ofício judicial sobre a paralisação de 48h. Confira abaixo a nota publicada hoje pelo Sindmetro-PE: A paralisação de 48 horas do Metrô do Recife tem ocorrido como o Sindicato esperava. Desde ontem (25), a categoria não rodou nenhuma composição, ou seja, todos os trens estão parados. Todos os membros da equipe de manutenção, assim como os maquinistas, aderiram 100% à paralisação. Hoje (26), à meia noite, completam-se 24 horas de paralisação e a situação continua como está. Nenhuma composição sai e o Metrô do Recife continua parado. A categoria reafirma seu compromisso com o Metrô do Recife de qualidade, que sirva à população da Região Metropolitana e de todo o Estado de Pernambuco, mas vai protestar contra o sucateamento do Metrô e o contra o descumprimento do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) por parte da empresa, a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). A paralisação também é em protesto pela retirada do Metrô do Recife do PND (Plano Nacional de Desestatização), afastando de vez a ameaça de privatização dos trens urbanos públicos no Recife, assim como os urgentes investimentos na rede como forma de devolver a qualidade e o bom serviço que sempre foram compromisso dos Metroviários de Pernambuco. Termina a paralisação 0h01 da próxima sexta-feira, 28 de julho, ou seja, durante a sexta-feira 28 de julho os trens funcionam normalmente. A categoria continuará mobilizada e na terça-feira, 1 de agosto, haverá uma nova assembleia dos metroviários que pode decretar greve por tempo indeterminado e realizar uma caravana à Brasília para buscar uma conversa diretamente com o presidente Lula.

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Defesa Civil de Paulista recomenda demolição de 14 prédios do Conjunto Beira Mar

(Com informações da Prefeitura do Paulista) A Secretaria Executiva de Defesa Civil do Paulista recomendou, nesta quarta-feira (26.07), a demolição de 14 prédios do Conjunto Residencial Beira Mar, no Janga, após a análise de pareceres técnicos de engenharia referentes aos blocos D01 ao D14. Os documentos foram encaminhados à Procuradoria Geral do Município (PGM), que por sua vez enviou ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e ao Tribunal de Justiça do Estado (TJPE), solicitando que a seguradora responsável pelos edifícios proceda com as demolições. A decisão de demolição foi tomada em razão das condições estruturais consideradas inadequadas e inseguras pelos técnicos da Defesa Civil. Além disso, no último dia 13 de julho, a Vara da Fazenda Pública da Comarca de Paulista já havia determinado a desocupação e demolição imediata do bloco D-07. A decisão foi resultado de um processo movido pela Prefeitura contra a Sul América Cia. Nacional de Seguros, que foi responsabilizada pelas despesas da execução. No processo, houve um pedido da Prefeitura de majoração da multa em razão do descumprimento, e que a seguradora exibisse um cronograma da demolição em até 24 horas, o que não foi cumprido. SULAMÉTICA NEGA SER PROPRIETÁRIA OU SEGURADORA DO PRÉDIO Confira abaixo a Nota de Esclarecimento enviada pela empresa SulAmérica sobre o Conjunto Residencial Beira Mar. A SulAmérica lamenta o ocorrido no Conjunto Beira-Mar, em Paulista (PE). A empresa reafirma que não é proprietária ou seguradora do prédio. Sua participação foi como prestadora de serviços na operação de apólice pública do seguro habitacional do Sistema Financeiro de Habitação, assim como outras seguradoras. Esse seguro habitacional é financiado pelo governo, por meio do Fundo de Compensação e Variação Salarial (FCVS), administrado desde o ano 2000 pela Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelas questões legais relacionadas a esse seguro habitacional. O Supremo Tribunal Federal concluiu, em junho de 2020, pela responsabilidade da Caixa sobre os seguros ligados ao Sistema Financeiro de Habitação. Apesar da conclusão da Suprema Corte, há decisões de outras instâncias judiciais que determinaram que a empresa preste serviços de guarda e vigilância de alguns desses imóveis, além do pagamento de aluguel a moradores desalojados. Apesar de não concordar com as decisões, a empresa as tem cumprido integralmente. Importante ressaltar que a seguradora não tem poder para retirar os ocupantes dos imóveis ou para demolir os prédios. Essa prerrogativa é exclusiva das autoridades públicas. Decisões judiciais de 2005 e de 2013 determinaram “que os municípios tomem as devidas precauções para a proteção do patrimônio e vida das pessoas em casos que constatem riscos” (ação civil pública 00008987-05.2005.4.05.8300). Além disso, desde 2011, a SulAmérica fez vários alertas sobre a situação de risco do Bloco D7 do Conjunto Beira-Mar, inclusive tendo relatado isso no processo judicial em curso.

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ProMorar é apresentado durante Fórum do Prezeis

O encontro realizado na sede da Autarquia de Urbanização do Recife (URB) trouxe um momento de destaque para o papel fundamental do Plano de Regularização de Zonas Especiais de Interesse Social (Prezeis) na implementação do programa ProMorar. O chefe de gabinete do ProMorar, João Charamba, ressaltou a importância da participação social para o sucesso do projeto e como a capacidade de organização do Prezeis contribuirá para a concepção e implementação dos projetos. Durante a reunião, a equipe social do ProMorar explicou a metodologia das oficinas participativas realizadas com os moradores, que buscam entender os problemas enfrentados em cada comunidade e integrar suas soluções nos projetos em desenvolvimento. “A capacidade de organização do Prezeis vai contribuir para que o ProMorar dê certo. A participação social será o diferencial para a concepção e a implementação dos projetos”, afirmou Charamba. Um exemplo de avanço do trabalho social foi destacado na comunidade de Dancing Days, onde a escuta realizada junto aos moradores permitiu o desenvolvimento de um projeto de urbanização em breve apresentado para validação. A secretária executiva Beatriz Menezes (foto acima) explicou que os investimentos abrangerão obras de urbanização integrada nas áreas mais afetadas pelas chuvas da cidade. “Os investimentos serão realizados em obras de urbanização integrada nas áreas mais alagáveis da cidade e na contenção de encostas com alto risco de deslizamento, além de intervenções importantes no rio Tejipió com as obras de macrodrenagem” Após a plenária do Prezeis, os participantes esclareceram dúvidas sobre o programa e a forma como as intervenções urbanísticas serão realizadas. Moradores de Jardim Uchoa trouxeram à tona questões preocupantes, como a situação de risco vivenciada durante as chuvas de maio de 2022, expondo a necessidade de ações efetivas para a prevenção de novos desastres. O esgotamento sanitário e a regularização fundiária também foram pautas importantes trazidas pela comunidade.

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Instalacao de pluviometros e sensores de alagamentos

Prefeitura instala pluviômetros e sensores de alagamento no Recife

O Centro de Operações do Recife (COP) fortaleceu seu monitoramento das chuvas com a implementação de dez equipamentos operacionais. Fotos: Hélia Scheppa/PCR A Prefeitura do Recife concluiu a instalação de cinco pluviômetros e cinco sensores de alagamento municipais, fortalecendo o trabalho integrado do Centro de Operações do Recife (COP). O COP, composto por 13 secretarias e órgãos municipais, tem como objetivo monitorar a situação durante as chuvas e agilizar o atendimento às ocorrências. A previsão é instalar um total de 50 equipamentos em toda a cidade. Os primeiros equipamentos, cada um com pluviômetro e sensor de alagamento, estão operando em locais estratégicos, como a Avenida José Rufino, Praça da Chesf, Avenida Abdias de Carvalho, Avenida Mascarenhas de Morais e Avenida Recife. Esses dispositivos fornecem informações atualizadas que auxiliam na tomada de decisões do COP, além de calibrar os dados dos modelos hidrológicos. O chefe do COP e secretário de Planejamento, Gestão e Transformação Digital, Felipe Matos, destaca a importância desses instrumentos para a prevenção e resposta às ocorrências causadas pelas chuvas. “A Prefeitura investe muito em tecnologia, inclusive para melhorar a prevenção e o atendimento às ocorrências causadas pelas chuvas. Os pluviômetros medem em tempo real o volume de precipitação de água em cada local da cidade. E os sensores nos informam sobre o início dos alagamentos, o período no qual eles se mantêm e sobre o escoamento das águas” Nos próximos 30 dias, serão instalados oito sensores de vazão e de nível na bacia do Rio Tejipió. “O ponto escolhido para colocá-los foi definido pela equipe holandesa que está validando os nossos projetos. Com isso, poderemos ter as informações do rio para calibrar e validar o modelo hidrológico que projetamos e que nos dará a base para fazermos o projeto executivo de macrodrenagem do Rio Tejipió. É um processo muito técnico e que precisa de muitos dados”, complementa o prefeito João Campos.

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Prefeitura apresenta projeto de urbanização das margens do Pina ao Governo Federal

O prefeito João Campos e o Ministro das Cidades, Jader Filho, visitaram as áreas de palafitas às margens do Rio Pina. Durante a visita, o prefeito apresentou ao ministro o projeto de urbanização da região, buscando o apoio do Governo Federal para sua execução. Com um investimento estimado em R$ 65 milhões, a intervenção urbana beneficiará cerca de 12 mil moradores, proporcionando acesso público ao rio e requalificando uma área de 3,5 hectares. O projeto contempla diversos espaços de lazer, como pista de cooper, praça, ciclovia, parque infantil, áreas para piquenique, academia, quiosques e Via Parque. Além disso, os pescadores locais também serão beneficiados com a criação de Unidades de Beneficiamento de Pescados, um Mercado do Peixe, píer e rampas para marisqueiras. O projeto de urbanização das margens do Rio Pina faz parte de um amplo conjunto de investimentos da Prefeitura do Recife na região. Além da revitalização do espaço, a região também receberá o Parque Eduardo Campos, o Compaz do Pina, a Upinha 24h e a Creche-Escola Arthur Lula da Silva, demonstrando o compromisso da administração municipal em promover o desenvolvimento e o bem-estar dos moradores. “A gente teve a oportunidade de visitar uma área ribeirinha da cidade com 384 palafitas e ver essa realidade de perto. E o que mais nos dá a certeza de que estamos no caminho certo é que, logo em seguida, visitamos o habitacional que vai receber essas famílias. E também temos projetos estruturantes de urbanização dessas áreas ribeirinhas, porque não adianta apenas fazer o reassentamento, que é muito importante, mas é preciso construir projetos com participação social e equipamentos públicos de qualidade de cultura, esporte, e lazer, e que isso viabilize uma melhoria do espaço público. Essa é a diretriz que temos aqui no Recife”, ressaltou João Campos.

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Parlamentares defendem recursos para recuperação emergencial do Metrô do Recife

O senador Humberto Costa e o deputado federal Carlos Veras defendem que o Governo Federal invista em obras emergenciais para recuperação do Metrô do Recife e só depois que se discuta o modelo de gestão da empresa, que vive um processo acentuado de sucateamento desde que entrou no Programa Nacional de Desestatização (PND). O sistema foi paralisado na última quinta-feira (13) em protesto às condições de operação atuais e contra a permanência da companhia no projeto de concessão desenhado pelo Governo Bolsonaro. Os parlamentares estiveram ontem (17) na sede da Fiepe para tratar do futuro da Transnordestina, outro empreendimento sobre trilhos que o Estado luta para obter investimentos públicos. "Nosso entendimento é que urgentemente o Governo Federal precisa viabilizar recursos para uma recuperação imediata do metrô. A interrupção desse processo de sucateamento grave que está acontecendo nesse momento e, posteriormente, nós discutirmos qual será o desenho que o metrô terá. Se continuará estatal, comandado pelo Governo Federal, e nós defendemos isso. Ou se ele será posto para uma concessão, comandada pelo Governo do Estado. Não é a proposta que nós defendemos, mas nós sabemos que ela existe. Mas vamos trabalhar para ver qual é a melhor saída. No PAC, se houver algum anúncio sobre o Metrô, deve ser desses recursos para essa recuperação emergencial e não para a modelagem que virá em seguida. Acredito, mas tudo pode acontecer". O deputado federal Carlos Veras, também presente no evento, afirmou que tem cobrado agilidade na liberação de recursos para o metrô. "O metrô precisa de uma requalificação, precisa resolver problemas estruturais de forma emergencial para garantir o seu funcionamento. Sem levar a risco à vida da população pernambucana. Depois vamos fazer um debate com os trabalhadores e com o governo pra ver qual será o melhor modelo de gestão do metrô". O parlamentar afirma que ao defender a tarifa zero do sistema, o posicionamento da bancada do PT é pela continuidade do serviço dentro da esfera pública federal. "Vamos fazer parceria com a iniciativa privada e garantir a tarifa zero? Esse é um debate que vamos fazer. O que queremos? Um metrô funcionando em perfeitas condições, sem levar risco a sociedade, com serviço de qualidade e tarifa zero. Esse é o grande empenho da bancada do Partido dos Trabalhadores e não tenho dúvida que a bancada de Pernambuco nos unifica no debate da requalificação e da melhoria do atendimento e serviço prestado do transporte público através do metrô. Não tenho dúvida que todos nós vamos estar juntos nessa caminhada para resolver os problemas estruturais e emergenciais e depois fazer o debate sobre a modelagem. Sobre a inclusão do Metrô do Recife no PAC 3, Veras repetiu a mesma percepção de Humberto Costa. "No PAC, o que nós queremos colocar são os recursos para o metrô. A questão de mérito (sobre o modelo de gestão) é um debate que temos que fazer com o conjunto da sociedade e com lideranças políticas", afirmou Veras. Humberto Costa, como presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, se reuniu ontem (17) com a governadora Raquel Lyra, no Palácio do Campo das Princesas. Na pauta, a realização de uma diligência para debater os problemas do metrô do Recife. A missão do colegiado, que deve acontecer na primeira semana de agosto, vai reunir representantes do governo federal, do governo do estado, do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro), além de outras entidades da sociedade civil. "Foi uma reunião para externar a nossa preocupação com o tema. Está na agenda da Comissão de Assuntos Sociais, inclusive, um encontro com a governadora durante a diligência no Recife. Queremos ampliar o debate, incluir todas as entidades e a sociedade. Vamos fazer dessa pauta uma questão prioritária para o nosso estado. Não podemos nos omitir diante de um problema que atrapalha a vida de milhares de pessoas todos os dias", afirmou o senador. A reforma tributária e a conclusão da Transnordestina também foram tratados na reunião. LEIA TAMBÉM

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Semas-PE elabora instrumento de gestão para ordenamento costeiro do Rio Formoso

A Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha de Pernambuco (Semas-PE), em parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), elaborou um instrumento de gestão para o ordenamento costeiro e marinho do estuário do Rio Formoso, no Litoral Sul pernambucano. Conhecido como Zatan, o plano tem como objetivo regular atividades náuticas e socioeconômicas, como turismo, pesca e pesquisa, além de estabelecer áreas específicas para lazer na praia, definindo pontos para banhistas, mergulhos e aluguéis de equipamentos náuticos. Recentemente, foram instaladas placas sinalizadoras do Zatan na praia dos Carneiros, um dos destinos mais desejados do Brasil. Essas placas marcam mais um avanço no ordenamento náutico da região e visam promover o desenvolvimento econômico sustentável, fortalecendo o turismo e preservando a biodiversidade local. O Zatan abrange uma área de 58,3 km², incluindo terra, mar e estuário, e engloba os municípios de Sirinhaém, Rio Formoso e Tamandaré. O zoneamento é dividido em três grandes zonas: Zona Marítima, Zona de Ambiente Praial e Zona Estuarina, cada uma com regramentos específicos para diferentes atividades permitidas, como pesca, esportes náuticos e visitação turística.

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Luiz Alves

"É urgente recuperar o metrô e ampliar a sua função social"

Economista defende reverter o processo em andamento de privatização do metrô do Recife, com a retirada da empresa do Plano Nacional de Desestatização, e priorizar a recuperação do sistema. "É urgente recuperar o metrô e ampliar a sua função social", afirma o economista Luiz Alves, doutor em geografia econômica e professor da Universidade de Pernambuco. Além de alertar para a necessidade de reverter o cenário de precarização atual do serviço de transporte público de passageiros sobre trilhos no Recife, que decaiu vertiginosamente após a entrada no Plano Nacional de Desestatização (PND) do Governo Bolsonaro, o docente destaca a relevância socioeconômica do setor dentro da gestão pública. Os profissionais do sistema metroviário pernambucano realizaram ontem a primeira paralisação durante o terceiro mandato do Governo Lula, pedindo investimentos para recuperação do sistema e solicitando a retirada da empresa do Plano Nacional de Desestatização. A discussão, que já passou pelo Senado, pela Alepe e pela Câmara de Vereadores do Recife, trata do modelo de gestão do transporte de passageiros sobre trilhos, o único que sobrou dentro da gestão pública. O transporte de cargas no Estado foi privatizado no final dos anos 90, entrando em falência em poucos anos. "O setor de transporte é muito importante. O metrô, especialmente no Recife, transporta trabalhadores e trabalhadoras de bairros populares. Se você observar nossas linhas, tanto Camaragibe, como Cajueiro Seco e Jaboatão, elas atendem áreas de muito adensamento populacional e de uma necessidade muito grande de transporte de qualidade e barato, pois são regiões populares. O Governo Federal deve avançar as conversas e diálogo sobre a CBTU no sentido de tirá-la do PND, não só por isso, mas por outros fatores. Há viabilidade técnica e financeira da CBTU de se manter viável", avaliou o economista. O economista é crítico do modelo de privatização das empresas públicas com funções sociais e defende que a prioridade no caso do sistema pernambucano não é a transferência para uma administração privada, mas de recepção de investimentos públicos para sua recuperação. "O mais importante é a recuperação. Houve recentemente um acidente mais sério, com a quebra dos cabos, o que é indício de precariedade. Isso precisa ser urgente revertido, pois são vidas em deslocamento pelo metrô. Defendo também a permanência na gestão pública e a adequação para que cumpra a sua função social. Empresa privada não tem função social, tem lucro, eficiência a todo custo. Mas empresas como a Petrobras e a CBTU tem cláusulas relacionadas a sua função social". Ele lembra que o sucateamento das empresas públicas é típico desses processos de privatização. "Tivemos num dado período de nossa história econômica, recente, essa estratégia de sucatear, deixar cair a um nivel precário dos serviços, para justificar uma possivel privatização. Essa precarização faz também o preço da empresa cair e venda se tornar mais fácil. Isso foi muito denunciado também no caso dos Correios. Infelizmente é uma prática deliberada". FUNÇÃO SOCIAL Além de melhorar a qualidade do transporte, uma das pautas em discussão dos movimentos em defesa do metrô é pela tarifa social. Até março de 2019 o preço das passagens do Metrô do Recife era de R$ 1,60, quando começou uma escalada de subida. O sistema foi incluído no PND em setembro daquele ano, o primeiro ano do Governo Bolsonaro. Em 2021, o valor da tarifa já era de R$ 4,25. "O mais urgente é recuperar. Sua malha por inteiro está muito precária. Após a recuperação do metrô, é importante avançar na questão social. O Governo Federal tem o desafio de cumprir políticas sociais amplas, o que já tem feito, como o Bolsa Família e Brasil Sorridente. É preciso aprofundar a pauta social. Quanto menos a população gasta com escola, saúde e transporte, mais tem recursos para outros itens de consumo, isso impacta positivamente na economia, com a movimentação das feiras, mercadinhos e supermercados. Para isso precisa de dinheiro, que vai acontecer à medida que a renda sobe ou com o barateando dos custos dos serviços. O metrô é um instrumento poderoso disso. Temos que ter uma preocupação com a função social, que também é socioeconômica", afirmou Luiz Alves. Nos Estados que já passaram por privatizações recentes ou antigas, o modelo de gestão tem resultado em tarifas elevadas nas passagens, como no Rio de Janeiro (R$ 7,40) e, recentemente, em Belo Horizonte (R$ 5,30). Além da inflação no bolso dos passageiros, as privatizações, concessões ou Parcerias Público-Privadas não conseguiram reverter o sucateamento no setor de transporte sobre trilhos, que enfrenta fortes crises em todo o País, como na Supervia, no Rio de Janeiro, e nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM em São Paulo. Os sistemas têm acumulado falhas graves nos últimos meses, com um padrão de serviço inferior aos prestados pelos serviços públicos anteriores.

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Prefeitura do Recife e UNICEF avançam em iniciativa piloto no Ibura

O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)  no Brasil, Youssouf Abdel-Jeli, estará no Recife, nesta terça-feira (11), para conhecer as ações realizadas pelo município na área da infância e adolescência com o apoio da instituição.  Junto com o prefeito João Campos, Youssouf vai visitar o Compaz Paulo Freire, que está em construção entre os bairros do Ibura e Cohab, e avaliar o primeiro ano de implementação da iniciativa piloto da #AgendaCidadeUNICEF. Voltada à melhoria dos indicadores sociais e para a proteção de crianças e adolescentes de territórios vulneráveis contra a violência, a #AgendaCidadeUNICEF já alcança 6 mil crianças, adolescentes, familiares e profissionais.  Além disso, o UNICEF também está realizando uma análise dos impactos do Compaz na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Por fim, o representante da UNICEF irá à Escola Maria Sampaio, também no Ibura.

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Mais de 4 mil pessoas estão desabrigadas em Pernambuco

Governo de Pernambuco aumenta apoio financeiro em 100% aos municípios da Mata Sul afetados pelas chuvas. O reajuste imediato dos benefícios emergenciais será permanente em todo o Estado. Pequenos municípios receberão R$ 24 mil, médios R$ 48 mil, grandes R$ 72 mil e as metrópoles terão direito a R$ 120 mil. A medida aprovada pela Secretaria de Desenvolvimento Social busca garantir suporte aos locais atingidos. Em todo o Estado, 4.411 pessoas estão desalojadas e 272 desabrigadas. "Os pernambucanos podem ter certeza que estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para minimizar os problemas ocasionados pelas chuvas. Esse reforço no benefício é uma forma de garantir aos municípios mais condições para ajudar aqueles que estão passando por dificuldades neste momento", afirmou a governadora Raquel Lyra. O Governo de Pernambuco garantiu também 3,8 mil cestas básicas para os municípios afetados pelas chuvas. Ação articulada com o Ministério do Desenvolvimento Social visa atender a população em situação de emergência. As cestas chegarão ao estado ainda esta semana. O Governo do Estado decretou situação de emergência em 15 municípios. Os municípios são: São Benedito do Sul, Belém de Maria, Água Preta, Catende, Quipapá, Xexéu, Barreiros, Joaquim Nabuco, Cortês, Jaqueira, Rio Formoso, Maraial, São José da Coroa Grande, Palmares e Primavera. No município de Catende foi criado, no Salão Nobre da Prefeitura, um Ponto Avançado de Atendimento, que conta com a Defesa Civil, Secretaria da Saúde e Ajuda Humanitária.

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