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Bernardo Braga: “Precisamos priorizar o ônibus para salvar nossas cidades”

Coordenador Técnico da Urbana-PE, Bernardo Braga defende prioridade viária, segurança jurídica e novos modelos de financiamento como caminhos para resgatar o transporte público na Região Metropolitana do Recife. Nos últimos 12 anos, o transporte coletivo por ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR) perdeu quase metade dos seus passageiros. A queda na demanda, somada à falta de prioridade viária, ao envelhecimento da frota e à insegurança contratual, comprometeu a qualidade do serviço e acelerou a migração para meios de transporte individuais, como motocicletas e carros. Para o coordenador técnico da Urbana-PE, Bernardo Braga, é urgente reverter esse cenário com políticas públicas claras, financiamento inteligente e foco na eficiência do sistema. Nesta entrevista, ele analisa os gargalos atuais do setor, avalia o fracasso da implementação dos BRTs e aponta alternativas para uma mobilidade mais sustentável e acessível. Hoje quais são os principais desafios do serviço de transporte de ônibus na RMR? Um dos principais desafios para a mobilidade da RMR é a priorização do transporte por ônibus no sistema viário e nas políticas públicas, de forma a qualificar o serviço e recuperar parte da demanda perdida ao longo dos últimos anos. Soluções como faixas e corredores exclusivos são eficazes, compatíveis com a capacidade de investimento do poder público e entregam justamente aquilo que buscam os passageiros: maior regularidade e menor tempo de viagem. Temos exemplos muito expressivos aqui na RMR como a Faixa Azul da Av. Domingos Ferreira, que reduziu o tempo de viagem em até 22 minutos apenas naquele corredor. Uma pesquisa recente da CNT apontou que 63,5% dos passageiros que deixaram de usar os ônibus retornariam se os seus desejos fossem atendidos. Essa é uma sinalização clara de que a prioridade ao transporte público deve ser ampliada. Os ônibus perderam 48% dos passageiros nos últimos 12 anos e entendemos que uma parte significativa da demanda migrou para modos com externalidades negativas bastante nocivas para as cidades como o transporte individual motorizado e, especialmente nos últimos anos, para a moto e o mototáxi. Já é possível perceber os impactos dessa migração no sistema de saúde com os sinistros envolvendo motos, no aumento do conflito no ambiente urbano, entre outros. O uso excessivo do transporte individual motorizado penaliza gradativamente a população, elevando os seus custos e o tempo gasto nos deslocamentos e restringindo acesso às oportunidades geradas nas cidades. Assim, esse desafio não se limita ao serviço de transporte por ônibus, mas é um desafio para as cidades, para os governos e para toda a sociedade. Outros desafios relevantes são a consolidação de um modelo de custeio adequado, que traduza bem a realidade financeira do setor sem limitar a qualidade do serviço, e o estabelecimento de um ambiente com segurança contratual e jurídica que permita às empresas fazer os investimentos necessários e ao poder concedente implantar melhorias no serviço. De acordo com uma matéria publicada no Jornal do Commercio mais de 50% está acima dos sete anos, que seria considerado elevado. Por que a frota de ônibus local envelheceu?  Historicamente a frota da RMR sempre foi uma das mais novas do país. Entretanto, atualmente, encontramos dois cenários distintos em nosso setor que repercutem na composição da frota de ônibus. Cerca de 25% do nosso sistema foi licitado e conta com as garantias contratuais necessárias para manter a regularidade no investimento para a renovação dos ônibus. Tanto é que nessas empresas a idade média da frota é bem menor do que a média nacional e tivemos a entrada de uma quantidade expressiva de veículos nos últimos anos, incluindo BRTs, que são equipamentos mais caros e que exigem manutenção diferenciada. Os outros 75% do sistema ainda operam como permissionários, sem segurança contratual e com planilhas de custos defasadas, cujas últimas atualizações feitas pelo governo do estado sequer previram investimentos em renovação da frota. É uma situação indesejável porque postergar esses investimentos impacta a qualidade do serviço, o que pode afastar ainda mais a demanda, e apenas transfere obrigações incontornáveis para o futuro, que inevitavelmente pressionarão o fluxo de caixa e a capacidade de financiamento do setor. Uma das promessas anos atrás de melhoria do serviço na RMR eram os BRTs. Temos a expectativa de ver a retomada desse sistema de forma robusta? O que levou a crise? O BRT é um sistema que tem potencial para o transporte de alta capacidade em um serviço de ótima qualidade. Há centenas de BRTs implantados no mundo que comprovam a sua eficiência. O nosso projeto local ainda precisa ser concluído. Infelizmente, parte da estrutura está deteriorada e carece de manutenção e fiscalização. E o ponto de maior comprometimento é que o sistema não conta com prioridade viária em toda a sua extensão, o que é um atributo fundamental para a sua performance. Nossa expectativa é que o BRT seja requalificado e ampliado. O projeto inicial contratado pela Urbana-PE ao escritório de Jaime Lerner e apresentado ao governo do estado previa um corredor BRT de Abreu e Lima até Cajueiro Seco, passando pela Av. Agamenon Magalhães e por Boa Viagem. Também seria possível implantar BRTs em outros corredores importantes da RMR, como a Av. Norte e a BR-101, para os quais a Urbana-PE também já realizou estudos.   Quais as alternativas que o setor propõe para que haja sustentabilidade econômica da atividade e uma melhoria na qualidade do serviço? Em primeiro lugar, é fundamental criar um ambiente com previsibilidade, com segurança jurídica e com as garantias contratuais para que o serviço seja prestado conforme as especificações do poder concedente. Assim, é muito importante concluir a licitação do sistema de transporte público da RMR. Também é indispensável que o custeio do serviço e os investimentos para a sua requalificação não sobrecarreguem o passageiro pagante. Dessa forma, além dos subsídios vindos dos recursos orçamentários próprios do governo, é possível adotar outras fontes extratarifárias, especialmente aquelas oriundas do transporte individual motorizado.   Outro ponto indispensável é garantir a prioridade viária para os ônibus, reduzindo o tempo de viagem e também os custos operacionais. Segundo um levantamento da NTU, o aumento de

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3 em cada 4 usuários se sentem inseguros no transporte e mais de 60% consideram a tarifa ruim ou muito ruim

Pesquisa da Unifafire revelou as principais percepções acerca da mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife A nova pesquisa realizada pela UNIFAFIRE Inteligência de Mercado revela um panorama alarmante do transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR), com destaque para dois fatores que geram forte insatisfação entre os usuários: a segurança e o custo da tarifa. Os dados, coletados com 851 entrevistados entre os dias 29 de maio e 6 de junho de 2025, mostram que 75% dos usuários consideram a segurança nos veículos como "ruim" ou "muito ruim", percentual que sobe para 74,89% quando se trata de terminais e paradas. A sensação de insegurança está entre os pontos mais críticos do sistema, exigindo intervenções urgentes por parte do poder público. CRÍTICA AO PREÇO DAS PASSAGENS Em relação ao preço das passagens, 60,8% dos usuários avaliam o custo da tarifa de forma negativa, o que revela uma percepção de desequilíbrio entre o que se paga e a qualidade do serviço oferecido. Apenas 15,5% consideram o valor justo. Esse cenário se agrava quando cruzado com os índices de superlotação, falta de conforto e tempo de espera excessivo — todos apontados como insatisfatórios pela maioria dos entrevistados. PRECARIEDADE JOGA CONTRA O TRANSPORTE PÚBLICO A soma desses fatores cria um ciclo de insatisfação: o transporte público é essencial para mais de 60% da população, que o utiliza com frequência para ir ao trabalho ou à escola, mas enfrenta um serviço precário, caro e inseguro. A percepção negativa sobre a segurança vai além da violência urbana — inclui também a precariedade dos veículos e a ausência de medidas preventivas que garantam a integridade dos passageiros. PERCEPÇÃO POSITIVA DO VEM Apesar do cenário crítico, a pesquisa aponta que ações de modernização, como a adoção do cartão VEM, são vistas de forma positiva. Mais de 61% dos entrevistados acreditam que o uso do cartão melhorou a experiência no transporte público. O dado indica que, quando há investimento em melhorias tecnológicas e de gestão, há também reconhecimento por parte da população. No entanto, para reverter o atual quadro de insatisfação, será preciso ir além da bilhetagem eletrônica e enfrentar de frente os gargalos estruturais — com prioridade para segurança e custo acessível.

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Parque da Jaqueira amplia infraestrutura com bicicletário seguro e monitorado

Espaço visa incentivar o uso da bicicleta com estrutura dedicada, controle individual e atendimento personalizado. Foto: Mayara Rocha Os ciclistas que frequentam o Parque da Jaqueira, no Recife, passam a contar com um novo bicicletário que oferece mais segurança e comodidade. A estrutura foi implantada pela Viva Parques, administradora do local, com o objetivo de fomentar a mobilidade sustentável e facilitar o acesso ao parque para quem utiliza a bicicleta como meio de transporte ou lazer. O bicicletário é cercado, monitorado por câmeras e conta com atendimento exclusivo: um profissional por turno é responsável por receber as bicicletas e controlar a retirada por meio de cartões individuais entregues aos usuários. A iniciativa traz mais tranquilidade para quem utiliza a bike no dia a dia e deseja aproveitar o parque com mais conforto. Com essa novidade, a administração busca valorizar o ciclista e integrar seus hábitos ao cotidiano do espaço público. A proposta é transformar o uso da bicicleta em uma alternativa cada vez mais viável para deslocamentos curtos e sustentáveis, além de estimular hábitos saudáveis entre os frequentadores.

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Recife Expo Center lança mapa turístico para valorizar o Centro da cidade

Material gratuito estimula turismo de experiência e promove economia local no entorno do espaço de eventos. Foto: Stella Caroline Com o objetivo de estimular o turismo de experiência e valorizar os atrativos culturais do Centro do Recife, o Recife Expo Center acaba de lançar um mapa de bolso gratuito com sugestões de roteiros turísticos. A ação pretende ampliar o impacto positivo do turismo de negócios e eventos, incentivando visitantes a explorarem a região histórica da capital pernambucana. O material destaca pontos icônicos do Recife Antigo, como o Marco Zero, a Rua do Bom Jesus, o Paço do Frevo, o Cais do Sertão e o Centro de Artesanato de Pernambuco. A ideia é que o público que frequenta o espaço também tenha a oportunidade de caminhar e vivenciar o que há de mais autêntico na cultura local. “Queremos estimular o turismo de incentivo e experiência. O Recife Expo Center, além de ter uma estrutura moderna e uma localização estratégica, tem um diferencial competitivo que é a possibilidade das pessoas que fazem eventos aqui poderem contar com uma experiência de visitar a pé os principais atrativos turísticos do Recife. Além do que, ainda podem embarcar no píer da Recife Marina e fazer um passeio de catamarã pelos rios do Recife”, afirma Tatiana Menezes, diretora do Recife Expo Center. A distribuição do mapa reforça o compromisso do espaço com a valorização do território e do comércio do entorno, ao mesmo tempo em que agrega valor às experiências de quem participa de eventos no local. Com dicas práticas e um formato compacto, o guia facilita a integração entre a agenda de trabalho e momentos de lazer, ampliando as oportunidades de consumo e descoberta da cidade. A iniciativa também dialoga com a tendência do turismo urbano e sustentável, que prioriza deslocamentos a pé, vivências culturais e roteiros autênticos. O mapa será disponibilizado gratuitamente a visitantes, clientes e parceiros do Recife Expo Center. Serviço:Recife Expo Center📍 Cais Santa Rita, 156 - São José, Recife – PE🌐 www.recifeexpocenter.com.br📱 Instagram: @recifeexpocenter

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Fluxo nas estradas deve crescer até 151% no São João com alta procura pelo Litoral Sul de PE

Monte Rodovias orienta uso de tags eletrônicas para evitar filas e garantir mobilidade durante o feriado junino O Litoral Sul de Pernambuco desponta como um dos destinos mais procurados do São João 2025, com expectativa de ocupação hoteleira de até 95%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Pernambuco (ABIH-PE). Impulsionado tanto pelas festas juninas quanto pela busca por descanso, o turismo deve movimentar significativamente a região, atraindo milhares de veículos pelas rodovias que ligam o Recife às praias mais populares do estado. A Monte Rodovias, que administra a Rota do Atlântico e a Rota dos Coqueiros, prevê um aumento de até 12% no fluxo de veículos durante o período de 20 a 25 de junho. Os maiores picos devem ocorrer nos dias 23 e 24, com destaque para a Rota do Atlântico, onde o crescimento pode chegar a 151% no domingo (23). Já a Rota dos Coqueiros pode registrar alta de até 51% no mesmo dia, reforçando a tendência de lotação nos acessos a balneários como Porto de Galinhas, Muro Alto, Serrambi, Itapuama e Enseada dos Corais. Diante da previsão de tráfego intenso, a concessionária recomenda que os motoristas utilizem tags eletrônicas para agilizar o deslocamento nas cabines automáticas das rodovias. “A utilização das tags reduz o tempo de espera nos pedágios, especialmente em datas com maior movimento. Além disso, proporciona uma experiência mais prática e segura para quem vai viajar”, afirma Fábio Guimarães, gerente de operações da Monte Rodovias. As estimativas de fluxo foram baseadas em dados históricos dos feriados juninos dos últimos anos e nas tendências atuais de crescimento do tráfego rodoviário. ServiçoRodovias com atendimento 24h:📞 Rota dos Coqueiros – 0800 281 0281📞 Rota do Atlântico – 0800 031 0009

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Novo sistema de envio de alertas sobre fortes chuvas será testado no Recife neste sábado 

Celulares com tecnologia 4G e 5G receberão, por volta das 15h, uma demonstração do Defesa Civil Alerta, com mensagem de texto e alerta sonoro; avisos sobre riscos reais serão enviados a partir do dia 18 de junho (Da Prefeitura do Recife) Na tarde deste sábado (14), moradores do Recife e outras cidades pernambucanas receberão, em seus celulares, um alerta sonoro com mensagem de texto enviado pela Defesa Civil Nacional. Mas não há nenhum motivo para preocupação. A ação marca o primeiro teste realizado no Nordeste para o Defesa Civil Alerta, nova tecnologia de envio de avisos emergenciais à população desenvolvida pelo Governo Federal. O objetivo é testar e familiarizar a população com a ferramenta, que já está em operação nos estados do Sul e Sudeste e enviará mensagens sobre riscos reais no Nordeste a partir de 18 de junho. O teste acontece nas nove capitais nordestinas e outras 27 cidades da região, incluindo Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Caruaru. A mensagem será enviada para os celulares 4G e 5G fabricados a partir de 2020, gratuitamente e sem necessidade de cadastro prévio. “O Defesa Civil Alerta usa a rede de telefonia para enviar mensagens com som de sirene e aviso em tela cheia. As mensagens trarão orientações para as situações de risco, como chuvas intensas, inundações e deslizamentos”, explica o secretário executivo de Defesa Civil do Recife, coronel Cássio Sinomar. As mensagens do Defesa Civil Alerta suspendem qualquer conteúdo em uso na tela do aparelho, incluindo os que estão no modo silencioso. Há dois tipos de alertas: o extremo e o severo. O primeiro é o nível máximo de alerta, caracterizado por ameaças extremas à vida ou à propriedade, necessitando que a população adote medidas de proteção imediata. No segundo, a urgência não é imediata e a população tem mais tempo para se proteger.  OUTROS ALERTAS - Vale ressaltar que a ferramenta não substitui os alertas já existentes, funcionando de forma complementar. No Recife, a ferramenta Alerta Chuvas, desenvolvida pela Prefeitura, envia alertas para as pessoas cadastradas, com as previsões de chuva e as mudanças de estágio de risco (alerta e alerta máximo). Para receber o Alerta Chuva é bem simples. Basta entrar no portal Conecta Recife e clicar em Ação Inverno nos destaques. Os alertas, que podem ser personalizados de acordo com as informações de interesse, são enviados via WhatsApp oficial da Prefeitura do Recife (81. 99117-1407). A Defesa Civil do Recife envia também alertas via SMS para 42 mil famílias cadastradas, alertando sobre a possibilidade de chuvas fortes e saída para locais seguros. Outra forma de se manter sempre informado sobre as previsões de chuvas fortes e possibilidade de desastres é uma mensagem SMS para o número 40199, informando o CEP, para receber alertas sobre a possibilidade de ocorrência de eventos adversos, acompanhados de recomendações ou ações emergenciais para a população em situação de risco. O serviço é gratuito e oferecido pela Defesa Civil Nacional, em parceria com as defesas civis estaduais e municipais. Foto: Divulgação/PCR

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Jardim Sensorial transforma Lagoa do Araçá em espaço de inclusão e experimentação urbana

Projeto de extensão da UNIFBV promove interação tátil e paisagismo acessível na Zona Sul do Recife Estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário UniFBV Wyden concluíram no último sábado (7) a instalação do Jardim Sensorial na Lagoa do Araçá, Zona Sul do Recife. A iniciativa faz parte de um projeto de extensão desenvolvido ao longo do semestre e teve como proposta central estimular a percepção tátil dos usuários do espaço urbano, a partir da criação de pisos com diferentes texturas em uma área próxima à pista de skate. Integrado à disciplina Ateliê de Paisagismo: Território, sob a orientação da professora Jessica Tardivo, o projeto buscou aliar teoria, prática e engajamento social. Os alunos trabalharam o paisagismo como uma ferramenta de conexão entre corpo, espaço e natureza, repensando a relação da população com o ambiente urbano a partir de uma perspectiva sensorial e inclusiva. “Além do caráter pedagógico, a iniciativa também buscou dialogar com a comunidade local e valorizar o potencial inclusivo dos espaços públicos, especialmente no entorno da Lagoa do Araçá, importante ponto de convivência e lazer da cidade”, explica a professora Jessica Tardivo. “O Jardim Sensorial é resultado do esforço coletivo dos estudantes em pensar o paisagismo não apenas como composição estética, mas como ferramenta de transformação urbana e social”, conclui. A intervenção experimental representa uma alternativa para tornar os espaços públicos mais acessíveis e participativos, em sintonia com práticas contemporâneas de urbanismo e sustentabilidade. A Lagoa do Araçá, um dos principais pontos de lazer da cidade, ganha com isso um atrativo que propõe novas formas de vivenciar o lugar — sobretudo para pessoas com deficiência ou necessidades sensoriais específicas. Serviço:O Jardim Sensorial está localizado ao lado da pista de skate da Lagoa do Araçá, no bairro da Imbiribeira, Recife. A visita é gratuita e aberta ao público.

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Caixa Econômica lança linha de crédito para retrofit residencial no Centro do Recife

Programa Recentro avança com financiamento exclusivo para revitalização de imóveis voltados à moradia na região central da cidade A Prefeitura do Recife e a Caixa Econômica Federal anunciaram uma nova linha de crédito para retrofit de imóveis com fins residenciais no Centro da capital pernambucana. A iniciativa foi apresentada durante a segunda edição do evento “Conexão Recentro: um centro de oportunidades”, promovido na última terça-feira (10) pelo Gabinete do Centro do Recife. O encontro reuniu 167 empresários, investidores e proprietários de imóveis no auditório da Caixa, em Santo Amaro. O retrofit, conceito que une modernização e preservação arquitetônica, é o foco do novo financiamento imobiliário, que integra o programa Minha Casa Minha Vida e utiliza recursos do FGTS e do SBPE. Com taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado e condições mais vantajosas que os financiamentos tradicionais, a proposta visa facilitar a reocupação do Centro com moradias. A linha de crédito é direcionada a incorporadoras e empresas da construção civil interessadas em reabilitar edificações antigas para uso habitacional. Segundo Ana Paula Vilaça, chefe do Gabinete do Centro do Recife, a parceria com a Caixa representa um passo decisivo para a transformação da área central da cidade. “O retrofit é uma ferramenta super importante para viabilizar a revitalização urbana. E com a Caixa possibilitando aos investidores e empresários uma linha de financiamento, era tudo o que faltava para que os negócios se concretizem”, declarou. Já o superintendente de Rede da Caixa, Marcelo Maia, reforçou o papel do banco como agente de desenvolvimento urbano. “Isso reforça o papel da CAIXA como agente de desenvolvimento através de suas linhas de crédito, em especial o Retrofit, um produto muito alinhado com o objetivo de revitalização e reocupação urbana do centro através da moradia", afirmou. O evento também contou com a palestra de Marcelo Falcão, especialista em retrofit e fundador da Somauma, incorporadora com atuação na reabilitação de edifícios no centro de São Paulo. A participação foi gratuita e contribuiu para fomentar o debate sobre oportunidades de investimento em áreas urbanas centrais. Para obter o financiamento da Caixa, os projetos precisam ser previamente analisados e aprovados, com documentação completa do imóvel e do projeto executivo. A primeira edição do Conexão Recentro ocorreu em fevereiro, em parceria com o Banco do Nordeste e a Sudene, reunindo mais de 100 empresários. Além dos financiamentos, a Prefeitura mantém incentivos fiscais previstos na Lei do Recentro, com isenções de ITBI, ISS e IPTU, e já investiu mais de R$ 200 milhões em obras de infraestrutura para estimular a revitalização do Centro.

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Rafael Simoes. foto juana carvalho

Conexão Ademi-PE acontece nesta quarta e debaterá centros urbanos

Evento promovido pela Ademi-PE traz dados inéditos, debate sobre retrofit e analisa os centros urbanos do Recife e de outras capitais nordestinas. Foto: Juana Carvalho Nesta quarta-feira (11), o setor da construção civil pernambucano tem encontro marcado no Conexão Ademi-PE 2025. Promovido pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), o evento será realizado a partir das 19h no restaurante Solar do Douro, no Empresarial JCPM, no Pina, Zona Sul do Recife. Com foco no presente e no futuro das cidades, a programação propõe uma imersão nos centros urbanos de Pernambuco, estabelecendo paralelos com outras capitais nordestinas e lançando luz sobre os desafios e oportunidades no Recife e Região Metropolitana. “O Conexão Ademi-PE é um momento crucial para empresários, tomadores de decisão de construtoras, representantes estratégicos do poder público e especialistas do mercado se aprofundarem em questões relevantes do setor, pois é uma oportunidade de conhecer dados e tendências de mercado, além de discutir temas relevantes para o mercado imobiliário pernambucano”, revela o presidente da Ademi-PE, Rafael Simões.   Muito mais que uma agenda de networking, o Conexão Ademi-PE se firmou como um espaço estratégico para quem acompanha de perto os rumos do mercado imobiliário. A cada edição, o encontro apresenta dados inéditos levantados pela Brain Inteligência Estratégica e promove um debate de alto nível com especialistas do setor. Neste ano, o foco recai sobre o Centro do Recife, com a divulgação dos números do primeiro trimestre e uma leitura das tendências que devem orientar os próximos passos da requalificação urbana. A pauta ganha fôlego com o avanço do programa Recentro, as mudanças trazidas pela nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) e o crescimento do retrofit como solução para áreas degradadas. A análise será conduzida por Gisele Pereira, da Brain, e comentada por Leandro Vasconcelos, da Aço Verde Brasil, e Avelar Loureiro, da ACLF Empreendimentos — vozes experientes que devem ampliar a visão sobre o potencial transformador do centro da capital pernambucana. “As discussões sobre a revitalização do centro da capital pernambucana e as oportunidades de investimento em retrofit prometem nortear as decisões e investimentos do mercado imobiliário para os próximos anos, impactando diretamente o desenvolvimento econômico da região”, finaliza Rafael Simões. 

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Regulação urbanística e ambiental: desafios para a atividade empresarial

*Por Ivon Pires No último mês de maio de 2025, empreendimentos localizados no município pernambucano de Ipojuca, onde ficam situadas as praias turísticas de Porto de Galinhas e Muro Alto, foram objeto de medidas administrativas de embargo, com base em apontamentos relacionados ao licenciamento ambiental e urbanístico. Embora alguns casos apresentem de fato inconsistências formais ou materiais, também há situações em que as determinações de suspensão de obras ou atividades resultam de interpretações controversas da legislação por parte do poder público. É importante destacar que, diante da complexidade normativa que rege o ordenamento territorial em municípios litorâneos como Ipojuca — onde coexistem leis federais, estaduais, municipais e instrumentos específicos como o Plano Diretor e a Lei de Gerenciamento Costeiro — nem sempre os critérios adotados pelos órgãos de fiscalização refletem com precisão o alcance e os limites legais aplicáveis a cada caso concreto. Nesse contexto, o olhar técnico e jurídico especializado exerce papel essencial não apenas na estruturação de novos empreendimentos, mas também na análise, defesa e regularização de empreendimentos já existentes que se veem questionados por decisões administrativas. A atuação fundamentada de profissionais qualificados pode: Identificar inconsistências técnicas ou jurídicas nos autos de embargo, notificação ou autuação, permitindo a apresentação de defesa adequada e fundamentada; Demonstrar a conformidade do empreendimento com a legislação vigente, inclusive por meio de pareceres, estudos e documentação comprobatória; Evitar ou reverter sanções indevidas, como multas, interdições e paralisações, preservando o funcionamento da atividade econômica; Estabelecer interlocução institucional estratégica com os órgãos competentes, visando esclarecer dúvidas e buscar soluções administrativas com segurança jurídica. A experiência também demonstra que, tanto na fase de concepção quanto na fase de operação, a antecipação de análises jurídicas e técnicas especializadas é uma medida estratégica para mitigar riscos regulatórios, assegurar a conformidade normativa e evitar prejuízos operacionais, financeiros e reputacionais. Por fim, ressalta-se que, em regiões com alta sensibilidade ambiental e complexidade regulatória, como o litoral do estado de Pernambuco, a atuação preventiva e defensiva de equipes multidisciplinares não é apenas recomendável, mas estratégica para a continuidade e regularidade dos empreendimentos.

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