Arquivos Urbanismo - Página 39 de 93 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

PCR amplia o Mais Vida nos Morros e leva o programa ao Residencial Mariazinha

Os moradores do conjunto Residencial Mariazinha estão em festa. O habitacional, localizado no Ibura, e batizado em memória e homenagem a Maria José da Silva, ex-liderança da comunidade, é o primeiro a ser contemplado pelo Programa Mais Vida nos Morros. A iniciativa, que é realizada pela Prefeitura do Recife por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, promove o combate à desigualdade a partir do estímulo do desenvolvimento sustentável, protagonismo comunitário e transformação de espaços urbanos. A intervenção inclui a revitalização completa da praça, parque infantil e da quadra esportiva, pintura dos blocos e criação de painéis artísticos, além da implantação de um caminho lúdico que contou com grande protagonismo das crianças. A partir de uma caminhada pelo local, os pequenos ajudaram na criação da “Rota da Primeira Infância”, que promove a interação da criançada com o lugar onde mora, percorre três ruas, comunica-se com três espaços públicos diferentes e conta com três temas: Sonhos, Educação e Esportes. A Rota também foi o espaço escolhido para abrigar uma atração inusitada que tem chamado a atenção dos moradores: uma grande amarelinha com 154 quadrados, totalizando 115 metros. "É uma representação física dos caminhos que naturalmente as crianças já utilizam como palco para suas brincadeiras e para a imaginação. Nunca foi nosso objetivo impor esse trajeto, mas sim construir junto com elas. E foi assim que aconteceu”, explica a arquiteta e urbanista Laís Morais, chefe da divisão de Urbanismo Social e Primeira Infância da Secretaria. Além de ganharem mais cores, a praça, parque infantil e a quadra esportiva passaram por serviços que incluíram recuperação dos brinquedos do parque, calçamento de ruas, recuperação de linhas d’água e instalação de novas tampas de drenagem. A quadra do Habitacional também ganhou uma tabela de basquete e mais área de arquibancada. Parte dos serviços de infraestrutura e jardinagem foram realizados em parceria com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). Para identificar as ruas e áreas comuns do Conjunto, o Mais Vida nos Morros instalou 18 placas que chamam a atenção pelas cores e criatividade. Já o padrão de pintura dos 54 blocos foi fruto de uma votação feita entre os moradores, que se uniram em pequenos mutirões e pintaram as paredes do habitacional com cores neutras. O verde também ganhou papel de destaque dentro da intervenção e trouxe mais vida ao local, com a criação de 108 novos jardins onde foram plantadas mudas de espada de São Jorge, Palmeira Manila, Arca de Noé, Panamá Vermelho e árvores das espécies Feliciano e Ipê. A chegada do programa ao habitacional foi mais uma conquista da comunidade e reforça o compromisso da atual gestão com promoção da igualdade e desenvolvimento da autoestima dos recifenses. "O Mais Vida nos Morros é o orgulho e o amor pela cidade como política pública e faz o recifense sonhar junto. Ver a transformação no Mariazinha faz a gente acreditar que é possível reinventar o Recife a partir das periferias, do protagonismo comunitário e das crianças”, destaca o secretário Executivo de Inovação Urbana do Recife, Tullio Ponzi. O Conjunto Residencial Mariazinha também recebeu um olhar especial do programa ReciclaMais. A partir da realização da Corrida do Plástico, que envolveu 12 comunidades atendidas pelo Mais Vida nos Morros, a Secretaria Executiva de Inovação Urbana incentivou a mudança de comportamento e conscientização ambiental do morador em relação a separação, descarte, reciclagem e reuso dos resíduos sólidos gerados por ele, especialmente o plástico. Durante a Corrida, os moradores se uniram em uma arrecadação coletiva de resíduos plásticos que iriam para lixo e foram convertidos em soluções sustentáveis através do Upcycling. Parte do plástico arrecadado foi destinado para catadores e para a Cooperativa Ecovida Palha de Arroz, e o plástico tipo 2 e tipo 5 foram 100% reciclados e transformados em mobiliários urbanos para o Residencial Mariazinha. Entre artefatos confeccionados estão assentos de gangorras, painel sensorial para a Rota da Primeira Infância e 120 lixeiras. O toque de arte urbana na ação ficou por conta dos artistas Nt Grafitagem e Luciano Ferreira, que transformaram paredes do habitacional em verdadeiros painéis de arte. Além dessa transformação das áreas comuns do próprio habitacional, o programa Mais Vida nos Morros também promoveu a pintura de 30 casas do entorno. Ao todo, cerca de 250 famílias foram diretamente beneficiadas pela iniciativa. Fotos: Marcos Pastich / PCR

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Pernambuco registra redução da seca

A última atualização do Monitor de Secas, referente a maio, aponta que no Nordeste houve um agravamento da seca na Bahia, no Ceará e no Rio Grande do Norte. No sentido oposto, Alagoas e Pernambuco tiveram uma atenuação do fenômeno. Em termos de severidade, os demais estados nordestinos registraram estabilidade em comparação a abril. Já em termos de área com seca, Pernambuco teve recuo do fenômeno, enquanto o Maranhão e o Piauí tiveram avanço da seca. Os demais estados não registraram variação da área com o fenômeno. Pernambuco, entre abril e maio, houve simultaneamente a redução da extensão da seca em seu território, assim como a atenuação do fenômeno no sudoeste e no leste do estado. A área total com seca caiu levemente de 85% para 78% do estado. Em termos de severidade, a área de 3% de Pernambuco com seca grave deixou de ser verificada em maio. Em maio deste ano, em comparação a abril, as áreas com seca tiveram aumento em seis das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Já no Espírito Santo o fenômeno voltou a ser identificado, o que não acontecia desde fevereiro deste ano. No sentido oposto, dois estados tiveram redução de sua área com seca: Alagoas e Pernambuco. Outros dez estados não tiveram variação da área com seca (Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), enquanto o Distrito Federal permanece sem registrar o fenômeno desde janeiro. Em sete estados, 100% de seus territórios registraram seca em maio na comparação com abril: Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Outros três estados registraram entre 97 e 99,5% de área com seca: Ceará, Goiás e Paraná. Exceto o DF, as demais nove unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor apresentam entre 33% e 88% de suas áreas com o fenômeno. Em termos de severidade do fenômeno, dez estados tiveram um agravamento da seca em maio: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Já no Espírito Santo a seca fraca voltou a ser registrada. Nos casos de São Paulo e Santa Catarina houve respectivamente uma forte expansão das áreas com seca excepcional e seca extrema. Além do território paulista, parte do Triângulo Mineiro também registra seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor. Por outro lado, três unidades da Federação tiveram abrandamento da situação de seca: Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Enquanto o DF segue sem o fenômeno, as demais unidades da Federação mantiveram a severidade da seca identificada em abril. Veja a seguir a distribuição das categorias de seca em todas as unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor em maio.

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Com investimentos de R$ 3 milhões, o Mercado da Boa Vista é reinaugurado

Da Prefeitura do Recife Cravado no coração do Recife, o Mercado da Boa Vista é tão antigo quanto o de São José e faz parte da geografia afetiva e gastronômica de munícipes e turistas. Referência pela comida regional e também ponto de encontro carnavalesco, o equipamento e seu entorno acabam de passar por uma série de requalificações, com investimentos de mais de R$ 3 milhões. O prefeito do Recife, João Campos, fez a entrega do novo Mercado da Boa Vista na manhã desta quinta-feira (8). Quem for degustar a boa culinária regional do local ou fazer suas compras de cereais, verduras, frutas e legumes, carnes, aves e frios, ervas ou artigos de armarinho vai se deparar com as mudanças, que prometem deixar o local ainda mais atrativo. “O mercado está novinho, requalificado. Foram mais de R$ 3 milhões investidos aqui da Prefeitura. E agora a gente firmou também uma parceria com a Coca-cola, que trocou todo o mobiliário do mercado. Quem não conhece o Mercado da Boa Vista saiba que é um dos melhores mercados da cidade, para vir no final de semana com a família”, comentou o prefeito João Campos no local. As obras de requalificação do Mercado da Boa Vista, feitas pela Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB), envolveram a pintura geral da estrutura em tons alaranjados, grafitagem em pontos do estabelecimento e também no beco que fica ao lado da unidade. Foram feitos novos sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem de águas pluviais, além da recuperação da cobertura e nivelamento de todos os pisos internos. As luminárias foram substituídas, cabos de telefonia foram embutidos e as paredes do entorno do pátio ganharam revestimento em cerâmica. Também foi instalado um bicicletário, além de novas placas de sinalização dos acessos, boxes e banheiros. O novo mobiliário - cadeiras, mesas e ombrelones - será entregue em uma parceria com a iniciativa privada. Os investimentos para esta requalificação são da ordem de R$ 900 mil. A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, também esteve presente no ato de entrega do Mercado da Boa Vista e ficou feliz com o resultado da requalificação. “Tenho recordações muito legais aqui porque eu vinha muito quando era pequena para cá. Meu avô vinha muito para cá, ele morava aqui na Boa Vista e ele dizia que viria ao ‘escritório’. Houve intervenções em saneamento, infraestrutura e a fiação foi embutida. Dá para comprar de tudo no mercado. É um lugar super agradável”, disse ela. O Mercado da Boa Vista também teve sua área externa requalificada por meio do projeto Calçada Legal, executado pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB). O equipamento foi contemplado dentro da segunda etapa da requalificação das calçadas da Rua Gervásio Pires e entorno, com investimentos da ordem de R$ 2,8 milhões. As calçadas da frente do Mercado foram recuperadas com o uso de pedra mineira e aplicação de soluções de acessibilidade, como a instalação de rampas. Além disso, o trecho da Rua de Santa Cruz que corresponde à área frontal do espaço ganhou uma travessia elevada, garantindo o acesso seguro e maior qualidade no tráfego não motorizado. Outra novidade que levou mais vida e cor para o Mercado foi a chegada do programa Colorindo o Recife, que é desenvolvido pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana e consiste numa política pública de arte urbana que está transformando o Recife numa grande galeria de arte a céu aberto. O equipamento acaba de ganhar uma série de intervenções urbanas desenvolvidas pelo artista Francisco Bonny, que foram inspiradas no movimento armorial retratando o cotidiano e a cultura popular do nordeste brasileiro, e que já estão disponíveis para visitação. De maneira inédita, as obras de arte estão espalhadas em tampas situadas no chão do mercado que serviram como telas, formando um conjunto de pequenos quadros. Bonny também criou, na lateral do Mercado, um mega mural em homenagem aos artistas que frequentavam o local, como o próprio Ariano Suassuna, Erickson Luna e Miró. O Mercado da Boa Vista possui 63 boxes e nove bares, que servem comida regional no café da manhã, almoço e jantar, com uma gastronomia firmada em pratos regionais. Localizado à Rua de Santa Cruz, no Bairro da Boa Vista, sabe-se que o mercado também foi estrebaria e Cemitério da Capela, hoje transformada em Igreja de Santa Cruz. Ali funcionou um mercado de escravos. Onde hoje é o compartimento nº1, os servos eram chicoteados.

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Como os donos de imóveis poderão se livrar da taxa de marinha?

Desde a última quinta-feira (1) que os proprietários de imóveis situados em área da União poderão comprar o domínio da propriedade, por meio da chamada remição de foro, e assim ficar livres da incômoda e polêmica taxa de marinha. Atualmente, o Brasil tem cerca de 308 mil "imóveis aforados”, que são casas, apartamentos ou terrenos localizados em área de marinha e os ocupantes não têm o domínio pleno da propriedade. No Recife, são cerca de 47 mil imóveis, de acordo com levantamento da Superintendência de Patrimônio da União (SPU). De acordo com o advogado, Arthur Holanda, a União detém 17% do direito do imóvel e o usuário possui 83%, tendo que pagar taxas de foro e laudêmio pelo uso, valor cobrado sobre transações que envolvem imóveis em áreas pertencentes à União. “Optando por essa modalidade, o cidadão ganha a possibilidade de adquirir a totalidade da propriedade do imóvel, sem nenhuma intermediação. O impacto será positivo, porque quando a pessoa vai negociar um imóvel que é terreno de marinha, dependendo do regime, além de você ter a taxa de foro ou de ocupação, também tem o laudêmio, que é a taxa paga quando você vai negociar o imóvel”, afirma. Para especialistas, o fim da cobrança da taxa de laudêmio no Estado representa um avanço histórico para o mercado imobiliário, facilitando a venda e a transferência de propriedades e movimentando a economia. “É um impulso ao mercado imobiliário que desonera e facilita o ciclo de venda. Os proprietários compravam e alugavam os imóveis, mas nunca eram seus donos”, enfatiza Arthur. TERRENO DE MARINHA Devido a sua localização estratégica, os terrenos de marinha são, originalmente, propriedades da União. A área corresponde à faixa de 33 metros contados a partir do mar em direção ao continente ou ao interior das ilhas costeiras com sede de município. Além das áreas ao longo da costa, também são demarcadas as margens de rios e lagoas que sofrem influência de marés. O pagamento do laudêmio, cobrado na venda do imóvel, remonta aos tempos do Império. O laudêmio é o valor pago à União pela transferência de direitos de ocupação ou de foro a outra pessoa e é devido somente nas transações onerosas. Quem optar por não realizar a remição continua a pagar, anualmente, a taxa de foro e, ao transmitir o imóvel, também arca com o laudêmio, que corresponde a 5% do valor do imóvel.

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Fabiano Ferraz: "Estamos incentivando a utilização das bicicletas e as caminhadas"

Presidente da Comissão de Acessibilidade e Mobilidade da Câmara do Recife, Fabiano Ferraz fala nesta entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas, da Revista Algomais, sobre os trabalhos do legislativo municipal, comenta o impacto da pandemia nos transportes do município e destaca o incentivo aos deslocamentos a pé e por bicicletas.  No último mês, a Algomais publicou uma Sondagem sobre Mobilidade Urbana, realizada com os vereadores da Câmara Municipal do Recife. Confira também os resultados dessa pesquisa exclusiva.  Sondagem: vereadores defendem mobilidade ativa e transporte público . Quais as principais pautas da comissão de mobilidade da Câmara do Recife em 2021? FABIANO FERRAZ - Iniciamos os trabalhos da Comissão de Acessibilidade e Mobilidade da Câmara do Recife buscando, principalmente, entender quais iniciativas estavam sendo tomadas e quais poderiam aparecer como alternativas para os recifenses dentro desta pandemia do novo Coronavírus. Para isso, realizamos reuniões com representantes do Consórcio Grande Recife e visitamos dois Terminais de Integração de Transporte Público, onde realizamos vistorias e sugestões de melhorias na prevenção à Covid-19. O incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte também é uma das nossas pautas. Criamos a campanha “Bora de Bike”, que começou incentivando os funcionários da própria Câmara ao uso da bicicleta no deslocamento até o trabalho, mas que também tem o objetivo de conscientizar e influenciar todos os recifenses no uso desse meio de transporte mais sustentável. Em uma reunião com a CTTU, discutimos sobre os Planos de Mobilidade e Cicloviário da Cidade. Recebemos em reuniões representantes do Sintespe e Unitrans/PE, além de um debate sobre a Segurança Viária da capital pernambucana, uma parceria da Prefeitura do Recife com a Iniciativa Bloomberg. Especificamente sobre mobilidade ativa, quais as preocupações do legislativo municipal e o que é possível ser feito para incentivar os deslocamentos a pé e por bicicletas? FABIANO FERRAZ - Uma das pautas que estão sendo discutidas dentro do legislativo municipal tem relação com a segurança destes usuários, principalmente dos pedestres que, segundo dados, entre 2017 e 2019, foram as principais vítimas dos acidentes de trânsito (46%). Os ciclistas são 9% destas vítimas. Uma percentagem menor, mas também muito preocupante. Estamos pedindo o aumento no número de vias com ciclofaixas e ciclovias, além da melhora na infraestrutura das calçadas, para tornar os caminhos mais seguros e atrativos, servindo também como incentivo à caminhada. Na sua opinião, como a pandemia impactou essa temática da mobilidade urbana? FABIANO FERRAZ - Com a diminuição das frotas de ônibus, mas com a necessidade de muitos recifenses continuarem trabalhando, a falta de veículos nas integrações acabou levando superlotação para o transporte público. Mesmo com todo o cuidado tomado pelo Grande Consórcio Recife com a limpeza dos terminais, estes são locais propícios para a contaminação. Muitas pessoas também optaram pelo uso mais constante do veículo próprio, buscando se defender do Coronavírus, por causa da própria indicação de distanciamento social. Então temos mais carros nas ruas, circulando pela cidade, o que também influi na necessidade de melhorias das vias. Estamos em constante conversa com o Grande Recife Consórcio, buscando alternativas para diminuir a grande quantidade de pessoas nestes terminais. Também por isso estamos sempre buscando incentivar a utilização das bicicletas e as caminhadas, para aqueles que conseguem chegar aos seus destinos andando, sendo eles mais próximos. O transporte coletivo público no Recife é integrado com os demais municípios (seja o ônibus ou o metrô). Nesse cenário que extrapola os limites do município, é possível que a Câmara Municipal aprove leis que incentivem o transporte público? Caso, sim, que medidas estão em discussão? FABIANO FERRAZ - A Câmara Municipal aprova leis relacionadas à cidade do Recife, cabendo incentivar melhorias dentro do seu município. Entretanto, algumas ações já foram propostas pela Câmara Municipal do Recife, que ultrapassam os limites municipais da RMR, com o intuito de melhorar as condições de transporte coletivo público de toda a população. Foi o caso, por exemplo, da legislação sobre ar-condicionado nos coletivos que se originam no município do Recife, mas adentram outros municípios da RMR, interferindo, dessa forma, na autonomia dos municípios afetados pela proposta. Ainda neste semestre, se discutiu e foi proposto reforçar o transporte público com o apoio das estruturas (veículos e pessoal de operação) dos transportes de turismo e escolar, porém os tipos de veículos disponíveis nestas categorias, além de questões jurídicas complicadas, estão travando a continuidade desta iniciativa. Estamos sempre buscando alternativas que melhorem a qualidade e o serviço oferecido no nosso transporte público. Há alguns meses foi debatido no Recife o escalonamento das atividades econômicas para reduzir a pressão sobre o transporte público nos horários de pico. Qual a sua opinião sobre essa temática? FABIANO FERRAZ - Esta é uma medida que poderia trazer um benefício significativo à redução das aglomerações em terminais e nos veículos, mas sua implementação enfrenta grandes dificuldades, haja vista a intricada relação entre as múltiplas atividades econômicas exercidas na Região Metropolitana do Recife, os variados interesses pessoais dos usuários do sistema de coletivos e as limitações e premissas estabelecidas, política, institucional e administrativamente por cada município integrante da RMR. Por isso que nenhuma das iniciativas já tentadas em cidades brasileiras de diversos portes, surtiu um efeito que pudesse ser considerado um sucesso permanente. Evidentemente, a Comissão de Mobilidade da Câmara do Recife estará atenta à promoção de ideias e sugestões que possam contornar as dificuldades apontadas e propiciem situações de efetivo ganho para a população, no que se refere à redução das aglomerações e a consequente diminuição dos índices de contaminação no transporte coletivo. . LEIA TAMBÉM Sondagem: vereadores defendem mobilidade ativa e transporte público Estudo aponta maior risco de infecção de Covid-19 em terminais de ônibus Datafolha: 55% dos recifenses considera a mobilidade urbana ruim ou péssima

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Crea-PE debate projeto do Arco Metropolitano

Um projeto que, há quase 20 anos, permeia a história de Pernambuco, o Arco Metropolitano volta a ser o centro das discussões. De um lado, a real necessidade de desafogar o trânsito da BR 101 no contorno urbano da Região Metropolitana do Recife; do outro, os impactos ambientais que o projeto pode causar. O desafio é achar um ponto de equilíbrio para a implantação do Arco dentro da lógica do desenvolvimento sustentável. Para contribuir com essa discussão e buscar alternativas viáveis sob os aspectos ambientais, econômicos, sociais e tecnológicos, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) abre espaço para debater o tema, com a participação do poder público e da sociedade civil. O encontro acontece de forma virtual na próxima quinta-feira (8). Ele é organizado pelo Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Crea-PE e é o primeiro evento do eixo “Um projeto para Pernambuco e o Brasil”, que vai debater temas de relevância para o Estado e o País. O Arco pretende ligar Igarassu ao Cabo de Santo Agostinho, criando uma nova alternativa de rota na RMR. “O trecho da BR 101, que liga a Mata Norte, nas imediações de Igarassu, à Mata Sul, na saída de Jaboatão, não suporta mais a quantidade de veículos. É importante uma solução como o Arco Metropolitano, mas precisamos de um projeto num conceito da sociedade atual, com sustentabilidade. Não pode ser qualquer solução. Precisa respeitar o meio ambiente, as boas práticas da engenharia”, destaca o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena. O CTP, que organiza o evento, é um comitê formado por profissionais com experiência e liderança nas áreas de atuação da engenharia, agronomia e geociências. Ele reúne três eixos de atuação: um ligado à educação e à formação do engenheiro, outro com um olhar para a qualidade e inovação na engenharia e, por fim, o terceiro eixo, batizado de Um projeto para Pernambuco e o Brasil, com uma engenharia mais propositiva. Este eixo está sob a coordenação do engenheiro civil João Recena. Ele ressalta que é o espaço onde o Crea pode ter voz e contribuir efetivamente para o desenvolvimento econômico e sustentável de Pernambuco. O primeiro desafio é ajudar a construir alternativas viáveis, do ponto de vista ambiental e econômico, para a implantação do Arco Metropolitano. Segundo Recena, o Arco Metropolitano é hoje o projeto que vai conectar Pernambuco ao desenvolvimento econômico, com ampliação de captação de novos projetos industriais, mas precisa ser feita de forma responsável e equilibrada. “O desafio é enorme para conjugar de forma satisfatória um caminho que possa ser percorrido harmonicamente pela viabilidade econômica e ambiental. Mas estamos abrindo um espaço propositivo para isso mesmo, buscar soluções”, observa Recena, que mediará o debate. O encontro da quinta-feira terá a participação da engenheira civil Fernandha Batista, que está à frente da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, pasta responsável pela execução do projeto. O outro palestrante será o engenheiro eletricista Herbert Tejo, que preside o Fórum Socioambiental de Aldeia. Um dos estudos de traçado previsto para a via passa justamente pela Área de Proteção Ambiental Aldeia Beberibe. “O Arco Metropolitano é uma obra estratégica para a melhoria da infraestrutura logística, e que contribuirá para o desenvolvimento econômico e social do Estado, a partir da melhoria da qualidade no transporte coletivo e do incremento no escoamento da produção. O objetivo do Governo do Estado é assegurar a elaboração de bons projetos de engenharia, que contemplem os aspectos técnicos e socioambientais da iniciativa”, afirma a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista. Herbert Tejo, presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, faz questão de frisar a importância do Arco Metropolitano, da necessidade de se criar uma alternativa viária para a BR 101. “Hoje a BR 101 virou uma grande avenida por conta do fluxo de carros”, aponta Tejo. Ele destaca que o ponto principal da sua discussão é referente ao trecho que vai da BR 101 norte à BR 408, no limite de Paudalho/São Lourenço. O traçado, segundo Herbert, causa um impacto ambiental prejudicial não só pela mata, mas por nascentes ribeirinhas. Ele reconhece ser um debate difícil, mas acredita que o evento promovido pelo Crea poderá abrir espaço para ideias viáveis e que contemplem o projeto, respeitando o meio ambiente. O engenheiro civil Maurício Andrade e a engenheira florestal Isabelle Meunier participarão do evento como debatedores. Por conta da pandemia, o encontro acontece de forma virtual. Será transmitido ao vivo a partir das 19h pela TV Crea-PE, no YouTube. Haverá espaço para interação com o público, com perguntas para os participantes. O Arco Metropolitano abrirá uma série de discussões promovidas pelo CTP. Adriano Lucena destaca que o comitê vai participar ativamente dos debates e soluções para o desenvolvimento do Estado. Na pauta, assuntos como a Transnordestina e duplicação da BR 232, no trecho entre São Caetano e Cruzeiro do Nordeste. “São debates que envolvem a engenharia, muito importantes para o Estado, e o Crea não pode ficar de fora”, argumenta Lucena, destacando que o Conselho disponibiliza sua expertise para implantação de projetos sustentáveis, dentro de uma nova realidade tecnológica e moderna para Pernambuco. O que: Debate “Arco metropolitano: o desafio do desenvolvimento sustentável”, promovido pelo Comitê Tecnológico Permanente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco. Quando: Quinta-feira (08/07), a partir das 19h Onde: Transmissão ao vivo pelo YouTube, no canal TV Crea-PE

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Esculturas do Circuito da Poesia ganham QR Codes

As 18 esculturas que integram o Circuito da Poesia do Recife ganharam um QR Code, afixado na placa de identificação. O código, que poderá ser facilmente escaneado pelos smartphones, dará acesso a um áudio sobre o “personagem” e a um vídeo cênico, com trechos da obra de cada poeta imortalizado em pedra e arte nas ruas recifenses. " Agora, todas as 18 esculturas que fazem parte do Circuito da Poesia têm um QR Code ao lado delas. Você pode colocar o telefone e ao ler o QR code, vai abrir uma encenação de alguma poesia, de algum poema desses poetas que fazem parte do Circuito das Poesias. A gente através disso consegue empoderar ainda mais essa obras tão importantes pra nossa cidade e essas pessoas, que contribuíram para formação e cultura do Recife; e fazer isso do Teatro do Parque é muito especial”, detalhou o prefeito João Campos. Os vídeos foram produzidos pela Prefeitura do Recife, em parceria com o Sesc Pernambuco. Atores e atrizes da cidade interagem com seus “inspiradores”, dando vida e voz ao legado de artistas que escreveram seus nomes na história do Recife. Os vídeos têm entre 3 e 5 minutos de duração. Os textos, áudios e vídeos também podem ser acessados na internet, na página: https://circuitodapoesia.recife.pe.gov.br/. Os áudios estão disponíveis em três idiomas: português, espanhol e inglês. Iniciativa da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, a ação, batizada de “Recife, poesia viva” é um convite para que a população conheça mais e cuide melhor do seu patrimônio cultural, marca da identidade recifense. CIRCUITO - O Circuito da Poesia é atualmente composto por 18 monumentos, em celebração a grandes nomes da cultura pernambucana: Manuel Bandeira (Rua da Aurora); João Cabral de Melo Neto (Rua da Aurora); Capiba (Rua do Sol); Carlos Pena Filho (Praça do Diário); Clarice Lispector (Praça Maciel Pinheiro); Antônio Maria (Rua do Bom Jesus); Ascenso Ferreira (Cais da Alfândega); Chico Science (Rua da Moeda); Solano Trindade (Pátio de São Pedro); Luiz Gonzaga (Praça Mauá); Mário Mota (Pátio do Sebo); Joaquim Cardozo (Ponte Maurício de Nassau); Ariano Suassuna (Rua da Aurora); Alberto da Cunha Melo (Parque 13 de Maio); Celina de Holanda (Avenida Beira Rio); Liêdo Maranhão (Praça Dom Vital); Naná Vasconcelos (Marco Zero); e Reginaldo Rossi (Pátio de Santa Cruz). Além de eternizados, eles agora estão interativos, prontos para semear as histórias que viveram, contaram e seguem contando nas paisagens do Recife.

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Agricultura urbana resiste em Petrolina

*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais Petrolina tem pelo menos 5 hectares de agricultura urbana em atividade. A extensão é equivalente a 6 campos de futebol. A plantação dentro da cidade é uma característica antiga do município, de acordo com Helder Ribeiro Freitas, professor do Colegiado de Engenharia Agronômica e do programa de pós-graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da Univasf. "As principais experiências de Petrolina são com as hortas comunitárias, não são no quintal das casas, embora devam haver também. Apesar da pandemia, elas continuam. Aqui tem hortas que iniciaram sua produtividade nos anos 80, ou seja, já possuem de 30 a 40 anos de atividade. A maioria não são iniciativas recentes", conta o pesquisador. As hortas estão espalhadas pela cidade, em propostas e públicos diferentes também. "Tem horta no centro, horta na periferia, tem horta em todos os ambientes. As hortas do centro ao longo do tem enfrentado pressão pela valorização dos espaços. Já tivemos o caso de uma bem antiga que acabou sendo bem extinta. Tentaram promover uma mudança de lugar, mas não funcionou.  Foi feita uma reimplantação, mas a maioria deixou de trabalhar. No entanto, a maioria dessas hortas não parou na pandemia". O pesquisador explica que a maioria está situada em terrenos públicos e até em escolas. . . Com a pandemia, apesar das dificuldades na assistência técnica e no acompanhamento de profissionais que davam apoio a essas iniciativas, a necessidade de produção de alimentos e geração de renda foi o combustível para mantê-las ativas. Helder conta que muitos desses produtos, além de servir para o autoconsumo das famílias produtoras, tem chegado também aos supermercados e quitandas.  "Elas são importantes para a gerança de renda, emprego e também para o abastecimento da cidade. Hoje, todos os supermercados tem uma gôndola de produtos orgânicos, além das próprias feiras orgânicas de Petrolina e Juazeiros". Além do esforço das próprias famílias produtoras, que é a principal coluna da agricultura urbana, na experiência de Petrolina, essas iniciativas de cunho comunitário por vários momentos tiveram incentivo do poder público, devido a sua importância social. "Sempre houve algum viés de uma iniciativa pública. Seja da escola, de alguns vereadores, líderes comunitários, associações de bairro. A agricultura urbana aqui tem muito haver com as fragilidades sociais. Isso foi mobilizando a comunidade, os agentes políticos e gestores públicos", afirma Helder Ribeiro.

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Estudo aponta maior risco de infecção de Covid-19 em terminais de ônibus

Da Fiocruz A crença de que as pessoas estão mais expostas a contraírem o novo coronavírus (SARS-CoV-2) no transporte público acaba de ganhar respaldo científico. Um novo estudo da Fiocruz Pernambuco - que recolheu amostras de superfícies situadas em vários pontos do Recife para identificar a presença desse vírus, causador da Covid-19 - concluiu que os lugares com maior risco de contaminação são os terminais de ônibus, com 48,7% das amostras positivas, seguidos dos arredores de hospitais (26,8%). Para essa investigação, foram coletadas 400 amostras de superfícies muito tocadas por diferentes usuários, como maçanetas, torneiras, vasos sanitários, interruptores de luz, leitores de biometria, catracas, corrimão de escadas, entre outros, em diversos pontos da capital pernambucana. Os lugares foram selecionados por atenderem a duas condições: grande fluxo e alta concentração de pessoas; e organizados em seis grupos: terminais de passageiros, unidades de saúde, parques públicos, mercados públicos, áreas de praia e centro de distribuição de alimentos. As amostras foram submetidas ao exame padrão ouro para detecção do novo coronavírus, o RT-qPCR. Do total de amostras obtidas, foi confirmada a presença do SARS-CoV-2 em 97 (24%). Quase metade delas foram recolhidas em terminais integrados de ônibus (47 amostras positivas ou 48,7%), onde as superfícies com maior índice de contaminação foram os terminais de autoatendimento e os corrimões. O pesquisador da Fiocruz PE e coordenador do estudo, Lindomar Pena, ressalva que não foi detectado vírus ativo nos exames. "Porém em algum momento ele esteve ativo naquele local, o que demonstra serem ambientes onde há mais gente infectada circulando", explica. As áreas próximas às unidades de saúde ficaram em segundo lugar, com 26,8 % das amostras positivas. Seguidas dos parques públicos (14,4%), mercados públicos (4,1%), praias (4,1%) e outros lugares (2,2%). O vírus foi encontrado predominantemente em banheiros, terminais de autoatendimento, corrimões, playgrounds e equipamentos de ginástica ao ar livre. As coletas utilizaram ferramentas de georreferenciamento para situar os locais com exatidão. Outro aspecto contemplado pelos estudiosos foi a classificação das superfícies pelo tipo de material. O vírus foi encontrado com maior frequência em superfícies metálicas (46,3%) e plásticas (18,5%). "Tomados em conjunto, os resultados indicaram contaminação extensa por SARS-CoV-2 em superfícies públicas, sugerindo a circulação de pessoas infectadas nessas áreas e um risco potencial de infecção. Os resultados podem ajudar as autoridades de saúde pública a priorizarem recursos e estabelecerem políticas eficazes para conter a transmissão comunitária do SARS-CoV-2 nos pontos de controle críticos da Covid-19 identificados no estudo", complementa Lindomar. O doutorando em Biociências e Biotecnologia em Saúde (BBS) na Fiocruz PE e autor principal do artigo, Severino Jefferson Ribeiro, ressalta a importância dos achados da pesquisa. "Além desses resultados servirem como subsídio para as autoridades de saúde, este trabalho permitiu observar que a população não está seguindo rigorosamente as medidas voltadas para prevenir a transmissão do vírus. E infelizmente, isso acaba refletindo no que estamos vivendo atualmente com o aumento descontrolado do número de casos de Covid-19 no estado", explica Jefferson. Além dele, outros dois pós-doutorandos, cinco doutorandos e duas mestrandas da instituição participam da pesquisa, que conta ainda com a participação do pesquisador da Universidade de Glasgow (Escócia) Alain Kohl.

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Sondagem: vereadores defendem mobilidade ativa e transporte público

Sondagem da Algomais sobre Mobilidade Urbana ouviu os representantes da Câmara dos Vereadores do Recife para identificar a opinião dos parlamentares sobre o que deveria ser priorizado na cidade para melhorar os deslocamentos diários da população e que projetos de leis estão nos seus planos. Para mapear a opinião da Casa José Mariano sobre a mobilidade urbana, a equipe Algomais entrou em contato telefônico e/ou por e-mail com todos os gabinetes, obtendo o retorno de um terço dos eleitos da atual legislatura. Responderam a um questionário digital, preparado pelo corpo técnico da pesquisa, os vereadores Aderaldo Pinto, Alcides Cardoso, Andreza Romero, Chico Kiko, Cida Pedrosa, Dani Portela, Eriberto Rafael, Ivan Moraes, Luiz Eustáquio, Marco Aurélio Filho, Natália de Menudo, Renato Antunes e  Waldomiro Amorim (Professor Mirinho). PRIORIZAÇÃO Quando questionados se o poder público municipal deveria priorizar a mobilidade "Individual (estimulando o uso de carros e motos)" ou "Coletiva e ativa (estimulando o uso de ônibus, metrô, bicicletas e transporte a pé)", 100% defendeu a segunda opção. Dos respondentes, 92,3% indicaram ainda que deve ser prioridade para a Câmara Municipal legislar e destinar recursos para a mobilidade do Recife. Os parlamentares foram questionados sobre: Qual deve ser a prioridade do poder municipal na promoção da mobilidade? Eles tiveram a opção de marcar mais de uma alternativa neste quesito. "Regulamentar e estimular o uso de transporte coletivo" foi apontado como prioridade para 61,3% dos respondentes. Logo em seguida foi apontado também "Regulamentar e estimular a mobilidade ativa (a pé e por bicicleta)", defendido por 53,8% dos parlamentares. Três parlamentares responderam que não é possível separar a priorização entre o transporte público e a mobilidade ativa. Um vereador mencionou ainda o uso do modal marítimo, através dos rios da cidade. CALÇADAS Perguntamos aos vereadores se a construção e a manutenção das calçadas deve ser uma atribuição do poder público, dos munícipes ou de forma compartilhada. 61,5% defendeu que deve ser compartilhada entre o cidadão e o poder público. Um percentual de 30,8% opina que as calçadas devem ser uma responsabilidade do poder público. Apenas 7,7% concorda com a legislação atual, em que é do cidadão a responsabilidade, mas com a padronização explícita no Plano Diretor. Questionados sobre a avaliação da estrutura das calçadas do Recife: 46,2% consideram regular, 30,8% avaliam como péssima e 23,1% apontam como ruim. Ninguém considera a situação das calçadas como boa. Quando foram perguntados sobre o que deve ser priorizado para estimular a caminhabilidade no Recife, os vereadores puderam responder até 3 alternativas. Em primeiro lugar foi votado "melhorar as calçadas" (92,3%), seguido por "melhorar a segurança no espaço público" (84,6%) e "investir em iluminação pública" (69,2%). Outro índice que alcançou uma votação expressiva foi "investir na arborização para o sombreamento das calçadas" (53,8%). Foram mencionados ainda como alternativas para estimular a caminhabilidade "Realizar campanhas de comunicação de incentivo aos deslocamentos a pé" (15,4%), "Construir mais passarelas sobre os rios do Recife (15,4%). Como sugestões dos parlamentares, que não estavam nas nossas alternativas surgiram ainda: "Promover mais espaços de convivência familiar" e "ampliar os acessos aos morros e áreas planas de difícil acesso".   CICLOVIAS Questionados sobre a avaliação acerca da estrutura de ciclovias do Recife, 69,2% dos vereadores consideram regular, 15,4% apontam que a situação atual é boa. Apenas dois vereadores avaliaram como ruim ou péssima.   FAIXA AZUL Perguntamos a avaliação dos parlamentares sobre o uso de Faixas Azuis (exclusivas para ônibus) para melhoria da mobilidade. As Faixas Azuis são consideradas importantes para 76,9% e razoáveis para 23,1% dos respondentes.   EFEITOS POSITIVOS PARA A CIDADE Perguntamos aos parlamentares a seguinte questão: "Na sua opinião quais os benefícios urbanos/sociais para uma cidade em que mais pessoas se deslocam a pé, bike e transporte público?" 69,2% respondeu que "Melhora a segurança nas ruas, pois há mais pessoas no espaço público". Foram mencionados ainda ganhos na saúde pública, a valorização do comércio de rua e a redução dos engarrafamento. . . O QUE CADA VEREADOR PRETENDE FAZER PARA A MOBILIDADE URBANA Perguntamos aos parlamentares: (1) "Estão nos seus planos criar algum projeto para incentivar ou regulamentar a mobilidade urbana no atual mandato?" e (2) "Como vereador, o que o(a) senhor(a) você pode fazer em 2021 para incentivar a caminhabilidade e o uso de bicicletas nos deslocamentos no Recife?". Confira abaixo as respostas: ADERALDO PINTO  1 - Nessa temática de mobilidade, estamos tentando viabilizar o aplicativo Bora Brasil para dividir as atenções com os aplicativos Uber e 99Pop, para melhorar as condições dos motoristas de aplicativos e dos usuários. Além de termos aprovado no ano de 2019 a obrigatoriedade da renovação da frota de ônibus coletivos, com obrigatoriedade de Ar-Condicionados para melhorar as condições dos passageiros. 2 - Estimular ainda mais os projetos voltados as Bikes que vem sendo feitos na Cidade com a expansão da malha cicloviária dos últimos 10 anos. Fazer crescer cada vez mais o transporte entre bairros da cidade por este modal.   ALCIDES CARDOSO 1 - Lutar para acabar com a indústria da multa. Trabalhar para reduzir o trânsito nas áreas mais críticas, cobrando que a prefeitura faça pesquisa de origem-destino para saber locais o horários de maior fluxo de passageiros. 2 - Calçadas e ciclofaixas.   ANDREZA ROMERO 1 - Há estudos de proposições. 2 - Elaborar propostas que visem o bem-estar da sociedade, através da segurança pública, dos serviços urbanos, de obras de infraestrutura, mobilidade e urbanismo. O Recife deve ser uma cidade que integra, agrega, e não exclui. E, através das redes sociais e dos meios oficiais, trabalhar a conscientização dos recifenses.   CHICO KIKO 1 - Sim. Pavimentação de diversas ruas, além da proibição de estacionamento nas calçadas. 2 - Além das ciclofaixas que solicitamos, ampliar as sinalizações e reformas das calçadas e ruas.   CIDA PEDROSA 1 - 1) Projeto Educativo de estímulo à mobilidade ativa 2) Requerer a regulamentação do Plano Diretor em todos os itens relativos ao Parque Capibaribe 3) Requerer ao poder executivo a estruturação e ampliação de acessos aos morros da cidade 4) Requerer à gestão municipal a ampliação do Programa Calçada Legal, contemplando rotas acessíveis aos equipamentos públicos de:

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