Arquivos Urbanismo - Página 41 de 93 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

Complexo de Suape inicia regularização fundiária de Nova Tatuoca e Vila Claudete

Do Complexo de Suape Moradores de Vila Nova Tatuoca e Vila Claudete, duas comunidades localizadas no território do Complexo Industrial Portuário de Suape, estão perto de realizar o sonho da casa própria com o processo de regularização fundiária. Para isso, o Governo de Pernambuco, por meio da estatal portuária, já começou a cadastrar e a selar cerca de 700 imóveis nas duas vilas, situadas no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Essa é uma etapa necessária para levantar o número exato de residências de cada localidade. Ao final do trabalho, que deve ser encerrado no início do próximo ano, cada família receberá o documento do imóvel regularizado e registrado em cartório, sem qualquer custo financeiro. “O bem-estar social de quem vive o ambiente do território de Suape é prioridade da nossa gestão. A população que abrange as vilas locais já foi público-alvo de ações sociais, com cursos de formação e de capacitação, e agora recebe a regularização das suas residências, a garantia da casa própria. Isso mostra que uma gestão integradora busca desenvolvimento econômico, mas caminhando junto com a busca pelo aumento do avanço social e pela redução do impacto ambiental. É uma entrega que representa bastante o nosso modelo de trabalho”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio. O cadastramento está sendo realizado via SuapeGeo, plataforma de tecnologia de geoprocessamento e geolocalização voltada para estudos e informações sobre o território. Os técnicos do consórcio TPG Engenharia/Gênesis Consultoria e Assessoria, contratado para desenvolver o projeto de regularização, estão percorrendo as comunidades para executar o levantamento de campo e explicar aos moradores as etapas do processo. Todas as medidas de higiene e prevenção contra a covid-19 foram adotadas pelas equipes. Além de Nova Tatuoca e Vila Claudete, é objeto do mesmo contrato a regularização fundiária em Vila Nazaré, cujas atividades terão início posteriormente. “Em razão da pandemia, tivemos que adiar os trabalhos presenciais nas vilas, inicialmente previstos para o primeiro semestre de 2020. Mudamos a metodologia de comunicação com os moradores, reduzindo o contato físico para garantir a segurança de todos e a continuidade do projeto. Será muito gratificante entregar os títulos a cada família e garantir esse direito social, que é o direito à moradia digna”, explica Roberto Gusmão, diretor-presidente do Complexo de Suape. "É com muita alergia, que, em nome da direção do Movimento de Moradores da Vila Claudete, quero agradecer o Governo do Estado, através da sua equipe de Suape, todas as melhorias na nossa vila. Estamos conseguindo 215 moradias no Habitacional Nova Vila Claudete. Quero dizer, também, que estamos agradecidos por toda a pavimentação em nossa vila, promovendo melhores condições de saúde e qualidade de vida a nossa comunidade. E mais ainda, termos o título de posse, que é um sonho de todos aqui, desde a fundação da Vila Claudete. Quero agradecer em nome do Movimento, em especial, à diretoria do Complexo de Suape. Estamos alegres por ter nosso plano de trabalho quase todo já realizado. Esse pontapé inicial, que é o título de posse para os moradores da comunidade", comemora Sandro Santos, presidente do Movimento de Moradores da Vila Claudete. Bicicletas e carros de som, folder impresso, uso de aplicativos de celular, formação de grupos no WhatsApp, e-mail, telefone e vídeo explicativo estão sendo utilizados para informar às comunidades sobre as etapas do processo de regularização. Na Vila Nova Tatuoca, primeiro residencial construído pela administração de Suape e entregue em 2014, a mobilização foi iniciada no dia 10 de maio. Já na Vila Claudete, comunidade próxima ao local onde foi erguido o conjunto habitacional Nova Vila Claudete, os trabalhos tiveram início nesta semana. MELHORIAS A regularização fundiária traz melhorias nas condições urbanísticas e ambientais em relação à ocupação informal, promove a integração social, facilita a prestação dos serviços públicos, gera emprego e renda, e assegura condições de vida adequadas. A regularização dos lotes dos assentamentos urbanos faz parte do programa habitacional desenvolvido por Suape desde a aprovação do Plano Diretor vigente, lançado em 2011. As ações beneficiam 6,8 mil famílias que residem no território do complexo. Desse total, 4.180 estão em áreas a serem consolidadas e 2.620 em reassentamentos, pois moravam em áreas de preservação ecológica ou em zonas industriais. De 2007 a 2016, 1.580 posseiros foram realocados e/ou indenizados pelas benfeitorias frutíferas e imóveis existentes. Muitas famílias optaram por terra em vez de casas, para continuar trabalhando com a agricultura. Para elas, a administração de Suape destinou 2.987 hectares de terra para o reassentamento com perfil rural. No Assentamento Valdir Ximenes, localizado no município de Barreiros, foram reassentadas 123 famílias. No Assentamento Bruno de Albuquerque Maranhão, no Cabo de Santo Agostinho, 56 famílias receberam lotes.

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Recife anuncia a implantação de 10km de rotas cicláveis

Da Prefeitura do Recife A Prefeitura do Recife se comprometeu com o movimento “Ruas pela Vida”, lançado pelas Nações Unidas para fomentar desenhos urbanos com velocidades de até 30 km/h e equipamentos sustentáveis na via, com o objetivo de reduzir as mortes no trânsito. O prefeito do Recife, João Campos, assinou uma carta na qual se compromete com políticas públicas sustentáveis e acessíveis na mobilidade urbana. Para comemorar a assinatura, foi anunciada, também, a implantação de 10 km de rotas cicláveis, a serem entregues nos próximos 90 dias. Com isso, serão 16 km entregues em 2021. Entre 2013 e 2021, o crescimento da malha cicloviária do Recife foi de 525% e, com as novas rotas, o Recife terá 93 km de equipamentos conectados entre a Zona Sul e a Zona Oeste e 68 km conectados entre o Centro e a Zona Norte. Os projetos foram desenvolvidos em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, referência mundial sobre o assunto. “A gente está aqui na Ponte de Ferro, nesta semana que é a Semana de Segurança Viária da ONU. A gente está aqui com o representante da Bloomberg, com a presidente da CTTU, com todo o nosso time, para fazer o anúncio de 10 km de ciclovia e de ciclofaixa na cidade para serem implementadas já nos próximos 90 dias”, informou João Campos na ocasião. “E a gente vai assinar hoje aqui, conjuntamente, uma carta de compromisso da campanha da ONU, Ruas pela Vida, defendendo a segurança viária, a redução da velocidade, a mobilidade ativa, os pedestres e os ciclistas. Que a gente possa não apenas firmar aqui um compromisso na carta, mas fazer ações concretas como no dia de hoje que a gente faz a implementação dessa ciclofaixa, para a gente mostrar o nosso compromisso com a segurança viária no Recife”, destacou ele ainda, que assinou a carta ao lado da presidente da CTTU, Taciana Ferreira, e do representante da Bloomberg, Gustavo Sales. Somando os 10 km de novas rotas cicláveis, estão a Ciclofaixa Santo Antônio, com 1 km de extensão, que vai interligar os bairros da Boa Vista e de Santo Antônio e agregará, também, um espaço inovador de área compartilhada entre ciclistas e pedestres na Rua Nova. Na Zona Oeste da cidade, a Ciclofaixa Lindolfo Collor terá 2 km de extensão e fará a conexão com a Reitoria da UFPE, além de outros pontos de interesse nas proximidades. Esse equipamento também se interligará com a nova Ciclofaixa CDU/UFPE, que terá 3 km e potencializará a intermodalidade devido à proximidade com o Terminal Integrado CDU e trará outros benefícios como o acesso ao campus da UFPE e outros pontos de interesse público, como escolas. A Ciclovia Beberibe, na Zona Norte, será entregue com 2 km de extensão na nova via, que foi construída pela Secretaria de Saneamento do Recife. Também na Zona Norte, com 1 km de extensão, a Ciclofaixa Hipódromo se conectará aos bairros do Rosarinho e Torreão e possibilitará o acesso a instituições de ensino nas proximidades. Por fim, a Ciclofaixa Rua do Futuro, com 1 km de extensão, ligará o Parque da Jaqueira à Ciclofaixa Amélia, que vai até a área central da cidade. A PCR implantará, também, em parcerias público-privadas, novos paraciclos no entorno das rotas, beneficiando pontos de interesse público, conforme estabelece o Plano Diretor Cicloviário, discutido e aprovado por representantes do Governo e da Sociedade Civil no ano de 2014. Ao todo, serão mais 90 unidades de paraciclos, oferecendo vagas para bicicletas nas proximidades de praças, museus, equipamentos de saúde, instituições de ensino e o prédio da Prefeitura do Recife. "Um trabalho dessa importância só se faz após etapas bem definidas, como os estudos viários e as conversas com as comunidades locais para entender as necessidades específicas. Para essa nova etapa fizemos todo esse processo - seguindo todos os protocolos sanitários - mesmo durante a pandemia. Continuar com a expansão da malha cicloviária é de extrema importância para a redução dos sinistros de trânsito", explicou o secretário municipal de Política Urbana e Licenciamento, Leonardo Bacelar. De acordo com a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, a expansão das rotas cicláveis é importante para promover a sustentabilidade e também contribui para um trânsito mais seguro. “Nós já conseguimos expandir quase 500% da malha cicloviária e isso é muito importante para que a gente possa contribuir para a mobilidade ativa, ou seja, para ciclistas e pedestres terem espaços mais seguros para fazerem os seus deslocamentos diários. E isso também é uma grande contribuição para as cidades sustentáveis e Recife está neste caminho. E nós estamos contribuindo também para a redução de acidentes de trânsito, a partir do momento que a gente cria espaços, com trânsito mais tranquilo e seguro, teremos mais segurança viária e isso vai contribuir de forma contundente para redução de lesões e vítimas do trânsito”, esclareceu ela. A malha cicloviária do Recife vem recebendo destaque devido à sua evolução nos últimos anos. A cidade foi a que mais avançou na execução do Plano Diretor Cicloviário de Pernambuco, com mais de 70% das rotas complementares sob responsabilidade da PCR cumpridas. Em 2019, o Recife foi eleita a quarta cidade com a rede cicloviária mais acessível do Brasil em um índice do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) que contabiliza a população que está até 300 metros próximo a uma estrutura cicloviária. Durante a pandemia da covid-19, os técnicos da CTTU intensificaram os estudos e realizaram projetos para dar novas opções de deslocamento à população a fim de preservar o distanciamento social. Com pesquisas e diálogos com as comunidades, seguindo as medidas restritivas, foram implantados 34,4 km de rotas cicláveis durante a pandemia e, com esse dado, o Recife foi a quarta capital que mais implantou estruturas cicloviárias durante a pandemia na América Latina, e a segunda no Brasil. O coordenador executivo da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária no Recife, Gustavo Sales, explicou a abordagem sistêmica dada nas diversas áreas da gestão do trânsito para atuar de maneira mais assertiva. "Tudo

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Estudo da Ford mostra os perigos de usar fones de ouvido no trânsito

Um estudo realizado pela Ford na Europa mostrou que os fones de ouvido são ótimos para relaxar ou aproveitar o tempo ouvindo música ou podcasts, mas quando são usados por motoristas, ciclistas, skatistas ou pedestres também podem ser perigosos, e em alguns países são até proibidos. As pessoas que ouvem música com fones de ouvido demoram, em média, mais de 4 segundos para identificar perigos potenciais no trânsito. O estudo usou uma experiência de som espacial “8D” especialmente desenvolvida, que colocou mais de 2.000 participantes de toda a Europa em uma rua virtual imersiva e mediu seu tempo de reação em situações potencialmente perigosas, como ao dirigir, andar de bicicleta, caminhar ou andar de scooter com fones de ouvido. A maioria dos participantes disse que usa fones de ouvido quando está no trânsito. Entre as 56% das pessoas que relataram ter se envolvido em um quase acidente ou acidente, 27% usavam fones de ouvido na ocasião. Os participantes foram convidados a usar um aplicativo especialmente desenvolvido – Share The Road: Safe and Sound – em seu smartphone para medir o impacto dos fones de ouvido na sua capacidade de reagir a sinais sonoros nas ruas. É possível testar o aplicativo em seu smartphone (em inglês ou espanhol) por meio deste link: https://fordsharetheroad8d.com/. O aplicativo usa tecnologia de áudio espacial “8D” para colocar os participantes em uma rua de realidade virtual. O som direcional é obtido por meio de um processo complexo de equalização, permitindo que o aplicativo crie uma ambientação sonora altamente realista – como uma ambulância se aproximando por trás, por exemplo. O tempo de reação dos participantes a esses perigos foi medido em três cenários diferentes, com ou sem música tocando nos fones de ouvido. Em média, os participantes foram 4,2 segundos mais lentos para identificar e responder a um perigo na rua ao ouvir música. Fazendo perguntas antes e depois de os participantes realizarem a experiência sonora 8D, os pesquisadores puderam identificar a eficácia do aplicativo na mudança de atitudes e conscientização sobre segurança no trânsito. Antes da experiência, 44% das pessoas disseram que não usariam fones de ouvido no trânsito. Depois, 58% se comprometeram a nunca mais usá-los – um aumento de 31%.

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Cais da Aurora receberá requalificação urbanística

O Cais da Aurora/Cais Sinhá Menezes começa a receber as obras do projeto urbanístico de requalificação, com o objetivo de destacar o patrimônio material e o patrimônio natural (rio e mangue) da área. A iniciativa vai repaginar um dos cartões postais mais bonitos e importantes do Recife, em Santo Amaro. Junto com outras intervenções de requalificação da Prefeitura do Recife, como o projeto Calçada Legal e a criação do Skate Park. A iniciativa conta com aporte de investimentos da ordem de R$ 6 milhões e cujas obras serão executadas pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB). “Estamos aqui na Rua da Aurora, onde já estão sendo executadas as obras da varanda 3 e da varanda 4, onde serão construídos espaços de convivência dentro de um grande projeto de requalificação do Cais da Aurora. Esse projeto inteiro cria um parque urbano, linear, que a gente chama de Cais da Aurora. A requalificação das calçadas já começou e são mais de R$ 4 milhões em obras”, explicou João Campos. “Nessas varandas 3 e 4, tem R$ 1 milhão sendo investido através de uma emenda do deputado Tadeu Alencar. E nós já autorizamos o projeto executivo das demais varandas para garantir, que dentro do nosso mandato, possamos fazer a recuperação completa da Rua da Aurora, que é um importante patrimônio da cidade. Vamos garantir que o local seja transformado e entregue para a população como um espaço de convivência, de prática esportiva e de lazer para todos os recifenses”, acrescentou o prefeito João Campos. O projeto completo prevê a requalificação de sete varandas e será iniciado pelas varandas 3 e 4, que estão localizadas entre as ruas 02 de Julho e Capitão Lima e estão em andamento. Dentro do projeto, essas varandas estão destinadas, respectivamente, à memória e ao esporte, e receberão um investimento de R$ 1,6 milhão. Destes, R$ 500 mil foram destinados à construção de um skatepark com capacidade para receber competições de porte nacional. O primeiro trecho - varanda 3 - contará ainda com ampliação de área verde e incremento na arborização, onde serão instalados equipamentos para lazer e contemplação, como área de recreação infantil e requalificação dos decks com mirante para o rio. Também está prevista a implementação de uma nova área comercial e área para piquenique, além da recuperação do revestimento do obelisco já existente no local. O segundo trecho (varanda 4) também ganhará ampliação de área verde e incremento na arborização e parque infantil. Contará também com um espaço para comércio e quiosque da guarda municipal requalificado. Seguindo as diretrizes propostas no plano conceitual, este trecho terá o estacionamento redimensionado para ampliação da borda do cais e implantação de equipamentos esportivos. Além disso, as duas varandas serão beneficiadas com a instalação de novo mobiliário para favorecer a contemplação do rio e de novos postes com iluminação em LED. A intervenção prevê também a requalificação da ciclofaixa às margens do Rio. Uma área de aproximadamente 2.000 m² foi reservada para a criação do Skate Park, além da implantação de um Parcão (área pet). O Skate Park é fruto de recurso financeiro de uma ação mitigadora e já está finalizado. Ele ocupa uma área de 700m² e foi elaborado para atender o formato Street, modalidade que estará presente nos Jogos Olímpicos. O equipamento busca simular elementos do mobiliário urbano na composição dos seus obstáculos, como bancos, corrimões e escadas, entre outros. O Skate Park será capaz de sediar competições amadoras e profissionais a nível nacional. Para garantir a preservação da área verde e um ambiente mais agradável para a prática de esportes, as árvores já existentes no local foram mantidas e integradas à pista. PROJETO CAIS DA AURORA – O projeto urbanístico do Cais da Aurora abrange a área localizada às margens dos rios Capibaribe e Beberibe, ao longo do cais da Rua da Aurora, entre a Ponte Princesa Isabel e a Ponte do Limoeiro; e o Cais Sinhá de Menezes, na Avenida Artur Lima Cavalcanti, entre a Ponte do Limoeiro e a Vila Naval. Os estudos para uma intervenção física mais estruturada no local foram iniciados em 2014, envolvendo a participação de diversas Secretarias e Autarquias do município, coordenados pela URB Recife. O projeto foi pensado de forma integrada e cada varanda assumiu um perfil diferente: Varanda 1 (turismo e meio ambiente), Varanda 2 (cultura), Varanda 3 (memória), Varanda 4 (esporte), Varanda 5 (lazer) e Varandas 6 e 7 (contemplação e lazer).

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ReciclaMais abre ponto de coleta do plástico na Rua da Aurora

Em comemoração ao Dia Internacional da Reciclagem, celebrado em 17 de maio, a sede da Secretaria Executiva de Inovação Urbana localizada na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, abre suas portas e se torna o primeiro ponto de coleta do plástico tipo 2, no Recife. O programa ReciclaMais tem encontrado soluções para o “lixo” plástico ao transformar este grande problema ambiental em incentivos para a população através de utensílios para uso cotidiano, mobiliários urbanos e oportunidade de empreendedorismo e geração de renda através de uma economia verde, circular, de baixo carbono e inclusiva. Sabe aquelas embalagens de shampoo, condicionador, produtos de higiene e limpeza, tampinhas de plástico de refrigerante, água, suco, leite, entre tantas outras que descartamos diariamente? Agora você pode deixar este material na Rua da Aurora, n° 2000, das 9h às 16h, para se transformarem em utensílios e infraestrutura urbana para a cidade do Recife através da reciclagem criativa como: lixeira, fruteira, saboneteira, porta-lápis, luminária, vaso, corrimão, assento, painel sensorial, fraldário e renda para pessoas que trabalham com a reciclagem. Para saber se o plástico é tipo 2, basta olhar para o triangulo embaixo da embalagem nele deve estar escrito o número 2 ou PEAD. Parte deste material coletado será destinado para cooperativas de reciclagem e catadores, formando uma rede de apoio e solidariedade.

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Fundaj mostra impactos de empreendimento no Poço da Panela no trânsito

Da Fundaj Neste mês, a Campanha Maio Amarelo lança um olhar especial de atenção pela vida no trânsito. Para abordar o tema, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) resgata o Estudo de Impacto Urbano Simplificado, que teve à frente o reconhecido arquiteto e urbanista Milton Botler, sobre a proposta de construção de uma unidade do Atacado dos Presentes na avenida 17 de Agosto, no Poço da Panela, bairro da Zona Norte do Recife. Para o presidente da instituição, Antônio Campos, é possível minimizar os riscos no trânsito e até garantir que eles não aconteçam com um planejamento adequado. Desde 2020, a construção estimada em 21 mil metros quadrados vive um imbróglio por não cumprir exigências mínimas do Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), do Plano Diretor do Recife (Lei Municipal 17.511/2008) e do Decreto Municipal de Orientação Prévia de Empreendimentos de Impacto — Opei (Decreto Municipal 27.529/2013). "São inúmeras as lacunas que precisam ser preenchidas. Mas neste mês, em especial, destacamos a ausência de estudos sobre tráfego e impacto viário. O ordenamento da cidade e a garantia da vida passam pelo planejamento urbano", reclama Antônio Campos. O presidente da Fundaj considera que a legislação municipal avançou bastante nas últimas duas décadas, mas precisa ser garantida na prática. É o caso da Opei, de 2013. Dentre as diretrizes apresentadas, o Decreto Municipal aborda em posição de destaque, ainda no Art.1, em seu inciso II, a mobilidade e acessibilidade. De modo que qualquer proposta de construção, nesta magnitude, deverá considerar de forma detalhada a presença e tráfego de pedestres, ciclistas, transportes coletivos de passageiros, transportes individuais e transportes de carga. "A concessão da licença prévia para o empreendimento, mesmo sem atendimento das exigências ou justificativa plausível, indica um possível problema no procedimento de aprovação ou no fluxo de comunicação interna do poderpúblico", indica o estudo solicitado pela Fundaj, que elenca ainda de forma preliminar adaptações necessárias. "Nas faces do lote voltadas para as outras ruas não estão previstos acessos de pedestres, impossibilitando mais uma vez a integração física entre espaço público e privado", aponta a pesquisa na página 75. A observância à continuidade de calçadas, largura e nivelamento adequado, a identificação de pontos de ônibus que atendam ao longo (avaliando calçadas e travessias do percurso) e a apresentação de estudo de microssimulação de tráfego para quantificar os impactos da circulação viária são apenas algumas das exigências a serem cumpridas. "Estamos falando da proteção à vida e a garantia da qualidade dela. Falamos de uma cidade onde o planejamento urbano não solucionou questões como os congestionamentos constantes. Precisamos agir", concluiu Campos. A Fundaj é também contrária à construção do empreendimento, por perceber riscos à área protegida pela Lei dos 12 Bairros, zona histórica da capital pernambucana, além do impacto direto ao Complexo Cultural Gilberto Freyre, que integra a sede da instituição federal, o Museu do Homem do Nordeste e o Solar Francisco Ribeiro Guimarães, declarado Imóvel Especial de Preservação. "É uma das áreas mais importantes no sentido histórico-cultural da cidade, de ocupação secular, que foi sede de vários engenhos. A Lei dos 12 Bairros determinou uma maior preocupação dos empreendedores com o espaço público e a paisagem urbana”, esclarece o urbanista Vitor Araripe, que integra o estudo dirigido por Botler. Entenda o caso A empresa Atacado dos Presentes pretende construir mais uma unidade de sua rede no número 2069 da avenida Dezessete de Agosto. A construção está estimada em 21 mil metros quadrados. Segundo aponta a linha do tempo levantada pelo Estudo de Impacto Urbano Simplificado, a partir da análise dos documentos disponíveis no portal de licenciamentos da Prefeitura do Recife, o projeto arquitetônico foi apresentado em agosto de 2019. Em maio de 2020, a Secretaria Executiva de Licenciamento e Controle Ambiental concedeu uma Licença Prévia, que foi revogada em menos de dois meses, no dia 13 de julho, após a Fundação Joaquim Nabuco pedir a suspensão da construção. Ainda de acordo com o parecer, seguem em aberto diversos elementos como estudos de circulação, volume de tráfego e a conversa com o entorno. No Recife, qualquer edificação não-habitacional a partir de 15 mil m² é considerada de impacto e, na área em questão, protegida pela Lei dos 12 Bairros, o parâmetro cai para 5 mil m². Além disto, o terreno está circunvizinho à zona histórica que compreende o Poço da Panela e ao campus sede Fundaj, em Casa Forte, onde está localizado o Solar Francisco Ribeiro Guimarães. Por isso, o imóvel deve atender às exigências legais e uma Opei, em que se considere o patrimônio natural e cultural. O terreno onde o Atacado dos Presentes pretende construir uma de suas unidades já foi alvo de ações na justiça e tem réus com uma multa de R$ 1,578 milhão em aberto, a ser revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). No local, funcionou a clínica psiquiátrica Casa de Saúde São José. O imóvel foi adquirido pelo Carrefour em meio ao processo de classificação como Imóvel Especial de Preservação (IEP), a pedido da Secretaria de Cultura do Recife. Em 2009, no entanto, ele foi derrubado de forma irregular, de acordo com o então juiz da 21ª Vara da Justiça Federal, Francisco de Barros e Silva.

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Cidades Sustentáveis-Pós Pandemia expectativas 2030/2050

*Por Tiago Lima O contexto atual da sociedade demanda novas formas de adaptabilidade às mudanças inerentes da modernidade. A pandemia de COVID-19, anunciada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março, alarmou e demonstrou a urgência da tomada de estratégias para o estabelecimento de novas formas de sobrevivência e consolidação na sociedade. Debates relacionados ao desenvolvimento e estabelecimento de Cidades Sustentáveis, tornam-se cada vez mais necessários diante de contextos observados na sociedade. A preconização de estruturas base para a consolidação de uma sociedade sustentável e ambientalmente saudável, é crucial para a determinação da continuidade da espécie humana. A Agenda 2030 da ONU A Agenda 2030 é um conjunto de planos de ação para o planeta, para a prosperidade e para as pessoas, que além de reforçar a paz universal, reconhece que a diminuição ou até a extinção da pobreza é um dos maiores desafios globais, sendo este um dos requisitos para o desenvolvimento sustentável. Com a parceria de todas as partes interessadas, os países garantiram a implementação da Agenda 2030, estabelecida pelo Brasil e pelos 192 países pertencentes à Organização das Nações Unidas (ONU). Estes países garantiram livrar a raça humana da penúria e pobreza, protegendo assim, o planeta. Os representantes irão tomar decisões transformadoras e ousadas, que são de urgente necessidade para redirecionar o planeta para um caminho resiliente e sustentável. A Agenda em questão é composta por 17 objetivos e 169 metas de desenvolvimento sustentável, demonstrando assim a ambição e a escala desta nova agenda universal. Esta agenda tem a função de concluir os objetivos de desenvolvimento do milênio que ainda não foram alcançados, concretizando os direitos humanos e alcançando a igualdade de gênero. Os 17 objetivos e 169 metas estimulam a ação até o ano de 2030 para acabar com a fome e pobreza; proteger a degradação do planeta e meio ambiente; garantir os direitos humanos; assegurar sociedades pacíficas e utilizar parcerias para o desenvolvimento sustentável. Com a descoberta de um novo vírus com alta taxa de transmissibilidade, ocorreu o colapso dos sistemas de saúde em todos os países, até os mais estruturados, acelerando assim, a crise do multilateralismo, desenvolvendo novos desafios para a conjuntura mundial. O novo coronavírus, ou Covid-19, foi descoberto há aproximadamente 14 meses, e desde a sua descoberta, a relação entre os países mudou. A cooperação mundial perdeu relevância a partir do momento em que as principais potências militares e mundiais tentaram solucionar a transmissão do vírus com decisões imediatas e locais. Em diversas oportunidades, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi desvalorizada como um órgão que possuía a capacidade de planejar uma solução para esta crise sanitária e por consequência, econômica. Desenvolvimento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Para a implementação desses objetivos é necessário que haja sensibilidade por parte dos gestores, para que todos tenham ciência da importância dessa agenda e sua relação com políticas públicas. Aliado a sensibilidade, é necessário o monitoramento das estratégias utilizadas, para determinar se o município, estado ou país está no caminho certo, levantando os dados da situação atual dos objetivos, para identificar as áreas com prioridade de atenção. Ademais, um sistema de desenvolvimento sustentável prevê a proteção de um sistema econômico rotativo e contínuo, considerando principalmente que diversos recursos que geram retornos financeiros partem e derivam do uso e manipulação de recursos naturais. Há que se considerar ainda que, mudanças climáticas e fenômenos naturais não esperados ou não pertencentes a determinados climas, temperaturas e regiões, ocorrendo de forma irregular, desencadeiam diversos prejuízos ambientais e econômicos imensuráveis. A imagem a seguir demonstra os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas: Cidades sustentáveis pós-pandemia: expectativas 2030/2050 3 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável | Fonte: ONU Cooperação internacional Em março de 2019, ocorreu a Segunda Conferência da ONU sobre a Cooperação Sul-Sul, onde foram revisadas as aprendizagens pelos países sul-americanos nas últimas quatro décadas, e enfatizado o papel desta cooperação na implementação da Agenda 2030. No Brasil, as atividades exercidas pelo Ministério da Saúde são catalogadas no ODS 3, que é referente ao bem-estar e à saúde. O ODS 6, que é referente a água limpa e saneamento, é responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA). Outro ministério com atividades catalogadas no ODS é o Ministério do Trabalho, referente ao ODS 8, que fala sobre emprego digno e crescimento econômico. A evolução do protecionismo e o crescimento das disputas comerciais ocasionou a diminuição da atenção para interesses em comum para todos os países, como por exemplo, as mudanças climáticas. Mas a melhor opção continua sendo a cooperação internacional, pois representa uma das esperanças na resolução dos desafios complexos da sociedade, com relação ao desenvolvimento sustentável. Cidades sustentáveis No contexto de análise e estabelecimento de cidades sustentáveis no cenário atual, é crucial analisar inicialmente o desenvolvimento e estabelecimento de cidades no território brasileiro. Partindo-se do pressuposto que diversas ligações e redes de comunicação que estão dispostas na sociedade se sustentam na própria dinâmica social de globalização, é essencial preservar tal configuração para que prejuízos notórios não sejam desenvolvidos na sociedade. Raposo (2021) destaca que a Associação da Imprensa de Pernambuco tornou-se a principal representante no Pacto Global das Nações Unidas, do objetivo de aproximação do setor privado ao desenvolvimento sustentável. Tal acontecimento expressa de forma significativa o sistema de aproximação estatal e privada visando o melhor desenvolvimento sustentável, considerando que o sistema econômico necessita de funcionamento contínuo e também o meio ambiente requer proteção e uso consciente. A adesão da AIP ao Pacto Global foi mais um passo importante na direção que tomamos em 2019, ano em que passamos a integrar a Comissão Estadual para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CEODS) e a Rede ODS Brasil. Foi também um passo urgente, considerando que em 2020 teve início a Década da Ação, quando os países foram instados a adotar medidas para acelerar a implementação das 169 metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 (RAPOSO 2021). Além disso, Recife foi reconhecida como integrante da Lista A do CDP (Carbon Disclosure Program), importante

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Prefeitura do Recife abre a Rua do Bom Jesus exclusivamente para os pedestres

Da Prefeitura do Recife Para beneficiar as mais de 45 mil pessoas que transitam diariamente no Bairro do Recife, a Prefeitura da Cidade, por meio da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul) e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), vai tornar a Rua do Bom Jesus exclusiva para pedestres. A rua foi considerada uma das três mais bonitas do mundo pela revista americana Architectural Digest, em 2020. O prefeito João Campos fez o anúncio no início da manhã desta sexta-feira (7) e o projeto começará a ser implantado na segunda-feira (17), com a mudança de circulação, e será entregue na segunda-feira, 24 de maio. “Hoje a gente começa com uma grande notícia, na Rua do Bom Jesus, que é uma das três mais bonitas do mundo. Ela vai se tornar exclusiva para pedestres. Essa ação, que é realizada pela Prefeitura em parceria com a Bloomberg, uma instituição internacional que busca trazer qualidade de vida, vai poder garantir que a cada dia a cidade do Recife se torne mais humana, valorizando o pedestre, valorizando as pessoas”, anunciou o prefeito. “Essa foi um compromisso de campanha que nós fizemos e agora a gente está tendo a oportunidade de transformar em realidade e poder possibilitar que os recifenses venham ainda mais para o Bairro do Recife e que aqui possam andar, caminhar e ver uma das três ruas mais bonitas do mundo”, complementou ele. Para viabilizar a mobilidade no trânsito com a pedestrianização da Rua do Bom Jesus, haverá inversão no sentido da circulação das ruas da Guia, Dona Maria Cesar e João Domingos Martins. Dessa forma, os condutores que usavam a Rua do Bom Jesus, poderão utilizar a Rua da Guia e a Rua Dona Maria Cesar como rota alternativa. Além disso, os condutores que vêm do Cais do Apolo pela Avenida Barbosa Lima poderão acessar a Praça do Arsenal pela Rua João Domingos Martins. Para a recepcionista Jaqueline Silva, 27 anos, que transita diariamente pela Rua do Bom Jesus, a mudança vai ser positiva para a capital pernambucana, seus moradores e turistas. “Eu espero que melhore na questão turística, porque a rua vai ficar ainda mais conhecida e que fique menos movimentada sem os carros. Com certeza esta é uma das ruas que mais se destacam em relação às demais do Recife”, opinou ela. Para implantação da pedestrianização da Rua do Bom Jesus, a Prefeitura do Recife contou com o apoio da NACTO-GDCI, uma organização de referência mundial em mobilidade sustentável, que, por meio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, prestou consultorias e fornecerá mobiliário urbano para sinalização do projeto. Além da consultoria para um desenho adequado das vias do entorno, proporcionando mais segurança viária aos pedestres, os parceiros forneceram, ainda, mobiliário urbano como as esferas de concreto para isolar os extremos das vias. Nas áreas de cruzamento com as outras vias, o espaço foi redesenhado para garantir o espaço dos pedestres por meio de sinalização horizontal, diminuindo, assim, os espaços para travessias. O Bairro do Recife tem tido várias experiências em prol da segurança viária e da mobilidade ativa, com ações como a pedestrianização e construção do boulevard da Avenida Rio Branco e da pedestrianização da Rua da Moeda, por exemplo. Em 2014, uma Zona 30 foi instalada em um perímetro de 160 mil m² para permitir uma área compartilhada entre os diversos meios de transporte e reduzir os índices de sinistros de trânsito, que têm como principal causa a velocidade elevada. Além disso, a área recebeu, também, intervenções com urbanismo tático para alargamento das calçadas ao longo da Avenida Alfredo Lisboa. Considerada uma das ruas mais bonitas do mundo, de acordo com a Architectural Digest - importante publicação dos Estados Unidos -, a Rua do Bom Jesus já foi porta de entrada da cidade. Ela, que ganhou uma moldura fotográfica marcando esta indicação, é endereço da sinagoga mais antiga das Américas, fundada no século 17, a Sinagoga Kahal Zur Israel. Destino certo de todo visitante à cidade, a Rua do Bom Jesus conta também com a estátua de Antônio Maria, cronista, locutor, produtor de rádio, caricaturista, compositor e repórter, com ampla atuação nacional e também eternizado por ser o pai de canções como o Frevo Nº 1 do Recife e ainda Valsa de uma Cidade.

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Requalificação da RioTeca da Vila Santa Luzia foi entregue

Criar uma biblioteca às margens do Rio Capibaribe para estimular moradores da comunidade Vila Santa Luzia foi a ideia do marceneiro Claudemir Amaro da Silva quando, há 12 anos. A experiência de leitura e lazer do espaço popular ganhou um novo status a partir de hoje (22).  A RioTeca recebeu uma requalificação a partir do apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana. A biblioteca urbana, que tem 956m² e fica na Rua Silves, ganhou melhorias de estrutura, passando a contar com bicicletário, passeio em tijolo intertravado, novas lixeiras, rampa de acessibilidade e teve o espaço de eventos, copa e banheiro todos cobertos e aprimorados. O local também ganhou o primeiro mirante da cidade que permite o morador ou visitante contemplar a vista para o Rio Capibaribe em pé, sentado ou até mesmo deitado em um gramado a céu aberto. O espaço ainda passou a contar com escadaria mirante, jardim, novas mesinhas de leitura, iluminação totalmente requalificada e parque infantil revitalizado com mais três novos brinquedos, beneficiando diretamente cerca de 410 famílias. "Há 12 anos, o mato estava tomando conta aqui e, como eu não tenho medo de trabalhar, resolvi cuidar do espaço. Eu plantei árvores, construí uma pequena biblioteca, porque as pessoas podem ler e se educar. Depois veio a ideia do parquinho para as crianças, e depois um salão de festas. Como sou marceneiro, tudo o que eu recolhia do lixo, eu consertava, como cadeiras velhas. E eu agradeço muito a todos os que ajudaram a deixar tudo ainda mais bonito”, esclareceu Claudemir Amaro da Silva sobre a origem do projeto. A ideia da requalificação seguiu os passos da proposta de revitalização do Jardim Secreto do Poço da Panela, que tem como principal objetivo fortalecer a ativação urbana a fim de valorizar ainda mais o potencial paisagístico, a convivência comunitária e a relação do recifense com o Rio Capibaribe. “Nossa vontade é que o exemplo de Claudemir e os moradores da Vila Santa Luzia inspire mais recifenses. E que o recifense cada vez mais seja o protagonista da transformação da sua cidade”, destacou o secretário executivo de Inovação Urbana, Tullio Ponzi. A RioTeca é o segundo Transplante Urbano do Recife realizado pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana. A iniciativa é fruto da parceria com a Concrepoxi Artefatos e, literalmente, transplantou para a área uma praça que havia sido montada na CASACOR 2019. A intervenção também é fruto do apoio direto do Banco Itaú e Armazém 1507, totalizando um investimento de R$ 300 mil. Destes, R$ 200 mil são provenientes da própria Prefeitura do Recife e R$ 100 mil da iniciativa privada. “Então aqui tem biblioteca, espaço para confraternização, escadaria com acesso à margem, também foi feito um talude adequado para as pessoas poderem deitar, sentar, contemplar o rio e fazer a leitura. É isso que a gente precisa: fazer com que o Rio Capibaribe cada vez mais esteja próximo das pessoas, para que possam cuidar dele e valorizá-lo”, afirmou o prefeito João Campos, que esteve presente na reinauguração do espaço.

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"O Corredor do Comércio tem um valor histórico enorme e com uma atividade econômica intensa".

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Rafael Dubeux, foi um dos entrevistados da edição desta semana da Revista Algomais em que tratamos sobre o projeto do Corredor do Comércio do Recife. Reivindicação antiga da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a recuperação das principais vias comerciais dos bairros centrais da cidade tem um novo olhar neste ano, com as estratégias do urbanismo tático. O secretário comenta também sobre o impacto da pandemia na atividade dessa região e fala das ações do poder municipal para incentivar os pequenos empresários e empreendedores. Qual a sua avaliação sobre o projeto de revitalização do Corredor do Comércio do Recife? Rafael Dubeux - A região central da cidade merece mesmo uma atenção diferenciada, já que é o coração da cidade. O Corredor do Comércio é parte desse núcleo, com um valor histórico enorme e com uma atividade econômica ainda muito intensa. A Prefeitura está articulando ações para promover a recuperação desses principais eixos e, em parceria com os empreendedores locais, poderemos dar uma nova cara à região. Qual o impacto da Pandemia nesta região? Rafael Dubeux - A pandemia trouxe impacto para quase todas as atividades econômicas. O comércio de rua, naturalmente, sofreu um revés forte por conta das medidas de distanciamento e pelo uso crescente do comércio eletrônico. Todos esses segmentos passam por uma reestruturação no nível mundial e é preciso se adaptar a essa nova realidade. Mesmo sabendo que das nossas limitações, inclusive orçamentárias, a gestão do prefeito João Campos anunciou uma série de ações no sentido de auxiliar os setores produtivos, adiando o recolhimento de taxas municipais, como o IPTU e ISS municipal e do ISS do Simples Nacional, e oferecendo mais prazos aos empreendedores. Todos os impactos, que superam quase de R$ 30 milhões, estão beneficiando cerca de 30 mil empreendimentos da cidade. Também elaboramos e lançamos em menos de 3 meses o Crédito Popular do Recife, um dos compromissos de campanha do prefeito, que ajudará setores produtivos nesse momento difícil. É uma ajuda para dar fôlego sobretudo aos micro e pequenos negócios. Algumas intervenções em ruas dessa região central já foram iniciadas. Quais as primeiras ações da PCR no centro nesta gestão? Quais os resultados esperados? Rafael Dubeux - Houve intervenções de urbanismo tático, com pintura da Rua Velha para embelezar o espaço e ampliar a segurança para os pedestres. Também houve intervenção na Avenida Nossa Senhora do Carmo, com a maior faixa de pedestre da cidade e espaços de proteção aos que caminham pela cidade. Também foi expandida a rede de Wifi gratuito do Conecta Recife, o que facilita o uso pelos usuários e também pelos pequenos comerciantes, que podem usar as maquininhas de pagamento. Estão nos planos da secretaria que tipo de ações e articulações para a revitalização do Corredor do Comércio? Rafael Dubeux - Temos discutido com os lojistas locais a requalificação de outras ruas, incluindo pinturas de fachadas. Queremos também avaliar em conjunto a possibilidade de pedestrianização de alguns trechos. No nível mais amplo, uma preocupação permanente deve ser a melhoria das atividades de zeladoria e controle urbano. O CredPop servirá de impulso para alguns dos empreendedores do local. Além disso, a transformação digital de toda a região precisa se consolidar no horizonte de ação de todos neste novo contexto econômico.

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