Recife anuncia a implantação de 10km de rotas cicláveis

Da Prefeitura do Recife

A Prefeitura do Recife se comprometeu com o movimento “Ruas pela Vida”, lançado pelas Nações Unidas para fomentar desenhos urbanos com velocidades de até 30 km/h e equipamentos sustentáveis na via, com o objetivo de reduzir as mortes no trânsito. O prefeito do Recife, João Campos, assinou uma carta na qual se compromete com políticas públicas sustentáveis e acessíveis na mobilidade urbana. Para comemorar a assinatura, foi anunciada, também, a implantação de 10 km de rotas cicláveis, a serem entregues nos próximos 90 dias. Com isso, serão 16 km entregues em 2021. Entre 2013 e 2021, o crescimento da malha cicloviária do Recife foi de 525% e, com as novas rotas, o Recife terá 93 km de equipamentos conectados entre a Zona Sul e a Zona Oeste e 68 km conectados entre o Centro e a Zona Norte. Os projetos foram desenvolvidos em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, referência mundial sobre o assunto.

“A gente está aqui na Ponte de Ferro, nesta semana que é a Semana de Segurança Viária da ONU. A gente está aqui com o representante da Bloomberg, com a presidente da CTTU, com todo o nosso time, para fazer o anúncio de 10 km de ciclovia e de ciclofaixa na cidade para serem implementadas já nos próximos 90 dias”, informou João Campos na ocasião. “E a gente vai assinar hoje aqui, conjuntamente, uma carta de compromisso da campanha da ONU, Ruas pela Vida, defendendo a segurança viária, a redução da velocidade, a mobilidade ativa, os pedestres e os ciclistas. Que a gente possa não apenas firmar aqui um compromisso na carta, mas fazer ações concretas como no dia de hoje que a gente faz a implementação dessa ciclofaixa, para a gente mostrar o nosso compromisso com a segurança viária no Recife”, destacou ele ainda, que assinou a carta ao lado da presidente da CTTU, Taciana Ferreira, e do representante da Bloomberg, Gustavo Sales.

Somando os 10 km de novas rotas cicláveis, estão a Ciclofaixa Santo Antônio, com 1 km de extensão, que vai interligar os bairros da Boa Vista e de Santo Antônio e agregará, também, um espaço inovador de área compartilhada entre ciclistas e pedestres na Rua Nova. Na Zona Oeste da cidade, a Ciclofaixa Lindolfo Collor terá 2 km de extensão e fará a conexão com a Reitoria da UFPE, além de outros pontos de interesse nas proximidades. Esse equipamento também se interligará com a nova Ciclofaixa CDU/UFPE, que terá 3 km e potencializará a intermodalidade devido à proximidade com o Terminal Integrado CDU e trará outros benefícios como o acesso ao campus da UFPE e outros pontos de interesse público, como escolas. A Ciclovia Beberibe, na Zona Norte, será entregue com 2 km de extensão na nova via, que foi construída pela Secretaria de Saneamento do Recife. Também na Zona Norte, com 1 km de extensão, a Ciclofaixa Hipódromo se conectará aos bairros do Rosarinho e Torreão e possibilitará o acesso a instituições de ensino nas proximidades. Por fim, a Ciclofaixa Rua do Futuro, com 1 km de extensão, ligará o Parque da Jaqueira à Ciclofaixa Amélia, que vai até a área central da cidade.

A PCR implantará, também, em parcerias público-privadas, novos paraciclos no entorno das rotas, beneficiando pontos de interesse público, conforme estabelece o Plano Diretor Cicloviário, discutido e aprovado por representantes do Governo e da Sociedade Civil no ano de 2014. Ao todo, serão mais 90 unidades de paraciclos, oferecendo vagas para bicicletas nas proximidades de praças, museus, equipamentos de saúde, instituições de ensino e o prédio da Prefeitura do Recife.

“Um trabalho dessa importância só se faz após etapas bem definidas, como os estudos viários e as conversas com as comunidades locais para entender as necessidades específicas. Para essa nova etapa fizemos todo esse processo – seguindo todos os protocolos sanitários – mesmo durante a pandemia. Continuar com a expansão da malha cicloviária é de extrema importância para a redução dos sinistros de trânsito”, explicou o secretário municipal de Política Urbana e Licenciamento, Leonardo Bacelar.

De acordo com a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, a expansão das rotas cicláveis é importante para promover a sustentabilidade e também contribui para um trânsito mais seguro. “Nós já conseguimos expandir quase 500% da malha cicloviária e isso é muito importante para que a gente possa contribuir para a mobilidade ativa, ou seja, para ciclistas e pedestres terem espaços mais seguros para fazerem os seus deslocamentos diários. E isso também é uma grande contribuição para as cidades sustentáveis e Recife está neste caminho. E nós estamos contribuindo também para a redução de acidentes de trânsito, a partir do momento que a gente cria espaços, com trânsito mais tranquilo e seguro, teremos mais segurança viária e isso vai contribuir de forma contundente para redução de lesões e vítimas do trânsito”, esclareceu ela.

A malha cicloviária do Recife vem recebendo destaque devido à sua evolução nos últimos anos. A cidade foi a que mais avançou na execução do Plano Diretor Cicloviário de Pernambuco, com mais de 70% das rotas complementares sob responsabilidade da PCR cumpridas. Em 2019, o Recife foi eleita a quarta cidade com a rede cicloviária mais acessível do Brasil em um índice do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) que contabiliza a população que está até 300 metros próximo a uma estrutura cicloviária. Durante a pandemia da covid-19, os técnicos da CTTU intensificaram os estudos e realizaram projetos para dar novas opções de deslocamento à população a fim de preservar o distanciamento social. Com pesquisas e diálogos com as comunidades, seguindo as medidas restritivas, foram implantados 34,4 km de rotas cicláveis durante a pandemia e, com esse dado, o Recife foi a quarta capital que mais implantou estruturas cicloviárias durante a pandemia na América Latina, e a segunda no Brasil.

O coordenador executivo da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária no Recife, Gustavo Sales, explicou a abordagem sistêmica dada nas diversas áreas da gestão do trânsito para atuar de maneira mais assertiva. “Tudo tem que atuar em conjunto, temos que passar a mensagem de comunicação da segurança viária, a fiscalização deve estar na rua para que as pessoas sintam a presença da fiscalização e percebam que a cidade está encomendando o cuidado com o trânsito e a questão da gestão de dados, que é o que sustenta tudo pra poder a gente conseguir consolidar de alguma forma a energia do órgão de trânsito e as demais ações de engenharia de uma maneira focada, porque uma vez que a gente gere o dado onde existem os maiores fatores de risco, a gente consegue trabalhar de uma forma focada, sem gastar tantos recursos da cidade, que a gente sabe que são limitados, que é o que direciona as ações de engenharia.”

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