Urbanismo - Página: 45 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

A preservação da história que precisamos

Desde a sua primeira edição, o projeto O Recife que Precisamos faz uma defesa da preservação dos marcos históricos e culturais da cidade, com um destaque para a necessidade de um olhar mais atencioso para o Centro. Sobre esse tema, perguntamos aos candidatos: “O centro do Recife guarda muito da história pernambucana, embora tenha muitos problemas de preservação. Quais as suas propostas para a preservação e exploração de todo o acervo histórico de cidade, em especial do Centro do Recife? DELEGADA PATRÍCIA Temos uma proposta de ocupação dos edifícios históricos do centro do Recife. Os térreos serão ocupados pelo comércio e os andares superiores por moradia. Para isso, vamos reduzir o IPTU nesses locais e incentivar que as pessoas voltem a morar no centro. Nossa proposta de segurança, o Blinda Recife, também vai atender a essa demanda. Com uma cidade mais iluminada e mais segura, as pessoas terão a possibilidade de ocupar novamente esses locais históricos. JOÃO CAMPOS Primeiro, é importante reforçar novamente a proposta do Projeto Antônio Vaz, que compreende uma gestão territorializada e integrada do centro da cidade: o Bairro do Recife e os bairros que compõem a Ilha de Antônio Vaz (São José, Santo Antônio, Joana Bezerra e Cabanga). O objetivo é dar uma atenção ao centro expandido da cidade com uma proteção por completo. Precisamos olhar essas localidades de forma integrada. Precisamos ter um cuidado específico de zeladoria urbana, de segurança e proteção do comércio. Vamos promover um escritório específico para poder focar no centro do Recife, de otimização para licenças e autorizações, contando também com a instituição de um conselho consultivo com órgãos como Ademi, Fecomércio, CDL, universidades, movimentos, associações e entidades com representação social. Assim, preservação e exploração da área serão feitas de forma adequada. Mas, além disso, vejo com muito otimismo a construção do Centro de Convenções de médio porte e do hotel-marina no Bairro do Recife, que vão impulsionar o turismo da região e reforçar a realização de eventos culturais dos mais diversos. MENDONÇA FILHO A cidade do Recife possui um conjunto arquitetônico, urbano e paisagístico que diz muito sobre a memória não apenas do nosso estado, mas também da formação da sociedade brasileira. E a prefeitura tem um papel fundamental na preservação desse patrimônio. Infelizmente, o que temos visto é a negligência da gestão do PSB com a nossa cultura. O Teatro do Parque é o mais representativo exemplo desse abandono. Fechado em 2010, completou 100 anos (em 2015) sem festa e sem público, pois está a mais de 10 anos fechado. Em nossa gestão trabalharemos em estreita parceria com o IPHAN para preservação do patrimônio cultural de nossa cidade. Iremos promover a reestruturação dos mercados públicos e seus entornos, para que o cidadão veja esses espaços como impulsionadores da economia local e elementos da identidade cultural. Para o centro do Recife, vamos realizar uma radical estruturação, promovendo a geração de emprego, habitação em prédios abandonados e trazendo entes públicos para ocuparem o centro. Já estabeleci conversas com o IFPE para a vinda de todos os estudantes dos cursos superiores da instituição. Isso dará um novo ânimo ao bairro, garantindo maior circulação, e impulsionando a economia local. MARÍLIA ARRAES A retomada econômica do Recife passa diretamente pela revitalização e reurbanização do Centro da Cidade. E isso também significa retomar o valor histórico, turístico e comercial que o nosso centro da cidade possui. Tenho conversado muito com entidades e segmentos que atuam no centro, como o CDL e o Porto Digital. E sempre digo a estes atores, que estão interessados na recuperação do centro, que não podemos abrir mão também do investimento em habitação. Precisamos levar as pessoas para morar no centro. São vários prédios abandonados que têm o valor venal abaixo do valor de débito da Prefeitura. Podemos fazer uma parceria com a construção civil, por exemplo. Também podemos fornecer incentivos fiscais para que o comércio volte a ter o protagonismo no centro, além de fazer convênios para que trabalhadores que já são da região possam morar nessas habitações. Assim também diminuiremos o problema do trânsito na cidade. Esse é um processo que só irá acontecer com uma parceria entre a Prefeitura e parceiros que também queiram mudar a cara da nossa cidade. A CDL, o Porto Digital e setores da construção civil, por exemplo, pensam o Centro como a gente pensa. CHARBEL MAROUN Para valorizar o centro do Recife, necessitamos trazer as pessoas novamente para morar na região. Pessoas de todas as classes sociais. E para isso, precisamos permitir que empreiteiras e construtoras possam reformar e construir moradias, retirando todas as normas que inviabilizam. Assim, já começaremos a tornar novamente atrativos os imóveis da região. Através de um compromisso firmado com o Porto Digital permitiremos que investidores revitalizem ruas e calçadas do centro e do Recife Antigo, sendo remunerados com a Contribuição de Melhoria a ser criada. Sem burocracia os imóveis abandonados terão atratividade comercial o que possibilitará a venda, reforma, construção e manutenção pela iniciativa privada. CORONEL FEITOSA Eu tenho um projeto de habitação no centro do Recife para recuperar os prédios antigos e levar as pessoas para morarem nesses prédios. Mas para que as pessoas sejam incentivadas de ir para o centro, vamos levar, inicialmente, como exemplo, empresas e órgãos públicos para o Centro do Recife. Irei transformar o centro do Recife em um referencial turístico, com segurança 24h. Também haverá saneamento e embutimento da fiação; fomento do comércio e de eventos que valorizem a cultura e os artistas locais. Quero transformar os espaços abandonados em espaços gastronômicos, comerciais, turísticos e culturais a exemplos de bares, restaurantes, museus, cinema, livrarias, lojas, etc.

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Finalizadas obras no Sobrado do Imperador de Igarassu

Do Iphan Traçado urbano irregular, casarões centenários e a primeira igreja construída no Brasil. Estes são apenas alguns dos atrativos do município de Igarassu, onde está localizado o imóvel conhecido como Sobrado do Imperador, parte da memória da cidade. A fim de preservar este legado do Centro Histórico igarassuano, a edificação acaba de passar por obras de conservação e manutenção. As intervenções receberam aproximadamente R$ 180 mil em investimentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. Iniciadas em janeiro de 2020, e após um período de suspensão em virtude da atual pandemia, as obras foram encerradas em outubro deste ano. As intervenções visam a conservação continuada do prédio, que passou por obras completas de restauração em 2009. O escopo dos trabalhos que acabam de ser finalizados contemplou limpeza e reparos no telhado e na cantaria; pintura de paredes; retificações e conservação em assoalho de madeira; conserto e pintura de esquadrias; imunização contra cupins, entre outros serviços. Destaca-se também a construção de um anexo com dois banheiros na parte externa junto ao Sobrado, que segue as normas de acessibilidade. Esta melhoria busca atender aos visitantes, pois havia apenas um sanitário na construção, no andar superior. Desde 2010 o prédio abriga o Escritório Técnico do Iphan em Igarassu, bem como a Casa do Patrimônio, espaço onde são promovidas diversas ações culturais e educativas. Com regularidade, oficinas, palestras e exposições movimentam o casarão: o trabalho continuado tem contribuído para aprofundar o conhecimento do público sobre Patrimônio Cultural, assim como estimula vínculos com o próprio sobrado, cenário de experiências marcantes para os frequentadores. O Sobrado do Imperador Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade. O sobrado foi erguido com recursos advindos do imposto da carne no então povoado de Igarassu. Os primeiros usos foram diversificados, mas convergiram em abrigar instituições do poder oficial, como casa de aposentadoria, cadeia e Câmara. Em 1972, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Igarassu foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto. No século XIX, a edificação passou por transformações intensas. Acrescentou-se ao prédio uma ornamentação de referência neoclássica, vertente estilística que chega ao Brasil por influência da Missão Francesa em 1816 e permanece dominante ao longo daquele século. Mesmo com as alterações, foi mantida a essência da arquitetura seiscentista. Tais traços se mostram nos espaços permeados por jogos de cheios-e-vazios e pela conformação dos elementos em cantaria, que consiste em blocos de rocha bruta talhados de forma a constituir sólidos geométricos. O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste. O evento ajudou a consolidar histórias de que a edificação foi construída no século XIX, o que não é historicamente acurado. Naquele ano o imóvel apenas foi preparado para recepcionar o monarca. A história de Igarassu Igarassu é considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo. A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés. Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião, hoje a mais antiga existente no Brasil. Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português. O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras. Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas. A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.

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A importância da consciência cidadã para os eleitores

*Por Luisa Albuquerque As eleições municipais de Recife, nesse ano de 2020, ocorrerão no próximo dia 15 de novembro e, nesse período pré-eleitoral, diversos cidadãos começam a refletir sobre o que eles desejam para as próximas gestões da sua cidade. É possível, em uma análise inicial, inferir que um desejo em comum de toda a população da metrópole pernambucana é a implementação de políticas que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos recifenses. Isso é melhor elucidado ao se perceber que problemas como a falta de mobilidade urbana, a precariedade da saúde pública e a degradação do meio ambiente não são temas contemporâneos, isto é, são problemas arcaicos que reverberam até os dias atuais. Entretanto, as pessoas não podem perder a esperança de equacioná-los. Em uma visão secundária, é cabível mencionar que também se espera para o Recife a resolução de problemas como a mendicância, que assola a metrópole há muito tempo. Podemos citar como exemplo dessa questão preocupante as palafitas próximas à Via Mangue, localizada na Zona Sul de Recife. Esse fato não é algo recente na história da cidade, uma vez que João Cabral de Melo Neto, poeta recifense, escreveu, em 1955, o livro "Morte e Vida Severina", obra que retrata as condições miseráveis de um retirante nordestino que, em certa parte do livro, acaba tendo que morar em palafitas as quais, infelizmente, permanecem na paisagem da cidade até a contemporaneidade. Além disso, é imprescindível ressaltar que um dos principais desejos dos cidadãos para as próximas gestões da cidade do Recife é a melhoria dos problemas de violência urbana. Segundo a ONG mexicana Segurança, Justiça e Paz, Recife ocupa a 22ª posição no ranking de cidades mais violentas do mundo, dado esse que contrasta com o pensamento do sociólogo Zygmunt Bauman quando, em seu livro “Confiança e Medo”, disse que as cidades surgiram, muitas vezes, como local de segurança e proteção. Entretanto, na conjuntura atual, é muito comum o sentimento de medo nas cidades, por conta da falta de segurança pública. É inconcebível falar dos planos dos recifenses sem citar a melhoria do sistema educacional na metrópole pernambucana. A educação exerce um papel de extrema importância na sociedade, inclusive, o de prevenir diversos problemas citados acima, como a degradação do meio ambiente ou o problema de segurança pública, uma vez que a falta de instrução deixa o indivíduo em situação de vulnerabilidade social, por isso se pode falar do poder transformador da educação. É possível, a partir de diálogos multidisciplinares, principalmente nas instituições de ensino, debater sobre o absurdo que é a violência no cotidiano urbano. Além disso, almeja-se, para a cidade do Recife, que tanto os administrados como os poderes constituídos, incluindo o Legislativo e o Executivo, reconheçam a importância das instituições escolares, na medida em que formam alunos cientes do seu papel na sociedade, desejando instituições de ensino que discutam assuntos que vão além dos muros da escola e que, como consequência disso, promovam vínculos da educação com a cidadania e a democracia. Chegou a hora de os cidadãos recifenses exercerem o direito democrático que lhes foi garantido na Constituição de 1988, contribuindo, com o voto consciente, para mudar o cenário atual de violação cotidiana dos direitos e garantias individuais e coletivos. Eis o caminho para que se tenha, de fato, a concretização da sociedade idealizada pela Constituição. *Luisa Albuquerque é estudante do 3º Ano do Ensino Médio do Colégio Equipe

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Parecer técnico aponta inaptidão para construção de empreendimento no Poço da Panela

Da Fundação Joaquim Nabuco A construção de 21 mil metros quadrados de uma unidade da rede Atacado dos Presentes no número 2069 da avenida 17 de Agosto, Poço da Panela, na Zona Norte do Recife, impactará negativamente o entorno. Na Capital pernambucana, qualquer edificação não-habitacional a partir de 15 mil m² é considerada de impacto. Na área em questão, protegida pela Lei dos 12 Bairros, o parâmetro cai para 5 mil m². Ou seja, quatro vezes a área apontada por lei. Fato que consta no Estudo de Impacto Urbano Simplificado solicitado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A análise teve à frente o reconhecido arquiteto e urbanista Milton Botler. Responsável por encabeçar ações para frear a construção, a Fundaj questiona as inconsistências no projeto e a falta de conformidade com as legislações relacionadas. “Fica claro, no parecer, que o empreendimento não se preocupa com o ambiente do entorno, especialmente urbanístico, histórico e ambiental. Não há estudo de empreendimento de impacto e estudo de impacto de vizinhança, na forma devida, além de insuficientes abordagens ao tema”, aponta o presidente da Fundaj, Antônio Campos, que critica o fato da instituição federal, vizinha ao local, não ter sido convidada para discutir o projeto e seus efeitos na área. O terreno em questão está circunvizinho à zona histórica que compreende o Poço da Panela e ao campus sede Fundaj, em Casa Forte, onde está localizado o Solar Francisco Ribeiro Guimarães, declarado Imóvel Especial de Preservação. Por isso, o imóvel deve atender às exigências legais e uma Orientação Prévia para Empreendimento de Impacto (Opei), do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, em que se considere o patrimônio natural e cultural. O diálogo com equipamentos urbanos e comunitários presentes no entorno — e com os próprios moradores — também está previsto. Determinações não atendidas e comprovadas no estudo solicitado pela Fundaj. O campus Casa Forte, onde a Fundaj está projetando o Complexo Cultural Gilberto Freyre, também está com três edificações em processo de tombamento estadual e federal em andamento — além do Solar Francisco Ribeiro e seus anexos, os edifícios Gil Maranhão, onde funciona o Museu do Homem do Nordeste, e o Paulo Guerra, onde fica a Editora Massagana, a Sala Calouste Gulbenkian e o setor administrativo da Fundação. "É uma das áreas mais importantes no sentido histórico-cultural da cidade, de ocupação secular, que foi sede de vários engenhos. A Lei dos 12 Bairros determinou uma maior preocupação dos empreendedores com o espaço público e a paisagem urbana”, esclarece o urbanista Vitor Araripe, que integra o estudo dirigido por Botler. O parecer de mais de 100 páginas foi encaminhado à Prefeitura do Recife, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério Público e Organização dos Advogados do Brasil (OAB). Paralelamente, outro parecer sobre o impacto viário — exigido pela Opei — foi encomendado, diante da insuficiência do apresentado pela empresa. “Se trata de um grande empreendimento, que, por isso, tem o dever de considerar seu efeito. Lutamos por uma cidade mais inclusiva e que respeite o seu patrimônio histórico, urbanístico e natural”, defende Antônio Campos. Problema antigo O terreno onde o Atacado dos Presentes pretende construir uma de suas unidades já foi alvo de ações na justiça e tem réus com uma multa de R$ 1,578 milhão em aberto, a ser revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). No local, funcionou a clínica psiquiátrica Casa de Saúde São José. O imóvel foi adquirido pelo Carrefour em meio ao processo de classificação como Imóvel Especial de Preservação (IEP), a pedido da Secretaria de Cultura do Recife. Em 2009, no entanto, ele foi derrubado de forma irregular, de acordo com o então juiz da 21ª Vara da Justiça Federal, Francisco de Barros e Silva. Desta vez, o novo imbróglio implica outra rede varejista. Segundo aponta a linha do tempo levantada pelo Estudo de Impacto Urbano Simplificado, a partir da análise dos documentos disponíveis no portal de licenciamentos da Prefeitura do Recife, o projeto arquitetônico foi apresentado em agosto de 2019. Em maio deste ano, a Secretaria Executiva de Licenciamento e Controle Ambiental concedeu uma Licença Prévia, revogada em menos de dois meses, no dia 13 de julho. Após a Fundação Joaquim Nabuco pedir a suspensão da construção. Ainda de acordo com o parecer, segue em aberto diversos elementos, como estudos de circulação, volume de tráfego e a conversa com o entorno.

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Janelas Casacor em exposição até dezembro em Pernambuco

Enquanto a Casacor 2020 foi adiada devido à pandemia, o projeto “Janelas”, que tem o objetivo de refletir sobre a casa a partir do pós pandemia, já chegou à Pernambuco. No Brasil 12 cidades estão envolvidas na ação que começou na última sexta-feira (6) e segue até o dia 20 de dezembro. Entre as novidades deste ano estão as instalações em Brasília Teimosa e na Comunidade de Entra Apulso. O Shopping Recife concentra a maior parte dos ambientes. Com a CASACOR adiada em função do momento atual, o conceito da edição “Janelas” é propor experiências físicas e digitais, batizada de “figital”, para expor as reflexões do nosso tempo e para o futuro. Além de contemplar os ambientes através das vitrines, gratuitamente, as pessoas poderão usar QR Code para fazer tour virtual e ainda acompanhar a produção de vários conteúdos, através das redes sociais. Serão gerados vídeos com narrativas dos arquitetos sobre seus espaços e direcionamento dos visitantes ao Marketplace dos patrocinadores e fornecedores envolvidos. Os 13 Ambientes “Janelas CASACOR” serão instalados em contêineres com fachadas de vidro, que vão poder ser contemplados em vários pontos estratégicos e de grande visibilidade do Recife. No total, serão sete unidades com 15 metros quadrados e outras seis unidades com 30 metros quadrados de área. “O mais gratificante é que, em um ano cheio de dificuldades, o Janelas CASACOR de Pernambuco será recheado de belas novidades e está sendo planejado para interagir de forma harmônica com a cidade e sua paisagem”, explicam Isabela Coutinho e Carla Cavalcanti. O projeto “Janelas”, idealizado pela CASACOR Brasil, ganhou adesão e apoio logístico da Prefeitura do Recife, que autorizou a instalação dos contâiners em áreas estratégicas da cidade. Todo o planejamento e viabilidade do projeto foram acompanhados de perto pelo secretário Túllio Ponzi, de Inovação Urbana. “Não poderíamos deixar de apoiar um projeto que está totalmente alinhado com as normas de biossegurança e, ao mesmo tempo, oferece experiências diversas tanto para os recifenses, quanto para os turistas que passarão pela nossa cidade nesse período”. O Shopping Recife será o local com maior concentração de ambientes. Cinco espaços estarão estrategicamente visíveis no primeiro piso do mall, além de espaço para exposição de objetos e utilitários de arte e design dos artesãos, apoiados pelo SEBRAE, por Michele Gil Rodrigues. “Estamos sempre em busca de novidades para os nossos clientes. Mais uma parceria com a CASACOR, que promete fazer sucesso aqui no Shopping, com grandes oportunidades e ideias de decoração neste novo momento”, adianta Renata Cavalcanti, gerente de Marketing. Ainda no centro de compras, uma caixa de vidro projetada pela arquiteta Marylia Nogueira para a Deca, um dos patrocinadores nacionais da exposição. Na área social C (próximo do acesso aos cinemas) mais dois espaços, sendo um assinado por Dubeux e Vasconcelos para o Minha Casa Financiada, e outro da UNINASSAU, com projeto de estudantes e seus orientadores do curso de Arquitetura. Completando o conjunto de vitrines do Shopping Recife, na área externa da 5ª, estará o ambiente da Moura Dubeux, com ambientação de Zirpoli Arquitetura. Circuito social e navegabilidade Os outros contâiners estarão em pontos de grande visibilidade no Recife. No Parque Dona Lindu, a proposta das Arquitetas PE trás a moradia pós COVID. No 2º Jardim de Boa Viagem, dois ambientes: André Carício será o arquiteto do espaço da Haut Incorporadora, e Ju Nejaim. Márcia Nejaim e Suzana Azevedo prometem um belo projeto para o ambiente da Vivix Vidros Planos, no Marco Zero. We Arquitetos é o escritório da vitrine da Rua da Aurora. Na Jaqueira, Romero Duarte Arquitetos. Um dos destaques é a alternativa dos visitantes fazerem um circuito fluvial, por alguns ambientes. Através da navegabilidade, é possível acessar pontos de para próximos a algumas vitrines, às Margens do Capibaribe. “Teremos barcos credenciados, com todos os equipamentos de segurança, para fazer o circuito fluvial CASACOR, com paradas em todos os conteiners acessíveis através do Rio”, explica Isabela. Outro destaque do Janelas CASACOR, são dois ambientes com função social e propostas de moradias de baixo custo, com soluções criativas, funcionais e estéticas. Em ambos os casos, os espaços serão doados para as comunidades. Um desses espaços ficará em Brasília Teimosa, com projeto de Josemar Costa e André Azevedo, para as Tintas Coral. O projeto de Luiza Nogueira também será implantado no Entra Apulso, em uma parceria com o Instituto Shopping Recife. “Poder proporcionar essa experiência aos moradores de Entra Apulso é motivo de muita alegria. Uma novidade que também estará no Shopping Recife e seu entorno, democratizando o acesso à arquitetura para todos os públicos”, celebra Ione Costa, presidente do instituto. Uma das novidades desta edição é que a mostra ganha destaque regional, com um dos ambientes no Agreste, mais precisamente no Difusora Shopping, com espaço da Copergás, assinado pelo escritório PMZ Arquitetura. “Este é o primeiro passo rumo à interiorização da CASACOR em Pernambuco. A nossa ideia é expandir e contemplar outras cidades do estado já a partir do próximo ano”, finaliza Carla. VIVIX O Marco Zero do Recife, principal cartão postal da capital pernambucana, abraça o sofisticado Studio VIVIX da Vivix Vidros Planos, empresa patrocinadora da edição especial “Janelas CASACOR”, . O ambiente da Vivix, que é um Studio completo, tem assinatura do escritório Nejaim Azevedo Arquitetos Associados das arquitetas Marcia Nejaim e Suzana Azevedo. Às margens do Rio Capibaribe e com vista privilegiada para o Parque das Esculturas Francisco Brennand, o Studio VIVIX promete chamar a atenção de turistas e recifenses. A vitrine do espaço foi construída com os vidros laminados da linha VIVIX Lamina e poderá ser contemplada tanto em terra firme, para quem estiver circulando pelo Marco Zero, como também em passeios de barcos credenciados pela mostra, que farão o circuito fluvial CASACOR passando por ambientes próximos ao rio. Além disso, o público também poderá ter acesso ao espaço da Vivix em visita virtual guiada pelas autoras do projeto, no site oficial da CASACOR. SERVIÇO: JANELAS CASACOR 6 DE NOVEMBRO A 20 DE DEZEMBRO 13 AMBIENTES - Shopping Recife (Seis ambientes) Dubeux Vasconcelos Arquitetura –

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Lançamento do livro “Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque”

Da Prefeitura do Recife Um projeto para o futuro é feito com as ideias, o esforço e a vontade de muitas pessoas. Ele é concebido, nasce, se desenvolve e nunca para de evoluir. O Parque Capibaribe é um desses projetos para o futuro. Um projeto para um Recife mais sustentável, mais integrado com o meio ambiente, trazendo as pessoas para o centro desta vivência. Iniciado em 2013 em um convênio da Prefeitura do Recife com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através do INCITI - Pesquisa e Inovação para as Cidades, sob gestão atual da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, e com previsão de conclusão para 2037, data comemorativa dos 500 anos do Recife, o Parque Capibaribe ganha agora seu primeiro registro em formato livro: “Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque”. A publicação foi lançada ontem, na Prefeitura do Recife. O prefeito Geraldo Julio fez o lançamento em uma reunião online com representantes da sociedade civil e atores públicos ligados ao projeto tais como o Reitor da UFPE Alfredo Gomes; os coordenadores do projeto Roberto Montezuma, Circe Monteiro e Luiz Vieira e o arquiteto, coordenador da reunião e representante da sociedade civil pelo Observatório do Recife, Francisco Cunha. O novo olhar sobre a cidade e sua relação com o rio já rendeu resultados concretos para a cidade em espaços públicos como o Jardim do Baobá, pedra fundamental do Parque Capibaribe, nas Graças e da Praça Otávio de Freitas, no Derby, remodelada com base nas diretrizes do projeto. “Hoje é um dia histórico, a gente está muito feliz, eu sei que é um dia de emoção para todos que estão participando dessa reunião por tanto trabalho, dedicação e suor. Foi muito importante mexer com as pessoas no ambiente físico, nas reuniões e oficinas, nos espaços de participação da população, dentro da Universidade, os movimentos que aconteceram nos bairros, as caminhadas conduzidas por Chico com a participação de todos nós, tudo isso mexeu muito com a cidade e muito com cada um. E esse é o ponto principal desse projeto, ele marca não só pelo produto, mas pela forma, a forma como chegamos até aqui” comentou o prefeito Geraldo Julio durante a reunião. “A gente está vivendo o momento mais crítico da vida urbana do Planeta, com a pandemia piorou, então tudo o que puder ser feito para a melhorar a vida nas cidades e para transformar as cidades em cidades mais humanas vão ter grande mérito. Precisamos dessa transformação para morar na cidade que queremos para os nossos filhos, nossa família e para os cidadãos”, complementou ele. Já o reitor da UFPE Alfredo Gomes comentou sobre a importância da perspectiva de integração do projeto. “É uma alegria estar com a Prefeitura nesta parceria e estamos à disposição para dar continuidade a esta parceria. Entregamos com muita alegria esse livro. Quero fazer o reconhecimento a todos, tivemos mais de 300 pesquisidores envolvidos nessa ação. Muita pesquisa e cruzamento de dados. O trabalho dá uma grande esperança de que os rios promovam a integração e a união da cidade, e não de divisão da cidade. Parabenizo aos envolvidos nessa ação tão importante, em especialmente aos coordenadores. Que possamos construir uma cidade cada vez mais justa, igualitária e inclusiva”, disse ele. Representando a sociedade civil organizada, Francisco Cunha afirmou que o lançamento do livro é um marco histórico do “mais importante plano urbanístico da história do Recife. “Terminamos descobrindo por essa extraordinária pesquisa realizada que o rio, que corta a cidade, é o meio de realizar a conexão da cidade, uma forma de sutura. Queria homenagear a todos que estão participando e dizer que para mim este é o maior estudo e o mais importante plano urbanístico feito no Recife. Esta é uma iniciativa de reinvenção da cidade. Esse trabalho chegou onde chegou porque o prefeito Geraldo Julio, pessoalmente, foi patrocinador desse projeto.” A Reinvenção do Recife Cidade Parque narra a origem e as diretrizes que construíram o projeto Parque Capibaribe. Fala sobre essa visão de futuro que carrega em si os elementos necessários para a promoção de um reencontro com o Capibaribe e a reestruturação da cidade ao redor deste rio nas próximas duas décadas. Um projeto de uma cidade mais verde, que favorecerá a conexão com a natureza através da gradativa recuperação das águas e matas ciliares e na criação de espaços abertos, coletivos, inclusivos. Uma iniciativa que abraça processos sustentáveis para o enfrentamento dos desafios de um planeta em transformação, com efeitos tanto climáticos quanto econômicos. “Foi um trabalho histórico de mais de 300 pesquisadores durante oito anos para entregar uma visão de futuro. Um projeto inovador, inclusivo, que tem o objetivo de transformar Recife em uma cidade mais saudável, pacífica e próspera. O Parque Capibaribe é uma tentativa de redescobrir a alma de vanguarda do Recife nestas águas do rio”, explicou o urbanista Roberto Montezuma, coordenador do INCITI. Também à frente da coordenação do Parque Capibaribe, Circe Monteiro avaliou que o livro é um dos produtos do projeto Parque Capibaribe com produção de conhecimento transversal, envolvendo áreas como economia, sociologia, engenharia, comunicação, design. “Esse projeto foi uma experiência extremamente inovadora e quebrou vários paradigmas na forma de se pensar a cidade”, comentou ela. E Luiz Vieira, mais um coordenador do Parque Capibaribe, fez a apresentação do conteúdo do livro: “é uma grande honra apresentar esse livro, o resultado do projeto Parque Capibaribe”. Em mais de 300 páginas com textos e amplo material fotográfico, pesquisadores do INCITI, atores públicos e profissionais que trabalharam no processo de criação do projeto fazem um grande ensaio, registro e diagnóstico dos primeiros anos desta ação duradoura para o Recife. Desde a concepção até as ativações de novos espaços da cidade, como no caso do Jardim do Baobá, nas Graças, e da Praça Otávio de Freitas, no Derby. Mas o livro não deixa de fora as ações pontuais, como as reuniões e atividades que fortaleceram ao longo dos anos a identidade do projeto junto aos recifenses. Além disso tudo, “Parque

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PCR indica Colégio da Sagrada Família para classificação como Imóvel Especial de Preservação

Da Prefeitura do Recife Diante da notícia de fechamento do Colégio da Sagrada Família, localizado na Praça de Casa Forte, o prefeito Geraldo Julio, por meio da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC)/Secretaria de Planejamento Urbano e da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, com o intuito de salvaguardar o patrimônio educacional do Recife, decidiu indicar o conjunto arquitetônico do colégio como Imóvel Especial de Preservação (IEP), de acordo com a lei Municipal de n° 16.284/97. O colégio encerrará as atividades de ensino em 2021. A iniciativa está alinhada com o processo já iniciado pela Prefeitura do Recife com a criação do Plano de Ordenamento Territorial, no qual a DPPC propôs uma atualização conceitual das Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH), que foram renomeadas para Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Cultural (ZEPP), possibilitando uma abrangência maior do rico acervo patrimonial da cidade. As propostas, inseridas no âmbito da atualização da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), incluem também a ampliação de polígonos de ZEPH existentes e a criação de novas Zonas em vários bairros da cidade, incluindo o bairro de Casa Forte. No entanto, essas iniciativas, que contemplarão não só imóveis isolados, mas sim áreas urbanas, dependem da aprovação do Plano Diretor, que se encontra há dois anos aguardando votação na Câmara Municipal do Recife. Conforme a Lei, para realizar a classificação do imóvel como IEP é necessária a elaboração de um parecer técnico da DPPC para avaliar se ele preenche os requisitos exigidos. Depois de elaborado, o parecer é submetido ao Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) que vota pela sua inclusão, ou não, no rol de IEPs por meio de Decreto Municipal. A análise do parecer sobre o imóvel do Colégio da Sagrada Família pelo CDU está prevista para acontecer na próxima reunião do Conselho, que deve acontecer no fim do mês de novembro. A Prefeitura do Recife informa que, desde 2013, classificou 107 imóveis como Imóveis Especiais de Preservação. Em 1997, quando foi promulgada a Lei Municipal 16.284, foram classificados 154 imóveis como IEPs. Até o início da atual gestão, apenas mais 2 imóveis foram classificados como Especiais de Preservação pelo município. Histórico - O Colégio da Sagrada Família faz parte de uma congregação francesa fundada por Santa Emília de Rodat e se instalou no local atual, terras do antigo Engenho Casa Forte, desde 1907. O imóvel, composto por convento, colégio e capela, encontra-se preservado e está localizado ao fundo da Praça de Casa-Forte, recentemente tombada pelo IPHAN, como obra do Paisagista Burle Marx (1936), formando junto com a Igreja de Casa Forte um importante conjunto arquitetônico da Zona Norte do Recife.

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A Mobilidade que Precisamos

A mobilidade urbana é um dos pilares defendidos pelo projeto O Recife que Precisamos 2021. Enviamos para os candidatos a pergunta abaixo e publicamos hoje na íntegra as respostas de Mendonça Filho (DEM), Delegada Patrícia Domingos (Podemos), Marília Arraes (PT), João Campos (PSB), Charbel Maroun (Novo) e do Coronel Feitosa (PSC). Os demais prefeituráveis não responderam até o final desta edição ou não foram localizados. A mobilidade urbana é uma das principais preocupações dos recifenses. Quais as suas propostas para melhorar a mobilidade no Recife? Alguma proposta referente à mobilidade ativa? MENDONÇA FILHO A mobilidade na cidade do Recife tem piorado nas últimas duas décadas, graças ao adensamento populacional ocorrido sem o devido planejamento e controle. A situação é tão grave que o Recife está entre as 15 cidades com pior tráfego do mundo. Para mudar esse cenário é preciso um verdadeiro choque de gestão. Quando formos eleitos, iremos concluir e implementar um Plano Municipal de Mobilidade que dará prioridade para o transporte coletivo. Vamos promover a reestruturação dos corredores exclusivos (Linha Azul) de ônibus; criar um programa que garanta internet nos ônibus que circulam no Recife e atuar fortemente enquanto integrante do Consórcio Grande Recife para garantir a retomada e a plena operação do sistema transporte BRT. Sem esquecer da mobilidade ativa, iremos garantir a expansão das ciclovias e ciclofaixas e promover um amplo processo de construção e recuperação de calçadas propiciando condições adequadas de acessibilidade para o uso da caminhada como um modal de deslocamento. MARÍLIA ARRAES O Recife tem o trânsito mais congestionado do Brasil, o 3º pior da América do Sul e o 15º do mundo, segundo a pesquisa TomTom Traffic de 2019. Também somos a 9ª capital mais violenta no trânsito no país. Para melhorar a mobilidade no Recife, vamos criar o Observatório da Mobilidade para analisar e estudar os diferentes aspectos ligados à mobilidade da RMR. Também vamos democratizar o espaço viário em prol da melhoria da qualidade do transporte público coletivo, ampliando as faixas azuis nas ruas e avenidas da cidade. Também temos o objetivo de integrar o sistema cicloviário atual aos corredores estruturantes de transporte, criando condições de circulação segura para as áreas da cidade com maior potencial de emprego. O Recife também ocupa a 7ª posição no ranking mundial de tempo perdido em deslocamentos no transporte público, por isso é fundamental investir no transporte ativo. Vamos adotar uma política de manutenção e construção da malha cicloviária eficiente que dialogue com a necessidade das bicicletas. É fundamental, ainda, que o Recife tenha uma presença mais eficaz dentro do Consórcio Grande Recife, uma participação mais ativa. DELEGADA PATRÍCIA Nós temos o projeto Transporte Massa. Vamos tirar o Recife do Consórcio Grande Recife, um consórcio que nos aprisiona, onde o Recife não tem poder de decisão. Vamos municipalizar o transporte entre os bairros. Exigir no termo de licitação que todos os veículos tenham ar condicionado. Também vamos colocar em debate a redução do preço da passagem, de acordo com o trecho que o passageiro percorrer dentro do município. CORONEL FEITOSA Um dos problemas no Recife, é que muitos serviços de carga e descarga de veículos de grande porte são realizados nos horários comerciais, ou seja, de maior pico. No meu governo, isso será regulamentado, pois irei estabelecer regras de restrição para a circulação, estacionamento, carga e descarga de veículos de grande porte dentro da área urbana da cidade, com delimitação de horários para evitar o congestionamento de locais com fluxo intenso. Haverá uma flexibilização de horários e também de jornada. Quando falo em flexibilização de jornada, quero dizer que irei dialogar com escolas, construção civil, empresas, comércio, etc., para que haja uma flexibilização de horários nas entradas e saídas para que não coincidam, evitando o trânsito intenso na cidade do Recife. Irei resolver os problemas de mobilidade com inversões do trânsito em mão única em horários de maior movimento, ofertando veículos coletivos menores e com maior frequência, além de regulamentar mototáxis e incentivar a carona coletiva. Em relação à mobilidade ativa, as bicicletas são consideradas, no mundo todo, um meio de transporte alternativo, sendo, até mesmo, um equipamento de trabalho para muitas pessoas. Dessa forma, irei criar ciclovias nos principais corredores para que tenham conectividade para que haja deslocamentos para quem vai trabalhar e estudar, e não apenas para o lazer. Irei ainda promover campanhas de segurança no trânsito para motoristas e ciclistas, para reduzir os índices de acidentes nas ruas da cidade. Pretendo solicitar a ampliação do metrô e cuidar das calçadas para que as pessoas possam andar a pé e com acessibilidade. JOÃO CAMPOS A mobilidade urbana é um desafio enorme, de toda grande cidade e existe espaço para avanços e renovações. Com muito mais força, vamos fazer o exercício da nossa presença no consórcio metropolitano. Isso quer dizer que vamos cobrar por rotas melhores e mais otimizadas, o que evitará a longa espera nas paradas. Vamos cobrar por uma melhora na frequência do transporte, o que evitará a superlotação. Vamos cobrar por uma melhora na qualidade do próprio ônibus. É um absurdo que as empresas não assumam a responsabilidade por essas melhorias. Tocando diretamente na questão da mobilidade ativa, outro ponto fundamental: sem gerar uma nova estrutura física, apenas reorganizando o que existe na prefeitura, será criada uma área para cuidar especificamente da mobilidade humana: pedestres, ciclistas e passageiros de transporte coletivo seguirão como uma prioridade, merecem políticas específicas ainda mais fortes, que se fazem urgentes. Estamos falando de 71% de recifenses que se locomovem a pé ou usam o transporte coletivo para deslocamento. As ações exitosas, como a implantação de novas ciclovias e a faixa exclusiva de ônibus, serão ampliadas. Em relação às ciclovias, vamos ampliar a malha em pelo menos 100 km, trabalhar a sua implantação em grandes eixos de mobilidade e fazer a ligação entre esses espaços. Sobre as calçadas, vamos manter e ampliar o programa de requalificação existente, avançando no passeio público para pedestres. Por fim, pretendemos usar o que tem de mais avançado em termos

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O Capibaribe que precisamos

A revitalização do Rio Capibaribe é um dos pilares defendidos pelo projeto O Recife que Precisamos 2021. Enviamos para os candidatos a pergunta abaixo e publicamos hoje na íntegra as respostas de Mendonça Filho (DEM), Delegada Patrícia Domingos (Podemos), Marília Arraes (PT), João Campos (PSB), Charbel Maroun (Novo) e do Coronel Feitosa (PSC). Os demais prefeituráveis não responderam até o final desta edição ou não foram localizados. O Rio Capibaribe é um dos principais elos de ligação da cidade, cortando um percentual elevado de bairros. Como deve ser a atuação do poder municipal para recuperar e reintegrar o rio na dinâmica da cidade? A continuidade do Parque Capibaribe, que é uma política de longo prazo para a cidade, está no seu horizonte? MENDONÇA FILHO - O Rio Capibaribe é um dos maiores patrimônios naturais da cidade do Recife, sendo importante do ponto de vista ambiental, turístico, econômico e sob o aspecto da mobilidade. A prefeitura do Recife precisa atuar para proteger e incorporar o Rio Capibaribe plenamente à cidade, cuidando de suas margens, evitando o despejo de esgoto e do lixo urbano, incentivando a exploração turística e garantindo a realização das ações cabíveis a prefeitura do Recife no projeto da navegabilidade. Em relação ao parque Capibaribe iremos garantir que ele consiga, de fato, sair do papel. Evitando que suas obras sejam paralisadas como ocorreu com o projeto da navegabilidade do Capibaribe, da ponte Iputinga-Monteiro ou dos habitacionais Sérgio Loreto, Pilar, Vila Brasil I e II e Encanta-moça 1 e 2. Todas essas obras, abandonadas pela gestão do PSB. MARÍLIA ARRAES - A mobilidade é um tema importante na garantia do direito à cidade e é dever do município garantir o cumprimento da Política Nacional de Mobilidade Urbana. A utilização do Rio Capibaribe como mais um instrumento de deslocamento da população deveria ser prioridade, mas a atual gestão municipal não prioriza outras formas de transporte que não sejam os carros. O Recife Cidade Inteligente acredita que é possível utilizar os elementos que fazem parte da rotina da cidade para mudar a dinâmica da vida das pessoas. O Rio Capibaribe, portanto, é um desses elementos. Um dos objetivos do nosso plano de governo é implantar pontes para pedestres e ciclistas, obras que estão previstas no projeto Parque Capibaribe. Também é possível utilizar o rio como mais uma alternativa de transporte para os recifenses. A população que usa ônibus espera, em média, 25 minutos para embarcar no transporte para ir de casa ao trabalho. Se a lógica do transporte for invertida, com a priorização das bicicletas, ônibus, da utilização do rio Capibaribe e do transporte ativo, a vida das pessoas irá melhorar. DELEGADA PATRÍCIA DOMINGOS - O Rio Capibaribe é um dos maiores símbolos do Recife. Ele não pode continuar sendo um depósito de esgoto. Vamos exigir que o esgoto na nossa cidade não seja despejado nos nossos rios. Nossa gestão vai ter uma atenção especial para o Capibaribe e para toda a bacia fluvial do Recife. A recuperação de nossas águas depende de uma melhor gestão de saneamento. As margens dos rios também precisam ser recuperadas, evitando o assoreamento. Nossa gestão também vai trabalhar para dar moradia digna a quem vive nas margens dos rios. As pessoas também precisam ocupar as margens, elas se tornarem uma opção de lazer, Claro que devidamente preservadas, para que esses locais voltem a ser um atrativo para a população e os turistas. CORONEL FEITOSA - O Rio Capibaribe é a fonte de sustento de muitas famílias de pescadores que vivem às suas margens. A situação atual do rio é bastante preocupante, pois há todo tipo de lixo, até mesmo móveis são jogados lá. Há muita poluição. Por isso, eu quero realizar a limpeza, despoluição e requalificação não só do Rio Capibaribe, como de todos os outros canais e rios da cidade, além de retomar a obra de navegabilidade do rio, pois será uma artéria importante para melhorar o trânsito e a mobilidade no Recife. Em relação ao Parque Capibaribe, é um projeto que vale a pena ser tocado para frente. Mas para que isso dê certo, é preciso, primeiramente, revitalizar o Rio Capibaribe, visto que o projeto prevê um sistema de parques em cada margem do Rio. JOÃO CAMPOS - Continuar, ampliar e avançar dentro do projeto Parque Capibaribe é uma das diretrizes das propostas para área ambiental. Um dos principais objetivos do projeto é reverter a forma como as pessoas vivem a cidade ao reconectá‐las com as águas do rio, resgatando a bacia hidrográfica como eixo de desenvolvimento sustentável e estruturador de políticas, ações e obras públicas. Estão previstas passarelas, rotas cicláveis e ruas‐parque, que são ruas de acesso ao Capibaribe. Também em consonância com os planos de revitalização, já foi firmado o compromisso público de manter as ações de valorização do meio ambiente a partir do Rio Capibaribe. Ainda em setembro, foi assumido o compromisso com o Plano Recife 500 anos, iniciativa que nasceu em 2015 através de parceria entre a Prefeitura do Recife e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), e que tem por objetivo pensar a cidade a longo prazo, como foco em projetos para serem desenvolvidos até 2037. Entre esses projetos, a conservação do Rio Capibaribe é um dos pilares. CHARBEL MAROUN - O grande entrave dos projetos do Rio Capibaribe está na falta de recursos, com investimentos privados, além de possibilitarmos a navegabilidade do Capibaribe, poderemos dar continuidade ao Parque do Capibaribe

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Controle urbano no foco

O controle urbano é um dos pilares defendidos pelo projeto O Recife que Precisamos 2021. Enviamos para os candidatos a pergunta abaixo e publicamos hoje na íntegra as respostas de Mendonça Filho (DEM), Delegada Patrícia Domingos (Podemos), Marília Arraes (PT), João Campos (PSB), Charbel Maroun (Novo) e do Coronel Feitosa (PSC). Os demais prefeituráveis não responderam até o final desta edição ou não foram localizados. Qual será a sua proposta em relação ao controle urbano no município e cuidado com a cidade? CHARBEL MAROUN - Teremos um projeto de zeladoria permanente para a cidade que realizará parcerias público privadas entregando espaços públicos como parques e praças, calçadas e até mesmo uma região inteira como o Bairro do Recife a gestão privada, com fiscalização da manutenção dos espaços públicos por parte da comunidade local e do município. Em troca de dar manutenção e reforma o parceiro privado receberá parte do IPTU da região. MENDONÇA FILHO - Vou atuar com foco na recuperação dos espaços públicos que hoje estão degradados, como praças, parques, mercados e a orla de boa viagem. A recuperação desses equipamentos é fundamental para melhorar a qualidade de vida do cidadão recifense e do turista que vem aproveitar as potencialidades de nossa cidade. Acredito que a guarda municipal será uma importante aliada na preservação desses equipamentos, por isso irei fortalecer sua atuação garantindo a posse da arma e uma constante capacitação através da academia da guarda que será implantada durante minha gestão. Em relação ao controle urbano, vou trabalhar para garantir uma melhor fluidez no deslocamento na cidade do recife. Por essa razão, pretendo: 1-aumentar o monitoramento e sincronização dos semáforos nos principais corredores, garantindo uma melhor fluidez e segurança no trânsito. 2- elaborar proposta de incentivo a construção de edifícios garagem em pontos estratégicos e articulados com o sistema de transporte de passageiros, reduzindo o estacionamento de veículos nas vias; e 3- promover a desobstrução dos corredores de transporte, do Centro Principal e dos Centros Secundários através de negociação e a adequação da legislação pertinente, de forma a evitar que o processo de carga e descarga prejudique a fluidez do trânsito, sem comprometer o acesso dos comerciantes a suas mercadorias. MARÍLIA ARRAES - Quando falamos em ordenamento e controle urbano, é importante falar sobre o direito à cidade, o uso e o compartilhamento democrático do espaço urbano. Algumas das propostas do nosso plano de governo, por exemplo, são: a retomada do processo de revisão do Plano Diretor do Recife, a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo e a Lei de Parcelamento previstas no Plano de Ordenamento Territorial, além da elaboração e implantação de planos de bairros e de centralidades que explorem suas potencialidades e que respeitam a memória e as dinâmicas sociais e econômicas. Também é importante e fundamental investir na capacitação de quem faz a fiscalização sobre todos os tipos de intervenção. DELEGADA PATRÍCIA DOMINGOS - Nossa gestão terá um olhar de carinho para o nosso espaço urbano. Vamos trabalhar em parceria com os microempreendedores para que eles possam trabalhar com condições e tranquilidade. Teremos uma gestão humana, em parceria com especialistas, urbanistas, para dar uma nova cara ao nosso Recife. CORONEL FEITOSA - O Recife tem um terço da população vivendo em área de morro. Eu irei realizar obras estruturadoras de contenção e prevenção de deslizamento. Farei um trabalho de total recuperação da cidade, com mapeamento, cadastramento, requalificação e urbanização das comunidades e morros, focando na prevenção de desastres, apoio emocional das famílias e melhoria na qualidade de vida da população. As pessoas que vivem em ocupações e assentamentos informais e ilegais terão soluções de moradia com obras de infraestrutura e equipamentos públicos de interesse da sociedade. Os trabalhadores informais serão incentivados no meu governo com um trabalho multidisciplinar de identificação e desenvolvimento de vocações locais. Irei apoiar a geração de novos negócios como também a viabilidade para que esses negócios prosperem e as pessoas possam ter meios para o seu sustento. Irei instalar fontes de captação de energia solar nos prédios públicos e iluminação pública, articulando parcerias para financiar a instalação de fontes de captação de energia sustentável e economia para a população. Há muitas áreas no Recife que são desassistidas, virando pontos de atuação de criminalidade. Por isso, irei requalificar toda a rede de iluminação pública. Campanhas de educação sanitária ambiental serão incentivadas durante o meu governo, para que haja o uso consciente da água, o descarte de resíduos sólidos e o combate ao desperdício. Através de máquinas automatizadas, com sistema de coleta de material reciclado espalhadas por diversos pontos da cidade, o cidadão poderá realizar o descarte correto e ainda será remunerado, após coleta mínima, com crédito em conta bancária. JOÃO CAMPOS - Pessoalmente, inclusive nas ruas, há o diálogo com os vendedores informais e a visão é de que é preciso incentivá-los para que formalizem suas atividades. O principal programa nesse sentido é o Crédito Popular do Recife, que vai beneficiar 10 mil recifenses anualmente. Ao mesmo tempo, a economia da cidade aquece, já que serão concedidas linhas de crédito de até R$ 3 mil e quem está negativado poderá acessá-las. A taxa é de 0,99% ao mês, com quatro meses de carência, e a Prefeitura vai pagar a última parcela se a pequeno empreendedor pagar em dia. Além de desburocratizar o acesso ao crédito, o programa combate a agiotagem. Outras ações, que incluem a continuidade e avanço nas obras de revitalização e reorganização do centro, também são propostas. O Projeto Antônio Vaz, que compreende uma gestão territorializada e integrada do centro da cidade: o Bairro do Recife e os bairros que compõem a Ilha de Antônio Vaz (São José, Santo Antônio, Joana Bezerra e Cabanga). O objetivo é dar uma atenção ao centro expandido da cidade com uma proteção por completo. Precisamos olhar essas localidades de forma integrada. Precisamos ter um cuidado específico de zeladoria urbana, de segurança e proteção do comércio. Vamos promover um escritório específico para poder focar no centro do Recife.

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