Arquivos Urbanismo - Página 48 de 93 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

Museus da Prefeitura do Recife reabrem hoje (1º)

A partir de hoje, os museus geridos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, reabrem portas e retomam atividades presenciais, em cumprimento à determinação do Plano de Convivência com a Covid-19 do Governo de Pernambuco, após cinco meses de atendimento ao público interrompido pela pandemia. Devolvendo à população a possibilidade de viver sua cultura e sua história de perto, para procurar respostas sobre o porvir no âmago do que é produzido e elaborado por meio da arte, o Museu da Cidade, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) e o Museu Murillo La Greca prepararam esquemas e horários de atendimento especiais, com novos e mais rigorosos protocolos de controle de acesso do público. No Paço do Frevo, primeiro museu público de todo o estado a retomar atividades presenciais, desde o último dia 10 de setembro, o novo normal já sedimentou. Expedientes e capacidade de atendimento ao público foram reduzidas, a partir da suspensão de eventos presenciais, da sinalização do prédio com marcação de distanciamento social e da redução de áreas de circulação nos espaços expositivos. Entre as medidas adotadas para garantir a segurança sanitária das instalações, estão ainda a disposição de totens de álcool em gel, o uso obrigatório de máscaras e a medição da temperatura dos visitantes na entrada, além da venda de ingressos online para acesso ao museu, que agora abre de quinta a domingo. "Desde nossa abertura, temos nos deparado com uma volta gradual do público, que tem colaborado muitíssimo com todos os protocolos. Os visitantes têm vindo de máscara, têm permitido que sua temperatura seja aferida, além de estarem cumprindo os protocolos relativos ao percurso e distanciamento, dispostos em todo o prédio por meio de nossa 'sinalização brincante', que traz elementos da cultura carnavalesca para reforçar o cuidado com a vida, nosso maior patrimônio", disse Nicole Costa, gerente geral do Paço do Frevo, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão. O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal. Está funcionando de 10h às 16h na quinta e na sexta-feira e das 11h às 17h no sábado e no domingo. Ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia) e podem ser adquiridos no próprio museu ou pela internet, no site http://www.pacodofrevo.org.br/. Museu da Cidade Adotando todos os cuidados necessários para prevenção da disseminação do coronavírus, como o uso obrigatório de máscaras e o respeito ao distanciamento, o Museu da Cidade receberá o público de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 16h nesta fase de reabertura. Já o atendimento presencial no Setor de Pesquisa será de terça a sexta, das 10h às 12h e das 14h às 16h. A programação em cartaz é a exposição Cinco Pontas, que celebra a indicação do forte a patrimônio cultural mundial da humanidade pela Unesco. A mostra reúne achados arqueológicos, pinturas e documentos ainda inéditos para o público, que comprovam a importância do Forte das Cinco Pontas em diversos momentos históricos da capital pernambucana. O Museu da Cidade fica no Bairro de São José. Tem entrada gratuita. MAMAM Centro de referência da produção moderna e contemporânea das artes visuais nordestina e brasileira, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) também volta a receber o público com horário reduzido. Neste primeiro momento de retomada, os expedientes de visitação serão de quinta a domingo, das 12h as 16h. Só será permitido o acesso com máscara. Para reforçar os protocolos de higiene, o museu firmou uma parceria com a Compesa para instalação de um lavabo no pátio do equipamento. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista. O acesso é gratuito. Murillo La Greca O La Greca receberá o público de terça a sexta, das 9 às 17h, com a exposição “O que não é desenho?". A mostra de longa duração é focada nos desenhos produzidos por La Greca, patrono do museu, reunindo 50 trabalhos do artista pertencentes ao acervo geral, formado por mais de 1400 desenhos. A sala de exposição só pode ser visitada por, no máximo, 4 pessoas simultaneamente, para assegurar o distanciamento social que ainda se faz necessário. O Museu Murillo La Greca está localizado na Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim. A entrada é gratuita e visitas guiadas podem ser agendadas pelos telefones 33553126/3129.

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Coletivo Pink inclui Recife na rota do Outubro Rosa

Inspiradas nas histórias de 25 pacientes com câncer de mama, esculturas marcam intervenção urbana em oito cidades. No Recife, obras das artistas Erika Xk9 e Stefany Lima estarão expostas no Shopping Tacaruna. Coletivo Pink, com a curadoria de Didu Losso e Camila Alves, tem obras criadas por artistas como Nina Pandolfo, Rizza, Ju Violeta, Patrícia Carparelli, Clara Leff, Minhau e pelo próprio Didu. Em 2010 quando a odontopediatra Louise Liu Rigo Vargas de Oliveira recebeu o diagnóstico de câncer de mama não imaginava que 10 anos depois ainda estaria com a doença. Sua história de uma década de superação, e a de outras pacientes, serão compartilhadas na exposição Inspiração Pink que, ao lado do projeto Artemisa, ambos executados via Lei de Incentivo à Cultura, levam a oito cidades do país 25 esculturas de torsos que representam mulheres e um homem em tratamento. A exposição faz parte da programação do Coletivo Pink, iniciativa da Pfizer em parceria com as principais associações de pacientes no país. Tem como objetivo levar informação de qualidade sobre câncer de mama para a sociedade, romper paradigmas e acolher pacientes que vivem com metástase. “A pandemia nos trouxe a oportunidade de inovar, por isso escolhemos os projetos que nos possibilitaram realizar, sem aglomeração, intervenções urbanas e conexões virtuais. Unimos na exposição vozes e histórias de mulheres, e de um homem, e ampliamos o alcance do Coletivo Pink no Brasil. Neste formato, também asseguramos a divulgação de informação de qualidade, em especial, sobre o câncer de mama metastático, além de sensibilizarmos a sociedade para a importância da prevenção e da vida”, explica Cristina Santos, diretora de comunicação da Pfizer. Com 1,70 m de altura, as esculturas se destacarão nas ruas, em estações de trem e metrô das cidades de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Recife, Belém e Brasília, onde serão instaladas e ficarão expostas no mês de outubro. As intervenções artísticas nos torsos foram criadas por 15 artistas plásticos que se inspiraram em cada paciente, de acordo com suas particularidades e histórias. São elas: Nina Pandolfo, Rizza, Ju Violeta, Patrícia Carparelli, Clara Leff, Minhau, Stella Nanni, Linoca, Pri Barbosa, Rafa Mon, Stefany Lima, Leticia Maia, Erika Chichkanoff, Associação Laramara, coletivo de artistas com deficiência visual, e Didu Losso, curador da exposição, ao lado de Camila Alves, que também assina a mostra. Uma das esculturas, por exemplo, utilizou borboletas, pois simbolizam o processo de transformação que a paciente vivencia. Em outra, a paciente se reconhece como um girassol, sua flor favorita, a flor do sol, que simboliza energia e vitalidade. Já no caso do paciente Paracelso Alves Vieira Júnior, a escultura ganhou tons “palmeirenses” em razão de sua predileção pelo time paulista. Para conhecer a história de cada paciente, basta que o celular seja direcionado para o QR Code disposto nas esculturas ou acessar o site www.coletivopink.com.br. “Os torsos são esculturas clássicas eternas e se conectam com vida e longevidade. A arte ajuda a criar empatia e mobilizar as pessoas”, conta Didu. Ele sabe o quanto a empatia é necessária quando se tem a doença porque já foi diagnosticado com câncer de pele. Quem anda conectado com ele nesta missão é o produtor cultural Igor Cayres que traz a segunda edição do projeto Artemisa. No ano passado, criou a exposição de fotos artísticas de mulheres em tratamento, realizada na Casa das Rosas, em São Paulo. Neste ano, em parceria com o Inspiração, Igor é o responsável por levar o Coletivo Pink mundo afora por meio de canais virtuais, como mídias sociais, website e pelo Google Arts & Culture, plataforma que reúne as grandes exposições do planeta. Igor é o primeiro produtor cultural brasileiro a conseguir este espaço na concorrida plataforma do Google. O Artemisa é uma homenagem à mãe, Beth Cayres, famosa produtora cultural, que faleceu no ano passado, apenas quatro meses após receber o diagnóstico. “Minha mãe continuou trabalhando e demonstrando sua força e é inspiração para mim e um compromisso que assumi com a causa; levar por meio da cultura a beleza e a transformação das pacientes para sensibilizar a sociedade”, explica. Quem estiver observando qualquer um dos 25 torsos poderá visualizar as outras esculturas no mesmo momento, bastando direcionar seu celular para o QR Code que o levará à exposição virtual completa. RECIFE No Recife, duas obras ocuparão o shopping Tacaruna, produzidas pelas artistas Erika Xk9 e Stefany Lima. Ana Maria Batista Peixoto, policial militar e enfermeira, foi a inspiração de Stefany Lima para a obra. “Até os 34 anos nunca tive nada. Fui fazer um ultrassom, apareceu um nódulo, fiz biópsia, pensei: vamos fazer cirurgia e pronto. E depois quimio, radio. Eu tinha casado há três anos, passei uma semana chorando. Em 2016 apareceu de novo, fiz outra quimio, e agora em julho uma terceira vez. Metástase. Mas a morte é certa para todos, tem gente com diabetes que está mais doente do que eu. Eu vivo bem as incertezas. Eu já vivia muito bem sem o câncer. Viajava, tinha uma boa relação com a minha família, mas foi bom descobrir quem são meus amigos de verdade. A pior coisa do câncer é que as pessoas olham para você com dó. Hoje só tenho amigas com câncer”, conta. Já a advogada e professora na faculdade de direito Maria Paula Bandeira, de 34 anos, foi quem inspirou Erika na peça. “Viver o hoje era uma teoria. Mas aprendi a dar a ele a sua importância e o meu melhor. Eu planejava ser uma mulher diferente, mas passei a ser generosa comigo mesma, adaptar os meus planos à vida que é possível. O meu melhor é o meu vivido. Eu tinha uma certa dificuldade de perceber o que ia me fazer bem e o que era egoísmo. Mas vi que, quando eu quero o melhor para mim, isso cuida de quem me ver feliz. Aprendi que não basta amar, tem que se deixar ser amada também”, revela.

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Novos polos da Academia da Cidade retomam aulas nesta segunda (28)

Da Secretaria de Saúde do Recife A partir desta segunda-feira (28), mais oito polos do Programa Academia da Cidade (PAC), da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife, reabrirão para avaliação física dos alunos. Na semana seguinte, esses polos voltam a ter aulas de ginástica presenciais. Os oito polos em que houve avaliação na semana passada retomam as aulas presenciais nesta segunda. A volta do funcionamento dos 42 polos está acontecendo de forma gradual. Na próxima semana, serão 24 polos reabertos, seguindo os protocolos estabelecidos no Plano de Convivência com a Covid-19, como cuidados com a higiene, com o distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras. Os espaços são sanitizados diariamente. Na próxima semana, os alunos dos polos do Parque 13 de maio, Chão de Estrelas, Parque Santana, Beira Rio, Jardim São Paulo, Lagoa do Araçá, Buriti e Jordão Baixo farão avaliação física nos dias e horários agendados com os professores de Educação Física da Secretaria Municipal de Saúde. A lista de todos os polos que já estão funcionando está disponível no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br). Cada turma pode ter cerca de dez alunos, e a aula tem duração máxima de 40 minutos, para que as equipes possam organizar o espaço para a turma seguinte. Os usuários precisam agendar um horário para frequentar a aula, por telefone, diretamente com o professor, e só devem chegar ao local perto do horário da atividade. Os novatos devem comparecer presencialmente aos polos para agendar avaliação física. Os usuários que ainda não se sentirem seguros para retomar as aulas presenciais podem continuar tendo acesso às aulas remotamente. Desde março, quando as aulas nos 42 polos da Academia da Cidade foram suspensas, os professores de Educação Física têm promovido, no perfil do PAC no Instagram (@pacrecife), aulas de diversas modalidades, como práticas corporais, dança do ventre, step, ginástica com objetos. Os conteúdos também podem ser acessados através do site ou aplicativo Atende em Casa (www.atendeemcasa.pe.gov.br). A equipe do Programa Academia da Cidade também grava, desde o início da pandemia, conteúdo para o aplicativo Movimenta Recife, em parceria com os profissionais da Secretaria Executiva de Esportes.

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Cepan: 20 anos de ações em favor do meio ambiente

Em meio a um cenário alarmante de perda de biodiversidade, aumentos sem precedentes nas taxas de desmatamento e a crise climática em que o planeta vive, o dia 26 de setembro é uma data especial, pois o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) completa 20 anos de atuação em prol da conservação da biodiversidade brasileira. Com sede no Recife (PE) e filial no município de Governador Valadares (MG), a instituição tem contribuído para mitigar os danos que as ações antrópicas têm causado à natureza. A atuação do Cepan é diversa: elabora projetos executivos, estudos técnicos, executa projetos de conservação e de restauração florestal, editora publicações, capacita pessoas, sempre amparado nos alicerces do conhecimento científico. Seus principais trabalhos são desenvolvidos nos biomas Mata Atlântica e Caatinga, também já tendo atuado no Pantanal, na Amazônia, em áreas Costeiras e Marinhas, além de espaços urbanos com áreas relevantes para ações de conservação. Em duas décadas, o trabalho do Cepan para a Mata Atlântica soma melhorias em mais de 200 mil hectares mapeados para planejamento da paisagem; 350 hectares restaurados e/ou em processo de restauração; e outros 90 monitorados. O intuito é reverter o desmatamento acelerado do bioma - foram 14.502 hectares de Mata Atlântica perdidos apenas entre 2018 e 2019, segundo o relatório Atlas da Mata Atlântica, divulgado em maio pela Fundação Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ao lado de outras instituições, através do movimento Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, o Cepan já promoveu o plantio de 2 milhões de árvores nativas do bioma. Além disso, a instituição concretiza ações práticas para apoiar, implementar e auxiliar a gestão de áreas protegidas, as conhecidas Unidades de Conservação (UCs). Em toda sua história, a instituição contribuiu em mais de 80 UCs de diferentes características e necessidades - uma área total equivalente a mais de 100 mil campos de futebol. Já na Caatinga, o Cepan tem atuado com o mapeamento de áreas degradadas, como na Chapada do Araripe; e auxiliado na criação de novas áreas protegidas, como os Refúgios de Vida Silvestre (RVS) Tatu-bola e Serra do Giz. A conquista mais recente, em agosto, foi a aprovação do projeto de criação do Monumento Natural Serra do Pará, em Santa Cruz do Capibaribe, que contou com estudos do Cepan. Os dados levantados mostram que a Caatinga é um dos biomas mais ameaçados da atualidade, com cerca de 20% de sua totalidade em processo ou suscetível à desertificação. BIODIVERSIDADE E SOCIEDADE CAMINHAM JUNTOS - Através de um Programa de Políticas Públicas Ambientais, a organização se engaja ainda por deixar sua contribuição especializada a debates e projetos. Em 2016, a organização, que também atua na formulação de políticas públicas ambientais, assinou a coordenação técnica para a elaboração da Lei que institui a Política de Pagamentos por Serviços Ambientais em Pernambuco. Graças à medida, o Estado pode dialogar com propriedades rurais privadas e oferecer incentivo para garantir a preservação ambiental nesses territórios. O trabalho é árduo e acontece nos bastidores. Equipe pequena, visitas de campo, muita pesquisa e diálogo com diversas instituições até que os resultados se concretizem e venham a público. Figuram ainda na trajetória do Cepan: a publicação de livros técnicos e artigos, provendo democratização do conhecimento; e a realização de oficinas e cursos especializados na temática de conservação, que têm continuidade de forma online mesmo durante a pandemia da Covid-19. O Núcleo de Formação em Ciência & Tecnologia Ambiental do Nordeste, braço formativo do Cepan, já levou capacitações de diversos temas de expertise da organização a mais de 2 mil profissionais, professores e pesquisadores de todo o Brasil. Para os próximos anos, a organização visa ampliar suas atividades, endossando a participação social na conservação da biodiversidade. O Cepan enxerga que, para ir além, a grande população deve ser instruída e despertada para se juntar à causa. Atualmente, o Cepan em parceria com a Fundação Renova, por exemplo, visa a estruturação de uma Rede de Sementes e Mudas nativas da região da Bacia do Rio Doce (MG) para contribuir para o alcance das metas de restauração florestal da região por meio da participação social. Em outra iniciativa, entre 2017 e 2019, Cepan e Agência Estadual do Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) conduziram juntos uma formação para cerca de 150 agentes ambientais populares em unidades de conservação - áreas naturais legalmente protegidas. Pessoas comuns que se tornam protetores do meio ambiente, e mostram que cuidar da natureza é dever de toda a sociedade. A TRAJETÓRIA - Foi no ano de 2000 que um grupo de professores e estudantes de pós-graduação oriundos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se uniram a fim de criar uma agenda efetiva de proteção e recuperação ambiental. Hoje, o Cepan, uma instituição privada sem fins lucrativos, organização da sociedade civil, é referência técnica no Brasil na elaboração e condução de projetos que visam salvaguardar a biodiversidade - envolvendo fauna, flora, clima, recursos hídricos e a própria relação do homem com esses elementos. As ações do Cepan acontecem através de apoio de outras organizações da sociedade civil, do poder público, e também por meio de parcerias com instituições nacionais e internacionais, bem como na participação em plataformas de financiamento. São esses apoios que garantem a longevidade e diversificação dos projetos realizados, com o intuito de alcançar a missão da organização - gerar e divulgar soluções estratégicas para a conservação da biodiversidade mediante ciência, formação de recursos humanos e diálogo com a sociedade. “Ao longo desses 20 anos, o Cepan tem contribuído para a consolidação e abertura de novas frentes de ações de conservação de biodiversidade para vários ecossistemas do Brasil. Trabalhando do planejamento à execução, conseguimos deixar um legado e contribuir significativamente para a reversão do quadro de degradação dos ecossistemas brasileiros. Uma alegria enorme essas duas décadas de atuação tendo a ciência como a nossa principal bússola de trabalho”, ressalta Severino Ribeiro, Presidente e Diretor do Cepan.

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Prefeitura do Recife inaugura novo Geraldão como um moderno complexo multiuso

Da Prefeitura do Recife Um dos principais símbolos da vida esportiva e cultural do Recife está novamente à disposição da população. Nesta quinta (24), o prefeito Geraldo Julio fez a entrega do novo Geraldão, após uma grande intervenção, a primeira desde sua inauguração em 1970, que colocou o Geraldão no patamar dos mais modernos complexos multiuso do mundo. O Geraldão está de portas abertas, com capacidade para receber grandes eventos esportivos, de entretenimento e corporativos, além de cumprir um importante papel social na cidade, oferecendo diversos tipos de atividades esportivas gratuitas. Durante a solenidade realizada no novo Geraldão, respeitando as regras de distanciamento social, o prefeito Geraldo Julio manifestou a sua alegria com a entrega, como gestor e como cidadão. “Entregamos um equipamento que todo mundo tem um afeto muito grande aqui no Recife. Eu joguei nessa quadra, tive a oportunidade de sentar nessa arquibancada e ver muitos jogos também e espetáculos artísticos que marcaram a minha vida. Então eu estou muito feliz. É um equipamento completo, o melhor ginásio público do País sem dúvida nenhuma. É um equipamento que tem também um caráter social, de saúde, de esporte e de lazer, de esporte educacional, de esporte de competição, tem também espaço para eventos corporativos. É um equipamento que ajuda também o turismo na cidade, a geração de renda, a geração de emprego, eu estou muito feliz como cidadão também de ver o Geraldão totalmente requalificado e modernizado”, disse o prefeito Geraldo Julio. E a programação montada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, para marcar o retorno do Geraldão à rotina do Recife inclui jogos-treino de futsal, handebol, vôlei e basquete, da sexta (25) à segunda (28), sem público e seguindo todos os protocolos sanitários. Os jogos-treino envolverão atletas federados de equipes indicadas pelas respectivas federações, incluindo os paralímpicos. No dia 5 de outubro, a partir das 7h, serão gradualmente retomadas as atividades esportivas gratuitas oferecidas à população, inicialmente com cerca de 350 alunos de Natação, Karatê, Dança Popular e Pilates, nas categorias Juvenil e Adulto. O novo complexo multiuso tem placar eletrônico com quatro faces; quadra poliesportiva de 20x40 metros, totalmente adaptada aos novos padrões internacionais; duas rampas de acesso para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; coberta termoacústica; sistemas de climatização e sonorização. Além da recuperação estrutural completa, o equipamento ganhou novas instalações hidrossanitárias, estação de tratamento de esgoto, bilheteria, guaritas, cadeiras em todos os anéis, pisos, esquadrias e luminárias renovadas. ESTRUTURA - O equipamento tem mais de 20 mil m2 de área construída, sistema de som com 42 caixas e mesa digital de 32 canais, 3 auditórios, salas para dança, artes marciais e palestras, duas piscinas, 3 quadras fora do ginásio e ampla área externa, com estacionamento de 8 mil m2. O ginásio poliesportivo pode receber quase 10 mil pessoas e ganhou 8 camarotes, 12 bares, tribuna de honra e tribuna de imprensa. As três quadras poliesportivas externas também passaram por reforma e ganharam um espaço para esportes de areia. Concluída há cerca de três anos, a requalificação do parque aquático equipou o complexo com uma nova piscina semiolímpica de 25 x 12 metros, além da recuperação total de uma outra, já existente, de 15 x 6 metros. Ambas já vinham sendo usadas pela população para atividades de natação e hidroginástica. No Geraldão, a população voltará a ter acesso, gradualmente, a aulas de Judô, Luta Olímpica, Dança de Salão, Badminton, Basquete, Vôlei, Futsal, Handebol, Ginástica Aeróbica, Ginástica Rítmica e Ginástica Artística. Haverá também uma Unidade de Tecnologia na Educação e Cidadania (Utec), espaço pedagógico criado para proporcionar inclusão digital à comunidade e aos estudantes da Rede de Ensino do Recife. PROTOCOLOS – Para garantir a segurança sanitária durante a pandemia da covid-19, os atendimentos presenciais e visitas técnicas ao Geraldão só poderão ocorrer com agendamento prévio, levando em conta o distanciamento social, higienização do ambiente e das mãos e o uso de máscara. Os protocolos a serem seguidos incluem também acesso ao complexo 15 minutos antes do início das aulas, aferição de temperatura, desativação de bebedouros, controle de alunos em cada equipamento esportivo, evitar aglomerações, manter distanciamento, evitar uso de acessórios nas mãos e nos braços dentro do Ginásio, proibição do compartilhamento de utensílios de uso individual, limpeza constante dos banheiros e vestiários, higienização dos materiais e equipamentos esportivos a cada intervalo de aula. HISTÓRIA - O Geraldão faz parte de um acervo de equipamentos esportivos projetados pelo arquiteto Ícaro de Castro Melo, que inclui também os ginásios Nilson Nelson, em Brasília; Paulo Sarasate, em Fortaleza; e do Ibirapuera, em São Paulo. Ícaro foi um dos principais representantes da arquitetura moderna aplicada a equipamentos esportivos do Brasil. Inaugurado em 1970, o equipamento tem lugar cativo na memória afetiva dos recifenses, tendo abrigado eventos históricos como o jogo da Seleção Brasileira de Vôlei, nos anos 80, uma etapa da Liga Mundial de Vôlei e as apresentações do Holiday On Ice e dos Globetrotters, além de inúmeros shows de artistas nacionais e internacionais, incluindo Faith No More, A-Ha, Jimmy Cliff e Julio Iglesias.

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Ramal do Agreste: escavação do Túnel Ipojuca I é finalizada

Do Ministério do Desenvolvimento Regional O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) concluiu mais uma etapa de construção do Ramal do Agreste, em Pernambuco. A escavação do Túnel Ipojuca I, com 2,4 quilômetros de extensão, foi finalizada. Quando completo, o Ramal vai levar água do Projeto de Integração do Rio São Francisco à região de maior escassez hídrica no estado nordestino. Somente em 2020, foram investidos pelo ministério no empreendimento cerca de R$ 313,6 milhões. “Garantir abastecimento a populações que historicamente enfrentam escassez de água no Nordeste é um compromisso do presidente Jair Bolsonaro. Demos continuidade a esta e outras obras, pois elas garantirão mais saúde às famílias pernambucanas, além de estimular o desenvolvimento econômico e social”, destaca o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. A escavação está localizada entre os quilômetros 54 e 56 da obra. Foram utilizados explosivos cuidadosamente controlados em ciclos sucessivos de detonações, que foram condicionados pelas características geológicas das rochas encontradas durante o processo. O túnel custou R$ 19,6 milhões em investimentos federais. Situado no norte de Pernambuco, próximo à fronteira com a Paraíba, o Ramal do Agreste tem 70,8 quilômetros de extensão, com uma capacidade de vazão de 8 mil litros por segundo. No total, serão atendidas 68 cidades e mais de 2,2 milhões de pessoas. Além de segurança hídrica, a expectativa é de que o empreendimento ajudará a impulsionar o desenvolvimento econômico da região. No total, a obra está orçada em 1,67 bilhão e conta com cerca de 2,6 mil trabalhadores e cerca de 580 equipamentos. A entrega do empreendimento, que completou 70,6% de execução, está prevista para junho de 2021.

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PCR abre Academia Recife no Parque Caiara

A Prefeitura do Recife concluiu mais uma Academia Recife, que funcionará no Parque do Caiara, situado na Zona Oeste. A nova academia é a 20º implantada na cidade e tem 26 equipamentos para musculação, alongamento e ginástica localizada, contando com dois professores e dois estagiários de educação física, além da equipe administrativa e de limpeza. O prefeito Geraldo Julio conferiu de perto os detalhes do equipamento na manhã desta segunda-feira. “Agora aqui no Parque do Caiara. A gente já tem mais de 100 mil pessoas inscritas nas academias de Recife espalhadas por todos os bairros. E essa daqui, eu tenho certeza, vai ser um sucesso também. Para que todos possam manter a saúde, manterem a atividade física e o corpo em forma, e poder assim estarem mais preparados para o dia a dia”, comentou o gestor municipal no Parque Caiara. Com a mesma tecnologia dos demais espaços, os aparelhos de musculação e ginástica são feitos em aço inoxidável, com tecido naval e acabamento polido para reflexão do sol. A área fica em torno de 250 m² e, com os protocolos sanitários, a unidade atenderá inicialmente até 180 pessoas por dia. As Academias Recife têm cerca de 100 mil inscritos e beneficiam a população com acesso gratuito a equipamentos de musculação e a instrutores profissionais, que indicam e acompanham as atividades físicas a serem realizadas ao ar livre, pelos usuários, de maneira individualizada. Novos usuários podem garantir sua vaga pelo aplicativo Mude Fit. As Academias Recife funcionam das 5h30 às 9h30 e das 17h às 21h (segunda a sexta) e das 6h às 10h (sábados), sempre com professor e estagiário para acompanhamento dos alunos. Os espaços, geridos pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (Seturel) foram reabertos gradualmente ao longo deste mês, seguindo protocolos que incluem distanciamento mínimo de 1,5 metro, não frequentar caso tenha sintomas ou confirmação de contágio da covid-19, uso de máscaras, aferição da temperatura com termômetro a laser e higienização constante das mãos, materiais esportivos e equipamentos. Colorindo o Recife - Embelezando o Parque do Caiara e dando ainda mais visibilidade ao esporte enquanto ferramenta de inclusão social, a Seturel realizou uma intervenção artística no equipamento. O muro que sustenta a arquibancada do campo de futebol ganhou as artes comandadas pelo artista Rodrigo Cipriano, o Skiper. Os grafites fazem referências a diversas modalidades esportivas e atletas. O Colorindo o Recife é um projeto de fomento à política pública para as artes de rua e já coloriu mais de 200 espaços públicos da cidade.

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Hemisfério Sul pode registrar até 30% menos chuva no fim do século

Da Agência Fapesp, por Luciana Constantino Análises feitas com base em modelos climáticos do período Plioceno médio (há cerca de 3 milhões de anos) apontam que países do hemisfério Sul tropical e subtropical, entre eles o Brasil, poderão enfrentar no futuro estações mais secas. A redução anual no volume de chuvas pode ser de até 30% em comparação com o atual. Uma das principais variáveis consideradas para esse cenário é o aumento médio em 3°C da temperatura do planeta, marca que pode vir a ser registrada no final do século 21, a partir dos anos 2050, caso os efeitos das mudanças climáticas não sejam mitigados. O Plioceno médio, quando ainda não havia registro do Homo sapiens na Terra, compartilha características com o aquecimento moderno. Isso porque as temperaturas naquela época ficaram entre 2°C e 3°C mais altas do que na era pré-industrial (por volta dos anos 1850). Já as temperaturas da superfície do mar em alta latitude aumentaram até 9°C no hemisfério Norte, e mais 4°C no Sul. As concentrações atmosféricas de CO2 também eram semelhantes às de hoje, em cerca de 400 partes por milhão (ppm). Essas considerações estão no artigo Drier tropical and subtropical Southern Hemisphere in the mid-Pliocene Warm Period, cujo primeiro autor é o doutorando Gabriel Marques Pontes, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP). Pontes é bolsista de doutorado da FAPESP. O artigo foi publicado na revista Scientific Reports e tem como segunda autora a professora do IO-USP Ilana Wainer, orientadora de Pontes. Recebeu também a contribuição de dados de outros grupos de pesquisadores, incluindo Andréa Taschetto, da Universidade de New South Wales (UNSW), na Austrália, que é ex-bolsista da FAPESP. "As simulações mostram que uma das mudanças mais notáveis nas chuvas de verão do hemisfério Sul na metade do Plioceno em comparação com as condições pré-industriais ocorre nas regiões subtropicais ao longo das zonas de convergência subtropical [STCZs, na sigla em inglês]. Outra mudança está associada a um deslocamento para o norte da zona de convergência intertropical [ITCZ] devido ao aumento consistente da precipitação nos trópicos do hemisfério Norte. A precipitação média total de novembro a março ao longo das STCZs diminui em ambos os modelos", aponta o artigo. E complementa: "Essas mudanças resultam em trópicos e subtrópicos mais secos do que o normal no hemisfério Sul. A avaliação do Plioceno médio adiciona uma restrição a possíveis cenários futuros mais quentes associados a diferentes taxas de aquecimento entre os hemisférios". Em entrevista à Agência FAPESP, Wainer explica que o Plioceno médio é o período mais recente da história da Terra em que o calor global é semelhante ao projetado para o final deste século. "É possível colocar dentro desse contexto o que é a variabilidade natural esperada e diferenciá-la da causada pelas atividades humanas. Esse tipo de trabalho ajuda a entender como esses extremos climáticos do passado nos preparam para elucidar cenários futuros e conseguir trabalhar as incertezas associadas", afirma a professora. Já Pontes destaca que, até o momento, não houve nenhuma investigação detalhada das mudanças nas chuvas do hemisfério Sul em meados do Plioceno. "Compreender a circulação atmosférica e a precipitação durante os climas quentes passados é útil para produzir restrições sobre possíveis mudanças futuras", diz ele. Impactos atuais Relatório divulgado em julho pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), ligada às Nações Unidas (ONU), aponta que a temperatura média global pode ultrapassar 1,5°C acima dos níveis pré-industriais até 2024, muito antes do prazo previsto inicialmente pelos cientistas. No mesmo documento, a WMO alerta que há um alto risco de chuvas regionais incomuns nos próximos cinco anos, com algumas áreas enfrentando riscos crescentes de seca e outras com fortes chuvas. Em março, outro estudo da ONU já havia confirmado que 2019 foi o segundo ano mais quente da história moderna, terminando com uma temperatura média global de 1,1°C acima dos níveis pré-industriais. Ficou atrás apenas de 2016, quando o El Niño – fenômeno climático que provoca alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície do oceano Pacífico – contribuiu para um aquecimento acima da tendência geral. A partir dos anos 1980, cada década foi mais quente do que as anteriores comparadas à era pré-industrial. De acordo com a ONU, as mudanças climáticas já têm provocado efeitos importantes no ambiente e na saúde da população. Entre os sinais estão o aumento do calor da Terra e dos oceanos, a aceleração da elevação do nível do mar e o derretimento do gelo nos polos. Com isso, o desenvolvimento socioeconômico mundial é afetado, provocando, por exemplo, migração e problemas na segurança alimentar de ecossistemas terrestre e marítimo. Em 2015, 195 países assinaram o chamado "Acordo de Paris", com o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento entre 1,5°C e 2°C, o que não vem sendo cumprido. "O aquecimento em 1,5°C, que a ONU vem promovendo medidas para tentar limitar, já tem consequências significativas. Mas pelas projeções poderemos chegar a um aquecimento de 3°C até o final do século, quando começaríamos a ter um comportamento parecido com o clima do Plioceno médio, obtido na pesquisa", explica Pontes. O doutorando destaca que a vegetação na época analisada praticamente não sofria impactos externos. Naquele período, a extensão da floresta amazônica era maior do que a atual, gerando mais umidade e ajudando a balancear o efeito do clima mais seco na região. Mas, com o ritmo atual de desmatamento e queimadas dos biomas brasileiros, a seca no futuro pode ser maior. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a taxa de desmatamento na Amazônia cresceu 34% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação ao período anterior. Foram derrubados mais de 9,2 mil quilômetros quadrados de floresta em 12 meses. Desde 2013, o desmatamento da floresta amazônica retomou o ritmo de altas anuais consecutivas, após um período de queda em relação aos anos 1990. Além disso, dados do Inpe também apontam que em julho deste ano houve um aumento de 28% na

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Jardim Botânico do Recife ganha nova Arena Arbor e Jardim de Biomas

Da Prefeitura do Recife Reaberto ao público na última sexta-feira (11), seguindo novos protocolos sanitários, o Jardim Botânico do Recife passa a contar com dois novos atrativos: a Arena Arbor e o Jardim de Biomas. Na manhã de ontem (17), o prefeito Geraldo Julio realizou a entrega simbólica dos novos espaços que integram o circuito de visitação do equipamento ambiental da Prefeitura do Recife, que funciona de terça a domingo, das 9h às 15h, no bairro do Curado, com entrada gratuita. “O Jardim Botânico no Recife passou a pouco dos 40 anos. A gente está reabrindo após o controle da pandemia, mas está reabrindo com novidades, com a Arena Arbor. Um espaço para oficinas, palestras, seminários. Um espaço para ecoeducação. O Jardim Botânico recebia só três mil pessoas por ano, na nossa gestão passou a receber 100 mil e agora com essa novidade, tenho certeza que esse número vai ser superado”, afirmou o prefeito Geraldo Julio. Espaço remanescente de Mata Atlântica na cidade, numa área de 10,7 hectares cercada pela natureza, o Jardim Botânico do Recife passa a contar com a Arena Arbor, um espaço inovador e móvel criado para compartilhamento de conteúdo, oficinas e palestras ambientais. Projetada em madeira certificada e com iluminação composta por 540m de fitas de LEDs (lâmpadas com potência reduzida), a Arena Arbor tem 64m² e foi concebida a partir da metáfora relacionada à árvore, devido ao forte significado que carrega como um elemento natural representante do símbolo da vida. Em sua morfologia foi possível a abstração de cada componente: as raízes formam a base e se elevam em uma arquibancada, o tronco estrutura a arena, a copa confere o fechamento e os frutos serão colhidos ao longo das visitas. O espaço é fruto de uma parceria inédita entre a Prefeitura do Recife e a mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo, CASACOR Pernambuco, o projeto do arquiteto pernambucano Paulo Carvalho esteve entre os concorrentes ao Building of the Year (“Edifício do Ano”) promovido pelo ArchDaily, maior site de arquitetura do mundo, foi classificado entre os cinco melhores projetos na categoria Arquitetura Digital na premiação chinesa Idea-Tops e conquistou o Silver A’ Design Award (troféu de prata) na categoria Arquitetura, Construção e Estrutura, ao lado de grandes nomes da arquitetura mundial na Itália. Com estimativa da vida útil do equipamento é que chegue a 50 anos ao ar livre, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho falou sobre o novo ambiente. “A Arena Arbor é um espaço voltado para palestras ambientais e oficinas. Neste momento, funcionará como um espaço de visitação com limite de capacidade para 13 pessoas por vez. Posteriormente, sediará palestras, oficinas ambientais e também será uma área de permanência para os visitantes a fim de proporcioná-los um lugar para descanso e convivência devido a sua localização em um ponto estratégico do Jardim”, disse José Neves. Um novo jardim temático foi criado em torno da Arena Arbor. Trata-se do Jardim de Biomas, formado por 35 espécies, muitas delas coletadas por analistas ambientais do Jardim Botânico em expedições nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, com o intuito de fortalecer e diversificar a biodiversidade do equipamento. No local formado por ecossistemas da Caatinga, Restinga e do Agreste, os visitantes poderão conhecer quatro espécies ameaçadas de extinção, a Aechmea muricata, Melocactus violaceus, Solanum jabrense e Jacaranda rugosa. Recentemente, o Jardim Botânico do Recife passou a integrar uma rede de intercâmbio de sementes de espécies ameaçadas de extinção com jardins botânicos das capitais brasileiras por meio do Programa Bandeira Verde. Nos próximos dias, o JBR receberá 5 mil sementes da espécie Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr, popularmente conhecida por Garapa, direto da administração do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

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membrana anfibea

Uma membrana para salvar o Recife - Por Mila Montezuma

De acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), o Recife é a 16ª cidade global e a 1ª capital brasileira mais vulnerável ao fenômeno do aquecimento global, em especial no que diz respeito à elevação do nível do mar. Diversos estudos já realizados apontam para o alarmante fato de que a nossa cidade pode, simplesmente, submergir até 2100. Ou seja, dentro de no máximo 80 anos, boa parte do Recife pode “sumir” da paisagem, inundada definitivamente pelo avanço do oceano. Boa viagem atual e simulação de cenários futuros de alagamentos para, respectivamente, variação positiva de +1ºC, 2.5ºC e 4ºC. Para cada um desses cenários nível d’água aumenta, respectivamente, 1.00m, 4.70m e 8.90m. Fonte: Simulação da Autora sob modelagem do Google Earth. Diante desse cenário, a pergunta que se coloca para quem é recifense e trabalha com planejamento urbano é: como proteger a capital mais antiga do País, a primeira a completar 500 anos em 2037, e evitar que ela vá parar literalmente debaixo d’água? Procurando responder a essa pergunta e transformar o problema global em oportunidade local para requalificar urbanisticamente o Recife, tive oportunidade de participar do desenvolvimento de uma pesquisa aplicada na Universidade Federal de Pernambuco, cruzando conhecimentos locais com os de outras instituições, como a AA - Architectural Association (Inglaterra), MIT - Massachusetts Institute of Technology (EUA), Université de Toulouse (FRA) e IHE/Delft – Institute for Water Education da UNESCO (Holanda), com o objetivo de projetar soluções inovadoras, adaptativas e mitigadoras de efeitos climáticos tão adversos quando os estimados para o Recife. Sob a urgência de reconsiderar a premissa de estabilidade e construir uma visão de futuro sustentável, nasceu da pesquisa o conceito de uma “membrana anfíbia” capaz de proteger a interface direta da cidade com o Oceano Atlântico. Essa “membrana anfíbia” se materializaria num grande Parque Ecossistêmico na frente oceânica da cidade, ou seja, no mar. Procurando ir além de uma infraestrutura de contenção puramente técnica, a ideia é que seja uma linha ecossistêmica sensível – sociocultural e ambiental – tal qual é o arrecife, berçário natural de onde se originou a cidade. A membrana se acomodaria no relevo marinho e seria formada a partir de processos antrópicos (de intervenção humana) mas, também, naturais (a exemplo das correntes marinhas que naturalmente ajudarão a moldar o novo território). A membrana foi pensada para se desdobrar num sistema de três parques articulados. O primeiro é o Parque Tecnológico-Energético, situado entre 1.000 a 1.500 metros da costa, voltado à geração de energias renováveis: maremotriz, eólica e fotovoltaica. Um objetivo também relevante desta primeira “camada” de proteção é contribuir para a viabilidade econômica da iniciativa. O segundo é um Parque de Ilhas Flutuantes, localizado entre 500 a 1.000 metros da praia, cuja principal função é a de amortecimento do principal intemperismo físico do sistema: a erosão direta provocada pelo impacto das ondas marinhas (“turbinadas”, inclusive, pela elevação do nível do oceano). É uma região que tem o papel de resguardo e regeneração da vida selvagem, com restabelecimento de restingas e coqueirais. Um objetivo relevante, portanto, desta segunda “camada” de proteção é o resgate da biodiversidade. O terceiro é um Parque de Piscinas Filtrantes, a até 500 metros da costa – raio de influência da mobilidade ativa a pé. Seus principais objetivos são a criação de espaço público de qualidade e a purificação das águas, temperando diretamente sua qualidade e controlando o nível das marés. Haverá neste parque específico o restabelecimento da vegetação de restinga, ecossistema hoje ameaçado na cidade, dando início ao ecossistema de transição restinga-mangue, além de canais e coqueirais. É justamente neste parque das piscinas filtrantes que seria locado o indispensável sistema de eclusas (pontos de passagem entre desníveis), válvulas e interfaces sensíveis tecnológicas (a serem desenvolvidas) para controlar a variação das águas em termos de nível, salinidade, e pH, permitindo, inclusive, a circulação de espécies. Um objetivo, portanto, relevante desta terceira “camada” de proteção é a conciliação de estágios simbióticos, humanos e naturais, com a criação de espaços públicos de alta performance e baixo impacto ambiental. No continente, o estuário expandido do Recife pode ser compreendido como a extensão desta membrana anfíbia, lugar de suporte direto da vida continental – humana e dos demais seres vivos – que articularia os três principais corredores ecológicos naturais do estuário ampliado previstos no Projeto Parque Capibaribe, convênio da Prefeitura do Recife com a UFPE por intermédio do INCITI (as bacias hidrográficas dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió) com as demais membranas, buscando a continuidade dos fragmentos de Mata Atlântica e manguezais, ainda existentes no território recifense e de sua influência ambiental direta. Uma vez articuladas as ideias básicas, o conceito da “membrana anfíbia” procura ser um manifesto. A partir dos novos paradigmas, seriam lançadas as bases de um processo participativo com a população em todas as fases, transdisciplinar e construído no tempo. Tudo considerando que o Recife foi “inventado” a partir dos arrecifes que, inclusive, lhe deram o nome de batismo. Em sendo assim, uma parte importante da sua necessária “reinvenção”, face às enormes ameaças que se apresentam pela frente, deveria valer-se deste mesmo “código genético” marinho para criar um parque salvador no horizonte do mar que ajude a cidade a continuar mantendo-se acima do nível da água. Uma membrana anfíbia, portanto, para impedir o Recife de submergir. Mila Avellar Montezuma é arquiteta e urbanista pela UFPE.

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