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Urbanismo

Semana do Patrimônio cultural de Pernambuco vai tratar de políticas públicas e gestão

A Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, promovida pela Secult-PE e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), chega à sua 10ª edição em 2017. Com o objetivo de comemorar o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, 17 de agosto, e abrir espaço para reflexão das questões voltadas às políticas de preservação, o evento terá como tema neste ano as “Políticas Públicas e Gestão do Patrimônio Cultural”. A programação do evento, nos últimos anos, tem extrapolado a duração de uma semana e as ações acontecem durante quase todo o mês de agosto, estabelecendo um canal de debates, interdisciplinar e interinstitucional sobre as mais diversas temáticas julgadas essenciais para a compreensão das formas de constituição, valorização, reconhecimento e preservação dos patrimônios culturais. Hoje (10), por exemplo, a abertura da exposição “Pernambuco patrimônio e território de um Povo“, no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), às 19h, faz parte da programação da Semana. Com curadoria de Raul Loudy e Renato Athias, a mostra contará toda a história de Pernambuco, a partir do acervo do MEPE. E, a partir da próxima segunda-feira (14), de forma inteiramente gratuita, serão ofertadas ao público em geral ações como seminários, oficinas, mesas redondas, exposições, minicursos, rodas de diálogo, teatro, mostra de artesanato, apresentações culturais, entre outras atividades voltadas ao debate público sobre preservação. Abertura - A abertura oficial da 10ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na segunda-feira (14), será com a conferência do conservador e restaurador Antônio Sarasá, que debaterá o tema A Cultura do Patrimônio e a Zeladoria, a partir das 14h. Além do colóquio, haverá a apresentação do projeto do Funcultura Jardins de Burle Marx, produzido por Sandro Lins, e o lançamento das publicações Cartilha ‘Jogo do Patrimônio 2.0‘ e Revista Aurora 463 – Ano II, ambas confeccionadas pela Fundarpe. Ao final, Mocinha de Passira (Patrimônio Vivo) encerrará a programação do primeiro dia com seus célebres repentes. Confira a programação completa aqui Dia do Patrimônio – A data mais festiva da Semana do Patrimônio é o dia 17 de agosto, quando é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, comemorado desde 1998, quando o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Rodrigo Melo Franco de Andrade completaria 100 anos. Haverá uma solenidade no Teatro de Santa Isabel. A programação inclui a diplomação dos seis novos Patrimônios Vivos do Estado de Pernambuco (Maria dos Prazeres, Mestre Chocho, André Madureira, José Pimentel, Reisado Inhanhum e Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo), do anúncio dos vencedores do Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural 2016 e de uma referência mais do que especial: os 80 anos do Iphan, criado em 1937. “Nossa proposta é ampliar o diálogo com a sociedade sobre a gestão a preservação do nosso patrimônio. Traçarmos estratégias, encontrarmos alternativas e novos modelos de gestão compartilhada entre o poder público, os conselhos de preservação e a comunidade”, convida a presidente da Fundarpe, Márcia Souto. Ainda de acordo com a gestora, “as atividades terão como base quatro eixos: brincar, experimentar, interpretar e pensar o patrimônio, estabelecendo um canal de debates, interdisciplinar e interinstitucional sobre temáticas essenciais para a compreensão das formas de constituição, valorização, reconhecimento e preservação dos patrimônios culturais”. Seminário – Na terça-feira (15), das 8h30 às 12h30, a Semana do Patrimônio promoverá o Seminário – Políticas Públicas e Gestão do Patrimônio Cultural. A atividade acontecerá no Teatro Arraial Ariano Suassuna e terá como tema da primeira mesa, o Marco Legal para o reconhecimento dos patrimônios culturais (panorama da legislação mundial, nacional, estadual e municipal e suas complexidades). Mediado pela presidente de Fundarpe Márcia Souto, contará com os palestrantes Hermano Queiroz, diretor de Patrimônio Imaterial do Iphan, Mário Pragmácio, professor do Mestrado Profissional do IPHAN, e Marcelo Renan, doutorando Pós-Cultura UFBA. A segunda mesa do encontro terá como tema a Preservação dos patrimônios culturais – atuação e limites do estado, dos agentes públicos, dos conselhos e dos detentores de bens culturais. Terá como palestrantes: Telmo Padilha Cesar, do Instituto Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico, do professor Leonardo Barci Castriota, arquiteto-urbanista e Diretor da pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais, e será mediada por Rodrigo Cantarelli, do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Lançamento - Na sexta-feira (18), os professores Terezinha de Jesus Pereira da Silva – membro do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural – e Sérgio Mota Bitencourt lançam, às 9h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, o livro Espaço Pasárgada: A Casa de Manuel Bandeira, que revela toda história e o acervo do equipamento cultural. 2º Seminário de Educação Patrimonial - A Faculdade de Direito do Recife sediará a segunda edição do Seminário de Educação Patrimonial de Pernambuco. A atividade está agendada para a sexta-feira (18), das 8h às 17h, e discutirá a relação Museu-Escola: desafios e possibilidades. A conferência de abertura será proferida pela professora Manuelina Cândido (UFG) e terá de mediação de Regina Batista, que é membro do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Ao longo do dia, haverá ainda as mesas-redondas: O museu como espaço pedagógico; O museu e sua natureza simbólica; O museu como difusor do conhecimento; e O museu e suas representações de tempo e espaço. Minicurso Zeladoria de Bens Culturais - Ministrado pelo restaurador Antônio Sarasá, o curso acontecerá entre os dias 15 e 16/8, das 9h às 17h, no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE). A atividade é direcionada às equipes que gerenciam os equipamentos culturais do Estado e possibilitará aos participantes a oportunidade de aprenderem técnicas de manutenção e zeladoria para o acervo de suas instituições. Simpósio - Batizado de Reflexões Acadêmicas sobre o Patrimônio Cultural, a 10ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco promoverá um simpósio acadêmico entre estudantes e professores de sete instituições de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco: Damas, Esuda, FBV, UFPE, Unicap, Uninassau e UNIFAVIP. A atividade acontecerá no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na sexta-feira (18), a partir das 9h, e mostrará, através da exposição de banners e colóquios, a produção da comunidade acadêmica

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MUMA integra time da Made e DW para anunciar chegada em São Paulo ainda este ano

A MUMA, loja online de design autoral que traz a assinatura de profissionais emergentes e consagrados do mundo todo, se posiciona nos dois principais eventos que promovem e discutem o mercado de design: a MADE, feira internacional de design colecionável que está em sua quinta edição, e a Design Weekend, o maior festival urbano da América Latina que chega ao sexto ano. Ambos movimentam a cidade e questionam as conexões do design com a arquitetura, arte, decoração, urbanismo, sustentabilidade, inclusão social, negócios e inovação. “Até o final do ano estaremos com loja física na cidade. Essa é uma meta fechada e já temos, inclusive, algumas opções de ponto. Por isso estar na MADE e na Design Weekend é não apenas necessário como natural. Afinal, somos um e-commerce que representa criadores selecionados de forma criteriosa”, conta Matheus Ximenes Pinho, sócio fundador e curador da MUMA. A marca contará com um espaço para expor peças conceito dos melhores designers contemporâneos do Brasil, além de lançamentos dos pernambucanos Fátima Ximenes, Guilherme Luigi e o estúdio uruguaio Menini Nicola - concebidos exclusivamente para a marca. “Procuramos fugir do lugar comum e pensar em um espaço que equilibra a sensação de estar através da mescla de elementos orgânicos e plásticos. Prometemos muitas plantas e cores marcantes em harmonia com as peças dos designers, contemplando o ambiente não apenas da exposição, mas também do vazio”, explica a arquiteta responsável pelo stand da MUMA, Barbara Besouchet do Estúdio Tripé. “Nossa empresa já nasceu pensando em oferecer uma plataforma que popularize e facilite o acesso a peças de design que não sejam apenas utilitárias. Por isso é natural que estejamos cada dia mais inseridos em feiras e mostras desta envergadura, mostrando que estamos prontos para contribuir com um mercado tão pulsante e cheio de possibilidades”, afirma Matheus. A MADE ocorre de 09 até 13 de agosto no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera e a Design Weekend no mesmo período com programação espalhada pela cidade. Serviço: Stand MUMA na MADE Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Ibirapuera Ingresso: R$ 30,00 | Meia entrada para idosos e estudantes: R$ 15,00

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Economia compartilhada cresce no Recife

Você já pegou um Uber para se deslocar pela cidade, assiste a filmes pelo Netflix ou já contribuiu com alguma vaquinha virtual nos crowdfundings? Seja bem-vindo à economia colaborativa ou compartilhada. Um modelo de negócio movido principalmente pela conexão entre as pessoas por meio das novas tecnologias de comunicação. A partir de plataformas digitais é possível conseguir o financiamento para um projeto social ou para uma startup, que dificilmente viria de uma instituição bancária. Também pode-se acionar um serviço de entrega por bicicletas ou alugar um quarto num apartamento para passar as férias, sem a necessidade de um intermediário. Esse foi substituído por empresas que não possuem bikes para fazer o delivery ou casa para alugar, mas oferecem plataformas para conectar o dono do veículo ou imóvel ao consumidor. Essa é uma nova lógica econômica que começamos apenas a experimentar suas possibilidades. Um estudo da escola de negócios IE Business School em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Economia e Competitividade da Espanha apontou que o Brasil é líder na América Latina em iniciativas da economia colaborativa. Ancorado no potencial de fomento de inovação do Porto Digital, tem nascido em Pernambuco uma série de negócios baseada nesse novo modelo com alta capacidade de redução de custos e inclusão social. O professor dos cursos de economia e ciências da informação da UFPE e sócio da empresa Creativante, José Carlos Cavalcanti, explica que a economia compartilhada torna mais barato os chamados custos de transação (como os relacionados à comercialização, por exemplo). “Isso acontece porque é um modelo que funciona por meio do uso de ferramentas de tecnologia cada vez mais robustas, confiáveis e acessíveis ao mais humilde cidadão”, explica Cavalcanti. Um exemplo desse modelo é a empresa pernambucana Find Up, que eliminou a necessidade de até 5 intermediários nos serviços assistência técnica em informática. Através de uma plataforma digital ele conecta usuários (residenciais ou corporativos) que necessitam de reparos em seus aparelhos aos técnicos cadastrados mais próximos com a qualificação necessária para resolver o problema. É como se fosse o Uber dos consertos de equipamentos de informática. “Desenvolvemos o modelo de negócio com geolocalização do técnico a partir do celular. São 4 mil profissionais que têm o nosso aplicativo instalado no telefone e mais de 100 mil usuários cadastrados”, esclarece o CEO da Find Up, Fábio Freire. “Somos uma interface de conexão do cliente com técnico, só com uma camada de gestão no meio”, garante o gerente de operações, Gustavo Ferreira. A plataforma reduz em até 30% o custo final do serviço e diminui o tempo de espera para a resolução do chamado. Presente em mais de 550 cidades no País, a Find Up começa uma fase de internacionalização e chega em breve à Argentina, Chile, Colômbia, México e República Dominicana. INCLUSÃO Inclusão social é outro benefício proporcionado pela economia compartilhada. Além de garantir serviço para técnicos que ficaram desempregados ou para profissionais que querem incrementar a renda, o sistema consegue incluir pessoas com restrições de horários, como estudantes. Um universitário que estuda pela manhã, por exemplo, e não consegue achar um trabalho compatível com sua rotina, poderia se cadastrar e oferecer seus serviços nos horários disponíveis. Também com DNA pernambucano, a Ecolivery atua no modelo da economia do compartilhamento no segmento de logística sustentável, fazendo entregas com bicicletas. Mais de 500 ciclistas já se cadastraram na plataforma, tendo atualmente em torno de 20 ativos. O diferencial é o fato do serviço agregar um valor socioambiental aos clientes, com uma mobilidade que não emite gases poluentes e contribui para a melhoria do trânsito, evitando mais engarrafamentos. A partir de um aplicativo, qualquer pessoa ou empresa pode acionar o ciclista mais próximo para buscar uma encomenda ou levar um documento. O app permite também acompanhar em tempo real a posição dos entregadores e visualizar as entregas que já foram feitas e as que faltam fazer. “Temos hoje uma clientela bem diversificada, como escritórios, cartórios, farmácias de manipulação, empórios, restaurantes e lanchonetes com delivery, e entregas locais de e-commerce”, lista Hugo Gomes, fundador e sócio da empresa que está incubada no Porto Digital. O potencial de desenvolver negócios sociais é outra característica da economia do compartilhamento. Como a peça que move a sua engrenagem é a comunidade, um empreendimento de alto impacto social pode alcançar engajamento de milhares de microfinanciadores com os crowdfundings. “Por meio das vaquinhas online, uma solução social pode ser viabilizada de forma coletiva e compartilhada, trazendo resultados espetaculares de forma rápida e eficiente”, afirma o gerente de empreendedorismo do Porto Digital e head de Aceleração da Jump Brasil, André Araújo. Ele avalia que as pequenas campanhas que a população começa a se engajar representam o início de uma prática de financiamento social que se tornará comum. “Economia e sociedade não são coisas separadas. Estão surgindo metodologias ágeis para se empreender. Essa é uma das maneiras mais interessantes hoje para que projetos inovadores e de pessoas – que ainda não têm uma marca estabelecida, mas têm conhecimento e capacidade – receberem investimentos pelo próprio público alvo daquele possível produto”, afirma André Araújo. Um projeto local que se beneficiou do crowdfunding foi o Saladorama, que permite à população feminina da Zona Norte do Recife acesso à alimentação saudável e à renda. Criada no Rio de Janeiro, a startup ganhou uma operação em Nova Descoberta. A lógica de funcionamento é formar mulheres de comunidades pobres para produzir os alimentos e educá-las para levar esse hábito de consumo e preparação para suas casas. “Atuamos com cozinhas dentro das comunidades, empregando, capacitando e empoderando mulheres. Alimentos orgânicos e saudáveis são desconhecidos da maioria da população de baixa renda e são inacessíveis em restaurantes que têm essa oferta por causa do alto custo”, afirma Isabela Ribeiro, sócia e responsável pelas operações no Nordeste. Além da vaquinha digital, o Saladorama beneficiou-se da economia compartilhada ao comercializar os pratos preparados por uma plataforma virtual. Eles são entregues no sistema de delivery. Com os recursos das vendas, as mulheres recebem uma bolsa

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Somos cidadãos da metrópole (por Francisco Cunha)

Infelizmente a Constituição Brasileira de 1988 esqueceu de reconhecer a instância federativa da metrópole. Ou seja, segundo a nossa Carta Magna, são três as instâncias federativas no Brasil: União, Estados e Municípios, cada qual com seus poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). E a metrópole, a cidade constituída de cidades, como fica? Um exemplo que todos conhecemos: o da metrópole da qual a cidade do Recife faz parte, junto com as cidades de Olinda, Jaboatão, Paulista e as outras 11 da chamada Região Metropolitana do Recife. Na verdade, trata-se de um conglomerado urbano contínuo cujas fronteiras municipais não conseguem conter os problemas que afetam o conjunto nem dar conta da sua gestão. Essa cidade metropolitana contínua que ultrapassa os limites municipais tem hoje uma população de mais de 4 milhões de habitantes, quase metade da estadual, e um PIB que deve estar próximo dos R$ 100 bilhões, o maior do Norte-Nordeste. Como gerir essa grande cidade que não respeita os limites dos municípios e está para além da capacidade de intervenção dos prefeitos municipais? Mal comparando, é como um condomínio residencial cuja área comum (a cidade metropolitana) está fora da influência das unidades habitacionais (os municípios) e precisa de uma gestão própria, para além daquela das unidades. Na tentativa de suprir a lacuna constitucional, o Congresso Nacional votou e o presidente da República promulgou em 2015 a Lei 13.089, o chamado Estatuto da Metrópole, que estipula a obrigação dos estados em que existam metrópoles e dos municípios que façam parte de metrópoles implantarem conjuntamente uma Governança Metropolitana e elaborarem um PDUI – Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado até janeiro de 2016. Foi, portanto, com base no que determina o Estatuto da Metrópole que o CAU-PE – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, o INTG – Instituto da Gestão e a Rede Procidade, em nome de 26 entidades da sociedade civil do Estado, lançaram no mês de julho a campanha Somos Cidadãos da Metrópole em prol da governança da metrópole composta pelas 14 cidades da RMR. Feito isso, resta a nós, cidadãos metropolitanos, reforçar a cobrança pelo Estatuto. Afinal, sem boa gestão do condomínio, o caos logo adentra nossa casa, por mais bem administrada que seja. *Francisco Cunha é consultor e sócio da TGI

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Compartilhamento de bicicletas melhora trânsito nas grandes cidades chinesas

Para quem chega às megalópoles chinesas, como Pequim e Xangai, ou mesmo às cidades de menor porte, o fenômeno das bicicletas compartilhadas chama a atenção à primeira vista. Amarelas, azuis, laranjas, verdes, elas estão por todas as partes: calçadas, saídas das estações de metrô, de trem e rodoviárias, estacionamentos. Relatório divulgado pelo jornal oficial da China Diário do Povo no fim de julho mostrou que, no segundo trimestre deste ano, os índices de congestionamento nas principais áreas urbanas chinesas registraram redução, em média, de 8% em comparação com o mesmo período de 2016 , graças à popularidade das bicicletas compartilhadas. Em Pequim, os engarrafamentos diminuíram 4,1%. O estudo, elaborado pelo sistema de navegação AutoNavi em cooperação com o Ministério dos Transportes e a Universidade Tshinghua, apontou que as bicicletas compartilhadas mudaram os hábitos de deslocamento das pessoas, o que levou à redução no consumo de combustíveis. Integrado aos modais de transporte público, o sistema de compartilhamento de bicicletas é uma alternativa para retirar veículos das ruas e reduzir a poluição nas cidades. Em 2017, estima-se que o uso das bicicletas compartilhadas poupe o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de combustível, representando 1,1% do consumo do país asiático. De acordo com o Ministério dos Transportes, mais de 1 6 milhões de bicicletas compartilhadas estão nas ruas de todo o país, e o número de usuários registrados supera 130 milhões. A bicicleta é destravada com um aplicativo no telefone celular por meio do QR Code (do inglês, Código de Resposta Rápida). Essa tecnologia permite a leitura automática do código pela câmera fotográfica do smartphone. O aluguel custa, em média, 1 yuan (R$ 0,50) a hora. Quando o ciclista termina o trajeto, ele estaciona a bicicleta e aciona uma trava. Ao contrário de outros países, como o Brasil, em que há estações para pegar ou deixar as bicicletas, na China não há pontos fixos para estacioná-las. Por isso, elas estão por todas as partes, o que traz praticidade, mas também problemas, como estacionamento de forma inadequada e ocupação excessiva do espaço público. Zhang Yunning, de 22 anos, recém-formada em filologia hispânica pela Universidade de Pequim, acredita que o serviço é muito conveniente, pois permite que ela se locomova com facilidade em trechos curtos, complementa o transporte público, além de ter melhorado um pouco a quantidade de engarrafamentos em Pequim, ainda que o trânsito continue intenso. Mas ela vê alguns problemas nesse sistema que se popularizou há dois anos. “Há tantas bicicletas que se torna um obstáculo dirigir e andar nas ruas. Também há muitas bicicletas com defeito que não são consertadas rapidamente”, disse. “É um fenômeno bastante recente e ainda não há muitas normas”, completou. Na tentativa de melhorar o serviço, o Ministério dos Transportes divulgou um documento com diretrizes para os governos municipais e para as empresas na última quinta-feira (3). Entre as medidas, administrações locais e companhias deverão providenciar espaços adequados para estacionamento, e menores de 12 anos serão proibidos de usar bicicletas como meio de transporte. As duas principais empresas do setor são a Ofo e a Mobike, estabelecidas em 2015 e 2016, respectivamente, que respondem por mais de 90% do mercado chinês. Yu Xin, um dos cinco cofundadores da Ofo, conta que a ideia do negócio surgiu entre colegas da Universidade de Pequim e, no início, começaram o serviço com mil bicicletas apenas dentro das universidades da capital chinesa. Hoje, a Ofo tem 6 milhões de bicicletas em cinco países e 120 cidades. Já a Mobike está em 100 cidades em países como Reino Unido, Japão e Cingapura, além da China. (Agência Brasil)

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Programação especial marca o aniversário do paisagista Roberto Burle Marx

A partir de hoje (1º de agosto), uma série de eventos vai marcar o aniversário do arquiteto, paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx, reconhecido internacionalmente, e responsável pelos projetos de diversas praças e jardins na capital pernambucana. A Semana Burle Marx 2017 é uma iniciativa da Prefeitura do Recife, instituída pela Lei Municipal nº 17.571/2009, de autoria do então vereador e hoje vice-prefeito, Luciano Siqueira. Em 2015, o prefeito Geraldo Julio transformou 15 áreas verdes projetadas pelo paisagista em patrimônio histórico e ambiental do Recife, por meio de decreto que instituiu os espaços como os primeiros Jardins Históricos da cidade. A programação do evento, que chega a sua 9ª edição, vai até o dia 14 de agosto, incluindo curso, palestras, lançamento de aplicativos, passeio turístico e ação educativa. Na abertura, que acontece hoje (1), a partir das 9h, no Jardim Botânico do Recife, bairro do Curado, será anunciado o Curso Profissionalizante em Técnicas de Jardinagem, que oferece 30 vagas, sendo 12 reservadas, pela primeira vez, para as equipes da PCR responsáveis pela manutenção dos jardins de Burle Marx. As inscrições poderão ser feitas até o dia 4, pelo site www.jardimbotanico.recife.pe.gov.br. Na noite da segunda (7), será lançado o Aplicativo de Educação Patrimonial – Patrimônio PE em evento realizado no Salão Paroquial da Igreja de Casa Forte. O aplicativo incluirá informações sobre o paisagista e detalhes dos espaços públicos projetados por ele. No lançamento haverá palestra com a professora doutora Ana Rita Sá Carneiro, do Laboratório da Paisagem da UFPE, especialista na obra de Burle Marx. O aplicativo foi desenvolvido pelo produtor cultural Sandro Lins, com verbas do Funcultura. No sábado (12), o passeio Olha Recife, da Secretaria de Turismo do Recife, vai percorrer o Circuito Burle Marx. E haverá também a ação educativa “Os Jardins de Burle Marx – oficina de aquarela botânica para crianças”, uma parceria do Museu da Cidade do Recife com o projeto Histórias para Aprender e Contar. Voltada para o público infantil (a partir dos 7 anos), a atividade é gratuita e oferece 20 vagas. Interessados podem se inscrever pelo telefone 3355-9558 ou pelo e-mail educativomcr@gmail.com. A programação inclui ainda palestras, ações educativas, entre outras iniciativas. Confira a programação completa abaixo. COMITÊ - O Comitê Burle Marx surgiu inicialmente com a missão de construir a Semana Burle Marx, instituída pela Lei nº 17.571/2009, de iniciativa do atual vice-prefeito Luciano Siqueira, em seu mandato de vereador. Atualmente o Comitê, além de elaborar iniciativas para a comemoração do aniversário de Burle Marx, atua na linha da educação patrimonial. Coordenado pelo Gabinete do vice-prefeito, o Comitê é formado por CAU-PE, Emlurb, Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), Fundarpe, IAB, Laboratório da Paisagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Museu da Cidade do Recife, Mamam, Oráculo Consultoria e pelas secretarias municipais de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente; Educação; Mobilidade e Controle Urbano; e Turismo. JARDINS HISTÓRICOS – A cidade do Recife, de forma inédita no Brasil, adotou, em 2015, o conceito da Carta de Florença, editada pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, e pelo Comitê Internacional de Jardins e Sítios Históricos, em 1981. A iniciativa significou a transformação de 15 áreas verdes projetadas por Roberto Burle Marx em patrimônio histórico e ambiental do Recife. O prefeito Geraldo Julio assinou o decreto que instituiu os espaços como os primeiros Jardins Históricos da cidade, uma das novas categorias previstas no Sistema Municipal de Unidades Protegidas (Smup). Os jardins contemplados foram projetados pelo paisagista entre 1934 e 1937, ao trabalhar na capital pernambucana. São eles: praças de Casa Forte, Euclides da Cunha, República e Jardim do Campo das Princesas, Derby, Salgado Filho, Faria Neves, Pinto Damaso, Entroncamento, Chora Menino, Maciel Pinheiro, Dezessete, Artur Oscar, Jardim da Capela da Jaqueira e os largos da Paz e das Cinco Pontas. PROGRAMAÇÃO DA SEMANA BURLE MARX 2017 Terça-feira (1 de agosto) - 9h - Abertura do evento, com anúncio do Curso de Jardineiro com especialização nos jardins de Burle Marx. Local: Jardim Botânico do Recife Quarta-feira (2) - 19h Palestra: “Produção artística de Burle Marx”, com a arquiteta curadora Beth Araruna. Local: IAB-PE - Rua Jener de Souza, 130 - Derby Sexta-feira (4) - 20h Aniversário de Burle Marx: O IAB-PE convida o chef Rafael Chamir para servir uma receita criada por Burle Marx, que consta no livro de cozinha por ele assinado. Local: Restaurante Capitão Lima - Rua Capitão Lima, 102 - Santo Amaro Segunda-feira (7) - 20h - Palestra: “O legado de Burle Marx e os desafios da Educação Patrimonial”, com a professora doutora Ana Rita Sá Carneiro, do Laboratório da Paisagem da UFPE. - Lançamento do Aplicativo de Educação Patrimonial – Patrimônio PE Local: Salão Paroquial da Igreja de Casa Forte Terça-feira (8) - 10h Lançamento do Aplicativo Patrimônio PE Local: Centro de Artes e Comunicação - UFPE Sábado (12) - 14h Programa Olha Recife da Secretaria de Turismo - Circuito Burle Marx – Local: Praça do Arsenal Sábado (12) – 15h Ação educativa: “Os Jardins de Burle Marx – oficina de aquarela botânica para crianças” Local: Museu da Cidade do Recife Segunda (14) - 14h A Fundarpe promove o lançamento do Projeto do Funcultura Jardins de Burle Marx Local: Teatro Arraial Ariano Suassuna - Rua da Aurora, 457, Boa Vista

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Oficina gratuita de Gravuras em relevo na CAIXA Cultural

A CAIXA Cultural Recife inicia as inscrições para a Oficina de Gravuras em Relevo – Linóleo e Borracha Escolar nesta terça-feira (1º de agosto). O curso será ministrado de 15 a 19 de agosto pela premiada artista e arte-educadora pernambucana Bia Melo e realizada pela Casa Mecane. A atividade é gratuita e tem como proposta fazer uma introdução ao universo da gravura e trabalhar a técnica de gravura em relevo e as diversas possibilidades de impressão. A aula será realizada das 14h às 18h e é direcionada a artistas visuais, estudantes de artes, professoras e professores do ensino regular e pessoas interessadas em artes visuais/Design/Gravura. As inscrições podem ser feitas até 8 de agosto pelo email gentearteirape@gmail.com (informar nome, idade, profissão e solicitar ficha de inscrição). São 25 vagas e a idade mínima é de 14 anos. A linoleogravura é um processo semelhante ao da xilogravura, porém, permite uma gravação mais rápida e sumária do que a madeira. O que não impede que seja usada de modo refinado. Já a gravura em borrachas escolares (carimbos) permite se chegar rapidamente a um resultado gráfico, devido ao tamanho da matriz e ao processo de impressão. MINI BIOGRAFIA – BIA MELO Bia Melo nasceu em Recife-PE, Brasil, em 1985. Sua formação acadêmica é em arquitetura e urbanismo, pela UFPE. Porém, atua profissionalmente como artista visual desde 2010. Em sua trajetória, vem explorando várias técnicas e suportes, desde colagens físicas, pinturas e gravuras a instalações (intervenções) artísticas espaciais. Atualmente, faz parte do coletivo de gravuras Gráfica Lenta e desenvolve um trabalho de pequenos formatos, chamado carimbos gravados. No qual explora as repetições de uma mesma imagem, criando estampas manuais exclusivas. Periodicamente, ministra oficinas de gravuras e carimbos. Já participou de diversas exposições coletivas, entre elas: Sobre O Vento E O Eespelho (FIG, 2012), Ilustradoras Pernambucanas no SIHG (Galeria Janete Costa, 2012), Delas #1, #2 e #3 (A Casa do Cachorro Preto, 2014, 2015 e 2016), Gráfica Lenta (Galeria MauMau, 2014, 2015 e 2016), Exposição Publique-se! De Livros de Artistas, (Museu da Cidade do Recife, 2015) e ganhou o prêmio de artes visuais da Cidade do Recife, em 2014, pelo Projeto Alinhamento, que consistiu numa intervenção na fachada do Museu Murillo La Greca. CASA MECANE Desde que iniciou sua atuação, a Casa Mecane esteve envolvida direta e indiretamente, produzindo, co-produzindo, patrocinando, apoiando ou sediando mais de 50 projetos nas áreas de Teatro, Dança, Circo, Música, Literatura, Poesia, Artes Visuais e Cinema. A Produção Cultural já realizou 05 projetos aprovados no edital FUNCULTURA-PE (2008, 2009, 2012, 2015, 2016), 01 projeto contemplado no prêmio Funarte De Teatro Myriam Muniz (2012) e 04 projetos selecionados no edital de ocupação da Caixa Cultural (2013 e 2017). Recebeu em 2012 o prêmio do Festival Janeiro De Grandes Espetáculos pela iniciativa a favor da produção artística local, tornando-se símbolo de resistência artística e exemplo de empreendedorismo cultural na cidade de Recife. FICHA TÉCNICA Realização: Casa Mecane Arte-Educadora: Bia Melo Direção de Produção: Dado Sodi Administração Financeira: Júnior Melo Produção Executiva: Alexandre Sampaio e Júnior Melo Assessoria de Imprensa: Flora Noberto Serviço OFICINA: Gravuras em Relevo – Linóleo e Borracha Local: CAIXA Cultural Recife - Av. Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife Antigo – Recife - PE Inscrições gratuitas: De a 1º a 08 de agosto. Solicitar ficha de inscrição através do e-mail ‘gentearteirape@gmail.com’ Datas: De 15 a 19 de agosto de 2017 Horários: Das 14h as 18h Classificação Indicativa: 14 anos. Público alvo: Artistas Visuais, estudantes de Artes, professoras e professores de ensino regular e pessoas interessadas em Artes Visuais/Design/Gravura.

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Animais doutores: cães guias

Além de auxiliar no autismo, a cinoterapia ajuda no tratamento de pacientes com dificuldades motoras, auditivas e visuais. No Kennel Club de Pernambuco, eles disponibilizam a pacientes cegos um cão-guia para acompanhar no dia-dia. Neste caso, os procedimentos são parecidos com os dos autistas, entretanto, até chegar a ter o contato com os pacientes, os cães realizam treinos de socialização, técnica de condução e formação de duplas. Antes de serem entregues como guias, eles ficam em torno de 8 a 10 meses com uma família acolhedora, sendo acompanhado pelo clube com o objetivo de socializar. Após esse período, ele retorna ao Kennel para receber os primeiros comandos através de simulações de elementos urbanos, para que se adaptem, como o semáforo, faixa de pedestres, lixeiros, orelhões, rampas, calçadas e alguns barulhos. Depois o paciente que vai receber o cão-guia, vem ao clube para realizar alguns treinos com o animal, para sincronizar a velocidade de andadura, a familiarização da voz da pessoa e entender alguns sinais indicados pelo cão, por meio do arreio, peça metálica colocada no dorso do animal. Essa formação, que dura em média de 3 a 4 meses, segundo o Presidente do clube, Luiz Alexandre, serve para que o cão execute os comandos corretamente e esteja preparado para atender melhor as situações do dia-dia. “É importante o cão passar por estas etapas, para que haja interação com o paciente e o deficiente visual se sinta seguro com o animal. Depois disso, o cão vai estar apto para acompanha-lo”, destaca. A professora brailista, Ketyanne Barros dos Santos, foi a primeira cega em Pernambuco a receber o cão-guia chamado Simba, ainda no início do projeto do Kennel. Ela conta que depois que recebeu cãozinho para acompanhá-la, a velocidade de mobilidade melhorou muito. “Quando utilizava a bengala, tinha que ter cuidado por onde estava andando, com o cão-guia não tenho tanta preocupação”, justifica. Além da mobilidade, ela explica que a socialização melhorou muito. “Quando me veem acompanhada com Simba, as pessoas querem acariciá-lo, porque ele chama muito atenção. Ter um cão-guia ajuda na aproximação com as pessoas, faz com que você tenha novos vínculos de amizade, facilita a interação, além de ser uma excelente companhia, ao ponto do cão olhar para você e saber o que você quer, sem precisar dar um comando”, acrescenta.

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Pernambuco recebe Fórum Internacional HOJE

Provocar gestores públicos a refletir sobre o projeto de cidade sustentável e urbanisticamente integrada é o foco do Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis, que acontece no Centro de Convenções de Pernambuco, de terça (25) a quinta-feira (27). O evento é promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), em conjunto com o 4º Congresso Pernambucano de Municípios, da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Sob o tema “A cidade que precisamos”, os eventos vão reunir prefeitos e secretários dos 185 municípios pernambucanos, além de arquitetos e urbanistas. A conferência de abertura, na terça-feira (25) à tarde, será do colombiano Gustavo Restreppo, um dos responsáveis pelo projeto de transformação urbana de Medellín. Informações no site http://www.hojecidadessustentaveis.com.br/ Durante os três dias, serão realizadas palestras, mesas-redondas, painéis e outras atividades a partir dos desafios apresentados na Nova Agenda Urbana aprovada pela ONU-Habitat em 2016. A solenidade oficial de abertura, no Teatro Guararapes, acontece às 9h da terça-feira (25). À tarde, a partir das 14h, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, abordará os “Os Desafios da Gestão Municipal no Contexto Nacional”. Em seguida, às 15h30, o presidente do CAU/PE, Roberto Montezuma fala sobre também sobre os desafios da Nova Agenda Urbana para gestores públicos, arquitetos e urbanistas, entidades e cidadãos. A palestra magna do urbanista colombiano Gustavo Restrepo, um dos responsáveis pela revolução urbana na cidade de Medellín, começa às 16h. Cidade que precisamos – Na terça (26.7), a programação segue durante todo o dia, em duas salas simultaneamente, além das palestras do 4º Congresso Pernambucano dos Municípios. Pela manhã, na sala A, apresentações sobre Cidade Parque, focando na reconciliação da natureza com o espaço público; e Cidades Resilientes, com planejamento voltado a responder mudanças climáticas. Já na sala B, uma mesa-redonda dará conta do universo das Cidades Criativas, onde cultura local e inovação são elementos estratégicos para o desenvolvimento urbano e humano sustentável, com convidadas como as arquitetas e urbanistas Adriana Porto, Cátia Avellar, Sandra Brandão e Roberta Borsoi. Durante a tarde, a sala A explora as Metrópoles e Cidades Interligadas, assunto que interage com o processo de construção de visão de futuro exposto na palestra sobre Cidades Planejadas. Quem preferir a sala B vai aprender mais sobre Cidades Acessíveis, com foco na política habitacional como estratégia de desenvolvimento urbano sustentável. A palestra dialoga com as Cidades inclusivas, tratadas pelo diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento habitacional do Distrito Federal (CODHAB-DF), Gilson Paranhos, que discute financiamento de assistência técnica para promover acesso à moradia. O Fórum continua na quinta-feira (27), com a apresentação das Boas Práticas Urbanas selecionadas pela chamada pública do CAU/PE, às 9h. “O reconhecimento a essas iniciativas é uma forma de mostrar que a transformação urbana já começou”, explica o presidente do CAU/PE, Roberto Montezuma. Já pela Amupe, às 10h30, acontece palestra sobre a municipalização dos Serviços Públicos Estratégicos: Iluminação e Saneamento, encerrando os eventos. Pensadores urbanos – “A cidade é o chão de todo o desenvolvimento. Por isso pensar numa cidade sustentável é, antes de tudo, refletir sobre seu território, um complexo palco de conflitos que demandam uma visão sistêmica de longo prazo para serem equacionados”, afirma o presidente do CAU/PE, Roberto Montezuma. “Reunir pensadores urbanos com o poder executivo de cada cidade pernambucana é um passo estratégico para que possamos difundir a importância de projetos sob medida para tirar do papel as cidades que precisamos”, concluiu. O Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis terá ainda outras duas etapas ao longo do ano. Nos dias 23 e 24 de agosto de 2017, na sede do INCITI/ UFPE, Rua do Bom Jesus 191, Recife, pesquisadores da Rede de Centros de Estudos em Desenvolvimento Urbano Sustentável na América Latina e Caribe (Redeus_LAC) irão se debruçar sobre os debates ocorridos na primeira etapa, traçando paralelos com estudos acadêmicos em curso em países como Chile, Argentina e México. A ideia é consolidar todos os conteúdos em diretrizes para a implantação da Nova Agenda Urbana. Já para o segundo semestre, estão previstas três edições do Urban Thinkers Campus nas cidades de Belo Jardim (9 a 11 de setembro), Petrolina (25 a 27 de outubro) e Recife (22 a 24 de novembro), sob o tema Águas Urbanas pela Resiliência Social e Ambiental. O objetivo da ação idealizada pela ONU e realizada no Estado pelo CAU/PE e pelo INCITI/UFPE é trazer à luz diferentes possibilidades para ações locais que visem a resiliência relacionada à água em diferentes contextos urbanos, sociais e hídricos do território pernambucano.

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Por governança, entidades lançam campanha ‘Somos Cidadãos da Metrópole’

Em reunião realizada no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), mais de 30 entidades lançaram a campanha “Somos Cidadãos da Metrópole”, em defesa da instalação da governança metropolitana prevista na Lei 13.089/15 (Estatuto da Metrópole). Com foco na conscientização da sociedade e dos gestores públicos sobre a urgência da gestão compartilhada de problemas comuns como mobilidade, saneamento e saúde, a campanha será explorada nos sites e redes sociais do Conselho, do Instituto da Gestão, da Redeprocidade e das demais entidades engajadas no movimento. A ação vem acompanhada por uma proposta de Modelo de Governança a partir da criação de um consórcio interfederativo, que será apresentada aos prefeitos nos próximos meses. “Pernambuco saiu na frente. Já temos os instrumentos técnicos, falta a mobilização política”, explica o conselheiro do CAU/PE e ex-presidente da Condepe/Fidem, Jório Cruz, lembrando que a gestão da metrópole impacta diretamente no cotidiano dos cidadãos. “As cidades não acabam nos limites territoriais dos municípios, elas continuam e, por isso, é importante distribuir as centralidades”, completa o presidente do Conselho, Roberto Montezuma. Também previsto no Estatuto da Metrópole, o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), defendido internacionalmente pelo CAU, é outra preocupação das entidades. “A sociedade não aguenta mais descontinuidades, não podemos mais pensar no planejamento fatiado”, defendeu o presidente do Sinduscon-PE, José Antônio Lucas Simón. Nesse sentido, o arquiteto e urbanista Paulo Roberto Barros e Silva lembra que trata-se de um trabalho de conscientização. “Temos lutado para que as prefeituras parem de revisar seus Planos Diretores”, conta, lembrando que o PDUI deve preceder os planos municipais de forma a promover a integração. Além das instituições, o encontro contou com a presença do prefeito de Igarassu, Mário Ricardo, representante da Amupe para a Região Metropolitana do Recife. “Hoje se discute até a metrópole de Caruaru, então é importante que o Recife sirva de exemplo para essa governança. A Amupe ratifica o compromisso com essa discussão”, afirmou, ilustrando a relevância da questão com exemplos do município do qual é gestor. “Igarassu é vítima dessa falta de planejamento da metrópole. O BRT, por exemplo, nasce na nossa cidade, mas não nos beneficiamos dele”, lamenta. O evento também foi uma oportunidade para ampliar a lista de signatários do Manifesto pela Governança Metropolitana, assinado em março por 25 entidades. Entre os novos signatários, instituições como o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, o Sinaenco/PE e o FabLab Recife. A relação conta ainda com instituições como o Cremepe, a OAB, a Ademi, o Sinduscon, o IAB, o Corecon, a CDL e o CREA-PE. O Estatuto Publicada em janeiro de 2015, a Lei Federal 13.089 “estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas pelos Estados, normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado e outros instrumentos de governança interfederativa”. A Lei prevê um prazo de três anos para que seja instalada a referida governança e elaborado do plano de desenvolvimento urbano integrado – do qual devem partir os Planos Diretores Municipais e suas revisões. Sendo assim, a partir de janeiro do próximo ano os gestores públicos que não cumprirem o dispositivo legal incorrem em improbidade administrativa. Mais depoimentos “As pessoas moram onde há qualidade de vida e é isso que precisamos garantir, caso contrário, vamos perder nossos talentos. Não estamos aqui para criticar, mas para apontar uma solução, apresentar uma possibilidade.” Carlos Tinoco, presidente da Ademi “Já está passando da hora de termos a consciência metropolitana. Precisamos de governança e integração ou vamos enfrentar problemas multiplicados nessa época de recursos tão escassos que vivemos.” Francisco Cunha, arquiteto e urbanista, sócio fundador do INTG “O problema não está na complexidade dos sistemas de transporte, saneamento ou abastecimento de água, mas sim na natureza do cidadão metropolitano.” Geraldo Santana, arquiteto e urbanista “Esta reunião é histórica, pois reúne diversos representantes da sociedade civil organizada para cobrar soluções conjuntas a problemas que não serão resolvidos isoladamente. É preciso haver solidariedade entre os municípios.” Laércio Queiroz, consultor e ex-presidente da FIAM “A Fidem foi criada em 1977 e ainda hoje enfrentamos o mesmo problema: vontade política. Precisamos superar a lógica setorial da gestão pública e isso só vai acontecer com decisão política.” Luiz Otávio Cavalcanti, presidente da Fundaj

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