Arquivos Vi no Instagram - Página 10 de 47 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Complexo RioMar terá novas torres empresariais

O Grupo JCPM anuncia um novo investimento no Complexo RioMar, empreendimento consolidado como ponto de serviço, lazer, entretenimento e centro de compras. Serão construídas duas novas torres empresariais, totalizando 88 mil metros quadrados e 812 novas salas comerciais, mais dois espaços de locação no térreo. O Valor Geral de Vendas (VGV) das duas torres que compõem o complexo deve chegar a R$ 350 milhões. A geração estimada de emprego, entre diretos e indiretos, é de 900 vagas. A construção já foi iniciada e serão 36 meses de obras. A primeira torre a ser lançada nessa nova etapa, batizada de RioMar Trade Center 4, será totalmente integrada ao shopping e construída adotando as mais modernas tecnologias, com redução de consumo de energia, fachada de vidro de alto desempenho térmico, sistema de ar-condicionado com demanda energética menor, além de estar conectado com as tendências de mobilidade ao implantar um Bike Center com capacidade para 250 bicicletas. Do total de 30 pavimentos, 6 serão de edifício-garagem, com acréscimo de 1.250 vagas ao complexo, totalizando 7.000 vagas. Outros 18 andares terão salas de 26 m² a 49 m² quadrados e mais 5 andares de lajes corporativas. Nas lajes corporativas será possível ter espaços entre 401 e 802 metros quadrados. A construção, que será de responsabilidade da JCPM Incorporações e Construções. O projeto arquitetônico foi feito por Carlos Fernando Pontual. O empresarial conta com lobby e foyer com pé direito duplo, cinco salas de reuniões e 3 salas de convenções. Os espaços são modulados e chegam a ter capacidade de reunir 235 pessoas em um só ambiente. O foyer tem 256 m², sendo possível realizar coffee break e pequenos eventos. O térreo terá também dois grandes espaços de locação para lojas que estarão integradas ao mix total do shopping. Como infraestrutura, o complexo contará com 22 elevadores, sendo 9 por torre e outros 4 voltados para atender o fluxo do edifício-garagem. Todos com organizador de chamadas e com funcionamento com regeneração da energia (onde o equipamento acumula energia ao frear para utilizar em operações futuras). O sistema de ar-condicionado demandará 20% menos do que modelos split - que já são referência em economia. Outra questão ambiental importante é a integração das lixeiras seletivas à Central de Resíduos que hoje gera renda para catadores ao comercializar o material descartado no shopping. O Bike Center contará com banheiro, vestiário e armários. Além de espaços para pequenas refeições. O prédio tem sistema de som e de segurança CFTV nas áreas comuns, automação de bombas, geradores e iluminação do térreo. Terá também sistema de WiFi nas áreas sociais do térreo e gerador de energia atendendo a 100% do prédio (áreas internas e comuns). GERAÇÃO DE EMPREGO A estimativa de geração de 300 empregos diretos e 600 indiretos está mobilizando o Instituto JCPM de Compromisso Social a buscar, prioritariamente, mão de obra da comunidade. As inscrições para vagas de pedreiro, carpinteiro, servente, soldador, pintor, entre outras, serão feitas, prioritariamente, com as famílias dos jovens inscritos nas turmas do IJCPM e, portanto, moradores do entorno do empreendimento. Esse mesmo conceito foi utilizado durante a construção do Shopping, gerando desenvolvimento das pessoas da região.

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Conexão Japão-Pernambuco

Em um ano, os pernambucanos estarão com olhos atentos para a atuação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Enquanto não começam as competições, é possível conhecer mais sobre a cultura nipônica – seus esportes, práticas religiosas, língua e até economia – aqui mesmo no Recife. A maior comunidade japonesa do Brasil está em São Paulo. Mas, apesar da distância geográfica entre o país asiático e Pernambuco, há algumas pontes culturais ainda presentes que foram construídas há décadas, no período pós-Segunda Guerra Mundial. Na capital pernambucana a comunidade nipônica mantém a prática do gateball, realiza suas meditações numa igreja oriental na Zona Oeste e possui um consulado atuante, divulgando a cultura e gerando oportunidades de negócios. Nas proximidades do Terminal de Passageiros de Pernambuco (TIP) funciona a Associação Cultural Japonesa do Recife. Em torno de 130 famílias são associadas à entidade, entre japoneses, descendentes e brasileiros. Vários idosos se encontram semanalmente para praticar um esporte: o gateball. A modalidade, que lembra o críquete, foi criada em 1947 no Japão. Hoje ela está se enfraquecendo no país asiático, de acordo com o secretário da associação, Akira Yoda. Mas aqui, ela movimenta os associados pelo menos quatro vezes por semana e ainda há competições entre grupos de diferentes Estados do Brasil. Com paciência e precisão, os idosos vão dando as tacadas do gateball, que mais do que uma competição, é um passatempo para o grupo. Um ponto de encontro, do qual eles fazem questão de participar. Na associação, há um conjunto de atividades que celebram a comunhão da comunidade e promovem a cultura do seu país, como cursos do idioma japonês, eventos com oficinas de origami e até um festival de yakisoba e karé (duas comidas típicas da gastronomia nipônica). O evento mais conhecido do grupo, porém, é a Feira Japonesa do Recife Antigo, que acontece no mês de novembro, na Rua do Bom Jesus, e é realizado em parceria com a Associação de Ex-bolsistas do Japão, o Consulado Japonês e a Prefeitura do Recife. Outra instituição fincada no Recife e que quase passa despercebida da maioria dos recifenses é a Igreja Tenrikyo Hoyo do Nordeste. Situada no bairro do Bongi, seu prédio pode ser visto da Avenida Abdias de Carvalho, bem próximo ao restaurante Yoki Galetos. Essa é provavelmente a maior religião do mundo fundada por uma mulher, a camponesa Miki Nakayama. Há estimativas de que esse segmento religioso reúna no mundo cerca de dois milhões de seguidores, sendo 75% deles no próprio Japão. “Como igreja completamos 40 anos no Recife. No Brasil ficou com essa denominação de igreja, mas a nossa natureza é mais de templo”, explica o condutor da Tenrikyo Hoyo na capital Pernambucana, Kazuyoshi Sakaguchi. Reúnem-se no espaço cerca de 150 pessoas. Dessa comunidade, praticamente dois terços já é composta por brasileiros, que se identificaram com a instituição. Os japoneses e descendentes representam em torno de um terço dos frequentadores do espaço. Como um hub diplomático na região, o Recife abriga também o Consulado do Japão para o Nordeste, atualmente sob a direção do cônsul Jiro Maruhashi. O diplomata estima que Pernambuco tenha cerca de 400 japoneses e em torno de 30 mil nipo-brasileiros. Além da capital, há membros dessa comunidade oriental em Petrolina e em Bonito. Apesar da distância entre o Japão e Pernambuco, Maruhashi lembra que há algumas empresas japonesas em atividades no Estado, com destaque para a Musashi, fabricante de peças para automóveis, sediada em Igarassu; a Nissin, fábrica de alimentos, em Glória do Goitá; e a Niagro, uma agroindústria de produtos de acerola, em Petrolina. Embora a principal atividade do consulado seja emitir os vistos dos brasileiros para o Japão, há um espaço nesse serviço para promover a relação entre a cultura japonesa e a brasileira. Com a proximidade das Olimpíadas, o consulado planeja realizar uma série de workshops e exposições, entre novembro e janeiro no Recife. “Neste ano realizaremos uma exposição de fotografia na Torre Malakoff sobre Tóquio, focando o aspecto antigo e o moderno. Apoiamos também atividades culturais, como a feira japonesa do Recife Antigo, e algumas ONGs em projetos comunitários sociais ligados a saúde e educação”, explica Jiro. A chegada dos imigrantes japoneses em Pernambuco aconteceu principalmente nas décadas de 1950 e 60. Bonito foi o destino de Masakatsu Morimura. Ele chegou ao Brasil em 1956, instalando-se inicialmente no Rio Grande do Norte e, 10 anos depois, veio para Pernambuco. Ele ergueu a Fazenda Morimura, que se destacou na produção de alface, inhame, entre outras culturas. Hoje ele está aposentado e vive em Caruaru, sua fazenda foi em grande parte arrendada para antigos empregados, que o chamam de Seu Moura. Apenas um dos seus filhos segue na atividade agrícola na cidade. O interesse pelo Brasil veio do cinema. Quando estudante, conheceu pelas telonas as imagens da Amazônia, dos Pampas Gaúchos, dos cafezais de São Paulo, do cangaço nordestino e do futebol no Maracanã. A vinda para cá, após a Segunda Guerra Mundial, teve como estímulo uma mudança política no seu país. Seu tio, que era agrônomo, perdeu as terras na reforma agrária do Japão. . . “O país tinha saído da guerra, com milhões de mortos, acabaram as cidades de Hiroshima e Tóquio, e o governo estava ainda recuperando a economia. Eu pensava em trabalhar como comerciante. Mas fomos no setor de imigração do nosso país e meu pai conheceu uma oportunidade para vir para um projeto independente no Rio Grande do Norte. Fizemos um treinamento de uma semana e embarcamos no navio para o Brasil”, conta o japonês, que era filho de professores. Saudosista, Morimura abriu o álbum de fotos antigas da sua família e relembrou a travessia de navio. Uma parada nos Estados Unidos nessa trajetória foi fundamental para uma das primeiras atividades agrícolas no Nordeste: a plantação dos melões “japoneses”. Ele contou que o navio recebeu uma remessa de melões na terra do Tio Sam para alimentar os passageiros, que guardaram as sementes e plantaram no Brasil. “Era um melão californiano, mas ficou conhecido no Brasil

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O gelado que encanta na zona norte

A San Paolo inaugurou uma casa especializada em sorvetes na Zona Norte. Após chegar ao Recife com quiosques nos shoppings centers, a marca cearense deu um salto com a sua primeira loja de rua na cidade, que fica no bairro das Graças. Além de um produto gourmet, que tem produção diária no próprio espaço, a unidade oferece a proposta de ser um ponto de encontro e lazer com a família e amigos. A unidade oferta cerca de 30 sabores diariamente. O Leite Ninho San Paolo é o carro-chefe da marca, responsável por cerca de um terço do consumo de sorvete da casa. Para quem gosta de chocolate, há variedades imperdíveis, como o belga, o marroquino e o venezuelano. Cada um com um acento no amargor ou na textura. Se está na dúvida na escolha, dá para experimentar antes da pedida. Além do serviço tradicional do gelato, o delizie, que pode ter até três sabores, a casa oferece ainda um produto que é prensado na pedra de gelo com outras iguarias, chamado de semplice. Pode ter até três sabores diferentes, bem compactados com nutella, paçoca, brownie, chocolates (como Twix, Ferrero Rocher, M&M’s e Kit Kat), entre outras opções. A casa oferece sabores tradicionais, que estarão sempre no cardápio, mas também os “produtos de época”, ou seja, variedades especiais que vão surgir no cardápio em datas especiais. “Todos os meses temos edições limitadas dos gelatos. São sabores exclusivos”, conta o sócio e empresário da rede no Estado, Waldyr Limaverde. Além do público típico de famílias e de estudantes que já frequentam o espaço (que fica lotado nos horários de maior movimento), o empresário planeja atrair no horário da manhã profissionais para realizarem reuniões ou trabalharem com seu notebook na unidade, a exemplo do que já acontece nas cafeterias da região. Por falar em cafeteria, a loja também chegou com o novo conceito de “Coffee Latte” e oferece novidades no cardápio que conta com salgados para quem não deseja consumir as opções de sorvetes. Para os amantes da bebida, a loja oferece o Café Paolo, um combo de gelato com café. A operação da loja das Graças tem um horário bastante estendido (até às 23h), sendo uma opção para quem deseja fazer um lanche no horário mais noturno. O local tem estacionamento e apoio de manobrista também. E para quem deseja experimentar os gelatos sem sair de casa, a San Paolo já oferece serviço delivery (por meio das plataformas do iFood, Rappi e Uber Eats). A unidade da Rua Amélia já tem recebido um público grande. Mesmo logo após a inauguração, tornou-se a segunda a loja de rua de melhor faturamento dentre todas as demais da marca. A San Paolo já está presente nos shoppings Recife, RioMar, Plaza e Tacaruna. Segundo Waldyr Limaverde, a marca tem pretensões também de chegar ao interior no futuro. Hoje a empresa já tem perto de 30 lojas ou quiosques espalhados pelo Nordeste. “Estamos na cidade desde 2015, montando em média uma nova unidade a cada ano. Já temos estudos para Caruaru. Queremos chegar na cidade”. Serviço San Paolo Graças fica na Rua Amélia, 452. Funciona todos os dias. De segunda a sexta-feira, das 9h às 23h. E no final de semana das 10h às 23h.

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6 fotos do Café Lafayette antigamente

Motivados pela matéria recém publicada do #OxeRecife¹, da jornalista Letícia Lins, sobre os cafés do Recife século 19 e 20, publicamos hoje uma série de 6 imagens do Café Lafayette, que resgatam um pouco dos tempos mais boêmios do centro da cidade. De acordo com o historiador e professor da UPE Carlos André Silva de Moura: "No encontro da Rua do Imperador com a Primeiro de Março estava o Café Continental, mais conhecido como o Café Lafayette. Nas décadas de 1920 e 1930, os diversos assuntos fervilhavam no lugar. Personagens de várias regiões procurando o Lafayette pelas notícias de um espaço que reuniam os principais nomes da intelectualidade e servia a “melhor coalhada da região”. A Revista Ilustração Brasileira classificou o lugar como ambiente de “reunião de políticos, corretores, desocupados e toda a variada flora e fauna de maldizentes”. O texto acima faz parte do artigo Os antigos cafés do Recife: a sociabilidade na capital pernambucana (1920 – 1937)², em que o historiador Carlos André Silva de Moura descreve alguns detalhes da vida boêmia do Recife daquela época. "A boemia era um costume dos indivíduos das cidades que se diziam modernas, mentes pensantes e fervilhantes que debatiam no centro, local que concentrava os maiores acontecimentos da região, a capital para onde corriam os principais pensamentos de contestação social. Ideias que inspiravam os leitores mais atentos". O Lafayette, especificamente, era o destino escolhido por usineiros, deputados, médicos, literatos, comerciantes, estudantes, jornalistas e até governadores. O nome do lugar era Café Continental. Mas o espaço ficou mais famoso por Lafayette, por estar no mesmo prédio do depósito dos cigarros Lafayette. As imagens são da Villa Digital (Fundaj) e do Museu da Cidade do Recife. Clique nas fotos para ampliar. . . . . . . . Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) . ¹Sessão Recife Nostalgia: os cafés do século 19 na cidade que imitava Paris ²RESGATE - vol. XX, N0 23 - jan./jun. 2012 - Moura, Carlos andré Silva de - p. 97-107

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Sem ressaca da crise, Pitú cresce no Brasil e no exterior

A crise afetou o bolso dos brasileiros, reduziu a venda de cachaça no Brasil por seis anos consecutivos, mas não o consumo da Pitú. A tradicional empresa de Vitória de Santo Antão, mesmo no pior ano da recente recessão brasileira, em 2016, cresceu 5%. A marca atravessou essa tempestade da economia sem uma demissão. Em 2018, quando o cenário do País era ainda de estagnação, a empresa cresceu 18% em faturamento e 5% em volume em comparação a 2017. Desempenho acompanhado por investimentos no parque industrial e por avanços também nas exportações. A principal estratégia da empresa para seguir crescendo, mesmo com a crise econômica, foi fortalecer a comunicação para ser lembrada pelos consumidores na hora da compra. Com as restrições de inserções em TV e rádio ao produto, o principal canal são as redes sociais e o patrocínio de eventos. “Hoje a maior despesa da Pitú é com propaganda e publicidade”, relata a diretora de exportações e relações institucionais da empresa, Maria das Vitórias Cavalcanti. O crescimento recente nas vendas também é fruto da chegada mais forte no Sul e Sudeste do País, além dos Estados do Maranhão, Piauí e Pará, antes atendidos por uma empresa parceira. “Aumentamos o leque de mercado, cujo atendimento passou a ser feito pela fábrica local. Há menos de um ano, houve essa expansão em São Paulo, Rio de Janeiro e outros Estados", informou a empresária. "Além disso, seguimos nos consolidando no Norte e Nordeste. Hoje nossa participação no mercado nacional é de 13% e no Nordeste, 45%”, informa o diretor Alexandre Férrer. O executivo afirma que a fábrica produz 91 milhões de litros por ano. O aumento de volume de vendas levou a Pitú a fazer investimentos também no seu parque industrial. Só em 2018 foram aportados R$ 24 milhões na compra de três novos tanques de líquidos e as suas respectivas bacias de contenção e R$ 2,8 milhões na aquisição de uma nova caldeira. Tanto no mercado estrangeiro como no nacional, a diferença entre os valores e volumes sinaliza que a marca tem conseguido agregar valor ao produto. Enquanto a cachaça é uma bebida de baixo custo no Brasil, a Pitú entra na Europa com preços equivalentes ao uísque Johnnie Walker ou à vodka Smirnoff. “Nos últimos três anos fizemos algumas mudanças na política de preços e tabelas, um reposicionamento”, explica Vitória. E foi nas vendas ao mercado externo que aconteceu outro salto da empresa. O faturamento com as exportações cresceu 55%, enquanto o volume avançou em 39%. O principal cliente estrangeiro das cachaças Pitú é o mercado alemão, responsável por 90% das exportações. No País conhecido pela cerveja, o produto pernambucano é exportado a granel e é engarrafado na cidade de Wilthen. De lá, circula no mercado do Velho Mundo. Além da Alemanha, a cachaça é enviada para 15 países, com destaques para os Estados Unidos, México e Canadá. Para os norte-americanos foi criada uma campanha recentemente que destacava os valores da sustentabilidade ambiental aplicados na operação da Pitú. O uso de garrafas retornáveis, uma prática da empresa desde a década de 60, e o reúso de 80% da água captada do Rio Tapacurá, que acontece desde os anos 90, são alguns dos destaques. Os projetos de sustentabilidade da Pitú receberam em maio deste ano o selo verde da Organização Socioambiental Ecolmeia, na categoria ouro. Como a sustentabilidade é um valor cada vez mais forte entre os consumidores, a marca tem feito investimentos contínuos para garantir maior preservação ambiental. Maria das Vitórias ressaltou que nos últimos anos a Pitú investiu mais de R$ 3 milhões num plano estratégico de sustentabilidade ancorado em cinco pilares: gerenciamento da água, reciclagem, reflorestamento, educação ambiental e preservação cultural e histórica. Somente na equalização do tratamento dos efluentes foram investidos R$ 1,6 milhão, com a aquisição de equipamentos que proporcionam mais eficiência na reciclagem de resíduos líquidos e sólidos. Mais recentemente, a empresa passou a apoiar também o Projeto Golfinho Rotador, em Fernando de Noronha. A ilha é considerada, historicamente, o berço da cana-de-açúcar no Brasil. Para o ano de 2019, a estimativa inicial da empresa era de um crescimento em volume na ordem de 10% e em faturamento de 15%. Mas os indicadores do primeiro quadrimestre do ano já apontaram aumento de 21% no volume e 22% no faturamento. Um sinal de que o desempenho pode superar as expectativas. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Você sabe o que é rurbanização?

*Por Rafael Dantas Em meados do século passado, Gilberto Freyre publicou uma série de artigos nos jornais defendendo a “rurbanização”. O sociólogo pernambucano defendia o desenvolvimento de cidades que guardassem a convivência das qualidades do rural e do urbano. O tema chegou a ganhar um livro no início da década de 80, chamado: Rurbanização: que é? O crescimento desordenado das cidades brasileiras nos mostra que quase nada de “rurbano” sobreviveu nas capitais e metrópoles. O conceito ficou quase que esquecido por duas décadas, mesmo nas universidades. Mas, desde os anos 2000, esse aspecto menos conhecido da sua obra renasce com força no meio acadêmico e em iniciativas populares que trouxeram para os quintais, terrenos baldios e ruas algumas práticas típicas do campo. A busca pelo contato com a terra, por alimentos saudáveis ou mesmo pela convivência mais harmoniosa com os vizinhos estão incentivando o surgimento de iniciativas de agricultura urbana no Recife. No bairro de Passarinho, periferia da Zona Norte, um projeto de capacitação da ONG Espaço Mulher ensinou moradoras da comunidade a produzirem nos seus quintais. Uma das beneficiadas por esse treinamento foi Vilma de Souza, que mora há 40 anos no bairro. Vivendo bem próximo ao Rio Beberibe, Vilma tinha no seu vasto quintal um problema. De tempos em tempos era preciso pagar alguém para limpar o mato que crescia nos fundos da casa. Após ser despertada pela capacitação, ela começou a cultivar. “Para mim, cuidar da terra e plantar é um entretenimento”, relata Vilma, que é neta de agricultores de Surubim. Do quintal ela retira frutas como jaca, caju, banana, graviola, acerola, entre outras. Ela colhe mais de 100 variedades de frutas, hortaliças, plantas medicinais e ornamentais que trazem qualidade de vida, alimentos saudáveis e um complemento de renda. Ela produz picolés com os excedentes do seu quintal. Na comunidade da Palha de Arroz, que fica entre os bairros do Arruda e de Peixinhos, um grupo de mulheres cuida de uma horta comunitária há dois anos. No terreno que antes era baldio, elas retiram hoje alimentos e plantas medicinais. E tem sonhos de obter infraestrutura para transformá-lo numa praça. “Antes tinha muito lixo e entulho. Agora, mantemos o lugar limpo. Estamos torcendo para vir um projeto que transforme esse espaço numa verdadeira praça, uma área para as crianças terem lazer”, almeja a moradora Marinalva Costa. . . Muitas mulheres da comunidade são filhas de pescadores, mas há também pessoas que chegaram ao Recife pelo êxodo rural. Elas receberam uma capacitação de um projeto de agricultura urbana do Centro Sabiá. Além da orientação sobre o plantio, a ONG motivou a mobilização das moradoras em torno das lutas sociais do local. A horta, por exemplo, resiste na área pelo esforço coletivo das moradoras, pois a própria comunidade não tem água encanada há um ano. “Fizemos um diagnóstico socioeconômico que apresentou um alto índice de insegurança alimentar das famílias do local. Como havia interesse das mulheres em cultivar alimentos, nós olhamos para esse espaço como potencial para o desenvolvimento de uma experiência de horta”, explica Aniérica Almeida, assessora para agricultura urbana do Centro Sabiá. No começo, 20 mulheres foram capacitadas, hoje cerca de 10 seguem no projeto. Elas já recolheram do pequeno terreno da horta batata, maracujá, mamão, abacaxi, pepino, quiabo, coentro, repolho, além das plantas medicinais. Hoje o grupo faz mutirões mensais para manter a horta, que sofre com a escassez de água, e participa de intercâmbios com outras experiências de agricultura urbana de periferias do Recife, como na Muribeca (Jaboatão dos Guararapes) e em Passarinho (Zona Norte do Recife). “Esse é um coletivo que participa do debate da agroecologia e da segurança alimentar na cidade. Nossa meta é que haja a expansão dessa experiência da agricultura em outras comunidades”, almeja Aniérica. Feijões, milhos, tomates, quiabos e outras variedades também brotam em bairros da classe média, como no solo do Poço da Panela. Às margens do Rio Capibaribe, a população construiu o Jardim Secreto no local que antes era um terreno baldio. Mais que uma praça ou um espaço de convivência, o jardim ganhou também uma horta comunitária. Mas o principal benefício para os moradores que tornam esse espaço vivo é o contato com os vizinhos e o lazer do cuidado com o meio ambiente. Além das mandalas com os plantios, o espaço possui um minhocário e um pequeno viveiro, para o nascimento de novas sementes e mudas. A arquiteta aposentada Lúcia Helena Marinho é uma das mais ativas colaboradoras do Jardim Secreto. Enquanto a maioria dos frequentadores do local contribuem nos finais de semana com a horta, ela tem a atividade como um lazer quase que diário. “Para mim é um prazer. Além disso, é uma contribuição com a sociedade, pois trabalhamos numa área pública, servindo o entorno. Para mim isso tem um valor”. . . Ela relata que, apesar de morar há 13 anos no bairro, só veio a conhecer muitas pessoas após a inauguração do Jardim Secreto. “Ampliamos a amizade com a vizinhança. Conheci pessoas que residem há 10 anos no mesmo prédio onde moro e eu nunca as tinha visto! Após essa vivência mais coletiva acabei descobrindo muita gente que pensa parecido, que tem os mesmos anseios. É um convívio bastante saudável”. Para o professor de horticultura da UFRPE e presidente da Associação Brasileira de Horticultura, Roberto de Albuquerque Melo, há um crescimento do interesse da população urbana pelo contato com a natureza e por alimentos saudáveis. Esse desejo por características mais rurais tem sido o impulsionador de experiências de hortas comunitárias ou de quintais agroecológicos (o manejo produtivo dos quintais ou arredores das residências de forma sustentável). “Vejo que as pessoas estão valorizando mais o contato com as plantas, buscando mais equilíbrio. Todos querem chegar na terceira idade com mais qualidade de vida, para isso buscam uma vida menos sedentária e aumentam o consumo de alimentos orgânicos também”. O professor tem orientado o trabalho de hortas em escolas, creches e até no Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano. “No hospital, o cultivo da horta é

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Novo point cultural no Derby

Estrategicamente localizada no coração do Recife, em um antigo casarão dos anos 1930, em frente à famosa praça reformada por Burle Marx, a Casa do Derby nasce com o propósito de fomentar, propagar e expandir as artes e a cultura na capital pernambucana. A iniciativa é fruto da união de cinco sócios, a historiadora e realizadora cultural Tarsila Myrtle, os cartunistas Samuca e Ronaldo Câmara, o marchand Roberto Nóbrega e Eduardo Henriques, proprietário do espaço. A ideia da casa nasce da vontade de Henriques de dar um propósito àquele espaço, dando vazão a sua paixão pelas expressões artísticas, que é compartilhada por sua família. A mãe de Eduardo era muito ligada à cultura e sua tia, Maria Digna, foi presidente do Museu do Estado. Seu primo, Ricardo Pessoa de Queiroz, é o idealizador da Usina de Arte. “Eduardo é um apaixonado colecionador de arte, entende muito do assunto”, explicou Ronaldo Câmara. No primeiro andar fica a joia da coroa da casa, a Galeria Quadrado. Numa sala em formato quadrado, o local está aberto para exposições de artes plásticas, artes gráficas e fotografias. “A proposta é também valorizar as artes manuais e dar lugar a um tipo de produção artística que não encontrava muito espaço na cidade”, explica Tarsila Myrtle. A ideia é ter, em média, 40 dias de exposição, totalizando seis ao ano. HÉLIO SOARES O 1º Quadrado Internacional de Gravura inaugurou o espaço, com uma exposição em homenagem a Mestre Hélio Soares, fundador da Oficina Guaianases de Gravura e, hoje, um dos nomes também à frente do Coletivo Ita-Quatiara, que funciona do Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAC-UFPE). Por ele já foram impressas obras de grandes artistas de Pernambuco, como João Câmara e Aloísio Magalhães. A mostra coletiva conta com produções de artistas nacionais e mexicanos, que criam a partir de várias técnicas de gravura, com destaque para a litogravura. Ainda este ano, haverá a exposição sobre arte urbana, destacando o grafite. Estando na Galeria Quadrado, vale a pena apreciar a vista da Praça do Derby na sacada do primeiro andar do casarão. É certamente uma das mais bonitas paisagens da cidade. Descendo as escadarias, o visitante encontra a Qubo Escola, que oferece aulas de pintura e desenho. “Temos cursos variados, com a proposta de resgatar as técnicas artísticas manuais, para formar uma base sólida para os alunos (a partir dos 8 anos), configurando um primeiro passo antecessor ao mundo digital”, detalha Samuca. As aulas são ministradas por parceiros, como Bia Melo, que ensina arte a partir de técnicas utilizando o carimbo, João Lin, que oferece aulas de história em quadrinhos, Jarbas Jr., tirinhas, Beto França e Simone Mendes, que ensinam aquarela. As turmas são formadas por 8 a 12 alunos. Neste mês de julho uma série de oficinas e cursos de formação em desenho artístico foram programadas para as férias escolares. O objetivo é atrair as crianças ao mundo das artes e ocupar o tempo ocioso longe das escolas com atividades artísticas, além de formar um público consumidor e produtor de artes para o futuro. “O menino hoje em dia, quando tem aquele talento para o desenho ou para a pintura, já dá um salto para o mundo digital. Às vezes fica faltando um conhecimento básico da origem das coisas. Então, eu e Ronaldo, que passamos por todas as técnicas, queremos que outras pessoas tenham acesso a elas também. Queremos esse resgate de pegar em tinta, pegar no papel, é terapêutico inclusive”, destaca Samuca. Ao lado da escola, bem na entrada, no térreo da casa, o visitante se depara com o Café Cartum. Uma cafeteria que também funciona como espaço para eventos e socialização e que abrange o jardim da casa, ao ar livre. As mesas são decoradas com charges e cartuns de Câmara e Samuca e foram pensadas para inspirar conversas e permitir a convivência do visitante. Também haverá exposições e mostras de artes no Cartum, de menor tamanho e duração, privilegiando temas descontraídos. A cada dois meses, sua decoração muda e suas temáticas renovadas com pequenas exposições e mostras. O cardápio do Cartum é um capítulo à parte, ao dar preferência ao que é produzido em Pernambuco, privilegia os pequenos produtores locais e oferece quitutes variados. Entre os produtos “made in PE” estão o café produzido em Itaquaritinga do Norte, as geleias, de Vila Maria de Moreno, o pão da casa Pacha Mama, do Recife, o queijo pirâmide francês, produzido em Pombos. “O pão de queijo é feito por um mineiro, mas ele é radicado em Pernambuco”, ressalva Ronaldo Câmara. FORNECEDORES Para os apreciadores de cerveja artesanal, a pedida é a pernambucana Na Tora! produzida em Petrolina. É servida fazendo jus ao nome: bem gelada. A bebida traz rótulos exclusivos desenhados pelos cartunistas. “Fizemos essa opção de apoiar um bocado de gente que está começando também, iniciando a trajetória junto com a gente”, explicou Samuca. Para além do cardápio, há a vontade de utilizar o espaço também para o lançamento de obras, shows ou saraus de poesia, beneficiando artistas autorais do Estado. A Casa do Derby foi idealizada como uma série de espaços independentes interconectados, então nesse sentido, fica fácil entender o propósito da Qubo Loja, que também fica localizada no térreo do casarão. Projetada para servir de alicerce para tudo que é realizado por e na Casa do Derby, a loja vende artigos de arte como pincéis, papéis, quadros, aquarelas e tudo o mais que for preciso para o aluno dos cursos da Qubo Escola. "A loja veio como um suporte para tudo o que é feito aqui. É onde vendemos os artigos que são produzidos nas exposições”, afirma Ronaldo. “Aquela loja de lembrança de museu, pra quem não pode levar um quadro, mas pode levar uma reprodução, uma camisa, uma caneca, alguma coisa que remeta à exposição”, conclui Samuca. Também são comercializados alguns dos artigos presentes no cardápio do Café Cartum. Serviço Casa do Derby, Praça do Derby, 109, Derby, Recife-PE, Galeria Quadrado + Café Cartum + Qubo

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Bolos e salgados "de comer rezando"

*Por Yuri Euzébio Entre missas, batizados, casamentos e tudo o que envolve a vida no sacerdócio, ovos, farinha, leite e açúcar. Assim se divide a rotina do frei Dennys Pimentel, que além dos seus afazeres como sacerdote nas igrejas de Nossa Senhora de Fátima, no Ibura, e na Comunidade Católica Porta Fidei, no bairro do Parnamirim, produz e comercializa bolos e quitutes variados. Tudo começou, de forma despretensiosa e simples, a partir da vivência do frei em seu ofício, com os casais que frequentam a sua igreja. Usando de seus dotes culinários para aquecer o coração dos fiéis, o frei encontrou nessa habilidade uma boa oportunidade de congregar as pessoas ao seu redor “Quando eu tinha um assunto muito sério a tratar com algum casal que eu estava acompanhando na igreja, eu costumava chamar a pessoa para tomar um café e preparar um bolo de macaxeira. Era uma estratégia que tinha para me aproximar das pessoas e acalmá-las”, relembra. “Passei muito tempo fazendo isso, o que agradava muito aos fiéis”, explicou frei Dennys. E foram os fiéis admiradores do bolo feito pelo frei que passaram a solicitar encomendas para levar a iguaria para casa. A partir dessa demanda e de uma vontade de colocar em prática a satisfação de trabalhar com os quitutes, que surge o Bolo do Freizinho, empreendimento de comercialização dos quitutes do sacerdote. Mesmo com a atarefada vida de religioso, frei Dennys consegue equilibrar com os afazeres na cozinha e vem conquistando uma clientela fiel e apaixonada por suas receitas. “A minha ideia era que eu poderia levar para a mesa das pessoas um produto bom, com qualidade, a partir desse bolo que sempre esteve presente no café das manhãs com os casais da Igreja”. Dentre as delícias vendidas, o grande sucesso da casa continua sendo aquele que originou toda a empreitada: o bolo de macaxeira. Há ainda o bolo de milho e o de mandioca. Sem falar no de chocolate, com receita diferente sem farinha de trigo ou leite, o de laranja (com calda de chocolate) e o pé de moleque. Engana-se quem pensa que frei Dennys seja especializado apenas em doces, no seu cardápio também constam salgados variados, como quiche, croissant, pão de queijo, sopas, tudo prontinho pra quando os clientes desejarem. “Não é simplesmente fazer um bolo ou um salgado, a comida congrega muito as pessoas, todo mundo que eu conheço gosta de sentar e conversar em volta de uma bela mesa de comida”, diferencia o frei. Mesmo tendo que dividir seu tempo entre as duas funções, frei Dennys se sente realizado e vê uma relação direta e de completude entre seu trabalho de líder religioso com a produção dos quitutes do Bolo do Freizinho. Ele acredita que ambas transmitem paz e bem-estar, além de, sempre que possível, unir e misturar as duas funções em prol de levar adiante sua mensagem de vida. Os pedidos são feitos via Whatsapp, porque o frei até então não tem um comércio físico. Por enquanto, as encomendas são feitas somente pelo aplicativo e por Instagram e entregues na casa dos clientes. Mas isso não se configura uma limitação para o empreendimento, haja vista a produção diária de quitutes, de segunda a sábado, parando apenas no domingo. Mas, apesar de ser um empreendimento recente, o Bolo do Freizinho já tem planos de expansão com a abertura de uma cafeteria, que irá congregar várias atividades, no bairro do Espinheiro, no Recife. “Teremos um local para não somente comer ou tomar um café, mas um espaço de paz, onde as pessoas podem se evangelizar”, planeja. Isto porque, frei Dennys irá inaugurar, dentro do mesmo espaço, uma livraria católica e unir as duas atividades que regem sua vida. “A ideia do espaço é evangelizar a partir da cafeteria e da livraria. O objetivo é levar as pessoas a um ambiente de paz, independentemente da religião. Provocar um contato com o sagrado, não só para se alimentar, mas para desfrutar desse ambiente de Deus”, explica o religioso. O local – que visa a atender inúmeros pedidos feitos ao frei para comercializar seus bolos num ambiente físico – está em reforma e a previsão de inauguração é para este segundo semestre. Alguém pode imaginar que cozinhar seja uma atividade paradoxal para um padre, mas frei Dennys acha natural unir essa sua habilidade com a vocação de guia espiritual, utilizando-se das comidas que prepara como um caminho para o contato com o divino. “A minha proposta não é a gula, é fornecer uma boa alimentação, em conjunto com a celebração da vida. A gula é um descompasso do indivíduo, o que eu proponho é reunir as pessoas à mesa”, distingue o frei. Serviço Bolo do Freizinho - (81) 98121-3237 (De terça-feira a sábado). Instagram - @bolodofreizinho.

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O futuro do varejo e o impacto do e-commerce nas cidades

*Por Rafael Dantas A crise econômica que devastou empregos e fechou empresas no Brasil não interrompeu a ascensão do comércio eletrônico. O faturamento do e-commerce cresceu 12% no ano passado, em relação a 2017, segundo a Ebit/Nielsen. Já no balanço da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico o avanço foi de 15%. Números que representam o maior interesse dos brasileiros pela modalidade e que acendem um alerta (de oportunidades e riscos) para os empresários do setor. Afinal, com o avanço das compras online, qual o futuro do varejo tradicional? O fato é que desde os grandes magazines até os pequenos empreendedores mudaram suas práticas de vendas. Para os especialistas, o crescimento do comércio online não representa a morte das lojas de ruas e ou dos shoppings, mas uma transformação. A integração da loja física e online – ainda bem precária em muitas marcas brasileiras – é uma tendência sem volta. “Não há mais diferença do físico para o online. É uma coisa só. Tanto os lojistas quanto os empresários do setor de shoppings estão atentos aos novos comportamentos dos consumidores”, aponta o consultor Eduardo Lemos Filho, sócio da LMS/TGI. . . Muitas lojas, segundo Lemos Filho, já passaram a vender em vários canais e os shoppings estão investindo em marketplaces (um tipo de shopping online) e em serviços de entrega inovadores. “Alguns shoppings no Brasil têm hoje um delivery center. Os consumidores podem comprar em várias lojas e recebem os produtos em casa”. Para manter a alta frequência dos consumidores nos centros de compra físicos, a estratégia tem sido investir em mais entretenimento, lazer, áreas de convivência e oferta de serviços. Uma pesquisa da Fecomércio-PE realizada em 2016 apontou que na época a maioria dos pernambucanos não tinha hábito de fazer compras online e que 25% nunca havia experimentado o e-commerce. Porém, o economista da instituição, Rafael Ramos, avalia que se as lojas não inovarem e aproveitarem as oportunidades criadas pela internet irão perder mercado. “A competição vai aumentar e as empresas locais exclusivas do comércio tradicional poderão perder clientes, inclusive para lojas de outros Estados que estão avançando no mercado digital. A geração mais nova de empresários que já despertaram para a inovação e para as oportunidades da internet é que está começando a modificar as empresas locais e abrindo novos canais de vendas”, relata Ramos. O economista da Fecomércio-PE avalia que as lojas físicas não vão sumir. “Elas serão voltadas para proporcionar experiências ao consumidor que o online não consegue oferecer. Acredito que os ambientes sejam modificados para atrair a clientela para a loja para experimentar coisas novas. A venda pela venda perderá espaço”. Uma das gigantes do varejo nacional que avança a passos largos em um modelo do varejo do futuro é a Magazine Luiza. A interface entre a loja física e as plataformas digitais da rede já é uma realidade. De acordo com o diretor comercial de e-commerce da marca, Júlio Trajano, em 33% das compras virtuais realizadas no Nordeste os consumidores optaram pela retirada do produto na loja. No País, as vendas online já representam 41% da companhia. . . Apesar do crescimento acelerado do e-commerce na Magazine Luiza (50% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado), a rede segue inaugurando lojas físicas. “O grande diferencial que temos hoje é uma operação casada (do físico com o online) que utiliza a mesma malha logística. E o prazo de entrega é fator decisivo nas compras digitais. No Recife, por exemplo, em uma compra no aplicativo ou site, o produto que entrego, deve sair do nosso Centro de Distribuição da cidade e ser entregue de um a três dias”, afirma Trajano. A maioria das entregas, inclusive, não passa pelos Correios, mas por um sistema próprio de logística, que é o mesmo que serve às lojas. As unidades físicas da Magazine Luiza também estão passando por transformações. Segundo o diretor, hoje todos os vendedores já trabalham com um celular corporativo (que auxilia e acelera as vendas e o cadastro dos cartões da loja) e os clientes têm wi-fi a sua disposição para fazer pesquisas online. Ele afirma que as lojas antigas estão passando por uma repaginação em que a área de vendas diminui para abrir espaço para um estoque mais robusto, que irá atender os clientes do online. “Assim todas as nossas quase mil lojas funcionam como minicentros de distribuição nas grandes e pequenas cidades”, explica Júlio Trajano. (Veja mais no nosso site: mais.pe/magazineluiza). Uma loja que fez o caminho inverso foi a pernambucana Muma. Ela nasceu no digital e abriu lojas de rua que funcionam como showroom. Hoje com pontos físicos no Recife e em São Paulo, a marca viu quadruplicarem as suas vendas no site. “Ter uma loja física trouxe mais confiança para os nossos clientes. Além disso, o espaço nos proporcionou produzir mais conteúdos para nossas redes sociais e, consecutivamente, mais divulgação para nossa marca. Entendemos que o comércio do futuro é a junção do on-line com o off-line”, afirma o arquiteto recifense Matheus Ximenes Pinho, sócio-fundador e curador da Muma. . . Ele revela que desde a fundação da empresa já havia a ideia de ter os pontos físicos. Mas era um plano para um futuro mais distante. A demanda da clientela, porém, fez com que fossem aceleradas as inaugurações das primeiras lojas. “Muitos clientes queriam ver os móveis ao vivo. Alguns deles chegavam a ir ao nosso escritório. Hoje, temos a possibilidade de fazer eventos nos finais de semana e exposições nos jardins da loja. Era de fato a hora de termos o espaço físico”, conta. Até 2021 a marca planeja abrir mais três unidades de rua. No primeiro trimestre do ano, o faturamento da marca cresceu 42% em relação ao mesmo período de 2018. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas da capital pernambucana (CDL-Recife), Cid Lobo, lembra que grandes sucessos do e-commerce mundial, como a Amazon e o Alibabá, também têm investido em unidades físicas. “A tendência é o misto. O cliente pode comprar como

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8 imagens dos Correios Antigamente

No coração do Recife, o imponente prédio dos Correios e Telégrafos é o destaque da coluna Pernambuco Antigamente de hoje. As imagens são da Villa Digital, da Fundaj; da Biblioteca de imagens do IBGE; e uma imagens do Museu da Cidade do Recife. Clique nas imagens para ampliar.   Prédio dos Correios, em 1952 (Foto da Biblioteca do IBGE) . Vista panonâmica da Avenida Guararapes, com os Correios em primeiro plano . Imagem do banco de imagens do Museu da Cidade do Recife . Ponte Buarque de Macedo, nota-se também a Ponte Duarte Coelho, o Edifício Sulacap, e em frente Correios e Telégrafos (Biblioteca do IBGE) . Correios aparecem na lateral esquerda da foto de Katarina Real, em 1960 (Villa Digital, Fundaj) . Correios na lateral esquerda da imagem, na década de 1950 . Antigo prédio dos Correios, em 1908, do Acervo Josebias Bandeira . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) . VEJA TAMBÉM . http://revista.algomais.com/cultura/7-fotos-da-avenida-guararapes-antigamente   http://revista.algomais.com/cultura/7-fotos-de-itamaraca-antigamente

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