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Gravatá celebra o Natal com programação cultural e decoração temática gratuita

Mais de um mês de apresentações gratuitas e decoração natalina transformarão as ruas de Gravatá em um grande cenário de luz e magia Mais de um mês de atividades gratuitas com apresentações culturais, desfiles e iluminação especial transformarão as ruas de Gravatá no ciclo natalino deste ano. A cidade, localizada no Agreste pernambucano, inicia as celebrações no dia 23 de novembro com uma edição especial do Tardes no Polo e segue até o dia 25 de dezembro. Com uma decoração caprichada em praças e avenidas, a programação traz desfiles, cantatas, a tradicional Vila de Natal e a aguardada Casa do Papai Noel, atraindo turistas e moradores para um período que promete intensificar a movimentação no comércio e na rede de hospedagem local. O prefeito de Gravatá, Joselito Gomes, destaca o impacto do evento no turismo da cidade, que, além do público estimado de 250 mil pessoas em 2023, teve um aumento significativo nas atividades econômicas locais. “O Natal chega para coroar um ano que foi de excelentes resultados para o nosso turismo, de muito crescimento”, afirma. A expectativa é que o Natal de Gravatá 2024 ultrapasse a marca de R$ 150 milhões em movimentação financeira, beneficiando hotéis, bares e restaurantes, além do setor de artesanato e comércio em geral. Um dos destaques da programação será o espetáculo de ballet aéreo “Inácio, a Caminho do Amor – Sob a Luz da Lua”, que acontecerá entre 21 e 25 de dezembro, no Pátio de Eventos, envolvendo 110 bailarinos em cenas de solo e suspensas no ar. O Desfile Natalino, intitulado “Um Conto de Natal Mágico”, contará com mais de 200 dançarinos, músicos e atores, incluindo alunos e idosos de programas sociais, percorrendo a Rua Cleto Campelo nos dias 13, 14 e 15 de dezembro. Além disso, a Vila Natalina será montada na Avenida Joaquim Didier, com barracas de artesanato, programação infantil e a participação da Kombiteca e grupos de cordel. As festividades ainda se estenderão aos distritos da cidade entre 3 e 7 de dezembro, com apresentações de dança e música natalina, abrangendo localidades como Mandacaru e São Severino. Toda a programação será gratuita e acessível, incluindo camarotes de acessibilidade para cadeirantes durante os desfiles no Memorial de Gravatá. Confira a programação completa do Natal de Gravatá 2024:  PROGRAMAÇÃO DO NATAL DE GRAVATÁ 2024: 23/11 – Tardes no Polo – Edição de Natal. Rua Duarte Coelho, a partir das 16h28/11 – Abertura da Vila Natalina: cantatas, apresentação de dança, programação infantil, exposição de artesanato e lançamento do concurso de Pinheiros de Natal. Av. Joaquim Didier, a partir das 18h29 3 30/11 – Vila Natalina: cantatas e programação infantil. Av. Joaquim Didier, a partir das 18hVila Natalina: pastoril, espetáculo em cordel e exposição e venda de artesanato, a partir das 17h3 a 7/12 – Natal nos Distritos: Apresentação de espetáculos itinerantes nas localidades de Mandacaru, Uruçu-Mirim, São Severino, Avencas e Russinha6 a 8/12 – Vila Natalina: apresentações culturais e exposição e venda de artesanato, a partir das 17h12/12 – Ensaio geral desfile natalino “Um Conto de Natal Mágico”, a partir das 20h13 a 15/12 – Vila Natalina: apresentações culturais e exposição e venda de artesanato, a partir das 17hDesfile natalino “Um Conto de Natal Mágico”, a partir das 20h21 a 25/12 – Vila Natalina: apresentações culturais e exposição e venda de artesanato, a partir das 17h, na Av. Joaquim DidierEspetáculo aéreo “Sob a Luz da Lua”, a partir das 20h, no Pátio de Eventos ServiçoAbertura: 23 de novembro, às 16h, Tardes no Polo – Edição de NatalLocal: Rua Duarte Coelho e Pátio de Eventos (Gravatá, PE)Encerramento: 25 de dezembro, com o espetáculo “Sob a Luz da Lua”, às 20h

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Janela Internacional de Cinema retorna ao São Luiz com programação especial

Reabertura do Cinema São Luiz marca 15ª edição do festival, que começa na sexta-feira (1) e vai até 8 de novembro, com mais de 100 filmes exibidos A 15ª edição do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife começa na sexta-feira, dia 1º de novembro, marcando a reabertura do Cinema São Luiz, após dois anos fechado. A sessão de abertura contará com o longa-metragem Manas, de Marianna Brennand, às 20h, com a presença da diretora e elenco. A obra, que narra a história de Marcielle, uma jovem de 13 anos enfrentando questões sociais, já foi premiada em festivais como o Rio e Veneza. A programação se estenderá até o dia 8 de novembro, também no Cinema do Museu, com ingressos a R$ 5,00 no São Luiz e sessões gratuitas para os curtas-metragens. Com mais de 100 filmes distribuídos em cerca de 55 sessões, o festival trará uma vasta programação de lançamentos nacionais e internacionais, incluindo uma homenagem à cineasta pernambucana Kátia Mesel. O evento também oferece uma programação de acessibilidade, com sessões com audiodescrição, LSE e Libras para títulos como Manas, Tijolo por Tijolo e A Transformação de Canuto. O público poderá participar de debates com cineastas após as exibições de obras de destaque como Ainda Estou Aqui, Malu e Dormir de Olhos Abertos, filmado no Recife e premiado em Berlim. A curadoria do festival, coordenada por Pedro Azevedo Moreira, explora temas como memória, colonialidade e o genocídio em Gaza, e conta com uma seleção de filmes internacionais que dialogam com questões geopolíticas do sul global. Entre os destaques estão Dahomey, de Mati Diop, vencedor do Urso de Ouro, e Grand Tour, de Miguel Gomes, premiado em Cannes. “Mantemos uma pesquisa constante, acompanhando festivais de diferentes dimensões ao redor do mundo para selecionar filmes que possam dialogar com o público de Recife”, explica Pedro Azevedo, destacando obras como A Fidai Film, de Kamal Alfajari, e East of Noon, de Hala Elkoussy. Além das exibições, o festival oferece atividades formativas, como as oficinas Janela Crítica e Aulas do Janela, que abordarão temas como roteiro, vinheta e curadoria. O Festival Janela Internacional de Cinema do Recife é realizado pela Cinemascópio, com patrocínio da Lei Paulo Gustavo Recife e da Copergás, e apoio cultural da Embaixada da França no Brasil e outras instituições. Serviço: XV Janela Internacional de Cinema do RecifeData: 1 a 8 de novembroLocais: Cinema São Luiz (Boa Vista) e Cinema do Museu (Casa Forte)Ingressos: R$ 5,00 pelo Sympla (São Luiz) e na bilheteria (Museu). Curtas com entrada gratuita.

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Wendell Kettle: “O público pernambucano é, sim, afeito à ópera.”

Diante das dificuldades de criar espetáculos operísticos no Recife – como a falta de patrocínio e de espaços para exibir as apresentações – o maestro Wendell Kettle, que coordena a Academia de Ópera e Repertório, persiste no trabalho de tornar essa arte mais conhecida em Pernambuco. Ele fala sobre as produções que montou, como O Menino Maluquinho com elenco só de crianças. O maestro Wendell Kettle, uma das figuras centrais da cena operística atual em Pernambuco, compartilha sua visão sobre o panorama atual da ópera no Estado. Doutor em Regência Sinfônica e Operística pelo Conservatório Estatal Rimsky-Korsakov, de São Petersburgo (Rússia), ele atua como professor da UFPE e coordena a Academia de Ópera e Repertório e a Sinfonieta UFPE. Ele é o idealizador do Festival de Ópera de Pernambuco que chegou à sua quinta edição, um evento que desempenha um papel fundamental na promoção e valorização da ópera local. Ao longo da entrevista, o maestro aborda os desafios enfrentados para manter viva a tradição operística em Pernambuco, como a recuperação de obras históricas do compositor Euclides Fonseca. Ele destaca o sucesso do festival que, não apenas promove óperas clássicas mas, também, abriu espaço para produções protagonizadas por crianças, como a inédita montagem de O Menino Maluquinho. Para Wendell, a melhoria dos instrumentos de financiamento, o desenvolvimento de novos espaços para recepcionar os espetáculos e a formação de público são essenciais para garantir a sustentabilidade e o crescimento da ópera no Estado. Como você descreveria o panorama da ópera em Pernambuco? Há uma história das realizações operísticas em Pernambuco que podemos verificar, inclusive, no livro A Ópera no Recife, apoiado pela Funcultura. A partir desse livro, percebemos que já havia uma atividade operística no Estado. Em agosto de 2016, eu comecei minhas atividades como professor da UFPE e, de lá para cá, tenho desenvolvido uma linha de trabalho na universidade, reunindo cantores extensionistas entre alunos das instituições musicais da Região Metropolitana do Recife. São pessoas formadas, outras que já estudaram canto lírico, enfim, iniciamos um projeto de educação por meio dessa linha de trabalho e, há oito anos, desenvolvemos esse grupo. Em 2019, criamos o Festival de Ópera de Pernambuco. Além das óperas tradicionais do repertório internacional – essenciais para a formação dos cantores – nossa filosofia de trabalho tem um foco especial também na ópera Pernambucana, nordestina, brasileira. Então, seguimos nesse sentido, conforme demonstramos por meio da recuperação das obras de Euclides Fonseca, da montagem da ópera A Compadecida, que foi uma das nossas maiores realizações até o momento. Agora, também com esse viés da ópera infanto-juvenil. Deve haver outras manifestações lírico-musicais permeando a vida operística de Pernambuco e toda confluência é muito bem-vinda para que essa linguagem possa, cada vez mais, florescer e se solidificar como uma manifestação artística genuína do nosso Estado. Além dos artistas locais, essa cena da ópera pernambucana tem atraído pessoas de outros Estados? Este ano, além de alunos das nossas universidades irmãs do Nordeste, das Universidades Federais do Rio Grande do Norte (UFRN), da Paraíba (UFPB), de Campina Grande (UFCG) e de Alagoas (UFAL), tivemos uma participação também de alunos de outras regiões. Vieram estudantes das Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Goiás (UFG) e de Minas Gerais (UFMG). Foi um congresso muito rico, uma troca de informações, um intercâmbio entre os nossos alunos extensionistas da UFPE, do Recife, com todo esse pessoal que veio para o festival. O que você destaca do 5º Festival de Ópera de Pernambuco deste ano? Quais foram as inovações? O 5º Fope (Festival de Ópera de Pernambuco) teve, entre os pontos interessantes, a estreia de uma ópera infanto-juvenil, na faixa etária entre 8 e 13 anos, sobre O Menino Maluquinho, de Ziraldo. Era um sonho antigo trazer o mundo da ópera para as crianças. Há outras referências de óperas sobre O Menino Maluquinho mas nosso diferencial é fazer uma ópera só com crianças cantando. A temática foi um pouco diferente das outras óperas também pois retratou as sensações e as emoções que perpassam a vida da criança, principalmente quando ele descobre uma das mais nobres sensações humanas que é o amor. Vocês seguiram apresentando obras de Euclides Fonseca no festival? A segunda montagem do festival deste ano seguiu nossa linha de recuperação musicológica de todas as obras de Euclides Fonseca, que é nosso grande compositor de óperas pernambucanas. Recifense, ele atuou entre a segunda metade do Século 19 e início do Século 20. Em festivais anteriores, já havíamos recuperado Leonor, que é a primeira ópera pernambucana, e Il Maledetto, um drama bíblico baseado na história de Caim e Abel. Agora, recuperamos A Princesa do Catete. Essa é uma ópera com uma parceria de valor cultural inestimável para Pernambuco porque o libretista é Carneiro Vilela, um dos cofundadores da Academia Pernambucana de Letras. Então, ficamos felizes de trazer à tona essa ópera, há muito esquecida, não se sabe nem se já havia sido, de fato, apresentada em Pernambuco. Finalizamos, então, o Fope deste ano com uma ópera muito conhecida e apresentada, uma das grandes obras do repertório internacional operístico que é O Elixir do Amor, de Gaetano Donizetti. Como foi a resposta do público ao festival? Foi um evento fantástico, ficamos muito satisfeitos com o resultado e concluímos, mais uma vez, que o público pernambucano é, sim, afeito à ópera. Ele busca por esse tipo de espetáculo e estamos tentando, com todos os esforços, que a realização do festival mantenha viva a chama da ópera no nosso Estado. O Menino Maluquinho foi a primeira ópera cantada apenas por crianças num festival. Quantas crianças participaram do espetáculo? Este ano, conseguimos colocar O Menino Maluquinho na programação e ficamos curiosos para saber como isso ia acontecer, pois era a primeira vez que uma ópera cantada só por crianças, se acoplava à programação de um festival operístico e foi um sucesso retumbante. Ficamos muito satisfeitos com a receptividade da sociedade como um todo, o teatro ficou lotado todos os dias. Emplacamos essa linguagem nessa faixa etária e também entre

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Netflix: O Retorno de Simone Biles – Parte 2 (Crítica)

Ao longo da carreira, um atleta enfrenta todo tipo de adversário, inclusive ele próprio. Porém, de todos os adversários, um é implacável: o tempo. Falo do correr dos anos, dos dias em que surgem dores nunca antes sentidas, e o desempenho começa a despencar. Esse é o tema que serve de liga à narrativa dos dois últimos episódios da série documental “O Retorno de Simone Biles”, da Netflix. O episódio 3 acompanha a chegada de Biles aos 27 anos. A atleta americana reflete sobre os desafios comuns às ginastas nessa idade e sobre a vantagem de estar mais madura. A experiência em muitas competições a deixa mais confiante. Por outro lado, a idade a faz temer quanto a como seu corpo reagirá aos treinos e provas. O documentário faz um apanhado das idades das atletas no decorrer da história da ginástica olímpica. Vai da década de 50, quando a ginasta ucraniana Maria Gorokhovskaya foi campeã olímpica geral aos 30 anos, às Olimpíadas de Montreal, em 1976, ano em que a romena Nadia Comăneci ganhou o ouro no individual geral aos 14 anos. Biles é exceção em meio a média atual da idade das ginastas. É a ginasta americana mais velha à ir às olimpíadas desde a década de 50. O último episódio foca na participação de Biles nas Olimpíadas de Paris e da rivalidade com Rebeca Andrade. A participação da brasileira era o que faltava à série (e o que nós brasileiros ansiávamos por ver). “Rebeca não é humana”, Biles declara. Enfim uma adversária capaz de tirar o sono da americana. O episódio instiga o raro desejo de torcer contra a protagonista de uma história. O final desse embate é do conhecimento de quem acompanhou as Olimpíadas, como também o fato de que Rebeca deu muito trabalho à atleta americana. Tendemos a colocar os atletas em pedestais de perfeição e força a ponto de esquecermos de que são seres humanos sujeitos às mesmas dores de qualquer pessoa. “O Retorno de Simone Biles” mostra isso, ao retratar uma atleta que, apesar de ter sido alçada ao topo, desceu ao mais profundo da dor, encarando medo e sofrimento. A história de Simone Biles prova que através da resiliência é possível recomeçar e ressurgir mais forte.

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“Territórios desviantes” explora novas perspectivas de arte e territórios no Recife

Exposição coletiva reúne obras de 25 artistas, abordando espaços, corpos e afetos com curadoria de Bitu Cassundé, na Galeria Marco Zero. Foto: obra de Rayana Rayo A Galeria Marco Zero apresenta a partir do dia 30 de outubro, às 18h, a exposição coletiva “Territórios desviantes”, com curadoria de Bitu Cassundé. A mostra reúne trabalhos de 25 artistas de diferentes gerações e regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste e o Norte. A exposição propõe diálogos instigantes sobre o conceito de território, explorando-o em suas múltiplas dimensões, como espaços físicos, corpos, ideias e afetos, buscando construir novas veredas e possibilidades através do insólito. Inicialmente apresentada na 3ª edição da Rotas Brasileiras, em São Paulo, a exposição chega ao Recife com uma nova configuração. Segundo Bitu, a pesquisa envolveu visitas aos ateliês dos artistas, questionando hierarquias e fronteiras entre arte popular e contemporânea. “Nos interessa entender como as relações se estabelecem quando as obras desses artistas são colocadas em diálogo. Nossa ideia é pensar o território em suas cartografias, como a do Nordeste, e suas metáforas, como o corpo, a partir do desvio”, explica o curador. A exposição reúne trabalhos em técnicas e suportes variados, como pintura, escultura e fotografia, dos artistas Advânio Lessa, Bozó Bacamarte, Bruno Vilela, Charles Lessa, Chico da Silva, Delson Uchôa, Devi de Jesus do Nascimento, Emanuel Nassar, Estevan Davi, Francisco Brennand, Geoneide Brandão, Gio Simões, Hélio Melo, Ianah, José Rufino, Juliana Lapa, Leonilson, Marlene Almeida, Montez Magno, Rayana Rayo, Rodrigo Braga, Rubem Valentim, Thiago Costa, Tunga e Véio. Marcelle Farias, sócia-fundadora da Galeria Marco Zero, destaca a importância de fomentar a pesquisa artística. “Entendemos que a galeria não é apenas um espaço de exibição e comercialização de obras, mas também de promoção de encontros, pensamentos e sensibilidades”, afirma. ServiçoExposição: “Territórios desviantes”Local: Galeria Marco ZeroAbertura: 30 de outubro de 2024, às 18hVisitação: até 18 de janeiro de 2025 (seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h)Endereço: Avenida Domingos Ferreira, 3393, Boa Viagem, Recife – PEEntrada GratuitaInformações: (81) 98262-3393 / galeriamarcozero.com / @galeriamarcozero (Instagram)

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27º Festival Internacional de Dança do Recife apresenta mais 20 espetáculos até domingo

Programação gratuita, oferecida pela Prefeitura do Recife, conta com mais 13 montagens locais, seis nacionais e uma internacional, além de performances, debates e sessão de cine dança. Ingressos são trocados por um quilo de alimento e meia tonelada já foi arrecadada. Foto: Marcos Pastich Até o domingo, mais 20 espetáculos serão apresentados na cidade, no Festival Internacional de Dança do Recife, sendo 13 montagens locais, além de seis nacionais e mais uma internacional. A semana conta ainda com performances, debates e sessão de cine dança. Outro destaque é o projeto Primeira Cena, que garante palcos, públicos e oportunidades para novos grupos e artistas da cena local da dança. Para tirar o Recife todo para dançar, a programação dos próximos dias vai alcançar ruas e espaços públicos, como a orla de Boa Viagem, os bairros de Santo Antônio e Ibura e a Praça do Arsenal, além dos teatros do Parque, Hermilo Borba Filho, Apolo e Santa Isabel. O ingresso para cada sessão é trocado nas bilheterias dos teatros por um quilo de alimento não perecível. Realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, o Festival já inicia a segunda semana de atividades movimentando o futuro da cultura e das plateias recifenses, com a apresentação do espetáculo “Chegança”, da recifense Cia. Ação que estreou no ano passado, na 26ª edição do Festival de Dança, o projeto Primeira Cena abre a programação da quinta-feira (24), apresentando, no Teatro Hermilo Borba Filho, quatro números de dançarinos estreantes, selecionados entre 29 inscritos: “Caféto”, de Bruna Souza / “Os Atos I, II e III”, do Ballet Nacional de Danças Urbanas (B.N.D.U) / “Frevo Mulher”, de Anastácia Xuanke e Alice Lacerda / “O Que Tinha de Ser”, de Marcos Teófilo. Às 20h30, sobem ao palco do vizinho Teatro Apolo os bailarinos baianos Marcos Ferreira e Ruan Wills, para apresentar, pela primeira vez no Recife, o espetáculo “Dembwa”. A sessão contará com o recurso de audiodescrição, garantindo a acessibilidade para pessoas cegas. Convidando o Recife a sextar entre passos, ecos, ocos e contundentes questionamentos sociais, o Festival inicia a programação de seu penúltimo dia com o espetáculo “Passo”, da pernambucana Compassos Cia. de Dança, que vai subverter a rotina da Praça da Várzea com seus movimentos, a partir das 16h. Também na sexta (25), às 19h e às 19h30, os bailarinos Rafael FX (PE) e Maria Emília da Cruz (SP) apresentarão “Target”, no formato work in progress (quando a obra ainda está em fase final de concepção, mas é submetida ao encontro com o público para ser testada e transformada pela reação da plateia); e “Eco, Oco Preso no Peito”. Às 20h30, o Teatro do Parque recebe uma das mais aguardadas montagens da edição 2024: o espetáculo, também inédito na cidade, “Reino dos Bichos e dos Animais, Esse É o Meu Nome”, marcado pela contundência do aclamado coletivo Cida, do Rio Grande do Norte, formado por artistas emergentes, pluriétnicos, com e sem deficiências, que utilizam, em seus processos criativos, uma metodologia autoral, batizada por eles de “dança-tragédia”, para coreografar gargalos e mazelas sociais. No derradeiro fim de semana (dias 26 e 27), a programação será intensa. O sábado já começa com a terceira e última atração internacional, “Kdeiraz”, produção conjunta entre Brasil e Portugal, dedicada ao público infantil, que embaralha o imaginário coletivo, colocando cadeiras, a mais inquestionável representação imagética da estabilidade e do corporativo, para dançar e se transformar em tudo que não é: aranha, piada e até “cãodeira”. Às 16h, também no formato work in progress, “Campo Minado”, de Daniel Sembrenome e do Grupo Experimental (PE) chega ao Campo do Nacional, na UR-1, no Ibura. A apresentação será seguida de bate-papo com a comunidade. O penúltimo dia encerra no Teatro do Parque, às 20h, com o aguardado espetáculo “Ainda Não”, de Marcelo Evelin, do Piauí, que se debruça e movimenta sobre o mesmo tema deste Festival Internacional de Dança do Recife: a longevidade do ritmo, da emoção, da expressividade, do vigor e da poesia, que persistem nos corpos que celebram a passagem do tempo dançando.  Para se despedir de seus públicos, o Festival vai começar cedo no último dia de programação. No domingo (27), debaixo do sol da Praia de Boa Viagem, às 12h, o Coletivo Debonde, do Rio de Janeiro, apresentará na orla, entre banhistas e transeuntes, a performance “Debandada”.  A programação acaba, a partir das 15h, na Praça do Arsenal, com a fusão de três rolês dançantes tão caprichados quanto recifenses: Batalha da Escadaria, Batalha de Danças Urbanas e Baile Charme. Impossível resistir a tantos convites para dançar. Ingresso solidário Com adesão em massa das plateias, a campanha promovida pela 27ª edição do Festival Internacional de Dança do Recife já arrecadou, nos três primeiros dias de programação, um total de 524 quilos de alimentos não perecíveis, entre feijão, arroz, açúcar, farinha, macarrão, fubá e outros. O apurado será direcionado a uma das quase 40 instituições sociais que integram o Banco Municipal de Alimentos, um programa de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria Executiva de Assistência Social do Recife. O Banco opera como uma central de arrecadação e distribuição de alimentos desde abril de 2023.

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100 anos de Abelardo da Hora: o artista da beleza e da denúncia social

Com obras espalhadas pelas ruas e praças do Recife, Abelardo da Hora é lembrado no seu centenário por suas criações, que revelam flagelos como a fome, mas também a beleza feminina. No seu legado, está ainda a generosidade em formar novos talentos e levar a arte para o povo. *Por Rafael Dantas Esculturas, gravuras, cerâmicas, tapeçarias e até brinquedos são algumas das tipologias da arte por onde as mãos do artista Abelardo da Hora deixou sua marca. A obra imensa está distribuída por muitas praças, ruas e galerias – não apenas da capital pernambucana. Peças que, neste ano do centenário do seu criador, merecem um novo olhar dos recifenses e de quem visita a cidade. A criatividade e a habilidade desenvolvida como autodidata – embora tenha estudado na Escola de Belas Artes do Recife – estiveram a serviço de muitas missões, mas as principais foram a denúncia contra a desigualdade social e as suas paixões pelas mulheres e pela cultura local. Um dos grandes diferenciais das obras de Abelardo da Hora é o fato de muitas delas estarem nas ruas. Os Monumentos ao Frevo, na Rua da Aurora, o Maracatu, ao lado do Forte das Cinco Pontas, e os Retirantes, no Parque Dona Lindu, são apenas algumas das tantas que embelezam a cidade. Além das esculturas, o artista deixou muitos painéis em cerâmica espalhados pelo Estado. Eles estão, por exemplo, nas fachadas dos centros de saúde construídos durante o Governo de Eduardo Campos, como nos hospitais Miguel Arraes, Dom Helder Câmara e Pelópidas da Silveira. Mesmo aos estudiosos e apreciadores da sua arte, não é fácil escolher as principais obras, muitas delas doadas para a cidade. Todas elas com mensagens que respondiam às questões da humanidade nunca resolvidas ou às necessidades do seu tempo. Pouco conhecidos por sua assinatura, por exemplo, são os brinquedos do Parque Treze de Maio. Em uma época que os escorregos eram de madeira e que se registrou a colocação de giletes para machucar as crianças, Abelardo desenhou brinquedos de concretos para garantir a segurança dos pequeninos. “Ele foi um dos precursores do Modernismo no Brasil com sua escultura. Foi responsável por movimentos culturais de maior destaque do nosso Estado e participante dos mais relevantes do nosso País, como a Sociedade de Arte Moderna, o Ateliê Coletivo e o Movimento de Cultura Popular. Há quem diga que também é um precursor do Manguebeat, com sua Coleção Meninos do Recife, que ilustrou a edição Europeia de Geografia da Fome, de Josué de Castro”, destacou Lenora da Hora, filha do artista e presidente do Instituto Abelardo da Hora. A inovação, uma das marcas de sua vasta trajetória, foi mencionada em uma declaração que Abelardo fez ao Diario de Pernambuco em março de 1948, pouco antes da sua primeira exposição. “Sou o primeiro escultor pernambucano a fazer, ultimamente, uma exposição no Recife. Além dessa nota inédita, creio revestir-se a exposição de um cunho renovador para a escultura no Brasil. (…) É bastante atual. Os temas das minhas esculturas são na sua maioria o retrato deste após-Guerra.” Uma das obras icônicas dessa exposição inaugural é A Fome e o Brado. INFLUÊNCIA NA CIDADE E NA CLASSE ARTÍSTICA Uma das grandes contribuições do artista para a cultura pernambucana foi nas políticas públicas. Além de ter ocupado cargos do alto escalão da gestão municipal em diferentes momentos, Abelardo foi idealizador da lei municipal que estabelece a obrigatoriedade das obras de arte nas edificações. O marco legal previa que as construções na capital pernambucana, a partir de mil metros quadrados, deveriam destinar 1% do valor bruto da construção para instalação de uma obra de arte. A peça deveria estar em sua fachada. Nos últimos anos de sua vida, Abelardo reclamou que a lei não funcionava a contento pois muitos arquitetos estavam a simplesmente reproduzir formas geométricas e chamar de escultura. Ele defendeu em entrevista ao Diario de Pernambuco, em 2013, que deveriam ser criados critérios para aprovar as obras. Independentemente das críticas à aplicação mais recente dessa legislação, a sua instituição, há mais de 80 anos, tornou o Recife uma galeria de esculturas a céu aberto. Essa obrigatoriedade abriu mercado para muitos artistas na cidade. “Tinha um sentimento de democratizar a cultura e a arte, como o fez ao criar nos anos 1960 as Praças de Cultura. Seu interesse era levá-las para a rua, para que não ficassem elitizadas, apenas, nos recintos fechados das galerias e dos museus, para que todos tivessem acesso. A lei serviu de inspiração para outras cidades brasileiras e até para fora do Brasil”, disse Lenora. Sua preocupação de levar a arte para a cidade – e também de garantir trabalho para a classe artística local – está apontada desde o início da sua carreira. Em 1948, ele apresentou na sua exposição inicial, além das esculturas, maquetes para túmulos e mausoléus. Na ocasião recomendou aos pernambucanos que procurassem artistas locais para fazer essas obras fúnebres. “Gostaria que todos os pernambucanos que mandam fazer túmulos e mausoléus no Rio e em São Paulo soubessem que essas obras são executadas quase sempre por nortistas que residem no sul. E toda essa gente bem que podia mandar fazer estas obras por artistas de sua província. Assim ajudariam os pobres escultores a viver na sua terra, trabalhando e estudando. E garanto que ninguém seria explorado ou roubado.” No campo educacional, alguns dos mais destacados nomes das artes plásticas de Pernambuco foram alunos de Abelardo da Hora. Gilvan Samico, Aluísio Magalhães, José Cláudio e Francisco Brenannd foram alguns dos integrantes desse time. “Ele foi mestre de uma geração de artistas pernambucanos que se destacou em todo o Brasil. Tinha interesse em fundar uma faculdade de arte, para ensinar muitos jovens, nos mesmos moldes da que já tinha sido criada anteriormente e desmontada pela ditadura”, contou Lenora da Hora. Além dos nomes mais conhecidos que passaram por seus ensinamentos, o artista foi um promotor de muitas oportunidades de formação artística na cidade, como docente, em vários lugares até como voluntário. Apesar de ter vivido

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Você conhece a Oktoberfest em Pernambuco?

Evento gratuito promovido pela prefeitura de Gravatá acontece no Polo Moveleiro e conta com apoio do Consulado Geral da Alemanha no Recife Gravatá se prepara para receber, no próximo sábado, 26 de outubro, a 2ª edição da Oktober Gravatá, parte do projeto Tardes no Polo, que promove o turismo local. O evento, organizado pela prefeitura de Gravatá, será realizado no Polo Moveleiro, das 16h às 21h, e celebra os 200 anos da imigração alemã no Brasil, com apoio do Consulado Geral da Alemanha no Recife. A programação inclui shows, desfile germânico, cervejas especiais e atividades infantis. Voltada para toda a família, a Oktober Gravatá oferece uma área de recreação infantil, garantindo diversão e segurança para os pequenos. Enquanto isso, os adultos poderão aproveitar a exposição e venda de cervejas artesanais, além de desfrutar de uma rica programação cultural com desfiles, shows e exposições de móveis, artesanato e gastronomia. Restaurantes locais também prometem cardápios temáticos que destacam a culinária regional e alemã. A Rua Duarte Coelho, onde o evento será realizado, terá três palcos com uma programação musical diversificada que vai do jazz ao pop nacional, sem deixar de lado o tradicional forró pé de serra. Além disso, o “german jazz” promete trazer o autêntico som alemão com apresentações itinerantes. De acordo com Marllon Lima, secretário de turismo de Gravatá, o evento já impacta positivamente a economia local. “Os restaurantes e lojas recebem um volume maior de clientes, o que confirma a relevância do evento para o fortalecimento do turismo. Realizar a segunda edição da Oktober Gravatá é muito importante para consolidar o destino também como espaço de celebração das tradições germânicas, além da vivência suíça, que já oferecemos.” Serviço:Tardes no Polo – Edição Oktober Gravatá. Sábado, 26 de outubro, das 16h às 21h, no Polo Moveleiro (Rua Duarte Coelho, Gravatá).

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100 anos de Abelardo da Hora: o artista da beleza e da denúncia social

Com obras espalhadas pelas ruas e praças do Recife, Abelardo da Hora é lembrado no seu centenário por suas criações, que revelam flagelos como a fome, mas também a beleza feminina. No seu legado, está ainda a generosidade em formar novos talentos e levar a arte para o povo. *Por Rafael Dantas Esculturas, gravuras, cerâmicas, tapeçarias e até brinquedos são algumas das tipologias da arte por onde as mãos do artista Abelardo da Hora deixou sua marca. A obra imensa está distribuída por muitas praças, ruas e galerias – não apenas da capital pernambucana. Peças que, neste ano do centenário do seu criador, merecem um novo olhar dos recifenses e de quem visita a cidade. A criatividade e a habilidade desenvolvida como autodidata – embora tenha estudado na Escola de Belas Artes do Recife – estiveram a serviço de muitas missões, mas as principais foram a denúncia contra a desigualdade social e as suas paixões pelas mulheres e pela cultura local. Um dos grandes diferenciais das obras de Abelardo da Hora é o fato de muitas delas estarem nas ruas. Os Monumentos ao Frevo, na Rua da Aurora, o Maracatu, ao lado do Forte das Cinco Pontas, e os Retirantes, no Parque Dona Lindu, são apenas algumas das tantas que embelezam a cidade. Além das esculturas, o artista deixou muitos painéis em cerâmica espalhados pelo Estado. Eles estão, por exemplo, nas fachadas dos centros de saúde construídos durante o Governo de Eduardo Campos, como nos hospitais Miguel Arraes, Dom Helder Câmara e Pelópidas da Silveira. Mesmo aos estudiosos e apreciadores da sua arte, não é fácil escolher as principais obras, muitas delas doadas para a cidade. Todas elas com mensagens que respondiam às questões da humanidade nunca resolvidas ou às necessidades do seu tempo. Pouco conhecidos por sua assinatura, por exemplo, são os brinquedos do Parque Treze de Maio. Em uma época que os escorregos eram de madeira e que se registrou a colocação de giletes para machucar as crianças, Abelardo desenhou brinquedos de concretos para garantir a segurança dos pequeninos. “Ele foi um dos precursores do Modernismo no Brasil com sua escultura. Foi responsável por movimentos culturais de maior destaque do nosso Estado e participante dos mais relevantes do nosso País, como a Sociedade de Arte Moderna, o Ateliê Coletivo e o Movimento de Cultura Popular. Há quem diga que também é um precursor do Manguebeat, com sua Coleção Meninos do Recife, que ilustrou a edição Europeia de Geografia da Fome, de Josué de Castro”, destacou Lenora da Hora, filha do artista e presidente do Instituto Abelardo da Hora. A inovação, uma das marcas de sua vasta trajetória, foi mencionada em uma declaração que Abelardo fez ao Diario de Pernambuco em março de 1948, pouco antes da sua primeira exposição. “Sou o primeiro escultor pernambucano a fazer, ultimamente, uma exposição no Recife. Além dessa nota inédita, creio revestir-se a exposição de um cunho renovador para a escultura no Brasil. (…) É bastante atual. Os temas das minhas esculturas são na sua maioria o retrato deste após-Guerra.” Uma das obras icônicas dessa exposição inaugural é A Fome e o Brado. INFLUÊNCIA NA CIDADE E NA CLASSE ARTÍSTICA Uma das grandes contribuições do artista para a cultura pernambucana foi nas políticas públicas. Além de ter ocupado cargos do alto escalão da gestão municipal em diferentes momentos, Abelardo foi idealizador da lei municipal que estabelece a obrigatoriedade das obras de arte nas edificações. O marco legal previa que as construções na capital pernambucana, a partir de mil metros quadrados, deveriam destinar 1% do valor bruto da construção para instalação de uma obra de arte. A peça deveria estar em sua fachada. Nos últimos anos de sua vida, Abelardo reclamou que a lei não funcionava a contento pois muitos arquitetos estavam a simplesmente reproduzir formas geométricas e chamar de escultura. Ele defendeu em entrevista ao Diario de Pernambuco, em 2013, que deveriam ser criados critérios para aprovar as obras. Independentemente das críticas à aplicação mais recente dessa legislação, a sua instituição, há mais de 80 anos, tornou o Recife uma galeria de esculturas a céu aberto. Essa obrigatoriedade abriu mercado para muitos artistas na cidade. “Tinha um sentimento de democratizar a cultura e a arte, como o fez ao criar nos anos 1960 as Praças de Cultura. Seu interesse era levá-las para a rua, para que não ficassem elitizadas, apenas, nos recintos fechados das galerias e dos museus, para que todos tivessem acesso. A lei serviu de inspiração para outras cidades brasileiras e até para fora do Brasil”, disse Lenora. Sua preocupação de levar a arte para a cidade – e também de garantir trabalho para a classe artística local – está apontada desde o início da sua carreira. Em 1948, ele apresentou na sua exposição inicial, além das esculturas, maquetes para túmulos e mausoléus. Na ocasião recomendou aos pernambucanos que procurassem artistas locais para fazer essas obras fúnebres. “Gostaria que todos os pernambucanos que mandam fazer túmulos e mausoléus no Rio e em São Paulo soubessem que essas obras são executadas quase sempre por nortistas que residem no sul. E toda essa gente bem que podia mandar fazer estas obras por artistas de sua província. Assim ajudariam os pobres escultores a viver na sua terra, trabalhando e estudando. E garanto que ninguém seria explorado ou roubado.” No campo educacional, alguns dos mais destacados nomes das artes plásticas de Pernambuco foram alunos de Abelardo da Hora. Gilvan Samico, Aluísio Magalhães, José Cláudio e Francisco Brenannd foram alguns dos integrantes desse time. “Ele foi mestre de uma geração de artistas pernambucanos que se destacou em todo o Brasil. Tinha interesse em fundar uma faculdade de arte, para ensinar muitos jovens, nos mesmos moldes da que já tinha sido criada anteriormente e desmontada pela ditadura”, contou Lenora da Hora. Além dos nomes mais conhecidos que passaram por seus ensinamentos, o artista foi um promotor de muitas oportunidades de formação artística na cidade, como docente, em vários lugares até como voluntário. Apesar de ter vivido

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Juliana Notari revisita sua obra em grande exposição no Mamam

Mostra “Juliana Notari: Spalt-me” reúne 20 anos de trajetória artística com curadoria de Clarissa Diniz Após oito anos sem uma exposição individual no Recife, Juliana Notari volta a destacar sua obra no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam). A exposição Juliana Notari: Spalt-me, que inaugura no dia 19 de outubro de 2024, às 15h, com curadoria de Clarissa Diniz, reúne uma ampla seleção de sua trajetória artística, explorando temas como corpo, gênero, sexualidade e violência. É a maior mostra da carreira de Notari até hoje. O título Spalt-me faz referência à série homônima iniciada em 2009, onde a artista apresenta imagens de paisagens cortadas por uma fenda vermelha, criando uma metáfora visual para a abertura de feridas. A curadora Clarissa Diniz destaca que “spalt torna-se um neologismo de caráter reflexivo, uma convocação à ideia de abrir uma fresta em seu próprio corpo, seja ele humano, arquitetônico, histórico ou semântico”. A exposição divide-se em três núcleos temáticos que abordam os pilares da obra de Notari. Os trabalhos expostos incluem objetos, fotografias, vídeos e performances que desafiam convenções estéticas e sociais, com destaque para Janta (2001-2024) e Parlamento Europeu (2022-2024), que refletem a abordagem crítica da artista sobre os padrões de gênero e as estruturas de poder. Notari ressalta o diálogo entre suas obras antigas e o presente: “Existe um processo de revisitar, de repensar e reencenar obras de outras formas, num outro tempo”. A mostra ficará em cartaz até 11 de dezembro de 2024 e conta com apoio do Funcultura e da Lei Rouanet. Além disso, o público terá acesso a ações educativas que complementam a experiência. Serviço:

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