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Gostava Mais dos Pais 1 credito Francio de Holanda

Humor e herança: espetáculo de Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho terá sessão extra no Recife

Sucesso de público em todo o Brasil, "Gostava Mais dos Pais" homenageia os ícones Chico Anysio e Lucio Mauro com reflexões bem-humoradas sobre o legado familiar, envelhecimento e a era digital. Foto: Francio de Holanda Após esgotar ingressos para as três sessões inicialmente anunciadas no Teatro do Parque, o espetáculo “Gostava Mais dos Pais”, estrelado por Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho, ganha uma sessão extra no dia 24 de maio, às 17h. A montagem, que tem lotado teatros em todo o país desde sua estreia em março de 2024, chega ao Recife com apresentações entre os dias 23 e 25. A obra mistura humor e sensibilidade ao abordar os desafios de viver à sombra de dois gigantes da comédia brasileira: Chico Anysio e Lucio Mauro. Sob direção de Debora Lamm, a peça se estrutura em esquetes que cruzam histórias pessoais dos atores com temas contemporâneos, como cancelamento, viralizações e fake news. O texto, assinado por Aloísio de Abreu e Rosana Ferrão, parte de reflexões levantadas pelos próprios intérpretes. “Esse espetáculo é, antes de tudo, a celebração da grande amizade que nossos pais passaram para nós”, define Lucio. Bruno completa: “Na peça nós os usamos para falar sobre a passagem do tempo e a tentativa de entender o nosso lugar nesse mundo novo”. Com cerca de dez personagens e versões caricatas de si mesmos, os atores também refletem sobre o peso do sobrenome e a pressão para se manterem relevantes diante das transformações tecnológicas e culturais. “É uma reflexão também sobre o desejo de não remar contra a maré e ao mesmo tempo entender os novos tempos. Ou seja, nós não somos youtubers, nós não sabemos fazer um TikTok. Então, o que a gente faz?”, provoca Bruno. A resposta vem em forma de humor inteligente e crítica social, enquanto Daniela Thomas assina o cenário com imagens de arquivo que ampliam a carga afetiva do espetáculo. “Gostava Mais dos Pais” diverte ao rir de si mesmo e emociona ao explorar vínculos familiares, maturidade e identidade. A montagem ultrapassa os 78 mil espectadores e confirma sua força ao se conectar com diferentes gerações. “Rir de si mesmo é humor esperto. Numa mistura de autoficção e variados personagens, os meninos fazem um divertido panorama de suas próprias trajetórias”, analisa Debora Lamm. SERVIÇO – GOSTAVA MAIS DOS PAIS📅 23 de maio (sexta), às 20h📅 24 de maio (sábado), às 17h (sessão extra) e 20h📅 25 de maio (domingo), às 18h📍 Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81, Boa Vista, Recife📞 Informações: (81) 99488-6833🎟️ Ingressos à venda no site Eventim:

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"O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho, estreia em Cannes com 13 minutos de aplausos

Longa protagonizado por Wagner Moura leva frevo e crítica política à Riviera Francesa e reforça protagonismo do cinema brasileiro no exterior. Foto: Soraya Ursine Na estreia mundial no Festival de Cannes 2025, O Agente Secreto, novo filme de Kleber Mendonça Filho, foi ovacionado com 13 minutos de aplausos no Grand Théâtre Lumière, consagrando mais uma participação marcante do cineasta pernambucano no evento. Em competição oficial pela Palma de Ouro, o longa protagonizado por Wagner Moura ambienta-se no Brasil de 1977, onde Marcelo, um especialista em tecnologia, retorna a Recife e se vê em meio a segredos inquietantes. A recepção calorosa em Cannes reafirma a relevância da cinematografia brasileira no circuito internacional. O filme, que teve seu primeiro teaser divulgado na ocasião, conta com um elenco de peso e é uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Holanda. Com distribuição nacional pela Vitrine Filmes, O Agente Secreto também marca presença no Sydney Film Festival, onde Kleber já foi premiado em 2015. A exibição em Cannes foi marcada por um momento inédito: o desfile do grupo Guerreiros do Passo e da Orquestra Popular do Recife no tapete vermelho, levando o frevo, patrimônio imaterial da cultura pernambucana, à Riviera Francesa pela primeira vez. A ação cultural, que integra a campanha de divulgação do filme, contou com o apoio do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, da Embratur e da Política Nacional Aldir Blanc, além do Governo de Pernambuco e da Empetur. O frevo também tem presença garantida no documentário Retratos Fantasmas, do mesmo diretor, fortalecendo o papel da cultura popular nordestina como instrumento narrativo e simbólico no cinema de Kleber Mendonça Filho. Com uma trajetória consolidada por títulos como O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, Kleber se firma como um dos principais nomes do cinema contemporâneo, combinando crítica social, linguagem estética e valorização da identidade brasileira. “O Agente Secreto” segue essa linha, ao abordar o autoritarismo e a repressão política de maneira ficcional, mas ancorada na memória coletiva. O filme chega aos cinemas brasileiros ainda em 2025.

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Olha!Recife celebra a arte com roteiros especiais na Semana Nacional dos Museus

Passeios gratuitos incluem visitas a cinemas antigos, museus, teatro, arte urbana e pontos turísticos históricos da cidade A arte toma conta das ruas do Recife entre os dias 17 e 23 de maio, com uma programação especial do Olha!Recife em alusão à Semana Nacional dos Museus. Promovida pela Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, a iniciativa oferece passeios gratuitos — a pé, de ônibus, bike ou catamarã — com foco na valorização do patrimônio cultural e artístico da capital pernambucana. As inscrições começam nesta quinta-feira (15), às 9h, pelo site www.olharecife.com.br. A programação começa no sábado (17), com dois roteiros: pela manhã, o Olha!Recife de Catamarã: Recife e Suas Pontes, às 9h, parte do Catamaran Tours e percorre os rios que cortam a cidade, passando por pontos icônicos como o Marco Zero e a Rua da Aurora. À tarde, às 14h, o passeio de ônibus Pina e Brasília Teimosa sai da Praça do Arsenal e visita espaços de memória e resistência cultural, como o Maracatu Nação Porto Rico e o Convento de São Félix. No domingo (18), o roteiro a pé Recife dos Cinemas resgata a história dos antigos cinemas de rua, com saída às 9h da Praça do Arsenal. No mesmo horário, e também com ponto de partida na Praça do Arsenal, o passeio de bike Artes nas Paredes integra a programação da 23ª Semana Nacional de Museus, apresentando a exposição urbana “Invisíveis Monumentos”, que ocupa as ruas da cidade com arte em lambe-lambe e conexão digital interativa. A programação segue na quarta-feira (21), às 14h, com visita guiada ao Teatro de Santa Isabel, um dos mais antigos do Brasil. E na sexta-feira (23), às 9h30, o tradicional Recife Walking Tour conduz moradores e turistas por um circuito que inclui a Rua do Bom Jesus, a Avenida Rio Branco e os museus do Pátio de São Pedro. Serviço – Olha!Recife (17 a 23 de maio)Inscrições: Gratuitas, a partir de quinta-feira (15/05), às 9h, pelo site: www.olharecife.com.brSaídas: Praça do Arsenal ou Catamaran Tours (ver programação específica)Modalidades: Passeios a pé, de ônibus, bike e catamarãRecomenda-se uso de roupas leves, protetor solar e, no caso do pedal, bicicleta e equipamentos de segurança.

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Musical sobre Capiba retorna ao Recife após sucesso pelo interior do estado

Espetáculo do Aria Social celebra obra do compositor com apresentações no Teatro RioMar nos dias 15 e 16 de maio Após emocionantes apresentações em Petrolina, Caruaru e Garanhuns, o aclamado musical “CAPIBA, pelas ruas eu vou” volta ao Recife para sessões especiais nos dias 15 e 16 de maio, às 19h, no Teatro RioMar. O espetáculo, que já conquistou o público pelo interior de Pernambuco, promete encantar novamente os recifenses com sua montagem grandiosa e multilinguagem. Os ingressos estão à venda a partir de R$ 20 no site Uhuu.com. Idealizado pelo projeto Aria Social, o musical é considerado um dos mais marcantes dos últimos 20 anos em Pernambuco. Com mais de 60 artistas no palco, entre bailarinos, cantores e músicos de uma orquestra de câmara, a produção apresenta um mergulho sensível e potente na vida e na obra de Capiba — mestre do frevo-canção e autor de uma vasta produção que inclui maracatus, sambas, valsas e peças eruditas. “CAPIBA, pelas ruas eu vou” costura teatro, música, dança, coral, cinema e fotografia em um espetáculo sensorial que celebra a diversidade criativa de um dos artistas mais reverenciados do estado. O público é conduzido por diferentes momentos da trajetória de Capiba, revelando suas muitas facetas como compositor, pianista e figura fundamental da cultura pernambucana. A direção geral é assinada por Cecília Brennand, com direção musical e regência da maestrina Rosemary Oliveira. Ana Emília Freire responde pela direção artística e coreografia, além de dividir a direção audiovisual com Max Levay. O espetáculo ainda conta com a direção teatral do ator e diretor Tuca Andrada, figurinos de Beth Gaudêncio, iluminação de Cleison Ramos e sonoplastia de Isabel Brito. Após o Recife, o musical segue para apresentações em Fortaleza, Campina Grande e, no segundo semestre, em São Paulo, ampliando o alcance nacional da obra de Capiba. A montagem reforça o papel da cultura como elo entre memória e identidade, ao mesmo tempo em que reafirma o talento de artistas pernambucanos em produções de alto nível técnico e artístico. Serviço🎭 CAPIBA, pelas ruas eu vou📅 Datas: 15 e 16 de maio de 2025🕖 Horário: 19h📍 Local: Teatro RioMar – Recife🎟️ Ingressos: a partir de R$ 20 no Uhuu.com

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VerOuvindo

Festival VerOuvindo Circula leva cinema acessível a escolas e espaços culturais no Recife

Segunda edição do projeto exibe filmes com audiodescrição, Libras e legendas em instituições e no Cinema São Luiz, promovendo inclusão e diversidade. Foto: Ícaro Benjamin De 19 a 24 de maio, a cidade do Recife recebe a segunda edição do VerOuvindo Circula, um festival de cinema inclusivo que leva sessões com recursos de acessibilidade para escolas públicas, bibliotecas, centros educacionais e, pela primeira vez, ao histórico Cinema São Luiz. O projeto aposta na descentralização do audiovisual e na democratização do acesso à cultura, com exibições gratuitas e totalmente acessíveis a pessoas com deficiência visual ou auditiva, por meio de audiodescrição, Libras e legendas descritivas. A programação reúne duas produções que dialogam com questões contemporâneas e sociais. O telefilme Eu quero ir, dirigido por Pablo Polo, narra com leveza e humor o desafio de uma menina apaixonada por futebol que enfrenta o machismo do pai. Já o documentário Wadja, de Narriman Kauane, será exibido com presença da comunidade indígena Fulni-ô, retratando a luta de uma educadora pela preservação da língua e cultura do seu povo. Ambas as obras contam com recursos que garantem acessibilidade comunicacional para todas as plateias. Segundo Liliana Tavares, idealizadora do VerOuvindo, o objetivo é ampliar o acesso ao audiovisual com experiências que sensibilizam e educam. “O evento nasceu justamente com estes propósitos: descentralizar o audiovisual, divulgar o cinema acessível e promover experiências que sensibilizem, eduquem e inspirem. Quando, por exemplo, uma criança com deficiência visual ou auditiva pode assistir a um filme com recursos de acessibilidade, ela entende que também faz parte daquele universo. Inclusão básica, que transforma vidas e amplia horizontes”, afirma. Com sessões em instituições como o CAEER e escolas municipais, a mostra também inclui conversas com a plateia após cada exibição. Os debates contam com a presença das consultoras de acessibilidade Michelle Alheios, que é cega, e Mariana Hora, que é surda, além de profissionais responsáveis pela audiodescrição e interpretação em Libras. Toda a estrutura técnica é coordenada pela produtora 9 Oitavos, que levará até telonas infláveis para os espaços escolares, criando um ambiente de cinema onde normalmente ele não chega. Serviço2ª edição do VerOuvindo Circula📅 De 19 a 24 de maio de 2025🎬 Sessões gratuitas e com acessibilidade comunicacional🔹 Abertura: Biblioteca Pública do Estado – 19/5, às 14h🔹 Encerramento: Cinema São Luiz – 24/5, às 14h🔹 Programação completa: escolas públicas, CAEER e Compaz Ariano Suassuna🎥 Filmes: Eu quero ir (Pablo Polo) e Wadja (Narriman Kauane)Realização: Com Acessibilidade Comunicacional, com incentivo da Política Nacional Aldir Blanc, Ministério da Cultura e Governo do Estado de Pernambuco (PNAB-PE).

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Recife Marco Zero

Olha!Recife ressalta importância holandesa para o Recife

O passeio do domingo (04) trata da forte influência dos holandeses na formação da cidade e, na quarta (07), o destaque será para as obras de Abelardo da Hora  (Da Prefeitura do Recife) Inscrições abertas e gratuitas para quem quiser conhecer melhor o Recife e suas influências através do programa Olha! Recife seja a pé, pedalando, de ônibus ou de catamarã. A importância holandesa será o tema do primeiro passeio do domingo de maio (04) promovido pela Prefeitura do Recife por meio da Secretaria de Turismo e Lazer. Já na quarta (07), O Olha! Recife a pé fará o Circuito Abelardo da Hora.   No primeiro sábado de maio (03), às 09h, o Olha!Recife de Catamarã: Recife e Suas Pontes levará os inscritos para conhecer o Recife através dos rios que cortam a cidade. Durante o passeio é possível vislumbrar o Marco Zero, o Parque de Esculturas Francisco Brennand, além da belíssima rua da Aurora e é claro as pontes históricas da cidade. Na parte da tarde, às 14h, com saída da Praça do Arsenal, Olha!Recife de ônibus fará o  Circuito dos Santuários. O roteiro visita importantes espaços de fé e tradição religiosa no Recife, como o Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, o Santuário Mãe Rainha e o Santuário do Morro da Conceição. No domingo (04), às 09h, o passeio a pé Olha!Recife: Ruas e Personalidades propõe um olhar sobre a história de figuras que dão nome a importantes vias da cidade. O roteiro passa pelas ruas Marquês de Olinda, Vigário Tenório, Dantas Barreto, Duque de Caxias e Conde da Boa Vista. Para quem preferir um passeio de bike, também no domingo (04), às 09h, terá Olha!Recife Pedalando: Recife Holandês. Saindo da Praça do Arsenal, o passeio de bike explora a herança deixada pelos holandeses no Recife, passando pelo Forte do Brum, Ponte Maurício de Nassau, Praça da República onde fica o busto de Maurício de Nassau e Pátio do Carmo, antigo Palácio da Boa Vista. Na quarta-feira (07), às 14h, o Olha!Recife a pé apresenta o Circuito Abelardo da Hora. Com saída da Praça do Arsenal, o passeio percorre monumentos e obras do escultor espalhadas pela cidade, como as da Praça da República, Praça Joaquim Nabuco, Parque 13 de Maio e Avenida Agamenon Magalhães. Na sexta (09) haverá o Recife Walking Tour, às 09h30, nosso roteiro fixo para turistas e recifenses conhecerem o Centro do recife e os principais pontos turísticos e históricos do  Recife Antigo, com saída da Praça do Arsenal, levando os turistas para conhecer a rua do Bom Jesus, o Museu a céu aberto, a avenida Rio Branco, as pontes do Recife, além dos Museus do Pátio de São Pedro e outros pontos turísticos importantes da nossa cidade.  RESUMO: Olha!Recife de Catamarã: Recife e Suas Pontes. 03/05 saída às 09:00 Catamarã Tours Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife de Ônibus: Circuito dos Santuários. 03/05 saída às 14:00 Praça do Arsenal  Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife a Pé: Ruas e Personalidades. 04/05 saída às 09:00 Praça do Arsenal  Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife Pedalando: Recife Holandês. 04/05 saída às 09:00 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife a Pé - Circuito Abelardo da Hora. 07/05 saída às 14:00 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Recife Walking Tour. 09/05 saída às 09:30 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br

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QUINTETO

"O Quinteto Violado não tem medo d'e misturar os sons do Nordeste com a música do mundo"

Integrantes do grupo que inovou a canção nordestina, com arranjos sofisticados e fusão de ritmos, Dudu Alves e Roberto Medeiros contam como ele foi formado, a participação de Gilberto Gil na sua projeção, o sucesso nos palcos internacionais e o inusitado episódio em que tiveram que substituir Wesley Safadão num show no São João de Caruaru. Também comentam sobre o mercado musical em tempos de streamings. O jornalista e crítico musical José Teles equipara a importância do Quinteto Violado aos expoentes do movimento mangue beat, Chico Science & Nação Zumbi, por ter levado para fora de Pernambuco ritmos como caboclinho, cavalo-marinho e ciranda. Teles também ressalta que o Quinteto renovou a música carnavalesca pernambucana ao gravar frevos com uma instrumentação que incluía flauta e viola. Inovar e misturar ritmos, sem perder as raízes nordestinas, na verdade, sempre foi uma característica do grupo, a ponto de levar Gilberto Gil a definir o som da banda pernambucana como free nordestino. Em tom de brincadeira, Dudu Alves, tecladista e arranjador do grupo, afirma que o pai, Toinho Alves, fundador do Quinteto, era químico, portanto afeito a fazer misturas, e adaptou a atividade à música. Nesse ritmo descontraído e bem-humorado, Dudu e Roberto Medeiros, (percussionista) conversaram com Cláudia Santos e Rivaldo Neto sobre a trajetória do grupo que completa 54 anos em outubro, quando farão um show no Recife. Neste sábado (26/04) fazem um outro show da Casa Estação da Luz. Eles relembram episódios, como a primeira vez que Luiz Gonzaga ouviu a versão que fizeram de Asa Branca e que levou o Rei do Baião às lágrimas, e a acalorada receptividade que tiveram da plateia na antiga Iugoslávia e na Coreia. Comentam como têm se adaptado às plataformas, como Spotify, e contam um acontecimento inusitado em que Wesley Safadão não pôde participar do São João em Caruaru e eles tiveram que substitui-lo e cantar para um grande público que desconhecia a música do grupo. Como surgiu o Quinteto Violado? Dudu Alves – Em 1971, Toinho Alves, meu pai, tinha vontade de ter um grupo que tocasse músicas do Nordeste numa junção com a música instrumental. Ele era químico, então gostava de fazer essas misturas (risos).  Ele já tinha um grupo que se apresentava na TV Universitária. Marcelo Melo, que chegou da Europa, onde fazia um curso de agronomia, se juntou ao grupo. Existe a versão bonita de que o Quinteto Violado nasceu nas pedras de Nova Jerusalém, mas não foi nada disso. Como assim? Roberto Medeiros – O Quinteto nasceu nos banheiros da TV Universitária (risos), se chamava Bossa Norte e tocava num programa da emissora. O tempo era curto para ensaiar e o banheiro era o local que se tinha para passar o som, além de ter uma acústica legal. Toinho e Marcelo chamaram para integrar o grupo Fernando Filizola, um guitarrista exemplar, que tocava no Silver Jets, a banda de Reginaldo Rossi. Mas aí Toinho disse, “você vai tocar viola” e ele começou a estudar o instrumento e transformou-se num grande violeiro. Havia também Luciano Pimentel, que era baterista, um cara virtuoso, e o Sando, flautista, que era um menino, tinha 13, 14 anos. Ai, o grupo se tornou Quinteto.  E como surgiu o nome Quinteto Violado? Dudu – Antes o nome era só Quinteto. Mas após uma apresentação num festival em Nova Jerusalém, havia uns meninos brincando ali naquele momento e disseram, “oh, lá vem os violados!”, porque estávamos com violas e instrumentos de cordas e tal. Foi quando meu pai olhou para Marcelo e disse, “tá aí, batizado: Quinteto Violado”. Como o grupo ganhou projeção?  Roberto – Um dos primeiros trabalhos foi um álbum, gravado no Recife, com toda a discografia de músicas do Nordeste – maracatu, ciranda etc. O grupo pegava o som original e incluía a sua sonoridade, com viola, flauta, violão. Na época Marcos Pereira montou esse projeto, que tornou o Quinteto conhecido. Foram quatro LPs com ritmos Nordestinos. Daí, houve o interesse das grandes gravadoras, e o grupo foi ganhando projeção.  Além disso, coincidiu com a época em que Gilberto Gil, voltando do exílio, parou no Recife e, numa roda de música na casa de Hermilo Borba Filho, conheceu o grupo e ficou encantado. Quando chegou no Rio de Janeiro, a imprensa lhe perguntou o que “achou de novo no Brasil?”. Ele respondeu “o Quinteto Violado, lá no Recife”. E quando perguntavam o que o Quinteto tocava, se era baião, Carnaval, xote... Gil respondeu “Eles fazem um free nordestino”. Na época, era o auge do Free Jazz. Ou seja, a gente faz o tema, rola uns improvisos, temos a liberdade de pegar a música de fora, sem perder as raízes do Nordeste.  Dudu – O Quinteto Violado também teve uma influência do Quarteto Novo (composto por Theo de Barros, no contrabaixo e violão; Heraldo do Monte,viola e guitarra; Airton Moreira, bateria e percussão; e Hermeto Pascoal, na flauta). Era um grupo que tocava jazz mas conseguiu trazer a música popular, com os arranjos que foram montados. Além do jazz, fazemos outras misturas interessantes, como a música clássica. O Quinteto se apresenta muito com orquestras sinfônicas. Também agregamos a música nordestina a outras vertentes. Trouxemos da Galícia uma sanfona galega e a colocamos numa música nossa.  Roberto – Fomos à Síria, trouxemos tambores que usamos no show e em músicas que montamos. O Quinteto não tem medo de misturar os sons do Nordeste com a música do mundo. É verdade que Luiz Gonzaga adorou o arranjo que vocês fizeram de Asa Branca? Roberto – Foi a irmã, Chiquinha Gonzaga, que contou. Ela colocou a faixa Asa Branca do nosso disco na vitrola para ele ouvir. Quando acabou a música, ele estava aos prantos e disse “preciso conhecer esses meninos para agradecer porque, quando gravei essa música pela primeira vez, a gravadora disse que ela não ia acontecer. E a música aconteceu comigo tocando e agora com o Quinteto, que fez um arranjo belíssimo, e nunca essa música vai morrer”. Asa Branca teve milhares de gravações,

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Magiluth Aquilo Que Meu Olhar Guardou Pra Voce Foto Pritty Reis

Encontro das Artes: Grupos Magiluth e Atores à Deriva promovem temporada conjunta no Recife

Residência artística e apresentações teatrais fortalecem intercâmbio cultural entre Pernambuco e Rio Grande do Norte. Na imagem acima, destaque para o espetáculo Aquilo Que Meu Olhar Guardou Pra Você - Foto Pritty Reis O teatro como espaço de resistência, criação e afeto ganha novo fôlego com o projeto Magiluth Recebe, que em maio une dois importantes coletivos nordestinos: o pernambucano Grupo Magiluth e o potiguar Atores à Deriva. A iniciativa promove uma residência artística e apresentações no Teatro Hermilo Borba Filho, no Recife, fortalecendo o intercâmbio cultural e abrindo espaço para novas conexões entre artistas e públicos. O projeto é destaque na cena teatral brasileira por reunir grupos com forte atuação autoral e compromisso político com a arte. A programação começa com uma residência entre os dias 5 e 8 de maio, culminando em uma apresentação inédita no dia 8, às 20h. Nos dias 9, 10 e 11, o Atores à Deriva apresenta Fábulas de Nossas Fúrias, espetáculo que subverte estruturas clássicas para afirmar a fúria como força criativa. Já o Magiluth sobe ao palco nos dias 15, 16 e 17 com Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você, uma obra construída a partir de memórias e improvisações que dialogam com o tempo, a ausência e o afeto. "Essa ideia nasce como um desejo antigo de compartilhar nosso espaço e nossa cidade com outros grupos que admiramos. Receber os Atores à Deriva é mais do que acolher um espetáculo potente, é estabelecer pontes criativas e políticas com artistas que têm uma escuta e uma prática muito alinhadas com a nossa trajetória", afirma Giordano Castro, ator e fundador do Magiluth. Com 17 anos de atuação, o grupo Atores à Deriva foi contemplado pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz, que viabilizou a circulação do espetáculo pelo Nordeste. "Nosso espetáculo é um grito urgente de subjetividades dissidentes, uma fabulação de raivas historicamente negadas. Estar no Recife, em intercâmbio com o Magiluth, nos fortalece como grupo e como coletivo que acredita na arte como forma de reexistir e transformar", afirma Alex Cordeiro, diretor e dramaturgo do grupo potiguar. ServiçoO quê? Intercâmbio artístico entre os coletivos Magiluth (PE) e Atores à Deriva (RN)Quando? De 5 a 17 de maio de 2025Onde? Teatro Hermilo Borba Filho – Bairro do Recife – PEQuanto? R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia). Parte dos ingressos é distribuída gratuitamente para pessoas trans, negras, periféricas e estudantes de teatro.Ingressos: À venda pelo Sympla e na bilheteria do teatroMais informações: @grupomagiluth

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Parque das Gracas Credito Edson Holanda Prefeitura do Recife

Festival Palco Espiral promove 12 horas de música e cultura gratuita no Parque das Graças

Evento reúne shows, exposições, gastronomia, artesanato, atividades inclusivas e ações de sustentabilidade às margens do Rio Capibaribe O Parque das Graças, na Zona Norte do Recife, será palco de 12 horas de programação gratuita no próximo sábado, 3 de maio, a partir das 9h. O Festival Palco Espiral celebra a diversidade musical e artística com shows, exposições, atividades terapêuticas, feira de economia criativa, oficinas e ações de conscientização ambiental, tudo ao ar livre e com acesso livre para o público. Entre as atrações musicais, estão confirmados nomes como Juliano Holanda, Trans Coco, Tertúlia, Laís Xavier, Ítalo Soeiro, Marcos, além dos DJs Pré e Makeda. A programação também inclui apresentações culturais de grupos como o Cavalo Marinho Boi Pintado e o Grupo Pipoquinha, além de exposições de artistas visuais e uma feira de gastronomia e artesanato local. Para garantir a acessibilidade, o evento contará com audiodescrição e intérpretes de Libras durante os shows. O festival ainda promove ações terapêuticas, como sessões de musicoterapia, e lança o 1º Prêmio Personalidade Espiral, que homenageará contribuições relevantes à música pernambucana. Haverá também o pré-lançamento do livro “Você não precisa sentir dor!”, do Dr. Luiz Severo, além de uma oficina de boneco de papel machê e atividades artísticas desenvolvidas por jovens neuroatípicos do projeto Porãozinho dos Ventos. Com apoio do Sistema de Incentivo à Cultura da Prefeitura do Recife, o Palco Espiral ainda realiza, na semana anterior ao evento, um curso gratuito de formação de técnicos de palco (roadies) para jovens em situação de vulnerabilidade social. Serviço:Festival Palco Espiral📅 Quando: 3 de maio, a partir das 9h📍 Onde: Parque das Graças, Recife🎟️ Entrada gratuita

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CULTURAL LIVRARIA Giulliana Lucena E

CULTURAL Livraria e Cafeteria é inaugurada em Caruaru com programação dedicada à reflexão

Novo espaço une livros, cinema e cafés especiais em ambiente que estimula o debate e a formação cultural. Foto: Giulliana Lucena Caruaru ganha, a partir deste sábado (26), um novo ponto de encontro para amantes da leitura, do cinema e dos cafés especiais. A CULTURAL Livraria e Cafeteria abre as portas na Av. Assis Chateaubriand, nº 131, no bairro Maurício de Nassau, com uma proposta que vai além da comercialização de livros: será um centro de estímulo ao pensamento crítico, à convivência e ao diálogo. O espaço funcionará das 15h às 21h e traz uma intensa programação cultural até o fim de maio. Idealizada por Rita Valença, barista e delegada de Polícia Civil aposentada, a CULTURAL oferece um acervo focado em Filosofia, Sociologia, História, Política e Literatura. “A nossa proposta é oferecer ao público um espaço de encontros onde as ideias circulam livremente, gerando debates que atravessam o tempo e enriquecem nossa compreensão de mundo. Mais do que uma livraria, a CULTURAL nasce como um centro de fomento à leitura, à reflexão e ao diálogo”, afirma Rita. Um dos destaques do novo espaço é o cine-auditório Advogada Janice Valença, onde serão exibidos filmes e documentários, além de abrigar debates, clubes de leitura e palestras. A cafeteria, por sua vez, promete encantar os paladares com cafés especiais preparados com técnicas artesanais e um cardápio assinado por uma gastrônoma convidada. A experiência sensorial é parte essencial da proposta do local. A programação de abertura já começa no domingo (27), às 15h, com a exposição “Democracia Brasileira em Exposição: Memórias e Reflexões sobre o Golpe de 1964”, em parceria com o Instituto Cultural Maiêutica. No mesmo dia, será realizado um debate com a participação do sociólogo Edival Nunes da Silva Cajá, da jornalista Tâmara Pinheiro e do professor Dr. Manoel Morais, que também autografará sua mais recente obra sobre a transição democrática e os crimes da ditadura. ServiçoInauguração da CULTURAL Livraria e Cafeteria📍 Av. Assis Chateaubriand, 131-A, Maurício de Nassau – Caruaru📆 Sábado, 26 de abril🕒 Das 15h às 21h📞 Informações: (81) 3046-2808

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