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Videodança Corpo Onírico tem pré-estreia em espaço cultural no Recife

Primeira exibição da obra audiovisual acontecerá na terça-feira (14/06), no Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA), a partir das 18h30, com acesso gratuito ao público (Foto: Alexandre Salomão) Em evento presencial na próxima terça-feira (14/06), a partir das 18h30, no Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA) do Recife, a videodança Corpo Onírico, que tem roteiro e direção da artista da dança Marina Mahmood, terá a sua pré-estreia com duas exibições abertas ao público. Além das sessões de cinema, uma delas com audiodescrição, o evento contará com exposição de fotos e vídeos, performance e roda de conversa com participação da equipe de produção da obra audiovisual. A videodança é fruto de uma pesquisa que foi iniciada no ano de 2019 com o financiamento do Fundo de Incentivo à Cultura de Pernambuco (Funcultura) e apoio do Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA). O evento também será um ponto de arrecadação de doações para as vítimas das chuvas que atingiram Pernambuco. O encontro com o público começa às 18h30, quando já será possível chegar ao local de exibição, o CCBA, e ir adentrando aos poucos no universo de Corpo Onírico. Uma exposição de fotos e vídeos mostrará algumas cenas do filme e também imagens que revelam um pouco sobre os processos de como foi essa caminhada da equipe até chegar ao resultado final da obra, que entrelaça as linguagens da dança e do audiovisual. Mesmo após este dia da pré-estreia da videodança, a exposição ficará aberta ao público até o dia 30 de junho no CCBA, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h30, e aos sábados, das 9h às 13h.Dando sequência ao evento, às 19h, haverá uma performance com uma das artistas da dança que compõem o elenco do filme, e também diretora e roteirista da obra, Marina Mahmood, sendo esse momento um convite para imergir ainda mais nas sensações que serão estimuladas pela videodança na sequência. Às 19h30, acontecerá a primeira exibição de Corpo Onírico na noite de pré-estreia, e às 20h a segunda, sendo essa última acessível com audiodescrição. Após as sessões, haverá um debate entre participantes da equipe e o público sobre o que foi assistido na tela e as experiências vivenciadas por trás das câmeras. A roda de conversa contará com o apoio de um profissional intérprete de libras. Nos intervalos das atividades haverá um mini coquetel para o público, propiciando interações, celebrações, trocas e inspirações. Sobre Corpo Onírico - A videodança Corpo Onírico incita o questionamento sobre como os corpos - individuais e coletivos – podem se nutrir de experiências mais diretas com a natureza interior (os instintos, a intuição e a energia vital) e como resgatar essa experiência pela criação de cenas oníricas nas paisagens. A história fala de uma mulher que busca expandir a sua natureza porque não pode mais contê-la. Seu corpo quer habitar os sonhos, dançar nas paisagens e ser só essência. Na Ponte de Ferro, no Centro do Recife, ela encontra um arco de fogo que a transporta ao mundo sutil. Lá, ela descobre a potência ao dançar com outros seres, conectadas aos elementos da natureza. “A ideia do projeto seria criar uma videodança em que o espectador se visse imerso nas sensações provocadas pela interação das linguagens, numa espécie de sinestesia que apura os sentidos corporais para além do meramente visual”, explica a diretora, roteirista e também artista da dança que compõe o elenco do filme Marina Mahmood. Ela complementa que para que a equipe se encontrasse na essência do filme foram realizados "laboratórios entre linguagens", quando cada um dos integrantes da pesquisa se deixou contaminar pela linguagem do outro, contribuindo para a construção das sensações previstas no roteiro, como liberdade, transe, potência, amor, feminino, cuidado, inocência. Essas experiências iniciais foram orientadas por Taína e Lau Veríssimo, do grupo Totem (em atividade na cena cultural pernambucana desde 1988). Após essa primeira etapa, o coletivo da videodança Corpo Onírico, formado pelas dançarinas Marina Mahmood, Klarissa Faye, Maria Miranda e pelo fotógrafo Alexandre Salomão, seguiu aperfeiçoando as descobertas até chegar na última etapa de realização, quando os músicos iezu kaeru (autor da trilha de filmes como o longa Um lugar ao Sol e do curta Entre Marés) e Tomaz Alves Souza (autor de trilhas para cinema como os longas Bacurau e Cinema, Aspirinas e Urubus) produziram uma trilha sonora original especialmente para a videodança Corpo Onírico, amplificando os diálogos entre dança, cinema e música. Campanha de doações para vítimas das chuvas – Fortalecendo a rede de apoio e de solidariedade às vítimas das fortes chuvas que atingiram cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) e também da Zona da Mata de Pernambuco, o Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA) do Recife, onde ocorrerá a pré-estreia da videodança Corpo Onírico, será um ponto de arrecadação de mantimentos. O acesso ao evento é gratuito, mas a equipe de artistas está estimulando o público que irá prestigiar a obra a ajudar doando alimentos não perecíveis, água, materiais de higiene e limpeza, roupas e lençóis. Os insumos recebidos no local serão direcionados para as famílias que foram afetadas pelo fenômeno natural e pela falta de medidas de prevenção nessas áreas de risco por parte dos municípios e Estado.

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Christal Galeria inscreve para oficina de xilogravura com Pablo Borges

No dia 18 deste mês, a Christal Galeria, no Pina, promoverá a sua primeira oficina de xilogravura, aproveitando que todo o espaço de artes está contemplado até dia 30 de julho com a exposição inédita de J.Borges, intitulada Pernambuco por J.Borges, onde o artista expõe trabalhos exclusivos, com temáticas como a riqueza natural e cultural de Pernambuco representados pelas paisagens das regiões Zona da Mata, Agreste e Sertão; além da música e do folclore, personalidades ilustres da cultura nordestina como Luiz Gonzaga, Ariano Suassuna e Francisco Brennand. A oficina de xilogravura com Pablo Borges, filho do Patrimônio Vivo de Pernambuco, o xilogravurista, J.Borges, e um dos coordenadores do Memorial J.Borges, em Bezerros (PE), acontecerá das 10h às 13h, e será aberta para participantes com idade a partir de 12 anos (com acompanhante). No programa da oficina, criação de desenho de esboço que será usado como matriz; entalhe na madeira, a partir da definição das áreas a serem talhadas e aquelas a serem mantidas no relevo; e finalização com o lixar e a pintura da matriz para a impressão no papel. O investimento é de R$ 220,00 e a inscrição pode ser feita pelo Sympla ou direto na Christal Galeria. Serviço: Oficina de xilogravura com Pablo Borges Quando: 18 de junho Horário: Das 10h às 13h Valor: R$ 220,00 (duzentos reais) Inscrição pelo Sympla ou na Christal Galeria

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Sinagoga Kahal Zur promove curso sobre a História dos Judeus no Estado

O Museu Sinagoga Kahal Zur Israel está com inscrições abertas para o curso “História dos Judeus em Pernambuco” que a Federação Israelita de Pernambuco (Fipe) irá promover nos próximos dias 7, 14, 21 e 28 de junho, das 19h às 21hs, na sede da Sinagoga, na rua do Bom Jesus, em Recife. As inscrições podem ser efetuadas através do e-mail: fipe.sec@israelita.org.br ou pelo 99365-0129. O curso abordará aspectos das diferentes épocas do judaísmo em Pernambuco, desde os primórdios da colonização portuguesa, passando pelo período holandês e chegando ao século 20, com a chegada dos imigrantes da Europa Oriental. Durante as aulas, será mostrada a importância do elemento semita na composição étnica e cultural do povo nordestino. As aulas serão ministradas pelo professor e escritor, Jacques Ribemboim, autor de diversas publicações que tratam sobre a presença judaica em Pernambuco. Mestre e doutor em Economia é membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP) e da Academia Pernambucana de Letras (APL). fipe.sec@israelita.org.br Curso: História dos Judeus em Pernambuco Local: Museu Sinagoga Kahal Zur Isarel Datas: 7, 14, 21 e 28 de junho das 19h às 21h. Investimento: R$ 200,00 Informações: 99365-0129 | fipe.sec@israelita.org.br

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Márcio Almeida e Gabriel Petribú lançam múltiplos inéditos nesta quarta (1º) na Número Galeria

Na ocasião, o espaço de arte, comandado por Lúcia Costa Santos, Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra, inaugura área voltada para livros de artistas (Crédito: Leo Malafaia) Nesta quarta (1º), às 17h, Márcio Almeida e Gabriel Petribú se reúnem para lançar obras inéditas e múltiplas na Número Galeria, em Boa Viagem. Gabriel apresenta seu Tremila Riflessioni (ou 3 Mil Reflexões em italiano). Trata-se de um frasco lacrado com 3 mil palavras. Segundo o artista, a inspiração é um dicionário escolar criado pelo filósofo Ludwig Wittgenstein (1889 – 1951), que foi adotado pela escola primária de Otterthal, pequena comunidade na Áustria rural empobrecida dos idos de 1925. “Este dicionário seria um espelho das necessidades linguísticas objetivas, pensado e realizado em conjunto com a comunidade estudantil”, explica. “Servindo-me da ideia de que 3000 palavras poderiam definir um grupo num determinado contexto físico-temporal, resolvi encapsular as minhas palavras com método semelhante”, afirma Gabriel. “Foram reflexões sobre o peso e urgência de cristalizar cada uma delas num conjunto que não voltará a ocorrer. Cada nova tentativa de eleger os 3 mil elementos será um novo contexto, novos significados e pesos”. Ele aponta ainda outro aspecto do trabalho que fecha a trajetória. A manipulação por parte do espectador na esperança de obter a lista completa das palavras é provavelmente inalcançável. Exposto de forma transparente, mas velado pela complexidade. A tiragem é de 10 exemplares. Já Márcio Almeida lança duas obras na ocasião. A primeira dela é Nheë expressão originada do termo nhe em tupi-guarani, que significa “quem fala muito”, e inspirada na sua instalação Nheë Nheë Nheë, Genealogia do Ócio Tropical, que teve como base a interferência das religiões e as estratégias dos colonizadores na catequização os indígenas. A peça, com tiragem de 10 exemplares, é um galho de oliveira com uma pá na ponta, com banho de bronze. “A oliveira é um símbolo do cristianismo, que aqui remete aos jesuítas. Quando eles chegaram ao Brasil, colonizaram os povos originários, primeiro impondo uma língua única, depois rompendo com todos os elementos de cultura que os indígenas tinham”, detalha. “Já a pá simboliza o trabalho ao qual os povos originários foram submetidos – e motivo real pelo qual os jesuítas impuseram novos costumes”. A segunda peça é Occasus, carimbo sobre papel com a frase “Esta obra não compreende as normas da ABNT”. O carimbo tem edição de 10 exemplares, e o papel carimbado, de 100. De acordo com Márcio, o item é uma ironia com o mercado de arte. “Atualmente só valorizam o que se apresenta de um jeito formal, acadêmico”, pontua. “Meu trabalho com certeza não passa pelo crivo dessa mentalidade acadêmica”. O recifense Gabriel Petribú estudou desenho e pintura na Accademia di Belle Arti di Firenze, na Itália, conciliando sua vida entre os dois países desde 2005. Com diversas premiações internacionais, entre elas o 2 Prêmio Lorenzo il Magnifico, Mixed Media/XI Florence Biennale/Florença (2017), participou das mostras coletivas da APG, Ressignificados (2020) e Mistérios do Planeta (2019). Também em 2019, expôs Visioni di un Tardigrada; e dois anos antes, na Florence Biennale / Padiglione Spadolini, ambas exposições em Florença (Itália). Nascido no Recife (PE), Márcio Almeida iniciou sua carreira na década de 1980 e, desde então, desenvolve seu trabalho utilizando variados suportes. Seu olhar e interesse concentram-se em temas do comportamento humano ligados à noção de deslocamento, transitoriedade e pertencimento. Direciona seu foco, também, para questões de geopolítica e de ocupação do espaço urbano. Seu trabalho integra o acervo de instituições como Centro Cultural São Paulo – CCSP (São Paulo,SP), Museu de Arte do Rio – MAR (Rio de Janeiro, RJ), Pinacoteca de São Paulo (São Paulo, SP), Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar (Fortaleza, CE), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRG (Porto Alegre, RS), Museu de Arte Moderna Aluizio Magalhães – MAMAM (Recife, PE), entre outras. Livro – Durante o evento, Lúcia Costa Santos, Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra inauguram na Número Galeria um espaço para livros de artista, também conhecidos como livros-arte ou livros-objeto. São obras em forma de livro, inteiramente concebidas pelo artista e que não se limitam a um trabalho de ilustração. Estarão disponíveis livros de artista de nomes como Paulo Bruscky – e seu Livrobjetojogo, de 1993, feito com placas de metal e ímas -, Marcelo Silveira e Daniel Santiago.

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Orquestra Criança Cidadã realiza concerto oficial gratuito na Igreja da Madre de Deus neste domingo

Em seu segundo concerto oficial da temporada 2022, Orquestra prepara repertório que mistura clássicos pernambucanos e internacionais para tocar no Recife Antigo (Coordenação de Comunicação da OCC) A Orquestra Jovem, principal grupo representativo da Orquestra Criança Cidadã, realiza no próximo domingo (29) o segundo concerto oficial da temporada 2022, na Igreja da Madre de Deus, bairro do Recife, às 16h. Regidos pelo maestro titular da OCC, José Renato Accioly, os músicos apresentarão ao público em um espetáculo gratuito o repertório composto por peças clássicas internacionais e também conterrâneas, com abertura de composições de Ludwig van Beethoven (1770-1827), com “Coriolano, Op. 62” e encerramento a Sinfonia nº 101 em Ré Maior, “O Relógio” de Franz Joseph Haydn (1732-1809). Entre essas, a Orquestra interpretará “Três peças nordestinas”, do pernambucano Clóvis Pereira. “A nossa ideia é sempre ter um repertório equilibrado para que a orquestra vá sempre experimentando compositores e épocas de composição diferentes”, explica Accioly. Segundo ele, cada concerto oficial tem um repertório pensado a fim de promover uma formação mais ampla para os jovens músicos. “Nós optamos por uma sinfonia clássica de Haydn para explorar o universo de outros compositores”, revela. “E também escolhemos fazer uma homenagem aos noventa anos do maestro Clóvis Pereira, o que é muito importante pois precisamos tocar o repertório da nossa terra”. Além de ser um concerto oficial, aberto ao público e gratuito, tocar no coração do Recife ainda é um grande destaque na história da Orquestra Criança Cidadã. “É muito importante poder tocar na Madre de Deus, que é uma das igrejas mais importantes da cidade do Recife, em um domingo à tarde também”, analisa o regente. Essa é uma oportunidade de alcançar espaços além dos teatros e de apresentar o espetáculo aos visitantes do Recife Antigo que buscarem a igreja tricentenária e patrimônio histórico e cultural. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

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Bruno Hrabovsky traz concerto Queen ao Piano ao Teatro de Santa Isabel

Ingressos para o concerto desta sexta-feira (27) estão à venda no site Guichê Web Três anos depois de trazer ao Recife o espetáculo “Rock ao Piano”, o instrumentista curitibano Bruno Hrabovsky volta à capital pernambucana com mais uma investida na proposta de unir o universo do rock ao instrumento. E numa empreitada ainda mais ousada: adaptar para o piano os hits de uma das bandas mais icônicas do rock, o Queen. É este concerto que ele apresenta, nesta sexta-feira (27), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Os ingressos podem ser adquiridos no site Guichê Web. Percorrendo palcos pelo Brasil há nove anos, o pianista explica o que o levou a conceber o “Queen ao Piano”: “O ‘Rock ao Piano’ foi surgindo aos poucos, há quase 20 anos, quando comecei a passar o maior número de horas em frente ao piano, estudando. Foi também a época em que comecei a construir meu próprio gosto musical, migrando cada vez mais para o metal. Em 2013, estreei o projeto. Agora, com o Queen, foi algo que também veio aos poucos; passei a prestar mais atenção no repertório do grupo, e vi o quanto um concerto dedicado a eles seria rico, até pela história incrível da banda. Comecei a elaborar o setlist e os arranjos no final de 2019, mas veio a pandemia e só este ano iniciei a turnê”, explica Bruno, que antes de chegar ao Recife, se apresenta, na quinta, em Maceió, a outra cidade nordestina incluída no tour nacional. Dezenove cidades já receberam a performance do artista. A ideia do espetáculo é mesmo fazer uma homenagem à banda britânica. O programa segue em ordem cronológica a trajetória do grupo, apresentando músicas com sonoridades diferentes e pelo menos uma composição de cada um dos quatro integrantes. “Acho que a única forma cabível para narrar a história do Queen com propriedade seria seguir uma ordem cronológica, mas me senti livre para não ser tão ao pé da letra, digamos. Basicamente, me debrucei sobre cada álbum deles, fiz uma seleção prévia, depois passei um pente-fino e acabei tendo que cortar várias das minhas músicas preferidas. Mas estão lá ‘Bohemian Rhapsody’, ‘Radio Ga Ga’ e ‘Love of My Life’, por exemplo”, comenta o pianista. Bruno reafirma que o casamento do metal com o piano é mais natural do que a plateia e fãs das bandas imaginam. “O piano é um dos instrumentos mais completos que existe. Há bastante espaço para peso nele; é só ver algumas gravações de Liszt ou Prokofiev. A meu ver, descer a mão nos riffs do rock e do metal se encaixa perfeitamente em algo que o instrumento sempre esteve disposto a fazer. A ideia do piano ser algo suave não condiz muito com o que o piano é de verdade”, afirma. O ano da volta aos palcos, 2022, será mesmo focado na turnê de Queen ao Piano, mas Bruno já planeja outros projetos. “A única banda à qual eu já tinha dado destaque tinha sido o Pink Floyd. Já tenho duas edições de um concerto tocando uma música de cada álbum de estúdio do grupo, que é, sem dúvida, minha maior influência. Quero muito fazer algo com Led Zeppelin ou Black Sabbath, mas ainda não encontrei um formato que me convencesse para os arranjos. São projetos que provavelmente farei acompanhado com violino ou violoncelo no palco”, diz. Um segundo CD também está nos planos. “Gravei o “Rock ao Piano” no meu CD de estreia, e quero dar continuidade com um álbum duplo interpretando Pink Floyd”, anuncia. Confira o setlist do concerto: “Keep Yourself Alive” (Queen, 1973)  “The Loser in the End” (Queen II, 1974)  “The March of the Black Queen” (Queen II, 1974)  "Stone Cold Crazy" (Sheer Heart Attack, 1974)  "Love of my Life" (A Night at the Opera, 1975)  "You Take My Breath Away" (A Day at the Races, 1976)  "Somebody to Love" (A Day at the Races, 1976)  "Spread Your Wings" (News of the World, 1977)  “Don't Stop Me Now" (Jazz, 1978)  "Sail Away Sweet Sister" (The Game, 1980)  "Under Pressure" (Hot Space, 1982)  "Radio Ga Ga" (The Works, 1984)  "Princes of the Universe" (A Kind of Magic, 1986)  "Scandal" (The Miracle, 1989)  "Innuendo" (Innuendo, 1991)  "Mother Love" (Made in Heaven, 1995)  "No one but you (Only the good die young)" (single, 1997)  "Bohemian Rhapsody" (A Night at the Opera, 1975) SERVIÇO: Sexta-feira, 27 de maio, 20h, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, S/N, Santo Antônio, Recife). Ingressos: R$ 50 e 25 (meia-entrada) pelo site Guichê Web (https://www.guicheweb.com.br/queen-ao-piano_16454)

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Prefeitura lança Programa Recife Cidade Leitora com foco na democratização dos livros

Primeiro equipamento, o Ponto de Leitura, foi entregue no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro de Areias, e dispõe de acervo com mais de 500 títulos (Da Prefeitura do Recife | Foto: Rodolfo Loepert) O prefeito João Campos assinou um decreto, ontem (24), que criou o programa Recife Cidade Leitora, voltado para democratização do acesso ao livro. O ato foi realizado durante inauguração do primeiro equipamento da iniciativa: o Ponto de Leitura no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro de Areias. A iniciativa também prevê a criação de edital para apoio financeiro às bibliotecas comunitárias, no mesmo contexto dos recursos viabilizados para manutenção da rede oficial. O cenário pandêmico da covid-19 e o fato de as últimas visitas ao hospital terem sido para tratar do tema foi lembrado pelo prefeito João Campos. "Vir com outro sentido, com um propósito como este, é motivo de muita alegria. É mais do que um símbolo, é uma efetividade, de levar a nossa rede de biblioteca para os demais equipamentos", reconheceu. "Quando a gente alinha os equipamentos que a Prefeitura já tem e a gente agrega os espaços como esse a gente potencializa a gente consegue ganhar escala. Fazer essa inauguração é muito mais do que um símbolo, é uma semente plantada. Uma biblioteca criada é uma janela de oportunidade. Com isso, a gente vai criar uma cultura na cidade de oportunidade de acesso", afirmou o prefeito João Campos. Em parceria com a Secretaria de Segurança Cidadã do Recife, o equipamento inaugurado nesta terça integra o programa Recife Cidade Leitora, que é uma extensão da Rede de Bibliotecas pela Paz, formada pelos equipamentos de leitura nas unidades dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), além das bibliotecas públicas de Afogados e de Casa Amarela, como explica o secretário de Segurança Cidadã, Murilo Cavalcante. "É um espaço humanizado, coordenado pela Secretaria de Segurança Cidadã, para que o livro possa melhorar a vida e a autoestima de quem está internado neste hospital", definiu o gestor. A pasta está mapeando novos espaços para a criação dos próximos equipamentos. O local inaugurado conta com mais de 500 livros, revistas, livros terapêuticos de colorir e jogos para trazer bem-estar aos usuários do equipamento. O acervo foi totalmente pensado para atender ao público preferencial do hospital, as pessoas idosas, contando com obras literárias, de saúde, autoajuda, jogos de tabuleiro, memória e quebra-cabeça. "Para nós é uma alegria por termos o primeiro. Já customizamos a biblioteca, já temos carrinhos para levar os livros até os leitos para quem não estiver com condição de frequentar o espaço. Esse cuidado próximo, humanizado, potencializa a recuperação e o tratamento", frisou a secretária de Saúde, Luciana Albuquerque. O espaço funciona no turno vespertino, das 13h às 17h, e estará disponível tanto aos pacientes como aos acompanhantes e colaboradores do hospital. O espaço seguirá todas as medidas de biossegurança e todos os itens sempre passarão por um processo de higienização após a devolução. Morador do bairro de Casa Amarela, José Gomes da Silva, 91 anos, está internado fazendo tratamento por lesão de pele. Ele foi o primeiro paciente que chegou após a inauguração. Animado, não só reconheceu o bonito espaço criado como também elogiou a gestão municipal pelas ações de manutenção no local em que ele mora, na Rua Adalberto Guerra. "Aqui está tudo muito bonito e a minha rua vai ser um importante ponto de turismo", cravou. O Programa Recife Cidade Leitora chega para contribuir com o processo de humanização dos hospitais e outros espaços públicos, pois o aconchego do local e suas várias possibilidades de leitura e relaxamento poderão minimizar sentimentos de angústia, isolamento, fragilidade física e emocional. HOSPITAL EDUARDO CAMPOS DA PESSOA IDOSA - Primeiro Hospital do Norte-Nordeste dedicado aos cuidados da população com idade de 60 anos ou mais foi inaugurado em 1º de outubro de 2020 e conta com uma estrutura com mais de 8 mil m² de área construída. Possui 72 leitos, sendo 62 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI, para atendimentos de média e alta complexidade. O Ambulatório conta com 13 consultórios, além de sala para procedimentos. Dispõe de Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, com diversos exames disponíveis para população. Já o Bloco cirúrgico possui quatro salas de cirurgia e cinco leitos para recuperação pós-anestésica. Nestes anos de atuação, o hospital já promoveu mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos, realizou mais de 65 mil atendimentos e mais de meio milhão de exames.

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Biografia do cineasta Rucker Vieira será lançada na Unicap

O livro Árida Luz Nordestina: o cinema de Rucker Vieira, biografia do fotógrafo e cineasta pernambucano, será lançado quarta-feira (25/05), às 18h30, no auditório Dom Helder Câmara, no térreo do Bloco A da Universidade Católica de Pernambuco. De autoria do professor e pesquisador Paulo Cunha, a publicação é fruto de uma pesquisa de mais de três anos, e resgata histórias, documentos e fotografias inéditas da trajetória desse cineasta que marcou a estética do Cinema Novo. Rucker Vieira foi o fotógrafo do documentário Aruanda, de 1960, dirigido por Linduarte Noronha. O curta foi saudado por Glauber Rocha como uma das principais influências estéticas do nascente Cinema Novo. Além do trabalho excepcional como fotógrafo, Rucker também dirigiu vários filmes, entre eles o clássico do documentário A cabra na região semiárida, de 1966. Segundo Paulo Cunha, Rucker Vieira viveu uma vida aventureira, repleta de peripécias, e foi indiscutivelmente um dos mais criativos cineastas brasileiros. "Essa biografia é um resgate dessa personalidade original, desse inventor verdadeiro, realizador de filmes incríveis, criador de uma forma única de registrar a vida do povo brasileiro”. O autor destaca também as descobertas feitas durante a pesquisa: “A biografia corrige muitas informações equivocadas que circulavam sobre Rucker, além de revelar fatos de sua vida privada e de sua trajetória profissional que só poucos tinham conhecimento, sem falar no material visual riquíssimo que conseguimos reunir”. Rucker Vieira nasceu em Bom Conselho, no interior de Pernambuco, em 1931. Estudou cinema em São Paulo, filmou e fotografou em diversas localidades da Bahia ao Maranhão, se fixou em Roraima na velhice e morreu no Recife, em 2001. Considerado por muitos críticos como um dos inventores da estética do Cinema Novo, ao lado do parceiro Linduarte Noronha, Rucker Vieira desenvolveu desde o final dos anos 1950 uma fotografia famosa pelo forte contraste e por um modo de ver inconfundível. O livro é apresentado pelo escritor e cineasta Fernando Monteiro, para quem "este livro de Paulo Cunha trata de um 'esquecido' muito especial, ou de um 'omitido' para que outros fossem lembrados, como se tudo se passasse numa corrida de cavalos puro-sangue e de jegues, nessa furiosa feira de vaidades do meio cinematográfico. Nele, o menino interiorano se tornou o adulto que viria a desprezar o 'brilho' externo, praticamente ignorando a busca de carreiras, empregos e prêmios”. No lançamento na Unicap haverá uma roda de conversa em torno da obra de Rucker Vieira e da importância do cinema documental brasileiro. Participarão, além de Fernando Monteiro, o professor e pesquisador Alexandre Figueiroa e a cineasta Adelina Pontual. Com 358 páginas, Árida Luz Nordestina traz 346 imagens, entre registros familiares de Rucker Vieira, fotografias de filmagens e fotogramas de vários dos filmes que ele dirigiu ou em que ele trabalhou como fotógrafo. “Foi o resultado de um grande esforço para recompor uma trajetória genial no cinema brasileiro, uma tentativa para garantir que Rucker Vieira tivesse uma biografia que pelo menos se aproximasse de sua contribuição para a cultura audiovisual do Brasil”, afirma Paulo Cunha. SERVIÇO: Árida Luz Nordestina: o cinema de Rucker VieiraAutor: Paulo CunhaEditora Contraluz, 358 páginasPreço: R$ 50,00Lançamento dia 25 de maio de 2022Local: Auditório Dom Helder CâmaraBloco A da Universidade Católica de Pernambuco - térreo numa promoção do Curso Superior de Fotografia

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Cais do Sertão tem programação especial para Semana Nacional dos Museus

Visitante poderá participar de atividades musicais, fazendo uma imersão na musicalidade Gonzagueana. De terça a quinta-feira (17 a 19), haverá ainda mediação com acessibilidade (Da Secretaria de Turismo de Pernambuco) Em sua 20º edição, a Semana Nacional dos Museus traz ao centro de sua narrativa o Poder dos Museus. O tema propõe uma reflexão sobre o impacto sociocultural das instituições museais nas ações de preservação de seu acervo, inovação tecnológica, gestão e propagação da cultura e educação. A ação é coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus - Ibram e, durante toda a semana, que vai de 16 a 22 de maio, equipamentos culturais e instituições museais de todo o País oferecerão atividades especiais para os visitantes. E o Cais do Sertão, no coração do Bairro do Recife, não fica de fora da iniciativa. De 18 a 20 de maio, o museu oferecerá mediação musicada por todo o território expositivo, tour com audiodescrição, aula imersiva acerca do universo do forró, além de visita pela exposição “20por1”, do artista visual pernambucano Bozó Bacamarte. “A Semana Nacional de Museus tem um significado muito poderoso para gestores culturais de todo o País. Ela nos leva a refletir sobre o nosso papel, enquanto instituição de preservação cultural, e nos inspira a realizar cada vez mais ações voltadas à inclusão, inovação e à preservação sociocultural. O Cais do Sertão já oferece atividades que acolhem todo o público e nosso objetivo é reforçar ainda mais isso”, salienta a secretária de Turismo e Lazer, Milu Megale. Na quarta-feira, 18, dia em que o Cais oferece entrada gratuita, acontece a primeira atividade dentro da programação da Semana Nacional dos Museus. A partir das 14h, os músico-educadores Arthur Fernandes e Diôgo do Monte convidam o público a imergir no universo do sertão através da música, por meio de mediação musicada por todo o território expositivo do equipamento. Na quinta-feira, 19, no mesmo horário, haverá tour com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. A visita-guiada segue pela fachada do museu, seguindo para a Praça do Juazeiro e a Vitrine Jóias da Coroa. A mediação também oferece experimentação tátil do mapa da bacia do Rio São Francisco e do busto de Luiz Gonzaga. O último dia de programação será dedicado à atividade musical na Sala Imbalança, situada no primeiro andar. O espaço abrigará um encontro especial, com o tema Decifrando o Forró. A aula oferece total imersão no universo do forró, através de vivência prática e teórica sobre as variações e vertentes do gênero. A intervenção será comandada por Diogo do Monte. Durante todos os dias da programação da Semana dos Museus, o visitante poderá, ainda, conferir as 27 obras que compõem o acervo da exposição "20por1", de Bozó Bacamarte. O acervo remonta o encontro da xilogravura com a arte urbana contemporânea; encontro do tradicional com o moderno. A mostra segue em cartaz na Sala Moxotó, no módulo 2 do Cais. As visitas podem ser feitas das 10h às 16h, de terça a sexta-feira, e das 11h às 17h, nos fins de semana. “Ter esse leque de atividades no museu reforça a preocupação do Governo do Estado em proporcionar ao visitante a melhor experiência com a cultura nordestina. Queremos levar ao público sentimentos como identificação, resiliência e a esperança pela cultura nordestina”, comenta a gestora do Cais, Maria Rosa Maia. O Centro Cultural Cais do Sertão é gerido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur, e funciona sempre de terça a sexta-feira, das 10 às 16h, e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Mais informações no perfil @caisdosertao.

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Museu da Parteira ocupa a Oficina Brennand em ação aberta ao público

O museu experimental que conta a história do partejar tradicional estará em Brennand no domingo (15/05), com roda de conversa, exibição de filmes e outras ações O Museu da Parteira marca presença na ação Ocupa Oficina, no domingo, dia 15 de maio, a partir das 14h, na Oficina Brennand, localizada no bairro da Várzea, no Recife. “A Oficina Brennand tem trabalhado com três eixos norteadores - territórios, naturezas e cosmologias. O Ocupa Oficina é uma ação no eixo das territorialidades, que visa a abertura do espaço do museu para projetos diversos. No mês de maio, comemoramos tanto o Dia Internacional da parteira (05/05) como o do Museu (18/05), daí a pertinência da ocupação pelo Museu da Parteira”, afirma Júlia Morim, antropóloga e integrante da equipe do Museu da Parteira. No encontro, que conta com a presença de parteiras de Recife, Jaboatão dos Guararapes, e Caruaru e do povo Pankararu, será exibida a série de curtas documentário “Saber de Parteira”, com seis episódios: Ser parteira, Beleza do ofício, Dom e aprendizado, Parteiras e plantas, Transmissão e continuidade e Relação com a comunidade. Também será veiculado o curta Zefinha Parteira, com direção e roteiro de Bruna Leite, Cecília da Fonte e Júlia Machado. Além disso, no evento, será realizada uma roda de conversa e uma homenagem à Dona Zefinha, parteira de Caruaru, que foi reconhecida como Patrimônio Vivo do município em dezembro de 2021 e faleceu em fevereiro de 2022. A ação é aberta ao público, com inscrições gratuitas através do Instagram da Oficina Cerâmica Francisco Brennand (https://instagram.com/oficinabrennand?igshid=YmMyMTA2M2Y=). Também no mês de maio, o Museu da Parteira lançou seu site oficial. O lançamento foi realizado no Dia Internacional das Parteiras, comemorado em 05 de maio, com o propósito de homenagear as mulheres parteiras, cujo o papel milenar é fundamental para concretizar o ato de nascer. O site oficial do Museu da Parteira pode ser acesso através do link https://museudaparteira.org.br/. Espaço virtual O site do Museu da Parteira, desenvolvido com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), é um espaço virtual, tal qual um centro de referência sobre o partejar tradicional, no qual é possível conhecer as ações realizadas pelo museu, bem como acessar a produção escrita e audiovisual sobre esse universo por meio da seção denominada biblioteca. Uma galeria de imagens nos mostra visualmente quem são essas mulheres, suas casas, suas comunidades, e a aba Troca de Saberes, é voltada para parteiras e aqueles que atuem junto a elas compartilhem suas experiências e pontos de vista. “Além da publicização de dados, informações e memória sobre o partejar tradicional, o site é um espaço de articulação, um modo de chegar a mais pessoas cuja atividade/trabalho/vida una as temáticas do patrimônio e do universo das parteiras tradicionais. Será, ainda, um instrumento de coleta de informações, documentação, dados sobre a temática, uma vez que abriremos espaço para que os internautas enviem material para publicação. Dessa forma, o site busca organizar em um único espaço virtual documentos, publicações, vídeos, enfim, difundir informações e promover a salvaguarda do ofício de parteira tradicional”, diz Júlia Morim, que está coordenando a implementação do site. Museu da Parteira O Museu da Parteira, caracterizado como experimental, planeja e realiza um conjunto de ações continuadas de salvaguarda, promoção e valorização dos Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais. Coordenado pelas Associações de Parteiras Tradicionais de Jaboatão dos Guararapes e de Caruaru, Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Grupo Curumim, o museu vem desenvolvendo ações em diversas esferas, através de exposições, publicações de livros, produção de filmes, realização de encontros e debates. “O museu nasceu do desejo de parteiras pernambucanas narrarem suas histórias por si próprias. Por meio de ações e atividades, ele existe sem muros, de forma itinerante, em um lugar de reflexão e articulação de novas ideias e parcerias”, comenta Júlia Morim. “O projeto cresce como um centro de referência sobre o partejar tradicional. O Museu da Parteira ecoa uma série de ações que vêm construindo e propagando narrativas imagéticas, expográficas, documentais e biográficas acerca desse universo das parteiras, ofício que está em processo de ser reconhecido como Patrimônio do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)”, ressalta. Por sua atuação, em 2018, o museu ganhou o Prêmio Ayrton de Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, na categoria Acervo Documental e Memória. A premiação é uma promoção da Secretaria de Cultura de Pernambuco e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “Nosso grande foco é entender essas mulheres como detentoras de saberes tradicionais do partejado, que são passados de geração em geração”, explica a antropóloga. Pelas mãos de Dona Prazeres Aos 80 anos, reconhecida como Patrimônio Vivo de Pernambuco, Maria dos Prazeres de Souza, apelidada carinhosamente como Dona Prazeres, é uma das criadoras e parceiras do Museu da Parteira. Já perdeu as contas de quantas crianças ajudou a nascer. Define o papel da parteira na comunidade como: “Uma liderança. Uma conselheira. Ela é advogada, também é assistente social, ela está em todas. É por isso que eu achei por bem dizer o que ela faz só em uma palavra: simbiose”. Dona Prazeres é mãe, avó e bisavó. Também é filha e neta de parteiras. A senhora articula e reúne parteiras na Associação de Parteiras Tradicionais e Hospitalares de Jaboatão dos Guararapes, da qual é presidente. Carrega outro título na sua história, o Diploma Mulher-Cidadã Berta Lutz, ofertado pelo Senado Federal. “O primeiro parto que eu atendi sozinha, foi quando vieram chamar minha mãe para ajudar no nascimento de uma criança, mas ela não estava em casa. Então, fui no lugar dela. Cheguei lá, fiz tudo direitinho, do jeito que eu via minha mãe falar e fazer. Eu era muito curiosa. Depois disso, eu apenas continuei”, lembra Dona Prazeres. A parteira se interessou em saber como era o serviço na maternidade, foi quando começou a fazer o curso de Enfermagem Obstetrícia, na Faculdade de Medicina, concluindo em 1971. “Foi uma complementação. Uma adaptação. Vi que uma

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