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Garanhuns Jazz volta às origens e anuncia a programação 2023

Artistas nacionais e internacionais fazem parte da programação do festival de música alternativo ao carnaval pernambucano     Consolidado como um dos principais eventos culturais alternativos ao carnaval tradicional de Pernambuco, o Garanhuns Jazz Festival volta à cidade do agreste do estado após um hiato de oito anos afastado da cidade onde foi criado em 2008 - estava sendo realizado em Gravatá até  2020   quando veio a pandemia. A programação musical contempla artistas nacionais e internacionais do jazz, blues, instrumental, erudito e cultura popular e traz nomes como Derico Sciotti (SP), Quinteto Violado (PE), Liv Moraes (PE), Uptown Blues Band (PE), Lorenzo Thompson (EUA), Tamara Peterson (EUA) e Baby do Brasil (RJ), Jefferson Gonçalves (RJ), Adriano Grineberg (SP) e Bruno Marques (MG), entre muitos outros.  A divulgação do evento, que acontece durante o carnaval, entre os dias 18 a 21 de fevereiro, na Praça Mestre Dominguinhos,  foi realizada hoje por meio de coletiva de imprensa, no Garanhuns Palace Hotel. O lançamento contou com a presença do prefeito Sivaldo Albino; além da secretária municipal de Cultura, Sandra Albino; do secretário municipal de Turismo, Givaldo Calado; do presidente da Câmara de Vereadores, Luizinho Roldão e dos idealizadores e produtores  do Jazz Festival, Giovanni Papaléo e Jackson Rocha. Segundo Giovanni Papaleo, produtor e idealizador do festival, "o Garanhuns Jazz Festival é uma celebração da música e da cultura e estamos ansiosos para celebrar juntos após um ano difícil". O prefeito da cidade, Sivaldo Albino, também se mostrou empolgado com o retorno do festival, afirmando que “mais uma vez, Garanhuns será incluída na rota do turismo durante o período de carnaval, gerando emprego, renda e aquecendo a economia da cidade. Vamos seguir firmes no caminho de tornar Garanhuns a Terra dos Grandes Festivais”. Além de ser um poderoso instrumento de impulsionamento turístico, projetando a cidade em nível nacional e internacional, o festival, com programação inteiramente gratuita, oferece todo conforto de uma estrutura com tenda coberta, mesas com cadeira e praça de alimentação. Em sua última edição em 2015, o festival obteve resultados como: 93% de satisfação dos participantes, com avaliações de ótimo ou bom; 25 mil pessoas estimadas pela Polícia Militar; 0% de ocorrências policiais graves registradas; 98% de participantes que disseram que voltariam ao festival; e 95% de ocupação dos hotéis durante o evento.  De acordo com a secretária de cultura, Sandra Albino, “No Jazz Festival vamos contar com uma programação musical diversificada, que tem a curadoria de Giovanni Papaleo, mas onde também estão incluídos artistas de Garanhuns e região, todos selecionados por meio de convocatória. A estrutura também foi pensada para levar conforto e a melhor experiência possível ao público. Por isso deixo o convite, para todos de Pernambuco e outros estados do Nordeste, para que venham prestigiar o Jazz e demais eventos do Ciclo Carnavalesco de Garanhuns”.  Mais informações:  @garanhunsjazzfestival            Confira a programação completa do Garanhuns Jazz Festival 2023.  Sábado 18/02  20h Arthur Philipe (PE)  21h Celso Pixinga (SP), Derico Sciotti (SP) e banda de Garanhuns 22h Bruno Marques (MG) e Lorenzo Thompson (USA)  Domingo 19/02  20h Derico Sciotti (SP) e banda de Garanhuns  21h Quinteto Violado (PE)  22hUptown Band (PE)  23h Guitar Night com Joanatan RichardTrio (PE), Igor Prado (SP), Luiz Carlini (SP), Bruno Marques (MG), Rodrigo Morcego (PE) e artistas de Garanhuns. Segunda 20/02  20h Vintage Pepper (PE)  21h Igor Prado (SP) e Tamara Peterson (USA)   22h Tributo a Rita Lee com Luiz Carlini (SP), Graça Cunha (SP), Catarina Rosa (PE) e cantoras de Garanhuns  Terça 21/02  20h Nanda Moura (RJ/CE) e Adriano Grineberg (SP) 21h Tributo a Dominguinhos Com Liv Moraes (PE), João Neto (PE), Pablo Moreno (PE), Jefferson Gonçalves (RJ), Uptown Band (PE) e artistas de Garanhuns  22h Baby do Brasil (RJ)

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Martins Foto Ashlley Melo

Martins apresenta sucessos no Teatro do Parque no sábado (28)

Apresentação intimista com o cantor e compositor acontece no Teatro do Parque às 19h (Foto Ashlley Melo) Considerado um dos compositores de destaque da música contemporânea de Pernambuco, o cantor Martins sobe ao Teatro do Parque neste sábado (28/01), às 19h, em única apresentação pelo 29º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE), trazendo sucessos de sua carreira artística e também alguns covers. Em clima intimista e acústico, apenas em voz e violão, o cantor passeia por um repertório que remonta sua trajetória, interpretando músicas do seu primeiro disco "Martins" (2019), e outros lançamentos posteriores, como o canção "Passa", composição de Igor de Carvalho que Martins lançou como single em dezembro passado. O talento de Martins na composição tem rendido regravações por artistas de renome nos últimos anos. Canções autorais como "Estranha Toada", gravada por Ney Matogrosso; "A gente se aproveita", que também ecoou na voz de Simone; e "Me dê" e "Deixa Rolar", que ganharam versões com Daniela Mercury, devem fazer parte do repertório. Com mais de 100 mil seguidores no Instagram, Martins também é sucesso nas redes sociais, apresentando tanto suas autorais quanto releituras de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Alguns covers, pensados especialmente para a apresentação, também chegam ao palco, propondo um encontro entre a poesia própria do artista e seu diálogo com outras composições. O show tem direção geral de André Brasileiro e conta com coordenação de produção de Tadeu Gondim, da Atos Produções Artísticas. Martins iniciou trajetória envolvido no universo da poesia e da cultura popular, tendo como instrumento a rabeca, quando tocou na banda Sagarana. Ganhando notoriedade, passou a integrar as bandas Marsa e Forró na Caixa, até chegar a seu projeto solo, que despontou em 2019. Atualmente, o artista também circula com o show "Almério & Martins", em parceria com o cantor Almério, cujo registro ao vivo virou disco em 2022. SERVIÇO: Show “Martins no Parque” no 29º JGE Sábado, 28 de janeiro de 2023, às 19h Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista) Ingressos: R$ 60 inteira / R$ 30 meia. Venda antecipada pelo link: Mais informações: https://www.instagram.com/martins/ 

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Luna Vitrolira Foto Estudio Orra

Luna Vitrolira estreia show no Recife no sábado (28/01)

"Aquenda - o amor às vezes é isso" será apresentado pela primeira vez na cidade, com participação especial de Amaro Freitas A cantora e poeta pernambucana Luna Vitrolira está de volta aos palcos do Recife. A multiartista apresenta o show "Aquenda - o amor às vezes é isso" pela primeira vez na capital pernambucana no sábado (28/01), às 19h, no Teatro de Santa Isabel, dentro da programação do 29º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE). Interligando música, poesia e performance, o show pauta temáticas que perpassam o afeto, o feminino e a ancestralidade afro-brasileira. Em cena, Luna entoa uma narrativa de multilinguagens que reflete sobre o amor romântico ocidental, a relação histórica da mulher na sociedade e o sagrado ancestral, tratando de violências como abuso, estupro e feminicídio para propor cura, liberdade e autopertencimento. "Precisamos falar de um outro Amor, que não é esse produto que está no mercado, que não é essa realidade de mentira que nos mata. Podemos construir coletivamente outra versão para o Amor”, explica Vitrolira, que receberá no palco a participação especial de Amaro Freitas, diretor musical e produtor do show, promovendo um encontro musical entre o Jazz e a música popular.  O show estreou com duas sessões em setembro de 2022, no Itaú Cultural, em São Paulo, e chega com ineditismo ao Recife. A apresentação é fruto de um processo artístico iniciado em 2018, com o lançamento do livro "Aquenda - o amor às vezes é isso", finalista do prêmio Jabuti em 2019, que se desdobra em disco e filme homônimos, em 2021, e agora, também em show. Em clima de lançamento, Luna reúne canções do disco e intervenções poéticas, abraçando ritmos como Jazz, Swingueira, Brega-Funk, Maracatu e Coco em meio a uma sonoridade pop contemporânea.  No palco, a artista é acompanhada pelos músicos Diego Drão (teclados); Miguel Mendes (baixo, programações e synth); Beto Xambá e Johann Brehmer (percussões); e pelas dançarinas Anne Costa e Briê Silva, que completam a experiência visual do espetáculo ao trazer a dança como um forte elemento de expressão. O show tem direção artística de Vitoria Vatroi, produção executiva de Fabrício Amaral e coordenação geral de Vick Vitória.  O DISCO - Luna Vitrolira estreou na música em 2021, com o disco "Aquenda - o amor às vezes é isso", lançado pela DeckDisc, derivado do livro homônimo lançado em 2018. O álbum é composto por 10 faixas autorais que trazem diversidade sonora baseada na estética e rítmica dos poemas da artista, com temáticas que suscitam mistério e reflexão e batidas que convidam para dançar. Com direção de Amaro Freitas, a obra musical - que pode ser conferida nas principais plataformas de streaming - conta com participações especiais das poetas Roberta Estrela D’Alva, Mel Duarte, Cristal, Tatiana Nascimento, Bell Puã e Bione; da cantora Xênia França e do poeta e cantor José Paes de Lira. O FILME - Levando sua poética também ao audiovisual, Luna Vitrolira lançou o filme “Aquenda - o amor às vezes é isso” em 2021, potencializando a mensagem artística já lançada em livro e disco. Com direção de Vitoria Vatroi e Aida Polimeni, o curta tem 18 minutos e conta uma história que se passa em um engenho da região canavieira de Pernambuco. Luna veste uma personagem que faz um mergulho interno no seu eu, buscando identidade e memória. A trama, embalada por 7 faixas do disco, além de uma canção inédita, pode ser assistida gratuitamente no YouTube. A ARTISTA - Multiartista pernambucana, Luna Vitrolira tem 30 anos e é cantora, escritora, poeta, atriz, performer, MC e apresentadora. É também Mestra em Teoria da Literatura, pesquisadora da poética das vozes e da poesia de improviso do Sertão do Pajeú/PE. Iniciou sua trajetória aos 15 anos como declamadora de poemas no universo da literatura oral e de Cordel. Ao completar 10 anos de carreira, publicou seu primeiro livro de poemas, “Aquenda -  o amor às vezes é isso”, finalista do prêmio Jabuti 2019, que tem recebido destaque da crítica nacional. Integra a exposição “Falares”, do Museu da Língua Portuguesa, ao lado de Lia de Itamaracá e Miró da Muribeca. SERVIÇO: Estreia do show "Aquenda - o amor às vezes é isso", de Luna Vitrolira, no Recife/PE Sábado, 28 de janeiro de 2022, às 19h Teatro de Santa Isabel (Praça da República, 233 - Santo Antônio, Recife/PE) Ingressos: R$ 60 inteira / R$ 30 meia Venda antecipada pelo link:  Classificação Livre

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Orquestra Zeze Correa Upatininga Carnaval2023

‘Frevo Rural’ é o mais novo ritmo do Carnaval de Pernambuco

A iniciativa é fruto de uma pesquisa fonográfica realizada há mais de dez anos, que une o frevo de rua do Recife aos sons, danças, cores e poesias da cultura popular da Zona da Mata Norte, sendo o responsável pela ideia a Escola e Orquestra de Frevo Zezé Corrêa, que é ligada à Sociedade Musical 15 de Novembro. Trabalho é assinado pela produtora musical Canavial Arte e Cultura (Foto: Ederlan Fábio) Após 100 anos do surgimento do frevo de rua, do frevo de bloco e do frevo-canção, o carnaval de Pernambuco, agora, terá o ‘Frevo Rural - ritmo que vem dos canaviais’. O mais novo gênero musical, editado para o formato EP e espetáculo de rua,  é inspirado nas manifestações da cultura popular da região da zona canavieira. O projeto mescla os sons, poesia, danças e sinergia musical do maracatu rural, ciranda e,  principalmente, o bloco rural.  A nova produção fonográfica e montagem é uma iniciativa da Escola e Orquestra de Frevo Zezé Corrêa, que é ligada à Sociedade Musical 15 de Novembro, que há mais de 135 anos, atua no Distrito de Upatininga, Zona Rural da cidade de Aliança, na Zona da Mata Norte do Estado, como Ponto de Cultura e espaço centenário de preservação salvaguarda e memória da cultura pernambucana. Diferentemente do frevo que surgiu, ainda no século passado, nas ruas do Recife e das ladeiras de Olinda, o ‘Frevo Rural’, bebe na fonte das origens das brincadeiras populares que surgiram nos antigos terreiros dos engenhos de cana de açúcar na época da folia de momo, a exemplo da tradição do bloco rural, também chamados de caravanas - que desfilava em meio aos canaviais apenas com a presença feminina. Para além dessa gênese cultural, o ‘Frevo Rural’ também tem em seu DNA a presença da sonoridade e performance do maracatu rural - Patrimônio Imaterial do Brasil. O “Frevo Rural” trata-se de uma produção musical, inédita, de mais de dez anos, na qual reúne, inicialmente, duas músicas, que antes de embalar a folia do carnaval, vai estrear, este mês, na internet. São elas: ‘Plantis da Vida', que fala da vida de mulheres e homens dentro do contexto social do açúcar. A letra aborda, ainda, o tema de propriedade privada, que remete as grandes plantações estabelecidas às custas da escravidão, da exploração do trabalho oriundos da economia da monocultura. Já a segunda música é o ‘Belo Carnaval” inspirada em um marinheiro, um capitão de navio, que após navegar desolado em meio ao mar, chega em um porto e faz um lindo carnaval, transformando aquele ambiente em uma atmosfera de alegria e festa. As duas músicas são composições do músico e percussionista, João Paulo Rosa, natural de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte.  Trabalho é assinado pela produtora musical Canavial Arte e Cultura. A Orquestra Zezé Corrêa é constituída por  2 cantores, 5 passistas e 14 músicos, sendo o regente o maestro José Messias. A maioria dos integrantes são adolescentes e jovens, negros, filhos de agricultores, cortadores da cana de açúçar da localidade e da regiao, que convivém em meio a tradição da musica raiz da zona canaveira. Para além dos instrumentos de metais e percussão, o ‘Frevo Rural’ é executado por uma orquestra composta por trompetes, trombones, sax, bateria, baixo, apito, guitarras, caixa, surdo e ganzá. Sendo o diferencial, para atingir a sonoridade rural, o bombinho, que se soma a outro importante instrumento, o bacalhau. Juntos, eles provocam um suingue. E para fazer o arremate final, o mineiro, que dá a cadência.  Outro ponto do ‘Frevo Rural’ que diverge em relação aos demais frevos, é sobre dança, que traz forte ligação com as brincadeiras populares da região, que remetem à memória dos passos e evolução do maracatu rural, coco de roda, ciranda, cavalo-marinho, entre outros ritmos.   Para fazer bonito neste carnaval, o grupo também preparou um figurino para lá de colorido. As vestimentas dos músicos, por exemplo, são inspiradas nas cores e nos traços dos grupos de cultura popular da região, tendo predominância em tecido florido, nos tons de azul, verde e amarelo. Uma maneira de representar o sol, o verde do canavial e toda a paisagem da geografia da Zona da Mata.  Já as roupas dos passistas foram elaboradas como forma de representar os brincantes. Nelas, estão desenhadas formas geométricas que valorizam o bordado manual presentes, por exemplo, na gola do maracatu rural e nos estandartes das agremiações carnavalescas. As fitas coloridas, costuradas à mão e que adornam os figurinos, também são uma representação do colorido e da força cultural arco do cavalo-marinho, e da lança dos caboclos. Há, ainda, presença de flores bordadas, como elemento de trazer toda a beleza e tom feminino. Sem dúvidas, um trabalho de artes plásticas para encantar os olhos de quem assiste. “O Frevo Rural é fruto de um trabalho de pesquisa, experimentações e documentações. Temos buscado fazer o resgate musical, sobretudo neste aspecto da música da Zona da Mata. E descobrimos que, aqui, temos um frevo que é desconhecido pela história e, claro, por muitos pesquisadores e amantes do frevo. E, neste carnaval, queremos ressignificar isso apresentando a Pernambuco, Brasil e o mundo um frevo que nasce com a doçura do açúcar e resistência da rapadura ”, afirma o produtor musical, Ederlan Fabio. “Sem dúvida esse nosso trabalho vai fazer história. Nosso desejo é que, após toda essa imersão, possamos propor para a Unesco a inserção do ‘Frevo Rural’ como ritmo Patrimônio Imaterial do Brasil. Fato é que há um longo caminho para isso, mas não nos custa sonhar e, quem sabe, realizá-lo ", finaliza.   O EP ‘Frevo Rural - ritmo que vem dos canaviais’ será lançado nesta semana nas principais plataformas digitais. Ainda dentro da agenda de estreias, a Escola e Orquestra de Frevo Zezé Corrêa, programa várias apresentações nos polos culturais do carnaval espalhados por várias cidades pernambucanas. Toda programação será apresentada, até o fim deste mês, nas redes sociais: Instagram/orquestrazezecorrea, Instagram/escola.zezecorrea e no www.facebook.com/OrquestradeFrevoZezeCorrea

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Choro e frevo em ritmo de aventura

*Por Paulo Caldas O renomado crítico musical José Teles, neste “Choro e frevo duas viagens épicas”, revela sua habitual intimidade no transitar pelo universo da MPB. No balanço das ondas. O périplo musical começa em tom de aventura no nascedouro dos anos de 1950, quando uma caravana com 300 integrantes a bordo do ita Santarém leva o frevo da orquestra do Clube Carnavalesco Mixto Vassourinhas a cumprir uma odisseia para chegar ao Rio de Janeiro via Salvador. A capital baiana se deixa seduzir pela a apresentação dos pernambucanos e a história conta que o evento inspirou a criação do trio elétrico, cuja paternidade coube aos músicos Dodô e Osmar. Na então Capital da República, a presença dos clarins de Momo encanta o Carnaval dos cariocas. Êxito já anunciado com antecedência em largos espaços na imprensa, a ida de Vassourinhas foi o ápice da expectativa dentre os foliões. O acontecimento não foi apenas a exibição de um clube de frevo, “mas o início de uma invasão, em que no final o frevo predominaria sobre o samba e a marchinha”. Na hora do choro o autor abraça o ritmo e narra outra aventura, agora aos solavancos, embora sem atropelos, no chão de buracos e poeira no lombo de um jipe modelo 1951, consumada em outubro de 1959, rumo aos bambas do Rio de Janeiro. O grupo de músicos intérpretes do chorinho em Pernambuco, formado por João Dias e Zé do Carmo acompanhado pelas esposas, a violonista Ceça Dias, dona Melita, autora de detalhado “diário de bordo”, além de Rossini Ferreira e Francisco Soares, o canhoto da Paraíba. Quatro dias depois, chegam ao destino para o esperado abraço em Jacob do Bandolim, no distante bucólico Jacarepaguá para exibições em vários saraus com aplaudidos músicos da época. Tem mais samba. O livro traz uma pesquisa ampla e minuciosa que, de início, flerta com o samba, sinônimo de ritmo, lugar, dança; legado dos filhos d’ África, que mais tarde se tornou parte da cultura nacional. O conteúdo ainda destaca figuras musicais pernambucanas, em especial do frevo e do choro: Rossini, Capiba, Levino, apenas para citar um trio dentre as centenas do conhecimento de José Teles e mais um retrospecto nostálgico sobre clubes terrestres do tríduo momesco nascidos neste soberbo estendal. Organizado por Amaro Filho, com produção executiva de Claudia Lisboa, design e ilustrações de Eduardo Mafra e Vladimir Barros, o livro pode ser adquirido pelo @amarofilho4 ou fone 81-988719261. *Por Paulo Caldas é Escritor

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Murilo Cavalcanti Algomais

Murilo Cavalcanti: Do cara da noite ao cara do Compaz

Novo livro de Murilo Cavalcanti “Minha Causa. Trajetória de Murilo Cavalcanti. Do cara da noite ao cara do Compaz” conta a trajetória do autor: um ex-empresário da noite que transformou uma dor em uma causa. Toda renda do livro será destinada ao projeto Casinhas, que atende crianças carentes do Coque/Joana Bezerra Murilo Cavalcanti era um bem-sucedido empresário da noite. Uma tragédia familiar mudou completamente o rumo da sua história. De homem da noite passou a ser o cara do Compaz. Esta foi a trajetória de quem sofreu a dor de ver uma irmã numa cadeira de rodas, vítima da violência urbana. Murilo não se encheu de ódio. Ao contrário. Levantou a cabeça. Abraçou uma causa, viajou, estudou. Conheceu bons laboratórios de políticas públicas. Medellín foi um deles. O melhor. O mais impactante. Com os aprendizados de Medellín, formulou a concepção e o modelo de gestão da rede Compaz do Recife. Murilo relata neste livro seus aprendizados como empreendedor da noite, o que Medellín lhe ensinou e como ajudou a idealizar a rede Compaz, a política pública mais premiada do Brasil. Para o autor, todo mundo precisa ter uma causa na vida. Sua causa é ajudar as cidades e seus gestores públicos a encontrarem caminhos que reduzam a violência urbana, através de políticas de inclusão social, promoção da cidadania e cultura de paz. É o que se propõe a rede Compaz. RENDA DO LIVRO – Desde 2004, na comunidade do Coque/Joana Bezerra, há uma iniciativa que atende crianças pobres do local. O projeto Casinhas oferece alimentação, atividades lúdicas e de lazer para a primeira infância. A ONG fica muito próximo ao Compaz Dom Hélder Câmara e as crianças atendidas por ela utilizam o Compaz para fazer várias atividades. Ao tomar conhecimento do projeto Casinhas, Murilo Cavalcanti ficou muito tocado e decidiu reverter 100% da renda do livro para ajudar a instituição, que faz um nobre trabalho na comunidade. SERVIÇOLançamento do livro “Minha Causa. Trajetória de Murilo Cavalcanti. Do cara da noite ao cara do Compaz”.Quinta-feira, 26 de janeiro de 2023, das 10h ao meio-dia.Compaz Dom Hélder Câmara. Rua Lourenço de Sá, 140 - Coque.Entidade beneficiada - Projeto CASINHAS: (81) 99632.9146 (Laurinha)PIX, através da chave CNPJ: 11.195.627/0001-61 ou pela conta do Banco do Brasil, agência 2889, c/c: 30994-X

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Entre nobres e súditos

*Por Paulo Caldas Só os amantes das artes, resistentes às mediocridades de sempre, podem se envolver com temas desta natureza. Maria José Primo, neste seu “Recontando para não esquecer” ilumina o palco da cultura universal e abre as cortinas para destacados atores, personagens da história francesa, com o protagonismo reservado para Maria Antonieta, amada e odiada por nobres e súditos, altiva e cativante, austera e: mulher mulher, faz do amor e da coragem as armas diante as adversidades. Seduzidos pelas tramas, autora e leitores, mãos dadas, olhos abertos e ouvidos atentos, seguem pelos recantos dos castelos, ante a exuberância da burguesia, enquanto nas ruas vivenciam os reclamos do povo revoltado. O livro tem projeto visual de Bel Caldas, produção editorial da Gráfica FacForm. Os exemplares podem ser adquiridos diretamente com a autora pelo fone WhatsApp 98207-8283. *Paulo Caldas é escritor

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convento franciscano

A história do primeiro frade negro

*Por Leonardo Dantas Silva Nasceu em 1609, de origem humilde, era conhecido pelo apelido de Pretinho. Com a invasão holandesa, em janeiro de 1630, logo apresentou-se ao comandante Henrique Dias (falecido em 1662), passando a integrar os exércitos nativos que, durante cinco anos fizeram parte as resistência luso-brasileira do Arraial do Bom Jesus. Durante 24 anos serviu à sua Pátria, pelejando ao lado dos guerreiros comandados pelo Governador dos Crioulos, Negros e Mulatos do Brasil, e, após a rendição de 26 de janeiro de 1654, resolveu ingressar na Ordem Franciscana dos Frades Menores no Convento de Nossa Senhora das Neves de Olinda. Não consta a data do seu ingresso no Convento Franciscano de Olinda, mas, segundo Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão (1695- 1769) era a ele atribuída uma vida religiosa, cuidando dos serviços interiores da casa, “de muita abstinência e sumamente caritativo”. Por mais que se dedicasse aos deveres da ordem, o frei Francisco de Santo Antônio, não conseguia sua promoção ao sacerdócio por conta de sua cor, sendo debalde todos os seus pleitos junto os seus superiores. O acidente da cor, como se atribuía na época, era causa impeditiva da conquista do sacramento da ordem sacerdotal. Vendo que todos os seus esforços seriam inúteis em Pernambuco, embarcou para Portugal com o objetivo de levar o seu desejo ao conhecimento do monarca D. Pedro II (1648-1706). Depois de suportar muitas grosserias das figuras da Corte, o Frei Pretinho, como era conhecido, consegue ser recebido pelo rei e, entre lágrimas de júbilo e agradecimento, recebe a ordem real determinando o seu ingresso no Noviciado do Convento Franciscano de Olinda, em 2 de agosto de 1689, quando contava com a idade de 80 anos. Seis anos depois, em data de 1º de agosto de 1695, celebra ele a sua primeira missa, no próprio Convento Franciscano de Olinda, mas vem falecer completando seu dilatado curso de vida gozando da fama de virtuoso e de santidade. Falecera Frei Francisco de Santo Antônio, com a idade de 86 anos, tornando-se, além de herói do Terço dos Henriques, o primeiro afrodescendente admitido como irmão professo no Brasil. Comenta Francisco Augusto Pereira da Costa: “Ele suportou heroicamente toda a oposição que lhe moveram, todos os embaraços que se lhes apresentaram, mas viu coroados os seus intentos, e viu triunfar a causa da igualdade e da fraternidade, e despeito dos prejuízos da época, dessa desigualdade que se procurou manter nas ordens religiosas”

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Cine Teatro Santo Amaro em Taquaritinga do Norte

Inscrições abertas para filmes no 16ª edição do Curta Taquary

Festival de cinema movimenta Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco, com várias atividades culturais, entre 16 e 22 de março. Evento acontece no Cine Teatro Santo Amaro. Foto: Tarciso Augusto/Divulgação Espaço de pluralidade de visões e experiências estéticas, temáticas e de vida a partir do audiovisual, o Curta Taquary recebe inscrições para sua 16ª edição até o dia 26 de janeiro, exclusivamente através do site do projeto (www.curtataquary.com.br). Este ano, o festival acontecerá entre os dias 16 e 22 de março, de forma presencial, em Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco, após ter realizado duas edições online (2020 e 2021) e uma híbrida (2022). Sempre atento à questão ambiental, o Curta Taquary irá, mais uma vez, converter o número de inscrições em mudas de plantas nativas da região, visando o reflorestamento de áreas degradadas. Ao longo de sua história, o Curta Taquary já exibiu trabalhos produzidos em todo o Brasil, além de filmes de diferentes países. Fundado em 2005, o festival se consolida como um dos mais vibrantes do país, dialogando com outras linguagens artísticas, como as artes visuais, a música e o teatro, e movimentando o Agreste de Pernambuco, não só com exibições de filmes, mas também através da realização de atividades formativas.  Em 2022, o festival bateu recorde de inscrições, recebendo 777 trabalhos. Esse número, somado às submissões de 2021 (521), foi convertido em 1.298 mudas plantadas na região, com ações que envolveram estudantes e moradores, com o intuito de reforçar a importância do cuidado com o meio ambiente. A ação será reforçada este ano, com expectativa de um crescimento na quantidade de curtas enviados. Podem participar do festival curtas-metragens de ficção, animação, documentário ou de caráter experimental, com até 30 minutos de duração (incluindo os créditos), criados por realizadores e/ou produtores brasileiros ou radicados no país há mais de dois anos e concluídos a partir de janeiro de 2022. O regulamento completo está disponível no site. O Curta Taquary exibirá filmes em nove mostras competitivas e não há limite de trabalhos submetidos por cada participante, com possibilidade de participação em mais de um recorte temático. As nove categorias competitivas são: Mostra Brasil, com obras de temática livre; Mostra Primeiros Passos, voltada para os primeiros filmes de novos realizadores; Mostra Dália da Serra, com filmes produzidos em atividades pedagógicas, projetos de formação e oficinas; Mostra Universitária, direcionada para produções oriundas de estudantes de graduação; Mostra Diversidade, com obras que abordem questões de sexualidade e de gênero. Completam ainda a programação a Mostra Curtas Fantásticos, com foco no horror, ficção científica e fantasia; Mostra Criancine, para o público infantojuvenil; Mostra Pernambucana, com trabalhos produzidos no Estado; e a Mostra Por Um Mundo Melhor, focada na educação ambiental. Sobre o retorno às exibições presenciais, a expectativa da produção é de reocupação dos equipamentos culturais de Taquaritinga do Norte e de cidades e comunidades do entorno, como Toritama, Gravatá do Ibiapina e Caruaru, com o estreitamento dos laços com a população, aproximando-a da força do audiovisual brasileiro, assim como com o público e realizadores de outras localidades. “Estamos empolgados em poder nos reunir outra vez para assistirmos curtas na tela grande. Esses filmes nos ajudam a entender nossa sociedade, em busca de um bem comum, e como podemos encontrar alternativas para cuidar do nosso planeta. Acreditamos que o audiovisual é uma importante ferramenta de transformação social”, pontua Alexandre Soares, coordenador e idealizador do Curta Taquary. O 16º Curta Taquary conta com incentivo do Funcultura - Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco. SERVIÇO Inscrições para o 16º Curta Taquary De 05 a 26 de janeiro, através do site www.curtataquary.com.brDúvidas e mais informações: curtataquaryaudiovisual@gmail.com

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angu sangue teatro

Janeiro de Grandes Espetáculos de volta aos palcos

O Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas e Música de Pernambuco – chega a sua 29ª edição com uma programação extensa, democrática, diversificada e acessível, que volta ao formato presencial que pode ser conferida no site www.janeirodegrandesespetaculos.com. Será de 10 a 29 de janeiro e os ingressos podem ser adquiridos em www.guicheweb.com.br/29festivaljge. Dezessete equipamentos culturais serão palco da maratona cênica que acontece no Grande Recife, São Benedito do Sul, Caruaru, Garanhuns, Triunfo, Buíque, Arcoverde, Surubim e Petrolina. Olinda estreia na grade com programação no Teatro Fernando Santa Cruz. O evento reúne companhias de diversas regiões de Pernambuco, de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, além de artistas de Portugal. Entre as novidades está a chegada dos Festivais PalhaçAria, que apresenta espetáculos protagonizados por mulheres, revelando o humor feminino, e Pole Dance, em que 30 artistas farão suas performances em barras estáticas e giratórias. A abertura será no teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro), dia 10, com a estreia do espetáculo Cúmplices - Transgressões de um Ricardo III (Recife/Portugal). Coletivos tradicionais da cena teatral pernambucana apresentam suas produções, como a Cia. do Ator Nu e o Angu de Teatro, que realiza a Maratona Angu: apresentação de três espetáculos aclamados – Ossos, Ópera e Angu de Sangue. Entre as produções de outras localidades destacam-se: Você não é Todo Mundo, de Ricardo Villardo e Marcos Nauer (do Rio de Janeiro); E, Antes de Tudo, Seria o Fim, da Companhia de Eventos Lionarte (de Limoeiro); O Gaioleiro, da Cia Experimental de Teatro (de Vitória de Santo Antão). Nas apresentações de dança há também a participação de outras cidades e Estados, como Coletivo Trippé, de Petrolina; Geda Cia de Dança Contemporânea, do Rio Grande do Sul, e Carolina Moya com o espetáculo Eu Não Sou Daqui, de Piracicaba (SP). A música marca presença com apresentações de Mundo Livre S/A, comemorando os 30 anos do Manguebeat; Almério, com o show Tudo é Amor; Silvério Pessoa, com Sangue de Amor; Martins com seu No Parque, Beto Hortis, que estreia seu projeto instrumental, e Vertin Moura, multiartista que encerra, no JGE 2023, a turnê estadual do seu segundo disco, Pássaro Só. As artes circenses terão grandes representantes como o mágico Rapha Santa Cruz que traz Abracasabra, combinando humor e interatividade. Já a companhia recifense Dois em Cena chega com Enquanto Godot Não Vem e a Cia. Devir, também do Recife, vai apresentar Experimento VI: Isso (Não) é um Número de Circo!?, espetáculo que tem como base referências autobiográficas dos artistas no palco. O festival tem colocado entre suas prioridades o compromisso com o respeito e apoio à comunidade LGBTQIA+, garantindo maior diversidade em sua programação. Entre os destaques desta edição, estão: Eternamente Bibi, da Cara Dupla Coletivo Teatro (Paraíba), O Boteco da Dona, da Amotrans-PE (Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco) e Ópera, do Coletivo Angu de Teatro.

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