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"Natureza e Arte: anotações de um pintor" reúne ensaios do fazer artístico de Eduardo Araújo

Percorrendo o espírito do tempo da arte ao longo de cinco décadas, livro compila cadernos de memórias do artista visual, de 1973 a 2017 Na página 230, das mais de 400 páginas que dão corpo a "Natureza e Arte: Anotações de um Pintor", Eduardo Corrêa de Araújo destaca as aspas do crítico londrino John Ruskin: "É um grande infortúnio ter um diário, mas também um delicioso deleite tê-lo tido". Era 2001 quando o artista visual registrou a frase em um dos seus cadernos de memórias, muito longe, intencional e cronologicamente, de pensar em lançar o livro que reúne suas reflexões feitas no papel entre 1973 e 2017. Um deleite, pois, para os leitores, que agora podem ter acesso a esses quase 45 anos de observações sobre o universo artístico ao longo das últimas cinco décadas. Quase como uma conversa com o leitor, “Natureza e Arte: Anotações de um Pintor” reúne didaticamente esses pensamentos na longa jornada do fazer artístico do, agora, autor - que se define como um pintor que escreve. Engenheiro de formação e professor do curso de Engenharia da UFPE, Araújo se aproximou das artes plásticas em Olinda, frequentando um estrelado grupo de amigos formado por Guita Charifker, Samico, Zé Claudio, José Barbosa, Luciano Pinheiro, José de Barros, Maurício Arraes e Gil Vicente. Foi na Marim dos Caetés que seus caminhos artísticos foram fundamentados até o ano de 1978. Nos primeiros passos de sua “criança artística”, Eduardo desenhava à lápis, e com o amadurecimento de seus traços, posteriormente passou para pintura com aquarela e xilogravuras. “Junto a estes artistas, fundamos o Atelier Coletivo (1989-1992) ”, anota Eduardo. Após o pontapé no universo artístico, ainda dividido entre as duas paixões (arte e ensino), foi se dedicar à carreira acadêmica com uma pesquisa de extensão em Londres, em 1978. A essa altura, o engenheiro já queria sair de cena para entrar no universo do subjetivo. Na Inglaterra, Eduardo vivia uma espécie de puberdade artística, desfrutando de descobertas e de uma maior liberdade na execução de seus movimentos. Todas as novas percepções entusiasmadas acerca das cores, cenários, e rostos tomaram forma nas telas, e registros em cadernos de anotações. No entanto, tudo ainda era muito particular e autodidata. Ganhando cada vez mais robustez e maturidade em seus olhares e obras, pediu demissão por carta da Universidade e decidiu que viveria de arte. De Londres, o artista pernambucano mudou-se para Saturnia, na região italiana da Toscana, em 1980. A partir desta data, o seu crescimento e desenvolvimento pode ser acompanhado por meio de uma escrita mais robusta, repleta de técnicas, citações de incontáveis livros, conceitos já vivenciados e aplicados. Desde então, a vivência artística dele percorria a ‘idade adulta’, com desafios e execução de obras mais complexas. Ao longo do livro, é possível perceber a influência das diversas cidades em que Eduardo morou na sua construção enquanto artista e no tipo de discussão que ele promove com a sua escrita tão confessional. Estão lá as passagens por Saturnia, Sioli, Portile, Olinda, Escada, São Luís, Barra de Guabiraba, Caruaru, Fernando de Noronha, Baía Formosa, Florianópolis, Ostuni, Pau Amarelo e Recife. Outro ótimo fio condutor dessas memórias são as citações de artistas, pensadores, filósofos e críticos que atravessam o livro, sob a máxima de que ao citar o outro, a gente acaba dizendo o que queria.

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7ª Mostra Ambiental do Recife chega ao Arquipélago de Fernando de Noronha

Em formato híbrido (presencial e virtual), a 7ª Mostra Ambiental de Cinema do Recife - MARÉ teve início nesta terça (29) no Arquipélago de Fernando de Noronha e segue de 5 a 10 de dezembro no Recife. A programação gratuita conta com com exibições de filmes, além de oficinas, encontros, debates e intervenção urbana. A programação completa da 7ª edição será divulgada em breve no site www.mare.rec.br.  A etapa Noronha da MARÉ acontece pela segunda vez no arquipélago e integra a programação da 3ª edição do projeto Onda Sustentável, com a proposta de sensibilizar moradores e turistas para a importância da sustentabilidade socioambiental e conservação do meio ambiente da ilha. As atividades do projeto acontecem entre terça (29) e sexta (2). A ação é promovida pela Administração da Ilha e conta parceria com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Usina de Tratamento de Resíduos Sólidos e Projeto Tamar. Com três eixos estruturadores: Cidades e Conflitos, Ecossistemas e Biodiversidade, Povos e Territórios, voltados para acontecimentos urgentes, entre eles, a COP27 e as mudanças climáticas, a 7ª edição da MARÉ acontece em momento político de mudanças. “Esta edição da mostra chega em um momento ímpar na sociedade brasileira, onde a gente consegue pensar em uma perspectiva de um novo paradigma social. Há muitos anos vivemos uma estafa planetária, em que o planeta não consegue absorver tudo que a humanidade gasta durante o ano. A edição foi pensada de como a nova geração e a população em geral atual pode pensar a sua relação com o meio ambiente a partir da experiência da pandemia, sendo possível a ressignificação de valores, de enxergar o mundo e um meio ambiente sustentável, economicamente correto e que todos possam ter as mesmas oportunidades”.   explica Rafael Buda, Coordenador geral da mostra. Oficinas – Habitantes e turistas da ilha de Fernando de Noronha terão a oportunidade de participar da Oficina de Cinema de animação entre os dias 29 de novembro a 2 de dezembro no Auditório Projeto Tamar. Ministrada por Rafael Buda e Tiago Delácio, representantes do Museu de Animação Lula Gonzaga - MUCA, a oficina contará com a técnica de rotoscopia, técnica de animação que consiste em criar sequências animadas desenhando as imagens de um vídeo real, quadro a quadro. Sessões - Duas sessões de curtas metragens compõem a programação da etapa Noronha da MARÉ na quarta (30) e na quinta (1º), às 20h30, no auditório da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Ensino Médio Arquipélago Fernando de Noronha -  EREFM. Além das exibições de filmes, as sessões contam com debates.  Cuidados sanitários - Com a nova onda da Covid 19, a 7ª edição da MARÉ seguirá todos os protocolos sanitários no combate e prevenção em todas as atividades presenciais.Será obrigatório o uso de máscaras e o distanciamento social. A mostra disponibilizará álcool (gel/líquido) e máscaras descartáveis para substituição.  A MARÉ é uma realização da Bonsucesso Comunicação e Cultura, produção A saga Audiovisual e Cidadania, com incentivo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, CPRH - Agência Estadual de Meio Ambiente, Secretaria Estadual de Cultura, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - FUNDARPE, Administração de Fernando de Noronha, patrocínio do Greenpeace, Reeecicle e Prolata, conta com apoio da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e do Instituto Caminhos da Sustentabilidade - ICS. Confira a programação da MARÉ - Etapa Noronha: 29/11 a 02/12 | 9h às 12h Oficina de Cinema de Animação, com rotoscopia Local: Auditório Projeto Tamar 30/11 e 01/12 | 20h30 Exibições de curtas metragens  Local: EREFM Arquipélago Fernando de Noronha 03/12 | a partir das 19h Projeções ambientais SERVIÇO:  7ª Mostra Ambiental de Cinema do Recife - MARÉ Etapa Noronha - 29 de novembro a 2 de dezembro Locais: Auditório Projeto Tamar, EREFM Arquipélago Fernando de Noronha Gratuito

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Jovens da zona da mata recebem capacitação para atuarem no mercado de cinema de animação

Iniciativa contemplou 40 inscritos, em sua maioria negros, moradores de áreas periferias e rurais de cidades da região Um projeto cultural, dedicado à capacitação e formação, gratuita, de estudantes de escolas públicas e jovens de áreas periférias e rurais,  para o universo do cinema de animação, está transformando a vida de meninas e meninos, negros,da Zona da Mata Norte de Pernambuco. A porta de entrada para esse mundo desconhecido, por boa parte dos participantes, faz parte da “Dulapis Lab” -  iniciativa pioneira, realizada com o incentivo da Fundarpe, Secretaria de Cultura e  Governo do estado de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura.   Só nesta primeira temporada, que aconteceu neste mês,na cidade de Carpina, na Zona da Mata, foram capacitadas 40 pessoas. As oficinas foram distribuídas em encontros diários e aos fins de semanas, totalizando mais de 68 horas-aulas de muitas informações sobre o mercado criativo das ideias e  projetos do cinema de animação. “Avalio que o projeto foi fundamental para nossa região. Pois, a Zona Canavieira, que é rica na cultura popular e na monocultura, também tem se destacado cada vez mais nesse universo do cinema - outra grande riqueza de nossa economia cultural. E, diante desse cenário, queremos aproveitar para preparar nossos jovens, com toda sua criatividade e dinâmica, para inseri-los nesse ambiente”, afirma o coordenador do projeto e especialista em arte Visuais, formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Jefferson Batista. Ele que, em 2009,  ele venceu  o Festival de Cinema de Pernambuco (Cine_PE), com o curta-metragem: “Quando a Chuva Vem” - peça que retrata o dilema do povo nordestino  para sobreviver com a escassez de água.  Ao longo do projeto, os inscritos puderam conhecer, de forma teórica e prática, todos os meios para produzir um filme criativo, dinâmico e com objetivo final, que é transmitir sua mensagem e prender a atenção do público. “ Eu adorei a oficina.  Foi uma experiência muito boa e rica. Aprendi sobre a história do stop motion, a imaginar e construir cenas. Também tive a oportunidade de colocar em prática a técnica do desenho, fundamental para realização da produção. Agora, com todo esse aprendizado na bagagem, espero colocar em prática criando meu  curta metragem ou filme” afirma, entusiasmada, Aimee Morais.  Entre as inúmeras possibilidades que o cinema de animação pode proporcionar ao imaginário dos jovens cineastas, uma delas chamou bastante atenção da participante Karoline Pacheco. “Durante as oficinas aprendi a entender melhor como fazer um roteiro. Antes das aulas eu era muito insegura. Não sabia como colocar minha ideia em prática. Já com esse aprendizado,  vou poder fazer sem medo ou receio,os meus próprios vídeos”, comemora.  Durante a oficina, os participantes foram desafiados a pensar em ideias que pudessem transformar em um projeto de animação, para serem produzidos e exibidos ao final da formação, como forma de comprovar o desempenho e aprendizado obtidos nas aulas. Fruto desta atividade surgiram algumas ideias que saíram do papel e tornaram-se realidade, como o filme “No trilho da Pipa” - animação que traz um roteiro inspirado em uma pipa que é levada pelo vento, saindo do Recife, capital pernambucana, e vai passando pelas cidades que são ligadas pela malha férrea, atualmente desativada, presente na  Zona da Mata, até chegar na  cidade de Timbaúba. Outra produção em destaque foi o filme “Mochilando” que retrata a história de um jovem que vive a viajar pelo mundo em busca de conhecer novas pessoas, histórias e culturas.  Todos os participantes das oficinas receberam certificado de participação. Para saber mais sobre o projeto e acompanhar os filmes basta acessar o Instagram/@dulapis_, ou acessar o canal do Youtube ( https://m.youtube.com/@Dulapisestudio

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Curso sobre patrimônio cultural realiza aulas abertas ao público

O projeto tem o objetivo de debater e incentivar ações que promovam o patrimônio cultural. As inscrições gratuitas estão abertas para aulas no dia 30 de novembro e 1º de dezembro O curso Nossa Comunidade Reconhece e Valoriza o Patrimônio Cultural realiza, nos dias 30 de novembro, e no dia 01 de dezembro, um ciclo gratuito de aulas abertas com certificação para os participantes. As aulas abertas visam promover reflexões, debates e incentivar intervenções que promovam o patrimônio cultural, em sua dimensão material e imaterial, envolvendo as comunidades e valorizando o protagonismo dos agentes culturais locais. Cada evento terá duração de 2 horas e tem como público-alvo estudantes e profissionais das áreas do turismo, educação patrimonial, cultura, história, sociologia, museologia e demais interessados de outras áreas. Os temas serão abordados por especialistas que atuam no campo da Educação Patrimonial e irão compartilhar metodologias e caminhos possíveis para a efetiva participação social no campo do Patrimônio Cultural. No dia 30 de novembro, o cientista social Carlos Luna aborda a temática “Cartografia e iconografias afetivas - educação patrimonial e mobilização comunitária”, focando em metodologias. O encontro vai acontecer de forma online, através do Google Meet, a partir das 19h30. Já no dia 1º de dezembro, a temática será continuada pelos convidados Tank da Várzea - professor de capoeira, militante das causas populares - e Edson Fly, co-fundador do Núcleo de comunicação Caranguejo Ucá. A medição será realizada pelo cientista social Carlos Luna e pela coordenadora pedagógica do curso, Elizama Messias. Este encontro será presencial e acontece a partir das 19h30, na Escola Municipal de Arte João Pernambuco, localizada no bairro da Várzea.  As inscrições podem ser feitas através do link https://forms.gle/KF4HXcYJ1dMZTs7B9  . Segundo Cássio Raniere, coordenador de produção do projeto, as aulas têm o objetivo de incentivar práticas no campo do patrimônio cultural, compartilhando conteúdos e práticas através da formação de agentes comunitários: “Nosso intuito é estimular a produção de instrumentos para o reconhecimento de patrimônios junto as comunidades, através da partilha  de experiências em diálogo com metodologias adotadas pela educação patrimonial. A ideia é dar protagonismo ao patrimônio cultural a partir das margens, da periferia, dando autonomia, através de elementos formadores coletivos, para inserir as comunidades no debate e nos processos decisórios do Patrimônio Cultural” Para mais informações, entrar em contato diretamente com a organização da atividade através do e-mail cursonossacomunidade@gmail.com ou pelo perfil do Instagram: @nossacomunidade2022. Nossa Comunidade Reconhece e Valoriza o Patrimônio Cultural – Incentivado pelo Sistema de Incentivo à Cultura da Cidade do Recife, da Secretaria de Cultura da Prefeitura da Cidade do Recife, o Curso Nossa Comunidade Reconhece e Valoriza o Patrimônio Cultural teve início no começo de novembro, facilitado por Cássio Raniere, Elizama Messias, Gilvanildo Ferreira e Júlia Morim, profissionais atuantes e com ampla experiência no campo do patrimônio. As estratégias didáticas incluem debates, leituras de textos, fichas de atividades, vídeo aulas, rodas de conversas, produções em grupo e individualmente com ênfase na realidade, territórios e vivências dos cursistas, com foco principalmente nos bairros da Várzea e Ilha de Deus. Serviço Aulas abertas - Nossa Comunidade Reconhece e Valoriza o Patrimônio Cultural Aula 2 (Google Meet) - Cartografia e iconografias afetivas - educação patrimonial e mobilização comunitária (metodologia), com Carlos Luna Data: 30/11/2022 Hora: 19h30 Link de inscrição:  https://forms.gle/KF4HXcYJ1dMZTs7B9 Aula 3 (Presencial) - Cartografia e iconografias afetivas - educação patrimonial e mobilização comunitária, com Tank da Várzea e Edson Fly, mediação de Carlos Luna e Elizama Messias Data: 01/12/2022 Hora: 19:30h Local: Escola Municipal de Arte João Pernambuco, sala teoria 05 - Rua Barão de Muribeca, 116, Várzea (Ao lado do restaurante do André), Recife/PE Link de inscrição:  https://forms.gle/KF4HXcYJ1dMZTs7B9 Convidados: Tank da Várzea: professor de capoeira, militante das causas populares, integrante do movimento hip hop e morador de 7 Mocambos. Edson Fly: Co-fundador do Núcleo de comunicação Caranguejo Ucá, ator, jornalista, ativista pela democratização da comunicação e Direitos humanos. Mediação: Carlos Luna -  Bacharel em ciências sociais (UFRPE), Mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (UFRPE), Doutor em geografia (UFPE), Especializando em Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO/Argentina), membro do Grupo de Pesquisa em Inovação, Tecnologia e Território (GRITT/UFPE) e da Rede Nacional de Produtoras Culturais Colaborativas. Elizama Messias: coordenadora pedagógica do curso Nossa Comunidade Reconhece e Valoriza o Patrimônio Cultural, mestra em educação e doutoranda em educação pela UFPE, coordenadora pedagógica da escola Municipal de Arte João Pernambuco, Produtora Cultural, Especialista em Museus, identidades e comunidades, coordenadora executiva do Laberer.

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Museu Murillo La Greca recebe exposição A escuta interior

No sábado, dia 26 de novembro, das 14 às 17h, no Museu Murillo La Greca, ocorrerá a abertura da exposição A escuta interior, da artista Ana Flávia Mendonça, com curadoria de Marcelo Campello. A exposição traz à tona os resultados do primeiro ano de investigação da artista sobre as possibilidades sonoras da cerâmica. Na abertura da exposição haverá a apresentação dos músicos Hugo Medeiros, Lucas Alencar e Marcelo Campello tocando alguns dos instrumentos criados pela artista. Ana Flávia Mendonça (Recife, 1988), artista visual e arte-educadora, entrelaçou os saberes artesanais da modelagem em argila com as técnicas de construção de instrumentos musicais, desenvolvendo uma pesquisa que une arte visual e música. Ocarinas, apitos do vento, garrafas sibilantes, chocalhos, flautas e udus foram estudados pela pesquisadora, que após dominar os mecanismos de produção do som de cada instrumento no barro, pôde experimentar diferentes pastas cerâmicas e esmaltes na construção de pequenas esculturas sonoras. O público também está convidado a participar da oficina Ocarinas e a Música Experimental, que ocorrerá nos dias 06, 07 e 17 de dezembro, no Museu Murillo La Greca (Sala Silvia Decusati), com carga horária de 20h, certificado de participação e inscrições gratuitas através do email: educativommlg@gmail.com . Os participantes irão vivenciar o passo a passo da construção de uma ocarina (instrumento musical de sopro de argila), assim como tocar o instrumento criado através de dinâmicas coletivas de improvisação livre. No dia 17 de dezembro, além do encerramento da oficina, haverá o lançamento do catálogo virtual da exposição, que ficará disponível para download gratuito no site da artista (www.anaflaviamendonca.com.br). Abertura da exposição A escuta interior Local: Museu Murillo La Greca Data: 26 de novembro Horário: 14 às 17h Oficina: Ocarinas e a Música Experimental Local: Museu Murilo La Greca (Sala Silvia Decusati) Facilitadores: Ana Flávia Mendonça e Marcelo Campello Datas e horários: 06 e 07 de dezembro (das 9 às 17h) 17 de dezembro (das 10 às 17h) Inscrições: educativommlg@gmail.com

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A luta incessante de um criador

*Paulo Caldas  Raimundo Carreiro possui a sublime virtude de compartilhar sabedorias. Guiado por Deus, em pensamentos e ações, doa, prestimoso e gentil, cestos de frutos colhidos das incessantes análises e pesquisas do seu cotidiano pelas tortuosas veredas do bem escrever. Fui cúmplice desse oficio na convivência de iluminados dez anos de estudos na sua oficina de criação literária onde, com cinzel e pincéis, damos formas e matizes às letras e às palavras. O despontar de tal magia, atesto, afirmo, confirmo e dou fé, entre selos e carimbos, como se veem nos documentos cartoriais.  A publicação em si é a segunda edição do elogiado "Preparação do Escritor" lançado em 2007, acrescida de apontamentos e reflexões quando o autor revela segredos, sutilezas ocultas nas escritas de Amado, Graciliano e sobre o universo do Movimento Armorial; armadura, escudo e espada para avançar nos campos do aprendizado. "A luta verbal" tem o selo da Editora Iluminuras, projeto gráfico Eder Cardoso, capa Hallina Beltrão. Os exemplares podem ser adquiridos na livraria Atacadão do Estudante Av. Manoel Borba, 292 - Boa Vista, Telefone:(81) 2123-5853. *Paulo Caldas é escritor .

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Pernambuco sedia o maior festival de cultura popular do Nordeste

O Festival Canavial - maior evento de música e cultura popular de tradição da Zona da Mata Norte de Pernambuco, realizado na região Nordeste, chega, em 2022, à sua 16ª edição, recheado de novidades. Este ano, a programação será no formato híbrido, com atrações culturais de Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Moçambique, Estados Unidos e Japão. Outra novidade é que, pela primeira vez, o festival terá suas atividades concentradas na cidade de Itambé, localizada na zona canavieira, entre os estados de Pernambuco e Paraíba. Durante o festival será realizada uma oficina para modelos e desfile de moda afro; seminário internacional; e uma roda de conversa. Iniciativa conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura; Prefeitura de Itambé; Secretaria de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. O festival traz como tema: “Uma celebração de encontros históricos”. Dentro desta ideia, haverá uma série de interações musicais exclusivas, que vão do batuque do maracatu rural ao afoxé. Entre as atrações, Juliano Holanda e Sam Silva; Afonjah e Isaar; Maciel Salu e Lazir Sinval do Jongo da Serrinha; Orquestra Virtual e Charles Theone; Caboclinhos 7 Flexas de Goiana e Preciawá Porãngueté; Terezinha do Acordeon e Luzinete Show; Coco Raízes de Arcoverde e Biu do Coco, entre outros. A programação também reúne shows solos da banda baiana Manospreto, Quinteto Violado, João Paulo Rosa, Nádia Maia, Coco da Liberdade, Orquestra Iorubá, Orquestra Pedra Preta, Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, Maracatu Pavão Misterioso de Upatininga e Maracatu Águia Formosa de Tracunhaém. Entre os municípios pernambucanos representados estão: Itambé, Carpina, Aliança, Goiana, Tracunhaém, Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte), Inajá (Sertão);  Igarassu,Olinda e Recife ( Região Metropolitana).  Há, ainda, participação especial dos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte. São homenageados do evento, o rabequeiro, cantor, compositor, mestre de maracatu-rural e militante das tradições populares,  o mestre Maciel Salu;  a feminista, produtora cultural e ativista social do movimento de mulheres da Zona da Mata, Zita Barbosa;  e Berta Maia.  OFICINA DE MODELOS NEGRES E DESFILE Durante os dias do festival, a empresa pernambucana, Zarina Moda Afro, no Quilombo do Xambá, em Olinda, ministra, na cidade de Itambé, uma oficina, gratuita, para adolescentes e jovens que sonham em investir na carreira de modelo. Ao final da formação, a equipe vai promover um desfile, com acesso do público geral. No encontro, os participantes vão aprender dicas sobre estilos de roupas, cabelos e calçados, como tendência que podem embelezar ainda mais a sua imagem e favorecer a autoestima, de modo a contribuir para inserção no universo das passarelas. As aulas acontecem entre os dias 24 e 25 de novembro, sempre a partir das 10h. A oficina acontecerá no auditório da biblioteca e as inscrições devem ser feitas na Secretaria de Cultura de Itambé. Os participantes receberão certificado. COPA DO MUNDO  Para aproveitar o clima festivo da estreia do Brasil no Jogo da Copa do Mundo, contra a Sérvia, na quinta-feira, dia 24, o Festival Canavial vai instalar, na Praça da Biblioteca, um dos principais cartões-postais, localizados no centro da cidade de Itambé, um telão, com capacidade de 20 metros², no qual o público vai poder acompanhar toda emoção da competição. Logo após o jogo haverá apresentação em clima de muito forró pé de serra, com Terezinha do Acordeon e Luzinete Show. RODA DE CONVERSA No sábado, 26 de novembro, o festival realiza, das 14h às 17h, uma roda de conversa destinada ao público feminino. O encontro, que tem como tema “A produção cultural e as mulheres negras”, terá a participação da cantora, Isaar – Cantora, Compositora e Percussionista (Recife/PE); Lazir Sinval – Cantora e Compositora (Rio de Janeiro/RJ); Erlânia Nascimento – Cineasta (Recife/PE); Lívea Ribeiro – Produtora Cultural (Rio de Janeiro/RJ); Jéssica Zarina – Estilista e Dançarina (Olinda/PE); Raquel Araújo – Dançarina (Recife/PE); Jaqueline Ribeiro – Brincante e Presidenta do Índio Orubá (Goiana/PE) e Isa Trigo – Professora, Atriz e Pesquisadora (Salvador/BA) a coordenação fica a cargo de  Carlita Roberta – Dançarina e Pesquisadora (Recife/PE). A roda de conversa acontecerá no Plenário da Câmara dos Vereadores. FESTIVAL CANAVIAL ONLINE A edição online do Festival Canavial será realizada no sábado, dia 03 de dezembro. Para este dia, está previsto um seminário com participação de debatedores internacionais. A mobilização visa promover um encontro da relação da cultura popular, presentes no Canavial, e o contexto no Japão, EUA e Moçambique. Participam da live a Saquia Rachide do Tufo da Mafalala(Moçambique), Ivan Laranjeiras, Diretor da Associação Iverca e do Museu Mafalala (Moçambique), o produtor cultural e curador do festival, Afonso Oliveira (Brasil), do músico e produtor cultural Pablo Oliveira (EUA) e do músico e divulgador Kepel Kimura (Japão). Para além da roda de bate-papo virtual, o público confere aos shows de Kloro (Maputo/Moçambique), Rhodália Silvestre, Tufo da Mafalala (Maputo/Moçambique), Pablo Oliveira (Washignton/EUA), Kepel Kimura e Pífano Tóquio (Tóquio/Japão). A transmissão será pelo canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCvENZ0s_NKWE0lhFzfnJsrg/videos

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Sexteto GraVIs traz novo fôlego ao canto coral

Grupo de cantores líricos realiza minitemporada em espaços culturais do Recife com quatro apresentações até dezembro, incentivadas pelo SIC, da Prefeitura do Recife. A estreia é dia 18 de novembro, no Conservatório Pernambucano de Música Trilhar um caminho diferente de outros grupos vocais líricos, incentivando o novo na música, é o que mais interessa ao Sexteto GraVIs, conjunto de artistas pernambucanos que faz sua estreia em curta temporada de quatro apresentações gratuitas, entre os meses de novembro e dezembro, em espaços públicos do Recife. A ideia é valorizar o repertório local a cada concerto-aula, através das seis vozes masculinas, que mostram do frevo e maracatu a músicas sacras, sem acompanhamento instrumental (a cappella). A primeira apresentação será no dia 18 de novembro, no Conservatório Pernambucano de Música. No repertório de oito músicas pinçadas do acervo de Henrique Albino, Dierson Torres e Lúcia Helena Cysneiros, além de Capiba e Clóvis Pereira, quatro composições são inéditas. O projeto foi aprovado pelo SIC – Sistema de Incentivo à Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife / Secretaria de Cultura / Prefeitura da Cidade do Recife. Eudes Naziazeno, Guilherme Jacobsen, Isaac Pedro, Marcelo Cabral de Mello, Osvaldo Pacheco e Rodrigo Lins, os integrantes do Sexteto GraVIs uniram seus talentos vocais como tenores e barítonos, naipes das vozes masculinas de um coral, ao lado criativo do diretor musical, maestro, arranjador e ensaiador Henrique Albino, que ajuda na condução das performances, além de ter criado duas das músicas do setlist e assinado seis dos oito arranjos mostrados em cena, com exceção das músicas de Lúcia e Dierson, que trazem arranjos originais dos próprios autores. O formato das apresentações é semelhante ao de um concerto-aula, no qual os integrantes começam com uma introdução didática de 10 a 15 minutos, explicando quais estilos musicais farão parte do show. “A formação não é tão comum, então temos estes dois caminhos: fomentar obras e arrojá-las. É um concerto não-usual. Com o objetivo de formar plateias, fugindo da obviedade, aproximando o público da linguagem, para informar e fazer com que mais pessoas possam apreciar a música vocal”, afirma Eudes Naziazeno, que idealizou o projeto com Albino. Ele destaca também a questão social, pois, além de serem gratuitas, as performances ocorrem para o público em locais como o COMPAZ Miguel Arraes (na Avenida Caxangá). Apesar de estar inserido no universo erudito, o GraVIs traz forte sotaque da cultura nordestina, pernambucana. Depois de se conhecerem no Departamento de Música na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), os artistas se reuniram e gravaram as primeiras músicas antes da pandemia, em 2019. Alguns integrantes já fizeram parte de outros grupos corais, regidos por Flávio Medeiros, a exemplo do Contracantos e Opus 2. “A formação de coral masculino é comum em outras culturas. Aqui é algo mais raro. Temos a influência dos aboios, com predominância maior dos homens cantando”, pontua Guilherme Jacobsen, que assina a coordenação pedagógica do Sexteto. Para ele, a recepção da plateia ao trabalho do GraVIs costuma ser positiva. “Há um sentimento expresso de descoberta. Estamos em busca de dar um acesso gratuito e democrático à cultura”, observa. Serviço: 18/11, 19h, na Semana da Música do Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, Boa Vista) *23/11 - Semana da Música da Escola de Artes João Pernambuco (Várzea) - a confirmar 30/11, 19h, no COMPAZ Miguel Arraes (Av. Caxangá, 653, Madalena) 11/12, 16h – no Paço do Frevo (Praça do Arsenal, Bairro do Recife) Todas as apresentações são gratuitas.

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Recife e Olinda recebem 16ª edição do Festival de Circo do Brasil

Recife e Olinda recebem, entre os dias 15 e 20 de novembro, a 16ª edição do Festival de Circo do Brasil, um dos mais importantes eventos do calendário cultural de Pernambuco. Este ano os espetáculos serão aportados no Teatro Santa Isabel, na Casa Estação da Luz (a Casa de Alceu Valença) e no Poço da Panela. O evento tem incentivo do Sistema de Incentivo à Cultura da Prefeitura do Recife, Funcultura e Governo do Estado de Pernambuco. Com o tema Harmonia, o festival deste ano é um grande encontro de artistas mulheres do circo. Será um espaço para as circenses apresentarem o seu olhar feminino na construção harmônica dos seus trabalhos artísticos após o período de isolamento imposto pela pandemia. Paralelamente à programação cultural, acontecerão a residência das artistas e vivências circenses para profissionais e estudantes do circo, além das tardes férteis, momentos para troca de saberes e experiências nos processos criativos e fortalecimento das pautas femininas. Ao todo serão 15 espetáculos com artistas de várias nacionalidades, como Brasil, Bélgica, França, Suíça, Itália e Argentina. Na programação, ainda tem exposição de arte, exibição de filmes, feirinha do circo e lançamento de livro. Mantendo a tradição de uma formação eclética no elenco, o Festival irá apresentar atrações que vão desde números de palhaçaria, feitos nas ruas, a espetáculos de concepção contemporânea, que combinam técnicas circenses com teatro, dança, poesia, música e humor. “Essa edição é focada no encontro e na residência essencialmente de mulheres circenses que se conectaram durante a pandemia. Iniciou-se, literalmente, num grupo de WhatsApp. Grupos que construíram novos trabalhos e artistas com o desejo de trazer o protagonismo feminino e de temas femininos para as discussões sobre a produção da arte circense”, explica a curadora, Danielle Hoover, da Luni Produções, que está à frente do Festival desde a sua primeira edição. Exposição e Filmes - Coração Costurado é a exposição da multiartista ítalo-brasileira Rose Zambezi, que estará disponível durante todo o período do festival, na Casa Estação da Luz. Parte das obras da apresentação foram previamente idealizadas e outra parte foi elaborada durante período de introspecção pessoal da artista, no isolamento social imposto pela pandemia. Como uma forma de escape e de acolhimento às suas lembranças, Rose transformou memórias em objetos palpáveis em sua forma mais pura: coração. No espaço cultural, de 15 a 20 de novembro, também serão exibidos filmes produzidos pelas artistas Natasha Jascalevich e Marina Bombachini, durante a pandemia, e pela Festival de Circo Contemporâneo (Fecico). No dia 16, acontecerá o lançamento do livro Manual de Trapecio Fijo, da circense argentina Erica Stoppel. A publicação traz orientações para o trapézio fixo, formando um guia de apoio a formação prática profissional. Residência e vivências – O 16º Festival de Circo do Brasil vai promover residência das artistas e vivências para estudantes e profissionais de circo. Autonomia criativa com Lu Lopes, Circo para 60+ com Carol Melo e Contato com Rose Zambezi são três vivências que acontecerão na Casa Estação da Luz, em Olinda. A multidisciplinar Pauline Zoé vai ministrar vivência de roda cyr. Já a especialista em bicicleta acrobática, que já se apresentou em 28 países, Jéssica Arpin, abordará os princípios da movimentação na bicicleta acrobática. As artistas Iara Gueller, Erica Stoppel e Luara Bolandini estão à frente da oficina de corda em giro. Essas três vivências acontecerão na Escola Pernambucana de Circo, na Macaxeira. As outras duas vivências serão aportadas no espaço Casulo, em Casa Amarela, e serão sobre a técnica, dinâmicos e pesquisa da lira, sob comando de Iara Gueller, e comicidade no tecido, com Geisa Helena. Todas as vivências são gratuitas e tem vagas limitadas. PROGRAMAÇÃO 15/11 (TERÇA-FEIRA) CASA ESTAÇÃO DA LUZ Na Casa da Rosa, da Cia das Rosas (SP) + Onde Eu Guardo Um Sonho, de Adelly Costantini (RJ)Abertura da casa: 15h30 Início: A partir das 16h Encerramento: 18h Na Casa da Rosa e Onde Eu Guardo Um Sonho são dois espetáculos infantis, indicados para a primeira infância. O primeiro conta as aventuras da Rosa, uma menina criativa e sonhadora, através das linguagens do teatro de bonecos e os recursos de teatro de sombras à arte circense. O segundo é uma poesia onírica para crianças que traz a reflexão sobre como é virar adulto dentro da imaginação de uma criança. Opá, Uma Misão, de Lívia Falcão (PE)Abertura da casa: 19h Início: 20h Encerramento: 22h Opá, Uma Missão é um monólogo da atriz, diretora e palhaça pernambucana Lívia Falcão. O espetáculo conta a história de Zanoia, uma benzedeira antiga descendente direta da xamã mais velha, de terras distantes, que um dia dia foram de seu povo perdido. É deste lugar místico e onde veio a sua voz e a sua Opá, sua tenda. 16/11 (QUARTA-FEIRA) CASA ESTAÇÃO DA LUZ Altissonante, de Lu Menin (SP)Abertura da casa: 19h Início: 20h Encerramento: 22h Altissonante é um solo da artista Lu Menin que discorre sobre o amor-próprio e a potência feminina em um Aéreotório - espaço de oração barroco. Através das técnicas de parada de mãos, acrodança, aéreos, teatro físico e canto essa figura Altissonante se expressa.É além de toda delicadeza estética, também uma possibilidade crítica de como a sociedade lida com essa mulher completa, dona de si e com total controle do mundo em que vive. Lançamento do livro Manuel de Trapecio Fijo, de Erica Stoppel (ARG) Início: 19h Encerramento: 22h O livro traz orientações para o trapézio fixo, formando um guia de apoio a formação prática profissional. Na edição, são explorados temas como: o conhecimento do corpo e sua localização no espaço, os processos de aprendizagem e transferência e os diferentes recursos para alternar possibilidades. SESC LER SÃO LOURENÇO DA MATA (APRESENTAÇÃO GRATUITA) Kalabazi, de Jéssica Arpin (SUI)Início: 19hEspetáculo interativo de circo, palhaço e poesia que conta a história de uma jovem que organiza um concurso de amor para arranjar um marido. São escolhidos alguns candidatos na plateia que são submetidos a julgamentos e encorajados pela artista com suas acrobacias de bicicleta e sua estranha conversa invertida. 17/11 (QUINTA-FEIRA) CASA ESTAÇÃO DA

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"A cultura impacta o PIB em 2,5% e tem que ser tratada como estratégica em qualquer governo"

Uma das áreas que mais enfrentou revezes na pandemia, a cultura também amarga uma certa invisibilidade dos benefícios econômicos que proporciona e das riquezas que gera. Essa visão, segundo o produtor João Vieira Júnior, sócio da Carnaval Filmes, começa a se modificar. Para demonstrar o tamanho do setor cultural, ele se baseia num estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), que revelou um contingente de 935 mil profissionais criativos empregados formalmente e uma participação de 2,5% no PIB nacional. “O que é muito mais significativo do que a contribuição da indústria farmacêutica ou automobilística”, ressalta. João Vieira Júnior tem trabalhado com vários nomes que deram ao cinema pernambucano e brasileiro um destaque internacional, como Cláudio Assis, Hilton Lacerda e Karim Aïnouz, e participado de produções como Tatuagem, Céu de Suely, Estou me Guardando pra Quando o Carnaval Chegar. Nesta semana foi lançado Paloma, filme que a Carnaval produziu, dirigido pelo diretor Marcelo Gomes (o mesmo de Cinema, Aspirinas e Urubus) e ganhador do Festival do Rio. Nesta conversa com Cláudia Santos, ele analisa o impacto no audiovisual da pandemia e das fake news sobre as leis de incentivo à cultura, e aponta as perspectivas do setor. Quais as dificuldades enfrentadas pelas produtoras do audiovisual no País? Antes de responder, gostaria de colocar algumas coisas interessantes que aconteceram este ano, como esta entrevista para a Algomais, revista que é uma antena dos negócios do nosso Estado. O fato de que eu, um produtor de cinema, esteja conversando hoje com a Algomais, é uma mudança que se operou lentamente. Ou seja, começa a haver a percepção dos gestores, das pessoas que geram riquezas, dos pensadores, dos economistas sobre o impacto econômico do setor cultural, a chamada economia criativa. Talvez, a pandemia tenha contribuído para isso. Existem estudos da ONU (Organização das Nações Unidas) apontando que a participação do setor cultural no PIB mundial chega de ser 7% e isso é uma coisa muito expressiva. No Brasil, enfrentamos a ausência de dados porque não aconteceu o Censo mas a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) revela que, no País, o impacto da cultura sobre o PIB é de 2,5%. O que é muito mais significativo do que a contribuição da indústria farmacêutica ou automobilística, por exemplo. Sem contar que a distribuição dessa riqueza produzida pelo setor cultural é muito mais pulverizada por todos os Estados. Os estudos da Firjan, de 2021, revelaram que 935 mil profissionais criativos estavam formalmente empregados no setor cultural, o que equivale a 70% de toda a mão de obra que atua na indústria metalmecânica brasileira. Nos créditos finais de Bacurau, obra premiada de Kleber Mendonça, há uma frase informando que aquele filme gerou 800 empregos diretos e indiretos. Trata-se de um setor importante que produz riqueza material mas, também, riqueza simbólica que é incalculável porque inclui a nossa língua, o nosso jeito de pensar, o nosso jeito de vestir, de comer, de sonhar, de desejar. É a cultura que dá ao brasileiro a singularidade dele em relação ao resto do mundo. Então, o setor tem que ser tratado de forma estratégica, dentro de qualquer plano de governo, porque a cultura emprega, faz sonhar e é a indústria mais limpa também. Como produtor, sou o responsável pelo financiamento e pela realização de uma obra, tenho de analisar as condições, a partir do tamanho da minha empresa e do conhecimento da minha participação dentro do mercado. Devo analisar se posso empreender o tamanho daquela obra, se ela vai custar R$ 2 milhões, R$ 3 milhões, R$ 5 milhões. Uma obra cinematográfica, mesmo quando é de baixo orçamento, ela é muito cara, mas tem alto índice de empregabilidade: o ator tem que estar vestido e são necessários costureiras, figurinistas, maquiador, material de consumo para produzir essas roupas. Os atores estão dentro de um cenário que pode ser natural mas, também, pode ser uma casa numa zona rural que você alugou de uma pessoa, ou um sítio, material como tintas foram comprados, você trouxe pessoas de diferentes lugares, contratou alimentação, alugou veículos, comprou combustível, consumiu hospedagem para 70 pessoas. O ideal de uma empresa produtora de filmes é que, enquanto está desenvolvendo um projeto, ela possa estar filmando outro ou cuidando do lançamento de um terceiro para que tenha sempre um volume, uma capacidade para operar no mercado. Às vezes, você pode conseguir algum recurso público estadual mas, geralmente, os filmes de longa-metragem captam dinheiro federal, às vezes internacional, por meio das coproduções. Acima de tudo os empreendedores culturais, especialmente os do cinema, são investidores do Estado. Por exemplo, quando faço uma coprodução com um filme, cujo orçamento pode chegar a R$ 5 milhões – e ele não tem nenhum investimento local do Funcultura – posso dizer que essas empresas que estão envolvidas nesse filme, estão naquele momento sendo investidoras porque estão atraindo negócios para o Estado. Como você encara as críticas às leis de incentivo à cultura? Recentemente, fui convidado por um grupo de advogados para conversar com eles sobre a legislação audiovisual brasileira, porque eu me sinto numa missão constante e ininterrupta de desfazer a enxurrada de fake news a que os agentes culturais brasileiros foram submetidos nos últimos anos. Por exemplo, a Lei Rouanet é muito equilibrada, exige prestação de contas rigorosíssima, possibilita o acesso ao patrocínio dos agentes culturais no País inteiro. Um segmento da população criou distorções sobre essa lei e a força da fake news chegou a criminalizar de alguma forma os artistas. E aí, aparece a pandemia, as pessoas ficam presas em casa consumindo os produtos criativos, audiovisuais, fonográficos, o tempo inteiro. Houve uma alta demanda, mas uma produção muito baixa, porque foi o setor mais afetado, já que a cultura é um trabalho muito coletivo, que reúne muitas pessoas, além de ser um dos setores mais penalizados em investimento público dos últimos quatro anos. É um setor que foi criminalizado e perseguido. Qual o impacto da pandemia no setor? Houve um aquecimento com o streaming, com a Netflix,

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