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Pesquisa aponta queda na confiança dos empresários do varejo em Pernambuco

A confiança dos empresários pernambucanos do varejo alcançou seu patamar mais baixo desde maio do ano passado, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, elaborado pela CNC e pela Fecomércio-PE. O índice 100 divide a satisfação e insatisfação, sendo abaixo de 100 pontos indicativo de pessimismo e acima de 100 pontos indicativo de otimismo. Em abril de 2023, o índice alcançou 113,3 pontos. A queda na confiança do empresariado pernambucano vem ocorrendo desde novembro de 2022. A queda no otimismo está relacionadoa às expectativas na economia, que está apresentando alto endividamento e a inadimplência das famílias, fatores que tem impactado o fluxo de caixa das empresas e aumentado o risco de crédito para os credores. Startup pernambucana ioTree é selecionada para um dos maiores eventos de inovação do mundo A startup ioTree, com sede no Porto Digital do Recife-PE, foi selecionada para participar do programa de startups ALPHA do Web Summit Rio, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo. O evento, que ocorre pela primeira vez no Brasil, reunirá os principais profissionais e empresas do setor nos dias 1º e 4 de maio no Rio de Janeiro-RJ. A ioTree, fundada em 2019, oferece uma plataforma de serviços para smart cities, que funciona totalmente com energia solar e contribui para atingir cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU por meio de recursos sustentáveis e funções de impacto social. Com investimento de R$ 5 milhões, KarneKeijo lança plataforma de vendas online especializada em foodservice Na foto, Inácio Miranda, presidente da KarneKeijo. A empresa KarneKeijo e outros grandes atacadistas distribuidores do Brasil acabam de lançar a Onfood, uma plataforma digital especializada em food service que oferece entrega ágil em até 4 horas após a compra para itens de até 40 kg. A plataforma, fruto do investimento de R$ 5 milhões, é focada em atender empresas do setor alimentício, como restaurantes, padarias, mercadinhos, bares e lanchonetes, seguindo o modelo B2B. O site da plataforma é onfood.com.br.

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Ypê inaugura fábrica em Itapissuma, com investimento de R$ 420 milhões

Os canaviais de Itapissuma abriram espaço para o nascimento de uma nova indústria no município. Construída em plena pandemia, a nova fábrica da Ypê foi inaugurada na cidade, fruto de um investimento de R$ 420 milhões. Inicialmente já estão trabalhando 250 profissionais na empresa. Até o final do ano o quadro será de 350 pessoas. A depender da demanda da região, a unidade pode empregar até 800 trabalhadores. A nova fábrica da Ypê produzirá lava-louças, amaciantes, lava-roupas, água sanitária e a esponja de aço Assolan. A unidade, a segunda do grupo no Nordeste, atenderá os mercados de Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Com a consolidação do negócio podem surgir novas linhas de produção. “Essa inauguração faz parte da nossa estratégia de crescimento e é um importante marco na história da companhia, que neste ano completa 73 anos, repleta de conquistas, de muitas responsabilidades e desafios”, conta Waldir Beira Junior, presidente executivo da Ypê. Ele destacou que a escolha por Pernambuco acontece pelo fato do Nordeste é a região com maior potencial de crescimento de consumo no setor e também pela capacidade de distribuição logística a partir do Estado. "O mercado do Nordeste é aquele que apresenta maior potencial de crescimento em relação às demais regiões do Brasil. Hoje, a participação dessa região para nós é por volta de 25% a 30% do mercado de limpeza" Além de vários integrantes da família que dirige a Ypê, o evento contou com a presença de autoridades pernambucanas, como a governadora Raquel Lyra, o prefeito de Itapissuma, Zé de Irmã Teca, além de secretários estaduais e municipais, deputados e vereadores. "O Nordeste brasileiro é sempre visto como um problema para o País, mas na realidade somos parte da solução. Temos vocação logística, gente trabalhadora, capacidade empreendedora e, além disso, um grande mercado consumidor em que as indústrias querem se instalar. O que podemos fazer é transformar o ambiente de negócios mais favorável".

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Após três anos, confiança do empresário industrial de Pernambuco despenca no mês de abril 

(Da Fiepe) As condições atuais e as expectativas com relação ao futuro puxaram o índice para baixo A confiança dos empresários pernambucanos do setor industrial não está nada boa. É o que indica o levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) feito neste mês de abril. Conforme os dados, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresentou queda, recuando 6,9 pontos percentuais e atingindo 49,1 pontos.   Com isso, ele volta ao cenário de desconfiança após quase três anos. A última vez em que o índice ficou abaixo dos 50 pontos foi em junho de 2020, no auge da pandemia e quando o ICEI apontava 42,5 pontos. “O nosso setor está em compasso de espera, aguardando que a economia reaja, a partir do aumento da demanda, da queda dos juros e que a inadimplência das famílias melhore, para que elas possam aquecer o consumo”, explicou o economista da FIEPE, Cézar Andrade.   Analisando os números, observa-se que o Índice de Condições Atuais, que capta a avaliação dos empresários da indústria sobre a situação corrente dos negócios, apresentou queda 2,8 pontos na passagem mensal, atingindo 42,8 pontos. Ou seja, a confiança do empresário industrial está ainda mais abalada em relação às condições atuais da economia.   Em comparação com o mesmo período do ano passado, o índice recuou 8,2 pontos. Naquela época, o índice era de 51 pontos. Com isso, a confiança em relação às condições atuais da economia fica abaixo da média histórica que é de 48,57 pontos.  Já o Índice de Expectativas dos empresários, que, normalmente, é o que eleva a confiança do empresário industrial de Pernambuco, foi a grande surpresa. No mês em questão, despencou 6,5 pontos, passando de 58,8 para 52,3 pontos, ficando ainda mais próximo da linha divisória dos 50 pontos, revelando que o otimismo dos empresários pernambucanos para os próximos seis meses está menos intenso.  CONJUNTURA -Mesmo com a queda no cenário local, o indicador encontra-se acima do resultado nacional, que apresentou queda de 1,1 ponto percentual no mês em questão e atingiu 48,8 pontos, permanecendo no cenário de desconfiança. Porém, em relação ao sentimento das indústrias nordestinas, de modo geral, a confiança anda mais abalada. Para elas, a confiança está um pouco melhor, com um índice de 51 pontos.   Sistema FIEPE - Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além da FIEPE – que realiza a defesa de interesse do setor produtivo – conta ainda com o SESI, o SENAI e o IEL. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. O SENAI-PE, além de formação profissional, atua em metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios. 

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Inteligência Artificial: vantagem ou perigo?

*Por Rafael Dantas A inteligência artificial (IA) parecia um assunto para um futuro muito distante. Tema de filmes ou no máximo do interesse de um segmento muito restrito de profissionais de tecnologia. No entanto, em poucos meses, especialmente após o surgimento do ChatGPT, o mundo entrou em polvorosa com seus potenciais avanços e ameaças. A suspensão do desenvolvimento e a regulação da sua aplicação entraram na pauta política e empresarial. Mas, afinal, quais as promessas da IA para a humanidade e até que ponto devemos nos preocupar com ela? As experiências e aplicações da IA não são uma novidade. Mas a aceleração do desenvolvimento dessas tecnologias e os seus efeitos na sociedade é que estão fascinando e assustando a sociedade e o mercado. Só na versão atual do ChatGPT já surgiram discussões sobre a escrita de artigos científicos pela máquina ou mesmo a polêmica aprovação de provas do robô no Exame de Licenciamento Médico dos Estados Unidos. O uso de IA pela Midjourney para criar uma imagem do Papa Francisco com um casaco fashion criou um alerta também para o impacto dessa tecnologia na criação de fake news, muito mais difíceis de serem verificadas. A grande questão dessas experiências é que estamos observando apenas os primeiros passos de uma aplicação mais popular da IA com o domínio da linguagem, a exemplo do que foram os primeiros computadores pessoais ou as versões iniciais do celular. O grau de transformação que elas podem provocar em um mundo que nem é sólido, nem líquido, mas “multiexplosivo” de tensões econômicas e políticas ainda é imprevisível. *Leia a reportagem completa na edição 213 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Ministério da Integração transfere R$ 50 milhões para obras da Adutora do Agreste

(Do Governo de Pernambuco | Foto: Aluísio Moreira/Compesa.) Já estão na conta do Estado R$ 50 milhões transferidos no último dia 6 de abril pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a aceleração das obras da primeira etapa da Adutora do Agreste, que beneficiarão 23 municípios do interior de Pernambuco. Os recursos, obtidos após agendas da governadora Raquel Lyra em Brasília nesse primeiro trimestre de governo, possibilitarão retomar o ritmo da obra, que tem conclusão prevista para 2025, quando todas as adutoras estarão implantadas e a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Agreste concluída, viabilizando o transporte de um volume de 2 m³ de água por segundo. O valor repassado neste mês pelo governo federal é maior que a soma de todos os recursos disponibilizados em 2021 e 2022 juntos (R$ 40,83 milhões) e apontam para a capacidade de diálogo da nova gestão junto aos demais entes federativos. De acordo com a governadora Raquel Lyra,  o montante depositado garantirá a aceleração das obras ainda no primeiro semestre, mas a busca de mais recursos continuará no foco. “A gente sabe a importância que uma obra como a Adutora do Agreste tem para melhorar o acesso à água no interior e essa é uma meta prioritária do nosso governo. Estamos determinados a concluir a primeira etapa da Adutora e esse recurso que destravamos em Brasília já é uma amostra de muito trabalho e diálogo que vão se transformar em melhoria de vida para a nossa população”, explicou.  Do valor inicialmente conveniado com o governo federal, restam ser repassados ao Estado de Pernambuco cerca de R$ 35 milhões, mas com a atualização monetária dos valores do projeto, ainda de 2011, estima-se que a primeira etapa demandará mais R$ 400 milhões. A execução física da obra alcançou 78%, já tendo sido implantados 696 dos 787 km previstos de tubulações. Atualmente, a principal obra em execução é a Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB), localizada em Arcoverde. Para o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, os recursos repassados representam um novo momento de pactuação entre os governos federal e estadual. “Nessa semana estamos comemorando a chegada dos primeiros valores destinados à conclusão das obras da Adutora do Agreste no atual governo. Temos a oportunidade e compromisso do governo federal de que não faltarão recursos para concluir a obra no espaço de tempo mínimo possível”, destacou. O novo repasse de recursos federais está permitindo à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), executora da obra, a retomada do planejamento de novas ações, que envolve a abertura de novas licitações para a construção da Estação de Tratamento de Água e o complemento dos trechos da Adutora entre Caruaru e Gravatá; Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe; Belo Jardim e São Bento do Una e Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus. Com estas ações, existe a previsão de reforço no abastecimento da cidade de Caruaru até o início de 2024.

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Transnordestina e Suape: uma ligação essencial

*Por Mauricio Oliveira de Andrade A Ferrovia Transnordestina concebida para ligar Eliseu Martins, no serrado piauiense, aos portos de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco, inicia em 2006 e se arrasta há 17 anos com obras atrasadas, sobrepreços e muitas controvérsias, culminadas com o aditivo assinado pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) com a TLSA (Transnordestina S.A.) no final de 2022, excluindo a meta de construir o ramal até Suape. Essa decisão dita técnica, embora contestada por muitos técnicos pela maior distância de Salgueiro a Pecém, baseou-se em relatório de consultoria contratada pela VALEC, que apesar da óbvia necessidade de ampla divulgação, permanece em sigilo. Consultas a publicações na imprensa do Ceará na época da decisão destacam como razões a liberação pelo Governo do Estado para a União de todas as terras desapropriadas, o licenciamento ambiental e o projeto executivo de todo o traçado da ferrovia totalmente solucionado, não havendo qualquer óbice para uma rápida execução das obras. Mesmo que essas razões tenham peso na decisão, uma ferrovia representa uma infraestrutura com vida útil e utilização no longo prazo que naturalmente requer decisões que considerem os benefícios e os custos de investimento e de operação e não apenas o tempo de construção. Em megaprojetos como a Transnordestina, além da complexidade da gestão por múltiplos agentes políticos e privados com interesses às vezes conflitantes ou concorrentes, há uma tendência à subestimação dos custos e dos prazos devidos a planejamentos não realistas, em que riscos econômicos e de engenharia são subavaliados e desprezados. A transparência do planejamento que envolve conhecimentos interdisciplinares é essencial para evitar esses problemas. Além disso, a vigilância política dos governantes locais dos passos do projeto deve ser extremamente atenta para evitar manobras que busquem soluções aparentemente mais rápidas, mas que não atingem as metas do projeto em termos de redução de custos de transportes e de propiciar o desenvolvimento regional integrado. A Transnordestina, como originalmente concebida, baseava-se no conceito de corredor econômico com metas de acelerar o desenvolvimento regional com redução de desigualdades pelo aumento da eficiência das cadeias de produção industrial, mineral e agrícola, decorrentes de melhores e mais econômicas condições de transporte para conectar oferta e demanda. Assim a integridade do projeto da Transnordestina com o corte do ramal de Suape atinge fortemente a economia pernambucana e nordestina ao alijar o principal complexo industrial-portuário do Nordeste em movimentação de granéis líquidos, de cabotagem e de contêineres de se beneficiar da integração logística por meio ferroviário. Não se concebe um Hub-Port desconectado de uma rede ferroviária de alcance nacional e regional e de um terminal multimodal de cargas. Condições adequadas de acessos rodoviários e ferroviários são essenciais para o desenvolvimento do Porto de Suape, que ainda tem muita capacidade de expansão revelada pelos diversos investimentos em projetos âncora em andamento. Sem esses acessos, ficará estrangulado e muito aquém do seu potencial. Apesar de todos esses problemas surgiu em 2022, a opção do Ramal de Suape vir a ser construído pela mineradora Bemisa, que detém direitos de exploração de minério de ferro no Piauí, com aporte privado da ordem de R$ 10 bilhões para a ferrovia e o terminal de granéis sólidos. Essa iniciativa, oportunizada por mudanças na legislação que permitem autorizações de ramais ferroviários, demonstra a atratividade e a viabilidade econômica de um ramal para Suape. No entanto, esse projeto ainda encontra muitas barreiras a superar, tanto de engenharia, pois ainda não dispõe de um projeto executivo, como de regulação econômica, pois há problemas a resolver de direito de passagem no trecho da concessão (TLSA), além da liberação dos trechos com execução parcial a leste de Salgueiro pela concessionária anterior. Desse contexto, fica a seguinte indagação: qual deve ser a estratégia de Pernambuco para superar esses obstáculos econômicos, políticos e legais para realizar conexão Salgueiro-Suape? Acho que a resposta deve ser, em primeiro lugar, tentar politicamente fazer o Governo Federal mudar a decisão anterior. Esse é um trabalho das representações políticas do executivo e legislativo, das entidades empresariais e profissionais, das universidades e das organizações sociais. No entanto, não basta fazer dessa reivindicação, apenas um discurso político, mas de convencimento das vantagens econômicas do ramal, com dados e estimativas de demanda de carga por setores econômicos e o potencial de geração de crescimento econômico e de sustentabilidade fiscal dos investimentos públicos. Decisões politicas precisam ser embasadas em razões técnicas e econômicas. No entanto, a manifestação de interesse da Bemisa deve ser também objeto de ações de superação de dificuldades técnicas e regulatórias. Nas duas situações, é fundamental o envolvimento do Governo de Pernambuco para agilizar as definições de traçado e as desapropriações que são indispensáveis para qualquer uma das soluções. O que fundamentalmente não se deve aceitar é a perda da oportunidade de inserir Pernambuco nas rotas logísticas principais do Brasil. *Por Mauricio Oliveira de Andrade, Professor Associado da UFPE e membro do CTP (Comitê Permanente) do Crea-PE

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Ministério fará novos estudos para ferrovia em Pernambuco

Os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão e o deputado federal Carlos Veras saíram ontem (11) de uma reunião com o Ministro dos Transportes, Renan Filho, com a garantia de que serão realizados novos estudos para assegurar a construção do trecho Salgueiro Suape da ferrovia em Pernambuco. O senador Humberto Costa saiu otimista com o encontro, com a expectativa de destravar o investimento na ferrovia em Pernambuco. "Foi uma visita muito importante. É fundamental esse compromisso do ministério e do presidente Lula em garantir a Transnordestina no seu eixo até Suape. Estudos estão sendo feitos para assegurar a viabilidade da obra". O parlamentar destacou ainda que outras obras de infraestrutura devem ganhar atenção do Governo Federal no Estado. "Além disso, o governo Lula está trabalhando para realizar uma série de ações para garantir a melhoria das estradas em Pernambuco. Nós, da bancada federal do PT de Pernambuco, saímos extremamente animados. Ele, mais uma vez, vai dar a prioridade que o Nordeste e Pernambuco precisam e vai recolocar o nosso estado na rota do crescimento econômico". Na reportagem Cresce mobilização política por ramal da Transnordestina até Suape, o senador já havia destacado que havia uma decisão do Governo Federal em garantir o ramal para o Estado. No entanto, os estudos técnicos, financiados pela Infra SA, que balizaram a decisão de remover Pernambuco da Transnordestina permanecem em sigilo, conforme nota do próprio Ministério dos Transportes enviada à Algomais. "Mesmo que a contratante seja uma empresa pública – a antiga Valec; atual Infra S.A., após incorporação da EPL –, os referidos estudos contêm informações consideradas estratégicas e comerciais do empreendimento e negócio Transnordestina Logística S.A., da Infra S.A. e demais acionistas/partes interessadas. Desta forma, eles têm caráter sigiloso e não estão disponíveis ao público. Cabe ao Estado respeitar e preservar as informações, dada a sua relevância econômica e devido à natural disputa entre empresas concorrentes que atuam no mercado. Tal medida se baseia no Decreto n° 7.724/12 e nas leis n° 13.303/2016 e n° 6.404/76", informou o Ministério dos Transportes no final de março. Com o anúncio do senador, Pernambuco tem agora a expectativa de visualizar um novo estudo técnico com informações da viabilidade do ramal ferroviário para o Estado, que é considerado pelos especialistas do setor como o mais competitivo no Nordeste. OUTRAS OBRAS DE INFRAESTRUTURA Em conversa com os parlamentares pernambucanos, o ministro garantiu recursos para as obras de duplicação de rodovias, como as BRs 104 e a 423, que liga Sâo Caetano a Garanhuns e cujos trabalhos devem começar até o fim deste ano. Acerca da BR-232, Renan Filho afirmou que o ministério estuda expressivas e significativas propostas, mas não adiantou eventuais definições. "Depois de quatro anos de paralisia, o governo Lula volta a apostar no país, no seu desenvolvimento. O presidente está trabalhando para garantir obras, emprego e a melhoria da qualidade de vida da população. Somente em infraestrutura, o governo Lula está investindo R$ 21 bilhões, mais do que tudo o que foi gasto nos quatro anos do governo do genocida. Deste montante, R$ 3,3 bilhões vão para as rodovia", afirmou.

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Indústria pernambucana cresce 17,3% no mês de janeiro

(Do IBGE) Pernambuco (17,3%) está entre as maiores altas da indústria no mês de janeiro. No País, a variação foi negativa em 0,3% em janeiro, na série com ajuste sazonal, oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE neste indicador apresentaram taxas negativas.Os maiores recuos foram registrados no Rio Grande do Sul (-3,4%), São Paulo (-3,1%) e Mato Grosso (-2,0%). Rio de Janeiro (-1,0%), Santa Catarina (-1,0%), Pará (-0,4%), Paraná (-0,3%) e Bahia (-0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos. Já Espírito Santo (18,6%) e Pernambuco (17,3%) apontaram expansões de dois dígitos e as mais elevadas nesse mês. Região Nordeste (6,1%), Goiás (2,5%), Amazonas (2,4%), Ceará (1,5%) e Minas Gerais (0,6%) mostraram os demais resultados positivos nesse indicador. A partir desse resultado, indústria pernambucana eliminou, parte da perda de 26,2% acumulada nos últimos quatro meses do ano passado. A variação percentual acumulada no ano com base no igual periodo do ano anterior foi de -2,8%, a variação acumulada nos últimos doze meses foi de -1,6%, a variação percentual mês/mês imediatamente anterior com ajuste sazonal (Base: mês imediatamente anterior) foi 17,3%. As seções e atividades industriais que tiveram as maiores variações positivas foram fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (73,3%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (30,6%) fabricação de bebidas (22,5%). Já as maiores baixas foram fabricação de produtos de minerais não metálicos (-43,2%), fabricação de produtos e minerais não metálicos (-31,1%), metalurgia (-23%), fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-9,2%).

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Arcabouço e resolução de impasses desafiam política fiscal em 100 dias

Equipe econômica teve de encontrar espaço para acomodar medidas (Da Agência Brasil) A tentativa de recuperar o emprego e a renda em um cenário de juros altos. Tudo em meio ao compromisso de manter as contas públicas sob controle nos próximos anos. Na economia, os 100 primeiros dias de governo foram marcados pelo desafio de equilibrar demandas por crescimento econômico e por responsabilidade fiscal vindas de diferentes setores da sociedade. No Ministério da Fazenda, a palavra de ordem que dominou os 100 primeiros dias de governo não foi outra: novo arcabouço fiscal. Originalmente previsto para agosto, segundo a Emenda Constitucional da Transição, o envio ao Congresso das regras que substituirão o atual teto de gastos foi antecipado para abril, a fim de permitir o envio do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 dentro do novo modelo. Apresentado no fim de março, o novo arcabouço combina uma regra de crescimento de gastos atrelada ao crescimento da receita líquida e uma banda de metas de resultado primário. O texto será concluído até esta terça-feira (11), quando deverá ser enviado ao Congresso. Até agora, especialistas questionam dois pontos: a necessidade de elevar as receitas para cumprir as metas ambiciosas e o caráter pró-cíclico das novas regras, com o governo gastando menos quando a economia cresce pouco. Nos próximos dias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciará um pacote para reforçar a arrecadação em até R$ 150 bilhões sem elevar alíquotas, revisão desonerações e tributando setores novos, como o de apostas esportivas. Em evento recente com representantes do mercado financeiro, Haddad disse que não apenas o arcabouço fiscal, mas também a reforma tributária, são necessários para o país voltar a crescer. “Com o combate às distorções tributárias e a criação de um imposto sobre valor agregado, o país chegará a 2024 com um choque de crescimento, projetando também um cenário internacional mais favorável. Chegaremos até o fim do ano com as reformas necessárias para o Brasil ter crescimento sustentável a partir do ano que vem”, declarou o ministro. Minipacotes Antes mesmo do arcabouço fiscal, o governo emitiu sinais de que pretende reduzir o déficit primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública), apresentando uma série de minipacotes. Em janeiro, o Ministério da Fazenda apresentou um pacote para reforçar o caixa e reduzir o déficit dos R$ 231,5 bilhões originalmente previstos no Orçamento deste ano para algo em torno de R$ 100 bilhões. As medidas envolveram a reversão de desonerações decididas pelo governo anterior e principalmente a mudança no sistema de votação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que julga recursos administrativos de contribuintes que devem à Receita Federal. O governo pretende arrecadar R$ 73 bilhões apenas com a retomada do voto de desempate do Ministério da Fazenda. A retomada do sistema de votação no Carf enfrenta obstáculos no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. No entanto, em fevereiro, o governo e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciaram um acordo para reduzir as resistências no Judiciário. Avaliações Para a professora emérita de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Virene Matesco, o desenho no novo arcabouço fiscal é razoável. Para ela, o governo conseguiu fazer muita coisa, considerando a falta de informações recebidas do governo anterior durante a transição e a tentativa de golpe em 8 de janeiro. “Esses 100 dias não foram normais, foram muito tumultuados na questão política. A política fiscal é a mãe de todas as políticas. Se ela não estiver muito bem ancorada, o resto fica solto. A proposta do Haddad é boa, bem desenhada que, se aprovada e cumprida, o Brasil em 2024 já entra com credibilidade”, diz. Professor do Departamento de Economia e de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) André Nassif também elogia o novo arcabouço fiscal. “O que temos dúvida é quando a trajetória de crescimento da dívida pública vai se reverter, mas ela vai em algum momento”, acredita. “Tenho impressão de que a questão fiscal está relativamente encaminhada, embora a gente ainda precise ver o projeto de lei.” Nassif também avalia que os Ministérios da Fazenda e do Planejamento conseguiram fazer muito nos 100 primeiros dias. Ele lembra que, mesmo antes da divulgação do arcabouço, a equipe econômica teve de tomar medidas para elevar a arrecadação e criar espaço fiscal para acomodar decisões do governo. Impasses No fim de fevereiro, o governo teve de resolver um impasse em relação aos combustíveis e reonerou parcialmente a gasolina e o etanol por quatro meses. Para evitar que o repasse de preço aos consumidores fosse maior, a Petrobras absorveu parte do reajuste. Para impedir perdas de arrecadação em relação ao plano anunciado em janeiro, o governo taxou, também por quatro meses, as exportações de petróleo cru. Nestes 100 dias, a equipe econômica também teve de adiar despesas ou arranjar recursos para cumprir medidas decididas pelo governo. Por falta de recursos no Orçamento, o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 foi adiado para maio. O dinheiro virá da revisão de cadastros irregulares no Bolsa Família. O Ministério da Fazenda teve de encontrar soluções para cumprir uma promessa de campanha: a correção da tabela do Imposto de Renda e a elevação da faixa de isenção para R$ 2,6 mil. Os recursos virão da regulamentação das apostas esportivas online, que deverão pagar Imposto de Renda, com as empresas devendo pagar outorgas ao governo.

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Por que Pernambuco não pode perder a ferrovia de Suape ao Sertão?

Série Era uma vez uma ferrovia explica porque a construção do Ramal Suape - Salgueiro é fundamental para o desenvolvimento do Estado. *Por Rafael Dantas A ferrovia até Suape é apontada como um dos empreendimentos estratégicos para o desenvolvimento do Estado no documento Pernambuco Além da Crise, que foi elaborado pela TGI e pelo INTG e apresentado aos candidatos ao Governo nas Eleições de 2022. Além do investimento direto nas obras, que ativa a indústria da construção, a conexão do principal porto pernambucano até o Sertão teria um impacto em série nos diversos polos econômicos distribuídos pelo interior, como o gesseiro, o avícola e o frutivinicultor. Apesar dos benefícios transversais na competitividade das empresas locais, o projeto está sob ameaça, desde que a TLSA (Transnordestina S.A.) assinou um aditivo ao contrato de concessão do empreendimento que excluiu o ramal pernambucano, no apagar das luzes de 2022. A operação do modal ferroviário tem como principal efeito a redução do custo do frete. O deslocamento das cargas de insumos até as indústrias ou às atividades agrárias fica mais barato, como também o transporte via trens dos produtos até os portos ou mercados consumidores. Os combustíveis também poderiam ainda ser transportados por trens, beneficiando empresas e os consumidores finais. A logística mais eficiente aumenta a competitividade dos polos produtivos, incentivando a chegada de novos players. Um ciclo benéfico para dinamizar a economia que vem de uma estagnação após as seguidas crises dos últimos anos. O sepultamento do trecho pernambucano da Transnordestina, no entanto, representa um duro golpe na competitividade do Estado, além de um prejuízo ao próprio empreendimento, que perderia parte dessas cargas dos municípios com grandes empresas ou clusters no Agreste e Zona da Mata. "Pernambuco terá impactos significativos com uma ferrovia, ampliados em suas diversas cadeias produtivas. Há algumas décadas o Estado dependia basicamente da cana-de-açúcar. Hoje, o processo de industrialização avançou em direção ao interior, com indústrias na Zona da Mata e Agreste. Há toda essa atividade econômica, quer seja primária ou secundária, que poderá se beneficiar de um modal ferroviário, cujos custos de transporte são significativamente menores do que o rodoviário", afirmou Francisco Martins, ex-presidente de Suape. O engenheiro lembrou ainda que a disponibilidade de uma ferrovia reduz a necessidade de circulação de caminhões. Isso acarretaria uma menor pressão sobre as rodovias e reduziria a necessidade de investimentos em conservação de estradas, que custam milhões por ano aos cofres do Governo do Estado. A operação da ferrovia terá um impacto transversal nas diversas atividades produtivas pernambucanas, na avaliação do economista da Fiepe Cézar Andrade. “Todos os setores produtivos que necessitam escoar seus produtos para o grande centro até Suape serão beneficiados, a exemplo dos polos têxtil do Agreste, de fruticultura e vitivinicultura do Sertão do São Francisco e do gesseiro, no Araripe”. Além da redução de custo para as empresas, Cézar destaca que há outros benefícios do uso do transporte ferroviário em relação ao rodoviário. “O tempo e as perdas que acontecem no trajeto serão minimizados e, naturalmente, isso será um ponto positivo para o setor industrial”, avalia. VAGÃO DO POLO SUCROENERGÉTICO No passado muitas cargas do setor sucroenergético eram transportadas pela antiga ferrovia que entrou em falência. Com a perspectiva de retomada do modal ferroviário, o tradicional polo, que se concentra na Zona da Mata, poderia transportar açúcar e etanol até o porto ou para o interior, bem como receber fertilizantes, como o gesso agrícola, usados nas suas lavouras. As movimentações dessas commodities não são pequenas. “O modal ferroviário é estratégico e a indústria da cana-de-açúcar contaria com alternativas de transporte que fomentariam mais racionalidade de custos do transporte inter-regional de gesso agrícola, comércio de açúcar, etanol carburante e outras mercadorias que poderiam ter produção mais dinamizadas para serem mais consumidas no Litoral e Sertão”, afirma Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar. O presidente do Sindaçúcar conta que o setor sucroenergético movimenta e produz mais de 900 mil toneladas de açúcar por ano. Destas, pelo menos 400 mil toneladas circulam no ambiente dos portos do Recife e de Suape. “Esses produtos vêm das duas Zonas da Mata onde há produção. Existe essa parte portuária e as 500 mil toneladas do mercado interno, que atinge Estados como Ceará e Maranhão, que compram o açúcar de Pernambuco. O mercado do etanol envolve 350 milhões de litros, boa parte se destina a outros Estados do Nordeste, principalmente o Ceará”. Se o ramal ferroviário parar em Salgueiro, há algumas centenas de quilômetros da Zona da Mata, toda essa produção açucareira e de etanol permanecerá sendo feita por via rodoviária, tanto em direção aos portos, como ao interior. VAGÃO DO POLO AVÍCOLA Com sua base instalada em municípios como Carpina e Paudalho (na Zona da Mata), São Bento do Una, Belo Jardim e Garanhuns (no Agreste) e mesmo em algumas cidades do Sertão da Pajeú, a exemplo de Tabira, São José do Egito e Tuparetama, o polo avícola seria um dos beneficiados pela ferrovia. A expectativa do setor concentra-se principalmente na diminuição do preço dos grãos que chegam às suas empresas. “Os custos do frete rodoviário, com longas distâncias, pesam bastante nos preços de milho e soja. O frete ferroviário custa em média um terço do rodoviário. Essa redução vai melhorar a nossa competitividade, beneficiando o consumidor brasileiro e tornando nosso custo competitivo em relação a outras regiões e outros países. Isso favorece inclusive a possibilidade de exportação”, afirma o vice-presidente da Avipe e presidente do Instituto Ovos Brasil, Edival Veras. A redução de custos para o setor, na avaliação do economista e professor do Unit-PE (Centro Universitário Tiradentes) Werson Kaval é até mais expressiva, na ordem de seis vezes menos. Veras explica que o polo tem um consumo mensal com avicultura na ordem de 150 mil toneladas de milho e 70 mil toneladas de soja, além de demandar produtos também para outras atividades como bovinocultura de leite e corte e a suinocultura. Apesar da força do setor avícola (que produz 14 milhões de frangos por mês e 14 milhões de ovos por

Por que Pernambuco não pode perder a ferrovia de Suape ao Sertão? Read More »