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Orçamento de 2025 prevê investimentos de R$ 73,4 bilhões e superávit de R$ 3,7 bilhões

Novo orçamento destaca investimentos em infraestrutura, saúde e educação, com previsão de pequeno superávit primário. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso Nacional, prevê investimentos significativos de R$ 73,4 bilhões para o próximo ano. Esse montante inclui recursos destinados a obras públicas e compra de equipamentos, alinhando-se ao novo arcabouço fiscal que estabelece um piso de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será responsável por R$ 60,9 bilhões desse total, enquanto investimentos adicionais de estatais federais somarão R$ 166,6 bilhões. O orçamento também destina R$ 38,9 bilhões para emendas parlamentares impositivas, um aumento de 3,46% em relação ao valor deste ano. Em termos de políticas sociais, está previsto um total de R$ 167,2 bilhões para o Bolsa Família, abrangendo 20,9 milhões de famílias com valores adicionais para crianças, nutrizes e gestantes. As áreas de saúde e educação receberão, respectivamente, R$ 241,61 bilhões e R$ 200,49 bilhões, superando os mínimos constitucionais estabelecidos. Além dos investimentos e gastos, o projeto de orçamento antecipa um pequeno superávit primário de R$ 3,7 bilhões, correspondente a 0,03% do PIB. No entanto, desconsidera o pagamento de R$ 44,1 bilhões em precatórios, o que, se incluído, resultaria em um déficit primário de R$ 40,4 bilhões. A meta de resultado primário zero estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 será mantida com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. Para atingir a meta fiscal, o governo implementará medidas de revisão de benefícios fiscais e redução de gastos obrigatórios, totalizando R$ 26 bilhões no próximo ano. Medidas adicionais em tramitação ou já aprovadas pelo Congresso, como a Medida Provisória 1.227 e a Lei 14.873/2024, visam limitar benefícios fiscais e compensações tributárias, aumentando a arrecadação e contribuindo para o equilíbrio fiscal do governo.

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Pólo Médico na Ilha do Leite ganha novo empreendimento

Recife, conhecida por abrigar o maior pólo médico do Norte e Nordeste e o segundo maior do Brasil, atrás apenas de São Paulo, continua a expandir seu setor de saúde. Na Ilha do Leite, um dos principais complexos médicos da capital pernambucana, novos investimentos têm impulsionado a área, que registrou cerca de R$ 500 milhões em aportes em 2023. Entre os novos empreendimentos previstos, destaca-se o Concept Hospital Dia. O novo empreendimento, que contará com área construída de 2,6 mil metros quadrados, com seis andares, num terreno de 700 metros quadrados, de propriedade do Grupo Concept, receberá investimentos na ordem de R$ 38 milhões e criará 100 empregos diretos e 300 indiretos. Com inauguração prevista para o início do próximo ano, o Concept Hospital Dia será voltado especificamente para o bem-estar e as necessidades de cirurgiões plásticos e seus pacientes. A inauguração está prevista para o início do próximo ano, com a criação de 100 empregos diretos e 300 indiretos. Segundo o médico Pedro Pessanha, um dos idealizadores do projeto, o Concept Hospital Dia foi planejado para proporcionar uma experiência que alie segurança e conforto tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. "O projeto foi idealizado para ser inovador em todos os aspectos, com atenção a cada detalhe na sua concepção e estrutura". Novo Atacarejo expande negócios ao Sertão e inaugura loja nesta quinta A rede nordestina Novo Atacarejo inaugurou sua primeira loja em Salgueiro, a principal cidade da região do sertão central pernambucano. A nova unidade, localizada na Rua João Veras de Siqueira, s/n, no bairro Nossa Senhora Aparecida, abrirá as portas ao público às 8h. Com essa inauguração, a rede aumenta sua presença no Sertão pernambucano, agora com quatro lojas na região, somando um total de 29 lojas em Pernambuco e 31 no Nordeste, considerando as unidades na Paraíba. A nova loja de Salgueiro vai gerar 400 empregos diretos e indiretos na cidade e será um importante ponto de abastecimento tanto para os consumidores locais quanto para comerciantes das cidades vizinhas, como Belém de São Francisco, Verdejante, Mirandiba, Carnaubeira da Penha, Cabrobó, Cedro e Serrita. A unidade terá 3.780 m² de área de vendas, um ambiente climatizado, 300 vagas de estacionamento e 22 checkouts para pagamento. Pernambuco na lista dos melhores do país na advocacia Bruno Cavalcanti, sócio-diretor do Queiroz Cavalcanti Advocacia (QCA), está na lista dos 50 melhores dirigentes de escritórios de advocacia do país. O reconhecimento é da "Top Decisores: Managing Partners 2024", que lista os gestores jurídicos com os melhores índices, ao longo do último ano, nos levantamentos da Leaders League Brasil. Doutor em Direito, Bruno Cavalcanti tem mais de 15 anos de atuação como advogado, com experiência nos setores bancário, varejo, energia e automotivo. É Mestre em Direito Privado e especialista em Direito Empresarial e Direito Processual Civil. Tem vários reconhecimentos internacionais. Entre eles, pela Leaders League, Latin Lawyer e pela Chambers and Partners. Considerado um dos maiores escritórios do Norte e Nordeste, com atuação nacional e 26 anos de mercado, o QCA está sediado no Recife e é um dos mais premiados do país. "Shopping Norte Janga realiza Jornada de Saúde e Vida gratuita em parceria com o Instituto Vida" Em parceria com o Instituto Vida, o Shopping Norte Janga promove a primeira "Jornada de Saúde e Vida: Descubra sua Idade Biológica", em alusão ao Setembro Amarelo. O evento, gratuito e destinado a maiores de 18 anos, ocorrerá na próxima terça-feira, 3 de setembro, das 7h às 17h, no salão de eventos do shopping. A jornada contará com aferição de pressão arterial, medição de glicose, orientações nutricionais e palestras sobre saúde mental, proporcionando aos participantes a oportunidade de descobrir sua idade biológica e aprender mais sobre a importância de uma alimentação saudável e do equilíbrio entre corpo e mente. Final de semana cheio de atividades no Home Center Ferreira Costa Neste sábado (31), o Home Center Ferreira Costa na Imbiribeira, Recife, realizará o Encontro de Síndicos, evento que reúne síndicos de condomínios residenciais e comerciais para palestras, workshops e uma feira de negócios. Com início às 10h, o encontro contará com a presença do palestrante Luciano Cavalcanti Carneiro, que abordará temas de gestão condominial, além de oferecer brindes e coffee break para os participantes. As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas. Já na filial da Tamarineira, os visitantes poderão desfrutar de uma programação relaxante com distribuição de brownies e sessões de massagem quick e nos pés, das 10h às 13h. As atividades fazem parte das comemorações pelos 140 anos da Ferreira Costa, proporcionando momentos de aprendizado e lazer para todos.

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Quais as oportunidades para Pernambuco no cenário do Nordeste?

Em palestra do projeto Pernambuco em Perspectiva, realizada pela Algomais e pela Rede Gestão, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral anunciou que a região vai crescer acima da média nacional, mas o Estado precisa de união e mobilização para aproveitar os investimentos *Por Rafael Dantas | Fotos: Tom Cabral O PIB do Nordeste está reagindo e promete voltar a crescer acima da média nacional. Em um contexto de aumento dos investimentos federais na região, além de grande interesse privado nos setores de energia e infraestrutura, o Estado tem oportunidades visíveis para construir um novo ciclo de desenvolvimento. No evento de agosto do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, realizado pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou alguns dos principais potenciais de crescimento mas revelou também o cenário preocupante de redução do protagonismo dos pernambucanos na economia regional. Os nove Estados da região Nordeste respondem por 13,8% do Produto Interno Bruto do Brasil (ano de 2021, último com números divulgados), embora abriguem cerca de 26,9% da população brasileira, segundo o Censo 2022. Apesar dessa disparidade, várias consultorias projetam um crescimento econômico na região superior à média nacional nos próximos anos. A Tendências, por exemplo, estima que o Nordeste terá um avanço anual de 3,4% entre 2026 e 2034, superando a expectativa média de 2,5% para o Brasil no mesmo período. Danilo Cabral ressaltou a elevação do volume de investimentos destinados à região, como o FNE (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste) e o FDNE (Fundo do Desenvolvimento do Nordeste). Enquanto o primeiro tem R$ 39 bilhões, dividido em 20 linhas de crédito, o segundo em 2023 liberou R$ 2,46 bilhões e atualmente detém um orçamento de R$ 1,1 bilhão. Esses números e um conjunto de outros programas e parcerias da instituição revelam uma nova vitalidade da Sudene, que ainda é pouco conhecida pela sociedade. Há ainda diversos outros instrumentos de incentivo ao desenvolvimento regional em andamento dentro da superintendência. “É preciso desconcentrar o crescimento do País (entre as regiões) e dentro do Nordeste, também, porque ficou muito centralizado na beira do mar. É preciso levar para o interior e consolidar um conjunto de cidades policêntricas, com crescimento que transborda para os municípios próximos. Em Pernambuco, por exemplo, Serra Talhada é uma cidade com essa característica. Quando ela cresce, a borda do Pajeú cresce também”, afirmou Danilo Cabral. Além de uma melhor distribuição geográfica do crescimento do País, com foco na redução das desigualdades, o superintendente destacou ainda uma preocupação acerca do tipo desse desenvolvimento. O foco de atração de investimentos e de criação de novos polos deve ser conectado com as tendências globais. “Os eixos com que queremos atuar dialogam com a pauta do mundo de hoje. Queremos um desenvolvimento sustentável, que trabalhe a inovação, o meio ambiente, a infraestrutura, a educação e o desenvolvimento social e produtivo, além da capacidade de governança”, destacou Danilo Cabral. Essas diretrizes estão no Plano Regional do Desenvolvimento Nordeste que orienta as políticas e projetos da instituição. INDÚSTRIA NO HORIZONTE DA REGIÃO O novo ciclo de desenvolvimento do Nordeste deve ser puxado pelo setor industrial, segundo a Consultoria Tendências. A estimativa é que o PIB Industrial cresça 4,3% entre 2026 a 2034. Muito dessa estimativa vem dos anúncios feitos pelo Governo Federal com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Nova Indústria Brasil. Em ambos a Região tem um papel de destaque, com boas parcelas do orçamento. No PAC, do total de R$ 1,7 trilhão previsto, a parcela de R$ 700 bilhões é para o Nordeste. Só em Pernambuco há uma previsão de aportes de R$ 91,9 bilhões. As áreas com mais investimentos esperados no Estado são Educação, Ciência e Tecnologia (R$ 21,1 bilhões), Transição e Segurança Energética (R$ 16,8 bilhões) e Cidades Sustentáveis e Resilientes (R$ 14,8 bilhões). No programa Nova Indústria Brasil, as expectativas são de mobilização de R$ 360 bilhões. A diversidade de áreas é extensa, devido à complexidade do tecido industrial pernambucano. No entanto, Danilo Cabral elencou algumas das principais. O campo fica contemplado com aportes em mecanização da agricultura familiar, na fruticultura, na produção de etanol, além de um olhar atencioso aos potenciais da Caatinga. O polo automotivo tem como destaque os incentivos às cadeias produtivas da Baterias Moura e da Stellantis. Há ainda investimentos previstos para impulsionar os serviços de transformação digital da indústria, conectadas ao Porto Digital e à Rede de ICTs (Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica). Outros destaques são para a indústria da biotecnologia, com oportunidades para o Lafepe e para a Hemobrás, além do investimento robusto na Escola de Sargentos, que deve contribuir para pesquisas na área de defesa. Há também um movimento recente na região de investimentos bilionários em parques de energias renováveis (eólicas e solares). No radar de vários Estados estão também projetos de muitos bilhões para produção de hidrogênio verde, que é a grande aposta para a descarbonização da matriz energética global no médio prazo. Apesar dos investimentos que chegam para a região nesse setor energético, é importante ressalvar que existe uma forte crítica dos impactos desses parques industriais na Caatinga. Há embates tanto com as populações tradicionais, quanto em reação ao avanço do desmatamento da vegetação. Um cenário que contribui para ampliar o risco de desertificação nessas áreas, já afetadas pelos efeitos extremos das mudanças climáticas. DESAFIO DA TRANSNORDESTINA Em uma introdução à apresentação de Danilo Cabral, o consultor da TGI Francisco Cunha destacou a necessidade de fomentar um novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco. Apesar da percepção do esgotamento dos horizontes traçados nos anos 1950 para o futuro do Estado, uma peça prevista que não foi realizada é a ferrovia que conectaria o porto ao Sertão. “A única previsão do desenho original traçado pelo Padre Lebret para Pernambuco, que não se concretizou, é a Transnordestina”, sentenciou o consultor. Essa infraestrutura, fundamental para a logística da região, começou a ser construída na primeira gestão do Governo Lula, no ano de 2006, mas nunca foi concluída. Em 2022, no

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Arrecadação federal cresce 9,55% e chega a R$ 231,04 bilhões em julho

No acumulado de janeiro a julho, valor arrecadado também foi recorde (Da Agência Brasil) A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve recorde para o mês de julho, alcançando R$ 231,04 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pela Receita Federal. O resultado representa aumento real de 9,55%, ou seja, descontada a inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em comparação com julho de 2023. Também é o melhor desempenho arrecadatório para o acumulado de janeiro a julho. No período, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,53 trilhão, representando um acréscimo pelo IPCA de 9,15%. Os dados sobre a arrecadação estão disponíveis no site da Receita Federal. Quanto às receitas administradas pelo órgão, o valor arrecadado no mês passado ficou em R$ 214,79 bilhões, representando acréscimo real de 9,85%. No acumulado do ano, arrecadação da Receita alcançou R$ 1,45 trilhão, alta real de 9,07%. Os resultados foram influenciados positivamente pelas variáveis macroeconômicas, resultado do comportamento da atividade produtiva e, de forma atípica, pela tributação dos fundos exclusivos, atualização de bens e direitos no exterior e pelo retorno da tributação do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre combustíveis. Ainda, houve aumento da arrecadação no mês em razão da situação de calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul, pela prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos em alguns municípios gaúchos. Por outro lado, a situação levou à perda de arrecadação no acumulado do ano. O estado foi atingido por enchentes nos meses de abril e maio, o pior desastre climático da sua história, com a destruição de estruturas e impacto a famílias e empresas. Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram afetados. “Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 6,77% na arrecadação do período acumulado e de 8,28% na arrecadação do mês de julho”, informou a Receita Federal. Receitas atípicas No acumulado do ano, a Receita Federal estima em R$ 7,3 bilhões a perda de arrecadação com o diferimento de tributos federais em razão dos decretos de calamidade pública dos municípios do Rio Grande do Sul. Considerando apenas o mês de julho, houve uma receita extra de R$ 700 milhões pela prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos em alguns municípios gaúchos. Contribuições previdenciárias com vencimentos em abril, maio e junho de 2024 foram postergadas para julho, agosto e setembro de 2024, respectivamente. Enquanto o Simples Nacional com vencimento em maio foi postergado para junho e o com vencimento em junho foi postergado para julho. Contribuindo para melhorar a arrecadação, em julho, houve recolhimento extra de R$ 270 milhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital, referente à tributação de fundos exclusivos, o que não ocorreu no mesmo mês de 2023. De janeiro a julho, essa arrecadação extra chegou a R$ 13 bilhões. A lei que muda o Imposto de Renda incidente sobre fundos de investimentos fechados e sobre a renda obtida no exterior por meio de offshores foi sancionada em dezembro do ano passado. Ainda assim, no total do mês de julho, a arrecadação do IRRF-Rendimento de Capital teve redução de 1,11% em relação a julho de 2023, alcançando R$ 8,75 bilhões, resultado, principalmente, da queda de receitas de aplicações e fundos de renda fixa. Já no acumulado do ano, a arrecadação com esse item chega a R$ 81,93 bilhões, crescimento real de 17,83%, sendo R$ 13 bilhões decorrentes da tributação dos fundos exclusivos. Com base na mesma lei das offshores, as pessoas físicas que moram no Brasil e mantêm aplicações financeiras, lucros e dividendos de empresas controladas no exterior tiveram até 31 de maio para atualizar seus bens e direitos no exterior. Com isso, no acumulado do ano, o Imposto de Renda Pessoa Física apresentou uma arrecadação de R$ 45,36 bilhões, com crescimento real de 18,14%. Só com a regularização, foram arrecadados R$ 7,49 bilhões. A reoneração das alíquotas do PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) sobre combustíveis contribuiu para evitar a perda de arrecadação. Em julho de 2023, a desoneração com esses tributos foi de R$ 3 bilhões. Por outro lado, em julho de 2023 houve receita de R$ 1,07 bilhão do imposto de exportação de óleo bruto, o que não houve em julho deste ano. No acumulado do ano de 2024, a perda de arrecadação com esse item chegou a R$ 3,57 bilhões do imposto de exportação sobre óleo bruto, a qual integrava essa agregação. Outros destaques Também foram destaque da arrecadação de julho o PIS/Pasep e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que apresentaram, no conjunto, uma arrecadação de R$ 45,26 bilhões no mês passado, representando crescimento real de 22,04%. No acumulado do ano, o PIS/Pasep e a Cofins arrecadaram R$ 302,46 bilhões. O desempenho é explicado, entre outros aspectos, pelo retorno da tributação incidente sobre os combustíveis e pela atividade produtiva, com aumento na venda de bens e serviços. No mês passado, houve crescimento de recolhimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. A arrecadação somou R$ 52,15 bilhões, com crescimento real de 6,2% sobre o mesmo mês de 2023. O resultado é explicado pelo acréscimo real de 8,04% na arrecadação do balanço trimestral e de 9,67% do lucro presumido. Já a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 53,559 bilhões em julho, com crescimento real de 6,04%. Esse resultado se deve à alta real de 5,81% da massa salarial e a postergação do pagamento para municípios gaúchos, além do crescimento de 15% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no período de janeiro a julho de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a Receita Previdenciária teve aumento real de 5,45%, chegando a R$ 371,69 bilhões. Indicadores macroeconômicos A Receita Federal apresentou os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação no mês, todos positivos. Entre eles, estão o crescimento da venda de bens

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Atividade econômica cresce 1,1% no segundo trimestre no Brasil

IBC-Br do Banco Central registra alta anual de 2,8%, refletindo a recuperação econômica no País A atividade econômica brasileira apresentou crescimento de 1,1% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao trimestre anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Na comparação anual, o indicador registrou uma alta de 2,8%, mostrando um avanço significativo em relação ao mesmo período do ano anterior. É importante ressaltar que em 2023 as taxas de crescimento superaram muito as expectativas do mercado. No mês de junho, o IBC-Br registrou um aumento de 1,4% em relação a maio, alcançando 152,09 pontos. Em termos anuais, a alta foi de 3,2%, refletindo um cenário de recuperação contínua. No acumulado do ano, o crescimento foi de 2,1%, com um aumento de 1,6% nos últimos 12 meses, reforçando a tendência de crescimento sustentável. O IBC-Br, que é utilizado pelo Banco Central para orientar suas decisões sobre a taxa Selic, incorpora dados de vários setores da economia, incluindo indústria, comércio, serviços e agropecuária. Apesar de não ser uma prévia exata do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador é um termômetro da atividade econômica do país. O PIB oficial do segundo trimestre de 2024 será divulgado pelo IBGE no dia 3 de setembro. Fecomércio-PE Promove Fóruns de Debates sobre Inteligência Artificial no Sertão Pernambucano A Fecomércio-PE, através do Instituto Fecomércio-PE, promoverá dois Fóruns de Debates no Sertão pernambucano, com foco em como a Inteligência Artificial pode beneficiar empreendedores. Os eventos, que acontecerão em Petrolina no dia 23 de agosto e em Araripina no dia 26 de agosto, terão inscrições gratuitas e vagas limitadas. O consultor de Marketing e Inovação para o Varejo, Alexandre Guimarães, conduzirá as palestras "IA em Ação: Soluções Práticas para o Seu Negócio" em Petrolina e "IA em Prática: Inovações para o Seu Empreendimento" em Araripina, oferecendo aos participantes conhecimentos práticos sobre a aplicação da IA em seus negócios. Zahil realiza evento no Recife com mais de 25 produtores internacionais de vinhos No próximo dia 28 de agosto, às 18h, acontece a “Mostra Zahil – Edição Recife”. Evento exclusivo ocorrerá no Beach Class Convention que contará com a presença de mais de 25 vinícolas de sete países e mais de 100 rótulos serão degustados. E paralelamente ao salão principal de degustação, ocorrerá no mesmo dia (em sala separada), uma masterclass exclusiva da vinícola espanhola La Rioja Alta ministrada pelo Diretor Técnica da Zahil Bernardo Pinto, DipWSET, formador Oficial da Região de Rioja. “A Masterclass vai ser uma bela degustação, um belo painel sobre como é a região, sobre como é a história do produtor”, adianta Bernardo. A empresa, com mais de 38 anos de história, importa e distribui com exclusividade vinhos de mais de 70 produtores de 15 países e está presente em 4.000 pontos de venda e nas cartas de mais de 2.000 dos melhores restaurantes nacionais.

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Mercado Público de Canhotinho receberá investimento de R$ 2 milhões

Em agenda no Agreste de Pernambuco, a governadora Raquel Lyra anunciou a reforma do Mercado Público Municipal de Canhotinho, com um investimento de cerca de R$ 2 milhões. A reforma, que deve durar 10 meses, incluirá a substituição da cobertura, adequação dos boxes, novos banheiros, reforma do piso, revestimento das paredes, pintura e melhorias nas instalações elétricas e hidrossanitárias. Durante o anúncio, feito na fábrica da Masterboi, Lyra destacou a importância dos mercados públicos como polos culturais e econômicos nas cidades. A visita à fábrica da Masterboi, que completa dois anos de operação em Canhotinho, também foi marcada pela assinatura da ordem de serviço para a reforma do mercado. O empreendimento, que recebe incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe), anunciou novos investimentos de R$ 20 milhões para 2024 e R$ 30 milhões para 2025. Esses investimentos serão direcionados à ampliação dos currais, aumento do número de abates, novas câmaras frigoríficas e a criação de novos postos de trabalho. Além da reforma em Canhotinho, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) está conduzindo uma série de investimentos em mercados públicos em várias cidades, incluindo Arcoverde, Catende, Bezerros e Cortês, com o objetivo de impulsionar a economia local. Outros mercados já foram entregues, como o Mercado da Carne de São Bento do Una e a Feira de Gado de Tabira. Novos anúncios de melhorias em outras cidades serão feitos em breve.

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Economia pernambucana cresceu 3,7% até maio e operações de crédito saltaram 10,6%

A economia de Pernambuco apresentou um robusto crescimento de 3,7% no período de janeiro a maio de 2024, em comparação ao mesmo intervalo de 2023, conforme indicado pelo índice de atividade econômica do Banco Central. Este avanço foi impulsionado principalmente pelo comércio varejista, que registrou um aumento significativo de 8,4%. Além disso, as exportações do agronegócio pernambucano tiveram uma impressionante alta de 65,3%, totalizando US$ 386,4 milhões, refletindo um crescimento expressivo no setor. Aumento das Operações de Crédito no Nordeste Em maio de 2024, o Sistema Financeiro Nordestino alcançou um saldo de operações de crédito de R$ 821,1 bilhões, marcando um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse aumento no crédito superou o crescimento nacional, que foi de 9,2% no mesmo período. Esse crescimento reflete uma tendência regional positiva, acompanhando o aumento geral no consumo das famílias e na oferta de empregos. Desempenho do Sicredi e Crescimento no Crédito para Pessoa Jurídica O Sicredi, instituição financeira cooperativa, destacou-se ao oferecer R$ 1,9 bilhão em crédito para pessoa jurídica em maio de 2024, representando um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Os segmentos de Comércio e Serviços foram os principais responsáveis por essa demanda, abrangendo 89% da carteira de crédito. Esse crescimento evidencia a confiança no cooperativismo de crédito e a expansão do setor na região. Desempenho do Sicredi e Crescimento no Crédito para Pessoa Jurídica O Sicredi Recife, destacando-se no cenário financeiro regional, experimentou um crescimento positivo acima da média regional em suas operações de crédito durante o primeiro semestre de 2024. O avanço da instituição está alinhado com a expansão do cooperativismo de crédito no Brasil. “Em 2023, o número de cooperativas financeiras no país continuou a crescer, refletindo uma tendência nacional de busca por modelos econômicos mais sustentáveis e comunitários, fortalecendo os laços com a comunidade local”, avalia Floriano Quintas, presidente da Sicredi Recife. Investimentos e Necessidades no Comércio e Serviços O crescimento econômico no Nordeste também se reflete no aumento das ofertas de crédito para o comércio, incluindo supermercados, lojas de móveis e materiais de construção. Os recursos estão sendo aplicados em diversas áreas, como a criação de novas lojas, renovação de espaço físico, tecnologia, e-commerce e marketing. No setor de serviços, as principais demandas incluem investimentos em tecnologia, treinamento e capital de giro, evidenciando a importância do crédito para a sustentabilidade e desenvolvimento das empresas na região.

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Governo e indústria da saúde anunciam R$ 57,4 bilhões em investimentos

(Da Agência Brasil) No contexto da nova política industrial do país, em vigor desde janeiro, o governo federal e empresas do complexo econômico-industrial da saúde anunciaram investimentos conjuntos que somam R$ 57,4 bilhões. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira (14). “O governo cuida da indústria, do povo, do país, da soberania desse país. Esse país tem tudo para ser grande. Estejam certos que o SUS vai continuar se aperfeiçoando e a gente vai poder ter orgulho de dizer que somos brasileiros e não desistimos nunca”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia. Além disso, foram definidas novas metas para o setor, aprovadas durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), reativado no mês passado pelo presidente Lula. A principal delas é o aumento da produção nacional na área de medicamentos e produtos de saúde visando reduzir a dependência de importações. O objetivo é chegar a suprir, com a indústria nacional, 70% da necessidade do país em nove anos, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. "Hoje, foi apresentada a Missão 2 da Nova Indústria Brasil, que [envolve] o complexo industrial da saúde. Na reunião do CNDI, mais cedo, foram aprovadas as metas. Então, nós partimos de um número básico [atual] de 45% de produção no país, dos produtos do complexo da saúde. A meta, até 2026, é chegarmos a 50%. E, depois, em 2033, a 70% [de produção nacional]", detalhou Alckmin. Titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos destacou a importância de ampliar a produção nacional na área de saúde como estratégia de soberania nacional. "Sentimos na pele o quanto significou a dependência [internacional], principalmente na [pandemia de] covid. Mesmo com nossa força na produção de vacinas, nós tivemos que importar bastante por causa da escala para atender o povo", exemplificou. Investimentos Já em relação aos investimentos, a indústria da saúde conta com financiamento público de R$ 16,4 bilhões, segundo o governo. São R$ 8,9 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saúde, R$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 3,5 bilhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência federal vinculada ao MCTI. Esses valores já incluem os contratos assinados durante a reunião. A esse volume somam-se R$ 39,5 bilhões em investimentos privados das empresas do setor, que incluem empresas da indústria médica e farmacêutica. Desse total, R$ 33,5 bilhões são aportes do Grupo FarmaBrasil, Interfarma e Sindusfarma, previstos entre 2024 e 2026, que vão financiar novas plantas industriais e ampliação da fabricação nacional de insumos. Outros R$ 6 bilhões irão para o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS/Santa Cruz e Fiocruz) para ampliar a oferta de vacinas e biofármacos. A produção estimada é de 120 milhões de frascos por ano - para atender prioritariamente demandas da população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O setor de saúde representa cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que reflete o tamanho da economia brasileira, destacou o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante. "É um setor fundamental e que gera muita inovação tecnológica, além de ter um papel decisivo na sobrevida, na qualidade de vida da população", afirmou. Mercadante defendeu uma ampliação do setor de saúde, que atualmente corresponde a 2% da indústria de transformação. "É pouco, tem que ser mais. Temos um déficit comercial de US$ 14,6 bilhões. Nós importamos US$ 17,1 bilhões e só exportamos US$ 2,5 bilhões. Ou seja, se a gente fortalece esse setor, a gente economiza divisas, gera emprego, gera mais competitividade e começa a exportar", observou.     Um dos impulsos para novos investimentos deve ser a reforma tributária, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a reunião.   "Uma outra dimensão muito importante da reforma tributária, que ainda vai para o Senado, como sabemos, é estabelecer 100% de desoneração nas compras públicas, na área da saúde, e redução de 60% da alíquota básica na área de medicamentos", afirmou. Avanço da indústria Presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil, que representa o setor de medicamentos, Reginaldo Arcuri afirmou que as políticas industriais dos governos anteriores de Lula fizeram com que das 10 maiores empresas farmacêuticas do país seis passassem a ser nacionais ao longo dos últimos 20 anos. "Em todas essas políticas, o setor saúde e especificamente a produção de medicamentos tiveram destaque como setores estratégicos e importadores de futuro", afirmou. Ele ressaltou que o Grupo FarmaBrasil vai investir cerca de R$ 20 bilhões em novas fábricas, ampliações, equipamentos e pesquisa e desenvolvimento nos próximos anos.   Arcuri ainda defendeu segurança jurídica e previsibilidade nas políticas públicas, já que o setor de medicamentos depende de longos processos de desenvolvimento. "Para isso, precisamos atualizar as normas na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cemed). Outro fator, já mencionado, é solucionarmos, com urgência, os problemas enfrentados pela Anvisa para o desempenho de suas ações. É imprescindível manter o alto nível de qualidade da agência na análise de segurança e eficácia dos medicamentos", observou.

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Vestuários e calçados devem gerar R$ 81 milhões em Pernambuco no Dia dos Pais

De acordo com projeções da Fecomércio-PE, o setor de vestuários e calçados será o mais destacado no Dia dos Pais, com uma movimentação estimada em R$81,76 milhões. Esse valor representa a maior parte dos R$ 187 milhões esperados para o comércio pernambucano durante a data festiva. Além de vestuários e calçados, outros setores também terão desempenhos significativos. Farmácias e perfumarias devem gerar cerca de R$ 37,58 milhões em vendas, enquanto utilidades domésticas e eletroeletrônicos estão projetados para movimentar aproximadamente R$ 29,68 milhões. Hipermercados e supermercados completarão a lista com uma expectativa de R$ 19,26 milhões em vendas. Rafael Lima, economista da Fecomércio Pernambuco, destaca que a baixa inflação dos últimos 12 meses para esses itens pode incentivar os consumidores a aproveitar a estabilidade dos preços para adquirir presentes. "Essas projeções refletem um cenário positivo para o varejo em Pernambuco, com expectativas de boas vendas durante o Dia dos Pais". 70% dos brasileiros pretendem gastar até R$ 250 no presente de Dia dos Pais O Dia dos Pais deste ano será marcado por presentes mais econômicos, conforme levantamento da fintech Koin, especializada em soluções de "Buy Now, Pay Later". A pesquisa revelou que quase 70% dos consumidores planejam gastar entre R$ 51 e R$ 250 em presentes. Especificamente, 39,8% dos entrevistados devem desembolsar entre R$ 51 e R$ 150, enquanto 30,1% pretendem gastar de R$ 151 a R$ 250. Outras faixas de gastos incluem 7,3% que planejam investir de R$ 251 a R$ 350, e 5,7% de R$ 351 a R$ 500. Apenas 8,1% estão dispostos a gastar entre R$ 501 e R$ 1000, e 8,9% podem investir mais de R$ 1 mil. Ferreira Costa tem expectativa de aumento de até 20% de vendas de presentes no Dia dos Pais Percebendo o mercado promissor para o Dia do Pais, a Ferreira Costa vem prevendo um aumento acima de 20% na procura de presentes e kits para o período, em comparação com o ano de 2023. O Home Center destaca nas suas prateleiras itens como churrasqueiras, kits de churrasco, barbeadores e mesmo itens de jardinagem. Entre os presentes procurados estão desde kits de ferramentas (incluindo furadeiras, parafusadeira e marteletes) até poltronas. Shopping Guararapes projeta crescimento de 12% nas vendas com nova campanha para o Dia dos Pais Com a aproximação do Dia dos Pais, o Shopping Guararapes está se preparando para um aumento de 12% nas vendas, impulsionado pela nova campanha Comprou-Ganhou, que segue até o dia 11 de agosto. A campanha oferece aos clientes a oportunidade de trocar notas fiscais de compras acima de R$350 por um par de sandálias Havaianas, modelo Track Waves. A promoção é limitada a um par por CPF e visa atrair mais visitantes para o shopping, que está com novas lojas inauguradas e em fase de inauguração. O Shopping conta com lojas recém inauguradas, como a Nel Blu, a Avenida, a Petit e a Jolie e Diva. Serão inauguradas lojas da Crosby, Mr. KITSCH e Iang Chao.

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"Percebemos que o vidro plano é um produto em expansão de uso"

Henrique Lisboa, presidente da Vivix, conta a trajetória da empresa que está completando 10 anos e que é a única brasileira a atuar no mercado de vidros planos ao lado de gigantes multinacionais. Também aborda como o surgimento do home office e o aumento da temperatura influenciam na criação de novos produtos. A conjuntura econômica, social e ambiental dos últimos anos acabou por impactar a arquitetura de residências e de imóveis comerciais. Seja em razão do aumento da temperatura, provocado pelas mudanças climáticas, do surgimento do home office, popularizado na pandemia, ou da poluição sonora das grandes cidades, construtoras e moradores viram-se diante de novas necessidades ao compor seus ambientes. A fabricante pernambucana de vidros planos Vivix tem transformado essas demandas em oportunidades para expandir os negócios, a partir de inovações como a fabricação de produtos com controle térmico e acústico. Entretanto, há uma década, a empresa foi fundada pelo centenário Grupo Cornelio Brennand já na perspectiva de que o setor vidreiro usufruía da vantagem de ter um mercado em expansão. Um investimento que o tempo comprovou ter sido uma decisão acertada. Com 340 funcionários diretos e uma produção diária de 900 toneladas de vidros planos, a Vivix está completando 10 anos com participação próxima a 15% do mercado. O que não é pouca coisa, afinal é a única empresa brasileira competindo com gigantes internacionais no setor. Para conhecer a trajetória, as inovações e os projetos da Vivix, Cláudia Santos conversou com o presidente da empresa Henrique Lisboa. Ele também abordou como os percalços da conjuntura econômica, a exemplo dos juros altos, têm influenciado os negócios. A Vivix pertence ao grupo centenário Cornélio Brennand. Qual foi a oportunidade de mercado que levou à criação da empresa? Desde 2008, o Grupo Cornélio Brennand, presente há 106 anos na indústria de cimento, cerâmica e vidro para embalagem, vinha avaliando entrar nesse negócio. Olhávamos esse mercado ao mesmo tempo em que possuímos jazidas de minérios, que são ativos presentes na matéria-prima do vidro. Percebemos que o vidro plano, na construção civil, é um produto em expansão de uso. Do ponto de vista arquitetônico, pode ser usado tanto internamente quanto externamente. Ele dá nobreza e, na forma de espelho, que é um subproduto do vidro, amplia os ambientes. Como esses ambientes das cidades grandes estão ficando cada vez menores, há essa necessidade de dar a sensação de amplitude. Além disso, está acontecendo uma evolução na parte de fachadas dos edifícios, no Brasil e no mundo, para economizar mais energia e proporcionar mais interação com o meio ambiente, e o vidro traz essa possibilidade, de você poder enxergar o lado de fora. Assim, naquele momento em que estávamos analisando as oportunidades de mercado, especialmente entre os anos de 2010 e 2014, existia uma carência de oferta desse produto no Brasil. Inclusive, comparado a outros países, o uso do vidro plano aqui está bem abaixo. O grupo, que ao longo do tempo, investiu bastante em empresas como as que têm tecnologia ou que sejam intensivas em capital, como a indústria de vidro, viu que era um bom investimento. Havia uma oportunidade no mercado de produzir e vender um produto que estava, e ainda está, em expansão de uso. Quando se olha desse ponto de vista, por essas características que mencionamos, percebe- -se que esse produto, a longo prazo, vai expandir seu uso no mundo. Obviamente, existem as variações da economia. Os anos de 2014 e 2015, de PIB negativo, foram muito ruins, e esses momentos vão afetando todas as indústrias, inclusive a de construção civil e a indústria de vidros planos também. Atualmente, somos o único fabricante nacional nesse mercado. A Vivix é uma empresa pernambucana competindo com grandes multinacionais. Temos relevância no setor, estamos perto de 15% no mercado. Somos respeitados pelos clientes, pelo mercado, pela concorrência, isso é algo que conquistamos ao longo desses 10 anos de trajetória. Nessa trajetória quais tipos de vidro que a empresa passou a produzir? Como foi a evolução da produção e do atendimento às demandas do mercado? Como a característica dessa indústria é um alto forno que fica produzindo 365 dias por ano, não poderíamos começar a operar a fábrica sem ter mercado. Então, um ano e meio antes da operação iniciar, começamos revendendo produtos importados e, dessa forma, quando a fábrica fosse ligada, já teríamos clientes para escoar a produção. E assim foi feito. Quando iniciamos a operação, já havia aproximadamente 70% da produção encaminhada. Então, substituímos a importação pela produção, começando a fabricar o vidro incolor, normal. Uma curiosidade: no início, não é recomendável produzir vidro colorido num forno muito novo. Por isso, depois de um ano, produzimos o verde, o cinza, fomos fabricando as cores que são mais vendidas no mercado nacional e dando sequência ao aumento de portfólio. Passamos, então, a produzir o espelho, que é uma transformação do vidro por meio do banho de prata, e o vidro laminado, que se vê muito em edifícios comerciais do chão ao teto, conhecido também como vidro de segurança, porque, se sofrer uma batida, ele fica marcado, mas não é traspassado, pois tem uma proteção. Então, entramos nessas linhas de produtos um pouco mais avançados e, em 2018, começamos a produzir os vidros de controle solar, que são esses meio espelhados, também comuns em prédios comerciais, com um acabamento que impede ou dificulta a entrada de calor proporcionando melhor sensação térmica e economia de energia. Um ano depois, começamos a produzir vidros pintados, usados como revestimentos especialmente em cozinhas. Então, todos esses tipos de vidro mencionados correspondem a mais ou menos 95% do que é vendido de portfólio no mercado. A empresa está lançando o vidro acústico. Quais as características dessa tendência? A gente vem observando o mercado como um todo, trabalhando muito próximo dos arquitetos e das construtoras e percebemos que é crescente essa questão de melhorar as barreiras acústicas, principalmente pensando em pessoas que moram muito próximas a avenidas, casas de show, aeroportos, por exemplo. Segundo o gerente de mercado da Vivix, Luiz

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