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País tinha 9,4 milhões de empresas em 2022, mostra pesquisa do IBGE

(Da Agência Brasil) O país tinha 9,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2022, as quais ocuparam, em 31 de dezembro, 63 milhões de pessoas, sendo 50,2 milhões (80,0%) como pessoal ocupado assalariado e 12,5 milhões (20%) na condição de sócios e proprietários. Os salários e outras remunerações pagos totalizaram R$ 2,3 trilhões. O salário médio mensal foi R$ 3.542,19, equivalente a 2,9 salários mínimos. Os dados constam das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) 2022 divulgadas nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse ano, havia 2,9 milhões de empresas e outras organizações com pessoas assalariadas, o que representa 30,4% do total de empresas e outras organizações. Já as empresas sem pessoas assalariadas representavam 69,6% (6,6 milhões). Essas empresas sem assalariados ocupavam 13,5% do pessoal ocupado total (8,4 milhões), todos sócios e proprietários, o que corresponde a 67,4% desse grupo. Elas pagaram 0,4% dos salários e outras remunerações (R$ 8,6 bilhões), o que corresponde a R$ 2.454,36 de salário médio mensal e dois salários mínimos. Por outro lado, as empresas com assalariados ocupavam 86,5% do pessoal ocupado total (54,3 milhões) e 32,6% dos sócios e proprietários (4,1 milhões). Além disso, pagaram 99,6% dos salários e outras remunerações (R$ 2,3 trilhões), atingindo média mensal pouco acima da média global, R$ 3.548,12, e 2,9 salários mínimos. A seção comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas registrou as maiores participações em três das quatro variáveis analisadas: número de empresas e outras organizações (29,1%), pessoal ocupado total (21,0%) e pessoal ocupado assalariado (19,0%), enquanto, em salários e outras remunerações ficou na terceira colocação (13,0%). A seção indústrias de transformação ocupou a segunda colocação em pessoal ocupado total (14,0%), salários e outras remunerações (16,4%) e pessoal assalariado (15,8%). Já o grupo administração pública, defesa e seguridade social ficou em terceiro lugar em pessoal assalariado (15,7%) e foi a primeira em salários e outras remunerações (23,3%). A seção atividades administrativas e serviços complementares ficou na segunda posição em número de empresas (9,8%) e na quarta posição em pessoal ocupado total (9,7%) e pessoal ocupado assalariado (10,4%). Em 2022, observa-se que 54,7% do pessoal ocupado assalariado eram formados por homens e 45,3% por mulheres, sendo que eles absorveram 58,5% dos salários e outras remunerações, enquanto elas, 41,5%. Em termos salariais, portanto, os homens receberam salário médio mensal superior ao das mulheres: enquanto eles tiveram R$ 3.791,58, elas receberam R$ 3.241,18, o que significa que eles receberam salário 17% maior. Em análise por escolaridade, 76,6% do pessoal ocupado assalariado não tinham nível superior e 23,4%, sim O pessoal ocupado assalariado sem nível superior recebeu R$ 2.441,16 e o com ensino superior, R$ 7.094,17, aproximadamente três vezes mais. Apenas duas atividades apresentaram maior participação de pessoas com nível superior: educação (64,3%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (60,6%). administração pública, defesa e seguridade social (47,4%) completam o ranking dos três setores que mais ocupam pessoas com nível superior. Para os ocupados sem nível superior, os setores que mais ocupam são alojamento e alimentação (96,1%), agricultura, pecuária, produção florestal e aquicultura (94,1%) e construção (92,6%). Devido a mudanças metodológicas relacionadas às fontes de informações, a divulgação de 2022 do CEMPRE traz quebra na série histórica iniciada em 2007 e encerrada em 2021. Ou seja, os resultados de 2022 não são comparáveis aos anos anteriores.

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Cada vez mais profissionais apostam na transição de carreiras

*Por Rafael Dantas Se você está pensando na possibilidade de mudar de carreira, saiba que mais da metade dos brasileiros têm a mesma pretensão. Seja na busca de oportunidades em novas áreas ou por sonhar com um trabalho mais conectado à satisfação pessoal, 60% dos trabalhadores no País cogitam fazer uma transição no seu rumo profissional, segundo relatório publicado pelo Linkedin. Esse é um caminho traçado por vários pernambucanos, por motivações múltiplas, em busca sempre da felicidade laboral. O levantamento do Linkedin, com 1,3 mil brasileiros, indicou que a busca por autossatisfação e bem-estar com o trabalho é o principal combustível para encarar uma mudança. Outro estudo, da PwC, publicado em 2023, revelou que entre os profissionais que desejam mudar de emprego, 20% sofrem com carga horária excessiva e 37% por falta de recursos. Os caminhos e os impulsos para fazer essa travessia são bem diferentes. Desde a necessidade, em razão do desemprego, ou mesmo a chance de mergulhar em sonhos antigos que estavam à espera de uma oportunidade. “Muitos profissionais começam muito cedo a escolher a carreira profissional, sem ter um discernimento mais sólido sobre a área. Escolhem por causa dos pais ou por alguma pressão da sociedade. Às vezes, as pessoas vão desenvolvendo as atividades porque a vida as levam a fazer, mas chega o momento em que esse profissional se volta para atuar onde de fato ele quer”, afirma Carla Miranda, consultora e sócia da TGI e ÁgilisRH. Muitas dessas escolhas são feitas em um momento de maior estabilidade, quando esses profissionais mudam a rota em direção das áreas que realmente desejavam atuar. Esse foi o caso de Caroline Rosendo. Formada em direito pela UFPE e com várias especializações e mestrado, ela acumulou vasta experiência como advogada, professora universitária e conselheira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Apesar de ter uma carreira sólida, desde cedo sempre se interessou pelo ramo da beleza e estética. Até que a oportunidade chegou. Caroline passou um ano no Canadá com a família, quando se aprofundou em novas práticas na área da beleza. Ao retornar ao Brasil, a advogada recebeu uma oferta de um cliente que queria vender uma barbearia. “A minha transição de carreira foi muito emocionante e gratificante. Primeiro porque veio de um cliente que procurou meu escritório para que a gente fizesse uma auditoria. Mas no meio do meu trabalho, como advogada, a socieda de dele acabou sendo desfeita. A empresa era uma barbearia. Eu disse: olha, eu até posso assumir a empresa, se tiver também o atendimento ao público feminino”. A empresária transformou o negócio, incorporando espaços para beleza feminina e infantil, e investiu em mais de 30 cursos na área de estética e gestão de spas. Com o apoio do esposo e a parceria estratégica de seu irmão, ela estabeleceu um ambiente de trabalho acolhedor e o atendimento afetivo aos clientes como marca do novo negócio. Assim nascia o Espaço Toute Beauté, ao lado da Toute Barbearia. E a advogada se transformou em empreendedora. Hoje, Caroline lidera um salão focado no “bem-estar e empoderamento feminino”. Muito feliz na nova fase da vida profissional, embora afirme ter gostado muito da vivência na advocacia também, a empresária tem planos de expansão no negócio, que incluem serviços de estética avançada e cuidados de saúde, além de continuar inspirando outras mulheres a seguirem seus sonhos. EMPREENDEDORISMO Assim como Caroline, Ana Angélica de Souza também gostava das atividades que desempenhava no interior do Estado. Professora de ensino infantil e presidente da Associação dos Agricultores e Criadores de Paraguaçu, no município de Itambé, na Zona da Mata pernambucana, ela migrou de trabalho, no entanto, por outras motivações e em um contexto bem diferente. Na pandemia, tanto a escola onde ela trabalhava, como a feira onde era comercializada a sua produção agrícola fecharam. Foi nesse momento que precisou se reinventar e aprendeu a fazer chips com a macaxeira que produzia em sua propriedade. Um movimento conhecido como empreendedorismo por necessidade. Esse foi o perfil de 47,3% dos novos negócios do Brasil em 2022, de acordo com um relatório produzido pelo GRM (Global Entrepreneurship Monitor). No caso de Ana, deu muito certo. “Um dia estava sentada no sítio, vendo tanta macaxeira se estragando, acabávamos doando. Junto com a pandemia, veio a crise. Fizemos um trabalho social, com distribuição de alimentos. Mas aprendemos na internet a preparar os chips. Eu e meu esposo fomos adaptando, vendo a crocância, o tempero e oferecendo para as pessoas próximas experimentarem. Mas os resultados foram bem além do que esperávamos”, conta Ana de Souza. Os novos empreendimentos envolvendo alimentos ou refeições, como o de Ana, são muito comuns, segundo a consultora Carla Miranda. “Uma das coisas que mais percebo são as pessoas empreenderem na gastronomia. Muitas profissões ou postos de trabalho estão sumindo, há também pessoas que não querem viver de carteira assinada ou depender apenas do emprego. É na comida onde muitos desses novos empreendedores se aventuram”. O negócio da Ana Chips começou pequeno, testando o produto, com uma embalagem simples e vendendo apenas para os poucos banhistas que se aventuravam na praia de Ponta de Pedras, em Goiana. Sua cunhada experimentou e levou para o trabalho, em uma grande indústria da região, para vender. Começaram a surgir outros clientes e vendedores interessados. Com apoio do Sebrae, que ela já conhecia pelo trabalho na associação, pouco a pouco o empreendimento foi se sofisticando. Há apenas um ano, a nova atividade de Ana ganhou um CNPJ de microempreendedor individual. Neste mês, o volume de atividades que a Ana Chips demanda irá tirá-la da escola para onde ela havia retornado após o fim da pandemia. “No próximo dia 30, será meu último dia como professora. Ficarei integral no negócio. Estou saindo da sala de aula para me dedicar inteiramente à microempresa”. Ela segue na associação mas, agora, compra parte da produção dos associados para preparar os lanches que estão alcançando cada vez mais praças e eventos. Nesse período, por exemplo, a empresa familiar diversificou os sabores do chips, aperfeiçoou

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Índice de atividade econômica do Nordeste supera a média nacional

Desde o ano de 2015, o Índice de Atividade Econômica do Nordeste, que é medido pelo Banco Central, não superava a média nacional. Pelo mais recente anúncio, o avanço no primeiro trimestre de 2024 foi de 3,2%, enquanto no País o indicador cresceu 1%. Na região, a liderança ficou com o Ceará (4,4%). A Bahia registrou elevação de 3,1% e Pernambuco cresceu 2,5%. As motivações desse salto acima da média nacional, segundo o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisa do Banco do Nordeste, está no desempenho do Comércio e Serviços. O crescimento da oferta de empregos e a elevação do rendimento médio real são algumas das justificativas levandadas pelo economista e gerente executivo de estudos e pesquisas macroeconômicos do Etene, Allisson Martins. O próprio banco registrou um salto de 47% nos recursos aplicados nesses setores, no início do ano, que alcançou o patamar de R$ 2,8 bilhões no trimestre. As regiões norte e sudeste tiveram desempenho semelhantes ao Nordeste (3,1%), deixando o Sul um pouco atrás (1,4%). O Centro Oeste foi o único a não obter avanço no trimestre, igualando o desempenho do mesmo período de 2023. Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste "Considero que a atuação recente do Banco do Nordeste, com recorde de contratações, colaborou com a evolução da atividade econômica na região. O Nordeste tem perspectiva de manter essa tendência de crescimento pelos próximos dez anos, e o BNB permanece apto para impulsionar o desenvolvimento regional com crédito oportuno e de qualidade para todos os setores da economia”.

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Empresário Bruno Veloso assume presidência da Fiepe

No próximo dia 17 de junho, o empresário Bruno Veloso será oficialmente empossado como presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE). A cerimônia acontecerá no Armazém Blu’nelle, em Santo Amaro, e contará com a presença de empresários, políticos e representantes de instituições do setor produtivo. Veloso sucede Ricardo Essinger, que liderou o Sistema FIEPE por oito anos, e traz uma nova diretoria para o período 2024-2028. Perfil do novo presidente Veloso, que atua no ramo de fabricação de pré-moldados de cimento e possui uma longa trajetória de 15 anos no Sistema FIEPE, delineou três pilares para sua gestão: Transformação Digital, ESG (Environmental, Social, and Governance), e Interiorização das ações e projetos do Sistema FIEPE. Nascido no Recife em 1959, Bruno Veloso é engenheiro civil formado pela Universidade Católica. Na FIEPE, passou pelas diretorias administrativa e financeira durante as gestões de Jorge Côrte Real e Ricardo Essinger e também foi conselheiro do SESI-PE. Perspectivas para o mandato Em sua gestão, Veloso promete dar especial atenção às práticas de ESG, visando auxiliar as indústrias na redução de sua pegada de carbono e na implementação de práticas sustentáveis. Outro ponto crucial será a interiorização das iniciativas do Sistema FIEPE, com destaque para a instalação de uma unidade integrada em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, que reunirá SESI, SENAI, FIEPE e IEL. A nova diretoria também conta com Massimo Cadorin como 1º vice-presidente, José Antônio de Lucas Simón como 2º vice-presidente, e Renato Cunha como 3º vice-presidente. "Como legítimos representantes das indústrias de todos os portes e segmentos, estamos empenhados em difundir a cultura de inovação e ter foco nas entregas".Bruno Veloso Fricon marca presença na Fispal, em São Paulo A multinacional Fricon está participando da Fispal, em São Paulo, reconhecida como a maior feira de food service e sorvetes da América Latina. A empresa espera fechar negócios que representem 30% de seu faturamento anual durante o evento. Sob o comando de Artur Azevedo, um dos sócios da Fricon no Brasil, uma equipe de mais de 50 pessoas está no evento, destacando a liderança da empresa no mercado nacional de equipamentos para sorvetes e gelaterias, com planos ambiciosos de expandir ainda mais sua presença. A Fricon apresenta mais de 60 equipamentos, incluindo modelos verticais e horizontais, além de sua nova linha total black, que se destaca pelo design moderno e sofisticado. Essas soluções são voltadas para sorveterias, bares, restaurantes, cozinhas industriais, açougues e hipermercados. Os visitantes também podem conferir os modelos Ecofriendly, que utilizam gás R290, uma alternativa que não agride o meio ambiente e economiza até 55% de energia, além das populares ilhas ICED, amplamente usadas em supermercados. A Fispal teve início na terça-feira (11) e se estenderá até a próxima sexta-feira, oferecendo uma plataforma vital para a Fricon fortalecer sua posição de liderança e explorar novas oportunidades de mercado. Empresa Pernambucana de cosméticos naturais e veganos na maior feira da América Latina A NaturalTech 2024, principal feira de negócios em produtos naturais da América Latina, que ocorre de 12 a 15 de junho no Distrito Anhembi, em São Paulo, será o palco para dois importantes lançamentos na indústria de cosméticos sustentáveis no Brasil. A marca pernambucana Chlorophylla está preparando novidades significativas para os visitantes: o lançamento Ma Belle Eau de Parfum. O produto incorpora inovações de mercado, é vegano, formulado à base de plantas e livres de testes em animais. Construtora Rio Ave aposta em inovação e redução de perdas na construção civil A construtora Rio Ave tem se destacado pela sua atenção especial à inovação e à redução de perdas no setor da construção civil. Investindo em tecnologias de ponta nos canteiros de obras, como a plataforma BIM (Building Information Modeling), a empresa tem alcançado resultados positivos. O BIM é uma tecnologia de modelagem que permite a simulação virtual do que será construído, proporcionando maior agilidade nas tomadas de decisões. Além dessa plataforma, a Rio Ave utiliza a FVS (Ficha de Verificação de Serviço) digital em celulares ou tablets, eliminando a necessidade de grande quantidade de papel nas obras. A construtora também adota alvenaria racionalizada e paginação dos revestimentos, estratégias que ajudam a reduzir desperdícios e otimizar recursos.

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Mercado aumenta projeção do PIB para 2024

(Da Agência Brasil) O mercado financeiro elevou a previsão para o crescimento da economia este ano. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central (BC), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fechará 2024 em 2,09%, o mesmo índice de quatro semanas atrás. Na semana passada, a estimativa foi de que o crescimento ficasse em 2,05%. Para 2025 e 2026 a previsão é de um crescimento de 2%. O mercado financeiro também elevou a projeção de inflação para este ano de 3,88%, na semana passada, para 3,9%. Há quatro semanas a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 3,76% A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%. O Focus traz as previsões de economistas e analistas de mercado financeiro consultados pelo BC. Para 2025, os analistas também elevaram a projeção de inflação que passou de 3,77% para 3,78%. Para 2026, a previsão é de que a inflação fique em 3,6% e, em 2027, em 3,5%. O boletim manteve a previsão da taxa básica de juros, a Selic, para este ano. Segundo o Focus, a Selic deve fechar 2024 em 10,25%. Atualmente a taxa está em 10,5%. Há quatro semanas a previsão do mercado era que o índice ficasse em 9,75%. Os analistas mantiveram a previsão do câmbio para 2024 em R$ 5,05. Há quatro semanas a previsão era de que a moeda norte-americana ficasse em R$ 5,00. Para 2025, a projeção é de que o dólar permaneça em R$ 5,05. Para 2026, a estimativa é de que o câmbio feche em R$ 5,10 e para 2027, em R$ 5,11.

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Mais de R$ 300 milhões de investimentos privados são anunciados em Pernambuco

Os números dos projetos industriais aprovados para concessão de incentivos fiscais pelo Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) e pelo Programa de Estímulo à Indústria de Pernambuco (Proind) indicam o desembarque de R$ 331,5 milhões de investimentos em Pernambuco. As novas empresas ou as ampliações das fábricas e centros de distribuição já em operação prometem gerar mais 1,355 mil empregos diretos no Estado. Desta vez, um dos destaques é para a Região Metropolitana, que com mais da metade dos novos postos de trabalho abertos. Ao todo, foram aprovados 79 projetos na Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) desta semana. Desses, 50 são indústrias, 13 são importadoras e outros 16 são centrais de distribuição. Como na primeira reunião do ano do Condic, os investimentos somados superaram os R$ 160 milhões, o secretário-executivo da Adepe, Carlos Sant’Anna, comemora a atração no ano de aproximadamente meio bilhão. "A soma dos dois anúncios de 2024 representa cerca de R$ 500 milhões e mais de dois mil novos empregos. Estamos confiantes no trabalho que estamos fazendo e o empresariado também à medida que o número de novos investimentos só cresce”. Oggi Sorvetes investirá R$ 146,7 milhões na RMR Entre os destaques anunciados nesta semana está a fábrica da Oggi Sorvetes. A empresa aportará R$ 146,7 milhões para implantar sua unidade em Abreu e Lima, com perspectiva de criar 219 postos de trabalho. "Estamos muito felizes em chegar a Pernambuco. Há uma semana que iniciamos a nossa operação, e a primeira loja deverá funcionar nos próximos dias. A projeção para o Nordeste é muito boa, principalmente por conta do calor. No Brasil, temos em torno de 1.000 lojas, e a gente acredita que, no Nordeste, vamos chegar a esse número bem rápido", detalhou Paulo Reis, diretor de operações da Oggi Sorvetes. Outros empreendimentos como Arcelomittal e Atlas Indústria de Eletrodomésticos também investem em Pernambuco e seguem para cidades como Caruaru e Escada. Entre outros empreendimentos, estão ainda: Tron Controles Elétricos (Recife), SL Cereais (Cabo de Santo Agostinho), Metalúrgica de Toni (Vitória de Santo Antão), Pesqueira Pré-moldados (Pesqueira), Demel Indústria Alimentícia (São José do Egito), Indústria de Laticínios Porteiras (Tupanatinga) e LBN Indústria (Petrolina), entre outros. Copergás anuncia investimento R$ 223 milhões no Agreste A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) destinará R$ 223 milhões para a infraestrutura da região Agreste do Estado nos próximos cinco anos. Este investimento faz parte do planejamento estratégico da companhia até 2029. Os recursos serão usados para expandir a rede para mais quatro municípios, elevando o número total de municípios atendidos na região para 15. A primeira fase do projeto foi entregue na Base Operacional de Caruaru (BOC) durante um evento com a presença da governadora Raquel Lyra. Serão construídos 156 km adicionais de rede de gás natural, quase dobrando a malha atual e permitindo a interligação de mais 4.500 unidades consumidoras, totalizando 5.317 unidades. Este número representa um aumento de quase sete vezes na base atual de clientes, abrangendo os segmentos industrial, veicular, comercial e residencial. Comitê Recife 500 Anos discute atração de investimentos no centro da capital Empresários pernambucanos participaram de uma reunião do Comitê Recife 500 anos, promovida pela Amcham Recife, para discutir o desenvolvimento econômico e social da capital pernambucana. O encontro aconteceu no Empresarial Charles Darwin, na Ilha do Leite, e focou em estratégias para atrair investimentos para o centro da cidade. Intitulado "Recife em Foco: Atração de Investimentos no Centro da Capital", o evento reuniu importantes figuras do cenário empresarial e político local. Ana Paula Vilaça, chefe de gabinete do Recentro da Prefeitura do Recife, iniciou a manhã compartilhando sua experiência sobre a importância de atrair investimentos para estimular o crescimento econômico e social do Recife. Também presente, o investidor Romero Maranhão Filho, sócio da Maxxima Empreendimentos, apresentou o case do complexo Porto Novo Recife, que inclui o Novotel Recife Marina, Recife Expo Center e Recife Marina. Maranhão detalhou as decisões estratégicas envolvidas no desenvolvimento desse empreendimento, oferecendo insights valiosos sobre novos investimentos no coração do Recife. Grupo Trino é reconhecido como a melhor operadora de logística do Brasil O Grupo Trino foi reconhecido como a melhor operadora logística do Brasil pelo Programa de Excelência em Transportes (PEX Transportes) da Whirlpool. A premiação anual celebra as empresas parceiras que se sobressaíram nas melhores práticas e resultados em gestão de pessoas e indicadores operacionais. Jessica Couto, diretora Executiva de Negócios do Grupo Trino, e Gerson Barros, de Logística, receberam o prêmio em cerimônia realizada em São Paulo. De origem pernambucana, o Grupo Trino atua há mais de 30 anos no mercado com serviços que englobam um extenso conjunto de atividades. "Atuamos em um setor em constante transformação, acompanhando as tendências com comprometimento e responsabilidade. Este prêmio mostra a confiança que os clientes e parceiros têm em nossa marca e que a nossa busca constante pela excelência em todos os segmentos onde atuamos está no caminho correto", comemora Jessica.

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Transnordestina: empreendimento entre Salgueiro e Suape agora engatou?

O lançamento do edital para elaboração do projeto executivo do trecho pernambucano torna mais factível a sua construção. Mas especialistas alertam para a necessidade de obra ser concluída ainda no mandado do presidente Lula *Por Rafael Dantas A rota da Transnordestina, que era de abandono da linha pernambucana, vai ganhando um percurso mais visível de volta para Suape. O vagão do desânimo dos empresários e técnicos que esperavam pelo empreendimento, aos poucos, vai dando espaço a uma carga de otimismo. Os recursos anunciados de R$ 450 milhões do PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) e o lançamento do edital para projeto executivo pela Infra SA são passos importantes para esse trem engatar. Mas há muitos trilhos a serem percorridos até que essas locomotivas voltem a circular em Pernambuco. O volume de recursos para concluir as obras entre Salgueiro e Suape é estimado entre R$ 4,5 e R$ 5 bilhões. O valor até agora sinalizado, em torno de 10%, é ainda distante do necessário, mas importante para tracionar o retorno das obras no empreendimento. “O Governo Federal colocou recursos do PAC no trecho Salgueiro-Suape para fazer essa obra. E agora ela vai ser executada com verbas do Orçamento Geral da União”, afirmou Danilo Cabral, superintendente da Sudene, no evento Crea Convida, que discutiu a pauta da Transnordestina na sede da Fiepe. A própria Superintendência deve ser um dos caminhos para destravar novos financiamentos para a obra, como já tem contratos assinados com o trajeto que segue para Pecém, no Ceará. Além dos recursos, algumas indefinições importantes já foram resolvidas. A Infra SA, por exemplo, lançou o edital para contratação do projeto básico executivo. Nesta semana a Geosistemas Engenharia e Planejamento venceu o pregão eletrônico, com uma proposta de R$ 12,4 milhões para realizar o serviço. O momento atual é de análise das documentações necessárias. Ao se confirmar o arremate e quando o contrato for assinado, a empresa terá quatro meses para entregar os 55 primeiros quilômetros do projeto. A Infra SA poderá iniciar a licitação para as obras assim que receber essa primeira entrega. O horizonte de 2024, portanto, é real. Ao todo, a corporação vencedora irá desenvolver o projeto básico/executivo de 520 quilômetros da ferrovia no Estado. O cronograma previsto para o início da ordem de serviços para o trecho pernambucano da ferrovia, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, era de 30 de setembro. Ele antecipou essa previsão ainda em janeiro deste ano, durante a cerimônia de retomada das obras da Rnest (Refinaria Abreu e Lima). O vencimento dessa etapa foi comemorado pelo Governo do Estado. "Vemos com muita alegria o vencimento de mais uma etapa importante na retomada das obras do trecho Salgueiro - Suape. O que tínhamos acordado entre o Governo Raquel Lyra e o Governo Federal era justamente o cumprimento desta etapa para que a gente possa dar conformidade aos projetos de forma a ser entregue a uma nova executora da obra”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. “O Governo Federal cumpriu à risca aquilo que tem combinado conosco e, da nossa parte, a gente vem dando todo o suporte necessário para que essas etapas sejam vencidas”. A expectativa do secretário é que diante dos novos projetos, a Infra SA em breve possa mobilizar um novo canteiro para retomar a atividade da obra. “Isso dará à ferrovia um grau de concretude que nos permitirá, a partir daí, desenhar os novos modelos de concessão que vão viabilizar a sua construção por completo", afirmou Guilherme. Para o trajeto (Salgueiro-Suape), que foi amputado em dezembro de 2022 da Transnordestina, não tendo mais uma empresa concessionária para a execução das obras e sem nenhum real no horizonte, o cenário mudou muito. A chegada da Infra para a gestão do projeto, os prometidos recursos no PAC e a iminente contratação do projeto executivo deram a musculatura de realidade ao empreendimento. “Agora temos que acompanhar a licitação, o passo a passo, a ordem de serviço, o início dos trabalhos e monitorar. Queremos que o projeto executivo seja o melhor possível. O momento é de entregar os produtos e viabilizar os recursos para a obra. É uma caminhada de muitos passos. Estamos dando alguns, mas não chegamos no final”, afirmou o presidente do Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Adriano Lucena. No monitoramento do PAC, o trecho pernambucano da ferrovia se encontra em duas alíneas. Em uma delas, o empreendimento está na modalidade de construção, na classificação em obras, mas numa situação de ação preparatória. Na outra, está classificada como “estudo/projeto/plano”, também na situação de ação preparatória. Nas duas, estão citados pela Casa Civil, os municípios de São José do Belmonte, Serra Talhada, Custódia, Arcoverde, Pesqueira, Cachoeirinha, Belém de Maria e Ribeirão. DEFINIÇÕES IMPORTANTES NO RADAR DA SOCIEDADE Durante o Crea Convida, o engenheiro e professor da Unicap, Maurício Pina, levantou quatro questionamentos relevantes sobre a retomada das obras de ferrovias no Nordeste, especialmente em Pernambuco. Um deles é a preocupação em relação à mudança do percurso da linha em direção à Suape. “A questão do novo traçado entre Salgueiro e Suape nos preocupa. Quando esse edital de licitação foi lançado, foi dito, com muita ênfase, que haveria um novo estudo. Um traçado novo, completamente diferente do anterior, envolve questões ambientais, questões de desapropriações. A Petrobras tem interesse em construir terminais de derivados em cidades polos, como Caruaru, Arcoverde, Serra Talhada e Salgueiro. Na medida que o traçado se afastar demais do que havia sido concebido, isso vai trazer problemas”, adverte o engenheiro. Em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, no final de abril, o ministro da Casa Civil Rui Costa, respondendo a uma pergunta da senadora Teresa Leitão, afirmou que devido às construções que foram realizadas no traçado original da ferrovia, será necessária uma adequação antes da continuidade das obras. “Estamos reavaliando todo o traçado até chegar ao Porto de Suape, em especial na chegada, porque mesmo com a obra em andamento se autorizou a construção de conjuntos habitacionais. Essas intervenções urbanas

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Suape investe mais de R$ 600 milhões em modernização da infraestrutura

O pacote de intervenções inclui a restauração do molhe, dragagem dos canais interno e externo, modernização da iluminação e substituição das defensas. O Complexo Industrial Portuário de Suape está investindo mais de R$ 600 milhões em um pacote abrangente de modernização da infraestrutura portuária. Este investimento inclui a restauração do molhe, um paredão de pedras com 2,5 quilômetros de extensão que protege os berços de atracação, além de serviços de dragagem dos canais interno e externo, modernização da iluminação e substituição das defensas. Com estas melhorias, o 6º porto público mais movimentado do Brasil busca aumentar sua segurança e eficiência operacional. Atualmente, Suape concluiu a terceira de quatro fases da restauração do molhe, com um investimento de R$ 68,1 milhões para reforçar 1,6 quilômetros da estrutura com blocos de pedras pesando entre 300 quilos e 12 toneladas. A última fase, orçada em R$ 123 milhões, começará em julho e tem previsão de término para 2028. As obras tem o objetivo de mitigar os efeitos das marés altas e garantir que as operações portuárias sejam realizadas com menor interferência das correntes marítimas. Cachaça pernambucana Sanhaçu recebe título de melhor do Brasil Com menos de um ano no mercado, a cachaça Sanhaçu Soleira, produzida no Engenho Sanhaçu, localizado na zona rural de Chã Grande, no agreste pernambucano, alcançou o prestigiado título de melhor cachaça do Brasil. A competição foi acirrada, envolvendo cinquenta cachaças de nove estados brasileiros. Além do primeiro lugar, os produtores de Pernambuco se destacaram nas outras duas categorias: a cachaça Origem conquistou o segundo lugar, e a cachaça Freijó ficou em 21º. Esta vitória marcou a 6ª edição do Ranking Cúpula da Cachaça, o maior concurso de cachaças do país, e foi considerada a disputa mais acirrada da história do evento. Presente em todo Brasil, com exportação para Suíça e Estados Unidos, a família Barreto Silva, à frente da Sanhaçu, soma 17 anos de mercado, acumulando 47 premiações, nacionais e internacionais. BNB Brecebe prêmio internacional por programa de apoio a startups e lança hoje o Prodeter Economia Circular O Banco do Nordeste foi reconhecido internacionalmente pela Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide) por seu programa de apoio a startups. O prêmio, entregue ontem (16), destaca as boas práticas do banco em termos de informação, assistência técnica e responsabilidade social. A cerimônia de premiação aconteceu durante a 54ª Reunião Anual da Alide (Anual das Instituições Financeiras da América Latina e Caribe), que está sendo realizada na sede do BNB em Fortaleza. Hoje (17), a superintendência do BNB em Pernambuco estará reunindo diversas entidades empresariais, prefeituras, órgãos públicos e empresas para lançar o Plano de Ação Territorial da Economia Circular, no Recife. Esta iniciativa é uma nova linha do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), que visa promover o desenvolvimento regional com base nas vocações econômicas locais. O plano abrange vários municípios e é coordenado pelos Agentes de Desenvolvimento do BNB, que fornecem crédito, capacitação e monitoramento para impulsionar o empreendedorismo local. Na Região Metropolitana do Recife, o plano já conta com o apoio da Prefeitura do Recife, da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), da Advocacia Geral da União, da Assembleia Legislativa de Pernambuco, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Assespro PE/PB, entre outras instituições e empresas.

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Novo ciclo de investimentos do pólo automotivo acelera transição energética em Pernambuco

*Por Rafael Dantas Pernambuco pegou o “último carro” movido a combustíveis fósseis quando recebeu recursos bilionários para erguer o Polo Automotivo em Goiana, há quase uma década. No final de abril, a Stellantis, empresa âncora do cluster, anunciou um novo aporte de R$ 13 bilhões. O ciclo de investimentos atual aponta para a estruturação de uma plataforma de veículos híbridos e elétricos. Mais que produzir um bem industrial com alto valor agregado, o empreendimento coloca o Estado como um dos protagonistas no processo de descarbonização da frota no País. O movimento da empresa – e das dezenas de fornecedores que virão a reboque – promete abrir oportunidades para o desenvolvimento tecnológico local nessa cadeia que tem movido corporações globais para reduzir as emissões de carbono nos transportes. O Polo de Goiana receberá nada menos que 43% dos aportes do novo ciclo de investimentos da Stellantis para a América do Sul. Emanuele Cappellano, presidente da corporação para o continente, destacou que a empresa tem a expectativa de fechar esse ciclo com 100 fornecedores instalados no Estado até 2030. Atualmente 38 empresas integram o parque de fornecedores do setor em Pernambuco. “Desde que iniciamos as operações no Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em abril de 2015, queríamos deixar um legado e fazer parte da trajetória de desenvolvimento de Pernambuco. Agora, nove anos depois, estamos novamente fazendo história ao anunciar mais um ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões. Esse valor será direcionado para renovar nossa linha de produtos, desenvolver novas tecnologias, atrair fornecedores e gerar novos empregos”, destacou o executivo da empresa âncora do cluster. O anúncio não trouxe muitos detalhes desse investimento, especialmente sobre os novos modelos que serão fabricados em Goiana. Mas independente dos carros que sairão do polo automotivo, a informação de que o parque industrial produzirá veículos híbridos e elétricos é a informação que coloca Pernambuco num patamar estratégico. “Os investimentos anunciados pelo Stellantis, embora vultosos, não estão alocados apenas na expansão da capacidade produtiva mas, principalmente, no investimento em inovação, no desenvolvimento de novos produtos e, sobretudo, no processo de descarbonização. Isso tem impacto direto em toda a cadeia produtiva automotiva e gera também um efeito de liderança econômica. É exemplo para que outras indústrias possam vir a aderir a esse movimento", destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. Em sintonia com o anúncio, Guilherme lembra que o Estado lançou há poucos meses o PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica). A iniciativa defende a chegada de investimentos sustentáveis por parte do setor privado mas, também, induz os aportes públicos na transição para o desenvolvimento de um tecido econômico que respeite o meio ambiente. Entre os esforços, o secretário destaca as iniciativas para tornar Suape um porto de carbono neutro. Para se ter uma ideia do volume de investimentos que essa transição do setor automotivo representa no Brasil, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) estima aportes entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões apenas em pesquisa e desenvolvimento nos próximos cinco anos. A medida é uma exigência para cumprir as obrigações impostas pelo programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) do Governo Federal para garantir incentivos fiscais. A tendência, no entanto, é no mundo todo e está sendo acelerada pela evidência do agravamento do aquecimento global e das mudanças climáticas. DESAFIOS PARA APROVEITAR AS OPORTUNIDADES Os bilhões de investimentos representam um grande pontapé inicial para Pernambuco avançar na cadeia industrial da descarbonização. “A disponibilização do investimento de R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana vai trazer um grande ganho para a produção industrial de Pernambuco. Primeiro, a indústria automotiva local tem a grande oportunidade de se destacar como um polo de produção de veículos mais sustentáveis, contribuindo para a redução da emissão de poluentes e para a transição para uma economia mais verde. Como esse investimento visa à descarbonização, acaba abrindo portas para parcerias com outras empresas especializadas em tecnologias limpas e também pode colocar Pernambuco no mapa da indústria automotiva global”, avaliou o economista da Fiepe, Cezar Andrade. Com as altas expectativas da corporação para os próximos cinco anos, Cezar projeta para Pernambuco uma oportunidade de atrair mais empresas para se instalarem no Estado. “Nos próximos anos provavelmente haverá um boom no setor, com um crescimento grande na produção industrial de Pernambuco. Veremos a indústria pernambucana produzindo automóveis mas, também, teremos a produção desses vários fornecedores. Então, na minha opinião, o grande ganho da indústria pernambucana é justamente esse", completou o economista da Fiepe. O aporte da montadora revela a expectativa da vinda de uma cadeia de fornecedores nos próximos cinco anos. Diante do provável aumento da oferta de novos postos de trabalho e da chegada de novas empresas, a abertura de vagas deve acelerar os esforços em formação profissional. “Oportunidades de emprego para a região, mais oportunidade de desenvolvimento industrial mas, também, na parte de comércio e de serviços para Pernambuco. Além do que, deverá trazer uma vantagem competitiva, uma vez que será um dos primeiros Estados a produzir veículos com uma matriz energética mais limpa do que é produzido até então”, afirmou Cezar. OPORTUNIDADES PARA O PORTO DIGITAL Além da expansão direta em Goiana e da Mata Norte Pernambucana, sede industrial Stellantis em Pernambuco e dos principais sistemistas, o atual ciclo de investimentos interessa muito também ao Recife. É na capital pernambucana onde está instalado o Software Center da multinacional, dentro do território do Porto Digital. Mesmo antes do Next Level, vários modelos de carros fabricados pela empresa no Brasil e no exterior já utilizavam aplicações de software de propulsão de combustão desenvolvidas e validadas made in Recife. Com os novos investimentos, o Software Center, que é o único da corporação na América do Sul, promete ampliar sua competência para atender os veículos eletrificados. “A nossa perspectiva é de aumento das atividades unidade de software que a empresa tem aqui no Porto Digital. E temos muito orgulho em saber que os produtos feitos aqui atendem o mundo todo”, afirmou Pierre Lucena, presidente do Porto Digital. Ele ressalta que

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