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Educação faz Grande Recife ter a segunda maior inflação do país em fevereiro

(Do IBGE) Pressionada pelo reajuste nas mensalidades escolares, a inflação no Grande Recife teve o segundo maior percentual do país em fevereiro, com 0,99%, atrás apenas da Região Metropolitana de Curitiba (1,09%). O índice contrasta com os 0,03% do mês de janeiro, quando a RMR teve a terceira menor inflação do Brasil. Por sua vez, a média brasileira foi de 0,84% no mês passado. Os dados foram divulgados nesta sexta (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com o aumento expressivo entre um mês e outro, a inflação do Grande Recife foi a quarta menor do país no acumulado de janeiro e fevereiro, chegando a 1,03%. Por sua vez, no acumulado dos últimos 12 meses (março de 2022 a fevereiro de 2023), o Grande Recife ficou em sétimo lugar entre as cidades e regiões metropolitanas com inflação medida pelo IPCA, ao registrar índice de 5,42%, pouco abaixo da média brasileira (5,6%). Na RMR, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA no mês passado, apenas um, o de Despesas pessoais (-0,1%), apresentou deflação na comparação com o mês anterior. Por outro lado, a categoria Educação teve uma alta expressiva, de 8,03%, na comparação com os demais segmentos. “O Grande Recife registrou a maior alta na área de educação entre as 16 localidades pesquisadas pelo IPCA”, aponta Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão administrativa do IBGE em Pernambuco. Na segunda posição, está Saúde e cuidados pessoais (1,27%), seguido por Transportes (1,07%), Comunicação (0,71%), Vestuário (0,55%), Artigos de residência (0,48%), Habitação (0,29%) e Alimentação e bebidas (0,15%). Em fevereiro, os três produtos ou serviços com aumento mais expressivo no IPCA da Região Metropolitana do Recife foram abacaxi (20,17%), cenoura (15,06%) e tomate (13,36%). Na sequência, estão itens relacionados à educação: creche (13,31%), pré-escola (11,38%), ensino médio (10,66%), ensino fundamental (10,65%) e ensino superior (10,50%). Já os produtos/serviços com maiores reduções no preço no mês passado foram a cebola foram as passagens aéreas (-16,45%), a batata-inglesa (-12,48%), a cebola (-11,97%), a laranja-pera (-11,87%) e o cheiro-verde (-10,13%).

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Saiba como a quebra de bancos norte-americanos pode afetar o Brasil

(Da Agência Brasil) Economistas divergem sobre impacto na taxa Selic Depois do fechamento de três bancos dos Estados Unidos nos últimos dias, especialistas brasileiros avaliam de que forma isso pode acelerar ou impedir a queda de juros do Brasil. Mantida em 13,75% pelo Banco Central, a taxa básica de juros – Selic, vai ser debatida na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana. O professor de Economia, André Roncaglia, explica que a quebra dos bancos norte-americanos Silicon Valley, Silvergate e Signature era previsível, justamente pela aceleração da taxa de juros norte-americana. Agora, o Banco Central dos Estados Unidos é obrigado a repensar esse posicionamento, o que deve ocorrer também no Brasil. "O banco central americano [FED] vai atuar fortemente na garantia dos depósitos dos clientes destes bancos e, com isso, deve rever o posicionamento sobre elevar a taxa de juros, conforme previsto já na última reunião. O banco central americano subindo menos a taxa de juros, ou desacelerando esse processo de normalização monetária da economia americana, implica, para o Brasil, um espaço maior para que o Banco Central brasileiro possa iniciar, ou antecipar, o processo de corte de juros e fazer isso até de uma maneira mais acelerada." Ainda de acordo com Roncaglia, o FED deve agir para conter os riscos financeiros, o que deve ocorrer com a decisão do Banco Central brasileiro. Na visão do especialista, se isso acontecer pode trazer efeitos que favoreçam o crescimento do Brasil. "O efeito disso pode ser exatamente reativar os motores da economia de uma forma mais sustentada e isso pode ajudar o país a crescer mais nesse ano e vir a ampliar a empregabilidade de qualidade, melhorar os indicadores de atividade econômica que já vêm desacelerando. Todos esses efeitos são muito positivos."

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84% das famílias pernambucanas estão endividadas, segundo Fecomércio PE

(Da Fecomércio-PE) De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela CNC, em fevereiro de 2023, 84% das famílias pernambucanas tinham o orçamento comprometido com dívidas. Em números absolutos, 438.366 famílias estavam endividadas no estado, um aumento de 1,29% em comparação com o mês de janeiro de 2023 e de 4,75% em relação a fevereiro do ano passado. A PEIC/CNC considera que o endividamento das famílias se refere a contas ou despesas contraídas com cartão de crédito, cheques pré-datados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóveis e prestações de carros e seguros. Na pesquisa, as estimativas também diferenciam dois grupos de renda: famílias cuja renda é de até 10 salários-mínimos e famílias com renda superior a esse patamar.  84% das famílias pernambucanas tinham o orçamento comprometido com dívidas. Gráfico 1: Endividamento em Pernambuco. Fonte: PEIC/CNC, elaboração: Fecomércio-PE. Entre as famílias que recebem até 10 salários-mínimos, o índice de endividamento foi de 84,1%. Já entre as famílias que ganham acima desse valor, 82,6% estavam comprometidas com dívidas. A PEIC estima que 62,6% das famílias pernambucanas com até 10 salários-mínimos comprometiam entre 11% a 50% da renda com dívidas, situação em que também se registram 57,2% das famílias com renda acima de 10 salários mínimos. Considerando o recorte de renda de até 10 salários-mínimos, 89,7% das famílias possuíam dívidas com cartão de crédito, 29,7% das famílias com carnês e 6,8% das famílias com cheque especial. Entre as famílias com renda acima de 10 salários-mínimos, as principais dívidas foram com o cartão de crédito (96,7% das famílias), financiamento de carro (23,9%) e carnês (22,8%). Cartão de crédito, Carnês e Financiamentos de carro são os principais tipos de dívidas. Tabela 1: Principais tipos de dívidas. Tipo de dívida Até 10 sm Mais de 10 sm Cartão de Crédito 89,7% 96,7% Carnês 29,7% 22,8% Financiamento de carro 3,5% 23,9% Cheque especial 6,8% 2,2% Fonte: PEIC/CNC, elaboração: Fecomércio-PE. A PEIC/CNC define, ainda, que a potencial inadimplência é a expectativa dos devedores de não pagarem suas dívidas no mês subsequente ao levantamento. Já o atraso no pagamento (inadimplência) é o ato de não cumprir os compromissos feitos com o endividamento. Ao ocorrer inadimplência, tende a haver uma desaceleração do consumo, que onera, principalmente, pequenas empresas do setor de comércio e serviços. Além disso, o risco de emprestar dinheiro aumenta para os credores, levando a uma potencial elevação na taxa de juros do crédito. Paralelamente, danos de saúde, como depressão e ansiedade, já foram associados a pessoas em situação de inadimplência, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em Pernambuco, 40,1% das famílias com até 10 salários-mínimos possuem dívida em atraso, enquanto apenas 8,3% das famílias com mais de 10 salários-mínimos possuem dívida atrasada. Dentre as famílias com atraso, 52,8% com até 10 salários-mínimos não terão condições de pagar a dívida no próximo mês, enquanto 40% das famílias com mais de 10 salários-mínimos terão condições de pagar suas dívidas parcialmente. Em geral, o tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas, em Pernambuco, é de 32 semanas – cerca de 8 meses. 33,7% das famílias com até 10 salários-mínimos estão comprometidas com dívidas entre 3 e 6 meses, enquanto 43,3% das famílias com até 10 salários-mínimos estão comprometidas com dívidas por mais de 1 ano. O tempo médio de atraso, em Pernambuco, é de 64 dias, enquanto no Brasil, o tempo médio de atraso é de 63 dias. Entre aqueles que recebem até 10 salários-mínimos, 47,4% têm um tempo de atraso acima de 90 dias, participação similar àquela das famílias com renda mais elevada (46,7%). O tempo de atraso médio em Pernambuco é de 64 dias. Gráfico 2: Tempo de atraso das famílias totais. Fonte: PEIC/CNC, elaboração Fecomércio. Os dados da PEIC indicam que as famílias de menor renda relativa são as mais afetadas por dívidas. Esse quadro, que guarda relações com as desigualdades de renda, pode ocasionar menor consumo e menor investimento, afetando negativamente a economia estadual. Para evitar essa situação e contribuir com o crescimento econômico do comércio e serviços em Pernambuco, é importante adotar medidas de mitigação de atrasos no pagamento de dívidas, reduzindo o índice de inadimplência.

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Pesquisa da Abrasel revela bares e restaurantes endividados e com baixo retorno

(Da Abrasel) Cresceu o número de estabelecimentos operando com prejuízo em Pernambuco. É o que revela a mais recente pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). De acordo com o levantamento sobre a situação econômica do setor de alimentação fora do lar, realizado com empresários pernambucanos entre os dias 16 e 27 de fevereiro, 23% das empresas registraram prejuízo em janeiro de 2023. Em dezembro do ano passado, o número era de 16%. No último mês, além dos estabelecimentos que notaram prejuízo, 37% trabalharam com estabilidade e 50% tiveram lucro. Para a Abrasel Nacional, a combinação de dívidas caras e o baixo retorno está colocando o setor de alimentação fora do domicílio em uma trajetória “explosiva”. Acontece que 56% dos bares e restaurantes ouvidos revelam que não estão conseguindo reajustar os preços conforme a média de inflação, que foi de 5,77% no período. 37% dos estabelecimentos fizeram reajustes abaixo do índice e 19% não conseguiram fazer reajuste algum. Outros 33% aumentaram os preços conforme a média e apenas 11% aumentaram os valores do cardápio acima do índice citado. “Quer dizer que mais da metade do setor está operando sem lucro”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel Nacional. Chama atenção também o fato de que 66% das empresas têm hoje empréstimos bancários contratados. A inadimplência é de 12% entre os que tomaram dinheiro de linhas regulares e de 10% entre os que aderiram ao Pronampe, número acima da média nacional do programa, que é de 5,2%. A pesquisa revela ainda que, em média, 8% do faturamento dos estabelecimentos que têm empréstimos está empenhado no pagamento das parcelas. Com isso, 25% dessas empresas têm entre 11% e 20% do faturamento empenhados. O que é um ponto de alerta. “66% do nosso setor está com endividamento a saldar ainda da época da pandemia. As parcelas ficaram de 30% a 40% mais caras e correspondem, em média, a 8% do faturamento. Como um setor que tem uma previsão de lucro de aproximadamente 12% pode arcar com um compromisso assim? A situação é dificílima e já leva 23% a operar no prejuízo”, diz Tony Sousa, presidente da Abrasel em Pernambuco. A pesquisa constatou que 24% dos bares e restaurantes registraram prejuízo em janeiro, o que representa um avanço de 4 pontos percentuais em relação ao resultado de dezembro. Outros 34% não tiveram lucro nem prejuízo e 43% tiveram lucro, queda de 4 pontos em relação à pesquisa anterior. Quando o assunto é emprego, 20% dos bares e restaurantes ouvidos revelam que aumentaram o quadro de funcionários em janeiro, na comparação com dezembro. Outros 16% dizem ter reduzido as equipes, enquanto 64% mantiveram o mesmo número de funcionários. 22% dos entrevistados dizem que esperam ter de aumentar o quadro de contratados ao longo de 2023. Combate à violência contra a mulher87% dos estabelecimentos já implantaram ou pretendem implantar sinalização sobre canais de denúncia ao assédio contra mulheres. Em detalhes: desse número, 14% já implantaram e 73% pretendem implantar em breve. Outras medidas que têm ampla adesão são: o treinamento dos funcionários para lidar com as situações de assédio e/ou violência (91% implantaram ou pretendem implantar) e protocolos para acionamento imediato de autoridades (85% implantaram ou pretendem implantar). Entre as medidas consideradas menos viáveis estão vigilância especial em áreas isoladas ou com pouca iluminação (48% acreditam não ser viável para o estabelecimento) e espaço físico reservado para o acolhimento da vítima (59% não vêem viabilidade na implantação da medida em seus estabelecimentos). “Quanto ao combate à violência contra a mulher, o setor apoia maciçamente. Quase 90% dos estabelecimentos já estão implantando ou implantaram medidas, que estão sendo intensificadas com ações da Secretaria da Mulher da Prefeitura do Recife e com a lei municipal publicada ano passado”, explica Tony.

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Qual o cenário atual da Transnordestina, que não virá para Pernambuco?

Na ferrovia que parte de Eliseu Martins, no Piauí, e que agora segue apenas para Pecém já estão totalmente concluídos 815 km, dos quais 215 km foram executados em 2022, de acordo com as informações da assessoria de imprensa da TLSA. “Este ano a previsão é concluir mais 100 km nos lotes 2 e 3 no Estado do Ceará, além de iniciar novos lotes dependendo da liberação de recursos já contratados (via fundos constitucionais FDNE e FINOR). O avanço físico é de 59% (base janeiro de 2023, já considerando o novo traçado sem o trecho de Pernambuco). As obras estão em andamento, gerando cerca de dois mil postos de trabalho”, informou a empresa. Internamente, a TLSA trata como horizonte de conclusão dessas obras o ano de 2027, como prazo máximo. No entanto, o aditivo assinado com a ANTT indica um prazo de até 2029 para conclusão das obras. “Temos todo interesse em concluir a ferrovia o quanto antes, para que ela possa operar e gerar receita”, informou a empresa. Questionada sobre os recursos que ainda faltam para a conclusão das obras, a TLSA respondeu que "já foram aplicados R$ 7 bilhões. O restante está sendo estruturado entre a TLSA, o acionista CSN e o Governo Federal visando finalizar e colocar em operação a ferrovia”. A empresa projeta que as principais cargas do empreendimento serão grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minérios. A empresa também negou qualquer preocupação com a provável concorrência da Transertaneja, projeto de ferrovia de Curral Novo até Suape “A Transnordestina Logística e a Companhia Siderúrgica Nacional não se opõem a nenhum projeto de ferrovia no País e entendem que o setor ferroviário e os novos projetos são indutores do desenvolvimento”, respondeu via assessoria de imprensa. LEIA TAMBÉM Era uma vez uma ferrovia

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André Teixeira Filho é anunciado como novo diretor-presidente da Adepe

O atual executivo de Atração de Investimentos, André Teixeira Filho, foi anunciado para o cargo de diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). Antes da agência e da secretaria, ele foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa do município de Caruaru, atuou também como presidente da Central de Abastecimento de Caruaru (Ceaca), do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CoMCiTI), do Conselho Municipal de Turismo e do Comitê Realizador do São João de 2022. Além da experiência na gestão do município do agreste, o novo presidente da Adepe tem formação em Direito pela Associação Caruaruense de Ensino Superior (Asces), possui MBA Internacional em Gestão Empresarial pela Unifavip/Devry e pós-graduação em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Ele também é empreendedor dos setores de gastronomia, beleza e eventos e integra a direção da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic).

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Indústria registra alta do emprego e de horas trabalhadas em janeiro

(Da Agência Brasil) A indústria de transformação registrou alta no número de vagas de emprego no setor, de horas trabalhadas na produção e na massa salarial real, em janeiro de 2023, na comparação com dezembro de 2022. Os dados foram informados nesta quarta-feira (8), em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento mostra, porém, que o rendimento médio dos trabalhadores teve queda, assim como o faturamento real das empresas, que recuou pelo quinto mês consecutivo, alinhado ao período de maior incerteza nos últimos meses de 2022. A economista da CNI Larissa Nocko analisa o momento da indústria de transformação no início de 2023, comparado ao de 2022. “A alta no emprego vem associada ao aumento do número de horas trabalhadas na produção, o que mostra um certo nível de aquecimento da atividade industrial”. Ao analisar o mercado de trabalho, Larissa Nocko avalia que a massa salarial e o rendimento médio do trabalhador vêm de uma série de altas, ao longo de 2022, “o que contribui para um cenário mais favorável do mercado de trabalho, que se consolidou ao longo do ano passado”. Emprego industrial O emprego industrial registrou alta de 0,5% em janeiro de 2023, se comparado ao mês anterior. A alta ocorre depois de cinco meses em relativa estabilidade. Na comparação com janeiro do ano passado, o avanço é de 1%. Horas trabalhadas na produção As horas trabalhadas na produção cresceram 0,5% em janeiro de 2023, na comparação com dezembro. O desempenho do início do ano sinaliza o aquecimento do nível de atividade. Em relação a janeiro de 2022, há crescimento de 3,2% da quantidade de horas trabalhadas. Massa salarial Em janeiro de 2023, a massa salarial, que corresponde à soma de todos os salários pagos aos trabalhadores da indústria, teve alta de 1,5%, na comparação com dezembro de 2022. O resultado é a terceira alta consecutiva. Neste período, de novembro de 2022 a janeiro de 2023, a massa salarial acumulou crescimento de 3,8%. Na comparação com janeiro de 2022, o crescimento alcança 7,8%. Rendimento médio dos trabalhadores Em janeiro de 2023, na comparação com dezembro de 2022, o rendimento médio real dos trabalhadores da indústria caiu 0,3%. Apesar da queda, quando comparado com janeiro de 2022, o crescimento é de 6,6%. Faturamento real da indústria O faturamento real da indústria de transformação confirma a série de baixas. É quinto mês consecutivo de quedas. Em janeiro de 2023, o indicador recuou 0,9% em relação a dezembro de 2022. No comparativo de 12 meses, o faturamento cai 1,1%. De acordo com a economista Larissa Nocko, “isso mostra um comportamento de certa cautela por parte do empresário.” Uso da capacidade instalada A pesquisa revela, ainda, que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu estável em janeiro na comparação com dezembro de 2022, com 79,7%. O indicador recuou 1,5 ponto percentual na comparação com o mês de janeiro do ano passado. O índice mede o nível de atividade da indústria e mostra o percentual do parque industrial que está sendo usado. O UCI identifica se as empresas estão produzindo em plena capacidade ou se estão com parte das instalações paradas.

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Receita libera nesta quinta programa gerador do IR 2023

(Da Agência Brasil) Com uma semana de antecedência em relação ao previsto, a Receita Federal libera hoje (9) o programa gerador da declaração deste ano (ano-base 2022). Originalmente, a liberação do programa estava prevista para 15 de março, primeiro dia de entrega da declaração, mas foi antecipada para que o contribuinte tenha mais tempo de se organizar. O programa gerador poderá ser baixado no site da Receita Federal, pelo Centro Virtual de Atendimento a Contribuintes (e-CAC), ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para tablets e celulares dos sistemas Android e iOS. O prazo de entrega da declaração não foi alterado e continuará de 15 de março a 31 de maio. O que mudará é que o contribuinte poderá adiantar-se e deixar a declaração salva, dias antes de transmitir à Receita. Em nota, a Receita explicou que a antecipação do programa gerador também ajudará a evitar congestionamentos que costumam ocorrer no primeiro dia de entrega da declaração, quando todo mundo baixa o programa ao mesmo tempo. “A antecipação do PGD [programa gerador da declaração] ajuda o contribuinte que, ao ter acesso às informações necessárias para a entrega da declaração, pode se organizar e juntar a documentação que for necessária. Além disso, deve evitar possíveis congestionamentos”, explicou o Fisco no comunicado. O envio da declaração pré-preenchida, esclarece a Receita, continuará previsto para a data original, 15 de março. Segundo a Receita, somente nessa data, o Fisco conseguirá reunir as informações das declarações de rendimentos enviadas no fim de fevereiro por empregadores, instituições financeiras e planos de saúde e cruzá-las com a base de dados da Receita. Novidades As regras de Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2023 foram anunciadas no último dia 27. Entre as novidades, estão a prioridade no recebimento da restituição de quem optar por receber via Pix, desde que a chave seja o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do cidadão, e de quem usar o modelo pré-preenchido. Outra novidade ocorre para quem tem investimentos na bolsa de valores. Agora, a declaração só é obrigatória para o investidor que tenha vendido ações cuja soma superou, no total, R$ 40 mil ou se ele obteve lucro com a venda de ações em 2022, sujeito à cobrança do IR. Anteriormente, qualquer contribuinte que tivesse comprado ou vendido ações no ano anterior tinha que declarar, independentemente do valor.

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Participação de mulheres na área de tecnologia fortalece o setor

Aos 14 anos, Raissa Silva sonhava em se tornar professora. Dez anos depois, agora seu maior desejo é criar softwares que colaborem com o dia a dia de todos. A mudança radical de perspectiva tem explicação: a jovem foi incentivada durante o curso de Farmácia a desbravar o mercado da tecnologia. Atualmente, Raissa é aluna do Programa de Extensão Tecnológica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) de Pernambuco, que tem como empresa parceira a D2Win, startup embarcada no Porto Digital e especializada em gêmeos digitais, otimização de processos com uso de inteligência artificial e automação de processos corporativos. No mês de março, em que celebramos o Dia da Mulher, Raissa e mais mulheres são exemplos de como a diversidade e a inclusão são importantes para fortalecer o setor da tecnologia. A equidade de gênero no mercado da tecnologia é uma uma luta diária das mulheres, e Raissa sabe bem disso. A jovem se mostra disposta a enfrentar a realidade e fazer nome no mercado. “É necessário mais incentivo para crianças e adolescentes, porque somos influenciadas pelo que assistimos. Quando eu era criança, não sentia vontade de trabalhar na área de tecnologia, porque nos filmes eu sempre via homens nessas funções e nunca as mulheres”, conta Raissa. A vocação de Raissa pela tecnologia surgiu durante um estágio extracurricular do curso de Farmácia, no ano final da graduação. A jovem, moradora de Caruaru, no Agreste, percebeu na Secretaria de Saúde do município a necessidade de algumas automações de processos. Foi quando começou a acompanhar os colegas de trabalho do setor de TI em busca aprimorar relatórios, dados e planilhas. “A partir daí comecei a pesquisar e descobri o universo incrível que é a tecnologia", lembra ela, acrescentando que, assim que concluiu o curso de Farmácia, ingressou na graduação em Sistemas de Informação na Universidade de Pernambuco. Para Raissa, a representatividade feminina em espaços até então ocupados por homens é o estímulo que muitas outras mulheres precisam para ingressar no setor. “O mais importante é que mulheres e meninas percebam que elas podem ocupar esse espaço. Parece pouco, mas o simples fato de você ver uma mulher ocupando uma determinada posição te faz perceber que você também pode estar lá. Acredito que um ótimo caminho é trabalhar aos poucos para conseguir mudar o estereótipo que existe do profissional da tecnologia como um homem, branco, que usa óculos e é antissocial”, diz ela. E acrescenta: “As empresas devem divulgar as mulheres que existem em suas equipes, as áreas em que elas trabalham, projetos que elas realizam, cargos que exercem, mostrar para o mundo que nós estamos ocupando esses lugares, que nós estamos presentes”. Experiência prévia - As mulheres ainda enfrentam uma série de barreiras e obstáculos para ascender aos níveis mais altos da carreira. Diante desse cenário, há empresas que oferecem ao público feminino a oportunidade de ter experiência profissional antes mesmo de se formarem para entrar no mercado tecnológico. Foi o que aconteceu com a estudante de Engenharia da Produção Maria Valéria Carvalho, de 20 anos. Aluna da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Maria também participou do Programa de Extensão Tecnológica e curso preparatório oferecido pela startup Di2Win. Com desempenho em destaque, a estudante conquistou uma vaga de estágio na empresa e usa essa oportunidade para obter experiência antes da conclusão da graduação e entrar para o mercado de trabalho. “Vivemos uma luta ativa e urgente pela equidade de gênero no setor tecnológico. É muito importante que a sociedade, as agências de fomentos, as empresas e os sistemas educacionais de tecnologia se mobilizem para favorecer a ascensão de nós mulheres por meio de atividades afirmativas para que possam galgar espaços de destaque”, conta Maria Valéria. Na startup, a estudante atua no ponte entre a equipe de produto e a de comercial, acompanhando o desenvolvimento dos produtos. “Assim como o período de imersão, a experiência de estagiar na Di2win tem sido incrível, eu trabalho na área de Marketing e Vendas e como a cultura da Di2win é de colaboração, todas as áreas mantêm uma interconectividade e consigo ver um pouco sobre cada uma, o que colabora ainda mais com o meu desenvolvimento profissional”, complementa. Incentivo à liderança femininaA presença de mulheres na tecnologia mostra que o cenário da desigualdade vem mudando, ainda que lentamente. É também notável o aumento do número de mulheres presentes em cursos e também já formadas nessa área, além daquelas que atuam em cases de sucesso, que se tornaram essenciais para reforçar questões como igualdade de gênero e quebra de paradigmas. A Di2win, startup embarcada no Porto Digital, com ampla experiência em automação de processos, inteligência artificial e digital twins, tem como missão transformar o mundo com tecnologia, eficiência e simplicidade. E quando se trata de transformação a empresa também muda vidas apoiando projetos importantes de incentivo à presença feminina no mercado. “Estudantes pernambucanas do interior, que estudam na área de tecnologia e cursos como Sistemas para Informação, Engenharia de Produção e Engenharia da Computação, têm a possibilidade de serem inseridas em bolsas de extensão, estágios e, posteriormente, contratos na empresa. As iniciativas para a promoção de cursos de capacitação tem o intuito de potencializar a vivência do trabalho ainda na universidade”, explica Rômulo Andrade, Diretor de Produto da Di2Win e coordenador do Programa de Extensão Tecnológica na empresa. Para Rômulo, a igualdade, o respeito e a integração são valores presentes na startup . “Os resultados das nossas iniciativas são motivadores e hoje temos mulheres em cargos de Desenvolvedoras de Software, e funções ligadas à Inteligência Artificial e Automação de Processos”, completa Rômulo, destacando também e o time de comercial da é Di2Win liderado por uma mulher e composto majoritariamente por mulheres. “As empresas precisam se abrir a essa nova realidade, com possibilidades mais igualitárias, tanto no incentivo à formação quanto na promoção em cargos de liderança”.

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Mulheres têm rendimento 21% inferior ao dos homens, mostra pesquisa

Trabalhadoras recebem menos até em setores onde são maioria (Da Agência Brasil) Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 21% menor do que o dos homens – R$ 3.305 para elas e R$ 2.909 para eles. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (6), têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no terceiro trimestre de 2022. Mesmo nos setores de atividades em que as mulheres são maioria, em média, elas recebem menos. Nos serviços domésticos, as trabalhadoras ocupam cerca de 91% das vagas, e o salário é 20% mais baixo que o dos homens. Em educação, saúde e serviços sociais, mulheres representam 75% do total e têm rendimentos médios 32% abaixo dos recebidos pelos homens. No setor de serviços domésticos, as mulheres com menos de um ano de estudo recebem R$ 819; com ensino fundamental incompleto, R$ 972; com ensino fundamental completo, R$ 1.092; com médio incompleto, R$ 926; com médio completo, R$ 1.087; com superior incompleto, R$ 1.120; e com superior completo, R$ 1.257. No mesmo setor, os homens com menos de um ano de estudo, recebem R$ 1.061; com ensino fundamental incompleto, R$ 1226; com ensino fundamental completo, R$ 1.386; com médio incompleto, R$ 986; com médio completo, R$ 1.470; com superior incompleto, R$ 1.156; e com superior completo, R$ 1.771. Nas áreas de educação, saúde, e serviços sociais, as mulheres com menos de um ano de estudo recebem R$ 1.565; com ensino fundamental incompleto, R$ 1.333; com fundamental completo, R$ 1.358; com médio incompleto, R$ 1.261; com médio completo, R$ 1.718; com superior incompleto, R$ 1.840; e com superior completo, R$ 4.063. Com menos de um ano de estudo, os homens que trabalham nessas áreas recebem R$ 1.928; com ensino fundamental incompleto, R$ 1.750; com fundamental completo, R$ 1.551; com médio incompleto, R$ 1.554; com médio completo, R$ 2.076; com superior incompleto, R$ 2.302; e com superior completo, R$ 6.331. “A desigualdade de gênero no mercado de trabalho reproduz e reafirma esse desequilíbrio já existente em todas as esferas da sociedade, sob a forma do machismo. A partir dos papéis atribuídos a homens e mulheres, negros e negras, desenham-se as desigualdades e as relações de poder, seja econômico, sexual ou político”, destaca a pesquisa do Dieese. Famílias O levantamento do Dieese mostra que a maioria dos domicílios no Brasil é chefiada por mulheres: dos 75 milhões de lares, 50,8% (38,1 milhões de famílias) tinham liderança feminina. Já as famílias com chefia masculina somaram 36,9 milhões (49,2%). As mulheres negras lideravam 21,5 milhões de lares (56,5%) e as não negras, 16,6 milhões (43,5%), no terceiro trimestre do ano passado. Em termos de renda média do trabalho da família, os domicílios de casais com e sem filhos receberam os maiores valores (R$ 4.987 e R$ 4.898, respectivamente). Já as famílias formadas por mulher não negra com filhos têm renda de R$ 3.547; e por mulher negra com filhos, R$ 2.362. Já as famílias de homem não negro com filhos têm renda de R$ 4.860; e de homem negro com filhos, R$ 2.923. “Os indicadores mostraram o que se vivencia na prática: um contingente de mulheres que ganha menos se insere de forma precária e leva mais tempo em busca de colocação no mercado de trabalho. Esse quadro faz com seja perpetuada a situação de vulnerabilidade não só da mulher chefe de família, mas de todos os familiares, com a transferência de milhares de crianças e jovens da escola para o mercado de trabalho, para que contribuam com a renda da família”, destaca a pesquisa do Dieese. De acordo com a entidade, para mudar esse cenário será necessário reforçar políticas transversais de igualdade de gênero, garantir igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, reduzir a desigualdade econômica e aumentar o número de mulheres em posição de liderança. “É preciso que o país cresça e gere renda e emprego de qualidade, mas é necessário também enfrentar as desigualdades de gênero, raça e cor, e que as mulheres tenham mais voz na sociedade, via negociação coletiva e políticas públicas.”

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