Z_Destaque_economia2 - Página: 7 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Muito cuidado com o conselho de administração

Estou na atividade de consultoria empresarial há quase 40 anos e, neste período, uma parte significativa da clientela da TGI tem sido formada por empresas familiares. Isso por uma razão estatística: a grande maioria das empresas brasileiras é de origem familiar. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclusive, chega a afirmar que 90% das empresas privadas têm perfil familiar no Brasil. E no mundo não é diferente. Por conta disso, não são poucas as empresas de consultoria que se dizem especialistas em empresas familiares, algumas até como franqueadas de consultorias de fora do País. E uma coisa que me tem chamado muito a atenção nesse ambiente é uma espécie de receita padrão para tratamento da governança dessas empresas, algo como um checklist retirado de algum livro texto ou de manuais de “boas práticas”, na qual a cereja do bolo é a criação de um "conselho de administração". E, o que é pior, com suporte jurídico para formalização em instrumentos legais. Na maioria dos casos, nada mais equivocado e inoportuno! Não que governança não seja necessária e, muito menos, conselhos de administração não sejam recomendáveis. Mas isso só deve acontecer, evidentemente, quando couber ou, melhor, quando for o tempo adequado e, sobretudo, quando for decorrente de uma customização muito cuidadosa para cada caso em especial. Ou seja, conselhos de administração são, de fato, um recurso muitíssimo potente mas como coroamento bem-sucedido de processos muito cuidadosos e não estandardizados, de desenvolvimento da governança e, nunca, como atividade de partida desses processos, geralmente propostos, como uma espécie de “bala de prata”, por quem não sabe direito o que está fazendo ou não se deu ao trabalho de estudar adequadamente a realidade local e/ou o caso específico, macaqueando o que alguém disse ou escreveu em outro lugar, geralmente proveniente de latitudes sulistas ou estrangeiras. A prática de consultoria ancorada na realidade local e no estudo cuidadoso de centenas de casos demonstra, de forma cabal, que a implantação da necessária governança nas empresas familiares deve iniciar com a montagem cuidadosa de uma prática de funcionamento colegiado que, na maioria das vezes, requer a instituição de um conselho consultivo de natureza familiar articulado com a obrigatória assembleia de sócios (instância decisória legal da propriedade do capital), junto com a colocação para funcionamento de uma outra instância que deve tomar a forma inicial de protótipo de um futuro conselho de administração, não o próprio ainda. E esse cuidado se mostra fundamental justamente para não queimar a largada com simulacros de conselhos de administração em empresas que, na grande maioria dos casos, não têm ainda balanços externamente auditados nem um sistema de prestação de contas absolutamente confiável (accountability como se diz na língua inglesa), além de instrumentos formais de regulação interna legitimados (acordos societários, regulamentos, códigos de ética e de conduta etc.). Esteios do empreendedorismo local, nacional e mundial, as empresas familiares têm uma dinâmica própria muito sensível, com peculiaridades particularíssimas, caso a caso, e não é justo que sejam objeto de experimentalismos generalistas ou de oportunidades para criação, antes do tempo, de vagas remuneradas para conselheiros externos. Em outras palavras, merecem mais respeito!

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Financiamento de veículos tem melhor resultado desde dezembro de 2013

(Da Agência Brasil) O mês de julho registrou crescimento das vendas financiadas de veículos. Ao todo, 626 mil unidades, entre veículos usados e zero quilômetro, foram adquiridas por meio de financiamentos. O crescimento foi de 27,2% em relação a julho de 2023 e de 7,2% em relação a junho deste ano. Esse desempenho foi o melhor desde dezembro de 2013, segundo o levantamento feito pela B3 (Bolsa de Valores). A pesquisa apontou que, no segmento de veículos leves, o aumento dos financiamentos foi de 26% na comparação com julho do ano passado e de 11,3% em relação a junho deste ano. No caso de veículos pesados, de utilização no segmento logístico do país, os financiamentos cresceram 28,1% em julho deste ano em relação a igual período de 2023. Na comparação com o mês de junho, a alta foi de 10,8%. Já o financiamento de motocicletas teve expansão de 32% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Porém, houve queda de 5% dos financiamentos em relação a junho. As vendas financiadas de veículos no acumulado do ano totalizam 4 milhões de unidades, número 24,3% superior ao de igual período do ano passado, o equivalente a 793 mil unidades a mais. Essa marca não havia sido igualada desde 2011. “Os resultados de julho tiveram um ritmo forte. Fechamos o mês com o maior número de veículos financiados desde dezembro de 2013. O mercado de financiamento de veículos continua aquecido, e o destaque fica por conta do segmento de automóveis e comerciais leves novos, que registrou um crescimento de quase 20%, com mais de 100 mil veículos financiados”, disse o gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3, Gustavo de Oliveira Ferro. A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.

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Bode do Nô inaugura nova unidade no Shopping Tacaruna

O restaurante regional Bode do Nô está expandindo seus negócios e inaugurou uma unidade no Shopping Tacaruna. O novo espaço, com 573m² e capacidade para 300 pessoas, está localizado no piso térreo do shopping. A rede já possui três unidades em Pernambuco, duas no Recife (nos bairros de Boa Viagem e Afogados) e uma em Olinda (no Bairro Novo). Com a nova unidade, que visa atender um grande público, o grupo atualmente emprega mais de 200 colaboradores e pretende criar mais de 90 novas oportunidades de trabalho. O menu, comandado pelo chef Danilo Gomes, segue a mesma proposta regional da rede, tendo como carro-chefe uma variedade de opções de carne de bode. O projeto arquitetônico do novo restaurante leva assinatura do escritório Zirpoli Arquitetura. Evangelista Severino, empresário, mais conhecido como Seu Nô “A ampliação busca oferecer, por meio da culinária nordestina, momentos de alegria e bem-estar para um maior público, em um local onde será possível apreciar experiências únicas ao lado de quem se ama”. Pernambuco Centro de Convenções inicia operação da ala 2 de auditórios O Pernambuco Centro de Convenções concluiu, no início desta semana, as obras do segundo conjunto de auditórios multifuncionais. São dois espaços com capacidade para 250 pessoas cada um e, quando conjugados, até 600 pessoas no total, somando 584 m². Os ambientes são climatizados. No último dia 25 de julho, por ocasião das comemorações dos 45 anos do complexo, foram entregues três auditórios maiores, que abrigam até 600 pessoas cada um e, no formato de ambiente único, comportam duas mil pessoas, totalizando 1.400 m². Abacate Day aponta caminhos para impulsionar produção do fruto no Vale do São Francisco O Nordeste consome 40% do abacate produzido no Brasil. Com suas condições de solo e clima favoráveis, a região tem potencial para se destacar também na produção dessa fruta, atualmente concentrada no Sudeste. Os dados são da consultoria Bomanejo. O Vale do São Francisco, que busca expandir sua produção, estimada em 500 hectares, está atento a essa oportunidade. Para impulsionar o mercado, o Abacate Day ocorrerá em Petrolina no próximo dia 22 de agosto. A iniciativa é promovida pelo Sebrae/PE, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina e a Associação Abacate Brasil. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link: https://www.sympla.com.br/evento-online/abacate-day-2024/2564715. As vagas são limitadas.

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Comércio do Centro espera vender 5% mais com o Dia dos Pais

O comércio do Centro do Recife aguarda um aumento de 5% nas vendas com a chegada do Dia dos Pais, uma das principais datas comerciais do setor. Vestuário, calçados, acessórios e tecnologia são os itens mais procurados pelos consumidores nesta época. Para atrair clientes, muitas lojas estão oferecendo promoções, lançamentos e descontos, além de expandirem suas vendas para o ambiente online e disponibilizarem serviços de entrega. As empresas locais estão intensificando suas estratégias para aproveitar ao máximo a data. A nível nacional, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) preveem que o comércio deve movimentar cerca de R$25 bilhões com o Dia dos Pais, com 68% dos consumidores planejando comprar presentes. No primeiro semestre de 2024, o varejo físico brasileiro cresceu 3,5%, com destaque para o setor de vestuário, calçados e acessórios, que teve uma expansão de 5,9%. Fred Leal, presidente da CDL Recife “A projeção reflete otimismo com pés no chão. Mas a data tem apelo emocional e estimula os filhos a presentearem os pais. O Centro é o local para comprar produtos de qualidade e mais em conta” EXPECTATIVA DOS LOJISTAS A Sanflait (@sanflait), com duas lojas no Centro e uma no Shopping Boa Vista, projeta um aumento de 10% nas vendas para este ano. A marca de moda masculina esportiva e social está reforçando seu estoque com diversos tamanhos, incluindo plus size, e focando em camisas polo e acessórios como cintos, carteiras, meias e gravatas. Para garantir um bom atendimento, a empresa aumentará a equipe de funcionários. A rede Lojão dos Calçados (@lojaodoscalcados) também tem expectativas otimistas, prevendo um crescimento de 50% nas vendas em comparação com o ano passado. Com três unidades no Recife e uma em Vitória de Santo Antão, a empresa está priorizando a venda de sandálias de couro e sintéticas, carteiras, e sapatos casuais, esportivos e esporte fino.

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Suape é medalha de ouro no ranking do Índice de Gestão de Autoridades Portuárias

Na noite desta quarta-feira (7), em uma cerimônia no Clube Naval de Brasília (DF), o Porto de Suape foi premiado com o primeiro lugar no ranking do Índice de Gestão de Autoridades Portuárias (IGAP), principal categoria do Prêmio Portos + Brasil 2024. Este prêmio, promovido anualmente pelo Ministério de Portos e Aeroportos do Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Portos, celebra os avanços dos portos organizados e dos Terminais de Uso Privado (TUPs) brasileiros ao longo de 2023. Além da conquista do primeiro lugar no IGAP, Suape também obteve o segundo lugar na categoria Avanço IGAP. Esta é a primeira vez, em cinco edições do prêmio, que o Porto de Suape alcança a nota máxima de 10 no IGAP, um índice monitorado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) que avalia a eficiência e eficácia da gestão das autoridades portuárias. Além do reconhecimento pelo desempenho excepcional no IGAP, Suape teve destaque em edições anteriores do Prêmio Portos + Brasil, incluindo o primeiro lugar na categoria crescimento da movimentação de graneis líquidos em 2023. O prêmio é uma importante ferramenta para estimular a eficiência e a competitividade entre os empreendimentos portuários, premiando as melhores práticas de gestão. A solenidade contou com a presença do titular do Porto de Suape e de seus diretores, incluindo Rinaldo Lira, Renata Loyo, Nadja Pepeu e Danielle Ramos. “Esse resultado comprova que estamos no caminho certo. O Porto de Suape tem uma equipe dedicada e uma gestão comprometida com o desenvolvimento sustentável, com a eficiência operacional e melhoria da competitividade. Esse reconhecimento nos motiva a fazer mais e buscar novos investimentos para o sexto mais movimentado porto público do Brasil”, comemorou o diretor-presidente de Suape, Marcio Guiot, que recebeu o prêmio das mãos do secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Alex Ávila.

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Multimodal Nordeste começa hoje no Recife e promete movimentar R$ 250 milhões

A feira Multimodal Nordeste 2024 começa hoje (6) e segue até a próxima quinta-feira (8) de agosto no Recife Expo Center. Com mais de 80 expositores, o evento irá reunir uma ampla gama de produtos, serviços, maquinários, provedores logísticos, transporte, mercado imobiliário, comércio exterior, seguradoras, soluções financeiras, portos e aeroportos. A feira visa criar conexões e encurtar distâncias entre regiões, empresas e pessoas, destacando-se como a maior e mais completa feira de logística do Norte e Nordeste. Com uma expectativa de movimentação econômica superior a R$ 250 milhões e cerca de 5 mil visitantes, a Multimodal Nordeste contará com o patrocínio do Complexo Industrial Portuário de Suape, Infraero, Banco do Nordeste e NEQ Equipamentos, além de apoio de diversas instituições e associações. “Muito mais que conectar fornecedores e compradores, a Multimodal Nordeste traz soluções com grandes nomes da logística, proporcionando networking, vendas e parcerias comerciais”, afirma Rodrigo da Fonte, sócio da Insight Feiras e Negócios, empresa realizadora do evento. A gestão de dados será um dos temas centrais discutidos, com potencial para revolucionar a eficiência operacional das cadeias de suprimento. A feira também contará com o workshop Conecta Multimodal, oferecendo uma programação robusta de conteúdo ao longo dos três dias do evento. Além disso, a Insight Feiras e Negócios, em parceria com a Carbono B, implementará medidas de compensação de carbono para a feira, obtendo o selo “Evento Carbono B” e certificação de sustentabilidade. A Agemar e Manoel Ferreira Júnior receberão reconhecimento especial como presidente de honra da primeira edição. Para mais informações e credenciamento, acesse multimodalnordeste.com.br.

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Setores mais expostos à IA registram aumento de quase 5 vezes na produtividade do trabalho

Por Camila Cinquetti e Denise Pinheiro O Barômetro Global de Empregos em IA de 2024 – estudo realizado pela PwC Brasil – analisou mais de meio bilhão de anúncios de vagas de postos de trabalho de 15 países em busca de evidências do impacto da inteligência artificial em escala mundial e encontrou dados relevantes indicando que setores mais expostos à IA registraram um crescimento de 4,8 vezes na produtividade. Além disso, em alguns mercados, empregos que exigem competências especializadas em IA oferecem salário até 25% maior. O relatório, que analisou países de quatro continentes – Europa, América do Norte, Ásia e Oceania –, sugere que a IA pode permitir que nações superem um persistente quadro de baixo crescimento na produtividade, gerando desenvolvimento econômico, salários mais elevados e melhores padrões de vida à população. O estudo também indica que empresas e governos precisam garantir que estão investindo nas competências necessárias, tanto para os cidadãos como para as organizações, se quiserem prosperar em um contexto de trabalho que já está sendo transformado pela inteligência artificial. Da mesma forma, existem enormes oportunidades para pessoas, organizações e economias com experiência em tecnologias novas e emergentes, como a IA. Garantir uma abordagem de recrutamento que coloque as competências em primeiro lugar, bem como o investimento contínuo na melhoria das competências da força de trabalho, é imperativo, uma vez que nenhuma indústria ou mercado passará ileso ao impacto da transformação da IA. No Brasil, 72% dos CEOs do País afirmam que a inteligência artificial mudará significativamente a forma como suas empresas criam, entregam e capturam valor nos próximos três anos. Isso de acordo com a 27ª edição da CEO Survey, pesquisa realizada anualmente pela PwC – na sua última edição, lançada em janeiro deste ano de 2024 – quando foram consultados mais de 4.700 líderes empresariais em todo o mundo. Já o Barômetro Global de Empregos indica que trabalhadores capacitados para a IA são mais produtivos e mais valiosos para o negócio – conclusão que também converge com a 27ª CEO Survey. No levantamento, CEOs no mundo, cujas empresas começaram a adotar a IA, acreditam que ela aumentará a eficiência do tempo de trabalho de seus funcionários. O Barômetro também quis entender o que o mercado de trabalho está buscando neste novo cenário e concluiu que, para cada anúncio de emprego em 2012 que exigia competências vinculadas ao domínio de IA (como machine learning), existem agora sete anúncios de vagas com essa exigência. Em contraste, os anúncios com ofertas de postos de trabalho para todos os demais empregos cresceram mais lentamente, apenas dobraram desde 2012. Também de acordo com o levantamento, o crescimento de empregos que exigem competências especializadas em IA superou o de todas as outras categorias de trabalho desde 2016, bem antes do surgimento do ChatGPT, e o número de vagas para especialistas em inteligência artificial aumentou 3,5 vezes mais rápido do que o de total de empregos. A proporção de anúncios com vagas de trabalho que requerem habilidades relacionadas à IA é maior nos setores de serviços, informação e comunicação e serviços financeiros – precisamente os setores previstos para estarem mais expostos à IA. Em serviços financeiros, por exemplo, há uma proporção de empregos que exigem habilidades em IA quase três vezes maior do que em outros setores; em serviços, também três vezes maior; e, em informação e comunicação, cinco vezes maior. A inteligência artificial proporciona muito mais do que ganhos de eficiência. Ela oferece formas fundamentalmente novas de criar valor. Em nosso trabalho com os clientes da PwC, vemos empresas usando IA para ampliar o valor que seus funcionários podem oferecer. Neste momento, existe uma demanda de mercado por profissionais como, por exemplo, desenvolvedores de software, médicos e cientistas de dados para atender às áreas de cuidados de saúde e avanços científicos de que o mundo tanto precisa. *Camila Cinquetti é sócia da PwC e líder da área de workforce *Denise Pinheiro é sócia da PwC e especialista em transformação digital.

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Desemprego cai para 6,9%, menor taxa trimestral desde 2014, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (31). Este é o menor índice registrado para um trimestre desde janeiro de 2015, quando a taxa também ficou em 6,9%. Considerando especificamente o período de três meses até junho, é o melhor resultado desde 2014. O resultado representa uma significativa melhora em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em março, quando a taxa de desemprego estava em 7,9%. Em comparação ao segundo trimestre de 2023, quando o índice era de 8%, a queda é ainda mais acentuada. A taxa atual também é menos da metade do pico da série histórica do IBGE, registrado em março de 2021, durante o auge da pandemia de covid-19, quando o desemprego chegou a 14,9%. A pesquisa também revela que o número de pessoas em busca de emprego caiu para 7,5 milhões, o menor patamar desde fevereiro de 2015. A população ocupada atingiu um novo recorde, com 101,8 milhões de pessoas empregadas, um aumento de 1,6% em relação ao trimestre anterior e de 3% em comparação ao mesmo período do ano passado. O setor privado também bateu recordes, com 52,2 milhões de empregados, impulsionado por altos níveis de contratação tanto de trabalhadores com carteira assinada quanto sem carteira.

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Taxa de juros afeta investimentos industriais em inovação

(Da Agência Brasil) Na próxima terça-feira (30), em Brasília, será iniciada a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). Tem como meta elaborar uma nova estratégia nacional para todas as áreas de conhecimento. “O presidente Lula nos deu a incumbência de estudar o cenário de ciência, tecnologia e inovação para fazer uma proposta de estratégia e contribuir para um plano de ação”, explica o físico Sérgio Rezende, ex-ministro da pasta (2005-2010) e secretário-geral da conferência. Um dos eixos da CNCTI é a reindustrialização e apoio à inovação nas empresas. Desde o início dos anos 1980, diminuiu o peso da indústria de transformação no Produto Interno Bruto. Entre 2010 e 2021, a parcela de participação do setor caiu de 13,75% para 11,33% do Produto Interno Bruto (PIB). “É preciso um conjunto de medidas, e o que a gente espera é que gradualmente empresários, principalmente os mais novos, vejam os resultados, acreditem e tomem atitudes para o Brasil recuperar o seu sistema industrial, que já teve uma participação no PIB duas vezes maior do que é atualmente”, defende o secretário-geral da CNCTI. Na avaliação de Rezende, a desindustrialização brasileira foi acelerada com a ascensão manufatureira chinesa. “Com a grande produção industrial da China e com a produção de produtos mais baratos”, observa. O fenômeno atinge o Brasil e outros países. Aqui e em outros lugares, as empresas substituíram componentes que fabricavam por peças importadas. Com a evolução desse processo, algumas empresas são cada vez menos industriais e passam a ser cada vez mais importadoras e redistribuidoras de produtos para a rede de clientes que formaram. Mas para Rezende, há outro fenômeno. “Um segundo problema que nos persegue há muito tempo é a taxa de juros muito alta, que tem dois efeitos. Empresas raramente pegam empréstimos de bancos privados, nem para construção. Agora, muitos empresários preferem não fazer nada disso. Eles optam por investir no mercado financeiro”, opina. Juros altos Rezende está convencido da necessidade de diminuir a taxa de juros para haver mais inovação e crescimento. “Tanto para as empresas pegarem empréstimo para a expansão, quanto para os empresários investirem mais nas suas empresas”, observa. Atualmente, o Brasil tem a segunda maior taxa de juros real do mundo. Está apenas abaixo da Rússia - em guerra com a Ucrânia desde fevereiro de 2022 - e acima de outros países com grau de desenvolvimento próximo como o México, África do Sul e Colômbia. As propostas sobre reindustrialização e neoindustrialização a serem discutidas na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação começaram a ser debatidas em 13 seminários preparativos organizados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) entre dezembro do ano passado e março deste ano. Essas reuniões se somam a mais de 200 encontros e conferências locais e setoriais realizados como prévias preparatórias da CNCTI finalizadas até maio. Além do tema da reindustrialização e apoio à inovação nas empresas, a conferência terá como eixos “recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”; “Ciência, Tecnologia e Inovação para programas e projetos estratégicos nacionais”; e “Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento social.” Desde meados da década de 1990, a produção científica do Brasil tem avançado ano a ano. Mas, entre 2021 e 2022, o país reduziu o número de estudos publicados – de 80.499 artigos publicados para 74.570 textos científicos, queda de 7,4%. O país também sofre com a fuga de cérebros que vão trabalhar como pesquisadores no exterior e com o reduzido número de doutores formados - cinco vezes menos doutores do que a média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação será realizada no Espaço Brasil 21, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. O evento poderá ser acompanhado virtualmente pelo Youtube. Interessados podem se inscrever para ter participação virtual, com direito a certificado, neste link.

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"A Geração Z entende sucesso não apenas como conquistar altos cargos e salários"

Carolina Holanda, consultora e sócia da TGI, destaca nessa entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas as complexidades e desafios da integração da geração Z nas corporações. Com a entrada desses jovens profissionais no mercado de trabalho, surgem percepções mistas entre empresários e gestores. Carolina observa que muitos veem a geração Z como impaciente, com um pragmatismo acentuado e uma forte distinção entre vida pessoal e profissional. Esse comportamento é atribuído ao fato de serem nativos digitais, hiperconectados e acostumados a respostas imediatas. No entanto, essa geração também traz características positivas, como a habilidade de executar múltiplas tarefas, o engajamento em causas significativas e a facilidade com a tecnologia. Os conflitos geracionais nas empresas refletem diferenças nos comportamentos, tomada de decisões e formas de comunicação. Carolina ressalta que esses conflitos são naturais, pois envolvem profissionais que cresceram em realidades analógicas e agora enfrentam um ambiente digitalmente transformado. Para lidar adequadamente com esses desafios, ela enfatiza a necessidade de compreender as habilidades das novas gerações e fomentar um ambiente de trabalho que valorize a identidade coletiva e o sentimento de pertencimento. Isso envolve criar espaços de escuta e troca, promovendo relações respeitosas e empáticas que possam minimizar as diferenças e beneficiar todas as gerações no ambiente corporativo. Quais as principais percepções do mercado sobre a participação da geração Z nas corporações? Sempre que novas gerações entram no mercado de trabalho, há um certo estranhamento. O que é natural já que cada geração tem um perfil com especificidades que dependem do contexto social, econômico, cultural... Hoje, observo que parte dos empresários e gestores percebem os jovens da geração Z como impacientes, inclusive, com o processo de crescimento profissional, com pouco comprometimento com a atividade desenvolvida e com a empresa (mudam facilmente de trabalho se considerarem que terão ganhos – e não estou só falando de remuneração), com um maior rigor em separar a vida profissional da vida pessoal e com maior pragmatismo. Esses traços se devem ao fato de serem nativos digitais, hiperconectados e acessarem tudo em um clique. Por isso, existe esse sentimento de que não posso esperar e até não preciso esperar por nada, já que encontro a resposta na internet. Outras questões apontadas pelas gerações anteriores são a dificuldades que os jovens da Geração Z têm de planejar, cumprir algumas formalidades empresariais e uma menor tolerância à frustação. Mas há também quem observe características bem interessantes como a capacidade de desenvolver diversas tarefas, engajamento nas causas que acredita e uma enorme facilidade com a tecnologia. Quais os principais conflitos geracionais desse grupo com os profissionais de outras gerações nas empresas? São conflitos, principalmente, que envolvem comportamentos, tomada de decisões, formas de comunicação, diferenças de expectativas e de visão tanto do presente como do futuro. Estamos falando de empresários e gestores que, em geral, cresceram em uma realidade muito diferente da atual e analógica. Precisamos compreender que as transformações no campo digital afetaram não apenas a economia, a política, mas principalmente as pessoas. Estou falando de mudança na subjetividade, ou seja, no surgimento de novos traços psíquicos, de forma de viver e ver as experiências tanto no analógico como no digital. É esse sujeito da Geração Z que está chegando nas organizações e estranhando o modo de funcionar, a forma de se estabelecer limites e de fazer as cobranças, os modelos de gerenciamento das equipes. É esse mesmo sujeito que está fazendo as outras gerações estranharem seus questionamentos. O que temos certeza com esse cenário é que o modelo de ontem precisa ser avaliado, assim como, precisa ser criado novos mecanismos de gestão que deem conta desse novo sujeito e das novas formas de relacionamento que estão surgindo nas organizações. Sem esquecer que para administrar de modo adequado esses conflitos geracionais é preciso primeiro conhecer as habilidades das novas gerações e colocar-se disponível para compreender a forma como esses profissionais percebem e vivenciam suas experiências. Trabalhar as questões institucionais que estimulam a criação de uma identidade coletiva e um maior sentimento de pertencimento, com certeza, vai ajudar a minimizar as diferenças e trabalhar em torno de um projeto coletivo, que se beneficia com as características de todas as gerações. Quais as principais diferenças da expectativa de carreiras dessa geração? O que eles demandam das empresas? A Geração Z, diferente das outras gerações, entende sucesso profissional não apenas como conquistar altos cargos e salários, mas principalmente, ter oportunidades de realizar atividades que se identifique e que lhe permitam ter equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional. Para eles, trabalhar excessivamente e assumir cargos que demandam maior responsabilidade e pressão não são sinônimo de sucesso. Os profissionais dessa geração dão grande importância à saúde física e mental. São pessoas que falam mais abertamente das dificuldades emocionais que têm. Por isso, empresas que focam no bem-estar de suas equipes e que estimulam relações saudáveis do gestor com os profissionais são vistas com bons olhos. Em geral, a Geração Z busca por uma empresa que tenha propósitos e valores semelhantes aos seus e que, de fato, ela perceba isso na prática empresarial. Além disso, dá preferência a empresas que são flexíveis e que criam ambientes favoráveis ao desenvolvimento profissional. Apesar do uso da tecnologia e das redes sociais, essa geração também considera importante uma comunicação pessoal e direta com os principais gestores e pares. Um estudo do GPTW indicou que "A Geração Z está mais propensa a desistir do seu emprego à medida que [os jovens] se sentem sobrecarregados e estressados, com a saúde mental afetada". Em um mundo do trabalho tão marcado pela sobrecarga e estresse, como as corporações têm se adaptado a esses novos profissionais? De fato, a Geração Z valoriza a saúde mental como um fato essencial a ser considerado na gestão de pessoas. Com a pandemia, os casos de depressão, quadros ansiedade e outros quadros emocionais aumentaram consideravelmente, o que levou as pessoas a considerarem como uma prioridade esse aspecto. Já se é falado faz tempo sobre a importância das empresas cuidarem das pessoas, como uma forma inclusive de ter

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