Z_Destaque_urbanismo2 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Programa Recentro do Recife inspira revitalização urbana no Rio de Janeiro

Modelo pernambucano de parcerias públicas e privadas promove urbanismo, arte e turismo no Centro. Fotos: Izabele Brito/PCR O Programa Recentro, que revitaliza o Centro do Recife e impulsiona o comércio histórico local, está se tornando referência nacional. As práticas do projeto, que integra parcerias entre a Prefeitura do Recife e o setor privado para impulsionar urbanismo, arte e lazer, foram apresentadas recentemente em simpósio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e chegarão também a Campos dos Goytacazes (RJ) em 5 de novembro. Essa iniciativa tem sido fundamental para reacender o comércio e revalorizar prédios históricos na capital pernambucana. A revitalização do Centro do Recife inclui incentivos fiscais para empresários que investem em restauração e conservação de imóveis. Além disso, o programa incorpora atividades culturais e interativas nas ruas, proporcionando uma experiência que vai além das compras. “Oferecemos ao público não só o comércio, mas a oportunidade de se reconectar com ruas e prédios históricos bem cuidados, em um ambiente culturalmente ativo”, afirma João Paulo da Silva, secretário executivo do Gabinete do Centro do Recife. No próximo dia 5, Ana Paula Vilaça, chefe do Gabinete do Centro do Recife, apresentará o Recentro em Campos dos Goytacazes, destacando suas práticas e desafios. Ela enfatiza que o sucesso do programa se deve ao diálogo constante com comerciantes e investidores, além de ações que desburocratizam processos e atraem parceiros estratégicos. Entre as ações destacadas está o Atende Recentro, que facilita a regularização de documentos junto a órgãos como o Iphan e os Bombeiros. ServiçoPalestra sobre o Programa RecentroData: 5 de novembro de 2024Local: Campos dos Goytacazes, RJ

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Recife vai integrar aliança global sobre aumento do nível do mar

A convite do presidente da França, Emmanuel Macron, capital pernambucana será uma das cidades que participará de coalizão (Da Prefeitura do Recife – Foto: Edson Holanda / PCR) O prefeito João Campos recebeu, na tarde desta quarta-feira (23), a visita do embaixador francês Olivier Poivre d’Arvor, enviado especial do presidente Emmanuel Macron. A visita oficial teve como objetivo convidar o Recife a integrar a Ocean Rise & Coastal Resilience Coalition, uma aliança global de cidades afetadas pelo aumento do nível do mar. O convite coloca o Recife ao lado de metrópoles como Nova York (Estados Unidos), Xangai (China) e Jakarta (Indonésia), que já participam da coalizão, cujo foco é discutir soluções para os impactos das mudanças climáticas nas zonas costeiras. O prefeito João Campos aceitou o convite e confirmou a participação do Recife na coalizão. Ele ressaltou que a integração da cidade a essa aliança é um passo fundamental para garantir que o Recife esteja na linha de frente das discussões internacionais sobre resiliência costeira e captação de recursos para projetos ambientais. “Estamos comprometidos em proteger nossas áreas costeiras e buscar soluções concretas que garantam a segurança e a sustentabilidade de nossa população frente às mudanças climáticas. Um dos pontos centrais da operação de crédito do Recife com o BID é exatamente a contratação de projetos para que a cidade possa enfrentar os eventos climáticos, por conta da suscetibilidade ao aumento do nível do mar”, afirmou João Campos. Além disso, o prefeito foi convidado a representar o Recife no congresso da ONU, em junho do próximo ano, onde serão discutidas alternativas de financiamento e medidas de adaptação para cidades e regiões vulneráveis ao aumento do nível do mar. O evento reunirá líderes globais e especialistas em sustentabilidade e meio ambiente. A visita foi articulada pelo Consulado da França no Recife e contou com a presença da vice-prefeita Isabella de Roldão, do secretário de Governo e Participação Social, Aldemar Santos, e do secretário de Meio Ambiente, Oscar Barreto. Com a futura integração à coalizão, o Recife reforça seu papel como protagonista nas discussões sobre a preservação do meio ambiente e na busca por soluções para os desafios impostos pelas mudanças climáticas nas cidades costeiras.

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Capitais brasileiras enfrentam desafio para reduzir emissões de gases de efeito estufa

Capital pernambucana ocupa 8ª posição entre as 10 capitais estudadas em levantamento sobre emissões líquidas, com 1,56 toneladas de CO2 por habitante. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil Um levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) apontou que Recife está na 8ª posição entre as 10 capitais brasileiras analisadas em relação às emissões líquidas de gases de efeito estufa, com 1,56 toneladas de CO2 por habitante. O estudo, baseado em dados de 2022 do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), coloca a capital pernambucana acima da meta da Agenda 2030 da ONU, que estipula 0,83 tonelada por habitante. As emissões vêm sendo impactadas principalmente por questões ligadas ao transporte, à gestão de resíduos e à expansão urbana. O biólogo Conrado Galdino, professor e pesquisador da PUC Minas, ressalta a urgência de medidas para enfrentar esse cenário. Segundo ele, embora o controle das emissões dependa, em grande parte, do governo federal, os municípios têm um papel fundamental. “O município pode fazer muita coisa. A simples piora da qualidade do ar já deveria ser um motivo para os candidatos a prefeito priorizarem propostas que reduzam as emissões. A situação traz muita preocupação, principalmente diante das queimadas e do crescimento desordenado das cidades”, comenta Galdino, reforçando que políticas locais como a melhoria no transporte público e a gestão adequada de resíduos podem contribuir significativamente para mitigar as emissões. Além disso, Galdino destaca a importância de engajar a população no debate sobre sustentabilidade. “A gente precisa de uma sociedade sensibilizada para as mudanças. Sem uma população ciente e engajada, qualquer política corre o risco de ficar no papel, sem impacto prático. Educação é fundamental para gerar essa consciência e facilitar a aceitação de medidas que possam ir contra o conforto imediato, mas que são necessárias para garantir o bem-estar no longo prazo”, completa o biólogo. Marco Antonio Milazzo, professor de arquitetura e urbanismo do Ibmec no Rio de Janeiro, também destaca a necessidade de ações locais para frear as emissões de gases de efeito estufa, sobretudo no setor de transporte e na gestão do lixo. “O município pode regulamentar o transporte e investir em modais que emitam menos gases de efeito estufa, como a eletrificação do transporte público e a criação de ciclovias. Além disso, é crucial eliminar os lixões e investir em aterros sanitários adequados. Medidas assim trazem resultados rápidos e significativos”, afirma Milazzo. Ele reforça ainda que soluções como a tarifa zero no transporte público, já adotadas em algumas cidades brasileiras, são bons exemplos de iniciativas que podem incentivar o uso de transporte coletivo e reduzir o trânsito de veículos individuais movidos a combustíveis fósseis. A Agenda 2030, estabelecida pela ONU, propõe metas ambiciosas para os governos de todo o mundo, e o estudo do ICS vem como um alerta para os municípios brasileiros. Recife, apesar de avanços em algumas áreas, precisa acelerar políticas públicas mais eficazes para alcançar as metas globais de sustentabilidade e enfrentar a crise climática em um contexto local.

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Avançam obras de Estação de Tratamento de Esgoto no bairro do Cordeiro

Obra de saneamento beneficiará mais de 70 mil pessoas e contribuirá para o aumento da área saneada da cidade A prefeitura do Recife, através da Secretaria de Saneamento, segue em ritmo acelerado com as obras da estação de tratamento de esgoto (ETE) do Cordeiro, localizada na Avenida Maurício de Nassau, às margens do Rio Capibaribe. Com 40% dos trabalhos concluídos, o projeto faz parte do Sistema de Esgotamento Sanitário do Cordeiro (SES Cordeiro), que está recebendo um investimento de R$ 196 milhões. Além da estação, serão implantados 150 km de rede coletora e construídas seis estações elevatórias. “A implantação do SES Cordeiro vai aumentar a área saneada do Recife dos atuais 44% para 49%. A gente tá fazendo uma estação de tratamento, seis estações elevatórias e estamos assentando 80 km de tubo para conectar tudo que já tinha sido executado no passado”, explicou o secretário de Saneamento do Recife, George Scavuzzi. O projeto vai beneficiar mais de 70 mil pessoas em diversos bairros, como Cordeiro, Iputinga, Engenho do Meio, e outros. A ETE foi planejada para tratar até 410,6 L/s de esgoto doméstico. O esgoto gerado na área será coletado e bombeado para as estações elevatórias, que, por sua vez, enviarão os resíduos até o coletor tronco ou diretamente para a ETE Cordeiro. A obra da estação, juntamente com as seis estações elevatórias, está orçada em R$ 72 milhões. As obras do SES Cordeiro estão divididas em dois lotes. No Lote 1, com investimento de R$ 51,6 milhões, já foram concluídos 2,43 km de rede coletora. No Lote 2, que contempla outras unidades de esgotamento, foram executados 2,51 km de rede, totalizando um investimento de R$ 71,6 milhões.

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Mudanças climáticas podem agravar os problemas de segurança alimentar

A relação entre fome e mudanças climáticas foi aprofundada por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), durante debates recentes sobre segurança alimentar e nutricional. A professora Rosana Salles da Costa, coordenadora do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UERJ, destacou como a insegurança hídrica, uma consequência das mudanças climáticas, pode diminuir o acesso a alimentos saudáveis. Segundo ela, a redução da qualidade e quantidade de água prejudica áreas de cultivo e, consequentemente, o abastecimento de alimentos para a população. Além disso, o aumento dos preços dos alimentos, causado pela diminuição da produção, também foi discutido. A professora enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a segurança alimentar, através de ações coordenadas entre os diferentes níveis de governo. A segurança alimentar está relacionada ao direito a uma alimentação adequada, enquanto a insegurança alimentar se manifesta quando esse direito não é garantido em termos de quantidade ou qualidade. No Brasil, a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) classifica a insegurança em três níveis: leve, moderada e grave. A insegurança alimentar grave, que reflete a fome, é particularmente alarmante, afetando famílias que frequentemente passam o dia sem comer ou fazem uma única refeição diária. Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que 10,8% dos lares chefiados por mulheres enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 7,8% dos lares chefiados por homens. A pesquisa também revela que 74,6% dos lares com insegurança alimentar grave são liderados por pessoas pretas e pardas. A professora Rosana Salles da Costa observou que os lares chefiados por mulheres, especialmente mulheres negras, são os mais afetados. O estudo incluiu a apresentação de dados preliminares de pesquisas da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), além de novas ferramentas como o aplicativo VIGISAN e a plataforma FomeS. Essas ferramentas, financiadas por diversas instituições, fornecem dados essenciais sobre mudanças climáticas, insegurança alimentar, insegurança hídrica, saúde e estado nutricional infantil.

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CREA-PE promove seminário sobre “O Futuro do Saneamento em Pernambuco”

O Crea-PE promoverá um seminário sobre “O Futuro do Saneamento em Pernambuco” no dia 13 de agosto, das 15h às 18h, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), no Recife. O evento, coordenado pelo Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Crea, reunirá profissionais, entidades e representantes da sociedade civil para discutir as metas e desafios do setor. O Governo de Pernambuco estabeleceu o objetivo de garantir 99% de cobertura de água potável e 90% de coleta e tratamento de esgotos até 2033, com investimentos significativos necessários para atingir essas metas. O seminário contará com palestras de especialistas que são referência na pauta, incluindo Leo Heller, ex-Relator Especial da ONU para Direitos Humanos à Água e Saneamento; Antonio Miranda, especialista em Gestão de Serviços de Água e Saneamento; Rodrigo Ribeiro, secretário de Projetos Estratégicos do Governo de Pernambuco; e Alex Campos, diretor-presidente da Compesa. A mediação ficará a cargo da engenheira civil e consultora Fernandha Batista. As discussões se concentrarão nos desafios e oportunidades da gestão do saneamento, especialmente considerando a possível privatização dos serviços. “A nossa expectativa é de que esse seminário seja de fato um marco no acompanhamento da modelagem, chamando a atenção de vários atores fundamentais que estão ausentes desse processo, contribuindo para a formulação desta política pública fundamental para a saúde e qualidade de vida da população pernambucana”, alerta Antonio Miranda, palestrante e coordenador do seminário. Segundo ele, “o Crea tem o máximo interesse em colaborar e em acompanhar de perto todo o processo”. No evento, o secretário Rodrigo Ribeiro vai trazer o posicionamento do Governo do Estado sobre esta questão. “O que o Governo está fazendo através da modelagem é manter a Compesa focada na produção e no tratamento da água, que carece de investimentos que se aproximam de R$ 10 bilhões para a universalização, e atrair a iniciativa privada privada para ampliar os investimentos na distribuição e na cobertura de esgotamento sanitário”, adianta Ribeiro. O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, destaca que o seminário visa iniciar um movimento contínuo em Pernambuco, promovendo a participação ativa da sociedade e das entidades envolvidas no setor. A Compesa e o Governo do Estado enfrentam o desafio de investir R$ 23,6 bilhões para cumprir as metas estabelecidas, abrangendo todos os municípios e Fernando de Noronha. O evento é presencial, mas será transmitido também ao vivo pelo canal do YouTube do Crea-PE, TV Crea-PE.

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Maior geomanta do Brasil ganha vida com arte urbana no Recife

A maior geomanta do Brasil, localizada na UR-1 no bairro do Ibura, Recife, está sendo transformada em um vibrante painel artístico através do Programa Mais Vida da Prefeitura do Recife. Com uma área de 10,2 mil metros quadrados, a geomanta protege cerca de 40 famílias e agora exibe uma obra que representa o dia e a noite, co-criada pela arquiteta Catarine Dias e o artista Almir Pedro. A intervenção, que inclui a revitalização de espaços de convivência, como a praça Criança Feliz e a criação de um novo mirante, visa reforçar o sentimento de segurança e pertencimento na comunidade, beneficiando diretamente 500 famílias. Além da arte urbana, o programa eliminou um ponto crítico de lixo na Travessa Dois Rios, substituindo-o por um espaço de convivência e lazer, próximo ao comércio local. A conscientização ambiental foi promovida com teatros educativos nas ruas, em parceria com a Unidade Socioambiental da Emlurb. A área também foi revitalizada com o plantio de árvores e a instalação de vasos com plantas ornamentais, tornando o ambiente mais agradável para todos. As intervenções contaram com participação ativa da comunidade e também com o apoio das Tintas Coral e Cimento Forte. O investimento total foi de R$ 488,7 mil. Além da execução do serviço, foram criadas ainda oficinas de cocriação e engajamento comunitário, como pintura, jardinagem e culinária sustentável.

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Velocidade no trânsito: quanto menor melhor, para todo mundo!

*Por Mário Neto Um dia desses, diante das imagens referentes a um acidente grave, registrado por câmeras de monitoramento na avenida Boa Viagem e que deixou seis pessoas mortas de forma violenta e instantânea, fiquei pensando o quanto a nossa vida está sempre por um fio. Nas imagens fortes, um veículo vem, em alta velocidade, em direção a uma árvore. Três segundos, todos vivos… dois segundos… ainda vivos e, provavelmente, em pânico… um segundo, último instante de vida… Colisão!… quase todos mortos e um agonizando (morreu em seguida)! Imaginei: “Meu Deus, como a velocidade pode ser fatal no trânsito!” Mas, vamos combinar, não é de hoje que todos nós sabemos que, quando o assunto é trânsito, não são apenas o álcool e a direção que não combinam. A velocidade também é inimiga do trânsito, em qualquer lugar do mundo. Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde afirma que ultrapassar o limite de velocidade permitido é apontado como uma das principais causas de acidentes do mundo. O Relatório de Status Global de Segurança Viária da ONU, lá de 2018, já dizia que acidentes de trânsito eram a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos e ainda, que perdíamos cerca de 1,35 milhão de vidas anualmente no trânsito mundial. E, isso deve ter crescido, já que o relatório apontava que não havia sido notado muito progresso na área. É fato que algumas exceções podem ser citadas, como um seleto grupo de cidades que, nos últimos anos, vêm adotando medidas para mudar essa triste realidade, procurando readequar os limites de velocidade em várias vias. Por exemplo, a partir de 2022, em países como o Reino Unido, todos os novos carros vendidos passaram a vir equipados com um dispositivo que impede que os motoristas excedam o limite de velocidade seguindo as regras de segurança viária da União Europeia. O limitador de velocidade, conhecido por ISA (Intelligence Speed Assistance), funciona por GPS e câmeras de reconhecimento de sinais que detectam o limite de velocidade do trecho que o veículo está percorrendo, emitindo um sinal para que o carro reduza a velocidade automaticamente. A expectativa é a de que, em 15 anos, o uso do novo dispositivo possa poupar cerca de 25 mil vidas no trânsito, por lá. Medidas semelhantes às tomadas na Europa vêm sendo experimentadas em diversas partes do mundo. Aqui no Nordeste brasileiro, por exemplo, em Fortaleza, no ano de 2018, foi implantada uma ação de readequação na Avenida Leste-Oeste, conhecida por ser a avenida em que mais ocorriam acidentes na capital. A velocidade máxima foi reduzida de 60 para 50km/h e, em apenas seis meses, o número de chamados para acidentes com vítimas foi reduzido em 84%. Além disso, verificou-se que o número de motoristas que excediam a nova velocidade era apenas de 2%. E, no Recife? Como está a questão do controle de velocidade, no trânsito? Uma nova fase de pesquisa iniciada em julho e que deve se estender até meados deste mês de agosto está (com radares móveis, aferindo a velocidade dos veículos), nas ruas, para entender o comportamento dos condutores. Nas fases iniciais, desde 2020, motociclistas são os que mais desrespeitam os limites de velocidade, no Recife, seguidos por veículos leves e pesados. Realizada em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, a pesquisa conta com metodologia da Johns Hopkins University, dos Estados Unidos, e apoio operacional da Universidade Federal do Ceará. A partir dos resultados obtidos será possível construir políticas públicas de segurança viária, baseadas em evidências para evitar os fatores de risco e, consequentemente, reduzir os sinistros de trânsito. Se faz urgente que a engenharia de trânsito trabalhe em torno de planejamento e implantação de projetos que levem à educação e respeito ao trânsito, induzam à adequação à velocidade, fiscalizem com rigor os abusos e punam de forma exemplar os infratores, criando uma cultura de disciplina, responsabilidade e obediência. E, em paralelo, quem tiver a consciência de quanto isso é importante, já praticar estas iniciativas, pelo bem de todos nós.

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Com ritmo atual, universalização do saneamento ocorrerá em 2070

(Da Agência Brasil) Pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgada nesta segunda-feira (15), mostra que a universalização do saneamento no Brasil só acontecerá em 2070, considerando o ritmo atual de melhorias no setor. A previsão representa um atraso de 37 anos em relação à data limite estabelecida na Lei 14.026, de 15 de julho de 2020, conhecida como Novo Marco Legal do Saneamento Básico. “O cenário atual é precário: cerca de 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável e mais de 90 milhões não têm coleta de esgoto. A lei estabeleceu que todas as localidades brasileiras devem atender a 99% da população com abastecimento de água e 90% com esgotamento sanitário até 2033”, destaca o texto da pesquisa. O levantamento mostra ainda que serão necessários mais R$ 509 bilhões de investimentos pelas operadoras de saneamento para o país atingir a universalização. Ou seja, R$ 46,3 bilhões anuais a partir de 2023, último ano com dados disponíveis.  “A preços de junho de 2022, [o investimento anual atual] é de aproximadamente R$ 20,9 bilhões, indicando que o investimento precisaria mais do que dobrar, não somente em 2023, mas em todos os anos subsequentes, para que a universalização seja possível até 31 de dezembro de 2033, conforme previsto em lei”, diz a pesquisa. Segundo o documento do Instituto Trata Brasil, aproximadamente 10 milhões de pessoas vivem em municípios sem contratos de saneamento regulares. São 579 cidades nessa situação.  “A saúde pública começa pelo saneamento, e à medida que as eleições municipais se aproximam, os candidatos devem destacar o tema em seus planos e se comprometer para que o acesso à água e ao esgotamento sanitário seja uma realidade num futuro próximo, e não cada vez mais distante”, destacou a Presidente-Executiva do Trata Brasil, Luana Pretto.  A responsabilidade pelo saneamento básico é local: estados e municípios devem prestar os serviços e cabe ao governo federal coordenar e implementar as políticas públicas.

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Primeira fase do Parque da Tamarineira é inaugurada no Recife

A Prefeitura do Recife entregou a primeira etapa concluída do Parque da Tamarineira, uma nova área verde destinada ao lazer, prática de esportes, descanso e contemplação. Este trecho do parque mede 23,5 mil m² e equivale à parte da frente do terreno, com acesso de pedestres pela Avenida Rosa e Silva, não impactando nos serviços de saúde que funcionam no local. As obras foram executadas pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). O investimento foi de R$ 7,5 milhões. “Hoje é um dia muito especial, onde a gente entrega um sonho de muitos anos do Recife, que é o parque urbano da Tamarineira. Esse espaço, que foi um compromisso em 2020, está entregue. É uma primeira etapa que já nasce grande, quase 20 mil m², consolidando um espaço público de qualidade. Em relação ao Hospital, não haverá nenhum tipo de problema, tudo haverá de ser conversado, combinado e pensando no cuidado de quem mais precisa”, explicou João Campos.O projeto propôs a criação de um grande passeio central que se estende da Avenida Rosa e Silva até o conjunto principal de edificações históricas, onde funciona o Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano. O traçado arquitetônico e o paisagismo valorizam tanto a história e a arquitetura dos bens tombados quanto a paisagem natural do antigo Sítio da Tamarineira – espaço que, ao longo das décadas, tornou-se um oásis verde no coração de uma das áreas mais adensadas da Zona Norte da cidade do Recife. Ao longo do passeio central do Parque, o visitante encontra três grandes praças: a Praça da Fonte, com 16 fontes interativas acompanhadas de luz e som; a Praça Brincante, destinada ao público infantil, e a Praça Ulysses Pernambucano, espaço que abriga bancos históricos e um busto do renomado psiquiatra recifense, o qual esteve à frente do Hospital da Tamarineira duas vezes, nas décadas 1920 e 1930. As duas primeiras praças são rodeadas por labirintos de vegetação arbustiva, uma alusão lúdica aos caminhos da mente. Além das três Praças, o Parque da Tamarineira possui equipamentos para diferentes faixas etárias: setor esportivo com quadra poliesportiva, plataforma de exercícios físicos e academia para a terceira idade; pista de Cooper com extensão de 600m; banheiros completos e, sobretudo, extensas superfícies gramadas para contemplação, convívio, brincadeiras e picnics. Logo na entrada do Parque, a portaria (construída em 1925, durante a gestão de Ulysses Pernambucano) e o antigo pórtico de entrada do Hospital Psiquiátrico, ambos tombados, foram restaurados e tiveram suas cores originais retomadas. Vale destacar que todos os espaços do Parque são acessíveis a pessoas com deficiência.

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